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Agregados de Construção Civil são materiais com forma e volume aleatórios detentores de dimensões
e propriedades adequadas para a elaboração de concreto e argamassa na construção civil. Têm um
custo relativamente reduzido, sendo este um dos motivos para a sua utilização. Os agregados com
emprego constante na construção civil são a areia e a brita.
A denominação agregado tem substituído o termo inerte, utilizado anteriormente por acreditar-se que
esses materiais não tomavam parte nas reações de pega e endurecimento do cimento. Atualmente,
sabe-se que eles podem influenciar nessas transformações, haja vista que têm propriedades influentes
nesse caso, dentre as quais absorção, densidade e dureza, apesar dessa reatividade seja pratica-
mente nula.
Os agregados são matérias granulares de dimensões e propriedades adequadas para uso em obras
de engenharia civil. Podem ser classificados levando-se em conta a origem, a densidade e o tamanho
dos fragmentos.
Areia
Composição Química: material de origem mineral finamente dividido em grânulos, composta basica-
mente de dióxido de silício (SIO2), com 0,063 a 2 mm.
Histórico: a areia é uma substância que tem uma idade incalculável, haja vista que as rochas ígneas
das quais a areia é proveniente só podem ter sido formadas, sob uma enorme pressão e a uma pro-
fundidade de 9 a 24 quilômetros da crosta terrestre, onde foram convertidas em granito. Areia é uma
substância natural, proveniente da desagregação de rochas; possui granulometria variando entre 0,05
e 5 milímetros pelas normas da ABNT. A areia é formada, principalmente por quartzo(SiO2), mas de-
pendendo da composição da rocha da qual é originária, pode agregar outros minerais como: feldspato,
mica, zircão, magnetita, ilmenita, mônazita, cassiterita, entre outros.
Aplicação: a areia pode ser usada em concreto, argamassa de assentamento e revestimento, pavimen-
tação asfáltica, em filtros, lastro e permeabilização de vias e pátios.
Brita
Aplicação: a brita é destinada para o setor da construção civil com aplicações na fabricação de con-
creto, revestimento de leito de estradas de terra, de ferrovias, barramentos, etc.
Cascalho
Histórico: o cascalho de blocos de pedras e colunas que, antigamente, formavam templos estáveis na
Grécia Antiga e as fendas e aberturas nos túmulos e monumentos do Antigo Egipto são, primordial-
mente, o resultado da meteorização física (também chamada de meteorização ou alteração mecânica).
O cascalho é a denominação genética de seixos, originários de fragmentos de rochas preexistentes e
se enquadram numa faixa granulométrica, variável de 2 a 256mm de diâmetro, segundo as subdivisões
de Wentworth.
A areia pertence ao grupo dos agregados para construção civil (areia, brita e cascalho) que ocupam 1º
lugar em quantidade e 2º em valor na produção mineral mundial. Os baixos preços unitários resultam
da relação entre limites de distância de distribuição (uso local) e larga distribuição de pequenos empre-
endimentos.
Neste caso, os principais produtores são os principais consumidores (grandes centros urbanos). No
Brasil destacam-se os estados de São Paulo, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio
de Janeiro. Na produção e comércio predominam o improviso e a informalidade.
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Para utilização como agregado na construção civil, por ser uma substância que em sua maior parte é
consumida localmente, todos os estados e países produzem brita e cascalho para o abastecimento
interno.
Neste caso, os principais produtores são os principais consumidores (grandes centros urbanos). Os
principais produtores nacionais são: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Ser-
gipe, Tocantins, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia e Paraná. O mesmo aplica-se ao cascalho.
Aglomerante é o material ativo, ligante, em geral pulverulento, cuja principal função é formar uma pasta
que promove a união entre os grãos do agregado. São utilizados na obtenção das argamassas e con-
cretos, na forma da própria pasta e também na confecção de natas.
As pastas são, portanto, misturas de aglomerante com água. São pouco usadas devido aos efeitos
secundários causados pela retração. Podem ser utilizadas nos rejuntamentos de azulejos e ladrilhos.
As natas são pastas preparadas com excesso de água. As natas de cal são utilizadas em pintura e as
de cimento são usadas sobre argamassas para obtenção de superfícies lisas.
- aéreos: são os aglomerantes que endurecem pela ação química do CO2 no ar, como por exemplo a
cal aérea.
- hidráulicos: são os aglomerantes que endurecem pela ação exclusiva da água, como por exemplo a
cal hidráulica, o cimento Portland, etc. Este fenômeno recebe o nome de hidratação.
- poliméricos: são os aglomerantes que tem reação devido a polimerização de uma matriz.
Conceito De Pega
Pega é a perda de fluidez da pasta. Ao se adicionar, por exemplo, água a um aglomerante hidráulico,
depois de certo tempo, começam a ocorrer reações químicas de hidratação, que dão origem à formação
de compostos, que aos poucos, vão fazendo com que a pasta perca sua fluidez, até que deixe de ser
deformável para pequenas cargas e se torne rígida.
Fim de pega de um aglomerante hidráulico é quando a pasta se solidifica completamente, não signifi-
cando, entretanto, que ela tenha adquirido toda sua resistência, o que só será conseguido após anos.
A determinação dos tempos de início de e de fim de pega do aglomerante são importantes, pois através
deles pode-se ter ideia do tempo disponível para trabalhar, transportar, lançar e adensar argamassas
e concertos, regá-los para execução da cura, bem como transitar sobre a peça.
• cimentos de pega normal tempo > 60 minutos • cimentos de pega semi-rápida 30 minutos < tempo <
60 minutos
No caso dos cimentos de pega normal, o fim da pega se dá, de cinco a dez horas depois do lançamento
da água ao aglomerante. Nos cimentos de pega rápida, o fim da pega se verifica poucos minutos após
o seu início.
Cal
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É o produto obtido pela calcinação de rochas calcárias a temperaturas elevadas. Existem três tipos de
cales: cal aérea (cal virgem e cal hidratada) e a cal hidráulica.
Cal Virgem
Além das rochas calcárias, a cal também é obtida de resíduos de ossos e conchas de animais.
O produto que se obtém com a calcinação do carbonato de cálcio recebe o nome de cal virgem, ou cal
viva (CaO), que ainda não é o aglomerante usado em construção. O óxido deve ser hidratado para virar
hidróxido de cálcio Ca(OH)2 denominado de cal extinta ou cal queimada.
O processo de hidratação da cal virgem é executado no canteiro de obras. As pedras são colocadas
em tanques onde ocorre a sua extinção ao se misturarem com a água. O fenômeno de transformação
de cal virgem em cal extinta é exotérmico, isto é, se dá com grande desprendimento de calor (250 cal/g,
podendo em alguns casos a temperatura atingir 400 0C), o que torna o processo altamente perigoso.
Após a hidratação das pedras, o material deverá descansar por 48 horas no mínimo, antes de ser
utilizado na obra.
As argamassas de cal, inicialmente, têm consistência plástica, mas endurecem por recombinação do
hidróxido com o gás carbônico, presente na atmosfera (daí o nome cal aérea), voltando ao seu estado
inicial de carbonato de cálcio.
A cal viva ou cal virgem é distribuída no comércio em forma de pedras, como saem do forno ou mesmo
moídas e ensacadas.
Cal Hidratada
Cal hidratada é um produto manufaturado que sofreu em usina o processo de hidratação. É apresen-
tada como um produto seco, na forma de um pó branco de elevada finura. A cal é encontrada no mer-
cado em sacos de 20 kg.
A cal hidratada oferece sobre a cal virgem algumas vantagens, entre elas:
• maior facilidade de manuseio, por ser um produto pronto, eliminando do canteiro de obras a operação
de extinção;
Cal Hidráulica
Este tipo de cal é um aglomerante hidráulico, ou seja endurece pela ação da água, e foi muito utilizado
nas construções mais antigas, sendo posteriormente, substituído pelo cimento Portland.
Aplicação Da Cal
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A cal pode ser utilizada como único aglomerante em argamassas para assentamento de tijolos ou re-
vestimento de alvenarias ou em misturas para a obtenção de blocos de solo/cal, blocos sílico/calcário
e cimentos alternativos.
Durante muito tempo a cal foi largamente empregada em alvenarias, que vêm atravessando muitos
séculos de vida útil. Atualmente o maior emprego da cal se dá, misturada ao cimento Portland.
Por causa da elevada finura de seus grãos (2 µm de diâmetro), e conseqüente capacidade de propor-
cionar fluidez, coesão (menor suscetibilidade à fissuração) e retenção de água, a cal melhora a quali-
dade das argamassas. A cal confere uma maior plasticidade as pastas e argamassas, permitindo que
elas tenham maiores deformações, sem fissuração, do que teriam com cimento Portland somente. As
argamassas de cimento, contendo cal, retêm mais água de amassamento e assim permitem uma me-
lhor aderência.
A cal também é muito utilizada, dissolvida em água para pinturas, na proporção de mais ou menos 1,3
gramas por litro de água. A esta solução chama-se nata de cal e sua utilização é conhecida como
caiação. As tintas de cal, além do efeito estético, têm, também, efeito asséptico, devido a sua alta
alcalinidade (PH alto).
Gesso
Definição
No entanto, ele apresenta características e propriedades bastante interessantes, dentre as quais, pode-
se citar o endurecimento rápido, que permite a produção de componentes sem tratamento de acelera-
ção de endurecimento. A plasticidade da pasta fresca e a lisura da superfície endurecida são outras
propriedades importantes.
O gesso é um aglomerante de pega rápida, obtido pela desidratação total ou parcial da gipsita, seguido
de moagem e seleção em frações granulométricas em conformidade com sua utilização. A gipsita é
constituída de sulfato de cálcio mais ou menos impuro, hidratado com duas moléculas de água. As
rochas são extraídas das jazidas, britadas, trituradas e queimadas em fornos.
CaSO4 + 2H2O
De acordo com a temperatura do forno o sulfato de cálcio bi-hidratado se transforma em três diferentes
substâncias:
(CaSO4 + 2H2O) + calor = 150 0C ⇒ (CaSO4 + ½ H2O) 2ª Fase - gesso anidro solúvel
(CaSO4 + 2H2O) + 150 0C < calor < 300 0C ⇒ CaSO4 3ª Fase - gesso anidro insolúvel
Aplicações Do Gesso
Devido a sua principal característica, o rápido endurecimento, o gesso presta-se à moldagem. Quanto
a suas principais aplicações destacam-se:
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Cimento Portland
Definição
Cimento Portland é a denominação técnica do material usualmente conhecido na construção civil como
cimento. O cimento Portland foi criado e patenteado em 1824, por um construtor inglês, chamado Jo-
seph Aspdin. Naquela época, era moda na Inglaterra construir com uma pedra, de cor acinzentada,
originária da ilha de Portland, situada ao sul do país. Como o resultado da invenção de Aspdin se
assemelhava, na cor e na dureza a pedra de Portland, foi patenteada com o nome de cimento Portland.
O cimento é um pó fino com propriedades aglutinantes, que endurece sob ação da água, sendo, por-
tanto, um aglomerante hidráulico. Depois de endurecido, mesmo sob ação da água, não se decompõe
mais.
O cimento é hoje, sem dúvida, o mais importante dos aglomerantes, sendo de fundamental importância
conhecer bem suas propriedades, para poder aproveitá-las da melhor forma possível.
O cimento Portland é composto de clínquer, com adições de substâncias que contribuem para suas
propriedades ou facilitam o seu emprego. Na realidade, são as adições que definem os diferentes tipos
de cimento.
O clínquer, tem como matérias-primas o calcário e a argila. A rocha calcária é primeiramente britada,
depois moída e em seguida misturada, em proporções adequadas, com argila, também moída. Essa
mistura atravessa então, um forno giratório, cuja temperatura interna chega a alcançar 1450 0C, atin-
gindo uma fusão incipiente. Esse calor é que transforma a mistura, no clínquer, que se apresenta pri-
meiramente na forma de pelotas. Na saída do forno, o clínquer ainda incandescente é bruscamente
resfriado, e finamente moído, transformando-se em pó. Na Figura 2 é apresentada o esquema de fa-
bricação do cimento Portland.
No clínquer em pó está a essência do cimento, pois é ele quem tem a característica de desenvolver
uma reação química, na presença da água, cujas consequências físicas, são, primeiramente, tornar-se
pastoso, portanto moldável e, em seguida endurecer, adquirindo elevada resistência e durabilidade.
Detalhando um pouco, podemos dizer que a mistura moída de calcário e argila ao atingir a fusão inci-
piente (±30% de fase líquida), apresenta reações entre o carbonato de
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A mistura de cimento e água forma uma solução alcalina de PH entre 1 e 13, na qual os silicatos se
solubilizam, saturando a solução e se depositando, na forma de hidratados insolúveis que formam cris-
tais que se entrelaçam, tomando a mistura a forma de um sólido.
Os teores médios dos componentes dos cimentos brasileiros são dados na Tabela 2. TABELA 2 - Te-
ores médios dos componentes dos cimentos brasileiros.
Componente Percentual
FIGURA 3 - Comportamento mecânico dos compostos de cimento (Petrucci, 1979). Analisando a figura
anterior verifica-se que:
a) o silicato tricálcico (C3S) é o maior responsável pela resistência em todas as idades, especialmente
no primeiro mês de vida;
b) o silicato dicálcico (C2S) é o maior responsável pelo ganho de resistência em idades mais avança-
das, principalmente, após um ano de idade;
c) o aluminato tricálcico (C3A) contribui para ganhos de resistência especialmente no primeiro dia;
e) o silicato tricálcico (C3S) e o aluminato tricálcico (C3A) muito contribuem para a liberação do calor
de hidratação do cimento, devido ao grande ganho de resistência que apresentam no
As adições são as outras matérias-primas, que misturadas ao clínquer na fase de moagem, fazem com
que se obtenha os diversos tipos de cimento Portland disponíveis no mercado. As principais matérias-
primas adicionadas ao clínquer são: o gesso, as escórias de alto-forno, os materiais pozolânicos e os
materiais carbonáticos.
A contribuição de cada uma destas adições, às propriedades finais do cimento podem ser resumidas
da seguinte forma:
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• escória de alto-forno: é o subproduto obtido durante a produção de ferro-gusa nas indústrias siderúr-
gicas, resultante do processo de fusão do minério de ferro, com cal e carvão. A escória se separa do
ferro gusa por diferença de densidade. Quimicamente, é composta de uma série de silicatos que ao
serem adicionados ao clínquer do cimento, são capazes de sofrer reações de hidratação e posterior
endurecimento. A adição de escória contribui para a melhoria de algumas propriedades do cimento,
como, por exemplo, a durabilidade e a resistência à agentes químicos;
• materiais pozolânicos: são rochas vulcânicas ou matérias orgânicas fossilizadas encontradas na na-
tureza, certos tipos de argilas queimadas em elevadas temperaturas e derivados da queima de carvão
mineral nas usinas termelétricas, entre outros. Esses materiais, também apresentam propriedades li-
gantes, se bem que de forma potencial (para que passem a desenvolver a propriedade de ligante não
basta a água, é necessária a presença de mais um outro material, por exemplo o clínquer). O cimento
com adição desse material apresenta a vantagem de conferir maior impermeabilidade as misturas com
ele produzidas;
• materiais carbonáticos: são minerais moídos e calcinados. Contribui para tornar a mistura mais traba-
lhável, servindo como um lubrificante entre as partículas dos demais componentes do cimento.
Existem vários tipos de cimento Portland, cuja diferença é feita basicamente em função das adições
das matérias-primas, vistas anteriormente, que entram na composição final do cimento. Conforme estas
adições as características e propriedades dos cimentos variam, influenciando seu uso e aplicação.
A designação dos cimentos é feita de acordo com o teor de seus componentes (% em massa). As
últimas revisões das especificações brasileiras, realizadas pela ABNT, modificaram algumas das de-
signações dos cimentos Portland fabricados no Brasil.
Além de existirem vários tipos de cimento, existem, também, diferentes classes de cimento. A classe
do cimento define a resistência à compressão que o cimento tem que atingir aos 28 dias.
Os principais tipos de cimento Portland oferecidos no mercado, ou seja, mais empregados nas diversas
obras de construção civil, são a seguir apresentados pelas suas designações e siglas (códigos adota-
dos para identificação, inclusive na sacaria):
CP I-E - Cimento Portland Composto com Escória CP I-Z - Cimento Portland Composto com Pozolana
CP I-F - Cimento Portland Composto com Fíler
São designados pela sigla original de seu tipo acrescida de RS Por exemplo: CP V - ARI RS
• CIMENTO PORTLAND BRANCO CPB - Cimento Portland Branco (Estrutural e Não Estrutural)
Classes De Cimento
A classe dos cimentos define a sua resistência mecânica aos 28 dias e, tal como os tipos de cimento,
também é expressa de forma abreviada, ou seja, em código.
A resistência mecânica dos cimentos é determinada pela resistência à compressão apresentada por
corpos-de-prova produzidos com Argamassa Normal1. A forma dos corposde-prova, suas dimensões,
características, dosagem da argamassa e os métodos de ensaios, são definidos pela NBR 7215.
Até o ano de 1986, a unidade em que se media a resistência do corpo-de-prova padronizado era o
quilograma-força por centímetro quadrado. A partir do ano de 1987, a resistência à compressão dos
cimentos brasileiros passou a ser expressa pela unidade internacional chamada MegaPascal, conforme
determinação do INMETRO. Essa nova unidade é abreviada como MPa e como 1 MPa é exatamente
igual a 10,197 kgf/cm2, essa relação é arredondada para 1 MPa ≅ 10 kgf/cm2.
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No Brasil existem três classes de cimento e a Tabela 3 mostra como elas eram definidas e codificadas
até 1986 e como são agora.
250 kgf/cm2 250 25Mpa 25 320 kgf/cm2 320 32 Mpa 32 400 kgf/cm2 400 40 Mpa 40
Nem todos os tipos de cimento Portland são oferecidos nas três classes. A oferta de cimento segundo
o tipo e a classe é apresentada na Tabela 4.
A classe de cimento mais usual é a CP-32, estando a CP-25, praticamente fora de comercialização.
1 Argamassa Normal é a mistura de cimento, areia normal e água. Areia Normal é a areia fornecida
pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo-(IPT) e deve satisfazer a norma NBR 7214.
CP I CP I-S 25 32
CP I 25 32
CP IV 25 32 - - 8 10 15 20 25 32
CP V-ARI - 1 2 31 -
São também ressaltadas as principais propriedades de cada tipo de cimento em função de sua com-
posição.
CP I 100 0
O cimento Portland comum é aquele constituído basicamente de clínquer, gesso e nenhuma ou muito
pequenas quantidades de materiais carbonáticos e adições de escória de alto forno ou materiais pozo-
lânicos.
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(2) e (3) A determinação do teor é facultativa. (4) Com, no mínimo, 85% de CaCO3, a determinação do
seu teor é facultativa.
Quando a quantidade de adição está em torno de 10% a Norma Brasileira classifica como cimento
Portland composto, com os três subtipos vistos acima.
(5) A determinação do teor é facultativa. Quando entre 60% e 70%, o cimento é considerado resistente
a sulfatos.
O cimento Portland de alto-forno se caracteriza por conter quantidades maiores de adição de escória
de alto-forno.
A escória, como já foi explicado, da forma como é obtida, também possui a propriedade potencial de
ligante hidráulico, ou seja, em presença de água e meio alcalino, desenvolve uma reação química que
a torna primeiro pastosa e depois endurecida.
Mas, a reação química da escória de alto-forno em presença de água apresenta pequenas diferenças
em relação à desenvolvida pelo clínquer em pó com essa mesma água. De um lado, a reação química
da escória de alto-forno com a água se processa em velocidade um pouco menor do que a do clínquer
moído. Em consequência disso, o cimento de alto-forno leva mais tempo para endurecer. Mas, em
compensação, esse tempo a mais permite que os grãos e partículas que o compõem se liguem melhor
entre si, reduzindo, também, os espaços vazios ou poros entre eles, fato que proporciona uma maior
durabilidade e, principalmente, um ganho significativo de resistência em idades mais avançadas.
Por outro lado, o cimento de alto-forno produz menos calor durante a hidratação. Este fato, em geral,
beneficia as argamassas e os concretos confeccionados com esse tipo de cimento.
(7) Quando entre 25% e 40%, o cimento é considerado resistente a sulfatos. (8) Com, no mínimo, 85%
de CaCO3.
O cimento Portland pozolânico se caracteriza por conter uma quantidade maior de adição de materiais
pozolânicos.
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Por outro lado, como a velocidade da reação do cimento pozolânico com a água é mais lenta, também
é menor o efeito do calor gerado nessa reação, sobre as argamassas e concretos.
CP V 100-95 - - 0-5 (9) Com, no mínimo, 85% de CaCO3, a determinação do teor é facultativa.
O cimento Portland de alta resistência inicial não é propriamente um tipo de cimento que se diferencia
dos demais pelas matérias-primas que são adicionadas ao seu clínquer moído com gesso. Trata-se,
na realidade, de um tipo particular de cimento Portland comum, cuja principal diferença em relação aos
demais tipos é atingir altas resistências nos primeiros dias. O que faz o cimento de alta resistência
inicial desenvolver essas altas resistências nos primeiros dias é a utilização de uma dosagem diferen-
ciada de calcário e argila na produção do clínquer, bem como a sua moagem mais fina, de modo que
esse cimento, ao reagir com a água, adquira elevadas resistências, com velocidade muito maior.
CIMENTO PORTLAND RESISTENTE A SULFATOS (EB 903/NBR 5737) São considerados cimentos
resistentes a sulfatos:
Nos dois primeiros casos o cimento deve atender, ainda, a uma das normas NBR 5732, 5733, 5735,
5736 e 11578. Se cimento Portland de alta resistência inicial (NBR 5733), admite-se a adição de escória
granulada de alto-forno ou de materiais pozolânicos, para os fins específicos da NBR 5737.
Materiais Carbonáticos
Cimento Portland
Branco
Estrutural
100-75 0-25
Cimento Portland
Branco
Não Estrutural
74-50 26-50
O cimento Portland branco é um tipo de cimento que se diferencia dos demais tipos pela coloração.
Trata-se de um cimento composto basicamente de clínquer e gesso, sendo que no processo de fabri-
cação do seu clínquer é eliminado o ferro contido na argila, já que é esse mineral o responsável pela
coloração cinza dos demais tipos de cimento Portland.
No Brasil, o cimento Portland branco é oferecido no mercado em duas versões; uma para uso em
argamassa e pastas, o cimento branco não estrutural e outra que pode ser empregada para fazer con-
cretos, denominada de cimento branco estrutural.
O cimento branco estrutural, além de atender a uma possível estética de projeto, também, faz com que
a superfície reflita os raios solares, transmitindo menos calor para o interior da construção.
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Portland e é determinada em ensaios descritos na Norma Brasileira. Com dados da Associação Brasi-
leira de Cimento Portland, a média de ganho de resistência de alguns cimentos brasileiros, pode ser
apresentada segundo o gráfico da Figura 4.
Como já foi dito, a classe de cimento habitualmente encontrado no mercado é a CP-32, estando a CP-
25, praticamente fora de comercialização.
Os cimentos do tipo pozolânico e de alto forno são comercializados em determinadas regiões onde se
encontram em grandes quantidades as matérias-primas utilizadas em sua fabricação.
Os cimentos do tipo alta resistência inicial e resistentes a sulfatos só são disponíveis, praticamente, por
encomenda.
O tipo de cimento mais habitualmente encontrado no mercado é o composto, normalmente, com adição
de escória, na classe 32 (CP I - 32).
A Tabela 5 apresenta de que forma os diversos tipos de cimento, agem sobre as argamassas e con-
cretos de função estrutural com eles fabricados.
Resistência à compressão
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Padrão Padrão
Impermeabilidade Padrão
Maior
Maior
Maior Padrão
Maior Padrão
Durabilidade Padrão
Maior
Maior Padrão
Maior Padrão
As influências assinaladas na tabela anterior são relativas, podendo-se ampliar ou reduzir o seu efeito
sobre as argamassa e concretos, através do aumento e diminuição da quantidade de seus componen-
tes, sobretudo a água e o cimento. As características dos demais componentes, também podem alterar
a dimensão dessas influências. Pode-se, ainda, usar aditivos químicos para reduzir certas influências
ou aumentar o efeito de outras, quando desejado.
Tudo isso leva a conclusão de que é necessário estudar a dosagem ideal dos componentes das arga-
massas e concreto a partir do tipo de cimento escolhido, conforme será mostrado nos Capítulos 4 e 5.
Em que pese a possibilidade de se ajustar, através da dosagem adequada, os diversos tipos de cimento
às mais diversas aplicações, a análise das características e propriedades dos cimentos indicam as
aplicações mais usuais, conforme a Tabela 6. TABELA 6 - Aplicações do cimento Portland.
Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno (CP I) e Pozolânico (CP IV)
Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno (CP I) e Pozolânico (CP IV)
Concreto simples (sem armadura) Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-
Forno (CP I) e Pozolânico (CP IV)
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Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno (CP I) e Pozolânico (CP IV)
Concreto armado com função estrutural Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de
Alto-Forno
(CP I), Pozolânico (CP IV), de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-Z, CP I-F), de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)e Branco
Estrutural (CPB Estrutural)
Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno (CP I), Pozolânico (CP IV),
de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Concreto armado para desforma rápida, curado por aspersão de água ou produto químico
De Alta Resistência Inicial (CP V-ARI), Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de
Alto-Forno (CP I), Pozolânico (CP IV), e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Concreto armado para desforma rápida, curado a vapor ou com outro tipo de cura térmica
Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno (CP I), Pozolânico (CP IV),
de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno (CP I), Pozolânico (CP IV),
de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Elementos pré-moldados de concreto e artefatos de cimento para desforma rápida, curados por asper-
são de água
De Alta Resistência Inicial (CP V-ARI), Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de
Alto-Forno (CP I), Pozolânico (CP IV), e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Elementos pré-moldados de concreto e artefatos de cimento para desforma rápida, curados a vapor ou
com outro tipo de cura térmica
Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno (CP I), Pozolânico (CP IV),
de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno (CP I) e Pozolânico (CP IV)
Pisos industriais de concreto Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno
(CP I), Pozolânico (CP IV) e de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)
Argamassas e concretos brancos ou coloridos para efeito estético ou proteção do calor do sol
Argamassa armada(1) Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alta Resistência
Inicial (CP V-ARI)e Branco Estrutural (CPB Estrutural)
Solo-cimento Comum (CP I, CP I-S), Composto (CP I-E, CP I-Z, CP I-F), de Alto-Forno (CP I) e Pozo-
lânico (CP IV)
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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Argamassas e concretos para meios agressivos (água do mar e esgotos) De Alto-Forno (CP I), Pozo-
lânico (CP IV) e Resistente a Sulfatos
(1) Devido à pouca experiência que se tem no Brasil sobre o uso do CP I e do CP IV na argamassa
armada, deve-se consultar um especialista antes de especificá-los.
Embalagem E Armazenamento
O cimento Portland é embalado em sacos de papel kraft, com 50 kg. No caso de grandes obras, e
dispondo-se de silos para armazenamento, pode ser fornecido a granel.
Quando fornecido em sacos, as embalagens são de marcação padronizada, contendo a marca, o fa-
bricante, o tipo e a classe.
Considerando que o cimento é um produto perecível, alguns cuidados são necessários para o armaze-
namento do cimento na obra, tais como:
• abrigar da umidade - o cimento não deve, antes de ser usado, entrar em contato com a água ou com
a umidade, pois caso isto aconteça, empedrará, Devemos reservar um local para construção de um
barracão coberto, e com estrados de madeira, para isolar o contato dos sacos com o solo;
• não formar grandes pilhas - a pressão dos sacos superiores sobre os inferiores diminuem o módulo
de finura do cimento. Recomenda-se não fazer pilhas com mais de 10 sacos.
• não estocar por muito tempo - o cimento deve ser estocado por um período máximo de um mês,
mesmo assim tomando-se as precauções acima.
Tipos
Existem vários tipos de aglomerantes, tanto relativamente à sua origem, como à forma como fazem
presa.
Aglomerantes inorgânicos aglomerantes aéreos (que fazem presa em contato com o ar)
• gesso
• cal aérea
Aglomerantes hidráulicos são materiais pulverulentos (pó fino) que, misturados com água, formam uma
pasta capaz de endurecer por secagem natural, ou seja, provocam reação química que libera calor.
Estes resistem satisfatoriamente à ação dissolvente da água.
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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
• cimento Portland
Aglomerantes Orgânicos
• resina epoxídica
• resina acrílica
• cola
• mástique
• betuminosos
• alcatrão
• asfalto
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