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ÍGNEAS E METAMÓRFICAS
1 - INTRODUÇÃO
Rocha é qualquer massa de matéria mineral, consolidada ou não, que
forma parte da crusta, podendo ser constituída por uma espécie mineral
(monominerálica) ou por um agregado de várias espécies minerais
(poliminerálica).
Meteorização
transporte Cimentação
e deposição e compactação
3.1. MAGMATISMO
Entende-se por magmatismo o desenvolvimento e o movimento do
magma, e a sua solidificação em rochas ígneas. O magmatismo
pode manifestar-se à superfície através das erupções vulcânicas
3.1.1. O Magma
O Magma é o material original das rochas ígneas. É um fluido
natural muito quente, formado em profundidade e constituído por
material fundido de composição silicatada com alguns óxidos e
sulfuretos e algum vapor e outros gases mantidos em solução
devido às altas pressões a que esta fusão está sujeit
A matéria em fusão que ascende à superfície chama-se lava, que
difere do magma, entre outros aspectos, por não conter ou
conter muito poucos voláteis.
Tab. 4.1. Análises químicas das rochas representativas dalgumas zonas ígneas
Tipo b) Tipo c)
Tipo a)
Hawaii Sierra Nevada
Dorsal Zonas de
Componente (meio (meio
Oceânica Subducção
oceânico) continental)
SiO2 49.0 55.4 50.0 67.0
Al2O3 16.0 15.6 13.9 15.0
Fe2O3 2.7 3.3 1.0 1.5
10.5 10.5 10.8 4.0
FeO 7.8 7.2 9.8 2.5
MgO 6.4 4.8 7.1 1.7
CaO 10.5 9.8 11.3 3.8
Na2O 3.0 1.8 1.5 3.2
K2 O 0.1 0.4 0.5 3.8
A classificação dos magmas é feita em função do teor de SiO2
Tipos de Ultra-
magma/ Intermédias
Félsicas Máficas máficas
Rocha
Teores
de SiO2 (SiO2>65%) (52%<SiO2<65%) (45%<SiO2<52%) (SiO2<45%)
Olivina
Basalto/Gabro (tetraedros
Plagioclase rica
Alta temperaturas isolados)
em Ca – Anortite
(estrutura em blocos)
Piroxena
(cadeia simples
de tetraedros)
Micas
(Estruturas em Plagioclase rica
folhas) em K –Ortoclase
(estrutura em blocos)
Riolito/Granito
Temperaturas
baixas
Muscovite
(Estruturas em
folhas)
Quartzo
(estrutura em
blocos)
3.1.4. Vulcanismo e Vulcões
Fig. 4.7. Esquema dum vulcão. 1: cone vulcânico; 2: chaminé vulcânica; 3: cratera; 4:
câmara magmática: 5: auréola de metamorfismo; 6: rochas encaixantes.
Tabela 4.2. Composição média dos gases dos vulcões do Hawaii.
Gás % Gás %
H2O 70.75 H2 0.33
CO2 14.07 Ar 0.18
SO2 6.40 S2 0.10
N2 5.45 Cl2 0.05
SO3 1.92 Outros 0.35
Fig. 4.8.b. Esquerda: Esquema de vulcão tipo stromboliano; Direita: Monte Adams, Washington, EUA
c) Cone de Cinzas (Tipo Vulcaniano) (Fig. 4.8.c).
Fig. 4.8.c. Esquerda: Esquema de vulcão tipo vulcaniano; Direita: Cratera Sunset, Norte do Arizona, EUA.
3.2.1.1. Temperatura
A temperatura é talvez o agente mais importante e variável. Os
processos metamórficos que ocorrem por acção pura e simples da
temperatura é chamado de metamorfismo térmico
3.2.1.2. Pressão
A pressão litostática (pressão resultante do peso das rochas
sobrejacentes) na crusta aumenta com a profundidade. Além da
pressão litostática, as rochas em profundidade estão sujeitas a
outras pressões resultantes dos movimentos crustais.
3.2.1.3. Fluídos
A B
A B
Fig. 4.22. Graben (A) e Horst (B)
Deitada em Leque
Assimétrica
4 - ROCHAS ÍGNEAS
4.1. TIPOS DE INTRUSÕES E EXTRUSÕES
A B C D
A B C D
Fig. 4.44. Texturas de rochas metamórficas. A. Granoblástica; B.
Porfiroblástica; C. Lepidoblástica; D. Nematoblástica.
Estrutura,
É comum as rochas metamórficas apresentarem orientação dos
neoblastos, como resposta às altas pressões exercidas durante a
sua formação. As rochas que não apresentam orientação dos
neoblastos diz-se que têm estrutura maciça (Fig. 4.45.A),
E
D
MÁRMORE
O mármore é uma rocha cristalina de grão fino a grosso, e resulta do
metamorfismo de rochas sedimentares calcárias
QUARTZITO
Resulta do metamorfismo de arenitos quartzosos (ver Tema V), em
que os espaços entre os grãos de quartzo da rocha original são
preenchidos por quartzo de cristalização mais tardia
CORNEANA
Grandes intrusões (batólitos, p.ex.), que levam muitos milhares a
milhões de anos a arrefecer, podem influenciar zonas muito
extensas. Nestes casos, as rochas originais convertem-se em rochas
maciças, densas e muito duras, chamadas corneanas
Fig. 4.50. Estrutura e mineralogia das rochas metamórficas mais comuns
Fig. 4.51. Origem das rochas metamórficas comuns.
5.5. OCORRÊNCIA DE
ROCHAS METAMÓRFICAS EM
MOÇAMBIQUE
Moçambique é rico em
rochas metamórficas nas
províncias centrais e
nortenhas do País. As
províncias de Cabo Delgado,
Niassa, Nampula, Zambézia,
Tete e Manica são
constituídas praticamente só
por rochas metamórficas
(Fig. 4.52).