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TOPOGRAFIA PLANIMETRIA

Topografia planimetria

Conceito

Topografia é a ciência que estuda uma área de terra limitada, com a finalidade de conhecer sua
forma quanto ao contorno e ao relevo, sua orientação, sem levar em consideração a curvatura da
terra.

“É a ciência que estuda uma porção limitada da superfície terrestre, medindo a mesma, através
de técnicas e metodologia própria, de forma a poder representá-la sobre um plano horizontal
de referência.”

Generalidades

A palavra topografia teve origem do idioma grego em que TOPO=LUGAR e GRAFIA=DESCRIÇÃO,


ou seja, topografia é a descrição de um lugar.

A topografia teve início no antigo Egito, às margens do Rio Nilo, devido às cheias destruírem os limi-
tes das terras e as necessidades de novas demarcações, levantamentos cadastrais e avaliações de
áreas rurais.

A partir daí foram desenvolvidas técnicas que possibilitaram a restituição das áreas inundadas, che-
gando hoje com equipamentos eletrônicos modernos utilizando-se de automação para a segurança e
rapidez dos levantamentos e estudos.

Ciências Correlatas

Cartografia: estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de obser-
vações, visando a elaboração e preparação de cartas e mapas. A cartografia se utiliza da topografia
pelas técnicas de confecção destes mapas.

Geografia: ciência que estuda a distribuição de fenômenos físicos, biológicos e humanos na superfí-
cie terrestre. Esta distribuição é em geral baseada também em mapas.

Geodésia: geodésia é a ciência que estuda a superfície da Terra com a finalidade de conhecer sua
forma quanto ao contorno e ao relevo e sua orientação, levando em consideração a curvatura da
terra. Seu limite é de 50 Km.

Engenharia: a engenharia efetua todos os seus estudos baseados em levantamentos topográficos, e


após concluir os projetos, é através de técnicas topográficas que serão implantados e materializados

Geoprocessamento: é a ciência que estuda a produção de mapas com informações referentes a ele,
tudo num só produto e em meio digital.

Geotecnia: estuda a composição, disposição e condição do solo como produto para utilização em
obras. A topografia determina e posiciona os solos de acordo com sua localização na superfície da
terra.

Importância da Topografia

Agricultura e pecuária: é importante para a definição de áreas, conhecimento de dimensões, formatos


e relevo de uma propriedade; definição de áreas cultiváveis, áreas de preservação permanente (ma-
tos nativos, matas ciliares, banhados) e áreas de reserva legal (exigidas por lei); definição de volume
de adubo, calcário e semente, definição de dotação animal (UA/ha), etc;

Irrigação e drenagem: utiliza-se a topografia para saber as declividades e as diferenças de nível entre
dois ou mais pontos, ou seja, entre o ponto de captação de água e o ponto de irrigação; também é
importante para a construção de açudes;

Construção civil: é peça importante a topografia para o estudo, projeto e implantação de obras de
construção civil (casas, edifícios, pontes, estradas, ferrovias, loteamentos, praças, etc.)

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Também se destaca a importância da topografia como ferramenta indispensável para o uso e ocupa-
ção do solo legal, ou seja, na regularização de áreas e consolidação da posse e uso da terra (muito
utilizado pelos Cartórios de Registros e pelas Prefeituras para definir e legalizar as ocupações: a me-
dição é que vai determinar as dimensões e a área ocupada, bem como sua localização)

Divisão da Topografia

Planimetria

Conjunto de métodos e técnicas que visam detalhar a superfície terrestre sobre um plano horizontal
de referência. Trata apenas das distâncias horizontais e ângulos horizontais.

Altimetria

Conjunto de métodos e técnicas que visam detalhar a superfície terrestre sobre um plano vertical de
referência.

Planialtimetria

Conjunto de métodos e técnicas que visam detalhar a superfície terrestre sobre um plano horizontal
de referência com dados referenciados a um plano vertical de referência.

Tipos de Medidas Lineares

Horizontais: São distâncias tomadas paralelas a um plano horizontal de referência. São as distân-
cias que utilizaremos com mais frequência, pois desconsideram as elevações, que futuramente pode-
rão não mais existir. Estas são as distâncias que apresentamos nos Levantamentos Topográficos
Planimétricos.

Verticais: São distâncias tomadas perpendiculares a um plano horizontal de referência. Estas distân-
cias são utilizadas para se referir aos desníveis existentes entre detalhes da superfície. São utilizadas
em Levantamentos Topográficos Planialtimétricos ou Altimétricos.

Inclinadas: Estas distâncias são tomadas quando existe a impossibilidade de se medir as distâncias
horizontais e verticais, mas com o auxílio da matemática, podemos calcular tanto a distância horizon-
tal, como a vertical. Também utilizadas em controles de obras como em túneis, pontes, viadutos, ele-
vados, edificações e mecânica.

Equipamentos de Medição Linear

Trena: Pode medir distâncias em todos os sentidos (horizontal, vertical e inclinada). O material de
sua composição pode ser de fibra de vidro (mais precisas), de aço e de lona (menos precisas).

Mira: Equipamento utilizado normalmente para medição de distâncias verticais. Pode-se, eventual-
mente, medir distancias horizontais, porém, sem precisão.

Distanciômetro: Equipamento eletrônico, à laser ou infravermelho, que mede distâncias do equipa-


mento até um prisma.

Estação Total: Assim como o distanciômetro, a Estação Total também é um equipamento eletrônico,
à laser ou infravermelho, que mede distâncias do equipamento até um prisma. O que difere entre eles
é que a estação total também mede ângulos e registra os dados internamente.

Erros em Topografia

Por melhores que sejam os equipamentos e por mais cuidado que se tome ao proceder a um levanta-
mento topográfico, as medidas obtidas jamais estarão isentas de erros.

Assim, os erros pertinentes às medições topográficas podem ser classificados como:

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a)Naturais: são aqueles ocasionados por fatores ambientais, ou seja, temperatura, vento, refração e
pressão atmosféricas, ação da gravidade, etc.. Alguns destes erros são classificados como erros sis-
temáticos e dificilmente podem ser evitados. São passíveis de correção desde que sejam tomadas as
devidas precauções durante a medição.

b)Instrumentais: são aqueles ocasionados por defeitos ou imperfeições dos instrumentos ou apare-
lhos utilizados nas medições. Alguns destes erros são classificados como erros acidentais e ocorrem
ocasionalmente, podendo ser evitados e/ou corrigidos com a aferição e calibragem constante dos
aparelhos.

c)Pessoais: são aqueles ocasionados pela falta de cuidado do operador. Os mais comuns são: erro
na leitura dos ângulos, erro na leitura da régua graduada, na contagem do número de trenadas, ponto
visado errado, aparelho fora de prumo, aparelho fora de nível, etc.. São classificados como erros
grosseiros e não devem ocorrer jamais pois não são passíveis de correção.

É importante ressaltar que alguns erros se anulam durante a medição ou durante o processo de cál-
culo. Portanto, um levantamento que aparentemente não apresenta erros, não significa estar neces-
sariamente correto.

Erros Lineares

Durante uma medição linear, estaremos sujeitos a diversos tipos de erros, que deveremos tomar o
máximo de cuidado para eliminá-lo ou até minimizá-lo.

-Horizontalidade das Trenas -Graduação das Trenas

-Alinhamento das Balizas -Temperatura

-Verticalidade das Balizas -Tensão Diferenciada nas Trenas

-Catenária das Trenas -Pressão Atmosférica

Medidas Angulares

• Ângulo

• Tratando-se da forma, é uma figura formada por duas retas com um ponto em comum. Tratando-se
de medida, é o afastamento entre estas duas retas ao longo de uma circunferência.

• Ângulo Horizontal

É um ângulo formado sobre qualquer plano de referência horizontal.

• Ângulo Vertical

Ë um ângulo formado sobre qualquer plano de referência vertical

• O ângulo horizontal pode ser:

• Ângulo no Sentido Horário ou à Direita

É um ângulo lido no sentido do ponteiro do relógio, da esquerda para a direita.

• Ângulo no Sentido Anti-Horário ou à Esquerda

É um ângulo lido no contrário ao sentido do ponteiro do relógio, da direita para a esquerda.

Desenho Topográfico e Escala

Segundo ESPARTEL (1987) o desenho topográfico nada mais é do que a projeção de todas as medi-
das obtidas no terreno sobre o plano do papel.

Neste desenho, os ângulos são representados em verdadeira grandeza (VG) e as distân-


cias são reduzidas segundo uma razão constante.

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A esta razão constante denomina-se ESCALA.

A escala de uma planta ou desenho é definida pela seguinte relação:

d= D x 100

Onde:

"D" representa qualquer comprimento linear real, medido sobre o terreno.

"d" representa um comprimento linear gráficoqualquer, medido sobre o papel, e que correspondente
ao comprimento medido sobre o terreno.

"M" é denominado Título ou Módulo da escala

A escala pode ser apresentada sob a forma de:

· · fração : 1/100, 1/2000 etc. ou

· · proporção : 1:100, 1:2000 etc.

Podemos dizer ainda que a escala é:

· · de ampliação : quando d > D (Ex.: 2:1)

· · natural : quando d = D (Ex.: 1:1)

· · de redução : quando d < M (Ex.: 1:50)

Critérios para a Escolha da Escala de uma Planta:

Se, ao se levantar uma determinada porção da superfície terrestre, deste levantamento, resultarem
algumas medidas de distâncias e ângulos, estas medidas poderão ser representadas sobre o papel
segundo:

O Tamanho da Folha Utilizada

Para a representação de uma porção bidimensional (área) do terreno, terão que ser levadas em con-
sideração as dimensões reais desta (em largura e comprimento), bem como, as dimensões x e y do
papel onde ela (a porção) será projetada. Assim, ao aplicar a relação fundamental de escala, ter-se-á
como resultado duas escalas, uma para cada eixo. A escala escolhida para melhor representar a por-
ção em questão deve ser aquela de maior módulo, ou seja, cuja razão seja menor.

É importante ressaltar que os tamanhos de folha mais utilizados para a representação da superfície
terrestre seguem as normas da ABNT, que variam do tamanho A0 (máximo) ao A5 (mínimo).

O Tamanho da Porção de Terreno Levantado

Quando a porção levantada e a ser projetada é bastante extensa e, se quer representar conveniente-
mente todos os detalhes naturais e artificiais a ela pertinentes, procura-se, ao invés de reduzir a es-
cala para que toda a porção caiba numa única folha de papel, dividir esta porção em partes e repre-
sentar cada parte em uma folha. É o que se denomina representação parcial.

A escolha da escala para estas representações parciais deve seguir os critérios abordados no item
anterior.

Natureza dos detalhes

Leva em consideração os pontos do terreno a ser medido que podem ser representados em uma fo-
lha de papel, tornando-se visíveis.

Instrumentos acessórios para levantamento topográfico

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São todos os instrumentos utilizados e necessários para a medição ou levantamento topográfico de


uma área:

trenas: as mais utilizadas são as de fibra de vidro;

piquetes: ou estacas, são feitas de madeira, de secção quadrada com 15 a 30 cm e com uma ponta
para facilitar a sua instalação. No seu topo é feito um furo ou colocado um prego, para definir o ponto
topográfico. É enterrada no solo, ficando sómente 3 a5 cm de fora do solo;

fichas: são utilizadas na marcação das trenadas efetuadas, quando a medição do alinhamento é su-
perior ao comprimento da trena. São hastes de ferro ou aço;

balizas: são hastes metálicas ou de madeira, que marcam os alinhamentos topográficos e os man-
tém e ainda sinalizam os pontos topográficos. Podem ser inteiras, articuladas ou extensíveis;

testemunha: é uma estaca de ± 50 cm, colocadas próximas ao piquete (50 cm), inclinadas e voltadas
para o piquete, para facilitar sua localização;

bússola: instrumento de orientação, marca o NORTE magnético e orienta o levantamento em relação


ao mesmo;

nível de cantoneira: acoplado à baliza, faz com que a mesma fique na posição vertical:

nível de mangueira: é uma mangueira de água transparente que permite a medição de diferenças de
nível. É muito utilizada na construção civil;

pé de galinha: instrumento feito de madeira. Consiste em um triangulo ou um esquadro de madeira


de 2 metros, mantido na posição vertical e horizontal com o auxílio de um nível de pedreiro. Permite a
determinação das diferenças de nível e a marcação de curvas de nível.

caderneta de campo ou planilha: é onde são anotados, em campo, todas as informações sobre o
levantamento (localização, proprietário, data, matrícula do imóvel, etc.) e os dados levantados (medi-
das e ângulos), bem como é feito, na mesma, um croqui relativo à área e aos pontos levantados

Levantamento Topográfico: conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos


e distâncias com instrumentos adequados, implanta e materializa pontos para o detalhamento topo-
gráfico necessário.

Croqui

Esboço gráfico sem escala, em breves traços a mão livre, que facilite a identificação de detalhes to-
pográficos.

Caderneta de Campo

Planilha utilizada em campo para anotar os dados coletados (distâncias, ângulos e informações).

Planta

Representação gráfica de uma parte limitada da superfície terrestre, sobre um plano de referência ho-
rizontal, para fins específicos, na qual não se considera a curvatura da Terra. As escalas normal-
mente são grandes.

Etapas do Levantamento Topográfico

Planejamento: é a etapa do levantamento topográfico que compreende os estudos das técnicas e a


opção do melhor método e equipamentos a serem utilizados.

Coleta dos Dados: após o planejamento, em posse dos equipamentos são efetuados medições e
anotações referentes às características da superfície a ser detalhada.

Processamento dos Dados: com os dados coletados, então inicia-se o seu processamento, anali-
sando-se critérios, tolerâncias e objetivos.

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Representação Gráfica: concluída a etapa de processamento dos dados, inicia-se a representação


gráfica para uma melhor visualização da superfície em estudo. São desenhados os elementos tanto
levantados em campo como os calculados em escritório.

Relatório Técnico: são todos os elementos que subsidiaram o planejamento, os dados coletados em
campo, os dados processados em escritório e os desenhos baseados nos elementos técnicos.

Métodos de Levantamentos Planimétricos

Nos itens anteriores foram descritos os métodos e equipamentos utilizados na medição de distâncias
e ângulos durante os levantamentos topográficos.

Estes levantamentos, porém, devem ser empregados obedecendo certos critérios e seguindo deter-
minadas etapas que dependem do tamanho da área, do relevo e da precisão requerida pelo projeto
que os comporta.

Na sequencia, portanto, serão descritos os métodos de levantamentos planimétricos que envolvem as


fases de:

Ÿ  Reconhecimento do Terreno

Ÿ  Levantamento da Poligonal

Ÿ  Levantamento das Feições Planimétricas

Ÿ  Fechamentos, Área, Coordenadas

Ÿ  Desenho da Planta e Memorial Descritivo

Levantamento por Irradiação

Segundo ESPARTEL (1977), o Método da Irradiação também é conhecido como método da Decom-
posição em Triângulos ou das Coordenadas Polares.

É empregado na avaliação de pequenas superfícies relativamente planas.

Uma vez demarcado o contorno da superfície a ser levantada, o método consiste em localizar, estra-
tegicamente, um ponto (P), dentro ou fora da superfície demarcada, e de onde possam ser avistados
todos os demais pontos que a definem.

Assim, deste ponto (P) são medidas as distâncias aos pontos definidores da referida superfície, bem
como, os ângulos horizontais entre os alinhamentos que possuem (P) como vértice. A medida das
distâncias poderá ser realizada através de método direto, indireto ou eletrônico e a medida dos ângu-
los poderá ser realizada através do emprego de teodolitos óticos ou eletrônicos.

A precisão resultante do levantamento dependerá, evidentemente, do tipo de dispositivo ou equipa-


mento utilizado.

A figura a seguir ilustra uma superfície demarcada por sete pontos com o ponto (P) estrategicamente
localizado no interior da mesma. De (P) são medidos os ângulos horizontais (Hz1 a Hz7) e as distân-
cias horizontais (DH1 a DH7).

De cada triângulo (cujo vértice principal é P) são conhecidos dois lados e um ângulo. As demais dis-
tâncias e ângulos necessários à determinação da superfície em questão são determinados por rela-
ções trigonométricas.

Este método é muito empregado em projetos que envolvem amarração de detalhes e na densificação
do apoio terrestre para trabalhos topográficos e fotogramétricos.

Levantamento por Interseção

Segundo ESPARTEL (1977), o Método da Interseção também é conhecido como método das Coor-
denadas Bipolares.

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É empregado na avaliação de pequenas superfícies de relevo acidentado.

Uma vez demarcado o contorno da superfície a ser levantada, o método consiste em localizar, estra-
tegicamente, dois pontos (P) e (Q), dentro ou fora da superfície demarcada, e de onde possam ser
avistados todos os demais pontos que a definem.

Assim, mede-se a distância horizontal entre os pontos (P) e (Q), que constituirão uma base de refe-
rência, bem como, todos os ângulos horizontais formados entre a base e os demais pontos demarca-
dos.

A medida da distância poderá ser realizada através de método direto, indireto ou eletrônico e a me-
dida dos ângulos poderá ser realizada através do emprego de teodolitos óticos ou eletrônicos.

A precisão resultante do levantamento dependerá, evidentemente, do tipo de dispositivo ou equipa-


mento utilizado.

A figura a seguir ilustra uma superfície demarcada por sete pontos com os pontos (P) e (Q) estrategi-
camente localizados no interior da mesma. De (P) e (Q) são medidos os ângulos horizontais entre a
base e os pontos (1 a 7).

De cada triângulo são conhecidos dois ângulos e um lado (base definida por PQ). As demais distân-
cias e ângulos necessários à determinação da superfície em questão são determinados por relações
trigonométricas.

Levantamento por Caminhamento ou Rodeio

Segundo ESPARTEL (1977) este é o método utilizado no levantamento de superfícies relativamente


grandes e de relevo acidentado. Requer uma quantidade maior de medidas que os descritos anterior-
mente, porém, oferece maior confiabilidade no que diz respeito aos resultados.

O método em questão inclui as seguintes etapas:

1ª.Reconhecimento do Terreno: durante esta fase, costuma-se fazer a implantação dos piquetes
(também denominados estações ou vértices) para a delimitação da superfície a ser levantada. A fi-
gura geométrica gerada a partir desta delimitação recebe o nome de POLIGONAL.

As poligonais podem ser dos seguintes tipos:

a)Aberta: o ponto inicial (ponto de partida ou PP) não coincide com o ponto final (ponto de chegada
ou PC).

b)Fechada: o ponto de partida coincide com o ponto de chegada (PPºPC).

c)Apoiada: parte de um ponto conhecido e chega a um ponto também conhecido. Pode ser aberta ou
fechada.

d)Semi Apoiada: parte de um ponto conhecido e chega a um ponto do qual se conhece somente o
azimute. Só pode ser do tipo aberta.

e)Não Apoiada: parte de um ponto que pode ser conhecido ou não e chega a um ponto desconhe-
cido. Pode ser aberta ou fechada.

Obs.: um ponto é conhecido quando suas coordenadas UTM (E,N) ou Geográficas (f,l) encontram-se
determinadas. Estes pontos são implantados no terreno através de blocos de concreto (denomina-
dos marcos) e são protegidos por lei. Normalmente, fazem parte de uma rede geodésica nacional, de
responsabilidade dos principais órgãos cartográficos do país (IBGE, DSG, DHN, entre outros).
Quando destes pontos são conhecidas as altitudes (h), estes são denominados RN - Referência
de Nível.

2ª.Levantamento da Poligonal: durante esta fase, percorre-se as estações da poligonal, uma a uma,
no sentido horário, medindo-se ângulos e distâncias horizontais. Estes valores, bem como o croqui de
cada ponto, são anotados em cadernetas de campo apropriadas ou registrados na memória do pró-

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prio aparelho. A escolha do método para a medida dos ângulos e distâncias, assim como dos equipa-
mentos, se dá em função da precisão requerida para o trabalho e das exigências do contratante dos
serviços (cliente).

3ª.Levantamento dos Detalhes: nesta fase, costuma-se empregar o método das perpendiculares ou
da triangulação (quando o dispositivo utilizado para amarração é a trena), ou ainda, o método da irra-
diação (quando o dispositivo utilizado é o teodolito ou a estação total).

4ª.Orientação da Poligonal: é feita através da determinação do rumo ou azimute do primeiro alinha-


mento. Para tanto, é necessário utilizar uma bússola (rumo/azimute magnéticos) ou partir de uma
base conhecida (rumo/azimute verdadeiros).

5ª.Computação dos Dados: terminadas as operações de campo, deve-se proceder a computação,


em escritório, dos dados obtidos. Este é um processo que envolve o fechamento angular e linear, o
transporte dos rumos/azimutes e das coordenadas e o cálculo da área.

6ª.Desenho da Planta e Redação do Memorial Descritivo:

No desenho devem constar:

- as feições naturais e/ou artificiais (representados através de símbolos padronizados ou convenções)

- a orientação verdadeira ou magnética

- a data do levantamento

- a escala

- a legenda e convenções utilizadas

- o título (do trabalho)

- área e perímetro

- os responsáveis pela execução

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