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EDUCAÇÃO SUPERIOR
Modalidade Semipresencial
Monica Midori Marcon Uchida Sguazzardi
Topografia
São Paulo
2018
Sistema de Bibliotecas do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional
PRODUÇÃO EDITORIAL - CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL. CRUZEIRO DO SUL VIRTUAL
S535t
Sguazzardi, Monica Midori Marcon Uchida.
Topografia. Monica Midori Marcon Uchida Sguazzardi. São Paulo:
Cruzeiro do Sul Educacional. Campus Virtual, 2018.
96 p.
Inclui bibliografia
ISBN: (e-book)
Topografia
SUMÁRIO
9 Unidade 1 – Conceitos Básicos e Instrumentação
37 Unidade 3 – Altimetria
53 Unidade 4 – Goniometria
69 Unidade 5 – Planimetria
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem Conserve seu
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua material e local de
formação acadêmica e atuação profissional, siga estudos sempre
algumas recomendações básicas: organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
Assim: de se alimentar
e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da hidratado.
sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário
fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
6
Objetivos de aprendizagem
Conceitos Básicos e Instrumentação
Unidade 1
Altimetria
» Conhecer as medidas realizadas em campo através de um nível para a aplicação do nivelamento topográfico;
» Conhecer os tipos de nivelamento, as cadernetas de campo, os cálculos e os gráficos derivados das observações
em campo.
Goniometria
Unidade 4
Planimetria
Unidade 5
» Aprender sobre o uso da Estação Total, a tomada de dados e a construção de poligonais em um plano cartesiano;
» Apresentar outro método de cálculo de área, baseado nas coordenadas e nos erros envolvidos.
Levantamentos Topográficos
Unidade 6
» Ter contato com vários tipos de levantamentos e aprenderá a planejar e documentar cada um deles, de acordo com as
suas necessidades.
7
1
Conceitos Básicos e Instrumentação
Revisão Técnica:
Prof.ª Esp. Erika Gambeti Viana
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Conceitos Básicos e Instrumentação
UNIDADE
1
Introdução
O propósito da topografia – ou geomática, como vem sendo também denominada
nos últimos anos – é realizar medidas de distâncias, ângulos e desníveis para uma
reprodução do terreno em um mapa em duas ou três dimensões ou a sua descrição
em documentos oficiais.
Você consegue pensar em outros ramos que não a agrimensura e a construção civil, onde
Explor
Instrumentos de Campo
Ao longo dos séculos, muita coisa mudou nos instrumentos utilizados pelos
topógrafos. Nos tempos atuais, os instrumentos mais utilizados são:
• Trena – medidor de distância graduado, pode ser encontrado em fita ou
digital (laser);
10
• Estacas e piquetes – pequenas varas utilizadas para demarcar e identificar
vértices em campo;
Figura 2 – Estacas
Fonte: Divulgação
11
Conceitos Básicos e Instrumentação
UNIDADE
1
• Nível bolha – instrumento utilizado para conferir o alinhamento horizontal;
• Mira – régua graduada e extensível, cuja leitura deve ser realizada através da
observação com o nível;
12
• Teodolito – equipamento utilizado para realizar leituras de distância horizontal
e ângulos verticais, pode ser mecânico ou digital;
Figura 9 – Bússola
Fonte: Divulgação
13
Conceitos Básicos e Instrumentação
UNIDADE
1
• Global Positioning System (GPS) – sistema de posicionamento global,
instrumento que recebe e envia sinais via satélite para fornecer a geolocalização
(posição sobre a Terra) precisa e o tempo exato.
Levantamentos
As medições topográficas são realizadas in loco, ou seja, diretamente no local
de interesse e são chamadas de levantamento. Existem, basicamente, dois tipos de
levantamento, planimetria e altimetria:
• Planimetria – levantamento das distâncias horizontais e dos ângulos das áreas
formadas pela projeção do relevo no plano topográfico;
14
• Altimetria – levantamento dos declives e das diferenças de nível no plano
vertical do terreno.
15
Conceitos Básicos e Instrumentação
UNIDADE
1
• Irradiação – utiliza-se de um sistema de coordenadas (polares) centrado no
teodolito ou na estação total, que observa pontos do perímetro do terreno.
Geralmente é utilizado para áreas pequenas e pouco acidentadas;
2
1
2 3
1
3 5
5 A
4
Dentro do perímetro 4 Fora do perímetro
A
Figura 15 – Pontos irradiados dentro e fora do perímetro
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 16 – Poligonação
Fonte: Acervo do conteudista
16
Levantamentos Altimétricos Mais Utilizados
• Nivelamento – medida das diferenças de nível através da distância vertical de
um ponto até um plano de referência;
Figura 17 – Nivelamento
Fonte: Acervo do conteudista
• Curvas de nível – curvas que interligam pontos com a mesma distância vertical
de um plano de referência.
17
Conceitos Básicos e Instrumentação
UNIDADE
1
Segurança nos Trabalhos de Campo
Como já mencionado, os levantamentos topográficos são realizados nos próprios
locais onde é necessária a aplicação das medidas. Assim, é muito importante que o
topógrafo tenha em mente os fatores ambientais que interferirão no seu trabalho.
Sobre esse assunto, confira o artigo de Luís Antônio dos Santos, intitulado Análise de risco
Explor
Unidades de Medida
Sem dúvida, as grandezas mais utilizadas pelos topógrafos são o metro e os seus
múltiplos, além dos ângulos e de suas frações. Um topógrafo não trabalha somente
com as medidas realizadas no local onde seriam utilizados metros ou quilômetros,
mas também com as descrições das áreas levantadas em mapas, cartas e plantas.
Assim, o uso de escalas de conversão é necessário e as unidades de medida são
transformadas em milímetros ou centímetros. Por isso, é muito importante que
você esteja familiarizado(a) com as conversões entre as diversas unidades de medida
desses padrões.
Medidas de Distância
18
Resolução:
Nesse caso, para encontrarmos o valor em metros e quilômetros, basta realizar uma
regra de três simples para cada um dos quais:
1m ----- 100 cm
X ----- 13500 cm
100x = 13500
X = 13500 / 100 = 135 m
1 km ----- 1000 m
X ----- 135m
1000x = 135
X = 135 / 1000 = 0,135 km
1 m² = 104 cm²
1cm² = 10² mm²
1 km² = 106 m²
Exemplo:
O Estado do Espírito Santo possui, aproximadamente, 46.000 km². Qual é a sua área
em m²?
Resolução:
46.000 km² podem ser escritos como 4,6 x 104 km², então, realizando a regra de
três, temos:
1 km² ----- 106 m²
4,6 x 104 km² ----- x
1x = 4,6 x 10 x 10
4 6
X = 4,6 x 1010 m²
Medidas Angulares
As medidas angulares podem ser realizadas em radianos, graus ou grados, sendo
definidas como a região determinada pela interseção entre duas semirretas contidas
no mesmo plano.
19
Conceitos Básicos e Instrumentação
UNIDADE
1
A divisão do grau em minutos e segundos de arco utiliza uma base hexadecimal,
como aquela que empregamos para as horas. Então, 0,5° é diferente de 50’ pois 0,5°
corresponde a 30’. Ou seja, 1° = 60’ e 1’ = 60’’
Exemplo:
Um topógrafo usa um teodolito para medir a distância angular entre dois pontos do
terreno e encontra o valor de 56,458°. Qual é o valor do ângulo em graus, minutos
e segundos?
Resolução:
O valor inteiro 56° não se altera, mas para calcular minutos e segundos iremos,
novamente, nos valer da regra de três.
Assim, ao retirarmos a parte inteira (56°) nos restará 0,458°.
1° ----- 60’
0,458° ----- x
X = 0,458 * 60
X = 27,48
Então, teremos 56° 27,48´. Utilizaremos o mesmo raciocínio para calcular os
segundos, ou seja, retiraremos a parte inteira dos minutos e ficaremos apenas com
os decimais. Logo, teremos: 27´ (minutos inteiros) e 0,48´ (que será transformado
em segundos):
1´ ----- 60’’
0,48´ ----- x
X = 0,48 * 60
X = 28,8´´
Então, teremos: 56° 27´28,8´´
Exemplo:
O ângulo formado em um dos vértices de uma poligonal é igual a 95° 21´54´´. Qual
é o seu valor em graus e décimos de grau?
Neste caso, adotaremos o procedimento inverso ao exercício anterior, de modo
que devemos transformar 54´´ em minutos e somá-los aos 21´ para, a seguir,
transformá-los em graus:
1´ ----- 60´´
X ----- 54´´
60x = 54
X = 54 / 60 = 0,9’
Então, teremos:
21´ + 0,9´ = 21,9´
1° ----- 60’
X ----- 21,9´
60x = 21,9
X = 21,9 / 60 = 0,365°
Logo:
95° + 0,365° = 95,365°
20
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Topografia Aplicada na Execução da Terraplanagem de um Projeto Viário
Artigo explicativo de Adriana Pires Pereira, Reginaldo Adair Justino e Ricardo de Moura
Costa, com ilustrações e descrições dos procedimentos utilizados em um levantamento
topográfico para a execução de um projeto rodoviário.
https://goo.gl/SXuTR2
Site Da Associação das Empresas de Topografia do Estado de São Paulo (Aetesp)
Reúne as principais empresas de topografia do Estado paulista, podendo-se encontrar
maiores informações sobre o mercado de trabalho e serviços prestados por empresas
de topografia.
http://www.aetesp.com.br
Vídeos
Topografia Noção Base Estação
Entrevista com topógrafos do metrô de São Paulo, os quais explicam o funcionamento
da estação total e de alguns outros instrumentos.
https://youtu.be/CBvpo-2G7jQ
Topografia em Loteamentos Urbanos l Rurai
Entrevista com o geógrafo Thiago Santana, quem explica a importância da topografia
para loteamentos urbanos e rurais.
https://youtu.be/rqukpkA09D0
Como demarcar um Lote utilizando uma Estação Total
https://youtu.be/gCZeQqALUsc
Leitura
Execução de Levantamento Topográfico
Texto com as normas, especificações e procedimentos da Norma Brasileira (NBR)
13133, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
https://goo.gl/XMgvgr
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Conceitos Básicos e Instrumentação
UNIDADE
1
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13133 – execução
de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994.
22
2
Escalas e Cálculos de Área
Revisão Técnica:
Prof.ª Esp. Erika Gambeti Viana
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Escalas e Cálculos de Área
UNIDADE
2
Unidades de Medida
As unidades de medida mais utilizadas na topografia são o metro e seus múltiplos
e graus e suas frações. Apesar disso, outras unidades de comprimento e área são
importantes, tais como acres, hectares e alqueires.
Que no Brasil existe uma grande confusão com a medida de alqueires? O alqueire era
o nome dado ao cesto que os animais carregavam no dorso para transportar cereais.
Com o tempo, surgiu a medida alqueire, que era a área de plantio necessária para que
se pudesse colher uma quantidade de grãos suficientes para encher os cestos. Você
pode imaginar a confusão que se cria se o tamanho do cesto não for padronizado, ou
se considerarmos a quantidade total de cestos trasportados por um animal ao invés
de um único cesto? Pois é, foi exatamente isso que aconteceu no Brasil colonial, dan-
do origem a diferentes tipos de alqueires. O alqueire paulista (24.200 m²), o alqueire
mineiro (48.400 m²), o alqueire do Norte (27.225 m²), o alqueire baiano (96.800 m²)
e o alqueire goiano (193.600 m²).
Algarismos Significativos
Algarismos significativos são os números que trazem informações sobre a medida
em questão. Zeros à esquerda não são considerados algarismos significativos se
aparecem antes de qualquer número. Por exemplo, os números a seguir possuem
três algarismos significativos – em cada caso:
• 845;
• 0,0127;
• 0,650;
• 100.
Importante! Importante!
Zeros à direita são algarismos significativos pois trazem informações sobre a gran-
deza medida.
24
Em topografia devemos utilizar todos os algarismos significativos disponíveis
para a leitura nos instrumentos e no final arredondar o resultado para o número de
algarismos significativos designados previamente.
Escalas
Inconsciente quando desenhamos o mapa de uma cidade ou de ruas para
explicar o caminho de casa para um amigo, estamos criando uma escala imaginária
em nosso pensamento, onde cada traço no papel corresponde a uma distância.
A escala pode ser maior ou menor dependendo do meio de locomoção. Quando
pensamos em um trajeto realizado de carro – envolvendo distâncias maiores –, o
valor real correspondente a cada traço é maior do que o valor real correspondente
ao tamanho do traço em um trajeto feito a pé – envolvendo distâncias menores.
Então, uma escala traz sempre a relação entre o desenho no mapa e o tamanho
real, ou seja, quantas vezes o tamanho real foi reduzido ou aumentado. Quando a
escala é de redução, é sempre precedida pelo número 1, por exemplo, 1:1000 (lê-
-se um para mil), significa que 1 unidade no desenho corresponde a 1.000 unidades
no real. Lembre-se que as unidades utilizadas para os números da escala devem
sempre ser as mesmas. Assim, na escala 1:200 para cada 1 cm no desenho, temos
200 cm no real, isto é, cada 1 cm do desenho equivale a 2 m no real. Quando a
escala é de ampliação, temos o número 1 após os dois pontos, por exemplo, 5:1,
onde cada 5 unidades do desenho equivalem a 1 unidade real.
25
Escalas e Cálculos de Área
UNIDADE
2
Você Sabia? Importante!
Que as escalas são sempre indicadas nos mapas? Estas podem ser apontadas de diver-
sas maneiras. Procure alguns mapas na internet, livros e revistas e observe as escalas
utilizadas. Você acha a escala em que esses mapas foram desenhados adequada? Re-
flita a esse respeito.
Exemplo:
Em um mapa com escala 1:50000 a distância em linha reta entre duas cidades
é medida com uma régua e o seu valor é de 8,2 cm. Qual é a distância real entre
as cidades em quilômetros?
1 8, 2 ( cm )
=
50000 Real
Exemplo:
Uma equipe está desenhando um mapa rural de uma região. Sabendo que o
tamanho real de uma estrada de terra retilínea é de 15 km, qual deve ser a escala
utilizada no mapa para que, no desenho, possua um tamanho de 20 cm?
Desenho 20 ( cm ) 0, 2 ( cm )
Escala = = =
Real 15 ( km ) 15000 ( m )
26
( m)
0, 2
Escala = , para tanto, devemos dividir o numerador e o denominador
15000 ( m )
por 0,2, ou seja, o valor que está presente no numerador:
( m) ÷ 0, 2
0, 2
=
1
( m) ÷ 0, 2
15000 7500
Para que você se ambiente, temos a seguir um Quadro com escalas comumente
utilizadas na topografia, mas lembre-se que estas não devem, por força, seguir tal
padrão, pois cada topógrafo pode optar livremente pela escala que desejar utilizar,
dependendo de suas necessidades.
Tabela 1
Plantas e mapas Escalas
Casas e terrenos urbanos 1:50
Edifícios e condomínios 1:100 - 1:200
Bairros 1:500 - 1:1000
Plantas rurais 1:1000 - 1:5000
Cidades pequenas 1:10000 - 1:25000
Cidades grandes 1:50000 - 1:100000
Estados, regiões e países 1:200000 - 1:10000000
Fonte: elaborado pela professora conteudista
27
Escalas e Cálculos de Área
UNIDADE
2
Os erros causados pelas fontes citadas acima podem ser classificados em três
categorias:
• Grosseiros: erros causados, em geral, pela desatenção do observador ou pelo
mau funcionamento do instrumento. Uma boa maneira de evitar este tipo de
erro é sempre refazer as medidas e, se possível, com observadores diferentes.
Exemplos: anotar medidas em linhas ou colunas erradas, anotar 125 ao invés
de 1,25, confundir a ordem dos piquetes, errar a contagem de traços etc.;
• Sistemáticos: são erros que afetam os dados da mesma maneira ou de
forma linear, de modo que seja possível a sua correção através de fórmulas
matemáticas. Exemplos: erro de calibração inicial, erro de zero da escala,
dilatação térmica da trena, defeitos óticos no instrumento etc.;
• Aleatórios: são erros que podem ocorrer por acidente, não possuem nenhum
padrão ou ocorrem após a eliminação de todas as fontes anteriores de erro
e possuem causas desconhecidas. Os efeitos dos erros aleatórios tendem a
diminuir quando um grande número de observações é realizado. Exemplos:
erro de pontaria na mira, efeitos do vento na baliza etc.
Cálculos de Área
Uma das atribuições do topógrafo é o cálculo de áreas de terrenos e áreas
construídas. Quando os terrenos possuem formas conhecidas, podemos calcular
sua área com fórmulas prontas. Relembremos alguns conceitos:
Área do Paralelogramo
Qualquer figura geométrica composta por quatro retas paralelas duas a duas é
considerada um paralelogramo. Ou seja, a área de um paralelogramo é sempre
igual ao produto da sua base pela sua altura:
A=b.h
h h
b b
Figura 2 – Exemplos de paralelogramo
28
Exemplo:
Área do Círculo
O círculo pode ser descrito através do raio ou de seu diâmetro, basta se lembrar
que essas duas grandezas estão relacionadas entre si através da equação diâmetro
= 2 x raio.
Diâmentro (d)
Raio (r)
d =2r
Figura 3 – Representação do diâmetro e raio do círculo
Exemplo:
Área do Triângulo
Existem algumas formas de calcular a área de um triângulo, dependendo das
informações disponíveis. Tradicionalmente, para calcular a área de um triângulo
utilizamos a seguinte fórmula:
×h
b
A =
2
Onde b é a base e h é a altura. Essa fórmula é muito útil para triângulos retângulos,
onde a altura é coincidente com um dos lados do triângulo.
29
Escalas e Cálculos de Área
UNIDADE
2
b
A=b.h
a c 2
c a
b
Figura 4 – Base e altura do triângulo
A = p ( p − a) ( p − b) ( p − c )
A = p ( p − a ) ( p − b ) ( p − c ) = 37, 5
× ( 37, 5 − 20 )
× ( 37, 5 − 25 )
× ( 37, 5 − 30 )
A = 61523, 44 = 248, 04
m²
29m 30m
40m
Figura 5
30
Poderíamos medir a diagonal do terreno e dividi-lo em dois triângulos que apa-
rentemente seriam iguais – mas não são –, pois os lados possuem valores distintos:
42m
I
29m 30m
II
40m
Figura 6
Dessa forma, podemos calcular a área de qualquer terreno onde sua forma
possa ser dividida em vários triângulos.
https://goo.gl/dO9tec
31
Escalas e Cálculos de Área
UNIDADE
2
Rio
12m
Terreno
3m 3m 3m 3m 3m 3m 3m 3m
24m
13m
14m
10m
12m
9m
6m
4m
5m
×157
3
A= = 235, 5
m²
2
32
É claro que para o cálculo da área podemos nos deparar com vários tipos de
terreno e a maioria não será constituída de forma simples, de modo que para
muitos será necessário subdividir o terreno em diversas áreas para calcular a área
total. Assim, resolveremos mais um exercício:
5m A3
4m
4m
A2 4,8m
45 4m A3
36m m 5m
4m
A1
3m
4m
2m
4m
24m
Como pode ser visto no desenho, o terreno já está dividido em quatro áreas.
O mesmo procedimento deve ser realizado para a área 2, já que esta também é
um triângulo de lados a = 45 m, b = 30 m e c = 5 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 = 25 m:
45 + 30 + 25
p2 = = 50
m
2
A = p ( p − a) ( p − b) ( p − c )
× ( 50 − 45 )
A 2 = 50 × ( 50 − 30 )
× ( 50 − 25 )
A 2 = 50
× 5
× 20
× 25 = 125000 = 353, 55
m²
A área 3 é um pequeno triângulo retângulo. Note que este não foi incluso na área
irregular, pois sua base tem valor igual a 5 m, que é diferente da base dos trapézios
– iguais a 4 m. Para o cálculo da área do triângulo, basta utilizar a seguinte fórmula:
33
Escalas e Cálculos de Área
UNIDADE
2
×h
b
A=
2
×4
5
A3 = = 10
m²
2
34
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Introdução à Cartografia: Fundamentos e Aplicações
ESTÊVEZ, L. F. Introdução à Cartografia: fundamentos e aplicações. Curitiba, PR:
Intersaberes, 2015.
Vídeos
Cálculo de Área Irregular
https://youtu.be/EYW9eibiP9I
Leitura
Escalas: Estudos de Conceitos e Aplicações
MENEZES, P. M. L.; COELHO NETO, A. L. Escalas: estudos de conceitos e aplica-
ções. [20--].
https://goo.gl/rjgo8W
Escala Geográfica e Escala Cartográfica: Distinção Necessária
MARQUES, A. J.; GALO, M. L. B. T. Escala geográfica e escala cartográfica: dis-
tinção necessária. Boletim de Geografia, Maringá, PR, v. 26-27, n. 1, p. 47-55,
2008-2009.
https://goo.gl/oDnq0j
35
Escalas e Cálculos de Área
UNIDADE
2
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13133 – execução
de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994.
36
3
Altimetria
Revisão Técnica:
Prof.ª Esp. Erika Gambeti Viana
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Altimetria
UNIDADE
3
Introdução
A altimetria, ou nivelamento, é a medida das distâncias verticais entre dois
pontos de uma área, medindo, portanto, a diferença de nível entre os quais.
Você poderia pensar que para medir a diferença de altura entre dois pontos
sobre a superfície da Terra, deveria-se levar em conta a curvatura do Planeta,
uma vez que já é sabido que este é esférico. É claro que para pequenas distâncias,
como a área do terreno da casa ou do apartamento onde você mora, a influência
da curvatura da Terra é desprezível, mas qual é o limite para não considerarmos
tal influência? Imagine que você esteja realizando medidas em uma grande fazenda
no interior, nesse caso, você deveria ou não levar em conta a curvatura da Terra?
Imagine ainda que você está realizando medidas sobre a superfície da Terra
e que os pontos A e B estejam na mesma altura aparente. O erro cometido na
leitura da altura é devido a dois fatores: o raio de inclinação da Terra e a refração
da atmosfera – é o desvio que um raio de luz faz ao passar de um meio para outro
com diferente densidade como, por exemplo, quando colocamos uma colher em
um copo com água.
Na Figura 1 temos o erro óptico (Eopt), o erro devido à curvatura da Terra (Ect),
o raio da Terra (Rt) e a distância entre os pontos A e B (d).
Importante! Importante!
O desenho está exageradamente fora de escala para que você possa entender o cálculo.
A
B
t
Eop
Ect
Rx
Rx
38
Note que a figura ABC é um triângulo retângulo e, assim, podemos escrever
usando o teorema de Pitágoras:
CB 2 = CA 2 +AB 2
( Rt + E )
2
= Rt 2 + d 2
Rt 2 + 2.E .Rt + E 2 = Rt 2 + d 2
2.E .Rt + E 2 = d 2
E ( 2Rt + E ) = d ²
Como o erro é muito pequeno comparado ao raio da Terra, podemos dizer que
o resultado de 2Rt + E ≈ 2Rt é:
E ( 2Rt ) = d ²
d²
E=
2Rt
Como dito, o erro é a soma de dois fatores, o erro óptico e o erro de curvatura.
Através de observações realizadas em diversos pontos da Terra, estima-se que o
erro óptico médio seja igual a 0,1306 do erro total, ou seja:
Eopt = 0, 1306 E
Então:
E = 0, 1306 E + Ect
Ect = E − 0, 1306 E
Ect = E (1 − 0, 1306 )
Ect = 0, 8694 E
Ect
E=
0, 8694
39
Altimetria
UNIDADE
3
Que pode ser substituído na equação anterior:
Ect d²
E= ⇔ E =
0, 8694 2Rt
Ect d²
=
0, 8694 2Rt
d²
Ect = 0, 8694
2Rt
Ou:
d²
Ect = 0, 4347
Rt
Supondo que o raio médio da Terra seja igual a 6.371 km (6.371.000 m), para
uma distância de 120 m, temos:
Ect =
(120 ) ² 0, 4347
6371000
Ect = ,
0 00098 m
Nivelamento
O estudo dos desníveis do terreno é de fundamental importância para a
Engenharia, pois a partir de uma cota ou altitude referencial é possível determinar
as depressões e elevações de um terreno.
Neste momento é importante que você faça a distinção entre cota e altitude: cota
é a altura vertical medida a partir de um plano qualquer, enquanto que altitude é a
distância vertical medida com relação ao nível do mar. Por exemplo, imaginemos
que você esteja em um local onde a altitude de seu ponto referencial – ponto A da
Figura 2 – seja de 200 m e a cota medida para um outro ponto – B – com relação
a esse ponto seja igual a 2,31 m, teremos então uma altitude de 202,31 m para
o ponto B.
40
B
A
cota = 2,31m
200m de altitude
Nível do mar
Figura 2 – Exemplo da diferença entre cota e altitude
Z ha
dh
DH B
h1
A
41
Altimetria
UNIDADE
3
Vante
Ré 2
Vante
Ré DN
1
0
Figura 4 – Levantamento geométrico, com o nível colocado entre
várias miras, onde é medida a diferença de altura entre as quais
[Taqueométrico – ...] nivelamento trigonométrico em que as distâncias são
obtidas taqueometricamente e a altura do sinal visado é obtida pela visada
do fio médio do retívulo da luneta do teodolito sobre uma mira colocada
verticalmente no ponto cuja diferença de nível em relação à estação do
teodolito é objeto de determinação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 4).
Nivelamento Geométrico
Para realizar o nivelamento geométrico devemos utilizar um nível e miras. O
nível pode ser digital ou analógico, mas deve ser afixado em um tripé e alinhado
com a horizontal através de níveis bolha.
42
A leitura da mira utilizando o nível
óptico – sem leitura digital – deve ser re-
II
2.028 m
alizada lendo quatro algarismos: os dois
primeiros estão, em geral, colocados na
mira; o terceiro é lido como mostrado 2.000 m
na Figura 7; e o quarto algarismo deve
ser estimado.
1.966 m
O nivelamento geométrico possui uma
precisão de centímetro ou milímetro por 1.950 m
quilômetro. Pode ser simples ou compos-
9
to, a diferença é que o simples se baseia
em uma única instalação do nível, enquan- 1.912 m
to o composto se baseia em locais onde 1.900 m
o aparelho deve ser instalado, ou seja, em
1.885 m
lugares diferentes devido à impossibilida-
de de se realizar as medidas com uma úni-
Figura 7 – Exemplos de leitura de mira
ca linha de visada.
A B C D E
da .I
Visa V.V
Ré V.V.m
A B C D E
43
Altimetria
UNIDADE
3
Lembre-se que deve ser clara e legível, pois é um documento que, após as
medidas em campo, pode ser utilizado por outras pessoas para realizar o
tratamento dos dados e complementar o levantamento topográfico. Assim, seja
organizado(a), lembrando-se de anotar os seus dados e as informações do projeto
ou do levantamento na parte superior de cada folha e use, preferencialmente,
caneta à prova d’água ou grafite, a fim de evitar borrões em caso de chuva.
Tabela 1
Visão vante Visada Altura
Estaca Cota
Intermediária Mudança ré instrumental
Tais valores devem ser anotados para a realização de um gráfico com as inclina-
ções do terreno e o cálculo da declividade. Vejamos um exemplo:
44
a
i s ad
V V.I
Ré V.
A B C D E F G
10m 10m 10m 10m 10m 10m
Figura 9 – Nivelamento simples realizado no Exemplo 1
A seguir, calcularemos as cotas para cada ponto – que é o nosso objetivo principal
– para estimar e “graficar” os desníveis do terreno:
cota = alt.instrum – v.v.i.
Ou:
cota = alt.instrum – v.v.m .
Para B:
cotaB = 520,740 – 0,982
cotaB = 519,758 m
Para C:
cotaC = 520,740 – 2,378
cotaC = 518,362 m
45
Altimetria
UNIDADE
3
Para D:
cotaD = 520,740 – 2,744
cotaD = 517,996 m
Para E:
cotaE = 520,740 – 2,691
cotaE = 518,049 m
Para F:
cotaF = 520,740 – 1,816
cotaF = 518,924 m
Para G:
cotaG = 520,740-0,586
cotaG = 520,154 m
520
519,5
cota (m)
519
518,5
518
517,5
0 10 20 30 40 50 60 70
distância (m)
46
Exemplo 2 – nivelamento geométrico composto.
V.I I
V.R V. V.V
.
.M.
V.V
I
.I
.
V.V
V.V
.
V.R
A B C D E F G H
12m
Figura 11 – Nivelamento composto realizado no Exemplo 2
Para B:
cotaB = 201,749 – 1,795
cotaB = 199,954 m
Para C:
cotaC = 201,749 – 1,652
cotaC = 200,097 m
47
Altimetria
UNIDADE
3
Para D:
cotaD = 201,749 – 0,286
cotaD = 201,463 m
Note que para o ponto D foram realizadas duas medidas: uma de visão vante de
mudança e uma de visada ré. Para a estaca D devemos, então, reiniciar o proce-
dimento. A cota do ponto D será aquela calculada com a visão vante de mudança,
mas a altura instrumental utilizada para as outras estacas será a altura instrumental
de D, pois o aparelho foi movido, de modo que esta será a nova calibração:
alt.instrumD = cota inicial + visada ré
Para E:
cotaE = 203,596 – 0,971
cotaE = 202,625 m
Para F:
cotaF = 203,596 – 0,355
cotaF = 203,241 m
Para G:
cotaG = 203,596 – 0,873
cotaG = 202,723 m
Para H:
cotaH = 203,596 – 1,934
cotaH = 201,662 m
48
O gráfico do nivelamento é apresentado na Figura a seguir:
203,5
203
202
201,5
201
200,5
200
199,5
0 20 40 30 60 80 100
distância (m)
Prova Real
Podemos tirar a prova real do nivelamento através da seguinte fórmula:
Cota final = ∑Visadas Ré − ∑v..
v m.+ cota
inicial
Que é exatamente a cota final do Exemplo 1, o que nos leva à certeza de que os
cálculos foram realizados de maneira correta.
49
Altimetria
UNIDADE
3
Declividade
A declividade pode ser calculada entre quaisquer duas marcações no terreno.
A declividade é dada por:
∆y cota final − cota inicial
declividade = =
∆x distância final − dist. inicial
50
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Demarcação de Terraço Nivelado (Curva de Nível)
Videoaula da Escola Técnica Estadual (Etec) Monte Aprazível com a descrição da
instrumentação e instruções para a realização do nivelamento topográfico utilizando-
se de um nível.
https://youtu.be/QO6SuVbWdBA
Engenharia, Topografia, Agrimensura: Leitura da Régua Graduada ou Mira – Nivelamento Geométrico
Videoaula sobre a leitura da mira durante o nivelamento topográfico.
https://youtu.be/wappYkcQjuk
Leitura
Execução de Levantamento Topográfico
Norma Brasileira (NBR) 13133, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
para a realização de nivelamento topográfico.
https://goo.gl/72wSB3
Exatidão dos Desníveis Obtidos com Estação Total
Artigo de Leila Meneghetti, da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP), que
resume os métodos e as análises das medições de desnível através do uso de estação
total durante o nivelamento.
https://goo.gl/tq0q6W
51
Altimetria
UNIDADE
3
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13133 – execução
de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994.
52
4
Goniometria
Revisão Técnica:
Prof.ª Esp. Erika Gambeti Viana
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Goniometria
UNIDADE
4
Introdução
O estudo topográfico depende das medidas dos ângulos entre as diversas retas
que compõem o terreno e a sua localização.
Bússola
Um dos métodos mais antigos e mais populares para a medição de ângulos
é a bússola, que foi descoberta pelos chineses no século I, foi trazida para o
ocidente pelos árabes e foi amplamente utilizada pelos europeus na época das
grandes navegações.
54
A direção para onde a agulha magnetizada da bússola aponta depende do campo
magnético terrestre. O eixo Norte-Sul magnético não coincide exatamente com o
eixo Norte-Sul geográfico, ou seja, existe um polo Norte (ou Sul) magnético e um
geográfico. A diferença em graus entre o Norte verdadeiro e o Norte magnético é
chamada de declinação magnética.
55
Goniometria
UNIDADE
4
• Acidental: a variação acidental é uma fonte de erros muito comum nas medidas
de declinação magnética e diz respeito às variações causadas por tempestades
ou interferências magnéticas que causam alterações acidentais e pontuais de
alguns graus nas medições.
Ângulos na Vertical
Para trabalhar com ângulos verticais, devemos definir dois pontos de referência:
o zênite e o nadir.
O zênite é o ponto localizado exatamente acima da sua cabeça, por onde passa
o eixo vertical que demarca a sua posição. Já o nadir é a ponta oposta ao zênite,
ou seja, o ponto localizado sobre o seu eixo vertical, localizado sob os seus pés.
O ângulo vertical (V) é a medida angular entre o seu plano horizontal e a linha
de visada. Esse ângulo varia entre 90º e -90º. O zênite de um observador possui
ângulo vertical igual a 90º e nadir igual a -90º.
56
O ângulo zenital (Z) é o ângulo formado entre o zênite e a linha de visada e pode
assumir valores entre 0º (objetos no zênite) e 180º (objetos no nadir).
Ângulos Horizontais
Os ângulos horizontais possuem esse nome por serem medidos no plano
horizontal do terreno, sem levar em conta as elevações, como se ele estivesse
totalmente projetado em um único plano.
Esse ângulo pode ser medido de diversas formas. Além da escolha instrumental,
como teodolito ou a estação total, por exemplo, existe a escolha da orientação do
instrumento como pode ser visto a seguir.
57
Goniometria
UNIDADE
4
58
Instrumento Apontando para a Vante
Esta orientação é semelhante à orientação anterior, mas tomaremos como ori-
gem a vante. Dessa forma, quando realizarmos a medida angular no sentido horá-
rio, estaremos medindo o ângulo interno.
Deflexão
Para o uso dessa técnica, devemos ter a origem das medições no prolongamento
da ré, ou seja, a ré deve coincidir com a leitura igual a 180º. Na deflexão, o ângulo
deve estar sempre entre 0º e 180º e deve ser negativo quando medido no sentido
anti-horário e positivo no sentido horário.
Rumo e Azimute
O azimute é o ângulo formado entre uma determinada direção e o Norte
(geográfico ou magnético). É medido a partir do Norte no sentido horário e varia
de 0º a 360º.
59
Goniometria
UNIDADE
4
O exemplo a seguir mostra o azimute de quatro pontos (P1, P2, P3 e P4):
60
Transformação de Rumos e Azimutes
Sempre que obtemos o Rumo, podemos localizá-lo em um Gráfico e convertê-lo
em azimute e vice-versa.
Exemplo
Imagine que você realizou uma observação com azimute igual à 140º 25’ 36’’
qual seria o rumo?
W E
S
Figura 13
Nesse caso, o Rumo será a distância entre a linha de visada e o Sul, pois a
menor distância angular entre a linha de visada e o eixo Norte-Sul se encontra para
baixo. Dessa forma, o Rumo será: 180° - 140º 25’ 36” = 39º34’24” na direção
SE, ou seja 39º34’24” SE.
Exemplo
Considere que um topógrafo realizou a medida de um rumo e encontrou 52º
45’20” NW. Qual é o azimute desta linha de visada?
61
Goniometria
UNIDADE
4
N
52º45’20”
W E
S
Figura 14
Porém, em alguns casos pode ser conveniente realizar esta medida no sentido an-
ti-horário (sempre partindo do Norte) e neste caso chamamos o azimute à esquerda.
N
W E
S
Figura 15
62
A soma do azimute à direita com o azimute à esquerda será sempre igual a 360º.
Todas essas relações entre rumos e azimutes podem ser tomadas para visadas
vante ou ré. Observe o exemplo a seguir.
Exemplo
Um topógrafo realizou a seguinte medida:
N
35º12’54
Vante
W E
Ré
S
Figura 16
Nesse caso, o azimute à direita vante foi medido e o valor encontrado foi de
35º12’54”. Então, o azimute à esquerda vante será 360º-35º12’54” = 324º47’06”
e o Rumo vante será 35º 12’ 54” NE, pois a visada vante se encontra mais próxima
ao Norte que ao Sul.
Para a visada ré, podemos notar que o ângulo formado pela visada ré e o eixo
Norte-Sul é o mesmo medido pelo topógrafo.
63
Goniometria
UNIDADE
4
N
35º12’54
Vante
W E
Ré
35º12’54
S
Figura 17
Tabela 1
Vante Ré
Azimute Direita Azimute Esquerda Rumo Azimute Direita Azimute Esquerda Rumo
Você também deve ser capaz de realizar os cálculos de rumos e azimutes com os
valores dados em uma Tabela.
Exemplo
Complete a Tabela a seguir, dado o Azimute à esquerda Ré.
Tabela2
Vante Ré
Azimute Direita Azimute Esquerda Rumo Azimute Direita Azimute Esquerda Rumo
22º51’09”
64
Baseados na informação da Tabela, podemos fazer o Gráfico da visada ré:
N
22º51’09”
Ré
W E
S
Figura 18
Ré
W E
Vante
S
Figura 19
65
Goniometria
UNIDADE
4
A distância angular entre a visada vante e o eixo Norte Sul é a mesma distância
entre a visada ré e o eixo Norte Sul. Portanto, o seu Rumo será 22º51’09” SE.
Tabela 3
Vante Ré
Azimute Direita Azimute Esquerda Rumo Azimute Direita Azimute Esquerda Rumo
66
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Cálculo de Rumos e Azimutes
Engenharia Topografia Agrimensura – Cálculo de rumos e azimutes. Videoaula
sobre o cálculo de rumos e azimutes.
https://youtu.be/AWe5DdTCE8s
Azimutes e Rumos Ré e Vante
Engenharia Topografia Agrimensura – Azimutes e rumos ré e vante. Videoaula
sobre o cálculo de rumos e azimutes nas orientações vante e ré.
https://youtu.be/39u7pkrRQfM
Leitura
Texto Ilustrado para Esclarecer a Diferença entre os Polos Magnéticos e os Polos Geográficos
Norte Geográfico e Norte Magnético. MOLINA, E. Revista FAPESP, São Paulo. Ed.
197, jul. 2012. Texto ilustrado para esclarecer a diferença entre os polos magnéticos
e os polos geográficos.
https://goo.gl/QKTcQH
Rumos e Azimutes
OLIVEIRA, W. A. Portal Agrimensura, nov. 2015. Resumo de Rumos e azimutes,
apresentação de técnicas para o cálculo.
https://goo.gl/slvLgR
67
Goniometria
UNIDADE
4
Referências
BORGES, A. C. Topografia Aplicada à Engenharia Civil. São Paulo: Edgard
Blucher, 1992. v. 1 e 2.
68
5
Planimetria
Revisão Técnica:
Prof.ª Esp. Erika Gambeti Viana
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Planimetria
UNIDADE
5
Introdução
Nesta unidade, aprenderemos como realizar as medições de distâncias lineares
e dos ângulos para a construção da área projetada dos terrenos de interesse.
Chamamos esse tipo de levantamento de planimetria.
Medição de Distâncias
É muito importante para o topógrafo realizar as medidas de distância adequada-
mente, para que erros não ocorram na reconstrução da área de interesse durante
a planimetria.
Dist
ânc
ia R
eal
A-B
x
B
Distância Horizontal
Figura 1 – Distância Real e Distância Horizontal
70
Distâncias Angulares
Para se obter as medidas angulares de uma poligonal, utilizaremos um ponto
inicial como referência, para o qual conhecemos as coordenas por meio de um
GPS ou outro instrumento e, consequentemente, sabemos a sua distância com
relação ao Norte.
Estação Total
Há algumas décadas, instrumentos analógicos como o teodolito, por exemplo,
eram os instrumentos mais utilizados na Topografia. Atualmente, a Estação Total
substituiu o Teodolito e vem sendo amplamente utilizada devido à sua precisão e
praticidade. Esse instrumento realiza em tempo real os cálculos de inclinações,
ângulos e distâncias nos levantamentos modernos.
Em campo, a Estação Total deve ser colocada sobre um tripé e deve-se prestar
muita atenção ao seu nivelamento, para que não ocorram erros nas medidas devido
ao seu mau posicionamento.
71
Planimetria
UNIDADE
5
Irradiação
Nesta unidade, você irá aprender a realizar o levantamento de uma poligonal
fechada por meio do método de pontos irradiados ou Irradiação. Nesse método,
posicionamos a Estação Total em um ponto inicial e a partir desse ponto,
observamos os outros pontos do terreno, colocando uma pessoa segurando uma
mira no ponto desejado.
A figura 3 mostra uma poligonal na qual a Estação Total foi colocada no ponto
O e o ponto Z é um ponto de referência com coordenadas conhecidas (nessa
fase, algumas pessoas preferem alinhar o ponto Z ao Norte verdadeiro, pois assim
teremos sempre o azimute verdadeiro para cada ponto).
72
C
D
B
A
E
O
Veja o exemplo a seguir, baseado na figura 3. Suponha que com um GPS você
mediu as coordenadas do ponto Z, que será a nossa referência, e encontrou um
azimute de 36º25’20”.
Tabela 2
O azimute será:
azimute = (azimute anterior + Angulo Horizontal) - 180°
73
Planimetria
UNIDADE
5
Lembrando-se de que o azimute deve estar entre 0º e 360º. Portanto, se:
Azimute < 0º - devemos fazer azimute + 360º
Azimute > 360º - devemos fazer azimute -3 60º
Importante! Importante!
Por exemplo: se um ponto tem o ângulo de 42°’06’ 53” e um azimute inicial de 24° 37’
32” teremos:
azimute = (24° 37’ 32” + 42° 06’ 53”) - 180°
azimute =66°44’25” - 180° sendo igual então a - 133°15’35”
-133° 15’ 35” < 360° logo então deve ser convertido com a somatória :
-133° 15’ 35” + 360° = 246° 44’25”
Sendo este então o azimute final.
Logo:
Azimute A-B = (350°47’ 0” + 45° 07’ 42”) - 180° = 215° 54’ 36”
Azimute B - C = (215° 54’ 36” + 105° 39’ 06”) - 180° = 141° 33’ 48”
Após o cálculo dos azimutes, devemos calcular as coordenadas para transpor o nosso
terreno para uma planta.
Assim, teremos:
74
Notem que o desenho aparece girado, por causa das coordenadas do azimute
inicial que foi adotado:
Vamos acompanhar.
Onde o valor mais baixo para x é -18,604m e para y é -36,031m; então devemos
somar esse valor em módulo para cada uma das colunas, de maneira que o valor
mais baixo para o x seja igual a zero e o valor mais baixo para y também seja 0.
75
Planimetria
UNIDADE
5
Os novos valores são colocados em azul na Tabela:
Tabela 5
Ponto Distância Azimute X(m) Y(m) X Positivo Y Negativo
A 62,510 350° 47’ 0” -10,012 61,703 8,592 97,734
B 31,720 215° 54’ 36” -18,604 -25,691 0 10,340
C 46,0 141° 33’ 42” 28,597 -36,031 47,597 0,000
Z -- 180° 00’19” -- --
1 xA xB xC x A
área = ...
2 yA yB yC y A
76
área: 1 ( 8, 592 × 10, 340 ) + ( 0 × 0 ) + ( 47, 597 × 97, 794 ) − ( 8, 592 × 0 ) − ( 47, 597 × 10, 340 ) − ( 0 × 97, 794 )
2
1
área: 2 ( 88, 841) + ( 0 ) + ( 4.654, 701) − ( 0 ) − ( 492,153 ) − ( 0 )
1
área: 4.251, 389
2
área: 2.125,65 m²
Devido ao módulo, aqui representado pelas barras | |, devemos pegar o valor
positivo para realizar o cálculo.
Área = 2.125,65 m².
C
B
D
A
77
Planimetria
UNIDADE
5
Logo, nesse caso, temos um erro de fechamento angular com a sobra de
2º34’05”. Para compensar esse erro, devemos dividí-lo pelo número de lados da
poligonal e somar ou subtrair o valor encontrado, dependendo do caso.
Nos casos nos quais a soma dos ângulos internos é superior ao valor teórico,
devemos subtrair a correção, enquanto nos casos nos quais a soma dos ângulos é
inferior ao valor teórico, devemos somar a correção para realizar a compensação.
Responda:
78
c. Os novos valores corrigidos são dados na Tabela a seguir:
Tabela 9
79
Planimetria
UNIDADE
5
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Engenharia Topografia Agrimensura
Engenharia Topografia Agrimensura – Poligonal. Videoaula sobre o cálculo de azimutes e ângulos internos
e externos.
https://youtu.be/fCAVpA5t1-s
Treinamento Estação Total
Vídeo sobre o uso da Estação Total.
https://youtu.be/Em2mpjL-4j0
Engenharia Topografia Agrimensura
Desenho de poligonal em AutoCAD. Videoaula sobre a utilização de autoCAD para desenhar poligonais
topográficas
https://youtu.be/dnhhXcVjhJU
Leitura
Ciência Rural
Reconstituição de uma poligonal topográfica pelo sistema de posicionamento global. Planimetria.
CORSEUIL, C. W., ROBAINA A. D. Ciência Rural, Santa Maria (RS), v.33, n.2, p.299, mar.-abr. 2003.
Este estudo tem por objetivo verificar a influência do tempo de coleta de dados com receptores GPS na
reconstituição de uma poligonal topográfica.
https://goo.gl/VihNQy
80
Referências
BORGES, A. C. Topografia Aplicada à Engenharia Civil. São Paulo: Edgard
Blucher, 1992. v.1 e 2.
81
6
Levantamentos Topográficos
Revisão Técnica:
Prof.ª Esp. Erika Gambeti Viana
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Levantamentos Topográficos
UNIDADE
6
Memorial Descritivo
O Memorial Descritivo é um documento oficial, necessário para o registro de
propriedades e terrenos em Cartório. Deve conter, obrigatoriamente, o nome do
proprietário, da propiedade e o endereço.
84
A 5 m (cinco metros) do terceiro segmento do lado esquerdo de quem
da Rua Marquês das Oliveiras olha o lote, de frente para a Rua José
Matos, situa-se o imóvel III, de alvenaria, medindo 12,00 m x 8,75 m
(doze metros por oito metros e setenta e cinco centímetros), com área de
105,00 m2 (cento e cinco metros quadrados).
No quinto segmento do lado esquerdo de quem da Rua Marquês das
Oliveiras olha o lote, a 4,80 m (quatro metros e oitenta centímetros)
localiza-se o imóvel IV, de alvenaria, com 3,80 m x 9,50 m (três metros
e oitenta centímetros por nove metros e cinquenta centímetros) e área de
36,10 m2 (trinta e seis metros quadrados e dez decímetros quadrados).
A largura da Rua Marquês das Oliveiras é 10,00 m (dez metros) e cada
calçada nesta rua mede 5,50 (cinco metros e cinquenta centímetros).
A largura da Rua José Matos é 10,00 m (dez metros) e cada calçada nesta
rua mede 4,50 m (quatro metros e cinqüenta centímetros).
João da Silva – Engenheiro Cartógrafo
CREA Nº. 00000 - D / PR
Curitiba, 29 de fevereiro de 2010.
Por Lei, toda área registrada em Cartório deve conter um Memorial Descritivo.
Além disso, Empresas e grandes incorporações do ramo da construção civil devem
registrar suas obras em Cartório com um Memorial Descritivo da construção, que
deve conter não só a descrição da planta do imóvel que está sendo construído,
como também as garantias financeiras, orçamentos e todo o material que está
sendo utilizado, inclusive no acabamento final.
Mapeamento
Desde criança, somos habituados a observar e manusear mapas de origens
diversas. Atlas, mapas rodoviários, guia de ruas e até mesmo aparelhos com GPS,
que nos guiam através das ruas e rodovias, dando informações precisas de como
chegar de um lugar a outro.
Já os elementos culturais são aqueles que foram criados pelo homem, como
construções, loteamentos, pontes, estradas e afins. Todas essas características
devem conter suas respectivas áreas de demarcação e legendas em um Mapeamento.
85
Levantamentos Topográficos
UNIDADE
6
Os Mapeamentos podem ser planimétricos (quando apresentam somente as
características do local no plano horizontal) ou planialtimétricos (quando apresentam
as características do local juntamento com o seu relevo).
86
Figura 1 – Antigo mapa da cidade de São Paulo feito em 1841. Desenhado à mão
Fonte: smdu.prefeitura.sp.gov.br
Figura 2 – Mapa digital do centro da cidade de São Paulo, como é visto atualmente
Fonte: Google Maps
87
Levantamentos Topográficos
UNIDADE
6
Curvas de Nível
Como mencionado anteriormente, as curvas de nível são muito utilizadas para
retratar o relevo de uma região. Uma curva de nível é uma linha imaginária que
conecta pontos de uma mesma altitude em um levantamento. As margens de um
rio ou de um lago são exemplos de curvas de nível visíveis.
As curvas de nível nunca se cruzam e tendem a ser quase paralelas entre si.
Elevações ou depressões pontuais (picos, vales, cursos de água, buracos etc.) são
representados no mapa como pontos críticos e, em alguns casos, podem ser
utilizadas para definir uma curva de nível.
As curvas de nível principais são traçadas como linhas cheias, enquanto curvas
de nível secundárias são traçadas com linhas tracejadas.
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Figura 5 – Curvas de nível com intervalo de 1 metro mostrando o relevo de uma região
Fonte: mundogeo.com
Você pode ver na figura 5 que as curvas de nível têm origem (são menores) nas
partes mais altas do terreno e vão seguindo até as partes mais baixas. Isso não
significa que devemos começar sempre pelas partes mais altas, pois em um terreno
com buracos significativos, também é possível iniciar o mapeamento das curvas de
nível pela altitude mais baixa.
Planialtimetria
A Planialtimetria ou Planta Topográfica é o levantamento detalhado da projeção
do terreno no plano horizontal (Planimetria), juntamente com os detalhes do relevo.
É um mapa bem complexo, mas de extrema importância para obter uma visão
geral e clara da localização.
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Levantamentos Topográficos
UNIDADE
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Volume
Em topografia, é muito comum que sejam requisitados volumes de diversas regiões
e de diversos tipos de materiais. Desde quantidades de terra a ser movimentada,
quantidade de concreto necessária para algumas obras, até a vazão de água por
rios, córregos e canais.
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A medida direta do volume é muito difícil e por vezes impraticável. Nesta unidade,
iremos aprender a calcular os volumes pelo método das seções transversais. Esse
método é utilizado para o cálculo de seções lineares, como, por exemplo, estradas,
rios e canais.
Por exemplo: imagine um canal de 350m cuja seção transversal possui a forma
de um trapézio:
c 1
s
b
Seção de nível
Área = c(b+sc)
Figura 8 – Seção transversal de um canal trapezoidal
Fonte: Adaptado de GHILANI, C. D. & WOLF. P. R. (2014)
Para resolver esse exercício, basta aplicar a fórmula da área de um canal trapezoidal,
onde c = 2 m, b = 3m e s = 1 e multiplicar pelo comprimento l = 350m.
Terraplenagem
A Terraplenagem é a alteração do relevo do terreno com a escavação ou o
depósito de terra para transformar um terreno inclinado em um terreno plano ou
alterar inclinações já existentes. O termo técnico correto é Terraplenagem, embora
o uso popular da palavra Terraplanagem tenha se tornado usual e aceito na maioria
dos casos.
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Levantamentos Topográficos
UNIDADE
6
• Estabelecer uma inclinação a um plano, sem impor a sua altura final;
• Estabelecer uma inclinação a um plano, com a imposição de uma altura final.
Para todos os casos, é necessário calcular o volume de terra que deve ser
colocado ou retirado de uma determinada região e, para, isso se utiliza o método
da quadriculação.
Existem várias formas de realizar esse cálculo. E cada um dos casos acima deve
ser estudado individualmente.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
EcoDebate
ARTIGO: Obras de Terraplenagem: o patinho feio da geotecnia. DOS SANTOS, A. R.
Ecodebate. out. 2013. Artigo sobre os estudos da terraplenagem que, em geral, é deixada
de lado e considerada um “trabalho sujo”, ao qual os técnicos não dão a devida atenção.
https://goo.gl/GxEczn
Vídeos
Engenharia Topografia Terraplenagem
Videoaula sobre o cálculo de volume em terraplenagem para cotas definidas.
https://youtu.be/V-Sr3LPDsc8
Engenharia Topografia - Declividades Percentual e Angular
Videoaula sobre curvas de nível e declividades.
https://youtu.be/lspZghb7-IA
Leitura
Memorial Descritivo
Normas para a entrega de memoriais descritivos para a Prefeitura de São Paulo.
https://goo.gl/cMLWdO
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Levantamentos Topográficos
UNIDADE
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Referências
BORGES, A. C. Exercícios de Topografia. São Paulo: Edgard Blucher, 1997.
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