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Resumos da disciplina de Topografia Básica

Alice Correia de Morais

Matrícula: 494923.

Aula Nº 1: Introdução a Topografia.

Logo no início da aula é apresentado o conceito de topografia, que de forma


resumida pode ser definido como a descrição do lugar, ou seja, a descrição exata e
detalhada de um lugar, como contorno, dimensão, relevo, posição relativa, etc.,
Como evidência da importância do estudo da topografia, para um projeto topográfico
ser executado é necessário que ocorra o levantamento de dados no campo (a
descrição do lugar) para que o projeto seja encaminhado para um escritório e a
partir dai ser gerada uma planta, que é um desenho técnico proveniente da
descrição do lugar. A topografia possui diversas áreas de atuação como por
exemplo irrigações, drenagens, sistemas de água e esgoto, etc., A topografia e a
geodésia se diferem no fato de que a topografia possui uma área de atuação de até
80km, ou seja, apenas uma pequena parte da superfície terrestre, enquanto a
geodésia utiliza-se da superfície terrestre como um todo; a topografia, no entanto,
pode ser considerada como uma parte da geodésia. Após essas informações, são
apresentadas as superfícies de referência da Terra, os modelos terrestres: superfície
topográfica, onde a terra é tratada como um plano horizontal, superfície elipsoidal,
onde a Terra é representada por uma elipse e é adotado pela geodésia, e a
superfície geoidal que é o modelo que mais se aproxima da forma da terra. Agora,
nessa fase da aula é aprofundado o conceito de superfície topográfica, citada
anteriormente; algo importante citar é a projeção ortogonal do lugar, que é a 90° do
plano topográfico, que é o que fica no plano vertical. A divisão de topografia é um
dos pontos mais relevantes abordados na aula, essa divisão é entre topometria e
topologia; A topometria se refere as medições em dois planos, a planimetria no
plano horizontal, altimetria no plano vertical e a planialtimetria, que é a junção dois
dois anteriores e a partir daí é obtido a forma da superfície estudada. Já a topologia
refere-se a modelagem, ou seja, a parte que possui os desenhos topográficos
(plantas, etc.,). É importante ressaltar que na topografia a distância real do terreno
não é utilizada e sim as distâncias entre dois pontos na vertical e na horizontal; no
levantamento topográfico, as grandezas utilizadas são lineares e angulares.

Palavras-chave: Topografia, Geodésia, Topometria, Projeção, Desenho.

Aula Nº 2: Escala

A aula de número 2 se inicia com a explicação de escala; uma breve revisão de um


assunto visto pelos alunos desde o ensino fundamental. A escala é uma constante
adimensional que é utilizada para relacionar o tamanho do terreno com o tamanho
do papel, ou seja, o seu tamanho real e o tamanho do desenho. Na topografia, após
realizar o levantamento (as medições de ângulos, distâncias) é necessário adequar
essas medidas para o papel, e, por isso, a escala possui extrema importância nesse
meio. O desenho topográfico é a representação de todas as medidas que foram
obtidas no terreno sobre o plano do papel; nesses desenhos, os ângulos possuem a
grandeza verdadeira, enquanto as distâncias são reduzidas. Quanto maior for o
denominador, menor será a escala; o mesmo ocorre ao contrário: Quanto menor for
o denominador, maior será a escala. Existem importantes fatores quando se trata de
decidir a escala para uma planta, no entanto, os dois fatores principais nessa
escolha são o tamanho do terreno e tamanho do papel escolhido para o desenho;
além disso, é necessário analisar as dimensões do eixo x e do eixo y, obter escalas
diferentes e a partir dai escolher a escala que melhor se adapta no papel, que
consequentemente vai ser a menor, a mais reduzida, para que caiba no papel. Para
realizar esses trabalhos, o tamanho da folha utilizada pode variar indo de A0 a A4.
Os símbolos são utilizados nas escalas quando é necessário representar elementos
com dimensões menores que as predeterminadas pela escala. A escala gráfica é
utilizada para facilitar a leitura de um mapa, sendo um segmento de reta dividido de
forma que mostra graficamente a relação entre as dimensões de um objeto no
desenho e no terreno, o uso desse tipo de escala é vantajoso pois mesmo que
ocorra diminuição ou aumento do papel, ela acompanhará essas variações.

Palavras-chave: Planta, dimensão, precisão, comprimento, gráfica.

Aula Nº 3: Medidas diretas de distâncias


Para realizar um levantamento topográfico, é necessário desenvolver as medidas de
campo que são extremamente importantes para indicar a posição relativa de pontos
que fazem parte de um terreno e para determinar a distância desses pontos, existem
várias alternativas e dependendo do instrumento utilizado e método que foi aplicado,
as medições de distância podem ser diretas, indiretas ou eletrônicas. As medidas
diretas de distância são quando o equipamento utilizado é aplicado diretamente
sobre o terreno e é usada uma grandeza padrão de comparação para medir os
pontos; os materiais utilizados na medição direta são os diastímetros, como trenas e
fitas de aço que são mais utilizadas na topografia. Para medir a distância entre dois
pontos são necessário acessórios, cada um com um objetivo específico: Os
piquetes, por exemplo, são feitos de madeira e fincados no solo para marcar o ponto
topográfico, já as estacas testemunhas são maiores e usadas para facilitar a
localização dos piquetes, as balizas tem o objetivo de transportar o ponto do terreno
não visualizável ao longo de uma reta vertical e o nível de cantoneira é acoplado na
baliza e tem uma bolha de vácuo que quando fica exatamente no centro quer dizer
que a baliza está na vertical, que é o objetivo dela. Existem também alguns erros
nas medidas de distância, a catenária que é quando você estica a trena para a
medição, por exemplo, do ponto A ao ponto B e o próprio peso da trena forma uma
curva ou “barriguinha” e o desvio lateral, um erro cometido quando não acontece
uma observação com precisão e a extremidade do diastímetro fica fora do
alinhamento são exemplos de fontes de erros nas medidas. É permitido a utilização
de triângulos para atravessar os obstáculos, usando a proporção e razão, similar na
escala, tendo o triangulo retângulo como o mais utilizável pois possui um ângulo de
90º graus, fato que facilita os cálculos.

Palavras-chave: Acessórios, baliza, distância, pontos, trena.

Aula Nº 4: Goniometria

A aula de número 4 é sobre goniometria, a parte da topografia que estuda os


ângulos. A goniometria é uma técnica de medição de ângulos e o goniômetro é todo
e qualquer instrumento utilizado para a medição dos ângulos. As medidas angulares
tratam dos ângulos horizontais, no plano horizontal que ficam entre dois planos
verticais e os ângulos verticais que ficam no plano vertical. O ângulo zenital é
utilizado na topografia, ele é um ângulo vertical com origem no zênite indo até a
nadir, a variação dele é de 0º ate 180º. Os tipos de visadas também são importantes
para o claro entendimento do assunto, os dois tipos são a visada ascendente, que
ocorre quando a luneta está acima da linha do horizonte e a visada descendente,
que ocorre quando a luneta está abaixo da linha do horizonte. Existem também dois
ângulos horizontais que são relevantes na goniometria que são o azimute, que é um
ângulo contado a partir do norte magnético, no sentido horário, variando de 0º a 360º
e o rumo que tem origem no Norte ou Sul magnético e a variação dele é de 0º a 90º
e é sempre acompanhado do seu sentido. Existem o norte magnético e o norte
geográfico, na topografia utiliza-se o norte magnético pois existe uma diferença entre
polo geomagnético e polo geográfico e na topografia o polo geográfico (verdadeiro)
é dispensável pois o polo geomagnético é encontrado pela bússola (A bússola é um
instrumento de navegação e orientação baseado em propriedades magnéticas dos
materiais ferromagnéticos e do campo magnético terrestre) e essa diferença entre o
polo geomagnético e o verdadeiro é um ângulo chamado de declinação magnética.
Sempre que possível é recomendável a transformação dos rumos em azimutes,
tendo em vista a praticidade dos cálculos de coordenadas, por exemplo, e também
para a orientação de estruturas em campo.

Palavras-chave: Azimutes, ângulos, visada, magnético, rumo.

Aula Nº 5: Trabalho da estação total

A estação total é um equipamento necessário na Topografia, pois gera medições


detalhadas, realiza cálculos em campo, propicia a implantação dos projetos
elaborados em escritório e possibilita a geração de mapas da área de interesse
medida. A estação total trata-se de um equipamento eletrônico que faz medições de
ângulos verticais e horizontais, e também de distâncias lineares. Em síntese, o
objetivo deste equipamento é oferecer medidas do terreno com extrema exatidão. As
estações totais utilizam um sistema de prismas e lasers para desenvolver leituras
digitais de todas as medidas durante o seu trabalho. Todas as informações
coletadas com a ferramenta são armazenadas na memória interna do equipamento.
Para instalar uma estação total precisa colocar o tripé aproximadamente sobre o
ponto no solo e verificar o posicionamento do mesmo para que a base fique perto da
horizontal e no ponto desejado, com isso feito, é preciso fixar as pernas do tripé no
solo de forma firme e usar um parafuso de fixação para fixar o instrumento sobre o
tripé, depois se liga o prumo a laser e centraliza a bolha circular enquanto ajusta as
pernas do tripé e depois de nivelar o instrumento, o parafuso de fixação pode ser
afrouxado para o equipamento movimentar sobre a base do tripé, até o ponto laser
coincidir com o ponto no solo, após isso, aperta-se o parafuso de fixação
novamente. Para fazer a medição é necessário posicionar a estação total num local
livre de obstáculos e mirar até o prisma. O prisma fica sobre uma “vara” metálica e
deve ser colocado sobre o ponto onde se quer medir. A estação total então emite um
feixe de laser que reflete no prisma e retorna ao equipamento. Pelo tempo de
resposta e ângulo de rotação da luneta da estação, o computador interno calcula os
ângulos e distancias armazenando os pontos em sua memória interna. Após pegar
todos os pontos necessários para a medição, basta baixar os dados em um
computador e desenhar o terreno.

Palavras-chave: Equipamento, fixação, tripé, medições, precisão.

Aula Nº 6: Nivelamento com Nível Óptico e Mangueira de Nível

A aula de número 6 se trata de uma demonstração prática do nivelamento


geométrico e com mangueira de nível e uma comparação das duas metodologias.
Os equipamentos utilizados nessa prática são o nível óptico, nível de cantoneira,
mangueira de nível, tripé, mira e um pedaço de cano de PVC. O funcionamento da
mangueira de nível é basicamente dois topógrafos se posicionam em cantos opostos
e colocam as pontas das mangueiras em nível, e no momento que estiverem
niveladas, temos a altura do instrumento. A mira é uma régua graduada que vai de 0
a 4 metros que permite a leitura da altura em outras unidades, como o milímetro e as
marcações dela se diferenciam também para facilitar a leitura; uma tabela é
imprescindível para garantir a precisão do nivelamento. O nível óptico precisa ficar
instalado no tripé bem firme, daí é preciso nivelar a bolha através dos parafusos,
após isso o procedimento é bem similar ao da mangueira de nível. Essa aula prova
que sim, é possível a utilização de equipamentos diferentes na medição, tendo em
vista que apesar do nível óptico possuir um nível maior de precisão em relação a
mangueira, os dados obtidos em ambos os estudos são praticamente similares e
não altera o resultado final da coleta de dados.
Palavras-chave: Nivelamento, mangueira, dados, óptico, tabela.

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