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Universidade Federal do Ceará

Centro de Ciências
Departamento de Geografia
Revisão para 2º Avaliação de Cartografia 07/06
Profº Adryane Gorayeb
Monitora: Sarah Maia
Conteúdos da Prova Teórica

● Escala Numérica e Gráfica


● Coordenadas Geográficas
● Sistema UTM
● Nomenclatura de Cartas
● Cartografia Temática

ESCALA/ PRECISÃO GRÁFICA


Escala​: Como sabemos, uma carta ou um mapa é a representação
convencional (impressa) ou digital da configuração de uma determinada
superfície topográfica que desejamos estudar. Dessa forma, consiste em
projetarmos tal superfície, com os detalhes nela existentes, sobre um plano
horizontal ou em arquivos digitais. O principal problema gerado por essa
representação é a necessidade de reduzir as proporções dos elementos
naturais e/ou artificiais que nós queremos projetar em um espaço bastante
limitado, uma vez que é completamente impossível apresentar os elementos
em tamanho natural. Para solucionar esse problema, foi desenvolvido o
conceito de escala, que é um dos elementos básicos do mapa. Um mapa
pode ser milhares ou até milhões de vezes menor que o lugar representado.
Com um simples olhar, não há como sabermos a proporção com que o mapa
foi desenhado, por isso usamos o conceito de escala.
Definição de escala​: Escala é a relação matemática existente entre
as dimensões (tamanho) verdadeiras de um objeto e sua representação
(mapa), ou seja, é a relação entre a medida de um objeto ou lugar
representado no papel e sua medida real. Essa relação deve ser proporcional
a um valor estabelecido.
D = Comprimento tomado no terreno, que é a distância real natural;
d = Comprimento homólogo no desenho, que é a distância prática.
Como as linhas do terreno e as do desenho são correspondentes, o desenho
que representa o terreno é uma figura semelhante à dele. Dessa forma, a
razão ou relação de semelhança é dada por d/D. A essa relação chamamos
escala.
Em Cartografia, d é sempre menor que D, muito embora outros tipos
de proporções sejam possíveis, como d = D e d > D. Quando estamos
falando em escala, estamos falando de uma relação matemática (d/D) que
utiliza conhecimentos da razão, da proporção e da semelhança como eixo
principal de sua definição. Desse modo, podemos estabelecer três condições:
• Natural – escala
• Ampliação – escala
• Redução – escala
Classificação das Escalas Quanto a sua Natureza​: A Cartografia
trabalha somente com uma escala de redução, ou seja, as dimensões
naturais sempre se apresentam nos mapas de forma reduzida. Normalmente,
quando nos referimos à escala de um mapa, estamos falando basicamente
de dois tipos de escalas: ​a escala gráfica e a escala numérica​.
Escala Numérica:​ A escala numérica é representada por uma fração,
na qual o numerador corresponde à distância no mapa (1 cm), e o
denominador corresponde à distância real, aquela que nós medimos no
terreno. Temos então algumas maneiras de representar isso de forma escrita,
são elas, por exemplo: 1 100.000 , 1/100.000 e 1:100.000
Como vocês podem observar nos três casos mostrados anteriormente,
podemos ler a escala da seguinte forma: um para cem mil, o que significa
dizer que a distância real no terreno sofreu uma redução de 100.000 vezes
para ser representado no papel, nosso objetivo quando estamos desenhando
um mapa. E por que fazemos isso? Logicamente, porque é impossível
representar os objetos ou fenômenos estudados em seu tamanho real.
A escala numérica indica a relação entre os comprimentos de uma
linha na carta e o correspondente comprimento no terreno, em forma de
fração com a unidade para numerador. Além disso, uma escala é tanto maior
quanto menor for o denominador e quanto maior a escala, maior o grau de
detalhamento.
Geralmente, uma escala grande varia até 1:25.000 / uma escala média
varia entre 1:25.000 e 1:250.000 / e uma escala pequena varia entre
1:250.000 e 1:infinito.
Escala Gráfica:​ A escala numérica é representada por uma fração, na
qual o numerador corresponde à distância no mapa (1 cm), e o denominador
corresponde à distância real, aquela que nós medimos no terreno. Temos
então algumas maneiras de representar isso de forma escrita, são elas, por
exemplo: 1 100.000 , 1/100.000 e 1:100.000
Como vocês podem observar nos três casos mostrados anteriormente,
podemos ler a escala da seguinte forma: um para cem mil, o que significa
dizer que a distância real no terreno sofreu uma redução de 100.000 vezes
para ser representado no papel, nosso objetivo quando estamos desenhando
um mapa. E por que fazemos isso? Logicamente, porque é impossível
representar os objetos ou fenômenos estudados em seu tamanho real. escala
numérica indica a relação entre os comprimentos de uma linha na carta e o
correspondente comprimento no terreno, em forma de fração com a unidade
para numerador. Além disso, uma escala é tanto maior quanto menor for o
denominador e quanto maior a escala, maior o grau de detalhamento.
Geralmente, uma escala grande varia até 1:25.000 / uma escala média
varia entre 1:25.000 e 1:250.000 / e uma escala pequena varia entre
1:250.000 e 1:infinito.
PRECISÃO GRÁFICA:
A precisão gráfica é a menor grandeza medida no terreno capaz de
ser representada em desenho em uma determinada escala. Sabemos que o
menor comprimento gráfico que se pode representar em um desenho é de
1/5 milímetro ou 0,2 mm, sendo este o erro admissível.
Fixado esse limite prático, podemos ver que é possível determinarmos
o erro tolerável nas medições de desenho feitas em uma determinada escala.
Esse erro de medição permitido será calculado através da seguinte
formulação matemática: erro: 0,0002 metrosX M
Como podemos facilmente observar através da formulação
apresentada, o erro tolerável varia na razão direta do denominador da escala
e na razão inversa da escala, fazendo-nos concluir que quanto menor a
escala maior será o erro admissível.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Coordenadas Geográficas são linhas imaginárias que cortam o planeta
Terra nos sentidos horizontal e vertical, servindo para a localização de
qualquer ponto na superfície terrestre.
A distância das coordenadas geográficas são medidas em graus,
minutos e segundos. Um grau corresponde a 60 minutos, e um minuto
corresponde a 60 segundos.
Dessa maneira, temos dois tipos de coordenadas geográficas:
Latitude​: São as linhas que tracejam a Terra no sentido horizontal, também
conhecidas como paralelas. O círculo máximo da esfera terrestre, na
horizontal, é chamado de Equador. O Equador corresponde à latitude 0°,
dividindo o planeta em hemisférios Norte e Sul. As latitudes variam de 0 a
90°, tanto ao Norte quanto ao Sul. A latitude, além de servir para localização
geográfica, é uma variável importante para estudar os tipos de clima da
Terra, pois a incidência de raios solares no planeta é maior nos lugares com
latitudes menores, isto é, mais próximas à linha do Equador.
Longitude:​ São as coordenadas geográficas que cortam a Terra no
sentido vertical, também conhecidas como Meridianos. A distância das
longitudes varia de 0° a 180°, nos sentidos Leste e Oeste. Como
padronização internacional, adotou-se o Meridiano de Greenwich como ponto
de partida, a longitude de 0°. Assim, tal meridiano divide a Terra em
Ocidental (a Oeste) e Oriental (a leste). Foi a partir das longitudes que se
criaram os fusos horários. Todos os meridianos se encontram e se cruzam
nos polos Norte e Sul.

SISTEMA UTM

Para que possamos utilizar um sistema métrico e plano cartesiano, temos que utilizar um
sistema de projeção. A representação da rede geográfica sobre um plano necessita de
cuidados especiais, tendo em vista que a superfície de um elipsóide, seja ele SAD-69 ou
WGS-84, ao assumir uma forma plana irá sempre sofrer deformações.

A projeção dos paralelos e dos meridianos na superfície interna de um cilindro, de um cone


ou diretamente em um plano, foi a solução geométrica encontrada de modo a tornar mais
fácil o entendimento das deformações. Estes são os três princípios geométricos básicos
cujo resultado final pode ser obtido diretamente com a aplicação de fórmulas matemáticas.

É comum as empresas que elaboram o cadastro técnico urbano apresentarem as plantas


que compõem o cadastro na projeção cartográfica Universal Transversa de Mercator (UTM).
O argumento para defender tal prática é que os erros provenientes desse sistema de
projeção cartográfica são inferiores aos erros provenientes de técnicas de levantamentos
cadastrais. A principal vantagem na utilização desse sistema é com relação à facilidade
para a integração com os dados provenientes de outros órgãos do município, sem que
sejam necessárias transformações entre sistemas.

As normas brasileiras relacionadas às redes de referências cadastrais – vinculadas às


redes oficiais – estabelecem o sistema de amarração de levantamentos a um sistema único
de coordenadas. Ao fixar as condições exigíveis para a sua implantação em áreas urbanas
e rurais do município, permitem coordenadas em sistemas que vão desde o Sistema
Topográfico Local até o Sistema de Projeção UTM, Regional Transverso de Mercator (RTM)
e Local Transverso de Mercator (LTM).

Adotar um sistema de coordenadas plano retangulares implica em amarrar todos os


serviços topográficos de cadastro (infra-estrutura, fundiário, registros públicos, imobiliários,
fiscais, etc.), de levantamentos topográficos para projetos, locações e gerenciamento de
obras públicas e particulares, inclusive as built. Esses levantamentos usualmente
destinam-se ao planejamento, geoprocessamento e estudos fundiários de propriedades, e
são representados ao nível do mar, em coordenadas plano retangulares no sistema UTM.
Em alguns casos, são utilizadas também as coordenadas RTM e LTM, para representações
regionais e locais.

Cabe esclarecer, em termos práticos, a precisão em relação à escala para cada um desses
sistemas (UTM, RTM e LTM). O intuito não é explicar o que é um sistema de projeção e
como ele funciona, mas mostrar suas limitações, visto que em projetos ligados à
geoinformação esses são os sistemas de projeção mais utilizados.

O sistema de projeção UTM foi adotado pelo serviço de cartografia do Exército dos Estados
Unidos em 1947, para designar a projeção utilizada na elaboração em grande escala de
mapas militares na Segunda Guerra Mundial. Os mapas elaborados deveriam atender aos
critérios específicos, discriminados a seguir:

● - Conformidade (manter a forma), para minimizar erros direcionais;

● - “Continuidade” das áreas cobertas, com um número mínimo de zonas;

● - Erros de escala causados pela projeção sem exceder uma tolerância especificada;

● - Referência única para o sistema de coordenadas planas para todas as zonas;

● - Fórmulas de transformação de uma zona para outra uniforme, para um elipsóide de


referência;

● - Convergência meridiana sem exceder cinco graus.


A União Geodésica e Geofísica Internacional (UGGI) recomendou, em 1951, essa projeção
para ser aplicada no mundo inteiro. A recomendação foi seguida pelo Brasil a partir de
1955, quando foi adotada para o mapeamento sistemático nacional. Essa projeção, do
ponto de vista do método construtivo de elaboração, é classificada como analítica; de
acordo com a superfície adotada é ordenada por desenvolvimento, sendo a superfície
desenvolvível um cilindro transverso secante ao elipsóide; e, segundo a propriedade que
conserva, é classificada como conforme.

O cilindro, ao ser transverso, tem seu eixo contido no plano do Equador, por ser secante
tem seu diâmetro menor que o elipsóide e, conseqüentemente, gera duas linhas de contato
entre o cilindro e o elipsóide. Ao se aplicar essa projeção, os pontos que estão teoricamente
localizados sobre o elipsóide são projetados sobre o cilindro secante e, posteriormente, o
cilindro é desenvolvido em um plano. Os pontos a mapear ficam limitados a uma parte do
modelo, chamado fuso.

O sistema de projeção UTM é o mais utilizado no Brasil. Sua amplitude é de 6º de longitude,


formando um conjunto de 60 fusos UTM no recobrimento terrestre total. Os fusos são
numerados a partir do Anti-meridiano de Greenwich (longitude -180º) e de oeste para leste.
No Brasil temos oito fusos para o recobrimento total do território, do fuso 18, passando pela
ponta do Acre, até o fuso 25, passando por Fernando de Noronha.

Os fusos não são contínuos, havendo replicação de um mesmo ponto em mais de um fuso,
o que para um mapeamento é inconcebível. Cada fuso terá que montar um sistema próprio,
orientado pelo número do fuso ou pelo Meridiano Central. Apenas os estados de Santa
Catarina, Espírito Santo, Sergipe e Ceará estão totalmente dentro de um único fuso​.

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