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Índice
1. Índice de figuras ........................................................................................................ 2

2. Introdução ..................................................................................................................... 3

2.1. Objetivos.................................................................................................................... 3

2.1.1. Objetivo geral ......................................................................................................... 3

2.1.2. Objetivos específicos .............................................................................................. 3

3. Metodologia .................................................................................................................. 3

4. Classificação de rochas magmáticas ............................................................................ 4

4.1. Textura ....................................................................................................................... 6

4.2. Composição ............................................................................................................... 6

5. Parâmetro para classificar as rochas ígneas .................................................................. 8

5.1. Tamanho do grau ....................................................................................................... 8

5.2. Homogeneidade granulométrica ................................................................................ 9

5.3. Índice de cor .......................................................................................................... 9

5.4. Cristalinidade ......................................................................................................... 9

6. Saturação em sílica .................................................................................................. 10

7. Feldspatos ................................................................................................................ 10

8. Plagioclásio ............................................................................................................. 12

9. Rochas máficas ........................................................................................................ 13

10. Rochas ultramáficas ............................................................................................. 14

11. Conclusão ............................................................................................................ 16

12. Referência bibliográfica ...................................................................................... 17


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1. Índice de figuras
1. Figura 1: rocha granítica.
2. Figura 2: rochas basálticas.
3. Figura 3: Ilustração de teor em sílica nas rochas magmáticas.
4. Figura 4: Plagioclásio.
5. Figura 5: Basalto.
6. Figura 6: Peridotito.
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2. Introdução
O presente trabalho tem como tema a classificação de rochas magmáticas, as rochas
magmáticas são rochas provenientes da solidificação do material magmático, o magma,
e é a categoria de rocha predominante na crosta terrestre, constituindo mais de 70% de
seu volume. As rochas magmáticas podem ser classificadas como plutónicas e vulcânicas,
a sílica é um elemento abundante na maioria das rochas ígneas, o trabalho ilustrará, a
ocorrência das rochas ígneas, a sua granulometria, forma geométrica e outros pontos que
serão abordados no presente trabalho.

2.1. Objetivos

2.1.1. Objetivo geral


 Conhecer e saber classificar as rochas magmáticas

2.1.2. Objetivos específicos


 Interpretar a ocorrência das rochas magmáticas;
 Identificar o conteúdo de sílica nas rochas magmáticas;
 Demostrar os feldspatos;
 E identificar os minerais maficos.

3. Metodologia
Segundo Marconi e Lakatos (2007, p.17), a metodologia nasce da concepção sobre o que
pode ser realizado e a partir da “tomada de decisão fundamenta-se naquilo que se afigura
como lógico, racional, eficiente e eficaz”. Neste caso, usou-se o método hermenêutico
que consistiu na leitura, análise e interpretação de alguns conteúdos colhidos em algumas
obras, em alguns pdf’s e artigos disponibilizados pela Internet que constam na bibliografia
do mesmo trabalho.
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4. Classificação de rochas magmáticas


Conceito

As rochas ígneas (também chamadas de rochas magmáticas) são rochas provenientes


da solidificação do material magmático, o magma. É a categoria de rocha predominante
na crosta terrestre, constituindo mais de 70% de seu volume. No manto, abaixo da crosta
terrestre, o magma encontra-se em seu estado pastoso, devido ao calor proveniente do
interior da Terra, com temperaturas por volta de 2000ºC, e devido a essa plasticidade,
permitem que as placas tectônicas da crosta se movimentem. Quando o magma extravasa
para a superfície terrestre formando os derrames vulcânicos, recebe o nome de lava, já
que durante esse processo vulcânico o magma passa por algumas transformações físico-
químicas. (BRANCO, Pércio de Moraes. As rochas)

As rochas magmáticas podem ser classificadas como: plutônicas e vulcânicas

Plutónicas: se o magma consolida no interior da crusta terrestre, de forma lenta e gradual.


Formam-se cristais visíveis à vista desarmada. Estas rochas têm textura granular ou
fanerítica.

Vulcânicas: se o magma atinge a superfície terrestre (lava) e consolida de forma rápida.


Neste caso, a cristalização é reduzida, formando-se cristais não visíveis à vista desarmada
rochas de textura agranular ou afanítica, ou não se formam cristais, o que origina rochas
de textura vítrea.

Figura 1. Rocha granítica, granular. Figura 2.Rocha basáltica, agranular.

Fonte: google.com/imagens.
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As rochas vulcânicas costumam conter cavidades formadas por gases que ficaram
aprisionados durante o resfriamento. Essas cavidades podem ter desde alguns milímetros
até alguns metros de diâmetro e são chamadas de: vesículas, quando vazias, ou amígdalas,
quando estão preenchidas por minerais. Já as plutônicas são geralmente maciças e,
quando contêm cavidades, elas são milimétricas.

As rochas ígneas podem ser classificadas em função de sua composição mineralógica e


química. Com base na proporção de minerais máficos ou escuros (silicatos ricos em ferro
e magnésio ou ferromagnesianos) e minerais félsicos ou claros (silicatos pobres em ferro
e magnésio) elas podem ser classificadas em:

Félsica: rocha com menos de 15% de minerais máficos (piroxênio, anfibólio e biotita), e
rica em minerais félsicos (feldspato e quartzo); também denominadas de
hololeucocráticas-leucocráticas.

Exemplos: granito e riolito

Intermediária: rocha de composição intermediária, com 15 a 35% de minerais máficos


(piroxênio, anfibólio e biotita); também denominadas de mesocráticas.

Exemplos: diorito e andesito

Máfica: rocha com 35 a 90% de minerais máficos (olivina, piroxênio e biotita); também
denominadas de mesocráticas-melanocráticas.

Exemplos: basalto e gabro

Ultramáfica: rocha com mais de 90% de minerais máficos (olivina e piroxênio), e com
pouco ou nenhum mineral félsico; também denominadas de ultramelanocráticas.

Exemplos: peridotito, piroxenito e komatiito

As rochas ígneas também podem ser classificadas a partir da sua textura, e de sua
composição química e mineralógica.
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4.1. Textura
A textura é um aspecto que reflete as diferenças de tamanhos dos cristais na rocha,
permitindo a visualização a olho nu, e está ligada ao tempo de resfriamento do magma, e
ao local em que acontece (no interior ou exterior da crosta). O resfriamento lento do
magma no interior da Terra permite um tempo maior para que se formem os cristais que
se encaixam entre si, caracterizando as rochas ígneas intrusivas. O rápido resfriamento na
superfície terrestre gera rochas ígneas extrusivas, que apresentam texturas de granulação
fina, ou aparência vítrea. Essas rochas são formadas quando a lava é expelida pelos
vulcões, contendo proporções variáveis de vidro vulcânico. Por isso, também são
conhecidas como vulcânicas.

4.2. Composição
A sílica é um elemento abundante na maioria das rochas ígneas, e a classificação desse
tipo de rocha a partir de sua composição química e mineralógica baseia-se no teor de
sílica (SiO2) entre 70% a 40%, e de acordo com as proporções relativas de minerais
siliciosos, como o quartzo, feldspato (ortoclásio e/ou plagioclásio), micas (moscovita e/ou
biotita), anfibólios, piroxênios e olivina. Minerais ricos em sílica são félsicos (feldspato
e sílica), e pobres são máficos (magnésio e férrico). Logo, a cristalização dos minerais
máficos ocorrem sob temperaturas mais altas, nos primeiros estágios de resfriamento do
magma, e consequentemente, a cristalização dos minerais félsicos. Assim, algumas
rochas ígneas intrusivas e extrusivas apresentam a mesma composição, mas diferem no
aspecto textural. Assim, pela composição química e mineralógica, existem as rochas
ígneas félsicas, intermediárias, máficas e ultramáficas. E considerando a composição
química, os magmas podem ser classificados em três grupos principais.

As rochas ígneas são predominantemente de composição silicática, ou seja, com


predomínio de minerais silicáticos, e assim podendo serem classificadas por seu conteúdo
de sílica (SiO2):

Ácida: rocha com teores de SiO2 superiores a 65%, são rochas ricas em quartzo, como
por exemplo o granito;

Elevado teor em sílica (> 70%)

 Magmas ácidos.
 Elevado teor de gases.
 Originam lavas de elevada viscosidade.
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Intermediária: rocha com teores de SiO2 entre 65 e 52%, como por exemplo o diorito;

Teor intermédio de sílica (50% – 70%)

 Teor intermédio de gases.


 Originam lavas de viscosidade intermédia.

Básica: rocha com teores de SiO2 entre 45 e 52%, com quartzo em quantidades diminutas
ou ausente, como por exemplo o basalto;

Reduzido teor em sílica (≤ 50%)

 Magmas básicos.
 Baixo teor de gases.
 Originam lavas de baixa viscosidade.

Ultrabásica: <45% SiO2;

Figura 3. Ilustração de teor em sílica nas rochas magmáticas. Fonte:


google.com/imagens/https://colegiovascodagama.pt.

As rochas ácidas são geralmente claras e as ultrabásicas, escuras.

De acordo com a maior ou menor presença de minerais escuros (minerais ferro-magne-


sianos) nas rochas, elas podem ser:

 Leucocráticas (claras);
 Melanocráticas (escuras);
 Mesocráticas (intermediárias).
 Quando possuem mais de 90% de minerais escuros, podem ser chamadas de
hipermelanocráticas.
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5. Parâmetro para classificar as rochas ígneas

5.1. Tamanho do grau


A granulometria representa a medida quantitativa do tamanho dos minerais constituintes
de rochas ígneas, esses podem ser classificados em:

Grossa: granulometria de 1 a 10 mm. Muitas rochas de natureza plutônica possuem


granulometria em torno de 6 mm, se encaixando nesta categoria. As rochas ígneas com
granulometria maior do que 10 mm são raras. (Bookman, 2013).

Média: granulometria de 0.2 a 1 mm. Esta categoria granulométrica quantitativamente


não é bem definida, sendo variável de acordo com cada autor. Na prática, muitas rochas
descritas como de granulometria média são compostas de minerais de tamanho visível a
olho nu ou a lupa, porém, são pouco difíceis de serem identificados. (Bookman, 2013).

Fina: granulometria menor do que 0.2 mm. Normalmente, as rochas compostas de


minerais com tamanho dos grãos invisíveis a olho nu ou a lupa são descritas como de
granulometria fina. (Bookman, 2013)

Fanerocristalina: a rocha é constituída por minerais de tamanho distinguível, ou seja,


identificável a olho nu ou em lupa. Todas as rochas de granulometria grossa e uma parte
das rochas de granulometria média se encaixam nesta categoria.

Afanítica: a rocha é composta de minerais de granulometria fina, sendo indistinguíveis a


olho nu ou em lupa. Em muitas publicações, a expressão textura afanítica é utilizada para
expressar textura da massa fundamental de rochas porfiríticas. (Bookman, 2013)

Microcristalina: a rocha é constituída por minerais de tamanho distinguível, ou seja, são


identificáveis à lâmina delgada. Quando o tamanho dos minerais constituintes da rocha é
maior do que a espessura da lâmina (25 a 30 µm), cada mineral é identificável.

Criptocristalina: a rocha é composta de minerais de granulometria muito pequena, sendo


menor do que a espessura da lâmina delgada, e portanto, não se pode identificar ao
microscópio petrográfico.
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5.2. Homogeneidade granulométrica


Rochas ígneas constituídas por minerais de tamanho aproximadamente igual:

Equigranular: a rocha é constituída por minerais com tamanho relativo


aproximadamente igual, ou seja, a granulometria é homogênea;

Inequigranular: possuí duas granulometrias distintas;

Porfirítica: a rocha é constituída por minerais com duas granulometrias distintas,


minerais grandes e pequenos. Os minerais grandes, normalmente menos frequentes, são
denominados fenocristais, e os pequenos, que constituem a maioria, são chamados de
massa fundamental. (Bookman, 2014).

5.3. Índice de cor


Corresponde à soma dos minerais máficos e minerais acessórios, não incluindo
muscovita, apatita e carbonatos primários, isto é, a soma pura dos minerais máficos e os
opacos:

 Leucocrática: 5-35%
 Mesocrática: 35-65%
 Melanocrática: 65-90%
 Ultramelanocrática: >90%

5.4. Cristalinidade
Holocristalina: a rocha é composta inteiramente de cristais. A maioria das rochas ígneas
se encaixa nessa categoria. Todas as rochas plutônicas são holocristalinas;

Hipocristalina: é chamada também de hialocristalina: A rocha é constituída por uma


mistura de cristais e vidro. As rochas hipocristalinas são formadas através de resfriamento
rápido do magma. Determinadas rochas constituintes de lavas são hipocristalinas. Os
prefixos hipo e hialo significam, respetivamente, pouco e vítreo;

Vítrea: é chamada também de holo hialina. A rocha é composta quase inteiramente de


vidro, o que significa resfriamento magmático extremamente rápido. Algumas rochas
vulcânicas constituintes de lavas, tais como a obsidiana, são vítreas. (Bookman, 2014).
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6. Saturação em sílica
É a classificação da rocha quanto à saturação em sílica, identificada através da presença
de minerais silicáticos saturados (minerais não deficientes em sílica), insaturados
(deficientes em sílica), e sílica livre (através da presença de quartzo):

Supersaturada: presença de quartzo;

Saturada: presença de piroxênios e feldspatos;

Insaturada: feldspatóides.

Sílica saturação: classificação da rocha quanto à saturação em sílica, identificada através


da presença de minerais silicáticos saturados (minerais não deficientes em sílica),
insaturados (deficientes em sílica), e sílica livre (através da presença de quartzo), em:

Supersaturada: Quartzo (apresenta excesso em SiO2)

Insaturada: Feldspatoides (apresenta deficiência em SiO2)

Saturada: Piroxénios e feldspatos (apresenta equilíbrio em SiO2). Fonte:


https://museuhe.com.br/rochas/rochas-igneas/classificacao-de-rochas-igneas.

7. Feldspatos
O grupo dos feldspatos é constituído de alumino silicatos de potássio, sódio e cálcio, e
raramente bário. Os feldspatos têm propriedades físicas muito similares entre si, no
entanto, devido à sua composição química, se agrupam em: feldspato de potássico
(ortoclásio, microclínio, sanidina, adularia), feldspato de bário (celsiana) e feldspato
calco-sódico (SEGEMAR, 2000).

Os feldspatos são um grupo de minerais cuja composição química é descrita pela fórmula
(K, Na, Ca) (Si, Al)4 O8. Eles ocorrem em rochas graníticas e são os principais minerais
dos pegmatitos, associados a diversos outros minerais. Suas reservas são abundantes em
todos os países produtores. A produção mundial de feldspato em 2013 atingiu
aproximadamente 22,96 milhões de toneladas e os maiores produtores foram: Turquia
(30,5%), Itália (20,5%), China (9,1%), Tailândia (4,8%), França (2,8%), Irã (2,8%), Japão
(2,6%), Espanha (2,6%), e Índia (2,3%). A produção brasileira responde por
aproximadamente de 1,2% do total mundial.

Há ainda um grupo de minerais quimicamente semelhantes aos feldspatos, denominados


de feldspatóides, no entanto se diferenciam dos feldspatos por conterem menor
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quantidade de sílica. Os feldspatóides são alumino silicatos de potássio, sódio e cálcio,


como elementos principais, porém com menores quantidades de outros íons (Dana, 1970).
Os feldspatóides mais frequentes são a leucita (K (Si2O6) e nefelina (Na k) AlSiO4.
Existem outros feldspatóides (sodalita, lazurita) que, por serem raros, não são discorridos
no presente capítulo. A nefelina é a espécie mais comum dos feldspatóides, podendo
ocorrer em rochas ígneas, tanto plutônicas quanto vulcânicas (SEGEMAR, 2000).

Granitos são rochas constituídas, essencialmente, de quartzo, feldspato e mica. Os


feldspatos são minerais formadores de rochas, principalmente rochas ígneas ácidas, como
o granito. Embora este possa conter entre 50 e 70% de feldspatos alcalinos, passa a ser
lavrado em função de seu conteúdo em feldspato. Poucos são os exemplos de feldspato
obtido de granitos: na Geórgia-EUA é extraído feldspato do granito Shadydale no
Condado de Jasper (13,9% Al2O3; 4,7% Na2O; 3,6% K2O; 0,9% CaO) (Harben, 1995);
em Jundiaí – SP, o granito de mesmo nome (3,5% Na2O; 4,5% K2O, 1,5% Fe2O3) que
era utilizado in natura até pouco tempo, está sendo beneficiado pelo Grupo Minerali SpA
em Itupeva – SP, com uma capacidade instalada de 120 mil t (Crossley, 2003).

A albita e anortita formam uma série isomórfica contínua de soluções sólidas em


diferentes temperaturas. Esta série é denominada de plagioclásio e varia desde a albita
pura, à anortita pura. Segunda a composição relativa de cada um desses, recebe a
denominação constante da Tabela 3 (SEGEMAR, 2000).

Serie de plagioclásio % de Abita % de Anortita


Albita (AlSi3O8) 100-90 0-10
Olioglacio 90-70 10-30
Andesita 70-50 50-30
Labradorita 50-30 50-70
Bitownita 30-10 70-90
Anortita Ca (Al2Si2O8) 10-0 190-100

Existem vários minerais cuja composição está entre a da anortita e a da albita. A tabela
acima mostra as suas composições em termos das percentagens de anortita e albita.
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8. Plagioclásio
Plagióclase ou plagioclásio é uma importante série de tectossilicatos da família
dos feldspatos. Esta designação não se refere a um mineral com uma composição química
específica, mas a uma série de soluções sólidas, mais conhecida como a série da
plagióclase (do grego para "fratura oblíqua" devido aos seus dois ângulos de clivagem).
Esta série tem como extremos a albita e a anortita (com composição química
NaAlSi3O8 e CaAl2Si2O8 respetivamente) em que os átomos de sódio e cálcio se podem
substituir uns pelos outros na estrutura cristalina dos minerais.

As plagióclases são importantes minerais constituintes da crosta terrestre sendo,


consequentemente, uma importante ferramenta de diagnóstico em petrologia na
identificação da composição, génese e evolução de rochas ígneas. A composição dos
diversos minerais da série da plagióclase é geralmente indicada pela percentagem total
de anortita (%An) ou de albita (%Ab), sendo determinada de forma expedita pela
medição do índice de refração dos cristais de plagióclase em amostras moídas, ou pela
determinação do ângulo de extinção em lâminas delgadas utilizando um microscópio de
luz polarizada. O ângulo de extinção é uma característica óptica e varia consoante a
quantidade de albite presente (%Ab) na amostra.

É devido a esta variação de sódio e de cálcio na composição química das plagióclases que
estes minerais recebem a designação de feldspatos calcossódicos.

A Albita deve o seu nome ao Latim albus (branco), em referência à sua pura cor branca,
pouco usual. É um mineral constituinte de rochas bastante comum associado às rochas
mais ácidas. Nos diques pegmatíticos está geralmente associada a minera mais raros
como a turmalina e o berilo.

A Anortita, assim designada por Rose em 1823 a partir da palavra grega para oblíquo,
referente ao sistema triclínico em que cristaliza. A anortita é característica
de rochas máficas como o gabro e o basalto.

Os minerais intermédios da série da plagióclase são muito semelhantes entre si e


geralmente só podem ser distinguidos pelas suas propriedades ópticas.

A Oligóclase é comum no granito, sienito, diorito e gnaisse. Está frequentemente


associada à ortóclase. O nome oligóclase deriva do grego para pequeno e fratura, pelo
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facto de o seu ângulo de clivagem diferir significativamente de 90º. A pedra do sol é


composta sobretudo por oligóclase (por vezes albita) com flocos de hematita.

A andesina é um mineral característico de rochas com um teor de sílica moderado, como


o diorito, e de rochas vulcânicas como o andesito.

A labradorita é um feldspato característico de rochas básicas como


o diorito, gabro, andesito ou basalto estando geralmente associado a uma
das piroxenas ou anfíbolas. Apresenta frequentemente iridescência devida à refração de
luz nas lamelas dos cristais. Deve o seu nome a Labrador, no Canadá, onde ocorre como
constituinte da rocha ígnea intrusiva anortosito a qual é quase totalmente composta de
plagióclase. Existe uma variedade de labradorita denominada espectrolita que ocorre
na Finlândia.

A Bytownita, deve o seu nome a Bytown, antiga denominação de Ottawa, Canadá e é um


mineral raro, ocasionalmente encontrado em rochas mais básicas. (fonte: Alkali feldspar
U. Texas).

Figura 4. Plagioclásio. Www.google.co./imagens.

9. Rochas máficas
São ricas em olivinas e piroxênios, que são minerais pobres em SiO2, e ricos
em ferro e magnésio, o que lhes confere uma coloração escura. São minerais,
como a biotite, as anfíbolas, as piroxenas e a olivina, São responsáveis, quando em
quantidade suficiente, pela tonalidade escura das rochas magmáticas. O gabro é o
exemplo intrusivo das rochas máficas, de coloração cinza-escura, granulação fina e
minerais máficos, como piroxênio abundante, não contém quartzo, e plagioclásio
moderado.
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O basalto (fig.5) é o equivalente extrusivo do gabro, apresenta coloração cinza-escura a


preta, é a rocha mais abundante da crosta e presente em todo fundo marinho.
Nos continentes, extensos e espessos derrames de basalto constituem grandes serras e
planaltos, como é o caso da Serra Geral, que ocorre no sul-sudeste do Brasil e sul-sudoeste
do continente africano, e que registra a separação do supercontinente Gondwana a partir
do Triássico.

Figura 5. Basalto.Foto: www.sandatlas.org / Shutterstock.com

Os materiais máficos são em geral de cor escura (do negro ao verde escuro e ao azul),
e densidade superior a 3,0 (ou seja 3 t/m³), o que contribui para a elevada densidade das
rochas deste tipo e das respetivas formações, como seja a crusta oceânica.

Os minerais mais comuns que entram na formação das rochas máficas são
as olivinas, piroxenas, anfíbolas, biotite e outras micas, augite e, quando a riqueza em
cálcio é maior, as plagióclases e feldspatos.

Em termos químicos (e nalguns casos cromáticos) as rochas máficas estão no extremo


oposto do espectro em relação às denominadas rochas félsicas

10. Rochas ultramáficas


Caracterizam-se por minerais máficos, e apresentam menos de 10% de feldspato. O exemplo
dessa rocha é o peridotito, com teor muito baixo de SiO2 ( ̴ 45%), granulação grossa, de coloração
cinza-esverdeada, composta por olivina, e pequenas quantidades de piroxénio e anfibólio (fig. 6).
É a rocha predominante no manto e a fonte das rochas basálticas, e raramente são extrusivas.
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Figura 6. Fonte: Peridotito (rocha do manto). Foto: www.sandatlas.org /


Shutterstock.com
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11. Conclusão
No trabalho feito conclui se que as rochas ígneas são aqueles tipos de formações rochosas
que se originam no interior da Terra e é importante observar que divisão das rochas
magmáticas entre intrusivas e extrusivas tem como critério apenas a sua gênese, existindo
outras formas de classificação elaboradas com base em outros aspectos. Uma delas é a
sua distinção conforme o seu nível de acidez. Tal diferença ocorrerá conforme a variação
dos índices de óxido de silício (SiO2) em sua composição.
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12. Referência bibliográfica


1. BRANCO, Pércio de Moraes. As rochas (curso de extensão para professores
do Ensino Médio).
2. Dicionário de Mineralogia e Gemologia. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.
608 p. il.
3. Le Maitre, L.E., ed. 2002. Igneous Rocks: A Classification and Glossary of
Terms 2nd edition, Cambridge.
4. Porto Editora, minerais máficos na Infopédia. Porto: Porto Editora.
Disponível em https://www.infopedia.pt/$minerais-maficos

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