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LAUDO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO

CLIENTE: Prof. Ana Patrícia Nunes Bandeira


DISCIPLINA / CURSO: Mecânica dos Solos II / Engenharia Civil
Endereço da contratante: Centro de Ciências e Tecnologia da UFCA.

OBJETO: Elaboração de um laudo geológico-geotécnico de estabilidade de um


talude.
Endereço da investigação: Rua Dez, 236, margem da CE-293, Barbalha-CE.

ADR SOLUÇÕES DE ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA


CNPJ: 25. 32k. 789/0001-XX.

JUAZEIRO DO NORTE-CE
2023
DEVID IWRE DA SILVA MENEZES
ALLEX PABLO SILVA ALENCAR
RÔMULO AMARANTE JANUÁRIO

LAUDO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE ESTABILIDADE DE UM TALUDE


LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE BARBALHA-CE.

Laudo técnico apresentado como requisito para


obtenção de nota parcial da segunda avaliação da
disciplina de Mecânica dos Solos II do Curso de
Engenharia Civil da Universidade Federal do Cariri
(UFCA), ministrada pela Prof. Dr. Ana Patrícia.

JUAZEIRO DO NORTE-CE
2023
1 INTRODUÇÃO

Uma preocupação recorrente no cenário brasileiro é em relação à instabilidade


de encostas, situação que põe vidas em risco e que acontece com frequência
sobretudo nos grandes centros urbanos, visto que a desigualdade socioeconômica
ocasiona a habitação em áreas inapropriadas. O setor rodoviário também é refém
de escorregamentos de terras, o que prejudica o fluxo de pessoas e de mercadorias,
além de vitimar vidas. É válido pontuar, ainda, que estes estragos acabam exigindo
obras emergenciais de restauração, as quais geram prejuízos maiores aos cofres
públicos (DUTRA, 2013).
Em rodovias, na maioria dos casos, essa movimentação do solo ocorre em
taludes às margens da infraestrutura viária, que são todas as superfícies que não
configuram uma forma horizontal. Os taludes podem ser classificados como naturais,
formado puramente pela ação da natureza, e artificiais, em que a interferência
humana moldou a forma física da encosta. Entre as principais causas para os
escorregamentos, ou movimentos de massas, estão a diminuição de resistência
interna ao cisalhamento do solo e o aumento de solicitações externas aplicadas ao
maciço (GERSCHOCOVIT, 2009). A incidência da precipitação em taludes
configura-se como o principal agente que reduz a resistência interna do solo, pois
com o acréscimo de pressões neutras, a tensão efetiva presente no solo é reduzida.
Portanto, dada a necessidade de garantir a segurança viária, este trabalho visa
analisar um talude de corte localizado no munícipio de Barbalha-CE, às margens da
CE-293, de forma a estabelecer um laudo geológico-geotécnico que possibilite
encontrar fatores de segurança da encosta, bem como propor soluções viáveis para
a assegurar a estabilidade da superfície do solo.

2 OBJETIVOS

Este trabalho tem como finalidade realizar uma investigação geotécnica de um


talude de corte rodoviário, no município de Barbalha-CE, o qual ocorrerá por meio de
laudo geológico-geotécnico do solo local.
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Apresentar as características gerais do talude e do solo que o compõe;


• Descrever o talude topograficamente, com ênfase para o seu perfil crítico;
• Definir a metodologia de investigação geotécnica adotada para obtenção dos
parâmetros necessários para o cálculo do fator de segurança ao
deslizamento, considerando a realização de ensaios de campo e de
laboratório;
• Interpretar os dados dos furos da sondagens SPT e elaborar o perfil
geotécnico transversal do subsolo;
• Utilizar ferramentas do programa Slope/W da GeoSlope e entender os
métodos de Fellenius e Bishop Simplicado, para apresentar os fatores de
segurança ao deslizamento do talude, considerando os parâmetros do solo e
os níveis de água na cota mínima e na cota máxima.
• Estabelecer soluções para aumentar o fator de segurança glogal do talude,
considerando duas situações: a que não há restrições para cortes e a que o
topo do talude é área de proteção ambiental.

3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO TALUDE

3.1 ÁREA DE ESTUDO

A encosta está enquadrada como um talude de corte artificial rodoviário devido


à interferência antrópica na construção da infraestrutura viária. Localiza-se à
margem da rodovia CE-293, que atravessa o perímetro urbano de Barbalha-CE,
município que abrange 608,158 quilômetros quadrados (IBGE, 2022) e que compõe
a Região Metropolitana do Cariri e a Messoregião Sul Cearense. Ainda de acordo
com o IBGE (2022), o município conta com 75.033 habitantes, o que representa um
aumento de 35,14% em relação ao censo de 2010, indicando, portanto, uma maior
ocupação do solo local, de forma a aproximar a população de áreas impróprias, a
exemplo de encostas naturais ou artificiais. As Figura 1 e 2 mostram,
detalhadamente, a região em que se encontra o talude.
Figura 1 - Imagem aérea da região em estudo

Fonte: Google Earth, 2023.

Figura 2 - Imagem lateral da área em estudo

Fonte: Autores, 2023.

É possível observar que o local é composto por irregularidades topográficas,


caraterística típica do município, o qual conta com um relevo bastante heterogêneo e
acidentado. Vale salientar que a geomorfologia local é destacada pela dinâmica da
Chapada do Araripe, propiciando, ao longo do tempo, decaimentos topográficos que
configuraram o Vale do Cariri (região mais baixa do município), onde ocorreu
evolução do relevo para colinas alongadas e morros, resultados da regressão da
Chapada (SILVA, 2017).
A geologia de Barbalha é bem variada, predominando latossolos, podzólicos,
litólicos e solos sedimentares do tipo aluvial (IPECE, 2011). Da Figura 2, percebe-se
que o solo que compõe o talude em estudo é um latossolo vermelho-amarelo. Além
disso, é uma região com uma vegetação diversificada, dada a presença da Floresta
Nacional do Araripe, o que possibilita, de acordo com o IPECE (2011), encontrar
comunidades vegetais como a floresta subcaducifólia tropical xeromorfa (cerradão),
a floresta subperenifólia tropical plúvio-nebular (mata úmida ou serrana), a floresta
subcaducifólia tropical pluvial (mata seca) e a floresta caducifólia espinhosa
(caatinga arbórea). Também da figura 2, nota-se que o talude é coberto por
vegetação característica da caatinga, o que pressupõe raízes mais profundas e,
consequentemente, maior resistência ao escorregamento do solo.
Ao conhecer as peculiaridades do município e da área específica de
investigação geotécnica, tem-se que a implantação na rodovia CE-293 interveio no
relevo local, de forma a tangenciar superfícies que podem ocasionar movimentos de
massa, o que pode ser favorecido, principalmente, por processos erosivos. Desse
modo, faz-se necessário lançar ações de planejamento para garantir a estabilização
da região em estudo, com intuito de assegurar a segurança viária da população que
trafega nesta rodovia.

3.2 SEÇÃO CRÍTICA

Inicialmente foi realizado um levantamento topográfico para selecionar a seção


crítica da encosta, com intuito de realizar a investigação geotécnica. Neste contexto,
a Figura 3 detalha as curvas de nível do local analisado.
Figura 3 - Levantamento topográfico do local

Fonte: Autores, 2023

Em seguida procedeu-se na escolha da seção crítica com base nos seguintes


critérios técnicos, incluindo:
• Grau de inclinação: Quanto maior a inclinação na seção geotécnica, maior o
risco de desmoronamento. Isso pode ser observado pela proximidade entre
os diferentes níveis topográficos da região;
• Volume de solo: A quantidade de solo em cada seção é crucial, pois uma
maior quantidade de solo implica em uma carga maior e aumenta o risco de
desmoronamento;
• Indícios de rastejo: O "creep" é indicado por deformações lentas no solo,
indicando um possível problema no solo local;
• Presença de detritos: A presença de detritos na encosta é um indicativo de
instabilidade do solo.
Desse modo, a seção que melhor atende ao perfil é a seção com maior
inclinação. Durante a vistoria, foi observado o acúmulo de solo e detritos na base do
talude, indicando instabilidade do local. A vegetação também apresentava
inclinação, característica do fenômeno creep.
3.3 SEÇÃO TRANSVERSAL DO TALUDE

O perfil topográfico crítico, também conhecido como seção geométrica crítica,


refere-se à superfície com o menor fator de segurança, tornando-se, assim, a área
mais vulnerável a deslizamentos e colapsos. Nesse contexto, é imperativo realizar
intervenções, como a construção de um muro de contenção, para garantir a
estabilidade.
Neste projeto, busca-se realizar uma análise minuciosa da região de inclinação
mais acentuada do talude, identificando-a como a seção geométrica crítica. A
representação dessa superfície está disponível na Figura 4.

Figura 4 - Perfil do talude.

Fonte: Autores, 2023

Com essas coordenadas dispostas na Figura 4, foi possível descobrir que a


inclinação geral do talude é de 32,47%. Dessa forma, também foi possível encontrar
a inclinação crítica da seção, destacada na Figura 5.
Figura 5 - Detalhes da seção crítica do talude

Fonte: Autores, 2023

Assim, é possível observar que a inclinação crítica será 61,88%, já que:

𝛥ℎ
𝑖𝑐 =
𝐿
5
𝑖𝑐 = = 61,88%
8,08
Essa abordagem visa não apenas a compreensão da seção mais suscetível a
riscos geotécnicos, mas também a implementação de medidas apropriadas para
assegurar a estabilidade e segurança necessárias.

4 ANÁLISE DE ESTABILIDADE DO TALUDE

Dada a necessidade de evitar movimentos de massa, é preciso definir,


quantitativamente, parâmetros para assegurar a estabilidade do maciço, o que
passa pela análise de esforços resistentes e solicitantes, os quais são relacionados
de forma a garantir a segurança geotécnica.
As solicitações podem ocorrer por meio de carregamentos e de alterações na
geometria da encosta, como a construção de habitações próximas e a realização de
cortes. Já a resistência, segundo Oliveira (2006), é condicionada pelo efeito conjunto
entre o ângulo de atrito do solo, que delimita a força tangencial necessária para que
um plano deslize sobre o outro, e a coesão, característica ligada à atração química
entre as partículas de solo que independe das tensões.
Desse modo, faz-se necessário conhecer os requisitos básicos para a
segurança do talude, bem como aplicar métodos que estimem o seu grau
estabilização.

4.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DA ESTABILIDADE DE TALUDES

A determinação do fator de segurança para talude é realizada, de forma mais


conhecida, a partir de duas maneiras: determinística e probabilística. O estudo
determinístico é um tratamento quantitativo de estabilidade, expresso por um único
valor numérico, denominado de fator de segurança. Este parâmetro indica o quão
pequeno pode ser a resistência ao cisalhamento, desde que a encosta permaneça
estável.
O método determinístico avalia a estabilidade de taludes por meio de duas
possíveis abordagens: análise de deslocamentos, possibilitado, sobretudo, pelo
método dos elementos finitos, e estado de equilíbrio limite, o qual possui maior
aplicação devido às simplificações que a maioria das situações geotécnicas
necessitam.
Este último busca o equilíbrio de uma massa de solo definida por uma região
com grande vulnerabilidade à ruptura, a qual, vantajosamente, pode ser arbitrada.
Assim, considera-se a existência de uma superfície de escorregamento
geometricamente conhecida, geralmente circulares, e aplica-se o critério de
resistência de Mohr-Coulomb. A partir disso, leva-se em conta os esforços gerados e
a força de resistência ao cisalhamento que garante o maciço em equilíbrio de forma
a obter um fator de segurança.
Apesar de sua larga aplicação, a metodologia mencionada é apenas uma
indicação numérica, o que abre espaço para muitas indefinições relacionadas aos
fatores que fundamentam as equações do fator de segurança, provenientes de
variações naturais do solo em campo. Além disso, o avanço computacional favorece
o cumprimento de métodos mais rigorosos e a análise mais aprofundada de
métodos mais simples (TONUS, 2009). É nesse contexto que entra o método
probabilístico, capaz de lidar com dados aleatórios do solo através de uma
distribuição estatística. Com isso, é possível encontrar inúmeros valores de fator de
segurança, os quais são usados para obter uma probabilidade de ruptura e uma
maior confiabilidade da encosta estudada.
Todavia, existem muitos entraves na incorporação das análises probabilísticas
na engenharia geotécnica, como, as limitações experimentais dos parâmetros de
resistência do terreno, que em geral são reduzidos, e o fato das variáveis envolvidas
serem raramente independentes (FERNANDES, 2011). Dessa forma, serão
elencados neste trabalho algumas formas determinísticas de tratamento do fator de
segurança do talude.

4.2 FATOR DE SEGURANÇA SEGUNDO A NORMA NBR 11682 DE 2009

O método que melhor simplifica a estabilidade mínima de um talude é a adoção


de um fator de segurança (FS), índice que faz um paralelo entre tensões resistentes
e solicitantes segundo a Equação (1):

𝜏𝑟𝑒𝑠
𝐹𝑠 = (1)
𝜏𝑚𝑜𝑏

em que:
𝜏𝑟𝑒𝑠 = tensões resistentes ao cisalhamento;
𝜏𝑚𝑜𝑏 =tensões mobilizadas ao cisalhamento.
Logo, uma situação em que as tensões mobilizadas são iguais às de
resistência ao cisalhamento (FS=1) caracteriza a iminência do colapso da superfície.
Vale destacar que a tensão de ruptura é comumente utilizada para representar as
tensões resistentes.
Conforme preconiza a NBR 11682 (2009), os fatores de segurança mantêm
ênfase na segurança contra perdas de vidas humanas e danos materiais e
ambientais. A Figura 6, retirada a partir da norma, apresenta os fatores mínimos de
segurança ao deslizamento, situação que será prevenida neste trabalho.
Figura 6 - Fatores de segurança mínimos para deslizamentos

Fonte: ABNT, 2009.

Considera-se, portanto, que a estabilidade de taludes deve possuir um fator de


segurança global maior que 1,5 para que mínima segurança seja garantida.

4.3 MÉTODO DE FELLENIUS (1936)

Conhecido como Método das Lamelas, sua origem se deu a partir da


observação de escorregamentos em taludes de corte às margens de rodovias e em
portos da Suécia, no início do século XX, por Wolmar Fellenius. Consolidado em
1936, essa análise de estabilidade apresenta uma abordagem simplificada, visto que
não obedece às três relações do equilíbrio estático, no qual o somatório das forças
horizontais e verticais, bem como o momento resultante, deve ser nulo.
A metodologia adota uma superfície de ruptura circular, de forma a dividi-la em
uma série de lamelas (ou fatias) verticais de dimensões aproximadamente iguais, de
modo a avaliar, estaticamente, o volume de material situado acima da superfície de
escorregamento. Destaca-se que o método leva em consideração somente os
equilíbrios de momentos e de forças normais à superfície de deslizamento, de forma
a desprezar as forças laterais entre as fatias. O esboço da superfície estudada é
dado na Figura 7:
Figura 7 - Forças atuantes em uma lamela de solo (Método de Fellenius)

Fonte: Ferreira, 2012.

Trata-se de um método iterativo considera várias superfícies de ruptura a fim


de buscar a condição mais crítica de estabilidade do talude. Esse processo utiliza
como ferramenta a Equação (2) para a obtenção do fator de segurança para análise
pelo método de Fellenius:

𝛴[𝑐 ′ (𝑏 ∕ 𝑐𝑜𝑠 𝛼) + (𝑤 𝑐𝑜𝑠 𝛼 − 𝑢(𝑏 ∕ 𝑐𝑜𝑠 𝛼)) 𝑡𝑔 𝜙 ′ ] (2)


𝐹𝑆 =
𝛴𝑤 𝑠𝑖𝑛 𝛼

Em que:
c ′ = coesão efetiva do solo;
b = largura da lamela;
𝑤 = peso da lamela de solo;
u = poropressão média na base da lamela;
ϕ′ = ângulo de atrito do solo;
α = inclinação do segmente da superfície de deslizamento.
O fator de segurança corresponderá ao menor valor encontrado para FS.

4.4 MÉTODO DE BISHOP SIMPLIFICADO (1955)

O Método de Bishop simplificado, desenvolvido por A. W. Bishop, aborda uma


abordagem semelhante à de Fellenius, na qual a superfície como formato circular e
dividida em corpo livre de lamelas. Diferencia-se, basicamente, pela análise
adicional da estática das forças entre fatias, em que a resultante dos esforços é
horizontal. A Figura 7 retrata o acréscimo das forças laterais:
Figura 8 - Forças aplicados a uma lamela de solo (Método de Bishop)

Fonte: Ferreira, 2012.

Na metodologia proposta por Bishop, encontra-se o fator de segurança pela


ação conjunta das Equações (3) e (4):

1
𝐹𝑠 = ⋅ 𝛴 ⋅ [𝑐 ′ 𝑏 + (𝑤 − 𝑢𝑏) 𝑡𝑔 𝜙 ′ ] ∕ 𝑚𝛼 (3)
𝛴𝑤 𝑠𝑖𝑛 𝛼

𝑡𝑔 𝛼 ⋅ 𝑡𝑔 𝜙 ′
𝑚𝛼 = 𝑐𝑜𝑠 𝛼 [1 + ] (4)
𝐹𝑆𝑖

Assim, arbitra-se um valor provisório do fator de segurança, simbolizado por


FSi, na Equação (4) e em seguida encontra-se o FS com a aplicação da Equação
(3). Ocorre, então, um processo iterativo que é repetido até que o valor calculado
(FS) se iguale ao valor arbitrado (FSi). Vale destacar que método de Bishop
Simplificado fornece resultados mais assertivos e próximos aos processos mais
rigorosos de estabilidade de talude, sobretudo quando comparado ao método de
Fellenius.

5 METODOLOGIA

Inicialmente foi realizado o reconhecimento do local, com intuito de promover


uma análise tátil-visual do solo e verificar possíveis erosões e movimentos
gravitacionais de massa.
Em seguida, considerando a geometria do talude em questão, foram realizados
quatro furos de sondagem do tipo SPT, acima do número mínimo estabelecido pela
norma NBR 11682 (2009) (3 furos por seção). Esse procedimento é essencial para
determinar a estratigrafia e as características das camadas do solo.
A partir disso, metodologia deste trabalho foi desenvolvida em três etapas
sequenciais. A primeira fase consistiu em determinar as propriedades geotécnicas
essenciais das camadas de solo, como, peso específico, coesão e o ângulo de
atrito. O primeiro determinou-se por meio de ensaios, enquanto para os solos
coesivos adotou-se uma coesão de 10Kpa, conforme recomenda a literatura. Já o
ângulo de atrito foi determinado através da Equação (5) de Teixeira (1996), a qual
relaciona esta propriedade com o número de golpes SPT.

∅′ = √20𝑁 + 15 (5)
Em seguida, a segunda etapa envolveu a análise de estabilidade, na qual
foram aplicados métodos de Fellenius e Bishop simplificado para avaliar a
segurança do talude em estudo. Por fim, a terceira etapa concentrou-se na
elaboração de uma proposta de intervenção, a partir das informações das fases
anteriores, com o objetivo de fornecer soluções eficazes para a estabilização do
talude.

6 ANÁLISES E DISCUSSÕES

6.1 PERFIL GEOTÉCNICO DO TALUDE

Inicialmente foi realizado o estudo de campo de maior importância e viablidade


para obtenção da resistência do solo, a sondagem SPT (Standard Penetration Test).
Esta consiste em uma análise à percussão do terreno, que tem como objetivo
determinar o nivel d'água do solo e calcular sua tensão admissível.
Foram retiradas quatro amostras diferentes em quatro regiões do talude.
Devido à grande área de estudo, teve-se necessidade de dispor os pontos de forma
a abranger a maior superfície possível da seção do talude. Tal ensaio em campo
possibilitou concluir que o talude é composto por uma camada de solo argilosa,
arenosa e silte arenosa, em sua maioria, mas foram encontrados nos ensaios
vestígios de areia argilosa e silte argiloso, como pode ser visto na Erro! Fonte de r
eferência não encontrada..

Figura 9 - Pontos de Ensaio SPT

Fonte: Autores,2023.

Note que a camada de argila que inicia do ponto mais alto do talude, catalogada no
SPT-1 não chega até o ponto SPT-4.

6.2 PESO ESPECÍFICO, ÂNGULO DE ATRITO E COÊSÃO

A Tabela 1 que apresenta em detalhes as propriedades geotécnicas dos solos


encontrados nas diferentes camadas do talude. Através dela é possível relacionar e
prever parâmetros de resistência do maciço, essenciais para determinação do fator
de segurança.

Tabela 1 - Parâmetros geotécnicos do solo

Peso específico Ângulo de Coesão


Solo
(ʏnat) atrito (Ø) (c')
Argila 14kN/m³ 31° 10kPa
Areia
15kN/m³ 21,32° 0kPa
argilosa
Areia 18kN/m³ 31,12º 0kPa
Silte argiloso 15kN/m³ 30,49º 10kPa
Silte arenoso 20kN/m³ 35° 0kPa
Fonte: Autores, 2023.
6.3 FATORES DE SEGURANÇA

Os fatores de segurança neste estudo foram determinados considerando duas


situações distintas: a primeira situação corresponde ao período seco, quando o nível
da água se mantém constante, e a segunda ocorre durante o período chuvoso,
quando há um aumento no nível do lençol freático.
A determinação dos fatores de segurança foi realizada através de simulações
computacionais utilizando o software Geostudio 2021.3, um programa especializado
em análises geotécnicas que permite considerar uma variedade de condições e
variáveis para garantir resultados precisos e confiáveis. Para isso foi feito uma
simplificação nas camadas do talude, prevalecendo o solo que apresentasse a maior
proporção, de modo que restasse apenas três camadas, uma vez que utilizou o
software na versão estudantil que possuía essa limitação.

6.3.1 Método de Fellenius

De acordo com as investigações geotécnicas, no período de seca, o nível


d'água permanece constante a uma cota de 35 m. Dessa forma, a camada de silte
arenoso fica praticamente saturada, enquanto a camada de areia apresenta cerca
de 50% de saturação. Por outro lado, a camada de argila apresenta baixo índice de
saturação em comparação com as demais.
Nesse contexto, o fator de segurança encontrado pelo método de Fellenius
considerando um período de seca foi igual a 1,91, acima do mínimo exigido pela
NBR 11682 (2009). Assim, a Figura 10 apresenta a superfície de ruptura encontrada
para esse fator de segurança, assim como os detalhes da cota piezométrica.
Figura 10 - Fator de segurança obtido pelo método de Fellenius para um período de seca.

Fonte: GeoStudio, 2023.

Analisando a imagem acima, percebe-se que a área de ruptura é circular conforme


preconiza o método de Fellenius, e esta ocorre basicamente na camada de solo
argiloso. Dito isso, não se faz necessário uma análise mais detalhada, uma vez que
nessa situação o talude não apresenta risco de deslizamento.
Em contrapartida, em condições de período chuvoso, os ensaios geotécnicos
revelaram um aumento no nível do lençol freático, chegado à cota 55 m e resultando
na saturação de uma porção significativamente maior do solo. Nesse cenário, a
camada de silte arenoso atingiu a saturação completa, a camada de areia se
aproxima da saturação total e uma grande proporção da camada de argila também
se encontra saturada.
Portanto, nessa situação o fator de segurança encontra foi igual a 0,99, sendo
inferior ao mínimo exigido pela norma. Daí, a mostra os detalhes da superfície de
ruptura encontrado e o nível do lençol freático para esse caso.
Figura 11 - Fator de segurança obtido pelo método de Fellenius para um período chuvoso.

Fonte: GeoStudio, 2023.

A partir da análise da Figura 11, é possível perceber que o nível d’água


permanece constante à direita do talude e acompanha a superfície mais à esquerda
da seção transversal do talude.
De acordo com Cardoso Júnior (2006), a presença de água no solo resulta em
um aumento do peso específico aparente devido ao aumento da umidade, ao
desenvolvimento de pressões hidrostáticas em fraturas da rocha e ao aumento das
pressões neutras devido à percolação. Além disso, a água diminui os parâmetros de
resistência do solo, como a coesão aparente em solos argilosos.
Provavelmente, a diminuição resistência ao cisalhamento do solo, devido à
perca da coesão e força de percolação, foi a causa primordial na redução do fator de
segurança, já que a superfície de ruptura abrange boa parte da camada argilosa.
Outro ponto a ser observado, é o fato de que a superfície de ruptura termina próximo
ao pé do talude, ponto de fragilidade de um talude.
Diante disso, faz-se necessário procurar alternativa capazes de mitigar esse
problema de instabilidade no talude e promover um nível de segurança adequado a
população que usufrui de alguma forma daquela área.

6.3.2 Método de Bishop Simplificado

Como já foi citado, as investigações geotécnicas ocorreram em duas situações:


durante um período de seca e em um período chuvoso, quando os níveis de água
variavam, estando a 35 metros durante a estiagem e a 55 metros no período
chuvoso.
A análise da estabilidade do talude foi realizada com base no método de
Bishop (1955), que envolve o equilíbrio de momentos entre as forças resistentes e
as forças atuantes. Em primeira instância, analisando o talude no período seco,
utilizando uma abordagem analítica, obteve-se um fator de segurança crítico de
2,04, conforme ilustrado na Figura 12.

Figura 12-Fator de segurança obtido pelo método de Bishop para um período seco.

Fonte: GeoStudio, 2023.

Durante a simulação em períodos chuvoso, considerou-se uma linha


piezométrica a 55 metros, que se manteve constante acompanhando o perfil do
talude. Os fatores de segurança críticos encontrados foram de 1,09, como
evidenciado na Figura 13
Figura 13- Fator de segurança obtido pelo método de Bishop para um período chuvoso.

Fonte: GeoStudio, 2023.

Ao comparar os valores obtidos nas análises analíticas e computacionais,


observamos que os fatores de segurança calculados pelo método de Bishop (1955)
no período chuvoso houve uma redução de 53% no FS, algo esperado tendo em
vista que o solo durante o período parcialmente saturado devido há dias chuvosos,
leva-se em consideração a frente de saturação, que resulta em um aumento do peso
específico nos primeiros metros de profundidade do solo. Isso cria uma sobrecarga e
pode gerar maior instabilidade no talude, dessa forma o seu peso específico
aumenta devido ao preenchimento dos vazios pela água, assim como o nível d’água
aumenta, podendo elevar a poro pressão nas bases das fatias, ocasionando esse
menor FS.

7 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

A partir dos insuficientes fatores de segurança obtidos por meio das


ferramentas disponíveis no GeoSlope (SLOPE/W), em que se possibilitou utilizar os
métodos de Fellenius e de Bishop simplificado, tem-se a necessidade de buscar
soluções, com viabilidade técnica e econômica, para garantir a segurança do talude.
Dessa forma, dada a premissa de intervir tanto na situação em que é possível alterar
a superfície do talude quanto na condição em que é inviável a sua modificação,
optou-se por implementar dois processos para cada caso: retaludamento e
construção de muro de arrumo.

7.1 RETALUDAMENTO

A técnica do retaludamento consiste na execução de cortes na região superior


do talude, acompanhada de aterros compactados na sua base, de forma a diminuir o
ângulo de inclinação crítica do talude e, assim, aliviar a carga atuante. Além disso, o
processo deve incorporar medidas de drenagem e de cobertura vegetal da superfície
da encosta, o que é justificado, segundo Dyminski (2005), pela redução da infiltração
de água no solo e pelo controle do escoamento superficial, o que minimiza os efeitos
destrutivos da erosão para o talude.
Conforme destaca Jardim (2017), o retaludamento demanda uma execução
simples e de baixo custo, pois se trata de uma intervenção não estrutural, o que
evita maiores gastos com material e com mão de obra qualificada. Portanto, tendo
em vista as atribuições deste método, sua aplicação é ideal para elevar o fator de
segurança determinado previamente.
Dessa forma, como o retaludamento trata-se apenas de uma modificação
mecânica do relevo original, sem interferir em parâmetros como ângulo de atrito,
coesão e peso específico do solo, foi realizada uma nova modelagem no software
GeoSlope com a mesma entrada de dados do processo feito anteriormente. A Figura
14 a seguir elucida as alterações geométricas do talude, bem como a obtenção de
um novo fator de segurança.
Figura 14 - Proposta geométrica de retaludamento

Fonte: Autores, 2023.

De forma conjunta à adequação geométrica da encosta, na qual a inclinação do


talude passou a ser de 1:2, propõe-se a construção intercalada de quatro estruturas
de drenagem e a inserção de vegetação rasteira no restante da superfície, a
exemplo de gramíneas, o que possibilita controlar o escoamento das águas pluviais,
reduzindo o processo de erosão e o nível d`água em momentos de cheia de chega à
cota 55m.
Utilizando o método de Fellenius, constatou-se que a nova modelagem permitiu
que o fator de Segurança passasse de 0,99 para 1,55, um aumento percentual de
56,5%. Já pela metodologia de Bishop Simplificado, obteve-se um coeficiente que
passou de 1,09 para 1,80, representação um acréscimo de 65,1 %, demonstrando a
eficácia dessa proposta de intervenção. Os resultados são reflexos, sobretudo, da
efetividade do sistema de drenagem, que possibilitou o rebaixamento do lençol
freático a montante do talude.

7.2 MURO DE ARRIMO

De acordo com Gerscovich et al. (2016), os muros de contenção são estruturas


de parede vertical, ou próximas disso, que se apoiam em uma fundação rasa ou
profunda, podendo ser classificados como muros de contenção por gravidade ou por
flexão.
Em resumo, os muros de flexão são estruturas mais esbeltas que muitas vezes
apresentam uma forma em "L", onde o próprio peso do maciço contribui para sua
estabilidade. Por outro lado, os muros por gravidade são construídos de modo que
seu próprio peso seja capaz de resistir ao empuxo horizontal.
Nesse contexto, como solução para estabilizar o talude durante os períodos
chuvosos, tendo em vista a impossibilidade de modificação da inclinação do talude,
a escolha recai sobre a construção de um muro de chegada por gravidade. Esse tipo
de muro é projetado de forma a resistir às forças que ameaçam a penetração e o
escorregamento do maciço, garantindo assim a segurança e a estabilidade da
encosta.
Com o intuito de apenas verificar o fator de segurança, adotou-se, de forma
arbitrária, um muro de arrimo com um formato trapezoidal com uma pequena
extensão em “L”, o que não o caracteriza como muro de arrimo por flexão. Além
disso, e não menos importante, implantou-se um sistema de drenagem no muro
composto por canaletas e tubos de PVC, também conhecidos como barbacã,
conforme a Figura 15.

Figura 15 - Detalhamento do sistema de drenagem no muro de arrimo

Fonte: Autores, 2023.

Esse sistema de drenagem foi projetado com o objetivo de eliminar a água


acumulada no montante do muro, reduzindo assim as pressões exercidas pela água
e reduzindo o nível piezométrico.
Outro fator importante é que o muro foi implantado no “pé” da encosta, local
onde acorre boa parte da superfície de ruptura, como já foi explanado. Além disso,
foi preciso modificar a topografia do trecho a jusante do muro, buscando a eficiência
do sistema de drenagem, conforme apresenta a Figura 16Erro! Fonte de referência
não encontrada..

Figura 16 - Detalhe da superfície do talude com o muro de arrimo.

Fonte: Autores, 2023.

Diante desse cenário, realizou-se uma simulação da estabilidade do talude pelo


método de Fellenius e Bishop simplificado, encontrando, respectivamente, 1,51 e
1,69 como fator de segurança. Esses valores excedem o valor mínimo a favor da
segurança contra deslizamento exigido pela norma, corroborando assim com a
solução implantada.
Por fim, faz-se necessário em um trabalho futuro analisar a estabilidade global
do muro de arrimo e dimensioná-lo com base nesses parâmetros, garantindo assim
uma maior segurança e economia na construção do muro para o cliente.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise de estabilidade de taludes é uma etapa fundamental em projetos


geotécnicos de engenharia civil. Através dessa análise, foi possível identificar riscos
potenciais, garantir a segurança de pessoas e propriedades, bem como desenvolver
soluções eficazes para prevenir instabilidades.
Nesse sentido, o auxílio de ferramentas computacionais para análises e
estudos geotécnicos mostrou-se bastante eficaz, uma vez que acelera o processo
de obtenção de resultados, os quais foram detalhados de uma forma mais precisa.
Nesse caso, foi possível aplicar as metodologias de Fellenius e Bishop simplificado,
com o auxílio do Geostudio para o entendimento do comportamento do talude em
meio a condições temporais diferentes.
No período de seca, o maciço se mostrou estável, apresentando um fator de
segurança superior ao mínimo exigido pela norma, em ambas as metodologias. Por
outro lado, em um período chuvoso, o maciço apresentou-se instável, correndo risco
de ocorrer deslizamento. Dessa forma, foi necessário pensar em soluções capazes
de sanar esse problema.
Para solução desse problema de instabilidade, as duas soluções propostas
aumentaram o fator de segurança, fazendo com que ele atingisse o valor mínimo
sugerido pela norma, garantindo, assim, a segurança da população que usufrui
daquele local. Por fim, recomenda-se, em trabalhos futuros, um estudo mais
detalhado das intervenções sugeridas visando a economia de recursos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 11682:2009 - Projeto


Geotécnico - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
ABNT. NBR 9604:2016 - Fundações - Ensaios de carga estática - Procedimento.
Rio de Janeiro: ABNT, 2016.
DUTRA, V. A. de S. Projeto de estabilização de taludes e estruturas de
contenção englobando dimensionamento geotécnico e estrutural. Monografia.
2013. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2013. 89f.
DYMINSKI, A. S. Noções de Estabilidade de Taludes e Contenções. 2005. 28 f.
Notas de Aulas – Departamento de Engenharia da Universidade Federal do Paraná,
Paraná 2005
FERNANDES, M. M. Mecânica dos Solos: Introdução à Engenharia Geotécnica.
1ª edição, Porto, FEUP edições, 2011.
GERSCOVICH, D. M. S. Apostila Estabilidade de Taludes. Faculdade de
Engenharia/UERJ. Departamento de Estruturas e Fundações. Rio de Janeiro, 2009.
GERSCOVICH, Denise; DANZIGER, Bernadete Ragoni; SARAMAGO, Robson.
Contenções: teoria e aplicações em obras. São Paulo: Oficina de Textos, 2016.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Censo demográfico e
contagem da população. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/barbalha/panorama. Acesso em: outubro de
2023.
IPECE (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará). Perfil básico
municipal, 2011. Secretaria de Governo e Gestão, Governo do Estado do Ceará.
Disponível em: https://www.ipece.ce.gov.br/wp-
content/uploads/sites/45/2018/09/Barbalha_2011.pdf. Acesso em: outubro de 2023.
OLIVEIRA, V. S. Análise de estabilidade bi e tridimensional de taludes
estabilizados em solo grampeado. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) -
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2006.
Silva, F. M. A. Zoneamento de áreas de risco geomorfológico no município de
Barbalha-CE. (Dissertação de Mestrado) Universidade Federal do Cariri - UFCA,
Juazeiro do Norte, 2017.
TONUS, B. P. A. Estabilidade de taludes: avaliação dos métodos de equilíbrio
limite aplicados a uma encosta coluvionar e residual da serra do mar
paranaense. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Paraná. Curitiba,
2009.
JARDIM, L.S.O.V. Estabilidade de taludes em encostas. Monografia de Projeto
Final, Publicação G.PF-001/90, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,
Universidade de Brasília, Brasília, DF, 67 p, 2007.
ANEXO

1 - LOCALIZAÇÃO: Rua Dez, 236, margem da CE-293 Data da vistoria: 05/10/2023

1.1 - Ponto de referência: Engenho Tupinambá

2 - Coordenadas UTM: 465737.63 m E 9191694.82 m S


3 - SOLICITANTE: Prefeitura do município de Barbalha-CE.

4 - TIPO DE SITUAÇÃO:

5 - ASPECTOS LOCAIS
5.1 - Tipo da ocupação / densidade 5.2- Tipo da vegetação/condições
Favela Arbórea
Área urbana estruturada Alta Arbustiva Alta
Área não ocupada Média Rasteira Média
Estrada Baixa Nenhuma Esparsa

Outras:

5.3 - Drenagem / condições 5.4 - Relevo / perfil de encosta


Natural Satisfatória Escarpado
Construída Insuficiente Montanhoso Côncavo
Inexistente Obstruída Ondulado Convexo
Danificada Suave Retilíneo
6 - CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAS
6.1 - Local vistoriado: 6.2 - Geometria (ver croqui)

Altura (m): 30 m
Largura (m): A definir
Inclinação (°): 32,47%

6.3-Obras de contenção existente

6.4 - Condições de saturação: 6.5 - Natureza do material


7 - CARACTERISTICAS DA SITUAÇÃO
7.1 - Movimento ocorrido 7.2 - Possibilidade de movimento
7.2.1 - Grau de risco

Data e hora:
Volume estimado (m³):
Pluviometria (últimas 48h):
7.1.1 - Consequências: 7.2.2 - Número de elementos em risco

(n°___________)
(n°___________)

7.3 - Tipologia do movimento / Características 7.4 - Superfície de deslizamento

8- NECESSIDADE DE PROVIDÊNCIAS URGENTES

monitoramento da encosta e estabilidade do talude de corte.

A encosta conta com várias incidências de fissuras e escorregamentos do solo em cunha próximo a uma rodovia
e a residências unifamiliares, indicando uma intervenção geotécnica.

9.1 - Nome: Allex Pablo; Devid Iwre; Rômulo Januário.


9 - Responsável pela
9.2 - CREA: 2020009910; 2020010358; 2020011355.
vistoria:
9.3 - Instituição: Universidade Federal do Cariri - UFCA
10-Local e data deste relatório:
Juazeiro do Norte / Ceará, 08 de outubro 2023.
11- ANEXOS

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