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GEOLOGIA DO

AMAPÁ
INTRODUÇÃO
• A geomorfologia do Amapá combina formações muito antigas com outras bem jovens, divididas por
uma estreita faixa de idade intermediária. Existem duas “zonas geomorfológicas” principais a
“Depressões da Amazônia Setentrional” e a Planície Costeira.
• A formação da bacia sedimentar do Amapá enquadra-se dentro dos domínios da Bacia Amazônica
constituindo uma bacia distinta, denominada Atlântico Norte, responsável por quase dois terços do
território do Amapá (98.583,5 km2). O restante (44.870,2 km2) da bacia amazônica.
• Tipos de rochas encontradas no escudo cristalino da guiana são os cinturões de rochas verdes
(greenstone belt).

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INTRODUÇÃO

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DEPRESSÕES DA AMAZÔNIA
SETENTRIONAL
• Cobre mais de 70% do Estado, correspondendo às suas seções central e oeste.
• Ela se compõe da porção oriental do chamado Escudo Guianense e de suas franjas dissecadas.
• Sua morfologia é em parte montanhosa, porém a maior parte é composta por seções levemente
onduladas.
• As duas principais porções montanhosas do Escudo Guianense dentro do Amapá têm o nome de
Serras do Tumucumaque e Lombarda.
• Alguns dos seus morros ou picos superam a altitude de 600 m s.n.m., sendo que o ponto culminante
do Estado do Amapá, localizado na Serra do Tumucumaque, alcança 701m s.n.m.

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PLANÍCIE COSTEIRA
• Cobre cerca de 25% do Estado. Trata-se de uma faixa litorânea relativamente estreita, baixa e quase
sempre plana, que se estende de norte a sul, formada por depósitos fluviais e fluviomarinhos a qual
ocupa todo o leste do Estado.
• Em termos geológicos, essa formação é muito recente, pois a sua maior parte data do Quaternário,
com uma idade máxima de 100.000 anos, e com uma idade média não muito superior a 15.000 anos.
• As partes litorâneas da Planície Costeira, ao longo do Oceano Atlântico e do delta do rio Amazonas,
são formadas por depósitos de areia e argila, com partes alagadas, além de bancos de areia, dunas,
ilhas, pequenas baías e reentrâncias, estuários, meandros, lagoas, litorais rasos e lamacentos, bem
como lagos temporários e permanentes.

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TIPOS DE ROCHAS - ROCHAS
METAMÓRFICAS
Rochas metamórficas - As rochas metamórficas são um dos tipos de rochas que surgem a partir da
transformação das rochas sedimentares ou magmáticas.
Granulitos - São rochas de granulação média a fina e, raramente grosseira, ora maciças, ora exibindo
bandeamento incipiente ou difuso, cores variegadas, predominando os tons cinza-médio e rosado e
apresentam texturas granoblásticas com alguma transição a granonematoblástica.
Félsicos – Mineral de cor clara com teores expressivos de elementos leves (Si, Al, álcalis,..)
típicos de rochas magmáticas evoluidas como granitos e sienitos. O termo aplica-se também
para rochas magmáticas ou delas derivadas.

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TIPOS DE ROCHAS - ROCHAS
METAMÓRFICAS
Anfibolito - é uma rocha metamórfica de médio grau metamórfico, de coloração escura, foliada ou
maciça, e constituída predominantemente por anfibólio verde.
Leucognaisses - A rocha é caracterizada em campo como sendo um biotita-granada gnaisse
leucocrático de composição granítica, granulometria variando de média a grossa. Lentes melanocráticas
ricas em biotita.
Gnaisse - é uma rocha metamórfica de médio a alto grau, portanto, foi submetida a temperaturas e
pressões elevadas. É uma das rochas metamórficas mais comum. Pode ser formada pelo metamorfismo
do granito, ou de rochas sedimentares quartzo-argilosas.

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TIPOS DE ROCHAS - ROCHAS
METAMÓRFICAS
Alguns outros exemplos são: Galena, Pirita, Pirotita, e bornita, geoquimicamente Telúrio e Prata.

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TIPOS DE ROCHAS - ROCHAS
SEDIMENTARES
Rochas sedimentares - São um dos tipos de rocha que existem. São formadas por partículas
sedimentares e de matéria orgânica que foram compactadas com o passar do tempo.
Arenito - Os arenitos são rochas silicosas sedimentares, constituídos por grãos de sílica ou quartzo,
ligados por cimento silicoso, argiloso ou calcário.
Xisto -  Rocha metamórfica/sedimentar caracterizada pela xistosidade. Os xistos podem
provir de vários tipos de rochas, de basaltos a pelitos e também de rochas plutônicas que
sofram forte hidratação junto com metamorfismo termodinâmico.

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TIPOS DE ROCHAS - ROCHAS
SEDIMENTARES

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TIPOS DE ROCHAS - ROCHAS ÍGNEAS
Rochas ígneas - são o resultado da solidificação do magma – por isso, as vezes chamadas de rochas
magmáticas. São formadas em altas temperaturas no interior da crosta terrestre em profundidades
variadas. As altas temperaturas tem papel fundamental na formação das rochas ígneas.
Máficos – É a designação dada em geologia a qualquer mineral, magma ou rocha ígnea (vulcânica ou
intrusiva) que seja comparativamente rico em elementos químicos pesados, nomeadamente em
compostos ferromagnesianos, e relativamente pobre em sílica. rocha com 35 a 90% de minerais
máficos (olivina, piroxênio e biotita); também denominadas de mesocráticas-melanocráticas.
O granito - é um exemplo de rocha ígnea intrusiva. O granito é um tipo de rocha magmática intrusiva.

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TIPOS DE ROCHAS - ROCHAS ÍGNEAS

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GEOLOGIA REGIONAL: COMPLEXO
GUIANENSE
É unidade de embasamento que se distribuía por amplas regiões do Amapá e extremo noroeste do
Pará, e que congregava biotita granitos, biotita-hornblenda granitos, biotita-muscovita granitos,
migmatitos e gnaisses.
A mineralogia principal é definida por plagioclásio, quartzo, ± microclínio, ± hornblenda, ±
biotita, e a acessória por opacos, titanita, allanita, apatita e zircão.
O Complexo Guianense considerado Pré-Cambriano Inferior a Médio, corresponde ao
embasamento cristalino, do qual foi individualizado o Granodiorito Rio Novo

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GEOLOGIA REGIONAL: COMPLEXO
GUIANENSE
As rochas deste complexo são frequentemente retrometamorfisadas (o crescimento de cristais no
estado sólido, sem fusão) a condições de fácies xisto-verde, sendo comum a ocorrência de epidoto,
clorita, muscovita/sericita, carbonato, titanita secundária e minerais opacos associados às
transformações a partir da biotita, hornblenda e plagioclásio.
Também há gnaisses leucocráticos, de composição granítica, com mineralogia essencial formada
por feldspato alcalino, quartzo, plagioclásio antipertitíco, sendo os minerais máficos a hornblenda, a
biotita e o clinopiroxênio e os acessórios os óxidos de Fe e Ti, zircão, allanita e apatita

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GEOLOGIA REGIONAL: GRUPO VILA NOVA
O Grupo Vila Nova aflora sob a forma de faixas irregulares e descontínuas, nas regiões de Serra
do Navio e do rio Vila Nova, no centro do Estado do Amapá, bem como em parte da Serra Lombarda, a
norte do estado em sentido à Guiana Francesa, e compreende rochas metavulcanos (ochas
holocristalinas, porfiríticas e/ou afaníticas, com mineralogia constituída por cristais de quartzo,
biotita, clorita e sericita) sedimentares, metamorfisadas na fácies xisto verde a anfibolito.
Constituído por rochas metavulcânicas e mais raramente, metaplutônicas máficas e ultramáficas
rochas a cordieritaantofilita e a quartzo-clorita, nas quais estão sobrepostos sedimentos químicos que
configuram formações ferríferas bandadas tipo óxido e silicato, e metassedimentos clásticos.

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GEOLOGIA REGIONAL: GRUPO VILA NOVA
O Grupo Vila Nova foi descrito na região dos rios Vila Nova, Cupixi e Amapari respectivamente por
Spier e Ferreira Filho. E pode ser definido como constituído geneticamente pelas sequências:
• Metamáfico-ultramáfica: (xistos e anfibolitos, com corpos plutônicos a subvulcânicos isotrópicos);
• Químico-exalativa: (formações ferríferas fácies óxido, principalmente óxido-silicato e aluminoso,
metacherts, especularita xistos);
• Metassedimentar: (metaconglomerados, quartzitos, metapelitos e xistos paraderivados diversos);

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COMPLEXO GUIANENSE E GRUPO VILA
NOVA

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COMPLEXO GUIANENSE E GRUPO VILA
NOVA

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GEOLOGIA REGIONAL: GRANITÓIDE
FALSINO
Assinalaram um granodiorito intrusivo em polimetamorfitos, tendoo situado como posterior ao
grupo Vila Nova. Esses autores denominaram-no Granodiorito Falsino, correlacionando-o ao grupo
Uatumã, o que parece improvável devido à existência de idade Rb-Sr correspondente a 2.060 ± 118 Ma.

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GEOLOGIA REGIONAL: ROCHAS
ALCALINAS MAPARI
Pelas datações existentes, as alcalinas Mapari parecem estar relacionadas com as intrusões
alcalinas da fase final da reativação Parguazense, sendo assim mais antigas que as intrusões alcalinas do
limiar Proterozóico Médio-Superior.
O limite entre o Proterozóico Médio e o Superior no craton Amazônico é estabelecido pelo início
da instalação de um episódio tectono-termal amplamente conhecido neste continente, o qual tem
recebido diversas denominações regionais. Sua atuação identifica-se 41 com amplas faixas de
cataclasitos e milonitos originados por esforços de compressão de caráter continental.

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GEOLOGIA REGIONAL: SUÍTE INTRUSIVA
CASSIPORÉ
Aparecem desde as proximidades da Serra do Navio, distribuindo-se para norte acompanhando,
grosso modo, o limite costeiro do Amapá e adentrando a Guiana Francesa.
Apresentam espessuras variáveis desde centimétricas até dezenas de metros. Constituem um
conjunto de diques de diabásio e stocks de microgabro, com algumas citações sobre a presença bastante
rara de basaltos, bem como produto de diferenciação magmática que passa por granófiros atingindo
localmente composição granodiorítica.
Normalmente são rochas de cor verde-escuro, praticamente afaníticas constituídas por
plagioclásios, augitas, hornblenda, clorita e sulfetos. Apresentam textura ofítica e, às vezes,
intercrescimento micrográfico.

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GEOLOGIA REGIONAL: LATERITOS
Esta unidade apresenta-se sob a forma de serras com extensos platôs, irregulares e descontínuos,
distribuídos ao longo do Estado do Amapá, formando grandes serras, como por exemplo, as serras do
Tumucumaque, do Navio, do Iratapuru e parte da serra Lombada.
Há duas fases de peneplanização:
-Primeira fase de peneplanização de idade possivelmente cretácea a terciária gerando
principalmente lateritas maduras, bem desenvolvidas, do tipo cavernoso a maciça. Esta superfície foi
intensamente dissecada e erodida, gerando um relevo de platôs descontínuos e irregulares.
-Uma segunda fase, de provável idade Tércio - quaternária, desenvolveu-se a partir do
rebaixamento daquela superfície. É uma superfície muito irregular e descontínua, com a formação de
lateritos imaturos, brechas e conglomerados lateríticos.

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GEOLOGIA REGIONAL

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GEOLOGIA REGIONAL

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GEOLOGIA REGIONAL: SEDIMENTOS
QUATERNÁRIOS
Os sedimentos consistem dominantemente de depósitos aluvionares, pouco espessos,
delimitados ao longo das bacias hidrográficas que drenam a região, formando baixios e alagadiços em
vales, na maioria das vezes encaixada.

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FORMAÇÃO DA BACIA SEDIMENTAR
AMAZÔNICA
As bordas dissecadas do escudo apresentam encostas abruptas e vales profundos que geram
três grupos de rios relativamente curtos (para os padrões amazônicos): (1) Araguari-Amapari, Amapá
Grande, Calçoene, Cassiporé e outros, que correm para leste, diretamente para o oceano Atlântico; (2)
os rios Vila Nova, Maracá, Matapi e Cajari e outros, drenando para o sul e desaguando no delta do Rio
Amazonas; (3) os rios Iratapuru e Mapari, entre outros, correm para oeste e são afluentes da margem
esquerda do rio Jari, afluente do Amazonas. Deve-se mencionar ainda o rio Oiapoque, que drena as
extremidades do platô no oeste do Amapá, com seu curso predominantemente para nordeste,
desaguando no Oceano Atlântico.

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FORMAÇÃO DA BACIA SEDIMENTAR
AMAZÔNICA
O rio Oiapoque e o primeiro grupo de rios acima citados, não fazem parte da área de drenagem
da Bacia Amazônica, constituindo uma bacia distinta, denominada Atlântico Norte, responsável por
quase dois terços do território do Amapá (98.583,5 km2). O restante (44.870,2 km2) enquadra-se dentro
dos domínios da Bacia Amazônica propriamente dita.
As águas dos rios que fazem parte da Planície Costeira (como o Amapari-Araguari, o Amapá
Grande e o Calçoene), vindos das Serras de Tumucumaque e Lombarda, conforme chegam aos terrenos
mais baixos dessa planície, desaceleram os seus fluxos e formam meandros e banhados, em frequente
mudança do leito em alguns trechos.

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FORMAÇÃO DA BACIA SEDIMENTAR
AMAZÔNICA
As águas dos rios que fazem parte da Planície Costeira (como o Amapari-Araguari, o Amapá
Grande e o Calçoene), vindos das Serras de Tumucumaque e Lombarda, conforme chegam aos terrenos
mais baixos dessa planície, desaceleram os seus fluxos e formam meandros e banhados, em frequente
mudança do leito em alguns trechos.
A baixa altitude em relação ao nível do mar e as inúmeras conexões entre diversos tipos de
corpos d´água fazem com que muitos trechos da Planície Costeira sejam sujeitos a enchentes, tanto de
água doce como salgada, esta última decorrente do ciclo das marés. É em tal planície que vive a grande
maioria dos amapaenses e instalou-se a maior parte dos empreendimentos produtivos do Estado.

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FORMAÇÃO DA BACIA SEDIMENTAR
AMAZÔNICA
Entre essas duas formações principais ocorre uma sequência de sedimentos da Formação
Barreiras, de idade geológica Terciária, distribuída numa estreita faixa de norte a sul do Estado. Ela se
situa nas extremidades desgastadas e fraturadas das terras mais elevadas do Planalto das Guianas, na
transição para a Planície Costeira.
Cobre apenas 5% do Estado e assume, na sua maior parte, a forma de cadeias de pequenos
morros arredondados, próximos uns dos outros, num tipo de paisagem a que os geógrafos chamam
“mares de morros”. Sob essa sequência geológica encontra-se o principal eixo de ligação terrestre do
Amapá 

TÍTULO DA APRESENTAÇÃO 11/02/20XX 29


FORMAÇÃO DA
BACIA SEDIMENTAR
AMAZÔNICA

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RECURSOS MINERAIS
O Estado do Amapá é uma das unidades federativas que concentra uma das maiores reservas
minerais brasileiras, isto em razão da existência da Província Metalogenética do Amapá/NW do Pará,
definida por Faraco e Carvalho (1994).
A referida província distribui-se na porção NW do Pará e Amapá, tendo o seu delineamento
condicionado às áreas de abrangência das sequências metavulcanos sedimentares, tipo greenstone belt
(Grupo Serra Lombarda e Grupo Vila Nova).
Na área de estudo estão situados os Distrito Aurífero da Serra do Navio/Vila Nova e Distrito
Manganesífero da Serra do Navio.

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RECURSOS MINERAIS
A maioria dos depósitos minerais metálicos do subsolo amapaense está situada em terrenos pré-
cambrianos, que correspondem a cerca de 70 % do seu território, nas quais estão posicionadas as
principais reservas minerais do estado. As sequências metavulcano sedimentares (do tipo greenstone
belts ou similares) que compõem o Grupo Vila Nova, hospedam as reservas minerais de ouro, ferro,
manganês, tantalita, cromita, entre outros.
Os recursos minerais identificados no município de Pedra Branca do Amapari, sendo que alguns
estão em constante processo de aproveitamento econômico, estão representados pelo ouro, ferro,
manganês, tantalita, argila, água mineral e rochas ornamentais, sendo que o ouro e ferro, tem sido os
minerais responsáveis pela arrecadação de CFEM (Compensação financeira pela Exploração Mineral)

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RECURSOS MINERAIS

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RECURSOS
MINERAIS

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OBRIGADO
Caio Henrique, Emanuel JJ, Gabriela Santos, José Igor, Thalia

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