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Processos modificadores da

composição
p de magmas
g

POR: DAVIS CARVALHO DE OLIVEIRA E JOSÉ DE ARIMATÉIA COSTA DE ALMEIDA
Alojamento do magma
em câmaras magmáticas

Ascenção do magma
por falhas ou fraturas
Formação de 
Formação de
Câmaras
Câmaras 
Instabilidade gravitacional
do Magma com o meio
do Magma com o meio
Magmáticas

Fusão parcial
EVOLUÇÃO DE MAGMAS

Porque existem rochas ígneas


quimicamente diversas?
diversas?
Os magmas permanecem homogêneos até 
a sua cristalização?
a sua cristalização?
¾Dificilmente, pois durante a evolução dos
magmas ocorre a atuação de processos que
modificam
difi a sua composiçãoi ã inicial,
i i i l tais
t i
processos
p são denominados de
DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA
MAGMÁTICA..
Portanto diferenciação magmática é o
processo pelo qual um líquido magmático
inicial pode originar um conjunto de rochas
de composições distintas
distintas;;
Quais são os principais processos
responsáveis
á i pela l diversidade
di id d de
d
rochas ígneas
ígneas.
¾Fusão 
Fusão parcial
Fusão parcial
¾Cristalização fracionada;
Cristalização fracionada;
¾ Mistura de magmas;
Mi t d
¾ Assimilação;
i il ã
HIBRIDIZAÇÃO
¾Contaminação; 
1 – Fusão Parcial
¾ Os intervalos de fusão dos minerais de uma rocha são
variáveis,, p
portanto q
quando há uma mudança
ç nas
condições físicas do sistema, aqueles minerais cuja
t
temperatura
t d solidus
do lid é relativamente
l ti t baixa
b i tenderão
t d ã á
fundir-se e originar líquidos, no entanto outros mais
refratários permanecerão no estado sólido. Portanto, a
fusão parcial é um processo que leva a formação de uma
fase líquida (magma), de uma fase sólida (resíduo) e uma
fase gasosa, em reposta às novas condições de pressão,
temperatura e conteúdo de água e/ou voláteis impostas à
rocha pré-existente. Processo Endotérmico!!
1 – Fusão Parcial
Conceitos fundamentais sobre os líquidos iniciais originados pela
fusão de uma rocha:

9 líquidos primitivos - são líquidos que se originaram


diretamente da fusão de uma rocha p pré-existente e q
que não
foram submetidos a nenhum processo de diferenciação
magmática, portanto os líquidos primitivos representam a
composição original do magma. Os líquidos primitivos são
raros porém considera-se os leucossomas dos migmatitos
raros,
exemplo de líquido primitivos;

9líquidos parental:
parental É um líquido que representa a composição
mais próxima do líquido primitivo. Os líquidos parentais
representam os líquidos menos evoluídos numa suíte de
rochas.
ANATEXIA: Processo de fusão PARCIAL de rochas pré-existentes
2 ‐ Cristalização fracionada
9 Cristais
Cristais formados precocemente a partir de um magma (série de cristalização de 
formados precocemente a partir de um magma (série
série
série de cristalização de 
de cristalização de
Bowen) podem ser removidos do líquido, modificando a composição do magma 
Bowen
residual;

Série de Reações de Bowen

Processo exotérmico!!!
2 ‐ Cristalização fracionada
L4 RIOLITO
CRISTALIZA E SEPARA HORNBLENDA +
PLAGIOCLÁSIO SÓDICO (OLIGOCLÁSIO)
PLAGIOCLÁSIO SÓDICO (OLIGOCLÁSIO)

L3 DACITO
CRISTALIZA E SEPARA CLINOPIROXÊNIO +
PLAGIOCLÁSIO CÁLCICO (ANDESITA)

L2 ANDESITO

CRISTALIZA E SEPARA OLIVINA

L1 BASALTO
FUSÃO PARCIAL DO MANTO PERIDOTÍTICO (ROCHA ULTRAMÁFICA)

O basalto, andesito, dacito
O basalto andesito dacito e riolito são nesse caso comagmáticos
e riolito são nesse caso  comagmáticos,, ou seja, derivados de um 
ou seja derivados de um
único magma inicial e formam uma série magmática (cálcico‐alcalina).
2 ‐ Cristalização fracionada
ç
¾Rochas comagmáticas
g = São rochas
composicionamente distintas, em que seus magmas
foram originados através de cristalização fracionada
de um magma inicial (parental ou primitivo)
¾ Rochas cogenéticas
éi = S
São rochas
h
composicionamente distintas, em que seus magmas
inciais foram gerados de uma mesma fonte.

Todas rochas comagmáticas são obrigatoriamente


cogenéticas , porém nem todas as rochas cogenéticas são
comagmáticas!!!!
comagmáticas
Cristalização – processo de formação de
cristais a partir de uma magma.

Ti

Os minerais
O i i das
d rochas
h í
ígneas Zr
Al Bt
não se formam simultaneamente e
sim
i numa sucessão ã bem
b d fi id
definida,
denominada de seqüência ou 0,3 mm

ordem
d de d cristalização.
i t li ã
Fk

Fk
Pl1

1 mm
Fatores que determinam a seqüência de
cristalização
Tetraedros Si-O

Molécula que é a base da formação dos minerais silicáticos

(SiO4)4-

O2-
Si4+

O2- O2- O2-


Fatores que determinam a seqüência de cristalização
¾ A polimerização é uma reação em que as moléculas menores (monómeros) se
combinam quimicamente (por valências principais) para formar moléculas longas, mais
ou menos ramificadas com a mesma composição.
Tetraedros em Folha Estruturas tridimensionais
Cadeias duplas
Cadeias simples
Tetraedros Isolados

⇒ ⇒ ⇒ ⇒

[SiO4]4-
4

Nesossilicatos
[Si2O6]4- [Si4O11]6-
Ex = Olivinas Inossilicatos Inossilicatos
Ex = Piroxênio Ex = Anfibólio (Si2O5)2- (SiO2)0
Filossilicatos Tectossilicatos
Ex = Micas Ex: quartzo, feldspatos,
f ld
feldspatóides.
feldspatóides
tóid .
- Grau de polimerização +
Classificação dos Silicatos
Classificação dos Silicatos
Os silicatos são classificados com base na polimerização Si‐
Os silicatos são classificados com base na polimerização Si
Os silicatos são classificados com base na polimerização Si‐O

GP
1) Nesossilicatos ⇒ tetraedros isolados; −
2) Sorossilicatos ⇒ tetraedros duplos;
tetraedros duplos;
3) Ciclossilicatos ⇒ tetraedros em anéis;
4) Inossilicatos ⇒ tetraedros em cadeias;
5)) Filossilicatos ⇒ tetraedros em folhas;
f
6) Tectossilicatos ⇒ estrutura tridimensional +
Coeficiente de partição (Kd)
C
Concentração
ã do
d elemento
l no sólido
ólid (mineral)
( i l)
Kds/l =
Concentração do elemento no líquido (magma)
Kd > 1 elementos compatíveis com o sólido (Mg,
(Mg Fe,
Fe Ca,
Ca P,
P Ti,
Ti Ni,
Ni Sr,
Sr Zr)
Kd < 1 elementos incompatíveis com o sólido (Na, K, Rb, Ba, U)

¾ A H2O, Fe, Mg, Ca, P, Ti são agentes despolimerizadores , ou seja, quebram as


estruturas cristalinas originando estruturas mais simples tais como anéis e cadeias –
Influência direta na viscosidade do magma
9Magmas riolíticos empobrecidos em H2O (polimerizados) são mais viscosos do que
aqueles ricos em H2O (despolimerizados) - Influência da Água

9Magmas riolíticos (mais ricos em tetraedros de SiO4, mais polimerizados) são mais
viscosos do que magmas basálticos (mais pobtre em tetraedros de SiO4, menos
polimerizados)

Os primeiros silicatos que se formam na seqüencia de cristalização terão estrutura com baixo
grau de polimerização dos tetraedros de SiO4 neutralizados por cátions metálicos compatíveis
(olivina, piroxênios). Os silicatos tardios na cristalização mostram alto grau de polimerização
dos tetraedros de SiO4 e (Al,Si)O4 neutralizados por cátions metálicos incompatíveis (micas,
feldspatos).
Fatores que determinam a seqüência de cristalização:
¾ A polimerização é uma reação em que as moléculas menores (monómeros) se
combinam quimicamente (por valências principais) para formar moléculas longas, mais
ou menos ramificadas com a mesma composição.
Tetraedros em Folha Estruturas tridimensionais
Cadeias duplas
Cadeias simples
Tetraedros Isolados

⇒ ⇒ ⇒ ⇒

[SiO4]4-
4

Nesossilicatos
[Si2O6]4- [Si4O11]6-
Ex = Olivinas Inossilicatos Inossilicatos
Ex = Piroxênio Ex = Anfibólio (Si2O5)2- (SiO2)0
Filossilicatos Tectossilicatos
Ex = Micas Ex: quartzo, feldspatos,
f ld
feldspatóides.
feldspatóides
tóid .
- Grau de polimerização +
Metais compatíveis (Mg, Metais incompatíveis
Fe,, Ca,
Fe Ca, Ti, P, Cr, Ni)
Ni) (Mg, Fe,
Fe, Ca,
Ca, Ti, P, Cr, Ni)
Ni)
Mecanismo de segregação de cristais
Decantação e Flutuação de cristais

• Controlados pelas diferenças de densidades entre os


cristais e o líquido que os contém;

• Cristais de densidade superior migrarão para a base da


câmara magmática;

• Aqueles de densidade inferior farão o caminho inverso


para o topo;
p p

9 A pressão influencia fortemente na densidade dos magmas, 
por exemplo, cristais de plagioclásios em magmas basálticos 
l i t i d l i lá i b álti
ou andesíticos sob baixas pressões tendem a afundar, já em 
altas condições de pressão flutuam. 
Mecanismo de segregação de cristais
Zoneamento interno
Langmuir Model
Langmuir Model
z Thermal gradient at wall 
and cap 
and cap →
d → variation in % 
i i i %
crystallized
z Compositional convection 
→ evolved magmas from 
boundary layer to cap (or 
mix into interior)
Plutons zonados concentricamente
Plúton Redenção Plúton Bannach
Mecanismo de segregação de cristais
Filtragem por compressão
• Ocorre quando a câmara magmática é submetida a esforços compressivos
Os primeiros cristais formados nem sempre ficam em contato com o magma, como
é assumido pelas reações de Bowen. Em (a) o mineral assenta no fundo da câmara
magmática; (b) os minerais tornam
tornam-se
se afixados nas paredes e teto da câmara
magmática; ou (c) os cristais são retidos ou filtrados quando o magma escapa por
fraturas muito estreitas da rocha encaixante.
Mistura de magmas
Mistura de magmas
¾ Magma Mixing – Quando dois magmas (M1 e M2) de 
composições diferentes (M1 ≠ M2) podem misturar‐se 
formando um terceiro magma (M3) de composição 
diferente de M1 e M2;

¾ Magma Mingling 
Magma Mingling ‐ Quando os magmas iniciais M1 e M2 
Quando os magmas iniciais M1 e M2
ainda preservam parcialmente suas identidades, 
ocorrendo essencialmente interação mecânica entre eles,
ocorrendo essencialmente interação mecânica entre eles, 
sem mistura pervasiva dos mesmos, o processo é 
denominado magma mingling. Nesse caso, os produtos
denominado magma mingling. Nesse caso, os produtos 
dos magmas originais ainda são reconhecíveis, embora 
possam ocorrer diferentes graus de interação entre eles,
possam ocorrer diferentes graus de interação entre eles, 
sendo comum a ocorrência associada de rochas híbridas. 
Mistura de magmas

Cristais de 
feldspatos pingados 
em enclave máfico
em enclave máfico 
arredondado!! 

Magma 
Mi li !!!
Mingling!!!
Granitóide híbrido densamente porfirítico Granitóide híbrido esparsamente porfirítico
Megacristais
M it i d
de f ld t
feldspato potássico
tá i d
do
granitóide híbrido densamente porfirítico do
granitóide híbrido esparsamente porfirítico.
Fragmentos da
F d rocha
h encaixante
i no Enclave
E l máfico
áfi no hornblenda-biotita
h bl d bi i
granitóide híbrido densamente granito porfirítico.
porfirítico.
Hibridização
¾ O magma pode interagir com as rochas 
encaixantes e modificar sua composição 
i t difi i ã
original;

¾O processo de Hibridização pode ser de 
¾O processo de Hibridização pode ser de
dois tipos; 
p ;
¾Assimilação;
¾Contaminação
Assimilação
¾Quando fragmentos das encaixantes são totalmente dissolvidos no magma, 
¾Quando fragmentos das encaixantes são totalmente dissolvidos no magma,
tornando‐se parte dele e modificando a composição do magma original.

9Interação com
encaixantes frias
(xenólitos);
9Modificação da
comp. do
d magma;
9Eventual fusão
das encaixantes;

Contaminação
¾ Quando o magma incorporar parte da crosta, sem fundir totalmente o fragmento 
Quando o magma incorporar parte da crosta sem fundir totalmente o fragmento
crustal, pode‐se dizer que o processo atuante foi de contaminação crustal. Esses 
últimos são claramente perceptíveis a olho nu (xenocristais e xenólitos).
CONTAMINAÇÃO

GRANITO BANNACH (ALMEIDA 2005)
Xenólito de rochas derivadas do manto superior (peridotitos) em
basaltos - Arizona
Estes fragmentos de rocha foram transportados até a superfície da terra
a partir de uma profundidade de 50-60 km.
km
Xenólito de uma rocha crustal proterozóica (charnokito) em um dique
d rocha
de h ultramáfica
l fi alcalina
l li (Russia)
( i )
Xenólito de uma rocha sedimentar metamorfisada (hornfels) e uma
rocha ígnea alcalina em nefelina sienito (Québec, Canadá). Notar as
bordas de reação entorno de alguns dos xenólitos
xenólitos.
Quais critérios são utilizados
para analisar se a evolução
magmática
g de rochas de uma
determinada região se deu por
cristalização fracionada?
Tendências de Evolução Magmática
A evolução magmática é caracterizada pelas seguintes tendências de variações
mineralógicas e químicas:
-Aumento da acidez da rocha;
- Aumento da acidez do plagioclásio;
- Aumento da relação Fe:Mg;
- Aumento do teor de álcalis;
-Aumento
A mento da razão
ra ão Al2O3 : (CaO + NaO + K2O);
- Aumento da polimerização do magma;
- Aumento da hidratação do magma.

1 - Aumento da acidez da rocha


- aumento do teor de SiO2

Cada mineral que cristaliza de uma magma é mais pobre em sílica


qque o teor médio de sílica do líquido
q magmático
g do qqual é formado.
2 - Aumento da acidez do plagioclásio

Substituição de íons de Ca++ por Na+


3 - Aumento da razão Fe/Mg

Aumento do teor de Fe com a Evolução Magmática

i ã ‐ Diagrama AFM
Diagramas de variação 
i d Di AFM
Diagrama de variação triangulares são utilizados quando é
necessário mostrar simultaneamente mudanças nas três
variáveis. Exemplos de diagramas triangulares tem‐se o
diagrama AFM (A = Álcalis Na2O + K2O, F = óxidos de Fe
(FeO + Fe2O3), M = MgO .

Série Cálcio Alcalina / Toleítica

Rochas Magmáticas ‐ Pg. 157 ‐ 159


4 - Aumento do índice de coloração

Cristalização
ç Precoce de Minerais Máficos e Tardia de Félsicos
5 - Aumento do teor de álcalis

Enriquecimento em Elementos Incompatíveis


6 - Aumento da razão Al2O3 : (CaO + NaO + K2O)

Composições mais Aluminosas com a Evolução Magmática


7 - Aumento da polimerizaçào do magma
Aumento da
A d complexidade
l id d da
d Estrutura
E C i li com o Aumento
Cristalina A d
da
Acidez da Rocha e a Queda da Temperatura
8 - Aumento
A t dda hid
hidratação
t ã d do magma
Aumento do Conteúdo de H2O com o Progressão da Cristalização
Modelos de Evolução Magmática

B = basalto,
basalto BA = andesito basalto
basalto, A = andesito,
andesito D = dacito,
dacito
RD = rio-dacito, R = riolito. Dados de Ragland (1989)
Cristalização Fracionada
Basaltos são geralmente reconhecidos como rochas vulcânicas máficas
de granulometria fina ou vítrea que são essencialmente compostas
pelos minerais plagioclásio (normalmente a espécie labradorita), um
ou mais piroxênios, olivina (que pode estar ou não presente) e óxidos
de Fe-Ti. Geoquimicamente, os basaltos possuem baixos conteúdos de
SiO2 (45-52%), Na2O e K2O e conteúdos elevados de MgO, FeO e
CaO O equivalente intrusivo em profundidade do basalto é
CaO.
denominado de gabro, enquanto que o equivalente intrusivo hipabissal
((em ppequena
q pprofundidade,, pprincipalmente
p na forma de diques
q e sills))
recebe o nome de diabásio.
Andesitos são rochas vulcânicas que possuem uma composição
mineralógica a base de plagioclásio (andesina), orto e
clinopiroxênios, hornblenda, olivina (em pequena quantidade) e
óxidos de Fe-Ti. Os andesitos possuem conteúdos de SiO2
intermediários entre basaltos e dacitos. Tendem a possuir conteúdos
relativamente elevados de Al2O3 e moderados de Na2O + K2O. O O
equivalente intrusivo dos andesitos é chamado de diorito.
Dacitos são rochas vulcânicas félsicas com composição mineralógica
formada por plagioclásio (varia entre andesina-oligoclásio),
andesina-oligoclásio)
feldspato alcalino (sanidina), quartzo, clinopiroxênios,
hornblenda,, biotita,, óxidos de Fe-Ti e esfeno. Geoquimicamente,
q ,
os dacitos apresentam um conteúdo de SiO2 em torno de 65-66% e
normalmente são enriquecidos em Fe total, MgO, CaO e TiO2. O
equivalente
i l i
intrusivo
i dos
d dacitos
d i é denominado
d i d ded granodiorito
di i ou
tonalito.

Riolitos são rochas vulcânicas félsicas que tipicamente contém


minerais do tipo feldspato alcalino (sanidina),
(sanidina) quartzo,
quartzo
plagioclásio (albita-oligoclásio), biotitas, anfibólios, óxidos de
Fe-Ti e esfeno. Q
Quimicamente,, os riolitos são enriquecidos
q em SiO2
(em torno de 72-75%), Na2O e K2O e conteúdos baixos de MgO,
FeO e CaO. O equivalente intrusivo de granulometria grossa dos
riolitos
i li é chamado
h d de
d granito.
i
EVOLUÇÃO MAGMÁTICA – Modificação gradual em termos composicionais
durante o avanço da cristalização magmática - coexistência entre a fração ainda
líquida do magma com os cristais já formados.
formados
Os minerais que se formam neste processo nunca têm uma composição idêntica à
do líquido
q magmático
g appartir do q
qual cristalizam.

CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA - Processo pelo qual um magma uniforme original pode


produzir rochas de variada composição. Este processo só ocorre porque diferentes minerais
cristalizam-se
i t li em diferentes
dif t temperaturas.
t t D
Durante
t a cristalização,
i t li ã composição i ã do
d magma muda d à
medida que ele vai se empobrecendo nos elementos químicos retirados para formar os minerais que
já cristalizaram. Inversamente, os primeiros minerais que se cristalizam são aqueles que se fundem
por último,
último empobrecendo o líquido inicialmente gerado em certos elementos químicos.
químicos

1 -Seqüência de Cristalização
Magma – fusão parcial de porções do interior
da Terra por uma combinação dos seguintes
fatores:
Figura 1 8 1 Pg 167
Figura 1.8.1 Pg. 167
- Aumento da temperatura;
- diminuição da pressão;
- aumento da PH2O, que baixa drasticamente
o ponto de fusão de uma rocha pré-existente.
Principal fator que determina a seqüência de cristalização:
Coeficiente de distribuição (Kd) dos cátions metálicos que neutralizam as valências
negativas das estruturas dos minerais silicáticos formados por tetraedros de SiO4 e
(Al,Si)O4 (Fig. 1.2.4, Pg 40.)
Ortossilicatos (SiO4)-4 Olivina [(Mg, Fe)2SiO4],

Inossilicatos (Si2O6)-4 Piroxênios: Enstatita [Mg2 (Si2O6)]

Concentração do elemento no sólido (mineral)


Kds/l =
C
Concentração
t ã do d elemento
l t no líquido
lí id (magma)
( )

Kd > 1 elementos compatíveis (Mg, Fe, Ca, P, Ti, Ni, Sr, Zr)
Kd < 1 elementos incompatíveis (Na, K, Rb, Ba, U)

Os primeiros silicatos que se formam na seqüencia de cristalização terão estrutura


com baixo grau de polimerização dos tetraedros de SiO4 neutralizados por cátions
metálicos compatíveis (olivina, piroxênios). A cristalização terminará com a
formação de silicatos com esturutra com alto grau de polimerização dos tetraedros
de SiO4 e (Al,Si)O4 neutralizados por cátions metálicos incompatíveis (micas,
feldspatos).
1 –Séries de Reação
ç
Uma vez iniciada a cristalização de um mineral, sua formação só acabará sob três
condições:
- Resfriamento rápido do magma (rochas vulcânicas);
- Exaustão do líquido magmático (cristalização total), p.ex. rochas plutônicas;
- Estágio de desequilíbrio entre o sólido (mineral) e o líquido magmático
coexistente, levando à uma reação entre ambos com a formação de um novo
mineral, que continuará a cristalizar até que se repitam tais condições.

Série de Reação: sucessivos desequilíbrios entre minerais já formados e o líquido


coexistente com o avanço da cristalização – formação de novos minerais (reação líquido +
mineral).
mineral)
Ordem ou Seqüência de Cristalização: surgimento e desaparecimento de sucessivos
minerais numa definida ordem e seqüência.
Contínua – Plagioclásio (solução sólida entre albita (NaAlSi3O8) e
anortita (CaAl2Si2O8). Sucessivos desequilíbrios entre o plagioclásio e o
líquido coexistente são eliminados pela substituição contínua de Ca+2 e
Al+3 por Na+1 e Si+4 . O plagioclásio vai se tornando sucessivamente
mais sódico e ácido (silicoso) e menos aluminoso);
Descontínua
í – Minerais
i i fêmicos
fê i ( áfi ) Cada
(máficos). C d novo mineral
i l formado
f d
pela reação entre um mineral preexistente e o líquido coexistente, terá
composição e estrutura distintas do mineral anteriormente formado.
C
Como na reação
ã contínua,
tí cada
d nova composição
i ã seráá progressivamente
i t
Séries de Reações mais rica em elementos incompatíveis e cada novo mineral terá uma
estrutura silicática cada vez mais polimerizada. A série de reaçào
descontínua é dada pela cristalização sucessiva de olivinas,
olivinas piroxênios,
piroxênios
anfibólios e micas;
Série Residual – K-Feldspato, Muscovita e Quartzo. Não apresentam
entre si relações de reação e são os últimos minerais a serem formados
durante a cristalização magmática. P. Ex. O quartzo só se forma em
rochas supersaturadas e representa a cristalização do excesso de sílica
quando todos os cátions metálicos do magma já foram integrados em
minerais saturados anteriormente formados.

Soluções Hidrotermais – Originam zeólitas e minerais hidrotermais


tardios. Estes cristalizam em pegmatitos e veios hidrotermais (fraturas
e/ou cavidades)
Relações Temporais entre as Séries Contínua, Descontínua e Residual

Classificação de rochas Ígneas: paragênese entre determinados minerais siálicos e


fêmicos que caracterizam distintos estágios evolutivos das séries de reação.
Anf

Cpx
Op Cpx Anf

Bt

0,5 mm 1 mm

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