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Mineralogia e Geologia
TIPOS DE ROCHAS – ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS
A ciência que estuda as rochas é a Petrologia (do grego, petra, rocha ou rochedo, acrescido do
sufixo logia, ou estudo de), e para tanto se vale de diversas técnicas analíticas, sendo as
principais as técnicas geológicas de campo, as técnicas químicas, técnicas experimentais e as
técnicas petrográficas.
As técnicas petrográficas consistem, principalmente na descrição e análise das texturas,
estruturas e da composição mineralógica das rochas, tanto em escala macroscópica, valendo-
se de acuidade visual e com auxílio de lupas de mão, quanto em escala microscópica, com o
auxílio de um microscópio petrográfico.
Introdução
A aplicação de técnicas geológicas de campo visa identificar, descrever e relacionar as rochas encontradas em
uma determinada área ou região, observando a forma dos corpos rochosos, seus modos de ocorrência e as
relações de posição e de influência que guardam com outras rochas ou conjuntos litológicos.
Já o uso de técnicas petrográficas consiste em um exame detalhado na escala de observação pretendida,
observando-se as estruturas, que correspondem ao aspecto geral externo da rocha analisada, e também as
texturas presentes, que consistem em um exame ainda mais aprofundado dos grãos ou cristais componentes da
rocha e as relações que guardam entre si e com a estrutura observada.
Em linhas gerais, as rochas podem ser divididas em três grandes grupos, classificados de acordo com critérios
genéticos: as rochas ígneas ou magmáticas, as rochas metamórficas e as rochas sedimentares.
Introdução
➢ As Rochas Ígneas ou Magmáticas são aquelas formadas a partir de materiais fundidos no interior da Terra.
Este material fundido, que corresponde ao protomaterial de origem das rochas ígneas, recebe a denominação
de Magma. O magma pode solidificar-se em subsuperfície, e neste caso dá origem às rochas plutônicas, ou em
superfície com exposição subaérea, e neste caso dá origem às rochas vulcânicas.
➢ As Rochas Metamórficas são aquelas que se formam pela modificação química, mineralógica, textural,
estrutural, ou uma combinação destes, em estado sólido, de rochas preexistentes, através do
estabelecimento de condições de temperatura, pressão e/ou pressão de fluidos distintos daqueles
originais para a formação da rocha pretérita. Não se incluem na definição de metamorfismo os processos
diagenéticos e intemperismo.
➢ Rochas sedimentares são aquelas que se formam através de processos superficiais na crosta terrestre,
que podem ser derivados da erosão de rochas preexistentes (magmáticas, metamórficas ou mesmo
sedimentares), do acúmulo de elementos orgânicos e/ou biogênicos ou por precipitação química.
Introdução
Elas constituem formações geológicas altamente resistentes e com elevado nível de dureza,
sendo importantes para a obtenção de minérios e produção de materiais derivados de sua
composição.
Se considerarmos todo o volume da litosfera terrestre, concluímos que quase 80% de sua
composição é formada por rochas ígneas ou magmáticas,
Magma
Apesar de parecer um material simples, o magma pode possuir diferenças significativas, principalmente
. em termos químicos e, consequentemente, mineralógicos:
➢ Magmas que se originam pela fusão de rochas da crosta são ricos em sílica e contêm uma proporção
de alumínio, cálcio, sódio, ferro, magnésio, potássio e outros elementos menores.
➢ Magmas que se formam pela fusão das rochas do manto superior, no entanto, contêm menos sílica, e
possuem mais ferro e magnésio.
Magma
Esse material pode conter, dependendo da temperatura e pressão, proporções variáveis de elementos
. voláteis, como gases, minerais já cristalizados (ou até mesmo pedaços de rocha - xenólito) e um material
fluido.
Cada um desses tipos de magma pode gerar uma gama de rochas, dependendo das condições de
. formação.
Dentre os principais parâmetros utilizados para a definição, além do teor de sílica, usado
o índice de cor (M), a composição mineralógica, a textura e estrutura da rocha.
O índice de cor é estimado levando em conta a proporção de minerais félsicos (minerais claros e leves:
quartzo, feldspato potássico, plagioclásio etc.) e máficos (minerais escuros e densos:
micas, anfibólios, piroxênios, minerais opacos e acessórios), sendo a porcentagem de minerais máficos
na constituição volumétrica da rocha o parâmetro utilizado.
.
Rochas Ígneas ou Magmáticas
➢ Originam-se no interior da Terra, quando o magma penetra por entre as fissuras das rochas
e solidifica-se. Como esse processo é mais lento, formam-se rochas mais duras e com
formações cristalinas maiores e mais bem definidas, a exemplo do granito, do sienito e do
diorito.
Rochas Ígneas ou Magmáticas - classificação
b) as Rochas Ígneas que, apesar de possuírem como fonte principal o magma, se formam pela
sua solidificação em superfície e, portanto, referimo-nos as rochas como Ígneas Vulcânicas ou
Extrusivas.
São aquelas que se formam nas camadas mais altas ou na superfície da Terra, geralmente pela
expulsão do magma em forma de lava pelos vulcões. Como as temperaturas da superfície são
muito menores do que as do interior da Terra, o magma solidifica-se muito mais rapidamente,
formando rochas com granulação mais fina, a exemplo do basalto, do riolito e do andesito.
Sílica saturação: classificação da rocha quanto à saturação em sílica, identificada através da presença de minerais
silicáticos saturados ( minerais não deficientes em sílica), insaturados (deficientes em sílica), e sílica livre (através
da presença de quartzo), em:
Relação dos feldspatos presentes: classificação através da proporção entre os diferentes tipos de feldspatos
(potássicos e sódico-cálcicos) presentes nas rochas, em:
❖ Potássica ≥ 2/3
❖ Calco-potássica ∼ 1
Estruturas magmáticas são feições globais observadas nas rochas, que não
dependem dos tipos de minerais que as compõem, e dão evidências das
condições nas quais ocorreu o resfriamento e a consolidação de magmas e
lavas.
As principais estruturas estão ligadas ao resfriamento, à movimentação do
magma e às variações locais nas condições de cristalização.
Rochas Ígneas ou Magmáticas – estruturas
As rochas plutônicas são formadas pela solidificação do magma em subsuperfície, o que lhes
confere maior tempo para resfriamento, limita a movimentação do líquido magmático e pode
gerar diferenças significativas de acordo com a posição relativa das diferentes porções do
magma no interior da câmara magmática.
Neste sentido, as estruturas ligadas ao resfriamento serão caracterizadas por cristais maiores
e mais bem formados, e as estruturas ligadas à movimentação se concentrarão
principalmente nas bordas do corpo ígneo.
Rochas Ígneas ou Magmáticas – textura
As texturas de rochas magmáticas são as feições globais e locais das rochas que descrevem as
características de seus minerais constituintes (forma, dimensões, estrutura interna), e as relações que
estes minerais guardam entre si (contatos, disposição, distribuição de tamanhos, etc.).
Em geral, seis parâmetros conseguem descrever com alguma precisão as características texturais das
rochas magmáticas:
i) grau de cristalinidade; ii) grau de visibilidade; iii) granulação; iv) tamanho relativo dos cristais; v)
forma geométrica dos cristais; vi) articulação entre os cristais.
Além destes, também é possível descrever as texturas das rochas magmáticas de acordo com sua trama
cristalográfica, ou seja, de acordo com a disposição espacial relativa entre as espécies minerais que
constituem uma determinada rocha.
Rochas Ígneas ou Magmáticas – trama
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Principais Rochas Ígneas - granito
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Principais Rochas Ígneas - granito
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Principais Rochas Ígneas - basalto
O Basalto é uma rocha ígnea eruptiva (magmática), rica em silicatos de magnésio e ferro e com baixo conteúdo
em sílica, que constitui uma das rochas mais abundantes na crosta terrestre.
É uma rocha de granulação fina, coloração escura, como minerais acessórios encontram-se, principalmente,
óxidos de ferro e titânio.
Ocasionalmente encontram-se basaltos com matriz vítrea, denominados sideromelanos, com raros cristais ou
mesmo sem eles.
O basalto, pela sua dureza e resistência à meteorização, é explorada para a produção de alvenarias e de agregados
de construção civil e como rocha ornamental para revestimentos e calçadas.
O basalto é similar, em composição e origem, a rochas ígneas máficas como a diabase, o gabro e o andesito.
➢ Tem um coeficiente de dilatação térmica mais baixo que o granito, o calcário, o arenito, o
quartzito, o mármore, ou a ardósia, pelo que sofre pouco dano em incêndios.
➢ Tem uma densidade de 2,8 a 2,9 g/cm³ sendo mais denso que o granito e o mármore.
➢ Na escala de dureza de Mohs estimou-se que o basalto tem uma dureza que pode variar de
aproximadamente de 4,8 a 6,5.
Os basaltos, em razão da sua textura fina e isotrópica, são igualmente valorizados como britas e outros inertes de forte
compacidade e de grande resistência mecânica. Utilizados em lastro de vias férreas ou rodoviárias.
A lã de rocha é um produto obtido a partir de basalto ou de diabase, uma rocha análoga ao basalto, por um processo de
fusão durante o qual é adicionado produtos fundentes e coque (para elevar a temperatura aos 1500 °C) seguido de extrusão.
No campo das técnicas inovadoras de geoengenharia, foi proposta a tecnologia de meteorização aumentada, destinada à
fixação de dióxido de carbono (CO2) atmosférico em solos agrícolas através do espalhamento de basalto finamente
pulverizado sobre o solo.
Principais Rochas Ígneas – basalto, utilização
Principais Rochas Ígneas – basalto, utilização
Principais Rochas Ígneas – basalto, utilização
Bibliografia utilizada para esta aula:
▪ POPP, José Henrique. Geologia geral. 5.ed. Rio de Janeiro LTC 1998. 376 p. ISBN 85-216-1137-4.