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Indice

1. Introdução..................................................................................................................2

1.1. Objectivos...........................................................................................................3

1.1.1. Objectivo Geral...........................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos.................................................................................3

2. Estruturas Geológicas.................................................................................................4

2.1. Lineações............................................................................................................4

2.1.1. principais Tipos de lineação........................................................................5

2.2. Foliação..............................................................................................................6

2.2.1. Critérios de distinção entre Foliações Primárias e Secundárias..................7

2.2.2. Classificação de Foliações Secundárias......................................................7

2.2.3. principais Tipos de foliação.........................................................................7

2.2.4. Mecanismos de Formação de Foliação........................................................8

2.2.5. Morfologia das Foliações............................................................................8

2.3. Juntas..................................................................................................................9

2.3.1. Classificação Geométrica das Juntas.........................................................10

2.4. Veios.................................................................................................................11

2.4.1. Veios em rochas ígneas.............................................................................12

Veios em rochas sedimentares.................................................................................12

2.4.2. Veios de minerais depositados por acção de gases e vapores...................12

2.4.3. Classificação quanto a morfologia............................................................12

3. Conclusão.................................................................................................................14

4. Referencias Bibliográficas.......................................................................................15
1. Introdução

Estruturas geológicas: são feições definidas em uma rocha, existentes na superfície ou


no interior da Terra que podem ser descritas geometricamente tendo em conta (forma,
tamanho e posição). Os elementos geométricos que definem uma estrutura geológica
são planos (superfícies) e linhas.

O presente trabalho abordara a ênfase destas Estruturas baseando-se naquilo que são as
foliações, Lineações, Veios e Juntas.

O trabalho será subdividido em 3 secções a primeira a Introdução que conterá aspectos


introdutórios, especificara os objetivos do trabalho e a Metodologia Usada para a
realização do trabalho, na Segunda secção estará presente o marco teórico no qual
abordara todo o conteúdo relacionado com o trabalho, e em 3 as Considerações Finais e
as Referências Bibliográficas.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Objetivo Geral
 Elucidar a respeito das Estruturas Geológica

1.1.2. Objetivos específicos


 Descrever as caract6eristicas das Foliações, Lineações, Juntas e Veios;
 Descrever os mecanismos de Formação das Estruturas Geológicas;
 Enunciar a Classificação das diversas Estruturas Geológicas

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2. Estruturas Geológicas

A estrutura geológica é a classificação da litosfera terrestre conforme as suas diferentes


origens e as composições de suas rochas. Assim, todo o relevo terrestre foi dividido a
partir de seus três principais tipos.

As principais estruturas geológicas da Terra são os crátons, as bacias sedimentares e os


dobramentos modernos.

2.1. Lineações

Lineação é uma estrutura linear distribuida de forma homogênea na rocha. Conjunto de


estruturas lineares produzidas em uma rocha como resultado da sua formação ou
deformação. A lineação é definida pelo sub-paralelismo ou paralelismo de elementos
geométricos, tais como minerais, agregados minerais ou pela intersecção de feições
planares.

Lineação representa qualquer estrutura linear (linha) penetrativa que ocorre


repetidamente em uma rocha, que ocorrem desde a escala macroscópica até

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microscópica. Como exemplo de lineações sita-se as estrias de deslizamento, que
são estruturas lineares observadas, frequentemente em planos de falha e ainda
estruturas colunares que formam-se nos flancos de dobras no contácto das rochas
com grande contraste de competência (ex: quartzito e filito).

As lineações pode ser primárias, relacionadas à formação de rochas ígneas ou


sedimentares, como a orientação de minerais em fluxos ígneos e arranjo linear de grãos
de silte e areia devido ao vento e à correntes de água ou secundárias relacionada à
processos de deformação posteriores à gênese da rocha. Lineações em rochas
deformadas normalmente ocorrem nos planos de foliação, porém, existem rochas não
foliadas, mas com forte lineação dada pela orientação dos seus minerais.

As lineações podem ser superficiais e penetrativas. As lineações são superficiais


se
estiverem presentes ao longo de superfícies discretas, por exemplo crescimento de
clastos sedimentares nas superfícies das camadas e alinhamento paralelo de fibras
de minerais que se desenvolvem ao longo da superfície de falha. As lineações são
penetrativas se ocorrerem em todo o volume da rocha, por exemplo dobramento de
pequenas crenulações e alinhamento de grãos de minerais (ex:anfíbolas ou quartzo).

2.1.1. principais Tipos de lineação


Lineação de alongamento mineral: minerais deformados e alongados
paralelamente a uma direção geram alinhamentos indicando lineação. Ex: metagranito
(fig.2a).
Lineação de intersecção: quando dois conjuntos de estruturas planares (duas
foliações ou duas clivagens de crenulação p. ex. ) se intersectam (fig.2b).

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2.2. Foliação 
A foliação (palavra derivada do Latim folia, que significa "folhas") refere-se à
disposição dos minerais das rochas metamórficas em estratos e ocorre quando a rocha é
submetida a uma tensão ao longo de um eixo durante a recristalização. Este processo
provoca a rotação de cristais lamelares ou alongados (como a mica ou as clorites), de
modo a que os seus longos eixos se disponham perpendicularmente à orientação da
tensão. Daqui resulta uma rocha foliada com lâminas a exibir as cores dos minerais que
as formaram. Esta é uma foliação secundária, provocada pelo metamorfismo, diferente
de outros tipos de foliação presente nas rochas sedimentares e nas rochas ígneas.

As rochas foliadas podem ser classificadas de acordo com três tipos de textura,
correspondentes a diferentes graus de metamorfismo. Rochas com clivagem ardosífera
(como a ardósia, correspondente a um baixo grau de metamorfismo); rochas que
apresentam xistosidade (como o xisto, correspondente a um grau médio de
metamorfismo) e rochas com bandado gnáissico (como o gnaisse, correspondente a um
grau elevado de metamorfismo). Estas rochas formam-se, de uma forma geral, a partir
de rochas constituídas por vários minerais e que foram submetidas a condições de
tensão dirigida e a temperaturas crescentes.

As rochas não foliadas, à excepção das corneanas (originadas em contexto de


metamorfismo de contacto), formam-se, em geral, a partir de rochas constituídas por um
só mineral. As texturas das rochas metamórficas podem ser categorizadas em foliadas e
não foliadas.

 As rochas foliadas resultam da pressão diferencial que deforma a rocha num plano,
criando, por vezes, um plano de clivagem. As rochas não foliadas não apresentam
padrões planares ou deformações visíveis, podendo ter um aspeto cristalino, como
acontece com os quartzitos e os mármores. Entre as rochas metamórficas foliadas
podemos ainda referir rochas de baixo grau de metamorfismo, como os xistos argilosos,
de grau médio de metamorfismo, como os micaxistos e de grau elevado de
metamorfismo, como acontece com o gneisse.

O termo clivagem refere-se à tendência de uma rocha em se quebrar ao longo de


superfícies penetrativas com uma orientação específica. Como esta é uma
característica comum à maioria das foliações, o termo clivagem é freqüentemente
utilizado como sinônimo de foliação, entretanto este último é mais amplo.

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2.2.1. Critérios de distinção entre Foliações Primárias e Secundárias

2.2.2. Classificação de Foliações Secundárias


A foliação secundária está relacionada com diversos tipos de estruturas patentes em
rochas metamórficas:

Xistosidade: definida pela reorientação de minerais pré-existentes e/ou cristalização


orientada de novos minerais, especialmente os micáceos.

Bandamento gnaissico: estrutura planar caracterizada por cristalização orientada e


segregação de minerais metamórficos individualizados a olho nu, em bandas definidas.

Bandeamento composicional: é caracterizado por faixas com diferentes composições


mineralógicas ou texturais, geralmente paralelas entre si.

2.2.3. principais Tipos de foliação


Clivagem disjuntiva ou fractura: é marcada por um conjunto de microfraturas cujo
espaçamento é milimétrico a centimétrico. Não há geração de minerais recristalizados, é
associada a falhas ou dobras.

Clivagem de crenulação: é uma foliação que ocorre em dobras e resulta da


transposição de flancos de micro-ondulações ou micro-dobras em rochas xistosas.

Em rochas que contém clivagem de crenulação a foliação pré-existente é normalmente


afectada por micro-dobras.

Clivagem ardosiana: foliação em metapelitos de granulação muito fina, cujos planos


são lisos. É formada sob grau metamórfico muito baixo, porém com cristalização de
minerais planares (sericite).

Xistosidade: é uma foliação composta por grãos médios a grossos, ocorre em xistos.

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Foliação milonítica: feição planar resultante de fluxo lamelar, imposto por
cisalhamento. A deformação que gera as rochas miloníticas é denominada
milonitização. Os principais mecanismos responsáveis pela geração das foliações
miloníticas são os de plasticidade cristalina, recristalização dinâmica e fracturamento de
grãos mais competentes.
A foliação milonítica gerada por mecanismos de plasticidade cristalina evolui por meio
da ativação de deslocamentos no interior do retículo dos minerais, gerando grãos
alongados segundo uma determinada orientação preferencial.

A recristalização dinâmica é produto de uma tendência dos corpos rochosos a


diminuir a sua energia livre, por meio da redução granulométrica para que ela que
mais se ajuste as condições da deformação (pressão dirigida, temperatura, presença
de fluidos, composição da rocha,etc).

A formação de microdobras em micas, por exemplo, acumula energia suficiente no


interior do grão deformado para que este active mecanismos de recristalização por
migração de grão para dissipa-la através da rocha. Em grãos de feldspato e quartzo,
o mecanismos de recuperação podem actuar gerando sub-grãos alinhados segundo a
foliação milonítica.

2.2.4. Mecanismos de Formação de Foliação


As foliações secundárias desenvolvem-se em resposta a uma deformação permanente na
rocha. Os principais factores que controlam sua formação são: litologia, orientação e
magnitude de tensão, condição metamórfica e pressão (litostática e de fluidos). Os
principais mecanisms de geração de foliações são: (a) Rotação de grãos
equidimensiomais, com ou sem microdobramento; (b) Dissolução por pressão; (c)
Deformação plástica de cristais; (d) Cristalização e recristalização dinâmica; (e)
Nucleação/crescimento de minerais orientados pelo campo de tensão.

2.2.5. Morfologia das Foliações


Os parâmetros texturais nos quais se baseia a morfologia da foliações são os
seguintes: (a) espaçamento, (b) forma e (c) arranjo.

(a) Espaçamento: a maior parte de rochas foliadas possui planos de espessuras


variáveis entre 1 cm e 0,1 mm.

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(b) Forma: neste caso é importante a qualidade do plano, ou seja, a foliação pode ser
lisa ou rugosa (áspera) ou estilolíticas. As foliações rugosas são típicas de psamitos
deformados e as lisas de ardósias e filitos, enquanto que as estilolíticas são bem
observadas em rochas como o mármore e metamarga.

(c) Arranjo: descreve o padrão das superfícies da foliação que podem ser planares,
sinuosos, anastomosados ou trapezoidais. Os três últimos descrevem padrões
conjugados, com arranjos de foliações que possuem ângulos entre si (por exemplo, em
xistos e filitos). Arranjos trapezoidais podem ser observados em mármores e quartzitos.

2.3. Juntas
São fracturas ao longo das quais não há movimento perceptível dos blocos
paralelamente ao plano de fractura. Normalmente, a maior movimentação corresponde
ao afastamento dos compartimentos na direcção perpendicular ao plano de fractura.

Família: são conjunto de juntas paralelas ou subparalelas numa mesma área e com um
padrão regular (possuem uma orientação semelhante). Sistemas: são as várias
famílias de juntas existentes numa determinada zona.

As juntas que possuem superfícies planas chamam-se juntas sistemáticas. Estas


juntas têm uma orientação subparalela e um espaçamento regular (fig. abaixo). As
juntas que possuem superfícies curvas ou irregulares designam-se de juntas
nãosistemáticas (fig. abaixo).

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A origem das juntas está ligada tanto a processos adiastróficos (primários) ou não
tectônicos (juntas de resfriamento, disjunção colunar no basalto, mud cracks),
quanto diastróficos (secundários) juntas de origem tectônica, provenientes de uma
estruturação regional por distensão (A) ou compressão (B).

2.3.1. Classificação Geométrica das Juntas


a. Em relação às estrutura planares (acamamento, xistosidade, bandamento gnaissico),
ocorrem (1) juntas direcionais ou paralelas à estrutura planar; (2) juntas de mergulho ou
paralelas à direção de mergulho; (3) juntas horizontais ou concordantes a planos
horizontais e (4) juntas diagonais à direcção da camada.

b. Em relação a eixos de dobras as juntas são classificadas como: longitudinais ou


paralelas ao eixo da dobra; cruzadas ou aproximadamente perpendiculares ao eixo; e
diagonais ou cruzadas transversalmente ao eixo.

c. Em relação à disposição espacial são: paralelas: paralelas entre si; concêntricas:


típicas de área intrusivas e radiais: associadas às concêntricas.

d. Em relação ao espaçamento: distância entre as fraturas, medida perpendicularmente


aos planos das mesmas, classificam-se de acordo com sua densidade: muito denso
distância é < 5 cm; denso distância entre 5 e 30 cm; regularmente denso distância entre

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30 e 100 cm; pouco denso distância entre 100 a 300 cm; e muito pouco denso distância
é > 300 cm.

2.4. Veios

São fracturas que são preenchida por por depositos minerais. Os depósitos minerais
podem ser massivos ou compostos de grãos de cristais de fibras tais como quartzo e
calcite. Existem 2 tipos de veios fibrosos: Sintaxial forma-se quando o veio tem a
mesma composição que a da rocha hospedeira, ex: veio de calcite em calcário.
Antitaxial forma-se quando o material do veio tem uma composição diferente que a da
rocha hospedeira, ex: veio de calcite em quartzito.

Por várias razões os veios são geralmente usados para o estudo de deformações locais e
regionais: registam o grau de evolução das deformações; as inclusões fluidais registam
as condições de temperatura e pressão do tempo em o veio se formou; em adição os
veios têm uma substancial importância econômica visto que a maior parte dos depósitos
minerais são encontrados em veios.

Veios formam-se quando constituintes de minerais transportados por uma solução


aquosa são depositados no interior do maciço rochoso por meio de precipitação
(minerais ou argilas). O fluxo hidráulico envolvido geralmente é devido a circulação
hidrotermal.
Os veios sendo massas rochosas que preenchem pequenas fracturas em outras rochas.
Estes podem originar-se de várias maneiras e apresentam uma grande variedade de
forma e estrutura. Podem se classificar em três grupos: veios de rochas ígneas, veios de
rochas sedimentares e veios de minerais depositados pela gases ou vapores.

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2.4.1. Veios em rochas ígneas
Os veios em rochas ígneas são praticamente os mesmos que os diques, no entanto a
diferença é que os diques são estreitos, normalmente com paredes estreitas e percorrem
distâncias consideráveis, enquanto que veios são irregulares, descontínuos e de forma
limitada.

Veios em rochas sedimentares


Os veios em rochas sedimentares não são comuns e têm pouca importância. Ocorrem
quando as fracturas são preenchidas por sedimentos.

2.4.2. Veios de minerais depositados por acção de gases e vapores


Os veios de minerais depositados pela água ou pelos gases, são de maior importância
porque incluem um grande número de depósitos minerais e formam-se quando as
fracturas são preenchidas por depósitos de solução a partir de vapor de água ou gases.

Os minerais podem se depositar nas fractura, por um processo de sublimação. Onde os


minerais são formados directamente da cristalização de um vapor, como também da
interação entre vapores destes com as rochas dos condutos por onde passam e os
voláteis contidos nos magmas concentram-se nas fases residuais e quando os magmas
chegam próximo ou na superfície terrestre, as fases voláteis tendem a escapar, aspecto
que ocorre nas erupções vulcânicas e aí podem se depositar minerais. Processo
hidrotermal a partir de soluções de origem profunda resultantes de transformações
metamórficas ou de cristalizações magmáticas que normalmente contêm significativas
quantidade de material dissolvido, e quando essas soluções esfriam ou a pressão
diminui, formam-se minerais hidrotermais, depositado-se em forma de veios ou filões.

2.4.3. Classificação quanto a morfologia

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2.4.3.1. Classificação quanto às relações geométricas entre os veios e a rocha
encaixante
Concordantes quando se apresentam interestratificados ou concordantes com a
xistosidade. Discordantes quando cortam os planos de estratificação ou de xistosidade
das rochas encaixantes.

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3. Conclusão

Ao termino do presente trabalho conclui-se que:

A estrutura geológica é a classificação da litosfera terrestre conforme as suas diferentes


origens e as composições de suas rochas. Foliação é uma estrutura planar distribuida de
forma homogênea na rocha. O termo foliação é utilizado para descrever qualquer
estrutura planar que ocorre penetrativamente numa rocha. Pode se referir a um
acamamento sedimentar, o bandamento composicional de rochas ígneas, o fluxo em
rocha ígnea ou a uma xistosidade em rocha metamórfica.

Os veios sendo massas rochosas que preenchem pequenas fracturas em outras rochas.
Estes podem originar-se de várias maneiras e apresentam uma grande variedade de
forma e estrutura. Podem se classificar em três grupos: veios de rochas ígneas, veios de
rochas sedimentares e veios de minerais depositados pela gases ou vapores.

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4. Referencias Bibliográficas

ALMEIDA, J. Foliações e lineações. UERJ.

ARTHAUD. M. Elementos de Geologia Estrutural. Fortaleza, 1998.

PENA, Rodolfo F. Alves. "Estruturas Geológicas da Terra"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/estruturas-geologicas-terra.htm. Acesso
em 03 de janeiro de 2022.

Porto Editora – foliação na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-
01-03 13:42:27]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$foliacao

SALAMUNI, E. Estruturas planares e lineares. UFPR.

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