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Vidro

Cerâmica

Cimento

Conceito

O cimento pode ser definido como um pó fino, com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou
ligantes, que endurece sob a ação de água. Com a adição de água, se torna uma pasta homogênea,
capaz de endurecer e conservar sua estrutura, mesmo em contato novamente com a água.

De acordo com o portal da engenharia civil ecivil, o cimento é um dos materiais de construção mais
utilizados na construção civil, por conta da sua larga utilização em diversas fases da construção. O
cimento pertence a classe dos materiais classificados como aglomerantes hidráulicos, esse tipo de
material em contato com a água entra em processo físico-químico, tornando-se um elemento sólido
com grande resistência a compressão e resistente a água e a sulfatos.

Historial do cimento

Foi justamente pela necessidade de construções mais arrojadas que o cimento acabou se

transformando em um dos mais importantes recursos da história da engenharia.

(SOUSA, 1998)

Supõe-se que o homem primitivo, da idade da pedra, já conhecia uma forma de material

com propriedades aglomerantes. Ao acenderem fogueiras junto ás pedras de calcário e

gesso, parte das pedras descarbonava com a ação do fogo, formando um pó que,

hidratado pelo sereno da noite, convertia-se novamente em pedra. (PANZERA, 2010)


Uma das mais antigas evidências de uso do cimento aparece nas pirâmides do Antigo

Egito. Naquela época, preocupados em erguer as suntuosas pirâmides, os egípcios

desenvolveram um tipo de cimento fabricado através de uma mistura de gesso

calcinado. Entre os gregos, notamos o emprego de terras vulcânicas que também

endureciam quando misturadas à água.

De acordo com diversos estudos, para construírem o Panteão de Agripa e o Coliseu, os

romanos conceberam um tipo de cimento um pouco mais sofisticado. Possivelmente, os

construtores urbanos de Roma desenvolveram uma mistura de areia, pedaços de telha,

calcário calcinado e cinzas vulcânicas. De fato, as informações disponíveis sobre essa

resistente argamassa criada pelos romanos são mínimas. A fórmula do cimento romano

era um segredo tão importante que acabou sumindo com a própria desarticulação do

império.

Somente no século XVIII, no ano de 1758, esse importante material voltou a ganhar
novas características. Naquela data, o engenheiro britânico John Smeaton foi incumbido

da tarefa de desenvolver um cimento que pudesse resistir à ação erosiva da água do mar.

Empregando o uso de uma cinza vulcânica oriunda da Itália, conhecida como pozolana,

Smeaton fabricou um cimento de excelente qualidade que veio a ser utilizado na

construção do Farol de Eddystone, que durou mais de um século.

No ano de 1796, outro britânico chamado James Parker desenvolveu um novo tipo de

cimento obtido pela calcinação de nódulos de calcário impuro contendo argila. Após

vários testes realizados por outras autoridades no assunto, o cimento de Parker, também

conhecido como cimento romano, foi liberado para construções. Logo que soube da

notícia, James Parker vendeu a patente de sua invenção para membros dos Wyatt, uma

tradicional família de engenheiros e arquitetos da Inglaterra.

Em 1824, Joseph Aspdin foi responsável pela elaboração do chamado “Cimento


Portland”, que revolucionou para sempre a história da engenharia civil. Aspdin era o

mais velho dos seis filhos de um pedreiro que cresceu em Yorkshire na Inglaterra. Com

suas experiências envolvendo processos de mistura, queima e moagem de argila e pó de

pedra calcária retirado das ruas, Aspdin conseguiu um material pulverulento, no qual ele

misturava uma certa quantidade de água, produzindo uma argamassa. Depois, deixava-a

secar, conseguindo um material de dureza parecida com as pedras utilizadas nas

edificações. Ele patenteou este pó em 1824, com o nome de cimento Portland, devido às

semelhanças de seu produto final com rochas da ilha britânica de Portland, as quais

apresentavam características próprias como cor, durabilidade e resistência. 2 3 O

cimento Portland, criado por Joseph Aspdin, está na lista das 50 maiores invenções

britânicas. (DORFAN, 2003).

Entretanto, foi Isaac Charles Johnson, em 1845, quem conseguiu aperfeiçoar o Cimento

Portland. Após várias observações, Johnson elevou a temperatura da queima para


1400ºC e moeu o clínquer, produto originário dessa queima, para obter um pó mais fino

e com uma qualidade superior.

Produção

COMPOSIÇÃO

O cimento Portland é basicamente o produto da calcinação de uma mistura de calcário,

composto predominantemente por CaCO3, e materiais argilosos, à base de SiO2,

Al2O3e Fe2O3, onde também estão presentes outros constituintes secundários, como:

óxido de magnésio, fosfatos, álcalis, etc. A mistura proporcionada dos constituintes

principais (aproximadamente 3:1), além de eventualmente outros (areia, cinza de pirita,

etc.), é calcinada em forno rotativo a uma temperatura em torno de 1500 °C. Obtém-se

então novos compostos químicos que aglomeram-se em grânulos denominados

clínqueryy (NEVILLE, 2002).

A NBR 5732 descreve os principais compostos do cimento, que serão mencionados do item 2.3.1 até
2.3.5:
CLÍNQUER

O “clínquer” é o principal item na composição de cimentos Portland, sendo a fonte de

Silicato tricálcico(CaO)3SiO2 e Silicato dicálcico (CaO)2SiO2. Estes compostos trazem

acentuada característica de ligante hidráulico e estão diretamente relacionados com

a resistência mecânica do material após a hidratação. (SOUSA, 1998)

A produção do clínquer é o núcleo do processo de fabricação de cimento, sendo a etapa

mais complexa e crítica em termos de qualidade e custo

A matéria prima básica para a confecção do clínquer é constituída por 80 a 90% de

calcário, 5 a 20% de argila e pequenas quantidades de minério de ferro. A composição

do clínquer varia em função do fabricante, do tipo de cimento a ser produzido e das

jazidas disponíveis para extração da matéria prima.

Aplicação

O cimento Portland é uma das substâncias mais consumidas pelo homem e isso se deve
a características que lhe são peculiares, como trabalhabilidade e moldabilidade (estado

fresco), e alta durabilidade e resistência a cargas e ao fogo (estado duro). Muito

utilizado em obras civis, o cimento pode ser empregado tanto em peças de mobiliário

urbano como em grandes barragens, em estradas ou edificações, em pontes, tubos de

concreto ou telhados.

CONCRETO

O concreto (português brasileiro) ou betão (português europeu) é o material mais

utilizado na construção civil, composto por uma mistura de cimento, areia, pedra e água,

além de outros materiais eventuais, os aditivos e as adições.

Quando armado com ferragens passivas, (é quando o concreto comum é adicionado de

vigas de aço) recebe o nome de concreto armado, e quando for armado com ferragens

ativas recebe o nome de concreto protendido. (DORFMAN, 2003)

Estão disponíveis no mercado vários tipos de concreto, como o concreto autoadensável,


concreto leve, concreto posreativo, concreto translucido, concreto colorido, concreto

com fibras, que são utilizados de acordo com necessidades especificas de cada projeto.

ALVENARIA COM BLOCOS DE CONCRETO

Processo construtivo dos mais tradicionais, pode ser empregado para simples vedação

ou com função estrutural em casas e edifícios de múltiplos pavimentos. Para a

construção das alvenarias, tanto de vedação quanto estruturais são utilizadas argamassas

confeccionadas com cimento e agregado miúdo. As argamassas podem ser preparadas

na obra ou já virem prontas bastando acrescentar água para sua confecção.

Segundo a NBR 13281 1 , argamassa é a mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s),

aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com

propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em

instalação própria (argamassa industrializada). Elas são empregadas com as seguintes


finalidades: assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cerâmica e tacos de madeira;

Impermeabilizar superfícies; regularizar (tapar buracos, eliminar ondulações, nivelar e

aprumar) paredes, pisos e tetos; dar acabamento às superfícies (liso, áspero, rugoso,

texturizado, etc.).

As argamassas mais comuns são constituídas por cimento, areia e água. Em alguns

casos, costuma-se adicionar outro material como cal, saibro, barro, caulim, e outros para

a obtenção de propriedades especiais.

2.5.3. PRÉ-FABRICADOS

Uma estrutura feita em concreto pré-moldado é aquela em que os elementos estruturais,

como pilares, vigas, lajes e outros, são moldados e adquirem certo grau de resistência,

antes do seu posicionamento definitivo na estrutura. Por este motivo, este conjunto de

peças é também conhecido pelo nome de estrutura pré-fabricada. (SOUZA,1998).

Sua produção pode ser realizada tanto no canteiro de ou fora dele. De acordo com NBR
9062, que trata de “Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado”, o

elemento pré-moldado é executado fora do local de utilização definitiva da estrutura,

com controle de qualidade.

A análise dos elementos componentes da estrutura pré-moldada deve partir da definição

do comportamento efetivo das ligações, sob o ponto de vista dos graus de liberdade

existentes. (NBR 9062, 1986). O cimento, a água, e os agregados são dosados de acordo

com o projeto em estudo.

A decisão de produzi-las na própria obra depende sempre de características específicas

de cada projeto.

2.5.4 EDIFICAÇÕES

Compostas de vigas, pilares e lajes, as estruturas de concreto moldadas na própria obra

constituem o sistema construtivo mais empregado em prédios residenciais e comerciais.


(SOUSA,1998)

2.5.5 ARTEFATOS

Telhas, lajes, postes, mourões, dormentes e uma infinidade de itens constituem o que

chamamos de artefatos de cimento.

2.5.6 BARRAGENS

O uso de concreto na construção de barragens iniciou-se ainda no final do século XIX,

motivado pela garantia de maior durabilidade oferecida pelo material. O sistema é

empregado tanto nas estruturas do circuito de geração (tomada d´água e cada de força)

quanto nos vertedouros. O desenvolvimento da tecnologia do concreto na construção de

barragens resultou numa tecnologia chamada Concreto Compactado com Rolo (CCR),

que já possui inúmeros exemplos de obras no Brasil e no exterior. (ROCHA,2003)

O concreto compactado com rolo (CCR) é a solução à base de cimento que melhor se

aplica a esse tipo de obra, seja para abastecimento, energia ou outro uso do reservatório.
2.5.7 SANEAMENTO E DRENAGEM

Normalizados pela ABNT, os tubos de concreto para águas pluviais, esgoto sanitário e

efluentes industriais existem há mais de 100 anos e ainda são a melhor solução nessa

área.

São regidos pela NBR 8890. Esta Norma fixa os requisitos exigíveis para fabricação e

aceitação de tubos de concreto e respectivos acessórios, segundo as suas classes e

dimensões, destinados a condução de águas pluviais, esgoto sanitário e efluentes

industriais. Podem ser produzidos tubos de classes de resistências superiores às

especificadas nesta Norma. (NBR 8890, 2007)

2.5.8 PAVIMENTO INTERTRAVADO

Os blocos intertravados se tornaram referência paisagística em muitas cidades

brasileiras. O sistema aplica-se também em portos, aeroclubes e áreas de cargas.

Os pavimentos intertravados são compostos por peças pré-moldadas de concreto e


constituem uma brilhante e eficaz solução para uso em ruas, calçadas, calçadões e

praças, sendo largamente difundida no Brasil – tanto na construção como na

reconstrução e reabilitação desse tipo de instalação urbana. Terminais de carga em

portos, aeroclubes e estradas vicinais também constituem locais recomendados a essa

tecnologia. (COIMBRA, 2006)

Propriedades químicas

Os componentes principais, cuja determinação é feita a partir de uma análise química, são: cal (CaO),
sílica (SiO2), alumina (Al2O3), óxido de ferro (Fe2O3), magnésia (MgO), álcalis (Na2O e K2O) e sulfatos
(SO3).

Fabricas

A produção de cimento em Moçambique deverá aumentar este ano mais de 2 milhões de toneladas
para 5,3 milhões, com a entrada em funcionamento de três unidades fabris.

As três cimenteiras – a CIFMoz e a Limak Cimentos, ambas na província de Maputo e a Fábrica de


Cimentos de Cabo Delgado – que começarão a funcionar antes do final do ano representam um
investimento conjunto de 130 milhões de dólares.

Moçambique dispõe atualmente de 11 fábricas de cimento, sendo a mais importante a Cimentos de


Moçambique com unidades de produção nas províncias de Maputo, Sofala e Nampula.

Austral Cimentos

A Austral Cimentos Sofala S.A. parte do Grupo Alemão HeidelbergCement, opera como uma fábrica de
cimento em Dondo, na província de Sofala, Moçambique. A empresa produz cimento nas qualidades
32.5 e 42.5, atendendo às demandas de seus clientes no mercado moçambicano para uma variedade de
projectos de construção.
Seu cimento é utilizado na fabricação de argamassas, elementos de betão, materiais de construção,
construções e elementos pré-fabricados. A empresa busca crescer e fortalecer sua posição financeira
por meio de investimentos em tecnologia.

Cimentos da Beira

Cimentos da Beira, Lda, sediada na cidade da Beira, iniciou as suas actividades em 2013, tendo sido
oficialmente inaugurada em 2016. Com capacidade de produção instalada de 800.000 toneladas por
ano, é uma empresa industrial dedicada ao fabrico de cimento portland de calcário. A empresa tem na
sua linha de produção cimentos de classe N e R.

Comprometida em fornecer serviços e produtos de qualidade a Cimentos da Beira foi certificada pelas
normas NP EN ISSO 9001 e, NM NP EN 197-1 conjugada com a norma NM NP EN 197-2.

Cimentos de Moçambique

A Cimentos de Moçambique, estabelecida em 1924, é líder no mercado nacional com cinco unidades de
produção. Erguida com base na visão, força e união de diversas culturas, a empresa se orgulha de
participar das principais obras do país e contribuir para o desenvolvimento socioeconómico em todas as
regiões. Seu compromisso com a excelência e a inovação a tornaram uma força vital no sector de
construção de Moçambique.

Fábricas de Cimento

Maputo província: Matola

Província de Sofala: Dondo

Província de Nampula: Nacala

Dugongo Cimentos

A Western International Holdings Limited é uma subsidiária da China West Cement Company Limited
(código de ações 2233.HK) listada na bolsa de Hong Kong, a empresa é responsável pelas operações
internacionais, enquanto a China West Cement Company Limited actua na China.

Com uma capacidade de produção de cimento de 30 milhões de toneladas, uma capacidade de


produção de agregados de 30 milhões de toneladas e uma capacidade de produção de misturas
comerciais de 10 milhões de metros cúbicos, é considerada a 9ª maior na China e a 23ª maior do mundo
no sector de cimento, com uma reputação sólida e reconhecimento de marca.

Volumes de produção
Localizada em Bella-vista, a mais de 60 km ao Sul de Maputo, possui uma nova linha de produção de
cimento de processo seco com capacidade diária de 5.000 toneladas e unidade de produção de energia
térmica de 3X12MW, com investimento total de 260 milhões de dólares. Com capacidade anual de 2
milhões de toneladas de cimento e valor de produção anual de 220 milhões de dólares.

Endereço: Moçambique-Mudada, Região Administrativa de Bella-vista, Distrito de Matutuni, Província


de Maputo.

Limak Cimentos

A fábrica Limak Cimentos S.A., localizada na zona portuária da Matola, Moçambique, iniciou suas
operações comerciais em 2016, seguindo as normas do Banco Mundial. Em 2018, recebeu o primeiro
certificado de produto local do país, chamado ‘Made in Moçambique’, um reconhecimento de qualidade
relevante no país. Além disso, foi premiada como o Melhor Investimento Industrial entre 2014 e 2017.

Desde 2020, a empresa participa na Câmara de Indústria de Moçambique e, em Junho de 2022,


comissionou uma Central de Geração de Energia a Gás Natural, reforçando a segurança energética do
país.

Conceito

Propriedades físicas e químicas

Produção

Aplicação

Fabricas em Moçambique

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