Você está na página 1de 147

Centro de Estudos Geológic~s - Cegeo

GEOLOGIA - · RIO CLARO

PETROCiÊNESE · DAS
. '
ROCHAS MACiMÁTICAS

Prot. Dr. EBERHAD WERNICK

{
Direitos Autorais reservados. Proibida reprodl!ção, total ou
- _parcial, sem expressa aótorização.
I

Página

' ....·- l •
1..\.
O Meg~a oooooo••••~•oooo•~•••••••:eoo•••••&~••••o~oo
A Nat~reza do Magma o•••eoo•o••••••••ooooo•o••oo••••
t
1.
1.2. Viscosidade do Magma ooo••••o••••! ~ •o~••o•••••o•••o~ 2
l-.·2.1. Influênci a da Temp~ratura ••o•ooo•o•••••oo•••••o•••• 5
1-.~.'2 Influência da Composição ooooooo;oooooooo.oooo••••o<o 4
1..2. .. :5 Influência da Pressão ••••o••o••••••ooo ••••o•••••o• • 4
l.oZo4 Influência do Tipo de LiOac;ão Si-O . ~.o o~ o o·~· o ••• o ••• -4
l. 2 .. 5 A Influência dos Voli~eie ••••••••o••~••••: ........... . 6
1.2.6 Quadro Comparativo •••o••••a•••••••••• •••••••••••••• 5
·1.2.7 As Conae·q uêncies da Viscoeidade ·..................... . 6
lo?o'7.1 Modo de Ocorrência ............ o•••••••••ooo•••••••••• 6
1 .. 2.7.2 G~au de Cristalização o•••••·••~•••••••••••••••••••• 6
11>2.7.3 Segregação Magmática •••••••••••••••o•••••••••••••·• 7
1.3 Temperatura do Magma ••••••••••••••••••••••••••••••o 8
lo4 A fase Gasosa · do Mag_me • ••• : ••• : ••• .,.o ••••••,_, . . . . . .. .. 9
l.~ .l Generalidades ...................... , ••••••••••••••••• -.·9
1.4oZ frequência e Ocorrê·ncie da fase "Gasosa o • • • • • • • • • • o. lO
L4t.3 A Composiçio da fase Gasosa ••••··~··••••••••••••••• l.l
1 .. 4.4 A Solubilidade da Água do Magma ••••••••••••oo•••••• Ll
1..-4 .5 A Origem da Fase Gasisa ............................ . . 12
t ..... 6 feições GeolÓgicas Ligadas a Fase ~•sosa ........... . 14
1&4.6 .. L fracionamento Magmático •••••••o••••••ooooo•••••••"" i4
1 ..4.6.2. Abaixamento da Temperatura de · Crletalizaç~o ooo•o••• 14
1 o4 • 6o3 Mudanças na Marcha· da Crista-lizaÇão ......... o •• • •••• 15"
l.o4o6o4 Explosões Vulcân1cas ••• , ............... ~ ·· •o•• •••• o•• 15
1..4.6.5 Assimilações Magmáticad ••••••••••••••~ .... : ........ ,. 15
lo4o6o6 Jazidas Pneumatolftlcas ..................... , •••••• • •• v 16
l,. .. 4.6o7 Tamanho dos Cristais ••••• • ••••••••••••••••••••••••• 16
l,4o6.S PegmatitOS o ooo••Q••uooooooe•ooQooooooooo• ooo ~ooo•oo 16
l.o4o6o! Soluções Hidrotermais
. .·~·····~•••••••• •·~··· ••••"••• i7
1..4.6,10 Asce'Tlção do Magma •o•••••· ····••••••• .. ••••••.,•••••••• 20
z.. Sistemas Binários ~
2. .1 General idades ~ool.ooo~•uoo•oooGeoooood oooooooooeo~o
2.2 Regras da s Fases ; .......... ~~••••••••••••• ••• .. •••o••
%.3 Sistema com Ponto Eut~tico Simples •••••••••••••••••
2.4 8ariação do Ponto EutÂt~c o com a Pressão .......... .
2.~4 ,l· A Influência da P ~essão de Vapor d'Água ·~··•••••••4
2.4 ..2 ~ Inf~uência da Pressão seca o••••••••••••••••••••••
2,5 Sistemas Ainários corn Eutético Duplo ••••••c.••• •••••
2.ê Sistemas Binários com Ponto de Fusao Incongruente ••
~.6.l Conceito de Ponto de Fusão Composto d~ Congruente e
I n c o n g rue n ·te o ~.~ • "" c ~ y C) • • o o o , • • " • • • • • , " • o • • • • • o • • .. • • • •

O Sistema For~~erita- SÍlica •••••••o••••••••••c••<


nifarenciaçio do Sistema forsterita- SÍlica •••••••
SiRtemaR B1~~rioa com Componentes'·conatituindo Sol u-
r
-- ção S.Ó.l ida o • • .o c o ., . . . . . . o ~ o • o o ••••••• o •••• o o o • o o • ~ o ., 37
2.7.1. O SistAma 1\ll:.tlta- Annrtita ••••••••••••••"•·••••••• 37
2. .. ?.2 Fracionamento no Sistema Albita - Anortita ••• • ••.••• 39
2.-"J.-3 Plagioclási os Zonados ••••• ., •••••~................... . 39
2.. 8 Cbnclus5es finai s acerca dos Diagramas Binários .... . 40
Oiag~amaa Te r nário s'
ce ne r a 1 i d 8 de s ••• o • • o c • o o o " o ~ o o o e ii d ••• : • o .... o • Co " (. .; c o ~
Sistema s , Te r :-i'ários• Comp o stos p"Or
.
Si'stemas Binários do
T~po CutRticl.T Sítnples ... ........ \.•o•••••••o•••••• • • 4!5
II

Sistemas Ternários Contendo um Sistema Binár~o com


dois Eut~ticos •••••••••••·••••••••••••••··~····· ·· •< 45
Sistemas Ternários Contendo um Sistema Binário com
Composto Intermediário do Ponto de fusio Incongruante ~6
Sistemas Ternários com dois Componentes Constitu1ndo
Solução SÓlida •••• • •••••••••••••••o•o••••••~•••o•••• 4&
Diagramas Ternários Contendo Composto Intermediário
com Ponto de fusão Incongruente e Solução SÓlida •o•• 4g
As séries de nea9eo e Sues Ca~e~tar!stlcas ····o••••• 51
Generalidades ••••••e••••••••••••••••••••oo•o4oooooft• 5l
As Principais Caractar!sticae das S'ries de ~eaç~o o ~ SZ
.
Ralação entre Teor de 'S!lic:a doe Esqueletos de Silica
tos e sua Valencia •••·~••••••••••••••••••••··~··••o•
- 52
VariaÇão na Estrutura ·····~····~···••••••••••••••••• ~5
A Variação da Relação Si r O nos (squelet.os dos S!.li-

4•2c4
catos ·············································o•
Minerais Hidratados ••••••••••••••••••••••···~•••••••
53
54
4.2.5 Oe Minerais de Potássio ••~••••••••••••~••••••voo•••• 54
4.2.5 A Relação Si Al nos esqueletos dos Silicatos uOO<UO 54
4.2..7
4 .. 3
A Relação, (K-
. Na) : Al •••••••••••••••••••••
, •" ••••••
Car.acterl.st~cas de Ca·da Membro da Seria de Reaçao 03~
- S.

contínua ••o•••••························~···~•oooo~~ 55
As séries. de fteação e a Classiricação das Rochas • o. o 55
A Afinidade entre a SÍlica a os Elementos Qu!micos
Maio.ritá·rioe do r:tagma durante a Cl''istalização .. o.... 56
A Diversidade das Rochas Magmáticas ••• .•••••••• o • • • • " 58
Generalidades •••••••••••••o••~••••o•a•••~··••••· • •• • 66
fracionamento Magmático e suas Causaa •••••c • ••• ~ • ' • • 60
Separação ou Concentra~ão das f'r.açõea ·cristalinas Im.
cialments for'atadas •••••••oo••••••••••••"••o•••"•c•••
5.2..1. Separação por.- Graui.dacte ·'·· • .:.. ........ ~ ••••• o o • • o • • ., o • • , .
5.2..1.~ Correntes de Convexão , ................ ~ • • .,, .......... .
6 .. 2 ...1. 3 A~ão de dolhas •••••••••••••••••ooo•ooo•~•oo~•~oor•~ ~
5.2.1.4 Movimentação do
Magma •••••••••••••••o<>••••••v•••••••
Filtragem e Compress~a ·••••••••••••••••••••••••• • ···
5~2.1.5
6.2..2
- ,
Separaçao de fases flu1.das do Magma ••••o••••••••••u •
5.,2.2.1 Desenvolvimento da Fase Gasosa ••••••••o••••••••• • u• •
5.'2. 2. 2. Oesr:Jnvolvi nento da Fase Hidroterr1a 1 •., •. o • • • " • • o • • • • ,
5.2..2 ..~ lmisci bilidade Ma~~~tlca ·····•••••••••••••••••~·····
s.z.z.4 Enriquecimento EH.ferencial ••••••••••••• ·•••••••• • • " , • •
1.3 Mudanças na Marcha , de tri.stalização ~ •••••• ·•••• • •••• ,.
5.3.1 Impedimentp. de lieaçãO' ........................... P • • • • ,.
6.3.2 A Influ5ncia da Piessio ••••••••••••••• ·••••••• • ••••• •
6 .. .5 .. 3 Variação na Tensão d~ Ox.igênio ••••••••••••• , •· " ••••• ,
5.-4 Outras C:1usas · que LaVP.G e l)ivftrsidade d<1s HC'Ch<-~3 ,· a _;··
má ti c as· .............. .. . . . . . . . o • • • • • • • • • • • • o • , • ~ o • c • •
5.4.1 IW\iscit.'i lidada f'a~~.~ática .......................... , ••••..
5 •.4.2 Assimilação ••••••••••••••••••o•••··~···•••••••• o ••••
S.-1,3 ~etassomatose •••••••••4• • ••••••••••••••••••·••"·' • •. •
s.s fusão 1eletiva •••o•••••••••••••o••o••oo••o• • • u ~•••• "

~rov!nc.i.as r•etrográficas •••••••••••• ;, . . ......... " . . . . . .



6.t. Generalidades ••••••• " •••••.•••• • •••••••• o . . . . . . ~. • • • • • v..,
67
08
,,l.l n Cl assificaçio de Paacok ·•o•~•·••••••••••••· • ·· · · ·· i9
~.1 .. 2 :1 Clétssificução de lliCJcjl i - Ritr.á n , •• : •.•••••• . . .• . , 70
6.2. :~epresent.:ç~o d&..S l'rovfnc.i.as íietq:. qréficna •••• ,, , • •• ., 7o
6 .. 3 As Causas das Difere n ças entr~ ~rovfncias Orogin5c ~r
e nio-Oroginicae •••••••••••••••••·••••·••·········• • 11
III

6 : .4 As Principais Prcv!ncias P~trográficas •••••••••••••• 72


, .... 1 Prov!ncias Vulcânicas ••••••••••••••••••••••••••••••• 72
6. 4.1.1 ProvÍncias Oceânicas ••••••·••••••••••••••••••••••••• 72
6. 4.1.2 Províncias de fransiçiQ •••••••••••••••••••••• • •••••• 73
6.4.l.:S Prov!neias Continentais Não Orogênicas •••••••••••••• 73
6.4."1.3.1 A Associação Olivina Bas~lto Traquito- Fonolito~ •• 73
6.-4.1.5.2 A Associa-;ã(l !..eucita 13asaltc - Traq~ibalalto - Traqu,!
tO ••IJ•••••·•••o•••••••••••c•••••••••••••••••o••••o•• 74
6.4.1.3.3 Basaltos Tole!ticos ••••••••••••••••••••••••••••••••• 74
6.4.1.4 Províncias Vulc~nicas ~e .~reas Orogênicas ••••••••••• 75
6.4.1.4.1 A Associaçio Epilito- nuerét6firo •••••••••••••••••• 76
6.4 .. l..4.2 A Associaçio Basalto- Andesino- Riolito ••••••••••• 76
6.4.2 Províncias PlutS~icee ••••••••••••••••••••••••••••••• 77
6.4.2.1 Prov!nc:as Plut5nicas de ~rEas Nio Oro ginicas ••••••• 77
6 • .4.2.1. Províncias Rieicss •••••••• • ••••••••••••••••••••••••• 77
6.4.2.~.1.1 A Associação Peridotito- Gabro ••••••••••••••••••••• 77
6.4.2.. l.l.Z n Associação Norito- Anortesito •••••••••••••••••••• 77
6.4 • .2.1-.2. Prov!ncies ~ cidas ••••••••••••••••••··~····~••••••••• 78
6.4,2 . J .2.1 A Associação Gnaissa- Granodiorito- Granito ••••••• 78
6.4.2.2, Prov{ncias Plutônicas de ~reas .Orogêriicas • • • • • • • • • • • 78
6.-1.2.2 • .1. Prov!nciaa Básicas •••~•••••••••••••••••••••••o••••o~ 78
&,4.2..2.1.1 A Associ açio Per1dotito- Serpentinito •••••••••••••• 78
6.4.2.2.2. Província s Acides •••••••••••••••••<••••••••••••••••• 78
6.4.2.2.2..1 A Associação Gnaisse - Migmatito - Grenodiorito - Gr~
nito ·······••o••••••••••.o , ·•······~c••c••••••••••ooe 79
6.5 Classific~ção G•n~tiea das Rochas ••••••••••••••••••• 79
6,5.1_ ~achas 9erivadas de Mag mas Prim~rios •••••••••••••••• 79
6.5.t,J. f•:agi'Pias Prim~ rios Simples •••••••••••••••••••• , ........ v 79
6.5,.1.2. r·1 agmas P rim~rios Comrostos • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 80
6.5.2 Rochas Oe~ivadas de Magmas : o~pos toe •••••••••••••••• 80
6,5,2,1.. fraci o namen ~o dos Componentes La~es •••~••••••••••••• 80
6.5 . 2,2. fracionem8nto dos Componentes Pesados go••••••••••• •• 80
6. S'. 3 Rochas Derivadas de Magmas Sint~ticos •••••••••••••• • 80
Ú c Ç,4 Rocb.as Derivadas de 1"1 a gmas GErados por Atividades TElE_
t Ônicas •••••o• o •o•••• .. ••••• ••o••t••••••4•ooowooo qoo 80
Mag~as Res~ltantes da Tect8nics de Placa •••••••••••• 80
Magmas r.esL ~tantes da Fusão $eletivn devido a Ativid!;
de Tectôn i ca o••••,••o•••••••••l)•••·•••••••'••o••• • ••• 00
.Rochas Ignea~ Alectonas ••••• •• •••• ••• •••••••••••• 80
.,, O Magma e sua Cristalizaçio ••• · •••·•••••••••••••••• • 81
'7.1 O Car~t 8 r Primário do Magma Bas~!tico • •• •••••••••••• ·81
7 .2. O Cont~ole da F~sio Seletiva do Mantc ••••••••••••••• 81
7,:5 A Distr .; ·Jui.ção dos 9asa ltoe nas Prov.~·; cias Oceânicas 02
'1o4 A Dife=~~ciaçio Bas6~tica •••••••••• • •••••••••••••••• 82
7.S A Cri sts lizaç~o na~~ltica ••••••••••••••••••••••••••• 83
8' "' O Magma Cran{ ~i ~o e sua rristalização •••••••••Q••••• 86
B. 1.. Generalidades ~ ·••••c••••••.,••t•c•• • ••o••••••••••"••• ~6
8,Z Crigem ;.Jor Dir:::.renciaçãc f'lag m~_tica ••• • ••• ,,., ••• •... r;?
a.J r: r i g 8 m por l"le l. asso ma ·i: o-e '3 • •• ~ • • • • • • o • • • • • • • • • • • • • • • • • 87
8.4 Origsm oor Ft1são Sa:.a C.v .:~ de f1oc has Cru~d; a is •••• • , • • • 88
e.4 .t Composiç i o das ~oc~as ~ ~3nf tic as e s~asConsequinoins 88
8.4.2 O Sieterna 1\b - "~r - J - Or - H2D ••••••• ~ ............ 80
B.4. 3 fatores q ue Inf! ue f'"l na F11são de ';r:: c.has , • • • • • • • • • • • • • 89
8.4 .... Fusão Seletiva em ,'< ree r: !l :~ogêr.ic~R • • . • • • • • . • • • • • • • • • 90
.8.~.6' ~O ri g em dos Migmatitn ~ •· • · ······••••••••••••••••••• 90
EL4.6 Ós Eet~ u ins da Cri s tel i~Aç5o Cr anfti ca •• ••••••·• ~· · · 91
IV

-Pâ cn·---·
na
.-..-.:

9~ ConsideraçÕes sobre a Origem de ,; llJumas :1ochas mino


r i tá r ias • -o • o o • • o • • • • o • o • • • • o • • • • " • • • • • , o • " • • o " " Q ••• • ~ 92
9,1 Generalidades
9~.
9~2 Esp{lítos
9, 3
, . 0l) 0
O 0 t ~
o,) 6.) 0
G 0 • 0
0 0 c;.
0 Q 00 0 0 00 ;)
0 D O 0 0 0 Cl O 0 0 0 0 0 O
92
Rochas Ultrabásicas 93
9,4 Sienitos O O O O O O O O O D Q O O O O O O O O O O Q O O O O O O G O O O O Q O C t O O t o(,fJ 93
.
.., I)
9oS Carbonatitos " o • o· o c- o o o o o o o o o o .;) o o o o' o o o o o o o o fJ o io o ô " o " ""
" 9 /~
9 e6 Lampr-Ófitos
9. 7 Pegma ti tos .... 96
97
l. O MAGMA
J,l A Natureza do Magma ·

O ~agma é, em síntese, o material que por consolidação dá origem às


rochas m8gmáticas~ A existê~cia deste material r.ão pode ser contestada,já
cue a s ua a~cençao i superfÍcie da te~re ~ atestada pelas corridas de la-
vas que saem dos vulcÕes, dando orige~ às r~chas extrusivaso Basicamente
O magma pode ser caracterizado por várias feiçÕes QUe estão incluÍdas na
sua definição, ou seja, que o magma é uma massa essencialmente fluida-ps~
tosa, de alta ~mperat,ra, de natureza quase sempre eillc~tlca~ m6vel devi
do ao seu conte~do em voláteis . {princip~lmente 'gua) & que se Origina no
interior da terra onde ocorre co~stituindo unidades d9fini~is~ denominada
de câmaras magmát~as.
Durante a su~ cri~talização o magma perde · pert~ de seus gases, a se-
melhança do ar dissolvido na ~~ua durante o · seu congelamento. Lovandc -se
em considera~ão este feto é algo imp~acieo referir-se ao magma simplesme~
ts em termos de rochas em asta~o de F~s;o, j~ que pela fusão de uma rocha
nunca se ~btém um material com ag características idênticas aquele QUB p

por cristalização, àeu ··origem à rocha que I" o i fundida o


Como a entropia de ~ião dos silicatds nio é alta, o que equivale di-
zar que a mesma substância tem estruturas semelhantes na fase lÍquida ' e
na ·rase cristalina, . é de st.~por-•e que o magma não corresponde a uma solu-
ção simples co1111o a que se ot6tám pela fusio de um sa .!. do tipo cloi"eto de
sÓ di o_.
O magma, ~sto sim, e uma massa composta por associaç5es de silÍcio e
o xig 8n io formando estruturas uni-bi e tridimensionais que sao semelhan-
tes aos esqueletos dos silicatos cristalinos, dos quais se distinguem ep~

nas por serem mai~ f~ouxos e irregulares (figura l)o Entre estes esquel~
. , Mg -- , Fe •+, .,so -- r
t.os o c crre .., r.:<-<tions e anions tais como K+ , Na + , Ca ++
4
etc . qus, :lo;oi'·(!.Qntrário dos silicatos cristalizados onde os !ons tem posi-
ção fixa ne B$tr~t~rJ silicática, são caracterizados pOr uma ampla mobili
dada.
A Natureza das ~strutura; · silÍcio-oxig~nio presentes num magma depen
de de vários fatore~~ ent~e os quais se destacam o teor de sÍlica do mag-
ma, e o tipo .de !ons P'~~.entas. Assim, nos magmas básicos (pobres em sÍli
ca) a estrutura eilicic~oxig~nio' predominenteme~te tio tipo ( SiDd) . Com
o aumente do teor em a!lica no 111•gma 9 aume:1ta. a polimerização das unida -
des estruturais ,Si0'4, resultê!ndo na for-mação de . estruturas cAda vez mai s
, .
com plex 2 Q. Esta :grau de polimerizaç~o das estDut uras silÍcio-oxigirio e
tamb6m f ortemente afetado pela nat~reza dos c~t~o ~~ presentes no ma umb,a~
~entendo com o incremento d~ teor de c~tions segundo a escala ~e ~ Mg -
2

C<'~ - Sr - Li - \\la - K. f)u anto "l&ior for a concentração no magma, de ca-


tinns s ituados no inicio o u no fim desta s.equência, tanto menor ou maior
,
!:13ra a compl ex idade das ~s t ruturas Si - o.
As DrimAáras c aracterf9ticas do magma, cita ~ os durantea ~ue definiç~
podem ser, fac ilmc n te, o~ se rva das durante erupçóes vulcânicas. Assim dete.E_
mina-se a sue natureza quen~e (medindo-se a temperatura da lava por m~to­
do especial), a st.~a natureza silicática (analisando-se e composição qulml
cn das rochas que resultam de consolidação de lava); a presença de volá-
t eis (emanações ga s osas ligadas à erupção), o seu estado liquido pastoso
( lagos de lavas; rios e corridas de lavas); al~m de aua origem tnd6gena,
já que os vulcÕes são aparelhos que 0one.ctam a svper.fÍcie à. sub- superf!cie
ua crosta terrestreo
Nota-se que todas estes observações ref"erem-se ~e·nas à la11es, ~ato

á, magmas que atingPm a superfÍcie da crosta terrestre. Por muito tempo -


discutiu-se a orige~ das rocha s plutônices, colocando-se em dÚvida a sua
gênese magmática (controvéràia Vulcanistos x Neptuniatas). As principais-
provas de que tamb~m as trocha-s plutônicas pl'ov~m da cristalização de um
magma sao: -
1 - A natureza dos cantatas entre a• roc~as plutónicas e suae rochas
,
enc aixante s . Estes cantatas mostra~ ' geralmente que a rocha envolvida e
de n&tureza muito diferente das rochas envolventes o
2 - nu r ~ ol as de metamorfismo de cantata., frequentemente observadas -
nas roc ha s encaixantes envolvendo rochas plutónicas . Estas auréola s de con
t a t.o indic<=tm 011e as rochas plutôni.cas se formaram· a partir de um material
· que nte.
3 - Presença de minerais hidrat~6os (biotipa hornblenda) além da o-
corrência de mi nerais contendo inclusÕes lÍquidas e gasosas nas rochaspl~
tÔnic as indicando a sua fqrmação a partir de um material contendo valá -
tais,
4 - n forma de certos co~pos plutônicos que só pode ser expl i cado se
• , p

os mesmos se for ~aram a partir de uma mataria bastante mova!.


5 - Metamorfismo pAeumatol!tico, em torno de corpos plutônicoe, indi
cando também aqui a presença de voláteis.
6 - A existência de uma correspondência mine~alÓgica entre certas ro-
ch as plutônica s e certas roc.has efusivas. indicando uma gênese a partir
de um mesmo mat erial.
7 - J unto aos o. eus c anta tas a s ro ch a~ plutônicas exibem fra~uenteme~

~s
7
tA textura s e es t r ut ura s idinticas das rochas efu sivas .
8 - Em derrame s ~uito e s pessos da rachas efusivas, a parte ce ntra: 2

:d!JP. feiçÕe s r.:ui to semel hant e s às rochas plutônicas.


.,(")
(i)'
()
o
3
,......
o ""O
[,...... o
I ..
-· o
2
(/) o <> Ol
,-..., o
d q a..
~
c
~
-
(i) ' o
Q..
........... 0..

ct> o
::J U>
o ~·
Ot
< o

. - a..
-, a.
o U>o
a..
(\) ......
<D
r->-
U> -,
~
().
o
(D
o a.-,
o
-
,-...,
..õ'
c a.
(/)

a:
o
<D
............
(/)

p
< ::J
o
~

.,
cõ' ·
'i

.-
-
Q
,.,
lt "l

...,.,_._.,. _ .... ._... ...._.._

~
Os carrlpos de estabitidCJde do::;
modificações de Si0 2

. Tez.jp~roturo

·O~ 1. I \ I I :;: , _J.


.1 1 _ I' I

·..10


-.,
1:)
~
Quartzo
baixo (c{, )
Quartzo
otto ( 6)
o 20
10

I
ct
30

Coesi to
40

60~------------------------------------~

o/"'~
9 A presença de xenÓlitos de rochas encaixantes no interior de ro-
chas plutônicas, indicando que estas se fcrmaram pela consolidaÇão de um
material m6vel que ao se mov~mentar arrancou blocos das tochas enca!xan ~
tes.
Q
10 - A associação entre rochas plutónicas e hipo-abissais e associa-
çao entre rochas hipo-abissais e efusivas, o que permite uma correlação 8~

tre rochas plutónicas e efusivas.

Poder-se-ia aumentar em ·Muito os ~rgumentoa supra citados, principal


mente se adentrarmos na ár~e da pet~ologia experimental. Os dados não de!
xam pois dÚvidas que ae rocha.& p!wtôn!.ess se. r.ormam a pártir de urn mate-
rial, o magma~ com carect'erftft4cas se~nelbar.t~e ~-s lavBs . expelidas pelvs
vulcÕe:s.

1.2 - Viscosidade do Magma

A viscosidade do magma dep~nde v~rio~ fatores d8s~acando-se entre os


mesmos a temperatura, a .compoaiç.âo~ a pre::;são, p' ti.P.o ~8 .estrutl.. ra Si - O
e a presença de vol~teis. A tabela abaix~ cont~m, comparetivamentR 9 a vis
cosidade de algumas substâ~cias~

Substâncias . Temeeratura ÇocJ ~iscosidade absoluta

~gua 2J 1 )( 10- 2
Piro xê nio 1450 5 X 10°.
1
Glicerina 70. ...' ~ 10
2
Basalto 1400 l X 10
Albita l.LO 4 X :o4
8
Albita
Si0 (vidro)
llf.Q

1440 1 )(
10
.
1o -'·
(;

2
Si0 _(vidro) !.300 ~
X 1012
2
Obsidiana ao o 1 :.< 1012

1.2.1 -A Influência . da Temeara~

O aumento da temperatu ra implica uma dimi~ui;ão de viscosidade , de a


cardo com a tabela abaixo, referente a viscosidade de um magma (si rtéti-
co) de andesino basalto~
TemeeratJra~°C) Viscosidade absoluta

1400 138
1350 i82
1300 35~

1250 541
1200 ~1168
Estes dadoe e•perimentais estão de acordo com as observaçÕes de campo
dR · ~uo maumas mais ~uent~a (magmas ~~sicos) aio ~ais fluidos que magmas
fri~s (~agmaa ~cidos) . ~ ~sim a viscosidade das 1avas dos vulcÕes do Ha-
wai, ~: e na tu reza hás ice, e exibindo te!!!peraturas entre 1000 e ll00°C, é
fr~:J .:;t : >.>r,temente a de um '.Óleo viscoso. Em função desta baixa viscosidade as
l<Jvas b~sir.ae pode~ d~slocar-se por grandes distâncias com relativa rapi-
dez. As sim foram Mst~rminadas velocid~das de ati 400 m/h em corridas de
lavar s~bre superf!cioa com apenas 2° de inclinaçi9. Na famo~a ~orrida de
lava . , .. Aliko, dÓ Mauna Loa, forant determinadas velocidades de até 16km/h.
a, em locais ma.t.s inclinados, foram .,constaterd'Oa velarás da até 60 km/h. C.2,
mo contoaquência da uma ·• .,bai)(• viscosidade a e levas básál ticas podem cone-
tituií eorpos extensos, relativamente delgado&. No eul do Brasil aio co-
nheci dos derramas in<fividuais de basal toe recobrlndo &xtansae á:reea. I-
.Qualmente famosa é ume corrida de lava do Crand Canyon, E*U.A., que se es
tenda por dezenae de quilometres ~obf& uma superfÍcie com um gradia~tie de
apenas 1 m/km.

1,2.2 - A InPlüância da Composição

J~ ficou consta~ado (item 1.2.1.) que os magmas ácidos são mais "frios
~ue os hásicos, da tal modo Que estaa eão manos viscosos que aqueles, O
principal fator que determina este comportamento é o teor de sÍlica e o
tipo de . r.átione presentes. Quando menos sÍlica e mais !ons de fe, Mg e Ca
,,rasantes nu~ megma (maome b*slco) tinto ~enoe viecoao será o mesmo em r~
lação a uin magma rico em sÍlica a cátioms de Al, Na e K {magma ácido}.

1.?.3- A Influ~nci a ~a Pressio

Ae contr.ério da temperatura, um incremento da pre s são imP.lica num a~


r,1unto d~1 viscosidnde. ~= e a nre~são 1-1 a telflperatura fore;n elevadas sirr.ulta
neamante, de tal fl'OC ü ·ue o vol ·.1m8 do fi'StJn:s r:er ....ansça con3b1nte, a nu;.'!

viscoRidads dlminu~. o ~ ue evid e ncia a ~aior im~ortincia da temperatura


em ralõção à pressão no ou& tanga a ~iecosidada d~ ~agmas.

1 . 'l. 4 - Influência d.o Tipo de Ligação Si ·,;.. O

A viscosidade de um magma aumenta com a complexidade das estruturas


silicáticas nela conti~á3. ~omo ee pode veTificer pala tabela que se se-
gue~

Ccmposiçãct Viscosidade (eoisa),


5102 (esqueleto de t&ctasilica t o)
1010

~a2 Sio {esqueleto de f>Uoss ilêcata) 28


5
~82 Si0 (esqueleto da inossilicato) 1,5
3
4
~~a- ~ i04 {~squtJlato de na s solicat.c) 0,2
Este é uma d~s explicações porquil os onagmas ácidos ss:, mais vi s cosos
que os b~sicos ( item 1.2.4L) , já que com o aumento de teor e m s Íli ca no
mag~a a umenta tembém a polimt-n i. za ção das u ~1 idades Si0 (i'c. em L l) e cans e
4
quentemAnte a sua viscosidadeo

1~2.5 - A Influência ~os Volátels

Um aume~to do teor em voláteis diaao:~idos no magma resulta ra d i mi-


nwição da viscosidade do mesmo.
Por outro lado e xiste uma conexão en~re o t i po de meóma e o eeu teor
em v cl ~te is . As~im os magmas ácidos sic mais rico~ em vciláteis que os bi-
sicos. Consequentementi·e os mag!'l~S ~cid-o& f:lx!o~·m · cer·~a rl\u i dez em profundJ:.
dedes . A açio ~s voléteis 9 principa l ~e~ta a água, consiste e m r ompe r par-
te da s ligaç ões que unem os grupos s:;. o ~ nas es_t. r:!.,.t uras mais complexas tre '! .
formando-os em esqueletos mais simp:ea e que ,implica numa diminuição da
visco•ad.dade (it~ 1.244. ). ' Quando porém ú magma ácido atinge a superfÍ-
cie de crosta terrestre os gases esca~am rapidaménte ~ tornando a lava mu1
to viscosa. s6 em casos excepcionaiE , ~os quais uma ma i ~~ f!~ i dez por ma-
ior lapso de tempo, é que as la .. as écioas são .capazes de ·constituir derr~
~nas, como no caso dos ~iolitg.-s de r.ast.r· o ~. Esta a o do Par~ná . Já no caso· de
lavas b~s icas, a ~ua vi~cosidade
. . ,. .. não ~ afetad~ pel o es c ape do seu conte~-
do em v ol ~ teis, visto ser o mesmo reduzido~ Desta ma neira n8o ocorre ne s -
te tipo de lavas uma diminuição re~eo1'ti ~ a na s ua f ~ u idez 9 co mo r.o cas o de
lav8s ~cidas, aQ sez atingida a a~perf{c i e da Terr a.

1.2.6 - guadro Comparativo

A se gui r , constam , comparativamente v os fatore ~ que de t er~i nam a vis


cosidade do magma, específ'icados par a composiçÕes ácida s b á s ica~ . O f 2 tor
que implica numa menor fluidez acha - ee. b'.. : t'lscrito.

-~a !ama ácido ~1a !Jma básic u


Teor em SÍlica elevado baixo
Teor em Fe 9 Mg, Ca bai xo elevado
Teor em A1 9 Na,K
.
ele vado baixo
Es c, ueletos de Si-O ,comelexos simples
o
Temperatura (laves) .• BOC-900_ C . :6.ooo-uon°c
Teor em voláteis elevado guae.e a u~ e r·t e
(s6 em st.bs.Jperf!cie)
Pressão và.dável variáv t:. l

Medidas diretas da viscosidade e xecutadas em l ava bás icas r~cente s ,


com temperaturas ell'ltre 100'0 e ll00°C , revelaram as seguintes vi s co s idt, rlr:· ~,.
ó
6 7
Islândia 10 a 10 Potee
4
Hawai 4,5 )( 10 poise
4
Oo - Si ma (Japão) 2 )( 10 poise

A profund'.idade de fiO kiR (aproximedement'S 1200°C e lTOO béries de pre~


13
são) a viscosidade do magma é estimada em torno de 10 poise.

1.2o7 ~ As consequências de Viscosidade

As diferentes viscosidades exibidas pelos meomea écidoe e básicos i~


plicam num comportamento diversificado das correspondentes levea que po-
dem ser assim resumida•s

A - Modo de Ocorrência

Enquanto as lavas básisae, devido a sua . elevada flluidez (baixa visco


eidade) dia origem a um vulcanismo afuaivo, gera~mante tranquilo e const!
tuem derrames que se estendem por longas dietâncias, as lavas ácidas dão
origem a um vulcanismo explosivo, çomo no caso do ·M onte Pelée (América Ce.!!
trel) a do Sakurashime (Japão). Dedo e sua vlevade viscosidade, o magma~
cido cgnsegue fluir quando atinge a euperrlcie de crosta terrestreo Canse
quentemente as lavas entopem o conduto do vulcão, com e. formação de gran-
des monolitos • . Obstruindo o conduto, os gases da câmara magmática não co~
seguem mais escapar e acumulam-se por debaixo do monolito. Se a pressão doo
gases for superior à .resistência do edifÍcio vulcs:ânico ocorrem violentes
explos5es o ~ lava ~ pulverizada, dando origem à nuvens ardentes e cinzas
vulcânicas e o e6!ffcie vulcân~o fragmentado constitueM ae rochas piro-
elástica~. Como já ficou exposto no item lo2.S., sÓ raramente as lavas á-
cidas sio capazes de gerar derrames.

8 - Grau de C rist~lização

A cristalizaçdo de uma lava depende fonde~entalmente de dois fatores


ou seja, d~ velocidade de cresfimento dos cristais e da difusão iÔnica do
magma, j~ que para que thaja o crescimento dos cristais é necess~rio que
os !ons móveis do magma sejam difundidos pare os nÚcleos de cri.!talização.
Ambos os fatore s mencionados aio profundamente afetados pela viscosidade
no sentido de diMinuírem em amplitude com o aumen~o da viscosidade. Por
esse motivo o grau de cr·istal.i nidade (fração d.a tocha cristalizada) das rE_
chas ~cidas efusioe~ ' geralmente menor que na~ rochas b~Sicas j~ que es-
tas Últimas provém ·de um n~Sgma maia rluido. Aesifll a grande maioria das o.!:_
sedianas e pitchstones {vi:?ros vulcânicos holo e hipov!treos) são de com-
posição ácida.
1

C - Segregação Magmátiaa

Os minerais que se formam, por cristalização, • partir de um m_a;:ll'õ tem

geralmente, uma co~poaição diferente da composição global do magma qu8 os

originou . Este mesma cona1d•raçao vale também em relação ao peso especifl


co dos minerais assim formados. Ora, de ~cardo c~m a crietalizaçio de mi-
nerais mais densos ou mais leves que o magma, os mes111oe podem acumular - <; e
reepecti vamente, no fundo ou nas partes superiores da cê ma r·a ma~má tice "E~
te fenômeno da se~eração doa diversos tipos de minerai• do magma a partir
do qual se originara•, recebe o nome de eegreQeção ma9mática e constitui
importante proceaeo de diferenciação ~agmética que é o fenômeno de forma-
ção de vários tipoa litolÓgicoe a partir de um •Ó magMao
A velocidade de queda ou aecenção de um mineral dentro de câmara ma~
mátice, por ostentar respectivamente peso especÍfico .alar ou Menor qua o
do magma, é e•presaa pe~a lei da Stokes

2
2 g r (d- d'}
v= 9 n

onde

V ~ Velocidade de a•cen;io ou queda do mineral


r = Raio do mineral
g = Constante gravitacional
d ~ Densidade do mineral
d'= Densidade do magma
n = Viscos~dade do magma

De fÓr111ula acima deprende-se, de imediato, que -quarito menor f'or a vis


coeldade de u~ Magma, mais efetivo aerá o proceeeo de segregação o ~ por
,_ ~ ~ti·
este motivo que a diferenciaçao ~~~egmatica é ·muito meia frequente em ·r-o ..
chas básicas QO que em rochas ic~das, ~ais viscosas. Ase~m os grandes cor
pos básicos f'Tequentemente e)(ibem .• su~ porção baaal enriquecida no de ·1so
- ' ..
mltberài J. olivino, u111 doe principais mineràis a qristalizar durante a conso
lidação de magmas basálticos, enquanto que aa partes superiores do corpo
·~ttem-se rela tivamerte empobrecida e ~e ate mine;a'i . Por ~utro ledo, segun-
do alguns autores, oe enot'toeitos, rochas· constituíttee quase eó de plagi_9_
clásios, se for••• pele s~greoaç;o deste mineral durante a cristalizaçio
magmática que, por aeu pequeno ,pe.eo eapecÍfico,· ·i r á sobrenadar o magma~ -
mais denso, a partir do. qual ee formou.
A segregação magmática podé ser de ac~ntuada importância ,aconÔmic.:a •
.~ssim no caso do comple>eo de Bushve·ld., Africa, constituÍdo pt-incipalmec:to
por rochas b~sicas e ~ltrabáeicas, um dos primeiros minereis cristalitado6
foi a eremita, de elavado peso e'spec! f' ico . Este ft.inet·al por segregação -
e
magm~tic~ foi acumul~do naB partes inferiores da cimara ~ag~~tica, origi-
nado valiosas j;~ zid<l:>. ~ possfvel que, se a viscosidade dos mar:J I,;:JS que
originaram a cromit~ fosse ~ais acentuada, a cromita nao teria conseguido
migrar para as ~; artes inferiores do corpo magmático, permanecendo canse -
quentemente di8persa 9 epÓs a cristalização total do magma por todas as ro
chas, o oue tornaria a sua mineração antieconômica.

1.3 - A Temperatura do Magma

Medidas diretas em lavas do Hewai (lago de Levas Halemaumau, na cra-


tera do Y-ilauea) revelara~ temperaturas entra 1000 e ll00°C, valores idên
ticos aos obtidos para lavas do VesÚvio e do Oo-Shima, todas de natureza
. básica. Jé as lavas do Satorim (Itália), com 65% de 510 (lavas ácides)r~
2
o
velAram temperaturas entre 800 e 900 C.
A perda de calor de u~a lava poda ser muito lenta, principalmente e-
pÓs a cristAlização das partes externas do derrame, já que as rocha~ são
muito mês condutoras de calor. Assim se considerarmos a condutibilidade
térmica da prata como !Bndo 1, a _do basalto é da ordem de 0.004.
~entendo-se o calor na parte interna de lava, fida tamb'm assegurada
à mesma a sua mobilidade . Assim são conhecidos casos de derrames espessos
que 10 ~nos apÓs a sua erupção, ainda exibiram sinais de movimentação. O~
tra conse~u~ncia de retenção do calor nas partes centrais de espessos de~
ramas re s ide na cristalização muito lenta desta fraçi~ originando roc has
com feiç~es plutSnicas, holocristalinas, que contrastam com o~r~ter hol~

- a hipovitreo das rochas nas partes mais exte-rnas do derrame, de crist a --


lização rápida.
A tempsr 0 tura de uma lava é algo superior à de um magma, tendo em
vista principalmente:

1 - O ~trito sotrido pelo magma durante a sua ascenção rumo a supeL


fÍcie terrestre. { Óbvio que por este atrito o magma sofre um aquecimento.

2 - O aumento da temperatura sofrida pelo magma ao tornar-se uma la-


va, devido a· oxidação de parte de seus · componentes quando em cantata com
o ar, assim como pela queima dos gases liberados durante a erupçãoc

3 - O escape adiabático dos ga ses do magMa por ocasião de sua expul-


sÃo, ao atingir a superfÍCie terrestreo

4 - Um calor de cristal i zaç~o mais acentuada nae lavas , p~lo maior


numero de minerais que se forr:am por unidade de tempo, quando comparadas
com magmas proPundos.

Levando-se em consider a ção estes dedos, estima-se e te mper a t u ra de


naomas básicos profundos em torno de Q00°C e a dos magma s ácidos ao redor
g

de 650 a 700°C. Estas teMperaturas foram obtieai taMbé• pele análise de ro


chas plutônicaa, -•travá& de aplidação da técnica CU, tsrmÔ!fletro geolÓgico ,
-
cujos pontos de r~ferância representam FenômeAos que ocorr~m a t~mpera t~
raa fixas,:.- datal'minadas· em laboratÓrió. "
Entra aatee pontos de referência destacam~àaf

1 Ponto da fueio de mineraie.


2 Pontos de inversão de minerais.
3 Variaç ões na composição de sÓlidas.
4 Reaç ões de metemo$fiemo de contato.
5 Variações nas características cristalogr~ficas de soluçõae sÓlidas.
6 Temperat uras àe fusão de sistemas silic ~t icas complexas.

~ maneira do ter~Ômetro geolÓgico existe também o ba~Ômetro Q&OlÓgi-


co, cons tituÍdo por ume eérie de reações, inversões, transformações, etc.
particularmente dependentes ,da -
prese~ ...

O Magma profundp, segundo a maioria dos autores, mos tra-se superaque-


cido em relação as suas rochas .. encai~ant. es, n~o. seiJdO porém . bem conhecido
e ext~nsio deste fenSmeno~ De um mo~o.· ...ge~al , n. ãg . ~ admitido que este eupe-
. ' '

~aquecimento não supere. &ITI m~is,. de 1DD r.: a temp~x:.atura das rochas encaixa.!!
0

tes, Pato importante para o process~ da assimilaei~ du~ante o qual blocos


da ro~ha · encaixantes são englobados pelo magm' e "dirig,dos" pelo mesmoo

lo4 - A fase Gasosa do Magma

lo 4 .1 - Genera li dades

J' f{cou exposto qu~ o m~gma ~ um mat e rial fluido-pastoso constituÍdo


por uma mistura complexa de e~9lJeletos. frouxos de sil!cia e oxigénio e CO..!:!_

t~ndo elementos voláteis dissolvidos bem como !ons exibindo grande mobili-
dade (!tem lQl.)Q P~r tradição entretanto a cÔ mpo~ição de um magma é repr~
sentada de uma maneira maia simplificada quer sob·a forma de Óxidos (Sio ,
2
Al o P feO, co , etc.) "quer sob a ~ orma de lamentos (5 9 F, Cl, etc.). · En-
2 3 2 ' . '
tre estes componentes existem alguns que exibem ponto de fusão muito baixo
tais como o H 0P
2
c.o
2
, Cl, etc. que são denominados de elementos voláteisam
_relação aoe compostos de elevado ponto de fusão, caso do Al o , CaO, FeO ,
2 3
atcQ Esta subdivisão é porém ~uito rela~iva,
. _;, . . .
j:
que em muitos casos os el~
mantos voláteie ' exibem comportamento analogo ao~ compostos de alto ponto
. .
de fusão, tomando parte na cristalização de minerais a elevadas temperatu-
raso Assim se um magma cont~m pequenas ~uantidade~ de Fa, H n~ respectiv a-
2
mente gasoso e l!quido a temperatura norm~l, du ran te ~ crist~lizaçio a ele
vedas temperaturas, estas compon~ntes sã~ inseridos noa minerais que vao
tendo cristalizados nestas temperaturas, como por exemplo, nas micas e nos
. .
enfib6lios. Desta maMelra apesar da presença de compo nentes de baixo ponto
lO
de fusão o magma podes>é so·fre~ _cristalização ;total e elevadas temperaturas.
Se porem a quantidade d·e águe contida no magrAs for elevada, durante a crie
tal~zação nem todo H 0 poderá ser incorporado aos Mlnerais. Resulta .disto,
2
que o excesso de ~g~a ir~, conjuntamente com o~ outros elementos vol~te~e,
formar uma nova fase independente, ou seja, a fasa gasosa, e, a temperatu-
ras mais baixas, a fa.sé .phidrotermal.

1.4o2 - Frequência e Ocorrência de Fase Gasosa

A existência de gases no magma pdda ser constatada em corrida de la-


vas, onde os mesmos escapam sob a forma de bÔlhas da massa incandescente,~
riginando nas rochás efusivas estrutureis celulares, eacoriáceas ou vesic~
' • .
lares. Também a ocorrência de fumarolas em regiÕes vulcânicas são teetemu~
nhas de sua presença. Recorda-se o caso do lago de lave .Halemaumsu, cober-
to parcialmente por chamas devido a qultima
'
..
dos gases' que escapatn de lava.
Outra prove da sua existência r.eeide na presença ··d• inclusõee l!quidae ., e
gasosas nos minerais tanto da rochas extrusiv~~ ~uanto plutônices.
As quantidades de gases liberados por certas áreas vulcânicas são im-
pressionantes. Assim durante a erupção do VesÚvio em 1906, foi lançada pe~
la cratera du~antc:; 2fl horas, uma ~aluna de gases com altu'r~· · de 13.000 me-
tros. Na regiio ·das 10.000 fumerolas, Alasca, ligada a ativijade do Katmai
2
num ano (1919) e numa área' de apenas · 77 km foram e"'anados os s::Jguintes vo
láJleis:
5
480 X 10 ttmeladas de H2~
6
1,25 X 10 toneladas de HCl
-' 6
0,2 X 10 toneladas de Hr
093 )( lo 6· tonelada e de H S
2
~Ja
. - de Lardarello, Toscana, numa a=rea de cerca de 200 km 2 , 100
reg~ ao
~

6
sol fatoras emanam anualmente 26 X 10 toneladas da vapor com uma tempera tu
2
r a de 250°C e sob pressão de 25 ·kg/m , liberando um$ e::ergia de 2 X 10 9 KW~
Neste local o vapor é constituÍdo essencialme~te por H o (95,5.%) e co
2 2
( 4, 2%) o Este mesma ~egião r-epresentou por ' iongo t!ilmpo grande importância ·l2!.
vido a seus depÓsitde de bo~.o, ligados também ·a s solfatarae.
O exame sistemático das atividades vulcânicas e as ~anifestações pÓs-
-vulcânicas, revelaram ~ua existe uma sequê~cia definida em função da qu_!
da da temperatura nos tipos
, de emanações oasoaae a hidrotermais apÓs o tér-
min• da erupção:
Piais quente rumarelas com H o, HC1 9 SD , H , N
2 2 2 2
Solafatoras de H s-
2
_, fontes de vapor d ' água
PIIPfetas cont vapor d 1 ~gua e ~0
2
11
#
Geyeers com vapor e a~ua
11ais frio
8ontea hidrotermaia

1.4.3 - A Composição dà fase Gasosa

Medida~ da composiçio da fase gasosa são muito difÍceis de serem exe-


cutadas durante a erupçao vulcinica, de tal modo que o m~ior n~mero de de-
terminaç5es se ref9rem is fases post-vulc,nlc~s. Mee•o assim os dadds obt!
dos estão sujeitos e reparos, tendo em viste que:

l - Durante a col•ta dos dados é muito dif!cil evitar-se a contamina~ ~


çao dà amostra pelo ar ci~unvi~inho, o que falsifica os reaultadba, sabem
que estas erros possam ser corrigidos.
2 - A proporção doa diversos gases numa mesM• mistura gasosa variacom
e temperatura .
3 - A proporção dos diversos Qaaea numa meaMa mistura gaaoea varia com
o seu grau de oxidação.
4 A compoição da fase gasosa varia c~m o tempo <••r item 1.4.2.)
5 - A composição da fase gasosa varia com a di·atância em relação ao
co nduto ·principal, . isto é, condutos s.ecundários podem enra na r ' gases di fe-
re ntes do conduto principal.

Apesar de todas estas limitações, medidas real i zadas no VesÚvio, na


To sc ana , no Kileue2!, no Ka tMei, Koncha tka, Paracut i n, Showa-Hinzon, etc.,
mos t raram surpree.n dente concprdância nos resultados , levando a conclusão
de que e compoeiçio
. .
. da . f~ae g~soee dos magmas ~ bastante homog~nea. O co m~
po ne nte - ~aís impo~'tante é o vapor d•água seguidos pelos outros gases em
ordem de dacres~nte ebundênciei

1 Vapo• d'~ g ua (mais de 90%)


2 Ga s e s de c~rb 0 no ( co , CO , CDS, CH }, dos quais o C0 é o mais fre
2 4 2
quente.
3 - Gases de enxofre (so 2 , H S; s , so ), com o so e o H S
2 2 3 2 2
predomina~

do, respectiva ~ entat e elevadas a baixas temperaturas.


4 - Halogenetos. · E:n'tre estes predomina o HCl enquanto o HF' raro e mais
raros ainda os ·hologenetos de metais pesados.
S - Gases de nitrogênio (NH , NH , N ) predominando amplamente o N •
3 4 2 2
6 Gás de hidro9ênio (H ). ~ pouco frequente e de ocortência errática .
2
7 Compostos metálicos. são mu i to raros, podendo porém constituir lo....
calmante depÓsitos de importância econômica, ligados ~ fumarolas .

1.4.4 . - A Solubilidade da ~gua no r agma

Co~o ficou exposto no item anteri nr (1.4.~) e fase gasosa ~ c onsti tu ~


da es !!enci·a lme nte por água . Po r e e te motivo .o · estudo do desenvolvimento dH•
12

fase gasosa podará ser feita pele análise do comportamento da água do mag~
m•. Para isto foram executados trabalhos experimen~aia viaando a determin~

çao da solubilidade da água e fundidos silicáticos de composiçÕes granfti-


ces (ácida) a basáltica (básica), estando os resultados representados na
~igura 2, referente a um mag•a granÍtico. O exame desta figura revela:

1 - A solubilidade da água em magmas graníticas é relativamente limi-


tada, chegando a apenas alguns percentos em peso.
2 A solubilidade da água no tnag·ma depende da temperatura. A pressão
constante (linha A-A' e A-A''], quanto mais quente o magma, tan-
to menor ~ a quantidade de água nele dissolvido.
3 - A solubilidade ~e água no megma depende da pressão. A temperatura
constante (B-B' e B-6") a quantidade de água dissolvida no magma
·aumenta com o aumento de pressão;

Acrescenta-se que a quantidade ~e á~ue ~issolvida no magma depende do


tipo de magma e do tipo ~e pressão que age sobre o mesmo~ Os resultados ex
perimentais revelara• que magmas granÍticas conseguem dissolver alguns peL
centos de águe, enquanto que m~gma basálticos aÓ conseguem dissolver fra-
ções de água. Ae consequências de tal co~orta•anto fora~ discutidas no i-
tem 1.2 . 5 c
O diagrama da · figure 2 refere-se a condições nas quais e prassao que
está agindo sobre o magma é a ~&me agindo sobre a água nele dissolvida.(~
te caso porém nem sempre ee realiza na natureza, onde podem ocorrer câmara
magmáticas en.;olvidas por rocha• encaixantes que aio permeáveis à agua rna·s
não ao l ·Í quido silicático. Desta maneira e pH-eeão q~ age sobra a câmar a
magmática força a passaQem de certa quantidade de água di•solvida no mag ma
a través das rochas encaixentcus, permeáv·eis a e• te componente . Resulta po i s
que a pressao que age sobrê e fração sil!o&t1ce do meo~a, que nêo conseg ue
atravessar as rochas encaixantes, é mai~ que· e que age aobra e água nele
dissolvida 9 capaz de uma migração • A e·ste fG'nÔIII'&AO denomina.:.se de pressã:>
diferencial e seu mecanismo pode ser compara,do com o desenvolvimento de
uma presaao esmÓtica 9 em sistemas contendo eili~atoe fundidos e águe, · am-
bos sepa r ados por uma membrana semi-permiável. A s~lubilidade da água no
magma sob pressão difer e ncial e ~>tá rei'Jresentada na figura 3. Observando-se
esta figura nota-se que.a quantidade de água dissolvida no magma (0',0 11 )d.!,
minui com o aumento da pressão diferencial (A'-A e A"-A), o que contrasta
com e mlubilidade da água no magma quõndo sobre ambas as faaesp a silicáti
ca e a ac,uosa, agir a mesma pressão.

1,4.5 - A Origem da f~se Gasosa

Analisada e· solubilidade ~a águe no magma é possível entender-se a o


13

rigem da fase gasosa. Co~o ficou expÔéto no !tem anterior (1.4.4.) a solu-
bilidade da água _aurnenta com o incremento da pressão à temperatura cone-
tente. Este r.onstatação resulte no coriolário de que para manter-se deter-
- ~inada quantidade água dissolvid~ no magma é necessário uma certa pressão
já que, como pode verificar pela figurd 2, i pressão normal a quantidade -
norrnal a -quantidade de égua dissolvida no magma é praticamente nula ( ver
tamb~m o item 1.2.5.,. Consideremos agora e tristelizaçio de um magma gre-
n!tico9 representado pela figura 4, que mostra e tempe~ature de cristalize
'
ção em função de q-u antidade de águe dissolv--ida no magma. A curvll indic~ cl.!,_
remente que com o aumento da quentid.e de d-e á~u1 ·dlal!lolvida · no magma, dimi-
nui a temperatura de crist~lização. do mesmo. · Al~~
'
! do mais, o .gráfico forne
ce informações sobre a pressão necessária pet'e manter as - diversas quantid_!
das de áoua dissolvida no magma. ,,
.
Consideramos agO~a um magm~ gran!ticb ' eítuado a 4 km de profundidade
(-1000 atmosfera} e contendo 3% de ~gua dissolvida. Nestas condiçSea o ma~
ma iniciará e sua cristalização ' a aproximadamente 800°C (Ponto A). Com e
qL•eda de temperatura a· ctistalizeçSo segk.lirá. normalmente até que seja e-
ti
tingida, por ~xemplo, a temperatura de 700 C. -Neste altura, aproKimadamen-
te já e metade do magma estará cristalizada e e fração ainda lÍquida co~­
terá 6% dé água dissolvida (Po.nto ·8) ~ Para manter esta água dissi)!vide S,!
rá necessária cerca de 900 atmosferas (Ponto 8'), um valor portanto infe-
rior à pressão que está , ~(agindo sobre o magma 1:1 -ue, corrio já vimos, é da
cer6a de 1000 atmosferas.
,. Continuando a cristalização, ao eer atingida e
temperatura de 680 ° C (Ponto C) e fração ainda lÍquida dél magma inicial te-
rá teoric~mente 7% de água dissolvida. Para manter esta égua dissolvida no
magma serão necessárias cerca de 1100 atmosferas (Pgnto C') pressão maior
que aquela que está a·gindo sobra o magma. Portanto a pre·ssão não consegue
manter os 7~ de água dissolvida no magma e sim somente 6,5% já que a pras~
são que age sobre o magma é de lOQO atmosferas (PoMto O). O outro 0,5% es-
capará do magma, por vaporização, e ~ire contituir a fase gaaoee, aumenta~
do proporcionalmente com futuras queda9 de temperatura du•ante a cristal!-
zaçao.
Resulta pois do aci~a exposto que a fase gasasa nao se forma por aqu~

cimento como se poderia imagi(uir ·rntuitivar.,ente baseado no exemplo de cha-


leira que aquecida faz a ·água ferver com a liberação de bolhas de er, a fa
se gasosa, e sim pelo resfriamento do magma. Um melhor exemplo, comparati-
vo, seria o congelamento da água durante o qual gtende parte da ar disso!-
, ,
vide na agua, e espremido para fora durante o prbce~so d-e sua cristalize-
ção.
F::ntandido o processo da formação da fase gasosa pelo resfriament0 dCI
meqma por ocasiio de su~ cri~~aiiza~=o: o exeme ~da figura 4 permite rle jm•
14

dieta, vislumbrar um outro processo para a formação da fase. Consideremos


um magma a 7"50°C e sub~n&tido a 900 atmosferas de pressão (Ponto E). Nes··
tas condiç5es o ~agma conter' 4% de 'gua dissolvida qua ~erio mantidas ~e~
ta situaçio j~ . qua a pressão que age sobre o magma ' maior que a pressio n~
cess~ria para manter os 4% de ~gu~~ dissolvidos no magma {Ponto E'). Se nes
tC'Is condiçÕes • câmara for ;alvo d9 falhamentos que provoquem um alÍvio de
I:T
pressao para, por exemplo, po.uco mais de 100 atmosferas (Ponto E"), os 4 ,.,
of

de água n~O maiS p&rmanecerãQ df980lVid09 D : já que nas novaS COndiçÕes


\
a
~
pressa- o só consegue manter 1% - ~e água no magma. Os outros 3% sofrerão vap~
riz a ção e irão cpnstituir a . fase gaeosa.

1.4 . 6 - feiçÕes GeolÓgicas ligadas à Fase Gasosa

1.4.6.1 - fracionamento Magmático

·como ficou exposto no !tem lo2~7 o rracionamento significa e divisão


de um magma original homogêneo em várias fraç5es de composiçÕes distintas
entre si. No caso do desenvolvimento de rase gasosa a fracionamanto ocorre
bas.i.camente, segundo dois proc;;essosl

1 - · ~elo prÓprio desenvolvimento da fa~e g6soaa que, obviamente tem


composição diversa da fase cristali~ a da fase ainda l!quida do magma com
• A ' ,

as q ua i P. coex~ste na camara magmatica.



2 - O desenvolvimento da fase gasosa 1"1cia-se com e formação de num~

rosas e pequenas bolhas que se formam em todo o magma. Estas bolhas parce-
lam o magma, rumo ao teta da câmara onde irão aglutinar-se para cons t i t uir
a fase ~asosa. Durante a sua parcelação pelo ~agme alguns minerais j~ cri~
talizados podem aderir às bolhas~ sendo arrastadas pelas mesmas até as pa~

tes superiores da câmara magmáticao Se houver Ulft8 aderência preferencial. · ·


por parte de algun.s tipos de minerais, a pérte supe•ior do magma ficará en
riquecida nestes minereis do magme de tal modo que, após e consolidaçio to
tal do :r.agm9, ocorrerão nos nÍveis superior de corpo rochoso resultante, t.!_
• J
pos litolÓgicos enriquecidos em certos mina~a~s especÍficos, e portanto de
comr·osiçio distinta das outra!;! rochas ·do m~atito.

1 . 4. G.2 - Abaixamento da Temperatura da Cristaliz~çao


....
L gráfico da figure 2 (item 1.4.5) já reve!ou q~e a preeença de água
dissolvida no magma d•prime a aua temperatura de ~iatalização. Como outro
exemplo poda ser citado o sistema binário DiopsÍd~o - Anortita·, que contém
um ponto Antético. A temperatura de cristalização do diopeÍdio, da anorti-
o
ta e de ~ , ü: tura eutética é, em condições secas, respeC?tivamente de l3 GO c9
o o ,
1550 C e 1270 C. Guando eeté mesmo sistema e aubmet~do a uma fase ga so s a
,
de vapor d'agua - de 5000 kQ I cm 2 , as temperaturae supra
sob prassaa . ~encionr
,
..., ..
'"'

Figuro 2

Solubilidade da água em
Magrnas Graníticos

10
goooc
-of) 9 1000° c
CQ) 1100° c
Q. 8
1200°C
E
• ·7
~
.:, 6 1
I ,.
- _.,-
t
5~--- ~ -r-r-.r-,;(" I
I I
o 4 I
'"O I
>· 3 I I
.,.,
õ
L .I
=ij 2 I .I

.J 1-v'
I I I
,I . I
18 tB
I IA
o 5 - 10 15km

I
o 1 2 3 4 kb

,
.yt
15

das diminuem respectivamente para 1300aC, 1240°C e ll00°C. Estes dados n~­
méricos mostram nitid8ménte e gren.de importância de rase gaso s a na depres-
são da temperatura de cristaliliaçio ôe um magma, o que indica em amplas c.o.!!
sequências petrogenétlcaa. (figura 9)

1.4.6.3 - Mudanças na Crietalizaçi2


..
As mudanças na marcha de crietaliz~~io pela ação da rase gasosa podem
ser de várias origens, destacando-H porém três casos -f undamentais:

1 - formação de minerais novos. NB !tem 1.4.6o2o foi visto que e fase


gasosa deprime o ponto de criat4liteQão de um magm~. Por &ate 9rocesso ~ é
pois possível e cristalizaçi'o
. oe rnineraie de baixa temperatura que, na a~
'sência da . fase gasosa não teri_a-m sido cristalizados, já que a consolida -
ção do r:; agma teria ocorrido a temper4tur·a s mais elevadas. Outro processo de
fo rmação 8e novos minerais reside no autometemorfismp. Neste caso a fase g~

sosa-:hidr o terrnal surgido no fim da cristalizaçã-o r~aga eom a fração ·· Já


cristalizada originando novos minerais.

?. - Mudança na proporção dos ~inerais cristalizados. Reportamo-nos n~

vamente ac ·s isterna diopsÍdio- anortita, mencionado no item 1.4.6.2. Emco~


diçõe·s secas cristaliza no ponto eut.ético uma mistura de diopÍdio e ano!..
t l~ a na proporção de 58:42 , a 1270°C, este ~esmo sistema sub~etido 8 - - -
2 - , . , •
5000 kç / cm de prsseao de vapor d'agua cr1stalizara no ponto eutetico, õ9~

ra a ll00°C ~ uma m~stura de diopsÍdio e anortita na prQporção de 27:73.(Fl


gura 9).

3 - Muda nças no tipo de rocha cristalizada. Consideremos um ~e g m3 bá-


sico que em condiçÕes secas dará origem a um gabro, .constituido ess~ncial­
mente por piroxenio e plagioelásio. (ate mesmo magma, se cristalizar sob ~
levadas pre Gs 5es de vapor d 1 ~gua, iri originar um ~~fib6lito, aonstitu!do
basicamente por anfibÓlio e plegioclásio.

:.4.6.4 - Explosões Vulcâncias

No item 1.4.5 foi demonstrado qua a fase gasosa tem a sua origem lig~

de a uma conjugação de fatores representados pela temperatura do magma,Reu


teor em água, a pressão necessária para manter esta água dissolvida no ma~
ma e a pressão total agindo sobre a câmara magmática. Se o desenvolvimento
.
da ,-fase gasosa for muito rápida, de · tal modo que e sua pressão supera a r_!
eietêncie das rochas encaixantes. Resultar~ .uma explosão vulcânica (item
1.2.7).

1.4.6.5 - Assimilação r.ag ~ática

C: s dois processos b~sicoe da assimilaç6o , isto é, da "tli .:,;;,;:,::.i:: o" ri·;, rr;
16

c has encaixantes pelo magma, são a dissoluçio a a corrosão. Um aumento do


teor de co2 no magm~ acarreta um maior poder de solubilidade de cao, ou se
ja, , de rochas encaixantes calcárias. Por outro lado faee• Qaaoaaa enrique-
cidas em Hr tem um al t·o poder de corrosão, ~ .qwt .l.al·1ca ,_,.. •io~ taxa
da rochas encaixantes assimiladas.

1.4.6.6 - Jazidas Pne~matolÍticas

~ fase gasosa, altamente reativa, e rrequentemente contendo compostos


metálicos, ao atravessar as rochas encaixantes durante o seu ~scap~ de câ-
mara 111egmática·, orig~na as jazidas pneumatolÍticas, quer pele reaoçao entre
a fase gasosa e as rochas envolventes, qu8r pala depoàiÇão de partes dos
componentes contidos na fase gasosa por mudança das condiçÕas de ·pressão ,
temperatura e ambiente quÍmioo.

1.4,6.7 - Tamanho dos Cristais

A . fr~ç~o magmática final, enriquecida em água (figura2) e coexisti~do


com a faew gasosa, parmite o desenvolwimento de grandes cristais. Entre as
principeie causas qus explicam éste ranômeno de~tacam-se:

l - O mag•a residual dado o s~ conteÚdo em água e gas~s exihe bai~


visCosidade o que permite unta maior di fusão iÔnica no ;r:ag rna, u rn

ctos fatores que controla· o desenvalv imento dos mineré'li s ( 1. 2. 7.).


Desta maneira fica garantida um suprimento contínuo, no l a ca! da
cristalização, dos elementos necessários para o des9nvolvime~to de
9randes crist a is.

2 - A riqueza em água e gases depri me m o ponta de cristalização de ma.9.


ma (1',4.6.2.), pe rmitindo assim que a ma9ma permaneça lÍquido por
meiorea tempos o que possi~Llita ~ desenvolvimento de cristais mai

· 3- Um magma crista l i z acl~ a baixas tem~eraturas contém menos energi?.


de um que . cristaliza a altas temperaturas. Tal fato ~er ~ ite o rl a-

eenvolvimentC!I de maiores cristais já que os grandes cristais ex·i-


bem ~enor &nargie de superfÍcie do que cristais pequenos, ·estando
port&nto mais adaptados ao ambienta do baixa energia representado
pelo magma ~esidual.

As axplenaçÕ13s ant.er·i or-as permitem d@!f screver B- magma residual como s r.: n
do a Últilfta trac;ão magmática a cristaliza~:, earacterizadQ por seu alto con
..
teÚdo em voláteis, c~nstituindc a fesa gasosa ~ a rase hidrotermal. Por ou
.
tro ledo ricou exposto no item ' t:4..6.l. que a ... f'ase gasosa desenvolve-se P!,
~
",J li\~

Figuro 3
Solubilidade da água em Magmas Graníticos em
condições de ·pressão diferencial

b
3000

2500 •
1000° c .s
o 4
::;,
~2000

o 3 •t. (em pêso) ·de


(b água dissolvida
ii 1500
<O
f)
. .2 .
o
'O
·cnoc 1 ooo
o 1
lO
U}
Cll
~ bOO
o.

o 1 -- - - r----- 1 r- I
0 500 1008 1500 2000 2500 308J b
Pres são agindo sôbre o r-1agma

1/.
L-. ·· - - · --- -~-
- ----- ----···--- ··------·-- - -- - - ---------- - -- -~ - -- -----

Variação do ponto de cristalização de um Magma Granítico


em função do ssu conteúdo de água dissolvida

•c
figura /~
1000

900

LIQUIDUS
800

1oo . =~.JL.. c
- - -------------~ -- - - -----~------------- - ~-rF~~-----
. . .· . I : I . .
SÓUDUS ,' :
:
Ir
600
I I o r
J I I
I : I
••----~----~~----~. 'o
500 I ] I I I I . . I I
o 1 2 3 4 - 5 6 I 7 8 r:-1~
I
I
I
I
I I
I
: H O dissolvido no Nagma I I
2
~---...----------.-----l,
' ' I.. 'to r
1..
I
o E 500
. E B 1000 C atra.
Pro;;".êio oescessária paro manter . o água dissolvido no Magma
,,~
tf,~'

.'I. l>
,.,. Q
17

l a formação de numerosas e pequenas bolhas ganogas que p~rcolam o magma •-


té reunirel'l-se nA rarto sufled.ar da camara magmática. s\ s bol!-> ;-.s de ga ~ es m..!.
g ~R m d Pntro do mag~a controlado pelo grodiente de presa~o o te n peratura,i~

to é, dirigem-se aoé locais de mF.!nor >: resseo e temperatura da câmara. Uur~


te a sua migração ee bolhes podem arrastar consigo certos r.•ineràis especí-
ficos (item 1.4.6.1.), inclusive silicatos de metais a1ca1inns. Isto faz
com r ue o ~" •agl'1-a fi q ue enriauecido em Si0 , 1< 0 e ll.l,n • F.studos
residual
2 2 3
2 2 3
no s i · tema 5i0 - ~1 0 - K 0 sob pressão de vapor d',gua rAvnlaram que
2
qua n t o mai o r for a concentração de K 0 neste . sisteme tento mennr ser' a
2
sua te mperatura de crist1-1lizaçio, podendo ser deprimido ate:í c1 1JIJ°C. Esta n a.!J.
ma lt'esidual, a() cristalizar.,, ··· ir' originar os pegmet~tos, r~orpns rochoso!l
constituÍdos essencialmente por Feldspato potássico, q u artzo o r:"lica -(ri q u~
za em K o, Al o , Si0 ), de i;)ranuleção Qrosseira ( itern 1. 4. ~~ . 7.), ~ Hu ,• j os
2 2 3 2
ge~ ~ lmente, juntG aos contat~s da antiga cimara magrn,tica (seus loc i i s •· a ~s

frios), e ocupan-d.Q E)-uase sempre fraturas ou outros . planos rle r. ,_, ~, tura ( ·1·ag-
me residual, bastante fluido, ~ injetado ao longo deste 3 planos ~ e r u ptu ra
pela pressão >.dos elementos voláteis). Como se nota, há urno '; xcelente c o n:::or
d~~cia entre as previs5es te6rico - experimenteis e as con~tataç5es da ge~
logie de campo.

1 . 4.6 . 9 - Soluç3es Hidrotsrmais

No presente !terr. sor6 exa minado rapidamente o rnec a n iw~o Ô<' f n:: :! ·· .:n
das sol u çÕes hieroterrraü, . J ~ f icou estabelecido que na f~ -:;.., f'i nr.l rl2• :- .- i s
taliz c ç ..~,-J magmática, coP. xis h !m na dimara magmática a~ segui n tes fase ·. :

1 - Uma fase 86lida, representada pelos minerais J' crist ~ lizadc s.


2- Uma fraçi~ ~$qmát i c~ lÍquida, saturada em água.
3 Uma fase gasosa q ü e lj pelo abaixamento da temperntt!ra, pa~sa grad.!:!_

almente ~ fase hidrotermal.

{. Óbvio que a f'$~a- tüdroterme .l está ligada eo ponto cdt .i.co da ·á r~tJ ã,
ou seja, a tem poraturé nci 1·1 a da a.ua l não é mais poss{veJ. corw<-3rter-se ova
por d ' água em _ág1,.1a .oeio i n c;.·rúc:cnt o da pressão. · A far.8 ' ::i.dr!"'L: rmal sê po de
pois ocorrer ae a cimara mA g~ ~tic a exibir tc ~ per ~ turas infer~~res ~ te ~ re­
r·atu :ca cr{tica da água. Por ~u ~ ro lado o va p o ~ d'<:Ígun ~. · fr~Ge ~ja ..,o s n t (;! 'i -
bém é um gás rarefB.J.to, ; idêntico aquâle que é visto 3 ::' :: r d i'! U "Z~ c :1lr: i r<: -
por ocasião da ebultção da . águA. 1\ o co.n t rário, o vapor r:! 'água n ci. n ~t t~ <.~ •r':n

peratura cr!.tica, e Sll bmetido a elevad:Js p reesn e s, com~ tit u i um r,; á r: r11 . ito
de r.so de alto poder· de r.f i üsoÍução. 1\s ~: im a t:OQ°C e 10!' ..' :; t •- : c- ::'' ~=::c-:: ele ; •r•.::s
I~ . são, a densidade do " vapor - ~',; q uii é de t' ,71 não muito dif<! rent'1, poif: , da á
I gua sob condições norm ~ ls . Tal fato faz com qtte o r:!~$~1 nvnlvincnto da f :: s13
hidrotermal p0'S98 ser eAtualadO partindo-se do dese n volvi: r3ntl1 d .! f a ~: ! rp so
1) 8 •
18

Em outro tÓpico {item 1.4o3.) ficou esclarecido que a composição da


fase gasosa, e portento também da fase hidrotermal va;-ia cóm e temperatu··
ra e o estado de oxidaÇ-ão. Para estudar-se a variação da compaição da f~

se gasosa devemos considerar as seguintes relações que envolvem as duas fa


ses magmáticas mais sucept!veis a mudanças durante o abaixamento da tempe-
ratur~, ou séjap a fase magmática lÍquida e e fase gasosa:

l ~ O coeficiente de distribuição {K) expresso pela reJa;ão de solubi..-


lidade de um composto vol~til no·magma e na fase · gasosa.

K = Solubilidade do composto V no magma


Solubilidade do composto V na feae gasosa

2 - A relaçio (X) entre e fraçio do magma transformado em cristais •


e fração- transformada e111 fase gaeoea durante a cristali~ação.

3 - O teor de águá (T) diaaDlvido no magma~


Consideremos um magma contendo l% da água dissolvidos
(T = 1/100) e contendo voláteis dissolvidos na concentração de
0 , 001% no instante do inÍcio da formação da fase gasosa. Conside-
remos ainda tr~s componentes voláteis com K de 1/50~ 1/100 e 1~00
isto é, compostos com solubilidade, respectivamente, sn, 100 e
500 vezes .maior na fase gasosa do que na fração lÍquida do magma.
Nestas condiçÕes a variação da composição da fase gasosa se fará
de acordo com as curvas da fwgura 5.

Do exame desta figura resulta a constatação de q~e:

l - Compostos voláteis com K T aio enriquecidos progressivamente na


fase gasosa com o andamento da er1etalização.
2 - Compostos vol~t~is com K = T teria a sua concentração mantida con ~
tanta na fase gasosa, com o anaamento da cristalização.
J - eompostos voláteis com K T eetã~anriqu~cidos na fase gasosa in1
cial formada durante a cristalização,.

Este processo mostra bem que durante a cristalização a fase gasosa m~

da constantemente de ~omposição o que, sscapand~ da c~mara megm~tica, pelo


abaixamento ·. da temperatura irá . originar soluçÕes de composição também vat:i
áveis.
Em !tem anterior (I . 4.j) foi veriricadQ que, apesar dos mu1tiplos fa-
tores que influem na composição da fase gasosa, medidas realizadas no
mundo inteiro revelaram uma surpreendénte homogene i dade na composição da
fase · gasosa magmática. Em função da tal rato foi calculada uma composiç8o
iJa dtão denominada uma composição de "fase gasosa stendart". f·Jesta f a se r. t ;:;r
i a rt foj. calculada a pressão de vapor dos seus metais constituintes bem co
no a tesrectiva fase s6lida e r t~vAl a 600°C.:
19

Pressão de vaeor rase sÓlida


Metal (Atmosferas) e!'ltável a 600°C
Hg alto sulfato
Sb 0,7 sulfato
As 0,1 sulfato
Bi 10-2,2 sul feto
Pb 10-2,3 sulfato
Sn 10-2,9 Óxido
Mn 10-3,4 silicato
re 10-3,9 ttulfeto
C1 10-4,6 sul feto
Zn 10- 4,7 eul t'eto
Co 10-5 , 0 sul feto
!·lo 10-5,1 Óxido
10-5,7 sul feto
Cu
1\Íi 10-6,2 sul feto
Ag 10-7,3 sulfato
Au 10-16 metal nativo

Quanto maior a praaaio de vapor da um alament~, tanto maior o eaa ca•


ráter vol~til, isto ~. e sua capacidade da ~~g~açi~. t por este motivo que
combinando os fatores "mudanças na compoeiçio ~~ fase ~es~ee no decorrer da
cristalização" a "poder de migração ve ri;.Ível, r.itt a·c ordo. .U:-ID-I'D .a tensão de va
por" que oa U.pÓsitoa tiidrotermeis (forn•a ·i a <'< ~lQ .abaixarr.ento dl:l tem pr;r a ;:.~~
ra da fase gasosa) ocorrem uma sequência rH..:f i nÍQC\ a pé:lrtir •1o c c nt.ro !IA " -

tivi8ade magmática, num fenômeno danominedo da "talescoping '', : ;s I:Jct - ;i. ~ r:o

mo Pb, Zn, As e Hg por sue alta voletilidnde ood&rtft fli~E"ar até reg i.Õns :.:.is
afastadas, ma is frias, con!!d:tuindo e s Ja7. idas ep!·Utr-mar!ts, lt!lngE da r.:3 r"a r a
magm~tica. J~ o Zn e o Cu, com menor vol~tilidade, teM m~nor c R· · acid~ de do
migraçio, constituindo jazidas mesotermais. fe~ Zn • Cd, com volatilida rle
lftU~to semelhantes, são encontrados frequentemente assQciad'os num mes mo de-
~Ósito. Co a Ni, por seu baix~ poder da migração coostltuem quase sempre ,
j~zides hipotermais.
,
Infelizmente porem nem todas as jazidaa hidrotarmaie p&dem ser expl!
c~dos só em função da volatilidade dos elementos ~nvolvidos. t o caso . da
frequente associação entre Cu, Au e AQ com tensões de vapor bem distintos,
bem com~ o caso do Sn que cons~itui preferencialmente jazidas hipotermais
apes&t' di sua volatilidade s or similar n do zn e f"a. Também o Mn constitui
uma e~~essio, originando. n8 ~aior ia das vezes jazidas mais afastHd~ ~ ~o fo
c o magmático do ' que as de Pb, apesar de exibir menor tensão de vai)o r •Jo
<:ue este metal. (stas d i s ~ repânci a s entretanto podem ser explicadas por ou
2.0

troa fatores, tais como fracionamento sofrido pelos gases e soluções hidr~

termais ao atravessarem as rochas encaixantes. Este fracionamento ocorre,


por precipitaçÕe·s e reaçãaa preferenciais entre as fases fluidas e as :ro-
..
chas encaixantes. Tal fato explica as râpidas variações na composição das
emanações em áreas contÍnuas da regiÕes vulcânicas (item 1.4.3.) .
O fracionamento da fase gasosa e hidrotermal leva à formação da um pr~
duto final fortemente ácido, . enriquecido em HCl, HF, H Sp 50 20 etc. ~:tas
2
fases fluidas residuais frequentemente atacam a8 roc~as encaixantes órigi-
nando jazidas pneumatol!ticas {item lo4.6.6o) constituindo na maioria das

vezes por cristais de grandes dimensões (item 1.4.6.7.).

l.4 . 6 ol0 - Ascenção do Magma

Uma das constatações geol6gicas mais bem fundamentadas ~ a do compor-


tamento diferencial entre magmas granÍticos e basálticos. Assim cerca de -
95 % de todas as rochas intrusivas são de composi~ão granit6ide enquanto -
98% de todas as rocha5 extrusivas tem composição variante entre nndes!tica
e basálticao Este constatação indica que os magmas granÍticos quase nunca
e os magm3s basálticos quase sempre, atingem a super f Ície ·da Terra dur6 ~ te
as atividades magmáticaso As causas deste co~portamanto difereneial estão,
em ~ arte 9 ligados à fase gasosa.
As observações do campo mostram que existe 9 via de regra 9 . uma Íntima
associação entre granitos e magmatitos o que levou ao deeenv~lvirnento da
hip Ótese de que o magma granÍtico se f_orma pela fusão seletiva de rochas
pré-existentes dura~te ~ orog~nese, já que 08 grandes corpos gran!t1 c o s o
c 0pam, preferencialmente 9 os n~cleos das ~ cadeias montanhosas. Trabalhos ex
perimentais reveraram 9 que. na presença de água e sob pressões 2 - 4 ~b
(= 5 a 10 km de profundidaoe 9 principal zona de ocorri ncia dos granitos ) ,p~
de ser obtido um magma granÍtico, pela fusão de gnaisses a ?ao! 50°C (tem -
pe r atura frequentemente atingida durante o metamorf i smo regiona l mais en~r
gico)"
Outro fato que precisa ser levado em consideraçio ~a natureza dacri~
talização magmática. A consolidação do magma gtan!tico ocorre num i n terv~
lo de temperatura muito reduzido de tal modo que a cristalização pode ser
considerada 9 de uma maneira simpli~icada, como sendo eutética .
Posto isto, passemo~ para e figura 6 que, na sua parte inferior forna
ce a curva da cristalização de um magma granítico saturado em água 9 em fu~
ção da pressão ~ Nota-se que com o incremento desta aumenta o teor em água
dissolvido no magma (1.4o4 o) e em consequ~ncia, abaixa a ~ua temperatura-
de cristalização (1.4 . 5o) .
Imrortante pata o ~ecanismo da ascenção do magma é o fato, corsolério
do acima exposto, de que quando um magma granítico sobe atravÁs da crosta ,
21

isto~. que ndo diminui & preseio , aumenta a sua temperatura de crist8lizH-
ção (figura 6), Já que a . menor pressão tem-se uma menor taxo de. água dissJl
vida no magma .
Considere~os agora um magma qualquer situado no ponto ~' e sujeito · e

....
um mecanismo geol6gico que permita ~ sua ascsnção atra v6e da croata te~re~
~ f
tra. A subida do magm~ (el!vio de pr~ssão) far-se-á atá e pr ofundidade A'
pois neste loca-l o magma ir;é cristelizar-ea e port$nto néo rftais poderá mo-
viment a r-se • . O mesmo vale pera ·um magma si tua do fto ponto f! qllo irá subir a
té a profundidade ~· Nota-se de imediat'o· QUA quanto maior a temperatura i
nieial do magma, mai-s ptllrto da euper'flcie o !!'lesmo pGtlerá ci-Jagar. 1\ c onr.l u-
'
são que se chega á que somente magma com tamp'lilra t ure inicial dEJ 960°C ou
. . '
mais (Ponto f), poderio atingir a superfÍcie de Terro , constituindo lavas
riolÍticas ou dac!ti~s. Estas temperaturás são entretanto muito dificAis
de serem atingidas durenta a orogenia , rnGtivo pelo qual as rochas ácidas ~
fusivas são bastente raras.
Passamos agora êb magma basáltico 9 cuja curva de cr is talizàção está r~
~resentade na perta superior da figura 6. Como o magma ba s áltico só contém
traços de água di ss olvida (item 1.4.4.) e s•u.f.i tempe ratura de c r ista li z a çio
aument a com o aumento da fJréssão, ao contrátio do rnagma gran!tieo 9 fraque!!.
tement e saturado em água. Alé.m disso a cristalização do ma gma basé l tico que
se origina nas camada s inferio~es ~a crosts tut~~str o (Simo ) ou nas partes
su oeriores do Manto, ae fez nurn Omplo ~ntervalO de t Gm o e~ a t ura ( cerca de
150°C, figura 6), ao contrário do rt@grna graniHco, de cri. s taliz~ção prati-
ca mente eutética .
Estas diferenças de term i nem o fato do magma g ~an í t ico quase nunca, e
o magma basáltico quase sempre , atingir .a sup e1.· ff ~: 1 e d<! c :-osta t er r estre .
Enquanto para magmas ácidos à temperatura da crist a liz-e ç5 o~ devido a p re -
eança da água, aumenta com o al!vi9 da pressão , pa r a ma grnes bá sico s osta -
tempex-atura diminui com o ·abaixamento da ~ressão , como n.o c a so r e presenta-
do pele Ponto .Qo
Para ent ender - se melhor o mecanismo da a s CQnç~o do mog ma basáltic o co~
sideramos os escudos continentais, "ü-ina das ~giões ~é f e ridas pel a ocorrS_u
c!a da derrames e in t rus~as basálticas (~~~ia do Paren~; Sistéme Ka rzoo, j
frica; Decan, India). Os escudoil ~o quàl tabuleiros rÍgid:Q s aob t enar:tendo· o
'\I

Sime o Por sua rigidez ee escudos· não sã o dobráveis quando sobre os mesmos
,"
a
.....
gem esforços formados no i~terior da Terrao Não podendo ass i milar os esfo~

ços por dobrame nto, oa escudos rompem-se, sendo re ta lha dos por p r ofundas e
extensas f ratu r He, denominadas de geocla·ses . Esta e fra t ur.as, a tr é,ves sa n do
todo o escu do, vão atingir o Sima a mesmo o Manto 0 lev a ndo a e~tes locais
um treme n d o alfvio de · pressão. Em c9nsequência as rocha s do l oca l a tingido
mantida s e~ ea t e d o s Ólido devido a~ ~ rende s pr e s s ões so bre alas atua mt li-
?2

quefazem-sQ sob o arei to do el!vio. de preaeãa {Ponto· f}. por meio de umt::
fusao seletiva. O magma resul tanta, ·mais leve que o ll'a terial c r i:-t.>-~ l.i.r1o ,!_"
leva_-se ao longo das geoclasea eté.,.ating~r e supaE'f"!ei_e da crosta terref.l-
·t ra.

As principa·i s· direrençae entra "'agmas bl'lsÁltlco~; o gran{ti'C:os, estão·
assinaladas no quadro da p~gina sag~inte: ·

Concentração do composto no fase gasosa


,..,
p .P !==> p ;--· 9
o ..... N c..> -~ <Jl 0') ~

\
'I
o O ~
OQ
X "......
11
Ã
11
..... " 11
35,
..~
o o
-
11
.,
o
<>
~ '
(J1
o
,o
'o..... 8
..J>
....... 9
o:1 a
01
o (i o
3o
(.0
ao.
,g
a..,~
3C>~ o o'-·
-
õ'
o
.~
tt ~~
.' (i;' O,
o..,
(.'?'
p
CJ) ~
~
....... so
~a
it:i' § oNo.
<> !
o Ol-
o. .o. ~·
Q
o <O;
ê:D
,..
<0·.
(O
o(/)
'

.,c ~I
o o
e;~-------....~------------------------------------------------~-----=== (J1

---------------------------------~'"-~
23
r - - --- - ~- . -

Caractedsticas M. basáltico M. _g_ren! tico


50-100 km de pro fundida-
de base da crosta, pa,rte 2 0 km, nc interior
superior tlo manto.
Grigem da crosta.

Fusão por alÍvio de Fusão por aumento


r:r oc esso ..
p~asio {geoclasee) de tempe ratu ra por
. ~

ocasJ.a o de o ro9·enia

Alguns porce nto s,


Ág ua c.i.ssnlvida Tr~ço.s fr~quante m~ nté · s~
·'

turado .

650 - Bt'l0°t , rara-


...
Tem~ o: atura 1200 - 1500°C IT'ente
eoo 0 c.
superio~:
'
6

Compo r ~ -""€:- L o
' ,
c a.r 8 c ti:! r J :.; -
ti c o da t ~ mperatu.rà sol i-
,\-t:~aixe l\U!'Ien t a
dus corn o abaixamento da
pressao.

NÚcle o s de oa ci !il ias


Ocorrência principal f. scudos etr>távt"ais
de mont.ünhas
..
Cerni nhos pare e ascençao Fre~uer. t6s P o: ~ coe

..
Existi'1do c~minhos para
••• f so' qu ando
8 ascençso, o FMg.ma so que se semf'Jre
- • • G • •
su para q,,ecido
be . ........... .
"

Observação gP.o!Ógica f~l! i to basal to Muito granito


p~ uco gebro pouco ri olito
.

..,
24

2, Sistema Binário

2 . 1 - Generalidades

A cristalização l'!"agm8tica é um processo bastante c:ntplP.xo, va -:-i. n::ic


de acordo com a natureza do magma e das condiçÕes ambientais. 9asta rele~­

brer aqui, por exemplo, as direrençaa no comportament.o de magmes basél ti-


cos e graníticos durante a eua cristalização, já abordada no !tem 1.4.6.
10, e ditada pelos seguintes fato~eet

fYlagma ~gua dissolvida Intervalo dA temperatura


. entre o in!c io ao fim da
crista lização

Ba sáltico Traços Amplo


Granítico Alguns % Reduzido

Percebe-se pois de imediato a importância de entender-se .o processo da


cristalização magm~tica já que o fen5meno permite explicar a distribuiçio
e as feições geol6gicas que caracterizam a oco~r~ncia dos diversos tiros ~~
tol6gicos. Tamb~m a diferanciaçio magmática~ isto ~. a formação de vários
tipos de rocha~ a partir de um sÓ magma, poda ser entendido através do ti~
po da consolidação !gnea, assi m ccmo o desenvolvimento de certas estrutur~
e texturas tÍpicaso
A cristalização· magmática ~. co::o indica o prÓprio nome 9 a transforme
çã-o do lÍCjuirio magmático em cristais pelo resfria mente da câ,~a r a rnagl"!lá tica

isto é, pslo abaixamento da temperatura. Du~anta a cr~stálizaçio fica pois


caracterizado um estado de equilÍbrio entre o lÍQuido magmático 9 que ainda o

irá cristalizar, e 'Os cristais já formados. E~ outra& palavras~ a cristnli


zação magmática pode ser eqtudada por diagra~ea da equilÍbrio que são obt1
dos por via experimental em laboratÓrios, utilizando-se como modelos mistu
ras de silicatos representando magmas simplit.icados

2o2 - Regra das fases

Para um melhor adendimento dos diagramas de equilÍbrio é neceasát<io ra


capitular auóintemente a-regra das fasee axpr~ssa pela relaçio:

f = c p + X

f = grau rle liberdAde, isto ~. n~meroa dft par~metros de estado que podem
ser var~ados arbitrariamente, sem ~udar o estado do sistema.

c ~ número de componentes do sistema, correspondentes ao número mÍnimo da


25

substâncias quimicas necessárias para a descrição da composição do si~


tema.
p = nÚmero de fases do sistema, isto é, os diversos estados ($Ólido, l{qul
do, gasoso), dos constituint8s do sist e ma. As fasAs s~o portanto parte
hornogêneas do siste ma, sem quê haja necessidade de sua continui rla de fÍ
· s ica. Assim se tivermos 10 got!culas de Óleo isoladas, emulsadas num
copo d'~~ua, teremos duas fases (Óleo lÍquido e H o l!quidG) e nio 11
2
(água + 10 gotículas de Óleo).

x -· parâr:1etros do estado do sist.éma, isto é, as condições que definem urna


determinade associaç ~ o de fases do siste~a. Pela var1açio dbs par~rne­

tros do estado é po s sivel fazer surgir novas ra~es pu provocar o desa-


~a recirnento de fases previamente existentes no ~1s\eMa.

Consideremos, por exemplo~ .. o sistema H 2 0 (fiQure 7} o t po:es!ve l o bte.::.


se v~rios fases (água, gelo, vapor) n~ate sistema pele variaçia da p r e ss io
e d.;, temperatura, .isto é, . doe ·parâmetro !? do estado , neste caso 2 {r: , T) . O
número de componentes _
é 1 . (H20)_ ·já que · todas as fases tem esta com po siç ão.
N~c é pois necess~rio considerar-se doii . componentes (H e n ) com o no cu 4

so do sistema
..
oxigenio - hidrogenio
~ , ,
~ agua.
2 2

Isto posto, vamos examinar o significado ~o grau de l i berda de (f ). pu


seja o n~nero de parimetros q~e podem ~er variadas, dentro de certos l imi-
tes, sem alterar o estado do sistema. Para Q sistema H o temos :
2
c = 1 (H D)
2
p = 3 (gglo, égua, vapor)

x = 2 (P, T)

f = C - p • • X =l - 3 + 2 = 0

Isto ü'rdica •1ue não podemo s mudat· nenhum parâmetro do estado para man
ter inaltfir•do u estado do sistema, caracterizado pelo eq~ilÍbrio ~gua -va
por - gelo. Em outras palavras o equilÍbrio ' puntua1, no nosso caso o fe ~
moso ponto trÍplice, caracterizado por uma,' e uma eó, associação de ' pressio
e tenpRr ~ tura. 5€ considerarmos
... entretanto um estado do eiateme caracter!-
zado pela coexistência de so1111!1nta duas fases ·(pih exemplo égua a vapt>r) de
tal moca que p = 2, ent:~Õ · f = 1, isto é, axist'B um gta·u de liberdade. Es-
te caso indica ~ue u~ dos pªrâmetros do estado pode eer var~ado arbit ~ eria
mente j~ que ~ara cada variaçio arbitr~ria de um dos parimetros existe uma
variaç2.o ~rigatória do GlJtro rarâmetro para que s eja ··msnt.ido o estado do
sister :a. fm outras pal a vr f. s a ~quilÍbrio · é linear, isto Á·# ex i ste a 0 lon iJ O
de uma li nh a, rJeno:n i n.'l da n~ste caso de lin!:a de equillbrio vapor-d' ~gw â. ·i-~
s i m na f i 9 u r a 7 e x i s tfl u ''la po s i ç il o ::; e P- q u i l í •Jr i o ent r e a á gu a e o v a p o ::- n
1r:n°c e l ··~ tml"lsfera ( Ponto r..). Se a tPmper Atura ro r v n ria dc. <. rb '. tréiriarr.en-
t e para 200°C (ponto 8), a pressao dav f:' rá variar obri.:Jatoriêu::e nta pat'a ~r.
atmosfera s para que seja manti~o o e s t~do do sistema ca~acterizado pelo e-
quilfbrio água-vapor. Entre os pontos A e 8 e~iete um infinito nÚmero de
associações de P-T ostentando o mesmo estado de sistema considerado que ,
no seu total, constituem a correspondente curva de equilÍbrio.
A diferença entre o ~istema H o e os sis~emas silic~ticos, futuramen-
2
te enalisados, consiste em considerar-se apenas um par~metro do estado~ ou
seja a temperatura, já qie .a cristalização magmática poda ser considerado»
dentro de certas limitações, como sendo um processo isob$rico. Desta manei
ra resulta para a regra das fases a expressão&

f = c - p + 1
.
2.3- Sistemas Binários com Ponto Eutético . Simples
. .
E:.ste tipo de diagrama, exemplificado pelo sistema Diops{dio ( Ca r~g Si
2
o6 ) - Anortita (Ca Mg Si
2
O~) reapectivame~te um piroxênio em um feldspato
c.álcido, é um dos mais simplli)>, correspondendo a um magma básico ultra-sim
plificado. Como entre ambos os compo~entes n~o ocorre reaçao, com a con~e­

quante formaçio de nov~s fases. o sistema pode ser assim caracterizado:

c =2 (Ca Mg, Si
2
0 , Ca Al Si 0 )
6 2 2 8
X = l (T)

p = 3 (diopsidio, anortita, · fundido silicático)

Para determinar-~e o n~mero máximo de fases que poda ~ · cooxistir neste


sistema aplica-se a regra das fases tornando-se f=O, x = 1 e c = 2 o que
resulta e p = 3, ou seja, todas as 3 fases do sistema podem coexistir num
ponto, neste caso denomin a do de eonto eut~tico E (figura 8).
O diagrama focalizado pode s er subdividido, no sentido vertical, em 3
regiÕes distintas:

1 - A regiio abaixo da temperatura do eut~tico (1270°C) na qual todo


o magma sa acha cristalizado (solidus)
2 - A regiio acima das curvas do inÍcio da cristalização, na qual só
ocorra material. fundido (liquidu~)

3 - A regi~o situada entre as curvas do inÍcio da crietalizaçio e o


ponto eut~tico. caracterizado pela coexiat&ncia do lÍquido magmá~
tic~ e cristais já formados (solidus- liquidus).
Esta reg±io representa pois o inter.valo de tel'l' peraturn durc-ntP o
qual se desen volve a cristalização.
A região solidus - liqu~dus comporta duas divis~es no 9entido horizon
Figura 6

Curvqs de cristalização de Magmas


Graníticos e Basalticos

1300l~~~MA~G~M~A~~~~~~~~~LI~~U~I~D~US~
,··.+ - - - - - - - - - - - - - - - - o
120Jl BASALTICO

,,ooJL
, ___ ::.-=-==-=·..=..;:=-=--------:::: -E
SÓLIDUS
I
~

i
BASALTO
I
1000~
I.
:-<or-- - .- - - - - - - -
C
· Curva de cristalização paro Magmas
/saturados em H2 O
900

800
I
i I
':100 ~ I LIQUiDUS
I
-J GRA, ITO
! SÓLIDUS
600~1------~1--~,--~-A~~,--~,-.~------~,--------~,
1
1000 2000 3000 4000 atm.
Pressão
o 4I 8
I 1f km
· Profundidade
27

tal:
1 - O s etor que se e s t en de a compoeição 100% diops Í dio - 0~-~ ano r ti t ..,
( limite esquerda rlo diagram a) at~ o eut~tico ( 58% di op s!dio - 42%
t'inortita ). Nesta área a c ristalização inicia-se co m a !'ar ma ção
de cr i stai s de diopsÍdi o .
2 - O s 8tor que se estende do eut~tico at~ a composiç i o 10 0~ a~o r ti­
ta -O% Dipsidio (limito direi t o do diagrama), caracterizado pe-
la crietalizaçio inicial de anortita.
! o qn~nn tr o do~ dois setor e s, isto~. no ponto e u t~ ti co, ~poi s o bvio
que cri st ~ ~ i zem c onjuntamente , cristais de anortita e dipsÍdio .
Consideremos agora a cristalização dos 3 fundidos A, 8 e C.
1. - O fundido A, contendo BD% de snortita é 20% de disps!dio, está
sit u ado - ~ dirAita do ponto eutético. A cristalização inicia-se com o a-
baixa nn to dé! t.an:peratura, a 1510°C com a Formação de cristais de anorti-
ta. P8 la rPtirada da anortite o fundido sÔbre um enriq ue c ime n t o rela t ivo-
em diops{ r! io, isto é, a composição do fundido se desloca pare a esquerda-
.;

(flexas) rumo ao ponto ~utético, Com a cont!nua ~ueda da temperatura cada


vez rnais anortita irá ori:stalizer a ·p lÍquido r-e,a idual ficará cede vez
mais en~iquecido em diopeÍdio ~ A 1270QC o l!qu l do ter~ a t ingido a co m p~
sição no eutético e nesta instante irão cristalizar, conj unta mente diopsi
~io e ano rt i ta na peoporçao 58:42.
Dura n te o intervalo de cristliazação, ent r e 1510 e l2 7Q nC1 e anor ti-
ta inicial mente for mada irá desenvolver-se progre ss i vamen te , or i gi na ndo -
gran dAs cristais ( item 1.4.6 . 7.) . Já no eut~ t ico a c r i s tal iza ção o corr e
a uma temperatura fixa e não num intervalo de. t e mpe r a t ura , de t al modo que
r P.s ul ta, m~ste pQn,to, a formação de uma mià-t u r-ri de peql.len o s cristais de dio
psÍdio e anortita, denominada de matrizo Resultà ~ois, ao final da cr ista
l i za ~ ão de todo · o magma , uma rocha perfir Ít ica , c onstituída por fenocri s
tai ~"' ·e ano!'tita num·a matriz fina de dipsÍdiq e anortita .
Todos os fundido s , com com posição s i tuada a direi t a do pont o s ut~ti­
c0 , cri stdizam segun d o o esquema do lÍquido #Ao
2. - Consic8rernos agora o fundido .§. çomf'"Osto .:po r BO% de d io ps !dio e
20.' de anortita, situado portanto à esquerd_a da ponto eut~tico 0 A cr i st a
lizaç 3 o inicia-se a l3S5oc, com a formação d$ eri•tais de diops ! di oo Ist o
le va a um enri que ci~ento do lÍquido coexistente em anorti té cuja c o mpo s i -
ça o se desloca rumo ~ eut~tico. Com o sucessivo abaixamento da temp erat~
ra acompan hado pela cristalização de mais. diopsÍdio e consequente enri qu~
cimento de l Í quido em anortita, 'atingido, a 1270AC , o ponto e ut~t j co,
~ ua nd o e nt ~o cr ~ stalizario conjuntamente e •nortite na pr oporç io 58:4 2 . -
·n p 6 s ~ con~ o li dação total de ma gma resultará umA roch a porf ir Í t ica co nst~
t u i n~o po r r ~no cristeis de d i opsÍdio numa matriz de diopsÍdio e a nor tii a J
28

Tódos os fundidos, com composição •ituado ~ esquerda do ponto eut~ t


co, cristalizam segundo o e-squema do l!quido J!
3. -
o . -
O fundido C, com composição eutétic.a irá cristalizar
- .
a 12.70 : com a formaçao d.e uma rocha de granuleçao fina, composta po r
-
ct i.rP. t :~ ·Tln : 1 t."

IJ ma
mi~ura de anortita · -e diope!dio na proporção de 41:58 •
.
Conclusões:

r\ análise do diagra.'!la d&J:"crttll revela r

1 - :Jue num mesmo sistema a temperetura do in!c.io ' da cristaliz~ção •· 1


ria com a proporção do~ componentes contidos no lÍquido original.
..
·
2 - Que silicatos, quàndo lllistu~adoe em fu,n'didos, deprimem .mutuamente
os seus pontos de cristalização. Assim apesar da anortita pura e do diops!
t -
• - . o
dio puro cristalizerem respect~VIlll!'&nta e ·1550 ·e 1400 C, pela mistura de am
' . ~··:.
o
bos poda su.r gir um f~nd.ido _que ) .ré cristalizar •penas a 1270 C (mistura eu
tática) ..

3 - Que o inter~· lo da temperatura ·'d urante o qual ocorre a cristaliz~

ção depende da composição inicial do fundido, podendo variar dosde 0°C (P!:!!l.
to eutático} a centenas de graus (fundidos ricoe em anortita ou diops!dic~

4 - Apese~ do ln!cio da cristaliza~:o ocorrer a temperaturas va ;~ ~ve t ~


de acordo com a composiQão ~0. - l{quid.o inicial~ 1l fim da cristalização oc o·r
. , ,·
re a uma temperatura fixa, a ~o ponto eutetico9

5 - A Última fração crlatalizsda, a part.Lr de qualquer fundido consi·-


derado, tem sempre a mesma composiçio, ou seja, diopsÍdio, e feldspato c~~
cio na proporção ~2:48~

2~4 - Variação do Ponto Eutético com a Pressão

Nestes itens devem ser discutidos, basicame~te, a inrlu9ncia da doia


tipos de pressão, ou seja, a .pressão exercida por vapor d'água e a pressão
dita seca. O primeiro caso p~d• S$r visuali~ado pelo exemplo da panela rle
pressão onde, sobre o alimento qu~ a~tá cozinhando, age uma pressão de va-
por d'água. Já o .segu:ndo caso! -pressão sêca -pode ser exemplificado pe.:..
la pressão que age sobre uma substância ee so~re s mesma for colocada sim-
plesmente um pesoo

2 . 4.1 -A Influência da Pressão de V~por · d'égua '

A influência da pressão de ~apor d'água sobre o. eis tema DiopsÍcf:L ~:o - ..:.
no rtlta já foi mencionada nos !tens 1.4.6.2. e 1.4.~~3. F"icou exposto na o
~

casi3o que pressões elevadas de H o implicam :


2
1 - No aba i;Kam.n.to· da temperatura: da: cristalização.
:?9

?. - Na mudança ·cta co'rposiçâo de mistura eutétiea.

Estas duas variações estão rtilpres.ant.adas, ·comparat.ivamente na f'l:J ~.Ti:l


t.
o 2.4.?. - A Influência da Pressão Sega

Est!3 é o ce!'3o mais realístico · para o sis~,..-r# Oidi:Hddio ... Ahortita ten
do em vista que o mesmo represente um magma básico ulttm ~implificedo que
sao , como j~ ficou exposto nns iten8 1~4.4 •. e _l.4.6.10. pobres em igua. Ae
causas de tal cQmporti"imShto <São . duas: • · ·
,_ l

l - A baixa ~olubilidene da ~gut) Blfl magilles báaicofll.


'
2 - O megme b~sico s:e drigine ne baee da crista ou nas cema-des superi r
ores do manto onde as condiç5ae .de preseio, e tamper8tura e~o mu~~
to ~levadas. Nestas co~diç5es a ~gua nio ~•rm~nece nestes locais,
já que o me9m0 tende e mig.r a.r ~ aa regiões de baixe pressã9 e
temperatura.

A t .nfluência de pressão seca manir-eeta-ee no sistema DiopsÍdlo - -Anal_


ti ta sob does r-Or ma l'l:

1 - (levação do ponto de fUsão das 6i ~l$iltf f~Wi•túus do · sistema eonf'o!.


me os dados da página seguinte (flQura 10).
2
Pressão Normal Pre·esiit> de 300 kg/cm
• •
136.P°C
., l450°C
Anortita · l5~0°C 15.50°C
Mistura ~ut~tica 1270°C l300~C
r
2- Mudança na composição -da mútura euté~ica, conforma os dados abai-
xo:
Oiopa!cüo ' r ·Anortita·
Pressão Normal se% 42%
.
.. 2 (
P~eseão da 300 ·kg/cm .. 50" SQ%
.
Consideremoi' ago'ra 41n :'ftndi~o -c.o.~ ctftt+o•!·ç~o. ptÓ·ximo à da mistura eu-
tética, (551o Di"- 45% An) repr.é:aent~do pelo.e· Pontos !. e !..!. na figura 10 .
Oe acordo com e pre.ssão agiiÍ~o sob'fa 'o fund.ido as secru&ncias de- cristal iz!.
ção serão disti.ntas ~ Assim a .elevadas r:rra.s sões cristalizará inicialmente -
diops!dio e, a 1300°C uma mi'st~ra .final ·ae dlops!dio a anortita na propor-
- , 1110# • ' ·'
çao de 50:SOo Ja a pressao normal cris,t.~lizilN inicialmente anortita e,po~

terj ormente, · e 1270°C .. um~ miatura Eis diopeldio_ e ::anortita na proporção de


SB : 42 (item · 2.3)" Tal fe,.to decorre do fundido ·a elevadas e baixas pres-
sões si tua r-se, ~espectivamenta . a .e_~9u~r.da e e ~+.r-e.i ta cio ponto alJtéticQ.
~esultario ao final da cristalização.'poi• duas rochas com composiçio id~n-
. ~ '

ticas (55 Oi-45 " An) mas com taxturas diferentes. ·~ elevadas pre·seões for-
mar-se-á, uma rocha perfirltic·a com fahocristais da diopsÍdio numa matriz de .
diopsÍdio e anortita enquanto à bai·xas pressões a rocha axioirá fenocris-
.
tais de anortit.a. numa matriz dil diops"Íd'lo e anortita •
Out·ro aspe.c:.to interessante elucidado pelo sistema em di~ cus são é a
cristalizaç·ão de um fundido em conãiç.Õ.ee da ~pido ·alÍvio de pressão. t: s -
• ' f t

tas condições ocorrem em vulcÕes .att-.ávéa d01t qu~is o material é lançado r.!.
pentinamente .dó interior de ~rosta t~r-r&str~,· {•Úavada pressão) P:Brja a su-
.. .. •. . ' ... . ~

perficie da m&·sma _ (be).xe pre.ssão). Considerémo• o rundido cristalizado (Po!.l


to 2) isto é, a co.exist.ência de uma fase crietalina {diop·s{dio) a a uma
fase lÍquida. Se e:s:te lnater·ial
H lo
sorr~ •
u." r~~i.do .. ÍilÍvio da pressão sob tem-
0 •

p-eratura constante, e .s ue posição . passará a ser 2.', situada no campo l{i-


'
quidus. Com isto os cristais de diopa{dio já cristalizados. serão redissol-

..
vidos no fundido a partir do qual agora irá çzistalizar a anortita (Ponto
,...
~), e mais tarde e l _? ?OQC, no .p·onto ·eu.t éti:có{ Ulft& mistura da diops{dio e
Anortlta na proporção.· da 58 : 42~ · '· '

Se por~m du~ent~ o allvio de praseio tamb'• ocorrer um abaixamento da


t e mpera.tura, os ct is'\.,'i s ·~re.;exlsten~as
• - .;J ! . ..
não s-~rão totalmente redissolvido ,·~
..
no l{quido, já Que se tratá de ~m pr~ceaeo algo l'nto, a a im apena s parcial
me ntee ee s ultará então, apÓs a cristalização total, do fundido , uma r e cita e
~-
~ i bi n d o cristais ~prroidos {figura lJ) . ·
õo a

Diagrama de equilíbrio do sistema H2 O

Ponto
218
---------------- I
Cri~ ico

I
I
I
; I
AGUA I
I

........
s.o -------------:----a
r.:
·-'··a
-!""')
.....
GELO
I
I
t
lU
C!) , I
(I)
(\)
L. Ponto I
Q.. - Triplo I
1- "------~--.
I I
0,006 I . ·I I
. 1. ~-

..
J.. I
.. ·( '\
l
I
i I VAPOR I 1•
I t .I 1.
I I I
·I I.
.i .! I
I
I
-,1 I I I
·,
0,001 :100 200 374
Temperatura ( • C )
31

2.5- Sistema ' Rinário com Eutético Ooplo

' Consideremos· o ::;ü;:toma con~tit~i.dos pelos do1.s componontes SirJ (ei-


2
lica) e Na Al Si0 (Nafeline). A~ fases deste siete~a, J~ que e~1ste re~-­
4
çio entre os seus componentes, são oe que seguam (figura l2}a
1 - fundido
2 - Si o~· ( silice)
3 - Na Al 5104 fNefelina)
4 - Na Al Si0 4 + 2 Si0 2 = Ne Al Si1JO (Alb1t • .)
• . 8
Aplicando-se a lei ~as fases det•rmina-•e o ~mero mé~im~ de f'esasque
pPderão coexistir:
"; f = c - .. p +· 1
•.
o= 2 - p + 1
p = :5

Isto indica que no m~ximo 3 das 4 fe~es do eietema considerado poder~


coexistir uma det~~m1nada condiçio de pr•ssio a te~paretura. Tal fato pode
-~ ....
ser comprovadp por um l'acioc!nio .simplista. Se todas ee faeas coeCietirem
fatalmente nflfelina e que rtzo irão reagir para • . formação d" elbi tE!, com o
coneaq_uente desapereci m~nto d.:a uma ou das duas reees anvol11ides na reaçao
de acordo com as pr~p ~ rç6e s dos co~ponentes no fundido inicial. Assi m ter P
mos: .,

1 - No caso de excesso de• Ne Al 510 sobre 510 resultar~ o desapare-


4 2
cimento desta Último por ocasião da formeç.ã o da NeA1Si o , que Ju!:!.
3 8
tendo .cbm o exc~s~o de NaA1Si0 irio constitui~ o subsistema inte
4
grado ~elas fes~s nefelina - albite Fundido, do tipo eut~tioo sim
plee (item 2.~.).

2 - Ocorrendo exces s o .de Si0


2
,
sobre NaA1Si0 , epos
4
a reaça,o de forma- -
ção de Ne ~1 Si o , o ·ex.ceeso de Siü e o Na Al s1 o irão consti
8 2 3 8
tuir p eub•tame integradC) .peieê fasee albita ·- ail-ica - fundido ,
do tipo eutético simples.

3 Na Al Si o4 2
e ·si
oe·o rrem -na' proporção exata pare serem total-
0
mente consumidos durante e formação do Na Al s1 0 • Este caeo r~
3 8
presente e linha· de -separação entra C!B casos com excesso ou defi-
ciências de 510 ou Na ·Al 510 , ou se.' a o limite comum aos doia
2 4
aub~ietemas da _ f'gur~ 12.

Pare cada um dos subsistemas t cristalização ser' 1dantica à descrit a•


no item 2 .3., como segue:
_J2

,..

L Cuc•. p oscc
C:cisialização
inic1al
Intervalo de
cristalização
c(' i. ·'3 t. <:
flrr:~;
L :· ·' :.·r;

~Jefelina --
A Nefelina existe Albita (t:i)
---
Nefel i:~ a j-
8 não existe .Ubita ( El)
--- Ne fe2.i na .._
c Albita existe
1\.!.b:..ta ( ·-:- :. )

o -
na o e>eiste 1\lbita

Albita +
[ Albita existe
SÍlica (r?)

/\ l h.1tn +
F na o existe
'3Íl lc a (F:?)
··- - -·---·-·
;i lb1 ta +
c SÍlica existe
·~ Ü ica ( F::i)

Os sistemas bin~rios com ponto eut~tico duplo seo de l~p ~rc; ~ c~ ~ ~­


- 'eluc i da ç:3o de certas pa:;:·ag e ne> se s" No caso focalizado f 1ca .i nHJ ';-. o:;t ;~; ·' ,

e partir de um mesmo s~stema 9 dependendo apenas da proporçio de sAus 0~


sos compone ntss 1 podem c~istalizar rochas contendog
.L - sê a l bit a
2 - al hi ta e nefelina
3 nl b1ta e quattzo.

Ni o poder~ 9 entretanto, cristalizar uma rocha conte n de cc ;! JU~t ., ~ e ~t e


,· . 8'~ elina e quartzo~ dado a incompatibilidade entre amho :, 9 pel.a r · · .l ~ ~ ;:\c t 'l-

rnaçao que os une ~ Exmstem na prática vário s outros '-'ares ce rnJ.r' ( L ~. : " . - ~~
compativA .• ::. , ca s o das as'lociaçôes leucita :- quartzo -e oliv ::.na - (l t..E- rl : ,·

Las inc om rJ atibilidades, por serem feiçÕes f!sico-qu!mices. se> r vP. : .-,,,~
,, ~1a s me s tres para a sistemát.ica das rochas magmáticas cano no c; ::ss0 ~-~of} '· ·'"'

t-os subdivididos s supersaturedos, (faldspato - quar-tzo), s<=J!; "-'-':G n""


(" e J d s pàtos) e insaturados (fel dspato + feldspatoide) 9 hase ado ' 12 u·;_L.rr· :.

~Jilidade entre o quart z o e os feldspatoidas, à semelhança cio sir:tr · ,~:J " R f '· -
::..:. !ia -sf lica ,

~ iaç rA~a s d e eq u ilÍbrio e sta nat ure z a sAoi ao larlo rl on si Nt~i·


1 c.;- ~)r, s á l i d as , rle lmportân·cia fundamental para a compree ns ã o d.:• dl f:~ ... t .-

Rç~ o ~agM~tic e, A por envol~erem o conc e jtd de "principio Ma rE e ç ~ c".


33

2. 5.1 - Co11cei to de Ponto de Fus ão Congrue nte e Incon gru.t!tl te


~ o - ,
O gelo a O C e sob uma atmosfer a de p ressao se funde dah do or igem a ~

gua, . isto ~. liquefaz-se num só pass o e a uma temperatura fixa, uma vez fi
xade a pressão.
A anortita, Feldspato cálci~o , funde-se a l550°C, scb uma atmosfera ,
dan-do origem a um lÍquido com a mesma comp osição do sÓlido . Sob a mesma pra~
aao consider ad a o diopsÍd!o, um ~iroxênio, se liquefaz a 1391 °C , dando c~!
gem a um liqu i do com a mesma composição quÍmica do sÓlido. Em todos os ca-
sos mencionados, durante a fusão a temperatura p9rmanece constante at' · a
consumação total do fenômeno.
Toda substância que sP funda completemehte a uma determinada temperà-
l;ura, uma vez fixada e pressão, originando um lÍquido com a mesma composi-
ção qufm~ca do sÓlido- exibe ponto de f~são congruento.
O mesmo não ocorre com uma série de substâncias, como no caso da ena-
tatita, um piroxenio . Este silicato, ao ser aquecido ate 15 5 7 o C neo
A - funde ,

totalmente , e sim origina duas fases distintas , uma s Óli da e outra l!q ui da.
A fase lfquida é constituÍda de Si0 e a fase sÓlida co r respon de a um mi-
2
neral determinado de forsterita (Mg 5i0 ), uma olivina de ~ g. Apenas após
2 4
um aquecimento mais enérgico , e l570°C, todo o mineral se liquefa z e fusão
também da forsterita, segundo o esque ma abaixo:

Si0 (lÍquid o)
2
+

Enst atita fl1gL'Si0 4

forsterit a 1570°C

Outro ex emp lo é represe ntado pii!la •'usão da microlina:

Si 0 (lÍquido)
2
Microlina +

Leucita

A es ts ti~w d& -
~ iquefaçao
-
que nao ocorre num so, passo, a uma tempera ~

tuta fixa e sim por P.ta pas num intervalo de temperatura, de nomina - se de f u
aão incongruAnte.
Consideremos agor a a cristalização de um lÍquido de composição Mg s1
2 2
·.~
6 e ~600°C. Com e que da d~ temperatura, a 1570°C, a c ris tali za ç ão in~ci~
se com a formação de cri stais de forstRritat coexistindo com o lÍquidn de
34

!ito , Ao .~l!ler atinrjjida a temperatura de 1557°.C ea cristais de olivina irãu


2
J•agir oom o .l{qufdo para a former;io de cristais da •nstatitao ApÓs él r'?.~
I· ;

Çio não sobram ne~ crietaia de .;e livina, nem lÍquida da -'eÍlice, a si.n ape~
nas uma masaa de anatatita, com compoaiçio idintica A do lÍquido inicial.
Nota-e• pois que a formação de vm miner~l previ'al'!lente formadq (com compo-
sição di ferente do mineral inicialmente formado • do mine·ral fi 'e r obtido
·'"
'
p•Já,.·<l"&,açio), segU'e<fo o esquem,a aoai)(OS
...

o ;-; . ~ .........
,1570 ·C :• ,-l7tstarit.â ~ R~~oio ~g 2 s1 2 o 6
., 4111",

... + ..• . ' 155?°C (netatita


'
5102

• .· l.ÍCiluido •..
'I . \

.. 2.6o~ ' : O Siatema roreterita


,
Silica
. ~ ;.
~
.· ....
O sistema\ focalizado
-
e basicamente ~emelhaftte ao dia9rema Na Al 510~
q
elucidada ~no item 2o5, já .que hmbém aqui ocorre .um composto intermediá-
rio, • 9 originada pela . ~eaçã~ entre a s!lica (5iD 2 )
enatetita · (~ st o )
2 2 6
e a roraterita (Mg 2 510 ). A diferença fundamental entre os dois sistemas
4
considara~e reside .entretanto no rato da enstatite exibir ponto de f~são
·~ .,.....
<incongrúente o que altera totalmente a disposição das curvas de equilÍ --
J<
brio do sistema~ representado na figura 13o
Conaide·ramos a cristalização dos lÍquidos A• .§., ~ • .Q. 9 f., L•
,1 No ~su po l!~uido _a 9 a cristalização é idêntica a dos ceso8 an
teriormente ·~sct.;ti.dos • Pelo _resfriaiiiénto cristaliza inic~e_lmo n.:.

te sh1ce • •:' 1543°C no ponto autéti~o, aflica ,e enstatita ·na pr1_
porção 65 c 35., •';.
J.

,. ·~
__,! ·,. .
...

2 No caso do f!quido !h a consolidação ·ocorre e temperatura fixa de


1543°C , com e formação de uma misture pe sÍlica e enstatite na pr~
,_r: ,...
·
porção eutét!ca. '
l'

!I - A crietelizeção do~, com composição equivalente à da enstatita


., (compoaição x) ~e·r~~, idântica à descrita no 1t.em 2o6.lo A 160Ó°C o
correrá a formação de olivina que continuárá e cristalizar . com ru -
.,
turas quedes. da temperatura. · Consequentemente o lÍqui.~o coex!ste.!i
te irá enriquaca~-~e eucessivamente em s!lica, rumando para a ~nm
...~
posiçio Y.A 1557°C o lÍquido ter~ a composição Y e reagir~ combs
, .
cristais de o,l..ivine ja cristalizados, originando enstatita 1 Te> r1 â .,

e~ viste a composiçio , iniclal do lÍquido, apÓs e reação sobrarão


nam lÍq.uido nem oU.vina e ·sim ~panas uma ' masea homogênea de AnP-
~ ·- -- - - --- -- .. ---
i1j Figuro 8
Diagrama de .equílibrio com Eutético simple~

B ·~
1600 • UQUJDUS
•·I .I
I , -'io9
1 f . . ~~--i 1550
.I .r · 6~
:A~ - 1510'
.1500
-:._ -
.: .~·~i>o ..~~~:~· ::~~ú~~~J~~fE1r~tf~~tt~l~~~~WR~:iL
- - Jt..O
:..::.( fundtdo + ....................·:.::
.::·. :::::: ::::-.:::::::•::::::::::•
·rII 11 · u · :::;::;::: ::: Anort···ta)
,,,·~=:==~=====:
~:;;;i:·:::;.:;;=,:~::.:;;·
o 1400 :::::-;;:... . :::":::::···· ........ .

-
o

o.·f ( .,· =::::::::::::::


1355 ::·
~~~
... . ~
..................
. S + L ....... .
,.~ ..···
;;:::.:~:~~~::::-~·:
.
I
I

- :·'·' " '""'"~"'~""'' '"'"'"'"~


L
:;,
o
L
Cl>
n.
1300 ;~;
::::::.
tund1do + ...,•... ···
. -.
. o·IOpStdiO
. . ) :;;:::::;;::::::::::::::..
~ª~g~~~~mn;~;:
'
;::.:-:::: :: :::: :::::::::::::::1::::::::::~::: ===~= :;: ::;:::: ..
1
I
IE:::: ·::::::: ::; ·:. ::::::::·::; ::.:·: :;·.:::."::::.·::····::
·:· .................. -· ~ ......... ..
I ....... ... . ·- ..
l
·"- 1270

.....~
I I .
I I . ·.)
1200
1
SÓLIDUS
1

'--·--~ .,._ _________.,


I ·
-
. I

o100
I .I . ' I I bo I '" I I I I I
90 .o
Ca Mg Si o Ca A1 s; o
2 6 2 2 8
DIOPSIDIO ANORTlTA

Composição do fundido ( 0/o em p~so)

----- •• • • • -.-~-- --- - . . . "T ' .• "1'-


.
~
(-:·~..,.
-- •
:
(1
()
" "-!
35
t.atita.

4 - No caso do l!~~id o Q, mais rico 8rn Mg 4 Si0


4
que o lÍquido f,a mar-
cha ~a cris ~~l izaç~o 6 semelhante ao oaso anterior. A 1700°C ini-
cia-s& for~e y 2 o de olivina que continuará, acompanhado pelo enri-
quecimento do lÍquido coexis t ente em S10 , · até a temperatura de
2
l557°C. N;sts inst~~te inic :!.a-se ~ r&açSo, entre o lÍquido, com
GOMpoaição Y, a os criataia à~ ~i~ina. Como êates estio em exce~
so (o lÍquido original situe-se a direita da composi~ão da anata-
ti ta), epÓa a raeção ·~·brario cd.etaie dri8 olivina. O resulta do f!.
nal de cristalização SérJ~~ po~v u~ roel'\8" constituida por uma mis-
ture da e~statitee Glivi"a•
~ O lÍquido f, . •it~ado entre aa c~~~~sições X e Y, iniciará a sua
cristelização a pouca ~~tenoe ·Oa 1e-:o c, 0
com a formação de cris
t.e1• de olivina. A 1557°C oet:rrre.t.é e ree~ão entre a olivina a o
l!~uido coexistente. Como ê~te @até presente em excesso ( o lÍqu!
do orio1nal eitua-ae à eeq~••~ da oo~posiçio da enstatita), epÓe
e treneforMação de toda ol1vtoa ~- ~~tatita, ainda sobrará um
reato da . lÍquido'~ Com novt qu€rdà ~ tempett:a·tura irá cristalizar-
maia enatettta até qt.Je~ atl."'<Jlnc:;fo '~ eutático, o Último liquido irá
conaolida:r-ea ef;.b ·&. ro;·ma dé enatatt ta e s!lica na proporção eut,!
tica. O resultado final ãa c:ri·etal,i;%a ~io sa.ré pois uma associa -
ção entre ênetetita e u!lica.
6 - Um lÍquido . ! , situado · ent.ra .·e co.,o.st-ç!o Y e e da misture eutéti-
ca, iniciará e aua cristalização ç~ ~ formação de enstática e co~
pletará e mesma do ppnto e~téti~o, cOM a f~rMaQão conjunta de ens
ta ti ta e ~! 11 c a c

Conclusões

O exame do eiate.Ma MQ 2 sio4 - Si0 2 revela q~~ :


1 De acordei com a composição (to !lÍquido ori(J.inaJ. poda·rão f.ormar-se
rochas constituidas pelas ~lntes eeaoe1a~6eet... .
SÓ enstatita - lÍquidos com 40% de ~~ÍSi0
A
4
8 t Enstatita - olivina - l!Quidos com raa·l, .de 40% de ~g Si0 4 .
2
C Enstetits. - s!lica - lÍquidos com menos da 40% de Mg
2 sio 4
2 - De acordo com e compoeição· do l.Íqu1do poderá cristalizar inii::inl-
menta a olivina (lÍquidos ·com ~~~ai• de ;38% de Mg Si0 4 ), a enstati-
2
ta (lÍ quidoe com ·35 a 38% de ~g sio ) ou ã .. éÍlica (lÍquidos
2 4 co m
menos ·de 35% de Mg Si0 )
2 4
2"6.3 - Diferenciação · no Sistema Mg 2 Si0 - 510
4 2
Consideremos r lÍquido~ que 9 como ficou demo~strado no item 2.6,2._
ao cristalizar irá originar u'ma massa de enetatita pela reação (a 1557°C)
entre a olivina já criatalizada e coexistente lÍquido, rico em s!lica (i~
tem 2.6.l.)a
Como também ficou exposto, a cristalização do lÍquido f inicia-se com
a formação de olivina, ap6e a sua cristalização seja retirada do sistema,
isto é, isolada. Ao ser atingido a temperatura de 1557°C a ~cha normal de
• cristalização consistiria na reação entre o lÍquido com composição Y e os
cristais da olivina pré-existentes . Como porém estes forem retirados dõ,sis
tema nio poderá ocorrer a reação • Nio havendo reação, a como o l!quido tem
a composição Y, e cristalização continuar' normalmente ~omo a& fosse um 1!
quido f com a formação de enetatita até que eeja atingido o ponto eutéti-
co no qual cristalizarão conluntamente, enetal1ta e sÍlica.
Resultam pois da cristalização da um mesmo magma (lÍquido sil!cético)
duas rochas distintas, a saber:

1 - !Jma rocha constituÍda por olivina, retirada do sistema ap6s a suõ


cristalização.
2 - Uma rocha composta por enstatita e sÍlica. ·

Em outras palavras, houve diferenciação magmáticep isto é, a form1ção


de 2 rochas a partir de um mesmo magma~ Neste caso a dife~enciaçio é ~avid :
~ um fraci~namento magmático, ou seja, a subdivisão do magMa original ~m
várias fraçÕ8s ou pa~ts= d ~s :i~ ~a 3.
Na natureza os processos que permitem o isolamento de parte Oú de to
da a olivina no sistema aio bastante numerosos, destacando-se:

1 - Segregaçjo - O processo
I
j' roi discutido no item 1.2.7. A olivi~a
por ser o primeirc mineral a cristalizar e por sua elevada dens :
dada, acumule-se no '"fundo da c~mare magmática. Com isto sÓ a parte
superior ·ckt d!U'Ó$ito de olivina irá reagir com o lÍquido, ori'gi-
~

nado uma ~em~da protetora ~o pirox~nio que separa do lÍquido ~ag-


mático do resto dos olivino~ (figura 14) •
..
2 - Bordas de i~eação - ~ Óbvio que a réaçã-o entre a olivine e o liqu:._
do inicie-se na superfÍcie 'cto mineraL ·Assim se forma junto à ~.2
terfáoi•~l!vina/l!quido um manto ou capa de. &nstatita, rlenomina-
da de bord~ d~ · Teação. Esta capa p~otege o n~cleo dos cristajs d~
olivina contra a sua reação totalmente com o J.,!qttido, isto év i~o
1
la parte da olivina do sistema (figure 15).
3 - Filtragem e compressão - Consideramos uma c~mara magmitica numa
região orogêniea, submetida a grandes pressÕes dirigidas. Tais ~s
.... __·- -- ___
,. ,- _ ..,. ..,.... ..---- • • r ..,. -L...,_,..• - ... _""'U'"" ,.. ,......-.....,c
..
~ ~ ~ -~- , --- -··~~ ..... -. ...... - .~- - ·· . .....-....
, .. -- .. ~ ~- ____. . ...,
\
Fi gur a ~
~
-..) In fluência da PH20 nas coracteristicos do
"C)
sistema Diopsidio- Anortita

1600

1500

normais~
1400
.. 1380
-
o
-
o
1300
o 1270

-
L
:J
o
5ooo kg/cm 2 P~O
/ ~
L
Q), 1200
Q.
E .21c
~L~
....
· GJ
.
Cl)-
a.IL.
. lo
110ô ----------P~-----
ol<t - .•. .
I <t ai
01 o ~I~
1000
I I I I
Õ'"-õ'
:giN
-1~ •
••
.
~ ~
N I C' '
0 I I I i I i
. 100
10 20 30 40 50 60 70 80 90

Composição Co AL2 Si2 Os ..


Ca t.íg Sí2 06
DIOPS i[)O ( /o
0
em pêso) ANORTru\ .

,,...


(> c.
'V \; ~ (>

..ft ·· · ·--- .. ·-·- ------~- ... - - - --- - ·· -~ - influê ncia da ·- ---·-


pressão -- nas ~----~-----

';1: •c
características do sistema
Diopsidio - - Anortita
1500

1400-

1300
· •c

1600

1200
LÍQUIDO
1'500
~::f>
~

1400
~ LÍQUIDO
-f!
'' SÓLIDO
~
~ '' 1300
r/r,
'9~ 'Yt'1 ' ' ',,
~ I
12?011------ SÓLIDO ',
~~
~ ' 1200
I ',
I ~ I
!41~ I ,
-,----.,--,-,-,41
0_ 60
" 20 80
ANORTITA
OIOPSIDIO
0
/o Pêso
Fi~u ::ç 10
37

forÇas de compreesio podam ÍeVIt a mi~teçic rl1 fr~QfO lÍquida do


magma, permanecendo nb lbcal apenaA d ~~tlrl~1 J~ e~i~t e liza ~ drom
i&tÇ) h.Í um isolamento de uma detetmin'luia ft~çê:o, .; á crist ·-- lina,em
.,
rala~io au lÍqu1~b magmático outrote ' COeKllt~n~• (rigura 15). . .
'4 • R•efr1ementd Rieido ~ Durante a cr!t~~ll!e~ló~ · ~n a ~ ~eda d• \t~~
p•retura ror r~~ida, nio existi~' ta~po sufici~nte p ar~ e t~a~io
ontre as rases cri~ta11nas in~t~uels • o lÍquido C~l~isteritQ ~a ci
mera megmitica. desta maneira pode ficar ptee&r~ado pêrta doa cr~
.
taie que em ~ondiç3ea . de cristal~:~;~c lenta · t9film sido ~limina•

dai •or reaçio com o lÍquido mag~~tico,

2. 7 - Sistemas Binários com Comeof'lent·ês . !:~na.t.1t.IJ1ndp. Solueão sól&d•


211.1 .. IB Sistema Albit! •'iAnp.t tite

Consideramo• o elat~ma C~Al~S1 2 o (felds~@to c'lcid~-an~rtlta) -


8
NaAlst 3o8 (feldspató EÓdico-alblta}, representado na fiQure 17. Amboe . ds~!
nereis cristalizam no mesm•j sieteme .(trielfnico) t• exib ~ ·n c'~ula!'3 Ple~:~erit_!
ree e'emalh•ntae. Ne~tae condições é po~sival e !W~stitui,&o, em todas as
propox-ções, do agrupam•nto NaS! pelo e"ôrupement~ CaAl, de tal modo que am...
boa oe mlneraia conetituem uma aoluçio a6li~e, denominada ~a · ple;iocl's~o~
A série dos plagioclaaiô•, ~e acordo com . o eeu taor em anortita a elbita é
dividida noe ~eguin'•• mambr~st

-Nome Anottita ,,"i- ..


- ~ ~ .L:::)
- --
AlQita o - lO~ 100 - 90%
01igoclésio ;. :I O- · 30 ~: 90 - '70~

.Ande sina
LGbradorita
3J- 50%
5rl.:-··'70%
70
50 • :SO%
- 50%

Bytournita 70- 90% 30 ... lO%


Anortl ta 90- lOtl:C 10 .. o%

Consideremos no diagrar.'1a da figura 15 ·da cristal i.zação do co111posto !•


Ca~l
contendo 601: de
2 si 2 o 8 :
1 - O fundido permanece no estado lÍquido at' q~a. pela perde de ce-
o
lor do si<etema,. seja atingida a tamperatura c~ 1480 G q L1ando en-
tio inicié-se a crietelizaçio.

2 - Ne~te instante o l{q~ido! d~ orlg~m a w~ cr ~ ~-l 1oom 87% de


CaA1 si o , isto é, l.l':ft criatal mais ·rico ·em 1!r'ldrtltr:1 r:ue · o lÍ-:;ui-
2 2 8
do i nicial. {_ lÓgiCO port.· nt:.o q~e 0 C,r1~t8l r
r.OI!XÍ ~ttl l'n n• UfTI lÍ-

.. quido mais pobre em Ce i\ l..,Si_C: " aue c l{':" l! idc ori••inal.


se .
3 - Como o . 1!~uido: residdial, obtldo pela cristalização de '1 é ntais p~
bre em anortita que o lÍquido original, também ~ aua temperatura
de cristalizaç~o ~ maia b~~~~ ~ Isto implica . portanto durante a m~
cha da cristalizaç;o que o llauido se desloque ao longo da linha
lÍquidue •umo a extremidada ocupada pela albita.
. o
4 - Com a queda da temperatura para, por exemolo, 1450 C, o lÍquido !
ré ~esloc.er-ee pare o· pont.o B. {so% de ~nortita). Nestas condicões
• ., . o ,

brio com o lÍ~uido B.• -


o crieta1 inicia.lmtmt~ f'ormado {V, e 1470 C) eetera em desiquil{-
Ocbrre en~ão uma reação entre o cristal pri
existente a o lÍquido no sentido da formação de um novo cristal,
estável a l450°C. Este novo cris~al, 1• contém 82% de anortita, e
estará agora em equilÍbrio com o lÍquido B. e 1450°C . Em nutras p~
lavras, um lÍquido (curva superior) estar' em equilÍbrio com um
cristal (curva inferior) toda vez que ambos se situarem numa mas-
'
ma linha horizontal . Toda vez que iato nio ocorre h~ um desiquil!
brio (R I Y) oom consequente reaçio entre o cris~al pr6-exixtent~
' (Y) e o lÍquido (R) p.ara a o·b.tençio de uma Aova fase sÓlida (S)em
equilÍbrio coM D lÍquid~ · (R)o

5 - Assim com • cGntÍnua quede de t~mperatura a composição do lÍquido


se deslocará ao longo da curva superior (~~~-~-~-r) enquanto
. e
dos plagioclásios correapondentenante ~ristalizados migrará ao lo~
go da curva infe•ior <r-~-~-~-~) isto é,ambas as fases vão se en-
riqueceru'o su.c ee·a ivemente em albita. Pela eont!nua reação entre o
l 'Íquido e o cristal pré-existente nic sobram vestÍgio s do s eRtá-
gioa anteriores de cristalização .• Assim quando é obtido .?_, det: ap~
rsce 1_, por reeção. Com a crietálização d'e j!_, á eliminado .?_, por
reaçao. Com a formeçao de Q,
N -
! e consumido durante a reaçao,
"' -
~
'\
as
sim por diante.

6 - A cristalização termina a 1310°C quando o Último resto de lÍquido


silicético, co1n 20.% de anor'tita, é conBUmido durante a reeçio com
..1 para e obtenção etc plagioclásio ,h com 60% de enoJ'tita. O l'esul-
tado final da cristalização é pois a . obtençio de um cristal c om a
mesma composição do lÍquido original.

·t\l.ám de cristalização em si o diegran~a Ce.Al si 0e - NeAlc;i o permi ts


2 2 3 8
e ntender o motivo pelo qual a s6rie dos plagi~flásios ~ utilizado como ter
~! Ômetro geolÓgico (item 1.1·). Como se denota S)(iste .uma rP.lação definida
entre o ponto de rusão ~ os plegiocl~eios g o seu teor em albita, no s~ nti-
.. \# ,

do daquele diminuir com o incremento deste. Aseim e de se esperar ~ ue ~a

'laturEna as rochas forrr.adas a temperaturas maie el,evadae estejam plegiocl,i


p (nR mois ricos em anortita que as forrr.edes • bai)(ae temperaturas. Tal fa-
Figura 12

1- Nefelina + liquido
2- Albito + liquido
3- Sílica + liquido

313
900 I II I I I I I I I
20 30 40 : so 60 70 80 °/o em pêso
No Al Si 04 l Si 02
No Al Si3 08
,
NEFELINA ALBITA SILICA

......:-----
_____
__.,.,..

...
<I;. ··-·-
<:< c ,, o.
; .,..:,
39

to é confir mado quando se comp aT a os plagioclásios de basal~os e granitos,


segund~ a tabela daguinte.

Tipo de Plagioclásio

Rocha Temperatura de formaçio presente na rochà


Basalto -900 - 1000°C edesina-lobradorita
Granito -700°C oligioelásio

2.?.2- fracionamento no Sistema Albita-Anortita

O me~anismo do fracionemsnto no sistema elbita-anprtite é semelhante


ao analiaado ~o sisteme s!licé-fors~erite {it~m 2.6.3) já que se assenta na
me sma cera8teristica ou seja no impedimento. da reação entre o mineral pré-
-existe~te e o lÍquido coàxietente pe~e a fprmação de novos minerais.Assim
eonsideremos o lÍquido )( (cbm 60% de anortita) no diagrama da figura 16.0s
primeiros criatais a ee formarem te.rio . 1!1 composição r. mais rico em anort..!.
te que·~ :.iqt..:.l.do originaL Dad:J eeta .fato o líquido coexistente mostra-se
'
.a_gora empobrecido em B,Or\'ita $SSúmiruio Cdm a 'queda da temperatura a compE_
aição B.• Nurr.a marcha da cristalizaç.~e r-~este j.nstar~te deverá ocorrer uma re
' .
ação entre .!i ,e ..J.. para a fo .rmação de .§. 1'10 int~itc · de restabelecer-se o equ.!_
' .
lÍb~10 ~o sistema. Se neste . interim 0 o plagloclásio, r for isolado do ~is-
tema9 :·,ão ocorrerá a reaçio .entre J! e :J.. 9 isto é, B. continuará a sua cristz
l{zação co~o se fasee um no~o lÍquido inicial, co~ 50% de anortita. Ao Fi-
nal da crlstalizaçâo resultarão poie dois tipos de rochas conten de r espec-
tivamente o plagioclás io ~ y (8?% An) e o plagi~clásio T (50% A") em vez de
: . -
um s6 tip~ lit~l6gi n o contendo o plagioclésio L {60% An) •
..

1-JO {tr:;c, 2 . 6 ~~ s~ fez :r eferê ncias aos fatores que possi b ilitam o i<-ola
menta d as fraç5es i nicialmente cristalizados do Fundido ex istente. Foi dPs
tacada e 'i tre os :··esmos a velocidade de resfriaM-ento, não propriamente como
fator de is olamento dos cristais . mas mais ~amo fator de impedimentos da re
açeo entr~ os mesmos e o l!qvido coe~i8~ente.
O~ra~~e a cristalização dos plagioel~A!os a reação entre os cri PtBis
pr~-existentes e o fundido se faz pe~a substituição dos agru~Am e n tos [H. i l
pe?.os agrwpan'e:tt.ss ~JaSi (item l.~=... l .)o Se a ·queda da temperatura ~ or rápH! a
nao ex1~~e ~ s cada temperatura oondiç5es da t~mpo para se obter a troca to
,ta 'l.p Já q._e se trata de proces :--o ~lgo moroso. 1\ssim serão obti do s os p 1a-
o
gioclaa1os z ona dos, que no caso do a mpo~to 1 da figura 16. eerio const i tuí
dos po r ur"• nÚc •. eo Celltr·a:.. com CO m!'OS ição r ·envolvido por ca~l ed;~ !~ !.. UC8!" S .i --

\8 ~ com COMposlçcies 1~ ! 9 i• h~ l' etc. Como a composiçio glob a l de rl 8~ i E~


c l ás ~o deve ser a mesma do fundido inicial e 9 ten do~se em vista que o pla-
40
gioc1ásio zonado contém um nÚclao v(!) e algumas camadas(~,~.~) mais ri-
cas em anortita que o l!quido original, conclui-se que as papas mais exte~
nas do plagioclásio %onado deverão ser mais pob.·res e anortita que o fundi-
do original (cas da capa I). Quanto· mais rápido o ·resfriamento do fundido
t~nto menor será a re.ação cristal - lÍquido e consequentemente as capas e_!
ternas serão cada vez mais ricas em •lbita, podendo.atingir as composições
~. 1• e ~ ou mesmo a albite pura. Nota-se pais que quanto mais rápido for
o resfriamento, tento m~nor será a temperatura final de cristalização, e~
por outro lado, quanto m~ie intenso ror o zoneamento no plagioclásio fina,
tanto meia rápido foi o resfriamento do lÍquido original.

2.B - Conclusões rineis


"
O exame dos diversos diagramaa binarios aqui observados, permitem con
c1uir:

l - Cm funGidos obtidos pela mistura de s.ilir.ato·s a temperatura de cri,!


tal izaçeo é. sempre menor que a do componen·te- eoi'Tt' ponto de fusão
mais elevada (2o3).
2 - fundidos sllicáticos podam cristalizar a temperaturas ri~as (mis-
turas eutéticas) ou em intervalos e temperatura (2.3) •
3 - Em sistemas eutético~ o fracionamen~o rtio altere o produto final
.
da cristalização, sempre uma mistura éutética (2.3., 2.4.).
4 - Silicatos com ponto de fusão conghuente, incongruente ou constit~
indo soluções sÓlidas exibem tipos . de cristalização muito distin-
~as (2.4 , 2o6o2o 9 2o?olo)o
5 - Para o fracionamento magmátLeo sao partiAularmente como estas ex1
bindo pontos de fusão !congruentes e/ol.l soluções sÓlidas. Estes tl
poa de compostos são mui~o comuns entre os silicatos (2,6.3 .,
2.7. ·2 ., 2.7 .. 1.)4
6- Os diagramas d~ equilÍbrio · permitem explicar a ocorrência ou a au
s~ncia da determinada• a$sociaç5es de minerais (2.3., 2.4., 2,5.,)
~ - O produto fLnel da cristalização dependa tanto da composição do
• I

fundido inicial como -do eeu tra-cianámento ·( 2.6.3., 2.7.2.).


7
8 - A temperatura final da ctiételização depende da composição do 1!-
quido inicial bem ,como o seu ~racionamento (2.5.3.),
9 - Quanto maior o fracionamanto, menor a temperatura final de crist!_
liz.açãoo
10 A pressão altera não e6 ae ta~peraturas da cristalizaçio mas tam-
b,ém tipo e a proporção dos mi·na~aia cristalizados (2.4.1., 2.4.2,)
11 S'r i e e de solução sÓl ion impl i.cam numa cont {nua reação, d1 ·ra P t,. · ·
do intervalo de cristalização, entre cri~tais pré-uxistentes e o
l~quido residual ooexiat~nte (2c7.1.).
41

12 - ~ontos de fusão incongruente ls vam ao desenvolvi~ento de uma r ...


e
eção (a temperatura fixa) durante a cristalizaçio, envolvendo .
cristais pré-existentes e lÍquido coexistente (2.6.2) .

Os sitemas at' agora expoatos permite~ e compreensão da frequincia do


fracionamento dem magmas básicos e e sue raridade em magmas ácidos . As r~
chas básicas são constituÍdas principalmente por piroxinios, miner eis coM
ponto de fusão incongruente (item 2.6.2) a por plagioclásios, a série d~
solução s6l ida dos feldspatos s6diaoe e cálcicas (item 2.7.1) . Como tal
o ma gma básico está pois suJeito a mÚltiplos rracionemen t os o qu e permi te
e f orma ção de rochas de composição muito distintas. Jé os grani tos eão
const itu! doe principalmente por feldspatos potássio (ortoclásios , miro cli
me) o quartzo. Estes dois minerais formem um sistema ·eutético (ite m 2.3.)
Mo qual não e•iste possibilidade de rrac i onamehto. Por outro lado,co mo o
magma granÍtico tem compo~ição pr~xima ao eutético mictoclime quattzo , o
seu intervalo de cri~taliieçi~ ' muito reduzido~ ao contr~rio do magma ba
s~ltico (figura 6), com grandes i~pliçaç5es ~etrogen,ticos (1.4 . 6.1 0.) .
..,
" <(>

Figuro13

S1steina binário com composto intermediário com


ponto de fusão incongruente

•ç
LIQUIDUS

1900
BFEC
I
oI
t 1' I
I I 1 I
J I li I
t t I t. I
I
rt 1f r'•1 I
1300 I I It r
I t 1I i I
I l 1t
I I t
I I II

-~
1700
S+ L
I I
I I
I !
t I
I I
I I 11
:I
ti
1i
1I
ti
·1------:-t
S4-l
1700

~ 1 (Silica) (Olivina)

t
I I 1I

/ 1600

1 543
mg----------~-t557 .'\600

,
1500
sou cus X

o 10 20 30 35384:0 50 60 °/o ~m pêso


''
Si 0 2 Mg2Si 2 0 6 Mg 2 Si 04
#

SILICA ENSTATITA FORSTERITA


..,.
1-,r
43

3. Diagramas TPr márias

3.1 - Generali dades

Os dia gramas at~ agora focalizados (item 2 ) sao todos do tipo bi n ~­


rio, ou seja sistemas constituÍdos por dois . componentes. ~Óbvio que a e x
trapolação de tais resultados pare o magma de ~pmposição ~ uito mai s coM-
plexa, est~ s ujeita .a v~rias limiteç5es, mee~o que em muito s casos alguns
. .
dos componentes do magma sejam amplamente mejor1t6rios. ' Mesmo o racioc!
o
nio de que a mai6r i a das rochas ~ definida ~m função de ume essociaçio ~e
dois minerais (gr Anito = feldspato pot~ssico + quartzo; basalto = plagio~
c: l~sio + pi r ox ,::, 'lio) não é muito válido, tend·o -se em vieta que quase ser.~­
pre e s tes minerais const i tuem uma soluÇão sÓlida, , o que i mplica em ~ai ~
c om ponentés no sistema. É o caeo por ' exemplo doa plagioclésios que · core s -
pendem à misture de dois feldepatos, albita • anortita (item 2). O mes mo
refere-se aos piroxênios dps basaltos que, numa primeira aproxi mação, po-
dem ser considerados como uma aolu~ão sÓlida entre d i ope!dio e hipe rt ê n~o.
Hes ealte pois que a compreenaio. · da oriata'lização do magma requer o e xa l'llé
I . , .

.. da sistemas mais ·complexos, no caso sistemas mais complexos, no caso de

. sistenas: ter.nários, servindo O'S ' .diagramas binários _como modêlos bá s i c os


rara a vis~alizaçto da cristalização doe minerais magmáticos co m carac te-
rísticas distintas (eutético, ponto de fusão incongruente, eolução s Óli -
dà) .
Os diagramas ternários· sao basicamente a associação de :5 diagra ma s bl,
n~rios contendo componentes em comum. Desta maneira serao focalizado s as -
sociaçcres entre sistemas binários do tipo eutético, fusão incongruente e
solução sÓlida, rle a c ordo com o esquema abaixo:

1 . ~ iagramae ternários constituÍdos pela associação de sistemas co m


ponto eutético. simples.
~ '~

2. OÍ8Qramas tern~rios compostos pela ass.ociaçio de sistemas com po_Q


to eutéticó simples e com eutético duplo.
3. Oiegramas ternários constitufdos pela associação de sistemas ~om
ponto eutético simples e com solução sÓlida.
4. Dia~ramae tern~rios compostos peia lnterêçio de sistemas com pon~
..
to autético simples e com ponto ' de rusio incongruente.
5 . Diagramas tern~rios constituÍdos pela conjugeçio d e sistemas biná
rios com eutético simples, ponto de fusão incon 9ruante e solução
sÓl i da.

3.2 - Sistem~s tern~rios compostos por sistemas h in~rioa do tipo eu -


tá t ico si mples :

Um exemplo deste tipo de sistema é representado pala as ~ ociaçio a no r


44

ti ta - wollast.on·i ta - sÍlica, co mposto por 3 sistemas do tipo eutético s i m


ples abaixo discriminados&

Ponto de "
Temperatura do Composição do
Sistema f"uaão (o c) Eutético {°C) eutético (propor.)

l) Ca6i0 1540 1436 75:


3

~i02 1698 25

2) , ,CnSi0 1540 1299 50:


3
c~ ·u2'ii20'e 1550 50:

:l) Ca111
2
s1 2 o8 1550 1J59 50:

5102 1698 50

Hesulta o si stema ternário, representado pela figura 18:

C a~ iC:
3 1540 1665 40

CaA1 si 0 1550 30
2 2 8
5102 1698 :50

Resulta o sistema ternário, representado pela figura 18:

1540 1665 40

CaA1 Si o 1 5 50 30
2 2 8
S i0 30
2

Como percebe na f i gura em que s tão, o ~iagrama é dividid o e m trns


$8

~ e t o res nos quais cristalizam


.
&nicialmen ta respectivamente a an o r t i ta . (~)
o wo llastonita (W) e a sÍlica (S). As linhas que delimitam os tri s ~ Ft o t·F?
IP9 n c ionados são denominados de linhas co t éticas. Ao longo das mesma s c r ' c·

t.., l.i za m comjuntamente os minerais dos dois s~tores vizinhos. Aa três l..i -
.lhAs cotéticas convergem pa r a
, um p onto ~ de n o minado de eutático trip l o ~o
qua l irio ~ristalizar con j unta rnan t & wolla~t~nita, anortita e s!lice n~ r r~
porç~o 40:30:30. A semelhança dos pontos eut~ticos si mples, q ue ~ orr cs ~c~
d em à temperatura de cris t alização mai& baixa da sistemas b inários, t<'~'"l -
. !J ár·, o ponto eutéti.co t t iplo-· cor r e s pond.e a . temperatura de consolida ç 2 o f":l i ....

ba i xa do s istema terná r i o .
:; marcha da crist a li z ação e m síntese ·do tipo focali z ado é e xtre r:·· a •~'v

t e <ü mplee. Consideremo s o fundido ! da fi.gur.e 1 9 . O lÍq u ido s il i c át. i.cc · ··


t :~ ~ i tw:J d o no s etor da anortita,. que será portanto o p r imeir o mine r al ·~

r r i s tali z er. E ~ con s e q uência o f u n dida -coexistente irá enriq u ec ~r- ~ e re 1 ~


tivamente em woilasnita e sÍlica, deslocando-se consequentemente até o pon
. -
to 2S.: sobre a linha cotética enortita - sÍlica. Atingindo e linha cotéti-
ce cristalizam o confuntamente sÍlica e anortita . Consaquentemente o l{-
quido irá enriquecer-se réletivamente em wollaetonita, deslocando-se pois
rumo ao ponto eutético. A ll65°C o lÍquido residual terá tJtingido a comp.e_
. .
aição eutética, cristalizando por coneeQuinta ume mieturl fihal de enorti
ta, sÍlica e ~ollaetonita ne prc; :=çio 40 s 30:30. Em resumo tsremos tris e
tapas de c~istaliz~çãot

X a X' - Anortite
X' a E An o rtita + a!liee
E - Anortita + sÍlica + wollastonita.
A cristalização deste tipo de sistemas tern~ri~s é bo i s baai samen te
i ~~ - tic~ ~~s s istemas binários com eutético simples. Por conseguinte tam-
bém as suas consequências patrogênicas serão as mesmas ou seja:
1.• A cristalização sempre termina . na mesma temperatura. e temperatura e~

.t ética.
2.- O j)l'oduto da Última feee da cristalização é constetnte, ou eeje, uma
mistura eut~tica,
·3 • ..: A retirada das raeee pràviamenta çl'iatalizadae não altere a temperat;;!,
ra nem nem o . p~odut·o de Úl time f~e da cr1atel.izàçioa Desta maneira
não existe no eiet•ma um mecanie•o am ~ótancial que permite a diferen
cieção magmática.
3.3 -· Sistema Ternário contendo um Sistema Binário com 2 Eu t~ ticos.

~sie tipo de sistema, representado na rigura 20 ~trav ~ e de um caso


teórico, guarda muita s semelhanças com o sis~ema binário nefeline-sÍlicag
discutido no item 2.5 • Enquanto naquela ei a tema binário o composto inta.!.
medi~rio, a albita, ~ubdividida o sistema em dois aubeietema 9 ceda um do
tipo eut~tico simples, no sistema t~rnário ! ! - ' o compo~to interme-
diário ~ di~ide o sistema em dois subsistemas do tipo eutéticc triplo,e-
.lucidado no item 3.2 • De dois subsistemas em questão sao os que seguem:

Subsistema 1: A AB - C c'om ponto eutétiço E 1.


Subsistema 2: 8 - AB 8 com ponto eutético · t 2.

Consideremos inic·ialmente a cristalização de um f'undido com a campos.!,


çao ~(figura 21). Com e queda · ~a temperatura formar-se-a inicialmente o
ç r i stal AB no intervalo ! ·:_ ! 1
• Entre ! • Q cris~talização em -seguida, c o~
juntemenie, os cristei~ AS e A, Atingindo o e utético El ocorrer~ ~ ~r aG iP!
t a ção ~ nél proporção eutética, 'de AO, 1\ . e. C.

Um l Í r, uido sil,.ceÍtico com compo s ição Y in i éi:árá a s ua cr .i s teU ~ a ci <·


•;o m ;,; pr ocluç;jo de c r int.ais - dO tiro ;:,s no interv~lo 1 - :f_' 0 pro$ s eguirá c o11
a formação de AB e B ao lonoo da linha cotética antra 1' a f1 e encerrará
a consolidaçio com a cr1atalizaç;o da mintura .aut~tioa AB,
Rua e • c. ume
vez atingindo o ponto E2.
Resultam pois duas pargênee distintas, no caso AB - A - C ·a AB - 8 -
C. Não oco·rreré jamais a associação A - 8 - C ou A - . AB - c, dado a ineS!.
patibilidade entre~ a C• . Tal fato mostra que a incompatibilidade entre
fases e sistemas binários não é eliminado quando eatas fases tomam parte o

~m sistemas mais complexas.

3.4 - Sistemas Ternários Contendo um Sistema Binário c~m Composto~


· termediério de Ponto de fusão Incongruente

Sistemas deste tipo, representados na f"iours 2.2, resultam da intera-


ç <. o de sistemas abordados nos itens 2.3. a 2.6a2o Além daa tree linha8 c o'

t ~ ~ icas normais contidas em diaoramaa ternários do tipo eutético triplo.


(item 3.2.), estão representadas mais duas, a sabers

l- A linha pontilhada ·l - ~ que corresponde a linha da compo s ição da enB-


tatita, assinalada no diagrama para um melhor enten dimento da marcha da
cristalização. -
'l- A linha r- .!!, que corresponde a curva de r.eação olivina + fundido coe ..
xietente = enstatita. Por meio desta curva adicional, são obt~do3 4 se
tores de cristalização distintas: o eetor da sÍlica, da anortita, de
forsterita e da enatatita (setor Z- Y- R- E) .
- /

r\" posiçã-o 'doe fundidos neste diagrama é pois comparável cor.1


, a de o-
c,uivalentes na eisteme foreterita- SÍlica (item 2.6.2.) . LÍquidos ab8ixo
'j é! linha ! - g, apÓs a reação em r - B_, darão origem a uma mistura de ol i
. •i_llél + piroxênioa <= a lÍquidos à direita de r na figura 23). fundidos si
.; • J <:~ tlos sobte a linha ! - Q apÓs a reação dat:Fio l;)rigem somente a piroxêr·io
:-· t{quidoe · com composição! na figura 23). Já fundidos situados acima da
~ inhe!- Q consumirão durante a re a ção toda • olivlna pré-existente so-
brando ainda, após este Fato, algum l Íquido re'i~ual (lÍquidos situados a
g ~ querda de'! na figura 23). ·
Consideramos a cristalizaçio do fundido ~ - da figura 23. _ Inicialmente
vom a queda da temperatur~, ocorrerá a formação de olivina no intervalo!
- l• Atingido o ponto I o_correr~ a reação entre . ó.l ivi·na coexistente, en-
riquecido em ~!lica. Como existe um excesso de Clivina )(o fundido eet' si
· j ad~ abafxo da linha U - !) todo o lÍquido será consumido durante a rea-
çao ao término da qual ainda sobrar6 olivi~a. Resultará pois uma rocha fi
na 1 cone ti tu!da por uma mistura de olivina e piro)(inio (peridoti to).
Também o fundido i• _ ai~uado sobre a linha ! - ~; iniciará a. sua cris
t alizaçio com a formaçio de olivina no intervalo! l ocorrere, a reaç 8o -
__.___,____ _. ~

'-·' i l t LIIU/ ) <l~./U


' f - ;x, r'· ·;·;;,.;-j:·<.,üo rnogt nút teu

Olivina

.Plogioctásio
liquido
Pir~xênio

:l . Figuro11 · ~ <• ·
":..
••
. . .t ..F".guto"14
~· -.- ..
· ..• .
-·~

't ·..,..,~-=--j__ •.:. :. . u' - " :::-r::i:..::.=.:.=_:.- --t~sepãrOÇão da trâêão cristatinãiníéial do


liquido magmático coexistente pela.
filtragem- compressão
~
-~ -
liquido -

-:· -· ---~-:-- - ~----------


..
Liquido
. .~~',..-. -~ -:--.- mog~tico iquidl

~:7
-...:~~-----.

'"
..
Ffguro15
__ ___ -- . . __._"' ...':.:..:..:: '
:.

Figurã..,6
"'. tf.

e
(;
'·'
() v
"-' ' \I'

Figura17
Sistema binário com solução sóLida

•c
1600

1552

(Q
~
't

1200 I I - -. • .., 11'-1· . I I


'C c
< <(
'~
~
o o
N r--
CX) CX)

.. o 20 , 40
-P=
60 80 100
• Na Al Si 3 ó8 Ca At 2 Si 2 0 8
ALBITA , ANORTITA
Composiçã9 • ( 0/o em pêso ) . !i
,..~
,.,
entre lÍquido e olivine • ao seu término não eob~ará nem um nam ~~ra ~
sim apenas piroxênio (piro~•nito).
Um fundido com composigão 1• situado acima de curva I - Q crietaliza
rá com a produção de olivil"'a no intervalo i ·· l• ApÓs a reaçã o um .J_, r' om a
t~ ansformação da . toda a oltvina em pitoxênio, o lÍquido residu al irá des-
loc ar-s e ao longo da linha 1-ft com e pro du~ão de mais p iroxênio , AtinQi
do o pon to B. ocorrerá à 1226°C a consol i deção de t odo o l!quido r r, s .l. dud 1
com a cr istalização conju~ta de piroxênio e onortita. Re sultará poi s ao
f i na l Jme r ocne composta po r piroxinio e anortita (gebr~). •
Já urn fundido com composic;i'ó~, iniciará a eua conso l ~da ção com cri::.;
t3l iz ação direta de piroxênio ao longo da linha l - ~· Durente est a tfaj~
to o l!quido irá ~nriquecer-se cada vez mais e~ anort ita. Atingindo o po~
to M irão cris t alizar conjuntamente piroxênio e anortit& . Co m isto o 1!-
quid o residua l irá enriquecer-se gradativamenta em s!li ca de tel modo qu8
e sua composiçio irá deslocar-se ao longo de linha cot~ tic a ru~o ao eu t~ ­

tico f· Atingido o eutético o resto do l!quido ainda ex íst e n :e de pi ro xê-


nio, anortita e s Ílica na proporç~o eut~tice. O resul tado f i nal ~~ cri=t3
lizaçã o será pois .uma rocha constitu!d~ por pirox inio, ano rtita a ~uartz~
{quartzo ~abro).
r~dos os c~ss s at~ agora e xaminados correspondem e cond i ç3e s de e qu~
I . , - -
l1br10p 1sto e, c on diçoes em ~ue o eieteme nao e, perturba do quer pe l o t m-
pedimento das reações quer pele ret.irede · das f ases previame nte c:ristaU.z!_
des. Se h ou ~ er cristalização em condiç5ae de desiquilÍbrio ocorreri o fr~
cio mamant,o magmático, COJ"Iform~ examinado no i tem 2. 6 . :5 . Con ~id ere mos no v!_
mente o fundi do ~· Se a olivins !nicialmente cristalizada for isolada d~

sistema, a compo~ição do lÍquido ~o~Bietent& passa r á a ser ~' QP ~ ou I


.... acordo ' com o .creát;eote \ji'$U dt) 'l!t~!e.fftento dl:l oliv i nap i sto é, pa).a r-e··
tira da de magnésio do sistemao D~ilt& maneira o fundido origina l ~ p ode ri
der origem as seguint.ee éseooiaçélea <1• rochas :

1. Ounito (ol.ivina·) - Peridot.ito (olt~it'B + piroxênio) se dev ido ao frs-


cionamento ·,.,.o lÍquido adquiriu a ~C!»iç~o .B.•
2. Dunito + Piroxenito (piroxênio) se àvido ao fl·acionamento o lÍt:luido a~
QUlfiU a COmposição no
·3. Ounito + Gabro {pirox~nio + plagioclés(-o} se devid·o ao f r aciona mento o
lÍquido adquiriu a composição !• .
4. Ounito + Qua r tzo-gabro (piroxênio + pl4tioclésio + qua rtzo) se devid o
ao f.:·ac~onamento o lÍquido edquiriu a cómposição


,. -
Se per ou tro lado a velocidade ~~ r,e sfr ia mentó for rnu i +-.o rápida po :-i e
· ser obti do inc lusi11e como produto fi"\1!\l uma rocha conte ndo o~ivina e r:•... '
tzo, irlci:lr -·-r. { .:.~' s em condiçÕes de equil!brio (i tem 2.5). Consideremos w
4A

ra elucidar este caso o l!quido 2 • Inicialmente ocorrerá a cristaliz a ção


de ollvina no intervalo S - l• Dado o resfriamento rápido em l não ocorr~
rá a raação entre olivina e lÍquido . Este poderá então cri sta ll zar-s e ao
longo de l - ~ ou segundo T - ~ - E. Resultará pois a formação de uma oli
vina gabro {olivina + píroxênio + plagioclásio) ou um quartzo-oli11ina ga-
bro (olivi na + piroxênio + plagioclásio + quartzo) & não apenas um gabro
(piroxênio + plagioclásio) como noceso da cristalização em condiçÕes dQ ~
c:
quilÍbrlo , Este caso mostre as mÚlt i plas possibilidades de d1ferenci~ção
maQmética que podem ocor~er em sistemas complexos contendo-compostos com
pohto de fusão incongruenteo

3 . 5 - Sistemas Ternários com 2 dos Componentes Constituindo Soluç ã o


SÓlida

Este tipo de diagramas ternários é representado pelo sistema Di opsÍ-


dio - Anortit~ - Albita nos quais estes dois ~ltimos componentes consti -
tuem uma solução sÓlida (item 2.7.1.). Como se nota pela figura 24, o di-
agrama resultante ~ dividido em duas áreas, separadas por uma curva cot~ ­
tica sinuosa. Na área mais prÓxima ao vértice diop sÍ dio a cristalização!
nicia-se com a form~ção de ste mineral enquanto que aba ix o da linha cotétl
ca o resfriamento magmático implica na cristalização inick[ de um plagio-
clásio * A marcha da cr~atalização acha-ee visualizado na f 1gura 25 "
Consideremos Q fu ndi do com composição ~' cuja cristal ização inic~ar­
-á ~om a formação de d~opsidio . Por conseguinte o lÍquido irá enriquecer-
se suce ss ivamente em albit@ Q anartite atá a tin gir a linha cotética no po"_
to l· A partir deste instante cristalizarão concomitant emente diopsÍdio o
plagioclásio até o consumo total do lÍquido em h· Nota- se que entr e X e
h mud$m tanto conti~uamentg a proporção diops!diotplagi oclá sio q uanto a
composição ~ste, jé que os dois pontos em questãe tem posiçõe s distintas
&m elação aos três vértices do diagrama .
:lá do fu ndido E.!. irá cristaliz ar-se inicialmente um plagioclá s io que
com a Dueda da temperatura ir~ variar sistemeticamehte a sua co~posição e~
tre Eh e ~ · ~t i n gi n do a linha cotética cristalizarão conjuntamente diop si
dia e plagioclá s io com ·cpmposiç ão e proporÇÕes va riaáv ei s ate que seja ~
tingido o ponto .Jd. quan.do todo o mate rrlal estará cris t ali zado . Re s ult arão
em ambos os ca s os rocQas constituÍdas por piroxênio e plagio c lásio 1 porém
em proporçoes e com composiçÕes distintas. Este ti po de rocha den o~i na-s~

de gabro . (

A det e rminação do fim da cr~stallz~çio e a composiçio de pla g iocl~R!


o flnel está exemp lif ic ado na figura 25 , que corre sponde a um e :. que ;•1a sir-

pliFicado da figu ra 24. Con s ideremo s o fund ido f . Trocando-s e pPlo -~ cL i ­


ca e~ diop s Ídi o 9 p~ssan do po r[, uma ~ qta obtém-s e s obre o l a do ~lbit~ - n
49
nortito, e proporçio relativa entre estes dois ~omponentes no fundido •·ri
ginal (Ponto _fi). Desta lÍquido irá oristaltzar inicialrncn t ti o pl<:ll) ioc l á-
aio A (87 An: 13 Ab), de acordo com o item 2.7.1. traçando-se uma reta li
gando A com f, obtém-se o ponto ~· inters~cção entre e mêncionade r o t~ e
a linha cotética. A marcha da crislalização será pois F - ~ao lon9o de
uma curva.

O
-
O rim da crislalizaçio, no ponto f''• é obtido de men~ira sem~lh a nte
Último lÍquido a cristelitar. 11D elstelfttl albita - enoriita terá !'l. c o~p~
siçio Q (78 ~b: 22 An) cuja prOjeção no ei$tema ternário ! o ponto f• Li-
gando-se~ com o vértice giops!dio cbtém-$á o ponto · ~ que marca o finol
da cristalização do fundido inicial L•
Percebe-se pois de t'mediatd' (!Uif 1\0 eist•me ternário. focalizado sao - l!"er'

tidos todos as carcter!eticae btsicae .do a1etema binairio albita - anorti-


ta. Em consequência são mantidoe ta~bém to~e as poeaib111ijadee do fracio
namento magmático discutidos no it.m 2o7.2. Assim eo~eióer~mos que o pla-
9 ioclá si o básico inicialmente cri stalizecló ae je isolado do sistema. I s to
equivale a uma mudança da compoeiçe() dei l '{ Quido inicial p!era _fi, mais rico
em albita: O final de cristalização nio acorerá mais em f (~ ) e si m 8m
Ct <.t:..:..~1). O produto final de eristelização será pois não apenas um gah ro
e sim duas rochas, representadas por um anortosito (plag i oclá ~i o básico
com composição em torno de A) ~ ~rn gabro constituido por pi r oxê nio e u~

plagiocl~sio em torno de B e
-1

3.6 - Diagramas Ternários Con~endo Co~posto Intermediário com non t o


de fusão Incongruen~e ',e Solução SÓ,1ida

Este diagrama, repres~tado pelo exemplo ano r ti ta - f ors t e r i L .· -· ~í 1i


ca (figura 27), j~ exibe ~oa parte ~a~ caratterísticas da cri ~ laliz ~ ~ ~o de
um magma basáltico. O composto intsrmedi~rio ' a enstatita do sistema hi-
nário forsterita-:'s!lica {item 2.6.2) e a solução sÓlida é a formada pelo !'>
piroxênios enstatita - diopsÍdio cuja marcha da cristalização é idê n t ic a
a do sistema dos plagiocl~sios (item 2.1.1.) ou das olivinas (sistema
forsterita- faialita) . Nota-se que~ eiste~e da figure 27 já é bastant e
ctimplexo ~ela~ v~rias relaç6es secund~rias ~ua exibe, envolven do o s di-
versos compostos · do sistema. Basicamente observam-se três cP m,-. Gs c1e cri s -

" talizáçio, o da sÍliça, e de piroxênio e o da o,J.!vina , este ÚJ. ti rr o corq::0 ~


sedo pela linha de reaçio ollvina + lÍquido = plroxênio (item 3 .4 , f1 ~ u­
ras 22, 23 item 2.6.2, fig~ra 13).
Consideramoe na figura· 28, os fundidos iniciais !' Q, .f_, s itu ad os r os
pectivdSlente à .e~querda, sobre à di rei t ·a da composição ;ja e n ~' t a ti te . .; s
consider aç 6es pe~e a cristalizaçio destes l!quidoe são a s mesmnr.; d o r~ r·~., -
didos .f_, Q, I da dfigure 13 e dos fundidos J!, .9., ~da fi gu r a 23 . r c::-Js~.o
'50

lizaçi~ . de! forneceri uma roch~ final cQnstitu{da de olivina e piroxinio


(peridot i to); a 'co'lsolidação de !!, resultará um plroxênio (só piroxênio) e
C originará um quartzo-p~roxeni to ( piroxênio m~ is quartzo).
A variação da composição dos pirox~nios durant• a marcha da cristali-
zaçao poderá ser visual1zaç:la pelo gráfico_ d.a figura 29. Consideremos o fun
dido M. Por resfriamento irá cristalizar inicialmente a forsterita. A com
po~ição do l{quido ~oexiatente por con~eguinte irá varia~ a~ longo da re-
ta A M K" Atingido ! irá_ cristalizar um piroxênio c0m composição h• e ini
cie-se a reação l!quid_~ - '+ o~ivina = piroxênio o Durante esta reação a com
posição do lÍquido irá -variar entre K e N e a do pirox~nio obtido entre 1
e_ E_, situado sobre a reta A M K•. ·..Atingido esta ponto, em con-efiçÕes de e-
~uilÍbrio, a cristalização e~tar~ ainda resultando uma mistura de olivina
e piroxênio na proporçeo MA:MP. A com~osição do piroxênio sará de UP de
--"
...
enstatita para PV de
- diopsÍdio.
'

Consideremos a gora um fundido com composição Pg situado sobre a linha


da composição dos piroxên~os (Q ~). Cris~aliza
-inicialmente a olivina e,
.
atingido o ponto !• s erá obtido como produto final uma ma s sa homogênea
constitu!da apen~s por pirox~nios com composiçio f•
Um fundido c om c o mposição Q irá cristalizar' i~icialmenta olivina e em
K .a pirox~nlo l• Quando o lÍquido tiver a composição I (piroxênio E), e
-
apos o
.
desaparecime nto
.
total de olivina por reaçao o lÍquido~ irá deslo -
car-sa at~ f e iniciará a cristalização cOnJunta de sÍlica ~ piroxinio, a
gora com composição 1• A cristalização em f obtendo-sa como produto final
uma mistura de piroxênio I (TU de diopsÍdio: TV de enstatita) e sÍlica nas
proporç5es TO f DBo Nota-se poi~ q~e com variação da cc-posição do lÍqui-
, '

do inicia+ variam os produtos obtidos pela cristalização, a proporção en-


tre elas e a composição do pi~ox~nio, sempre presente nos casos examina-
dos.
Já roi examinado nos itens 2.6 ; 2 e 2.7 ol e 3.4 que sistemas contando
cómpostos com ·ponto de fusão : incongruente ou que conitituem êntre si solu
çao sÓlid3 9 são largamente sucept!veis ao ' frácionamento. Assim se nó caso
dos lÍquidos !!.9 P e D a olivina inicialmente cristalizada for isolada elo
sistema ou se houver impedimento da reaçio ent~e a olivina e o lÍquido,r~

sult~rão as seguintes associações de rochas;

f1 = no coso- da retirada de olivina do sistema ..


lÍquido PI - Ounito (só olivina) - pirox·e nito (só piroxêQio) ou quartzcr
piroxenitb (p!roxinio - quartzo}.
lÍquido P - dunito + ~uartzo piroxer.ito
l Í quido O~ dunito + ' quartzo piroxenlto
' . .
!:!·. : · r.o caso do impedimento da reação entre l{quido e olivina
51

lÍquido ~ - Peridotitó (olivina + piroxênio) ou qu~rtzo peridotito (oli-


vina + piroxênio + quartzo)
lÍquido P - Peridotito ou quartzo peridotito.
lÍquido D - Quartzo peridotito .

4, As séries de Reação e suas Características

4.1 - Generalid.a des

2. A cristalização das diversas fases cristalinas dutante o resfriamento


de lÍquidos silic~ticos não ocorre concomitant~~ante e sim segundo uma
sequência perfeitamente d~finida.

:3. Durante a cristalização de fundido.s silicáticoe surgem novas fases cri~


talinas e desaparecem ' outras. O ~ esaparecimento das fases pr~-existen-
- I'
tes faz-se pela reaç8o entre est 0 s faAes e o l1quido coexis t ente .

4. As fases cristalinas neo-formadas distinguem-se das pré-existente R por


- pequenas ou acent uadas diferunça ~. ~ssim no caso da reação plagiocl~­

sio +liquido = plagioclásio ma i s rico em albita (it e m 2 . 7 . 1 ) 9 as mu -


danças são graduais, pratio.a-mente diferenciais. ·:á n reação oli vi 11a +
lÍq~ido = piroxêAio (item 2.6.2) o mineral neo- fo r ~~d o dist in gue-se a-
centuadamente do pré-ex1st~nte quer quanto a compo ~ ição que r quant o a
estruture.

A conexao dos fatos 1, 2 e 3 levou ao desenvolvi mPnto do conceito de


s-érie de reeção, isto é, u.ma sequência de minereis qufl se forma s iste mati
camente durante a queda da temperatura pela r~açio entre fases crist a li -
nas pré- existentes e os lÍquidos silicáticos coaxis trnt e s. ~ ar ou t ro la-
do o fator 4 levou à distinção de dois ti po-s de eeíriee ::Je reações . Cm uiT'a
das séries as reaçoes provocam o aparecimento de no vas fa s es que se d i s-
tinguem acnetuadamente das fases absorvidas durante a reHç i o, s endo po r
este motivo denominado de série de reação des~ont!nua . ~ o u tra s~ ri e c a
racteriza-s e apenas por pequenas, graduais , diferenças entre os Minerais
neo-forma do s e os pré-existentes, sendo pois denominada de s1~ r .iP. rl e r e:: ··
ção cont!nua . Na s~rie descontínua as reaç5es ocorre m a pont os f ixo s d~ - ·
52.
, . f
r~ le e cw eda Ja temperaturaj enquan t o qu e na serle de rea ç arn co0t1 nua a1
~
t : , r': "o 1 •~::: ç Õe s u c c. r rem d u r 8 r. t e todo o i n te r v a 1 o da c r i s ta li z a ç ã o ,
Lo mo ~o strou n exame do sistema forsterita-sÍ li ca-d iops{di o ( item ~-~.
: s ~Jas s ~r1 es coexi st e m lado a lado dura~t e a cri staliza çã o masm~tlca, 0 P
Lill ~ odo ~ue pLde ser t r açado um paralelo entre ambos ~ e m f u nção da que da

~ sAt l e de re ação contÍnua ~ representada pelos plagiocl~sios cuja


o
crJq tallzaçio foi examinada no s itens 2 . 7.1 e 3 Q3 . J~ a s~rie de reação
rlesco n tinua e rrv olve os min~rais f'er-romagnesienos ou colori.dos, tendo si-
do Abo roado ape na a · a parte inic~al dest~ s~rie atrav6s do exame da re ação
• J 111 in a -1 lÍ quido == piroxênio (itens 2.6o2, 3 . 4 e 3 . 5) . As dua s séries fir
•8nte B3ta belecidas por investigaç5es de campo~ microsc6picas e exper i-
~entals. estã o r elacionadas no quadro abaixo:

_§~ris de Reação série de ~ eação


!Jescont i11lJa Continua

Olivi na Plagioclásio c a lc i c o
Pirox ênio Plagioclásio cá lcico-só-
dico
t1n f i.bÓlio
Plagioclás1o sÓdico - c~l cl
Mica
c ico
Plagiocl ~~1o s6dic o

1"1 U SC Ov i ;A
Feld ~ pato - potassico
~ua r -c zo
Zeo:itas

F1m da Crista~ização

1, / - 1\s Pr i nc i ~~s Cc. rac ~:e r.; s t 1ca:.; o a sé r i e de 1~ea ção

r\ compa r açã o dos membros .ilicia ls das séri es de reaçao permi te nc.t " liF

t ecer cHrtas ~Hr1aç5es sistemát1cas, entre os quais se de s tac a m: .

L •· 1 - t~eJ •:.5__ào entre o teor de sÍlica e a valência dos__E q uelP~-~c__,;__;i


i. l c a t1co s

1\ r. bas as se>ries car'acter1zam-se por um aumento da rel~çâo 'l Clma menr i


onadas co~ o decorrer da c r : stal izaçio 4 conforme o quadr o seguinte:
,..
•• ~ tj

. )

"
!"'). 11 11 ':"J t)

Diagrama ternário
obtido pela con jugaçõo
de diagramas binários· Figura 18

~
~ d' ~

s
cote"tica

1436 ~
~
75125

~------7k~--------------------~1436

1540
w
. 1698
s
•· • t ..... , •

·-

53

série Oes.- ~tomos de


Si eor Valência do ~f-Jlação Si/
'
contínua unidade dp esgueleto esgueleto Valência

Oliv! na l -4 1 I 4

Piroacênio I -4 1 c 2
AnfibÓlio fi -14 1 I 1,75
r- Plicas
' -7 1 I 2,33

No mso das micas • reiaçio se acha diatdroide pela entrada de um ~tomo de


alumÍn io no esqueleto subeti.tuil"'do • um étdmo de eÍlico.

Série Contf . . u~,


· ·~

Ano r t i ta 2 - 2 l 1
Albita
.,... l I 0,33
- 1

Série Residual

tlrtoclásio - 1
Quartzo o

4. 2.2 - ~aç~o na ·[sti'utur~

[n~wento a ~Jó-rie ' , dla cat._tal~~~ c.cnt!nue 80 caracteriza pele menu-


tenção inal tarada da "t~t.-.u tat.cl!ntc• do• plegicclésioe durante a
cristalização, só algo ~istoreidc pela progreseiva eub•t~tutçio do Si +
Na pelo Ca ~ Al (1ie'i 2of.l}. a tt"EÍr~e de reação descont!nua caracteriza -
-ae por ,um sucessivo ~nt~ dP ~lêx1dade estrutural, acompanhado de um
incremento nas dimensões da cela elementar, contorma o quadro seguinte~

~ineral
1
Tipo Estrutura l Cela elementar

torstarita "•aso-.tl1oato·
(Ao)
-
294
Dips!dio Inossilicet·o $implet 4~'4

Hornblenda Inossilicato Oupl~ 925


Biotita filosailicato 979 ·

4.2~3 - Variação da relação Si : O no esgueleto dos silica t os com o


·a umento d~ sua complexidade estrutural

O e~tr~e-ntb da complexidade estrutural leve a um aumento da relaçeo Si~

O nos êsquê1êtoe, confot"me o quedl'o ettguintes ··


54

l.: .;:'O ArrAnjo dos Relaxão


Estrutur al Tetraedro s de Si0
4
Si o Exemo!0

rtes s osilicatos isolados l 4


·; r)l o s s i 1 i c a to s duplos 1 )~5

r· i c los si l i c a t.o s anais 1 3 1

I ;ooss!licetos cadeia simple G 1 3


r no·-;s il ice tos cadeia dupla 1 2p75

FiJ ossilicetos folha 1 2,5


Tectossilicetos estruturas tri l 2
dimensionais

4 o2 , 4 - Minerais Hid~etados

Os termos finais da série de cristalização descont!nua carac te riza - ~·"


pela 1ntroduçio de oxidrila e flwor na estrutura dos minerais f erro~ag ~ e­

s1anos, dando origem ~s hornblendas e micas. Estes minerais sic ma~s co -


~~ns nas rochas intrus •. vas do que nes extrusivas, visto que um aumPnt o 02

pre s sio favorece um aumento da solubilidade da igua no ~agma (itc~ 1. 4.4),


Assim "ão é rara a prese~ça de piroxi~ioe em rochas ~cidas o u inter we
dJi rias efusivas em vez da horr~lenda ou biotita que ocorrem nas cor r es-
por.d8ntes rochas plutônicaso

4 c 2 o5 - Os M1nerais de Potássio

Os minerais de pot~ssio, como se pode verificar pelo esq ~Bma do it2~


4 a7 . l, são cax;.acterlst1cos da f"eae final da cristalJzação magmáUca,q u<~ ':.
do s urgem a biotita, muscovita e os feldspatos pot~ssicos (octocl 5sio.Mi
crocl 1me).

4 . 2.6 - A Relação Si t Al

A ralação sÍlica ! alum!nio tem compor~ament. c i nverso ~a s ~r ie c1 · t,


:-.,_:a e
.
descontínua > Enqua11to. m-Jsta citada relação dimi nui de R no m8mtJco j

Mg s10 ~
•i cial,· a forsterita -
2 4 para 3 n~ membro fi~al b1otita - K(~g,F~~

~~~ s1 o
3 10 ) (DH)
2~ na s~rie de reaçao cont!nua c seu valo r a u~ e nta d e 1 r~
aG or t it a - Ca A1
2
si 2 o8 - oara ~ ~a alb ita - NaA1Si o
3 8
• Tamb~ m o feld spa-

ro pot~ssico KAl~i o
3 8 ~ a mu sc ovita K Al
2
(A1S i o
3 10
J (OH )
2
exibem a r ~lF

çao § i : Al = 3 . Es ta r ei~çio diz respeito apenas ao S i e Al do esq ue l et c 7

nno envolvendo os c ~ti o ns saturantes. Em outras palavr asp com c decorre r


ela cristalização, os esqueletos dos siltc.atos torna m-se p:·og re s:.:, ival"'1e ·l~

~ ; Fli~ ricos em alim Ín i o oue st.: bs titu.i o "s Ílica ,

· s ta relaçio te~ 3 mes mo co~pcitPmarto na s dua s a ~ries de rsaç5 e~. ?'


~ o
'1
"'

O sistema ternário Figura 19

SRica-Anortita- Wollastonita

Ca Al2 Si2 Os
100 .,.
1550

-~
~
b

-S
-·· 1 1698
1540 1436 Si 02
Ca Si 03 ·
Wollastonita Silica
100 °/o 100 °/o
1_,.....1
'--------------------------------- . -- ---- ---
.S1- 8.

c
5
o
·c
"O (])
c <
:õ (..)

o CD
-~ -<t
'-
O>

·-oo
'"'O

-o (/)
c o
-~
(!)
~
......
c "Cl>
I
......
i
·t
8 ~
ó
·-
I - 'O
L-
.o
o4J
f/)

c c

-'-
(j)

·,_
o
;--
o
a.
(/)
·o
a
t:..
O>
o
"'§
o o
55
mentando de O nos membroa iniciais (forsterlte, enortita) pare l nos mem-
bros fi nais (biotita, elbite). Este relação diz respeito aos c~tion s setu
rados do esc:~ueleto (Na, K) e o -alum!nio contido no e9queleto •
.,
4.3 - CarRcterfstiçes ·df
Ceda _Membro de '::á.rie de Raação :. ~~-~~n d nua

Ceda membro da s&rie ~ reaçio de'econtÍnua {olivinas, piro x~ ni os , an-


u fib6lios , mi cas) constitui por eue vez uma s~ria da reaçio c ~n t! n ua, a se
malh a 1ça dos plagioclásioe. 'As!im às olivina·s são uma soluçio só i ida e 'l -
tre fors te ri"ta, Mg Si0e faialita re S1o .• Inicialnnte -cristalizam os
2
2 4 4
termos mais ricos .em ~egnéeio .e posteriorme~te oa maia ricos em ferro. Já
os piroxêrios são essenci~lment~ uma solução dé $netetita MgSi0 , fe~ro­
3
silita fsSi0 e Wollestonita C~SiO~. Oa piroxênioe contendo associações de
3
(Ca + Mg),(Ca + re) e MQ + fa) eão denominados reepectiva~ente de diops!-
dio, hedenber;ita e hiper.etênio. ~ a_ltes temperaturts sua miscibilidade é
grande constituindo d~as reotõas distintas de miaturé (figura 30) ~ o cam~

po da augi te ·•entra o diope!diQ e a hedenbergi ta e · o campo da pigeoni ta e


a ferro!!ilita. Já · e. baixas temperaturas a miscibilidade é substancialmen-
te reduzida. A elevadas temperaturas. cristalizam inicialmente os piroxê""
nios ricos . em Mg qu!!, com e quede da tempere_ tura~, vão se ~ enriquecendo S.!:!_

cessivamente em Ce e re (ver o mécenismo de cristalização dos pir~xênios


na fiQ ~.. re 29).
MS meames oonsideraçõea eão ~alidas també~ pa~a oa anfibÓlioa que con~
tituem séries isomÓrficas da miscibilidade limitada tais como e série da
tremolita - ca
2
(Mg, fe)
3
(Si o
4 11 2
) (OH)
2
- d4l hornql,endê - ca
2
Na {Mg,fe,

Al) (AlSi D i) (OH) e a doe enfibÓlioa • sÓdicas, constituidos por u


3 3 1 2 2
ma solução - sÓlida parcial da glaucefânio ~ . Ne re re (5i 4 o
2 3 2 11
) • (OH)
2
e
Arfvedsonita - Na
3
ra 4 re (si 4 o11 ) 2 •
Também as micae constituem uma soluçio aÓiida, obedecendo a fÓrmula g~
rel w (X,Y) 2 - 3 z4 o10 (OH, r)
2
onde W é ocupado pelo K ou Na, X e Y re-
.preser.tam /~i.~ ~i, l'lg, Fa ' · !!. e Z correspon_de ao Si e Al que ocorrem no
esq~aleto nas proparçõee 3 • ~. at' 5 : 3. Na figura . 31 estio representa-
cas as variações qu!micae das micas res diversas rochas megm~ticas, nota~
do-se ~ue a elevadas temp&returas (rochas ultrebásicas) a~ micas são ri-
"
cas em ~ agnésio enquepto que a baixas temperatura• (pegmatitos ) ocorremmi
cas ri c a s em ferro.

4.4 ·- As Séries de Reação e a Clessificaçio das Ro.ches

Como a s séries de reação contínua e descontínua coexlsta m l ado a 1 ,_ .>,,


'
durante a c ris~ali~açio " mag~~tic,, pare ceda temperatura co ns i der ad o ocox·
re a ss ~~ c i~ ç~o de certoa m~nerais espec!ficoe de c~da s~rie. C st ~ s Ds so-
56

ciaçaes denominadas de paragineses, podem pois ser consideradas como a be


se da classirica9ão das rochas megmáticasp ~e acordo com a figura 32.

4.5- A Áfinidade er:trf3 8 s~~J.ce e GS Elementos QU~_lllicos Maioritários


do M9gma durante a Crietalização

Iniciemos o exame da relaçéo entre a s!lice e os elementos meiorité-


x·ioa do m•grwa pela çomparaçao das erálíse$ q~!micas dos principais tipos
~
de t>oahas:

Grano.- Olivina Peridoti-


6x1doa GranitQ diorit~ Si·e ni to a,nd§ai~ eesalto Basalto to

Si 02 73,86 66,88 55,38 54,20 50,83 47,90 43,54

Al 2 03 13,75 15"66 2~,30 11,rr 14,07 H,B4 3,99

r .. 2 t3o 0,78 1,3:5 2,42 3,46 2,88 2,32 2,51

f'e o 1,13 2,59 2,1JO 5,49 9,06 9,90 9,84


Mg 0,26 1~5? 0,5? 4,~6 6,34 14,, 07 34,02
Ca o O,?? 3,56 .:,98 ?,92 10~42 9p29 3,46
Na O'
2
3,51 3,84 8~84 3' 6~ 1
2p23 1,66 0,56

K2 o 5,1.3 :5,07 51)34 l,ll 0,82 0,54 o, 25

N.ote'- se ~ue a princ!p&i. di ferEl'"lQS e'1tre as rochas ácidas (granitos,


granodioritos) e as rochas básicas (be&~alto, o .l iv1na basal to) const t tue P rn

elevados teores de CaO, MgO, reo e fe o


2 3
e pequen~ corte~do de Na 8 9 ( ? C
2
e Si0 e baixo col'"lte~d:l em CeO, M~O, faÍ0:5 naQuelas. Já o teor de J\l r .:.
2 2
nio veria muito nos dois tip~s de rochas consideradaso Po r 8ua vez o s i n-
n ito exibe em relação eos gre~i~os meio~e~ tecr~ s de Al o
2 3
a menor co n te~
do em Si0 que por~m ~ maioc do q~e o das rochas bisicas~ As rocha s Llt r a
2
h~sicas . (peridotitos) mostram, em releçio . ~s b~sicas, menor conte~do em
SiC e uma acentuada queda no seu teor e~ A1 o , exi bi ndo por outro la do,
7 2 3
g.rende riqueza em MgO. Já as rochas intermt:~diárias calco-alcalinas (ande-
sttos) tem composiçio intermedi~ria e~tre granitos e basaltoa .
Durante e cristalização magmática os di~erscs Óxi dos se li0am entre
s ·;. constituindo silicato~. · O tipo de silic"ato for·mado depende do tipo de
cátinns, das suas proporçlies e do teor em sÍlica presente no magma . 1)e a-
cordo com estes fatores podem surgir minereis seturarlos ou 1nsaturados,P~

tes ~ltimos deficjentes em sÍl~ce. Nem tqdos oe c~tions sio igualM~n t e a -


tingidos pela insaturaçio no caso da falta de sÍlica. Existe uma ordem b e M
defj nida de preferência de saturação que é, em "escala dscre s centP., re ;. 1·e -
. antada pela sequ~ncia Al, Ca~ N~, Mg.
<o ,.,
'" "1

Figuro 2 ~:
Diagrama · ternário com ~
composto intermediaria ~
..
d~ ponto de fusão

~/ ~
~
/

/
· ,- /'!>

i<:
.Y
A ~

F. -- "---
.
......
·&v

35:65
I
f

••••
~3i8 ; ',
....... . i

-~1550
1570 /\
F
A marcha da cristalização no sisterno
1 23
Forsterita - Anortita -Sílica

fjlica

~
a.

· Sílica

Reação~x-~
Enstatita__-:x -~s

..
:~ ./
/
.
~
/ Q ---

Olivina
-- --
L
j/?N

For ~c 2rita
----
--u
Anortita

.d
'r,

.57

Em magma s g r anitic os nunca ocorram casos da insetureção dado o seu e


· l~v ad o teo r em s Ílica. Este teor é tão alto que spÓe a formeeio de todos
os sil i c n ~o s ainda eobra um excesso de s!lice qwe irá cristalizar sob a
f orma d e quartzo .
Ma gma s sien!ticos são bastante afetados pela ineatureção dado o seu
elevad o t eo r em alcalis e alumina e por seu baixo teor em sÍlica. Isto de
corre do fato de Na 9 K e Al formarem o! feldspetoa alcalinos que requetem
muita s{ l ica pare a sua formaç~o (item 4.2.1). O primeiro metal e ser a-
ti ngi do pel e ··insaturaç·ão é o sÓdio que em vez de cris.tali'!ar sob a forma
de f e :ds p ato éÓdico , origina um miner~l inaatur~do, o teldepat6ide nefeli
na ( nefelina sienito). O prÓximo metal efetado ' o pótêeeio que em vez de
c ri s ta l i zar sob a forme de Ortoclásio ou microol!me, origine o feldapatÓl
d~ le ucit a (leuc i to sienitos)o Em casos de acantuêda defieiincie de sÍli-
ca inclus i ve o alum!n i o pode ser afetedo, dando origem eo t:Óridon em vez
de faze : pa r te dos feldspatóe ou micas. Nos casos ~e lnaaturaçio, parte
do sÓdio ~ incorpOrada aos &Mfib6lios e piroxinio•, que necessitem de me-
no s s Í l ica pa r a a sua formação do que os feldepatoa, originando os mine-
rei s - máf i cos sÓdicas do tipo egirine (piroxênio) ou riebeckita ' (an fi b~
lio ). Os c Óridons sienitos que éxibem certa import~ne1a econÔmic a, já que
o Óxi do de alum{nio, por sue dureza ~ utilizado como abrasivo~ se for ma m
quand o h~ ~m e xcesso de retirada d• , s!lica do magma por meio de 8Ua rea -
4
ção c om rocha s encaixa ntes calc,rias ~

51 0
2
(sÍl ica ) + Caco
3
(c~lcita) = CaSi0
3
( wo l leeton1te) + co 2 •
Os ma gmas básicos !. $ p.e sar de seu baixo teor em e!lica, geralmente nã o
ori g ' na m -ochas insaturadéa. Tal Pato deco r re de sua riqueza em Ca, Mg e
Fe que ir i a c onstituir os ~lagioclásios básicos e pirox~ni o s, minerais q ue
nece s s i ~ a m de pouca s!lic• pa r a a sua formaç;o (item 4.2 . 1) . ~o ca s o de o
.1'"•, • .,.. \ -

correr , mesmo a ssim , uma d~·fi:c:lênc i a em s!lica,. o . p.rin!~lro metal a s er a -


fetado s s ~' á o magnésio . Co.nseq~ep~~:mel"i.te·êm 'v.ez de ser formado o pi roxê -
c r istalf.~é\J' e t!rlivi~~ t u·ni,
1

nio irá mineral insaturado (olivina basalt o ) .


Ma gma s básico s ricos em sÓdio irão originar a rocha insaturada nefeli na ba
sa nita ( p i o~~ n io + Pl a giocláa1o bás i co + olivina + nsfelina) e o s r ic os
em potis s io o s leuci t a basa~it~s (piro~; n io + plagiocl~sio básico + oli vi
na+ le wcita). Aumentando ainda mais a deficiência em sÍlica será afet ado
o cá lc i c que em vez de originar um plagioclásio c~lcio irá consti t uir o
t Fel dspa to me lil ita (mel il ita basalto ). No c as o de deficiênc i a conj un t a de
sÍ lica e al umÍ ni o, o c álcio e o ferro darão o rigem à granada mm l an i ta (m~
lani ta basalt o s ).
Maçroas inte rmediá r i os sÓ dic o-cál c i ca s (andes!ticos) por s ua r iqu eza
~o nc o m itan t e em Ca , Fe e s Ílica q uase nun ca exibem saturação . Cr ist a l izam
58

os andesitos ou dioritos, compostos pelos minerais saturados piroxênio,a~

fibolio e andesina (plaqioclásio).


Os ~agmas ultrabásicosD caracterizados por seu pequeno teor em sÍli-
ca darão origem quase sempre as rochas insaturadas (dunitos, peridotitos)
sendo a fetado pela insa tu ração o- magnésio~ um dos seus principais compo-
nentes, que irá originar a olivina.

5 , A Divefsi dade das Rochas Magmáticas

5.1 - Generalidades

Um do s problemas básicos da petrogênese reside em explicar a grende


diversidade das rochas magmáticas e elucidar a coexistência de vários ti-
pos litolÓgicos distintos or~ginados por um sÓ ou por uma sequência de e-
ventos magmáticos. Pera a abordagem destes problemas pode lançar-se meo,
basicamente, de duas hipÓteses:

1 . Admitir-es que todas as rochas sao fo :c madas pela cristalização de cor-


re ~ pondentes magmas originais~ primários, que não exibem relações de p~
rentesco entre sio
2 .. /<emitir-se que as rochas sao os produtos da cristalização de alguns po.':!.
cos magmas originais~ cepaz&a de ~~da~ças na sua composiçio ou sus c e r -
tiveis de sofrerem verieçÕes r.a ll'li.cha da crietallzaç-ão por ocasião dE?
s ua consolidação.

qparentemen~e a pr1meira ~ip6tese resolveria toda e proble mát ic a em


f oco, por~m na prática esta so~u;ã~ eeba~ta numa e~tie de dif i c ulda de s ,
qu er no Cô mpo da petrolol)ia experimental quér fttle abeer-vações de ca mpo . ií

c ri ~ tal i zação magMàtice teria que ser con s iderada como um fe nôme no e~ t8 ~ -

q·.: e::. rÍgi d o ~ que não se cuad ... .~a com as co .-'lstataçÕes obtidas pelo exa me ds-
si stema s silic ~ ticos ~m laborat6rios (itens ~e ~)o
;'\ segunda hipÓtese i mp:..ica 'la existência de mecán1smels capazes de o-
rl ginar ma gma s secund~rios a par ~ ir de magmas prim~rios , alterar a merc ha
~o r mal da c ri s talizaçio~ al~ rn de provocar m~daMça~ b~sica s na co mposlçio
JoQ ~agmas originais durante a sue C7istalizaçio o Ao fenS meno pelo q ual
~m nagma primário é cap~z de mudar as suas caracter!sticas ao ponto de o~
r1g i nar. por sua cristalizaçio, rochas de natureza litológlca distin t a s, ~ "
p ica -se o nome gen~rico de diferenciaçio magm~tica o
1

A h i pÓ tese da e xis têncie da di ferer:ciação ma·gmé tica enc o nt ra la r g•.• :1


p_ io quer na geologia de campo q~er nos ~rabalhos experi me nta is:

r. \c ri s t a lização magmática, via de reg ra, ocorre n~m a mplo i n t8r ve 1


te m1e r Rtura n q ue p ~ rm1t6 e inPl~ência, por lo~ço tempo, de fato re s ca
·" .
-J!
j l
/fj'

-o
·-5-
c
<

.Q
(/)
'o
g
·c;,
o
0:

'.)
-
o
.......


(/)

o
'- 10
'O C>
c: :J

...., (/)

o o
E-o
o c
l.. <l>
O) .....
o c
·-
Q oo
·-
o
--
~
o
c
<

.2
C/)
'O
-g
'i'))
o
a:
.2
:'2
Cl)
o Q.
.o
E
Q) .
õ
wJ
(J)
·-
C/)

'8 -
c:
o
o ·-
:9
o<(
-No I
·-
-
1.-
()
E
·- .....
( f)
·- L-
o
-<
o
:.õ

a
-o ~
.i: I
u
L- .o
o ·o;
"O
E
.~
<( o
.l

" .. . "'
I)

~,~

1500 r
I ~

1450 '

1.(00-f
------- ---7:N
. i/
~.

1
.
. . ' :
I

I
I
_, _, . '
_,. f
l
1300+---- ~.,? ___ __;____ !!V -,«)C") i C'

I
. I
f

1200-1" /! .
.
I
.
/t . o~ c
t
t

,
I
I
.r • .. .
~
. I
t. (\
r
1100...f/" i .. ~lN ·,f J
I . J
. ,
~
'A
, /
i /
/
I /
Inicio e fim da
\"~
. - /
/
. \. . ..--4.
cristalização no sistema
Diopsidio ·-Anortita - Albito
\' \.\ I
"'
\
\
I
~

Figuro 26

Diopsiói('
Variação da composição do liquide si!icático
no sistema Oiopsidro- Anortito- Albita

p '•
l

AI203

16

~
,t
t4
i)
~
12
())
o
"'
~
lO

•o
~ 8
~ 6 •
·Ab An

o-! ~ - . - , ; i I ~--- --- I Mg'O ~ I


58 60 62 ~4 66 68

% $i02

P:::: ponto em que o liquido atinge o linho cotc'tica


... .-
/..-'"'
,~

\: ~-..-...---~.--- • .,.....- - - - - . , . , ....... - - -- - · ·- - ·"'· - -- -~.T'P'~'I'-411"J~--~ ~


...... • ...-... ;t<· ··~,.,~~

') \)> /.J,


59

~~zes de alterar as caracter!sticas do magma prim~ric.

8: A cristalização do5 cristais a pértir de um magma não ocorre conconi-


ta ntementa e sim segundo uma s~quência bem definida (item 4) de tal mo
r-~ ' •

do que a retirada ou isolamento das fases inicialmente ctistalizadasa!


tara fun d amentaln;~:e nte a composição ,, ·da e âma r a 'fl'legmá t j c a. Reportamo-nos,
a o fundi~ o ~ da fiQura . 29 (item 3.6). Em condiç6~~ de e quilÍbrio sara
~ot t-:.d o, co r~o pr:odut\'l final, um peridotito (orivina + piro xênio ). Ocor-
rendo poT ~m ~ retiradA da olivi n~ inici~lmente crista l iza da da cimara
magmá t ica; o lÍquid:tÍ· .qu~ coexi ste corresponderá então ã um fun d i. d c se-
cundário, com composiçãd distinta do fund!do • prim6rio , Nesta caso os
·oe produto .s finéis da cristalização serão, Qt,(aa l..'ochas J u me um d uan i to ,
correspondent e i olivina separads d o sistema original , e um p i ro x Anito
se o fundido secundário ostentar a compoetç;o t (rigura . 29).

Condiç5es de equilÍbrio

{1) P€rióotitc (olivina + pi:I'oxênio)

CondiçÕes de desiguilÍbrJ2

(2) Dunito (olivina) + {3) Pira xenito (piroxanio)


(2) !)unito + (3) PiroxenHo = (l_) · Pe:ri.dctito · _

Not"-~B que a composição glo~,l do siQt.em1i (peridot!Hea ) não foi a.l


ter-:: c a pela mu9~nça dé:i marc h a da c~s·~ alização já r:we e s oma das duas ro ·-
c!"> .-·-- for .:•aL-:;as e1:1 condiç3ss de isolamento d.Q f~ação :C..nfcialmente crista li -
Z3~a 2 T co~junto, ost~ntam a mesm 1 c omposiçio do sistema original, E~ta
caracter Ís ti c a, o isoquismo do si stsma 9 caracteriza a di fe re ., c Ü •ção rnag rni
tics, que é pois um proçesso d~vido exclusiv ~ mante ao p r ó prio magma ,

C~ Ape.sar da existânci.a tY.3 nur!l6roaos tipos li tolÓgicos 11 apenas dois sãb


Eealmente fraqt,r;Jntes. Trate-se das rochas çlren!ticlls que perfazem o p r~
xitrtada.men-ta 95% ·de todri as ro.ches ;::;lutônices e bas-altos que cerraspo~

dem a .t;a-;ro.a de 99-~~ de todas as r::!:h o s ax-çrusivas ( item 1.4.6 . 10). Ta l


fatG
.
p~rece ia::!ica-r e; pres.e nça ~a apenas poucos magma s
' ~
pr~marl.os .
.
O; ~1!1 o.bservaç.0 e a · C!~ ·C•~o indi6am que os diversos tipos litol~gicos lig~
dos a ·um ::Ó ,.--:-event"o ~qmático, dificilmente podarão ser consideradas ,
via de ro~ra, como · produtos da intrusio sucessiva de diferentes ffiagmaa
pr ir-.á r i os, d ::~do as ·;')assaé.le.ns gradat"iva s que frl9quentement-e ostentam .
Con~iderP ::-~o s o f~ac1.4 Ç(O de , Itatiaia, c~m form& subcircu l ar e que re pre-
,
senta, s o~ o Aspacto geoiÓgico, um ~nico fen6meno magmático. O
xibe, bas icamente 3 zona.e concêntricas da tipos litolÓgicos db tl.nt~. .• •
é ocupada por r.efelina s!. e nft o s, a int~H ·-',
0
A zona centr.sl ZOrt<; r1.a
porsi e n i tos e o nÚcleo centra,l ;:~r granitos' a l c a linos. Entre as t res zc
68

nas ocorre uma passagem gradativa, indicando que as diversas rochas e-


xib8 m g~nese comum, a partir de um mesmo magm~ di fe rencicado . Numero-
sos outros exemplos podem ser citados, case dos de espessos diques de
r o c ~ as b~si cas, portanto um s6 avento magm~ticop que sao constituidos
por uma suc~ssio de dunitos peridotitos~ oliv1na gabros, gabros e leu-
co-gn bros que e~ibem entre si passagens ~~edativas, indicando formação
conjunta a partir da um magma original.

E: R~tornemoe ao lÍquido! da figura 29 (item 3.6). Em condiç5es de cris-


talização n·or.mal irá formar-s.e um peridotito. Se p..orém Õcorrerem condi
ç5es ds desiquilÍbrio, tal como resfriamPnto r'pido, ir~ formar-se um
quartzo-per icto ti to ( qua r t~o + o li v i na + piraxênio) ia to é, houve ~..:m.:l 1'1U

dança na marcha da c~istalizaçio. As investigeçass microsc6picas de ro


chas revela que condiç5es de desiquilÍbrio sip muito frequentes na na-
tureza, atest~dos pel~ abundante ocorrência de olivinas, piroxênios e
plagioclªsios zonados (item 2.1.2) Isto indica que a diferenciação ma~
m~tica ~ uma regra e não uma eMCeçio & pode poié ~er considerada como
a feição b~sica para explicar a diversidade das rochas magmáticas.

5 . 2 - fracionamento Magmática e S~as


;
Causas

No it~m anterior ficou exposto que a d ~ferénciação magmática se r~z


prir>çipa lmente segul"""do dois · process~ •"Ju seja a formação de magmas secun-
rl~rlos a partir da magma s prim~rios e pe l a mudança da marcha da crista 1 l-

zaçao. G processo pele qwal um magma primário é s ubdivi dido em magrras s e-


cundárj os denomina-se de fracioname :l to magmático. Basicame~ts este fracio
nam8nto pode ocorrer pela separação ou co~centraçio ~ocal das fa s es cris-
talinas inicialmente formadas ou pela separação das fases fluidas conti-
das no magm~ original.

5.2.1 ~ Separação ou Concentração daõ frax..ões Cristalinas ini~..=.

mente Fo.rmadas .

5.2.1.. 1 - S!~regaiio por Gra~ida~~

Ee te processo já foi elucidado no i tam 1. 2. 7 com a sepet.sç.eo das f'e-


ses inicialmente cristalizada ·~ .p-edem surgir e associação de dois tipos l i
tol~giços diAtintos, ou.sejap o cor.respandente aos cristais segregados e
res ultantes da cristaliz.a ção do liquido seeundério.
..
s.2.1~•- Corr&nt~s de Convexio

A temperatura . de v.ma câmara magmáti-ca geralmente não é uni forme. '}P.s

ta maneira ~ c~mum a existincia de gradientes t~rmicos que propiciam D ~:

s envolvimen to de cortantes .de convexão. Estas corrente s podem arra star os


rristais inicialmente formado s provo~ Qn do o s eu ac~mulo em determin sdo ~c~
-c
<l>

())
:J

lo
'O
-----
__
....... ·. 01UfJCOJt.J

'
-------
..
·Q
.

-1/)
::>

...
f. .
o o
·-a 'o"'
,~:=·~
.I ,.
.
I · /

(
~o~
(/)
Q)
... o
I
o,.. lO
()>
:l I
ot -o I
:,o (/)
~ (1)
.:. ..

' "'
{. l q )>
"'~'': o
.
~o
( /} 3
õ~
o
-.
--
o· ()
=r
/ o

o
:J.
(/)
,......
0 0_
N.
o
~
Ot

-
~o
-· o
.. oo .:J
·(/)
rn·
,._
<t>
3
o

~~
.!·.
1
Q)
()
-,
,,, '1

------- --- ---------·--- ---


Variação da composição dos piroxênio~
Figura 29
durante o ·cristalização do Diopsidio
.V
sistema : d~opsidio-
forsterita ~- silica

·Piroxinio ~
.
0

-'
'-, ........... . smca

./I /;Mna
:1/" . .
...... ..........

I
r~': ~~
,. .~'"/ c l ._ _ ___ _
__ .
. .

----
..... ' ......
, .

. '
'"-s
Fc:·~ ; :ri ta r:nstatita SiUca

-~ r= -=:r=-;--;z- .... .. • · ·- . - . ' r: r·•- .,.,, . . · - ·~ca.--.ac'I"':...!.~~T"~-..;.....-_;:;;,·_:a:;_ :::::Jtrl"'" -~ . s:T===""" r


v ~
61

to da câmara levando essi~ a~ des envolvimento de porçÕe• com composi~ão


distinta "

- s.z~L3 - Ação _d e 8c.l..b.!.!

O processo j~ foi ~lucidado p6r · ocasiio da ~ n~lise do d&senvolvimen-


to da fase gasosa (ite.., ' -1.4.5.1~ e dos·· pegmeUtos (item 1.4o6.9). Enquan-
\o as bolhas p<::rc nl ani o me.ome·_ r·omo aos locais de 1!1&nor pressão e tempera-
tura da câ rr,ara, podem arfeater
., cbnsigo,. por sâerêncle, certos rllineraia ou
' c:omponentes o spec!fieo's prc-.: :: :: :. :.do assim o sav ecúmulo em c:.er\aa I'&QiÕes
.da câ~ara magmática.' O processo , ~ pois sarr.e lh~•te à flotação, ._pregàd~~
n$ ind~strie para a s3par~ç :o ~~ mi~~ ;!:s .
>I

5. 2 .1.4 - Movimentação do Magma


I ,

As experiência s mostram que se w~~ mistura dG crista~s - e lÍquido (me~


~a aeicristaliza~~ ) . se 1!1ovimentar através de ~m tubo, os cristais são con
. .
c ::;r. tredos na part : :- central do mesmo, pr_o,vocendo assim um fracionamento da
misture original. tste ces·o pode ocór'rer pela -_p.,$SBÇIBm do magma por l"ende
ou -p1n ocasião de sua expul -s ão ou ,f.,ntrus~o.

5. 2 .1. 5 - ril traQ!fiit_,f! <compressi'o

Este mecanismo foi elucidado ~o item 2.6.3 (fiÇiura 10). Em ~reas or -


gihicas onde ~eorre fotte compress;~_tan g encial e ,raçio inic~elmente for
m;:: ::::l pode ser separado do l{quido ~~~ xistente e qua pro'll'oca o f'raoion4-
manto ~o sistema original.
• I

5o2:.2 - Separação ~ ·"· faaes fluida.s do ~1ag ma

5.2.2.1 - Oesenvol v i ~ snto da fase G8 sosa

{ 6bvio que o desenvolvime nto da f a se gasosé, • partir db magma, co~


r 3 sponde a um fracionamento do me s mo, já que as duaa fases tem compos i çã o
e caracter!sti~as fÍsico-qu!~ic~• muito distintas..
. (item 1.4.6.1).
'

. Com ~ o abaix~mento da tempe~at~fB ou por alÍvio de pressão (item 1 . ~


5.) oco r r R no r.1agma o de-senvolvimento ,:a fá se ·gasos-a, que se acumula no te
to da câmara e que. se ca.ractariza p_or sua alta reatividade. Se esta fase
gasosa escapar da câmara quer pelo rato ~es rochas encaixantes serem por~

sas que~ ~ela existincia de diaclases, fratura s ou talhas, o magma ser~


fracionado em porçoes distintas -que originarão diferentes tipos l~tolÓgi­
cos. Um tipo de ro~ha estar~ geneticamente ligada a fase gasoea (rochas -
~neumetolfticas), frequentemente de importância econômica, enquanto o ou-
tro resultarão da cristalizaçãn do magma que parmaneceu na ci mara.

5.2.2 . 2 - Desenvolvimento d~ Fase Hidro t ermal

são v~lidos, basicamente, as mesmas con~iderações expostas par a oca -


b2

so r! o desenvolvimento da fase gasosa • . .


,
5.2.2.3 - Imiscibilidade Magmatica

Certas substâncias sio completamente misc!veis em todas as propor-


çoes, como no caso de água e do álcool. Já outras são imiac!veis, caso da
água e do 6leo. Por outro lado certes subst~ncias exibem miscibilidade a
~.
elevadas temperaturas sendQ po~~m imisc!veis a baixa~ temperaturas, ca ro
da ág~a e do fenol. Estas duas subetâncias são misc{veis a temperaturas
o ,.
superiores a. 250 C mas com .«b~ixemento de temperatura os _pois componentes
se separam constituindo du~• rae&s ôietintas e praticamente puras. Um c~

so semelhante, no caso de silic~to~• • e solução sÓlida entre feldspato


sÓdico e potássico. A elevadas temperaturas ambos são misc!vais em to-
das as proporções» porém a baixas températuras ocorra a exeolução entre
ambos com a formação de cristais de pertita ou antipertita. (fig.32a~2b )

No instante em que o fundido original se separa


,, em dois fundidos se-
cundários imiscíveis entre ~1 fica ce~~cteii2adb o fracionamento. Se os
dois lÍquidos agora sofrerem separação por algum mecanismo geolÓgico ati
vo, cristalizarão rochas de composição distintas.
A frequência da imiscibllidedh, na natureza é muito discutida pelos -
geÓlogos que consideram este mecanismo apenas efetivo para a formação de
magmas ricos em sulfatos a, possiv~lmente» de magmas carbon~ticos . ns re
" \•·
centes investigaçõ_es das roc.has l~res entretan t o sugarem para as mF3s rr as
um mecan1smo de imiscibilidade muito etivo o que provocou novos impul sos
na análi s e da efetividada e frequêQcie deste processo .

5.2.2.4 - Enriquecimento Diferencial

Ao lado dos elementos mei~~ itá~ios do magma e xis tem aqueles que só
constituem uma porcentagem Ínfima de sua composição. Via de regra este s e
l~m~ntos miniritsríos são incorporados SO$ cristais que se rormam pelo
resfriamento magmático, pela substituição dos "elementos principais .l\ssim
o n{quel substitui o magnésio e o bário toma o lugar do. potÁssio nos mi-
nerais por ele constitu Í dos. ( xistem porém uma s&rie de elementos que não
podem substituir outros ~ em vir tu de da seus raies ·i5nicos, valincias ou
eletro negatividade an6mala . Estes elo mentoa , n~o podendo entrar na es -
trutura das silicatos _que se formem , r. ofrern uma concentração 1"\ 0 l!quido
coexistente • í!esulta pois a formação de. um ma't~~ resi dual ent·i quecído e m
Li, e's, lú etc , quep ao cristalizar,- irá constit"uir rochas de compoF~iç;o
muito distintas das getedpe na 'a~a inicial da consolidaçio magm~tic a.
Desenvolvem -se desta maneira roc~ee c•ractetÍsticas ~Qralmante pe gmati-
tos contendo berÍlio, schaalita, l~pidolite, r~bel!ta, •te.
5,3 - Mudanç as na Marcha da Cristalização

A elteraç~o no desenvolvimento normal da c~istalização ~ o segundo


processo em lmport~ncia para e obtenção da difer~nciaçici magm~tica.Entre
as suee principais causas destacam-se:

5.3,1 - Impedimento de Reações

O impedime nto de reação entre faees cristalinas preéxietentes e o 11


quido mag ~~tico coexistente alteram e marcha normal ~a crietalização.Con
. -
sideremos o f~ndido P da fiQura 29 (item 3 , 6). Em con~içõ;s de equilÍbr!
-
o ir~ cristalizar um piroxenito . Se por~m for e~ltada a reação olivina +
'

lÍquido= piroxênio o produto ~~na! da criatalizeQio eeré um quartzo -p~


ridotito . O ímpedimento da reaçio pode eer obtido paloa seguintes meios:

I - Resfriamento r~pido. Nêst• caso o lÍquido não tem tempo h~bil para
reagir com a fase cristalina pré-existente, j~ que a mesma ocorre a
uma temperatu~a f ·ixe, logo ul trap-.seade pelo reefrU!mento rápido (.!,
tem 2.6.1)

II - 8ord9s .pe reeção. As bo.l'dae de reaçi'o il'l'lpedem a reaçao totel entre


o mineral pré-existente e G lÍquido coexistente (item 2.6. 3 , figura
15), de tal modo que são mantidos . preservados certos minerais que
caso cQntrário teriam deeepe-.e.c idos por ocasião de uma cristalize-
C..
ç â o normal .

5 . 3,2 - A Influência da Pressão

A i nfluê~cia da pressão sobre a cris~alizeção magmática j á foi anal!


sede no item 2.4. A consolidação magm~tica sob condiçÕes var i á veis de
pressao normal e pressio vapor d'~gue pode originar rochas bastante div~
sificada s , ·pela mudança da sequência da cristalização, pela valiação da A
proporçoes entre os cristal• formados e pelo desenvolvimento de novas fa
ses cristalinaê.

5 .3.3 - Variação na Tensão do O•igeAio

P.
..
tensão de oxigtinio reinante na éama ra magmática e fetor impo rta nte
,
tanto para o co nt rÔle da sequên~ia da crietal!eáção como p .:ra o tipo de
:...
p minere !. a ser c r i~ ta l i ;zado o Variações na teneeo de oxigênio dura n te a
crista l iz a çio po~ e r poi~ resultar na cristalização de rochas de composi-
çÕe s di sti nt ?. s ,

5 . 4 - Outr 2 s Se us as que levam a Divers i dade das Hochas MagmátJ.~~~

Sob o t ítulo a 8 ima s3o equ! reunidos fon5menoe •que podem s ~ r c ur q f d~


rad os tamb~m co mo res D ons~~eis pela exist;nci ~ do grande n~mer o dr ti r~ ~

distin to s de rocha s magm~ticas . Distingueh-se ~os fatores at~ m~ or a a-


·. 64

a nalisac!os (itens 5.2 e 5.3),. por alterare:n , _q ua s e s e17! pre p a composi


'
ção global do si~!tema original, pela ~ :: .:. ;:ão o ... retirada. de materia.l do
mesmo.
Entre os principais fenômenos deste grupo destacam-se~

5.4.1 Miscibilidade ~a8 mética

Algumas rochas podam s e r consideradas corno senoo o produto da mistura


de dois magmas distintos~ Ls te fenômeno pressupÕem poi s concomitantes -
derrames de lavas de diferentes coMposiçÕes, q~é se ~i s~ram durante ee
;•
suas corridas. Tal. par e ce ter sido o caso de alguns de r~ames na Islândia
~ ~.~- ·'. ,. .: .. .:! :. • ,,.; •
onde houve c mistura de lavas acidae · e basicas, com ~ consequent~ cri s t~

1 izaçãc da rochas i~ terme~i ~ ria s . A hip~tese ~;·· m~ = c ibll i ~ a ~3 ~~~ m ~ tica


assenta no fat:::J de
-
v ul c oas
, . . - ~- ·. '
pr ox imos po'derem e?<ps l.:. r lavas e que um mesmo·
vul cio pode, e~ er u~ çõss suce ss ivas, lan~a ~ - ~avas de -diferentes compe~i~
ç Ses. Isto · sugera que . o m~g rna da c~màr~ subj8cente ao vulcão est~ dife-
renciado, isto éP q~e n?s dív~rsos n!veis da câmara ·ocorrem magmas da
composiçÕes distintas. Se nêste caso ocorrer uma erupção . mú1tiplas, isto
~ 9 a lava ~ lança~a por v~rid~ condutos (caldeira)j cada um iniciando-se
~ ' .·
num determinado n!vel da· câm,ara, então será.. poss!vei ·~ extravasamento si ~ .~ -
!i!Ultâneo de lavas . de diferentes composiçÕes,{ Ouranbe o extravasamento -
mÚltiplo poderá então ocorrer a mi~tura de tiROS de lavas distintas o qwe
I

: resultará na cristalização de roc~~ de composição diferentes das compo-


siçÕes dos dois magmas que foram misturados~ Ao que tudo parece, o prece~

so da miccibilidade magmática é muito raro na natureza o

Não existem dÚv1das de que o magma po de a : :> imilar, i et o é. "dirigir"


cRrta quantidade de rochas en~aixantes . Per meio d~sta proces~o o magma -
pod8 mo d ificar e sua compcsiçio e propic i ar a cr i stalização de novos
pos li to lÓgicos. Apesar de serem bastante numerosos os casos de assimila
ção, trata-se quase sempre de fenômeno de extensão local. Um caso famoso
de assimilação corresponde à · ~ristalização de coridon s ienitos que As f~

~am pe~a dessilicificação do magma pela assimilação de g~andes quanttd~

des de calcários ~úe retiram e &!l.t.oa do magma atrav~s da reavio sÍJ.lce


~ calcita == '\ilollal;}toni:ta (item 4.5) · • O grau ~a assimilação de~h'de !;}e
vários fatores a . saber:

l . Tetnpei;'a tura· do !"1agma


~ uanto maibi for a temper~tura .do magma, tanto maior a s ua capacioa-
de de assimilaçio. { 6bvio gue o magma assi~ila com maior f a c il id ade ro -
chas s orr ponto· de fusão inferior à temperatura do magma, é por este ' ut 1
vo ~ ue ~m magma granítico, de temperatur•
, .
relati va mente baixa não canse-
65

]ue ns si mil ar r ocha s b~sic as , de temperatura de fusio muito eleva da . Es -


l A baixo poder de assi mil açio ~constatado pe la prese nça de fre qu8nte s xe
no lito ,; ar. ç, :: losos básicos jun ~ o as :'•8 r (_Je ns de i ntru sor·· s qr onÍti.. l'8f' , :: a -
~0 con '~ r ário ocorr e q u <:~ ndo material •; JranÍtico é engl obé' ( o por r a ·!:-. a !~ b!i
sicos. Co mo Eote exibe tem .·e r at uras mais elevada s q ue o ponto de f u s ~o
daquele, nho é comum a ocorrência de xenÓlí t os arredondados e m corpos de
rochas b~sicas. A assimilaç~o ~ mais acentuada se o magma for supe r-a qu~
'
cido e m r el ação as rochas encaixantes ( item 1.3),

2 . Capacidade Calorifica do Magma

Além da temperatura do magma ~ ~mbém de grande importância sua cer~


,
cidade Cd lorlfica. Se a massa do magma for p e quena, a assimilação sere
muito limi ta da já que este fenô~eno ~ frequentemente exotérmico de ta 1
modo c;ue p rovocará urn rápido ·abaixamento da ternp:ratura de magmas de pe-
quena capacid8de calorÍfica.

3. Presença de Voláteis

Os voláteis do magma exercem grande influência na assimilação. A-


baixam os pontos de fusão doe minerai s a serem eseimiledos (item 1.4.6.2)
permite que o magma permaneça durante mais tampo lÍquido, e·1..1mentam a so-
lubil idade de certos componentes, são altamente reativos, podendo poie
corro e r ro c has encaixantes (item 1.~.5). Além de acelerarem as reeções.

4. Na tureza das Rochas Encaixantes

A extensão da assimila ç ão depende da natureza das rochas encaixan-


tes. folhetos e calcários são de assimilação mais fácil do qu& roc ha s s!
licáticas monomineralÓgicas
.
cujos pontos de seus principais 'minereis cons ' -
tituintes, via de regra muito elevados. De modo geral ~u.nto maia compl~

xe a comp cs ição de uma rocha, menor ~ a temperatb..r.s de inÍcio da eua fu-


sao e portanto maior a possibilidade de sofrer assimilação.

5. Natureza das ReaçSes


'r. ;~
Durante a a ssimilação é de importância fundamental de que man$ira
determinados componentes são adicionados ou retirados do magma. AdiçÕes
ou retir adas endot~rmicas favorecem a . manutenção da tempe ratura elevada
do magma e portanto da lntensidade da assimi~ação. A retirada ou adição
dos novos componentes ocorre besicamen~e pelos seguintes processos:

I Corro s ão:
~ o ata ' ue da rocha encaixante por .f'lle io de ácidos, principalme n te
fluridrico.

rr - _G isso lução:
66

-:c ~~e r: · 1n~-. ecF' b~m o poder de dissolução do magma· em relação a rochas 8n

~ . ·ixsntPs silic~ti cas e n~o eilic~ticas. Parece tratar-se de proco~so de


ur::::n ciF.J reduzida,

r·:- Fusão:
r::~rece ser igualmente um pro-cesso de impttrtância reduzida. A fusão da r.e_
rh:os p n. lo r~agma é ate8tada pele ocorr~ncta. de assoalhes vitrificados por
o nr'e passaran corridas de l ·avas. Não se eabe. !bem quanto material ~ incor
parado à lavn durante $9te cu~ta fusão.

i.V - íleação:
: r e açao entre o maQma a as ro~~es encaixantes pare~e ser um processo i~

portante na assimilaçê'oo At»avé.s de reação são r-é.U.radoa do magma certos


componentes a introduzidos nov-o.s minerais, orig.in&Ado desta mat1eira uma
vari~ção na comoosição do magma e na sua fração cristalina. t o caso de
?.ssimilaçzo de ca1cários por ~gmes granÍticas. A-través da reação s.ílica
o r,•J e implica na cristalização de nefelina, leucite ou mesmo coridon, e
~ adicionado o mineral wolletohite (item 4.5}.

V - Mobilização:
Por este processo apenas alguns elementos, os mais mÓveis, das rochas en
caixantes são transferidas ao magma. Em outras palavras ocorre apenes u-
ma digestão parciaà das rochas enc~ixantes. Os principais 9lementos tra~

feridos por elite 'processo são K, ·NA Al. A fração não assimilada, ger :'l
ment e de natureza ferro-magnesiana, é denominada de restito.

S.4.3 - Metas somatose

( um processo pelo qual a rocha recebe uma transformação na sua com


p0sição, apo s a sua cristalizaçã~, por meio de frentes iÓnicas ricas em
s6dio e pot~ssio. A exi s ~incia destas frentes pode ser comprovada por ob
ser vaçÕes petrogr~ficas e por meio de c~lculos termodinâmicos. O exemplo
maiR frequente consiste na transfor~o de dioritos e granodioritos em
Jrani tos pelo crescimento ·dé grandes crista~s de microclina {perfirob~a~

tos) nestas rochas sob a influência de frentes iÓnicas pot~ssicas. A me-


t~ssometose é um proeesao muito efetivo e bastante frequente.
s.s - fusão Sel&tiva

Este processo, ao contrário dos outros abordados no item 5.4 não im


plica na adição ou retirada de componentes do magma. Trata-se apen8s de
~Gis u~ f pnÔmeno para explicar a diversidade das rochas magmáticas.
~a mes~a maneira que o magma exib~ um intervalo de cris talização,n s
r ~ c~as a r resentam um intervalo de fusão, isto ~. não se liquefazem a ,-
•·· ·~~ e r.-, tura fixa. ~~ semelhna ça do magma que cristaliza minerais co~ com-
6?

posiçõe s distintas da do magma ini.t:: 4,-~U, hmbém pela fusão inicial de ro-
cha s si li cá ti cas 9 obt.ém-se fu ndidos oorr. compo s iç5es dife:. entes da co mpo-
sição total da rocha submetida a fusio . A esté f en6meno pelo qual na ro-
cha não são .fundidos concomitante~M:Jnt ·e to.dos os seus diversos mine -
rais co nst i tuintes e sim apenas part~ dd s meamos, aplica- s e o nome gené-
rico de fusão seletiva . A quantidade da rocha f~ ndida, e portanto a co m-
posição do l{quido silicático a ser obtido, depende de temperatura, da
q uanti dade de voláte i s e de pressão reinante no local da f us ão. Conside-
re~os por exempla a fusão de rochas do manto para a obten~o de magmas b~

sálticos. Na re~ieo das grandes cadeias de montanhas submarinas o 1 radien


te t~rmico do SIMA e da parte superior do manto ~ ~bastante acen t02d o.
Por este motivo •$ rmchas da manto irão f undir-se ji nas partes sup erio-
res do manto, i st g ~ . sob relativas ~aixa s press6es . Resulta ne s te cas o
por f usão diferencial~ um magma basáltico relativamente rico em s Ílica
( toleíta basalto). Já nas regiies das f~ssas marinhas o SIMA e o subj a -
cente ma n to exibam baixo gra~iente t~rmico . Per est~ motivo a fusão par-
cial da s rochas do manto s6 ir~ ocorrer a grand&s profundi dade s , isto ~
sob elevadas press5es . Resulta nest~ caso, por fusio seletiva, um magma
basáltico deficiente em ··{lica (.o livina toleita a basalto alcalino) . ' t
por este motivo q'\Je a compos1çãm d.os basaltos torna-se continuamente mais
r •
pnbre e fl" S.!. ~.l CB quando se afastam das cadeias ·s ubmarinas ru mo às bacias o
ceân i ca s .
O fe nômeno da fusão seletiva explica pois a ori •j em de fTIBg •·1i.l~ de com
posiçôe~ di stinta• ~ e; pmr meio Oa.•.;S!i, a existência de rocha s ~T~a grr. áti -
cas de c omp oeiç6~s v•?tada• .

6 o Provinc~a .P!trogr6fioa

6 .1 - · Generalidadeª
,
O co nceito de província petrogr~fica foi introduzido no fim do ~e cu
lo XVII por Judd para designar ·associaçõe s de roc '·•as ex ibi ndo relações
de paref'ltesco. Esta rels"ici é denominada cor'1BÇJmática ou consangu inidade
e indica que todas as rochas da prov!nci~ petrogr~fica sio der ivadDs rle
um mesmc magma original por diferencia~io. Um exemp l o ba ~ta nte cract er {~
tico ~ o ~aci ço de Itatieia, mencionado no item 5 . 1 . O ma ci ço coresponde
B uma intrusão que exibe borda para O centro um sucesSiVO enriquecimento
em sÍlica, demonstrada pela sequ~ncia nefelina- s ienitos-quartzo sisni l o s
- granitos alcalinos, estes ~ltimos oc4pende o c~ntro d ~ intrusão . As o b
servaçõe s mostram a exist~ncie de cantatas tren~ i cionais entre os di v~r ­

sos tipos litol 6 gicos que correspondam a um s6 em~lo avento mag~~tico que
corta m as rochas de embaaamento cristelino. Toda e ars ociaçio litol6oi~~
66

representa pois a cristalização das diferentes frações que resultaram da


diferenciação de um magma inicial, g~ardando portanto entre si relações
de parentesco. Um outro exemplo alt~mente elYcidétivo é o Great Dike si-
tuado na Rodésia, ~o~ma das ma·iores maravilhes do m\tndo get'f1Ógico. O dique,
ostentando um comprimento de cerca de SOO km e espessura variivel entre
3 12 km, é constituído por uma s~rie de rochas ultrabisicas e b~sicas
que se formaram pela diferenciação de um magma inicial.
As diversas provÍncias petrogF~ricas são caracterizadas por certa
feições tÍpicas tais como por exemplo el9vados teores em IÓdio, potássio
alumÍnio, ou mesmo el9ftentos raros. Este é o caso do maciço alcalino de
Araxá (M.G.) mercante por seu elevedb teor niÓbio que foi fixado nas ro-
chas sob a forme de volumosos depÓsitos de pirocloro. Casos análogos o-
correm em Tapira, ao eul de Arax~, bem como na Tangenice Q Uganda (Afri-
ca).
O estudo comparativo das dive~eee provÍncias com cerecter!sticas i-
dênticas mas separada no espaço e no tempo~ revelou que provincias simi-
lares ocorrem em ambientes geol~gicoe semelhanteso Assim as grandes pro-
víncias chernockitic~s dos Adirondaks (N do Estado de Nova York, E.U.A.)
~a área de Volhynia (sul da RÚssia) de r~gião de Madras (India) e Eger-
-, und (SW da Noruega) estão todas essoo;iedes a áreas gnaissicas . Esta con

. '
cepção da associação d& determinad~ ambientes geolÓnicos com certas pro
...
•Íncias petrográficas foi dasenvolvide ini~ialmente ~or Harker (1897) P
r rke (1903). Notarem estes autores que ao lonoo da costa do ~acifico e
-~ a costa do .~tlântico ocorria111 províncias (Se natureza qu!mir:a e r· iner a ) 6
ica bem distintas. Enquanto as prov!l"ftfias de costa pac!rica, predomi -
. ::Jr.tAmente constitufda por ér-ees orogênic&a, eram compostas ror roct-·.a~. --
· 1utSnicas e efusivas de car~ter cálcico, as prov!ncies da orla e 0 ar i -
''5 do Atl~ntico, predominantemente correspondentes r:~ áreas 'l â<J-':lrO•Jêr!
sas~ era m compatas por rocha~ de caráter alcalino e
• 0 r~vou - se destas observaçõas a designaç~o de prov!ncias pac!fic8s e A-
=! 2~ticas respectivamente pare associaç5es de rocha~ de çar~tar c~lcicoe
• - ,., 1 i no.

Infelizmente esta rlesignação leva a certas confusões já que n~~ to-


·_ ... , '3 '> prov.fncias situadas na região atlântica são alcalinas e '19m to-
c: ~ província s cálcicas ocorrem nas regiões pacÍficas. Isto se deve ao
''"t.:J do:.: que nem toda a orla do Pac!f'ico e d& n·atureza orogênica e :-t:P él-

.= ~ ~A~ parte da costa atlintita corresponde e •mbientes não-orog~nicaq.r~


· ... -· , . .., lavas hawaianas, apesar de situa.das no PacÍfico, são d& naturez ~
:: '1 ci. é·3 já que estão a s sociado:<J a zonas de grandes falhamentoso Por o" -
', , ç 1 ~cl o AS rochas intrusivas da co~ta atlintic~ da Norue ga s que corr os -
.,.,_..~!e ~, trma região orogênica, são de caráter alcalino. Esta con f u s 3o ,, ...,_
!'Jíiscibilidada dos piroxânios em'.
Figuro 30
função da temperatura

Enstatita ~.-.......;.:..

Mg
El~vodos temperaturas

6TI1I] Região de . miscibilidade


'I
1

Bc;aixas . temperaturas

:;:
.,1
1-~'
Variação da cqmposiçõo . das biotitas . Figura 31
I
sGgundo o tipo de . rocha .

Fe O

i
I

I,.
I
f

Fe~O~------------~~--------~~~MgO
Ti 02 .

A Rochas ultrobósfcas
/- '
.g a Gabros
Gt
~
....., c Oioritos
... o
•I
!

Granitos

E. Pegmotitos

.ti'
{.I<

"
"' .>)
'9
..)

' ..... , .. )Z

-.,
o

:;,
....
:."":t<~o~>~
,~

.....,
C7
Olivinas
~ ·· .

e
-j

~
o.
E
~
rI
r
Pirox5rllos

Anfibolios
Série
descontinuo
J I
~ ll t'
_:;.,>
,..
Micas
+ ,. -t- : -t- I + ~~
&
I
t
I
t
I
I
: F. Potássico ·• Série I(\ .
'
-
-.,
-~
o
~·:J
~~~----~'--~ :'
I
I

' PL.At;IOcv,"s;cJs
:
I
f
I

'
I
Muscovita. Quartzo

+
'

Série
Residual

.....,
O" I I

... · Bylownita
l

"'-LI .· · 1
J
I Contínua

· ·· · : ~ Lc.,.ad<X"ita -+- Andesino

. • 1
I
Gobro
"t
Gronodion o
ROCHAS Oiorito Oocito
-; Granito
Basalto Andesito : Riotito
I
I I I
SlOO _I
BOO
I
I 700- 600
C>'
1 .

TEMPERATURA ( •c )
f ...i
.,. .
~-- · ·· "-··~-· -=- ... .
b9

era a nomenclatura e a c::rccrrênci& geográf'i~e das prdvÍrtc:ieà levou ao de-


senvolvimento de novas deei~naçÕes par~ as provÍncias "atlânticas" e "P!!.
c!ficas",, denom1neoões ~estes rEts.vmi dae nQ éf.J.18dro wgui nte:

"''.· - .
..
.
,.. l :2·
,I
'3- 4 .. ~
Su,b •lcalina, sé,rie oalc:o-alc!.
sálcica
!I'
A Pacifico cali::o-alcali- ce t ....... .::::.o r::alca-elco line-.=pac!fice
,.. .,, '
...
'; J
! Al~lino- sáPie eádiço =
cál~ices. atlântica
11:
B AtlântiC-O Alo•l~ elçalina
AI~ l i na s$-rie potassice
.... maditer.

A - ProvÍncia de área ~~ o.rog~nices

8 Pro v Ínc1.as de áreas não-orogên~ -9

1 Herkerv Becke
2 vários autores ingl$$BS e alemi-&e 5 Niggli
3 - Tyrell

Como -;e percebe pelo quadro da ,.p-ágina 2, alguns autores consideram


a existência ' de mais de dois tipos ~ prov! nciae petrográfica s. A8 sim N.!_
gli i ntroduz1.u o conceito da prov!no~e med~terranea, de acentuado ce r~­
ter potássio~ e .1quanto Placock criou mais duas provÍncia s de t ransição ,
a calco-alcalina e a alc.al.ina-... cálcicSo Pare e classil"icação de ambos os
a utores foram introduzidos o'it~rlos q~a~tit6tivos, e ~ab er:

6 . L l - A Classificação_ de Pl1JX::o:ck

O critério de PiacocK baseia-se em duas cerecter{sticas do fraciona


rtlento magmática~

Íc Numa serie de ~ristalizaçêo o conteÚdo do C~~ diminue grédativamente


com o aumento do te.or de Si0 (itelf1 5D1' o
2
2. Numa sequê:1cia de cristalização o tQor de elrcalle ( Na o + K 0) aumen-
2 2
ta com c teor de Sio (i_tem 5.2) o
2 ..,,
Ut L:.izando-se \ as análises quÍmicas de umft série de roch~s perten-
centes a '-' ma p r ovincia petrográfica cons·~roem-elt' d-uaa c~rves. Urtle CaO x
Si0 p de car ~~ er decrescente e outra (Na n + K 0) X Si0 de ~osição as-
2 2 2 2
cendente (figwr3 33). O teor de Si0 ql.le corresponde e o ponto de inters~
2
ção da s c1 l• ê S c0rvas ~denominado de Índice de alcalinidade. l• s d iversa r
3ravínc ies petrogr~fi c as são delimitadas pelos valores na p~gi na so1 u i n-
70

Indi.ce de l~pos de
atcalinidade Prov !nela Exemplo Indica

<:. 51 Alcalib,a . Midla9ç1~1 v1 ~~tey 49çlj


I ~ ~ I, I .. '

51-56 alcalinalc á .: < : J Littl~ ' J3lt :- 54,5


1
oálcica-alcali --: San J t!J~n 59,4
'· '\JII ••-' ...
> 61 cálcica Gardiner River 6:3,0

6.1,2 - A Classlficaçio de Nigfli
I I ..

A classificação de Nigg!i foi quantificada ~or ~ Ri~tman 1com a irtro-


1
duçio com a introduçio do coeficient~ 1,
\· .J
( Ne
2
o + K 0)
2 '' Gi I 1
s :- Si0 43 Ond& o~ Óxid~s ·~tCfOrrespc-ndemi ~s, % em peso des
2 ,I ~~ ~·
análises quÍmicas das rochas. '' '
4 I

2
o : K2 o e o valor de 5
Oe acordo com a relação Ne a clasatficação
de Niggli se fez segundo o quadro abaixo:

.. I
Relação Tipo de Tipo de Grau de c,aracte-
Na o • K 0
2
. 2
pro v { nc iá s
- I
r!st.lce

1 extrema/
Ne
2
o-r< 2 o
Pac!fica ou
~ 2
3
fotte·
médio
cálcica
4 8 5 fr~co
..
·, 1 transiciona 1
Na
2
o > K2 0 Atlântica
8 médio
ou 17 a 8 forte
SÓdica -6 a o extrema
4 fraco
Na 2 o< K 0
2
Mediterranea
ou 14 a 8
B médio
forte
Potássica negativo extremo
-
O coeficiente de Rittman oferece ainda outra vantagem. Colocando-se
~ u~ gráfico a relaç~o ! x Si0
2
6 poss!vel determinar-se as cau~as da di-
fere nciaçio do magma Gt1~1nal. Assim por exemplo, se a diferenciaçiofoi
devido à ~agre gação magmática (item 5.2.1), os diversos tipos litolÓgi-
Ct') S da prov!ncia petrográ fica ostentarão o valor i aproximadaméhte ccns-
ta~tP enquento o teor de Si0 aumente com o desenvolvimento do fraciona-
2
~ento (figura l4).
- i ,
6 .2 - Re-pr~s!nti~ç.ao das ProvJ.ncia s PetrograFisas

Existem várias manf;lites de repT"~sentação das rochas de uma provi .


a petrográf'ica ~ol' meto de diagramas. Estes devem ser escolhidne de t -•l
" ) .J

··~-= "N' -.u-..-...-.....v.··~·· - • Oo1'f' •.....-- - . ...- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Diagrama de variação
Basalto - Andcsito- Dacito- Riolito

'
20 20

18 18
• •

•'
I
16 .
~
.,
I
I 14 I
14
••
J .,. ~

,. ~.

I
12 o 12
-3t õ
o
C:J
<I o lO
10
'
I

8-l g -
~

o
I
I
I t.\c;o\\S - ·-
8

6
I
m
--.,-----I
6

41 I
~
No2 o
4

2
2

o o
50 60 70

% Si02
1-/'.JJ
Yo·" .

.I
V)

2 , ....
·ºco O"E:L ..... .
c())
::J
cr
------ ____ ..., __ - --
1."6S N
Q)
L. -~-~~--~---~~-------
o
u. (/) ·srê:9 (I)
o
)( .~
-..;

o 'OE
·-
()
<::
(I)
rn
o
E .... . o
(J) N
"ti (/)
o
.r:.
~ ·o
~ e
71

reneira qu e permita~ a visualização das relaç6ee de parentesco que u ne os


diversos tipos litolÓg~cos de uma pro vÍ ncia e destaq ue as difere nça s e n-
tre so diversos tipos de · associações. Como e·xemplo s e rá consider ado o mi_
todo de f'iurata quê e~ aplica a associações de rochas ·bá sicas. :lef undo
este m~to d o as arostras sao representadas num diagrama Que ten como ab -
cissa a relação > Al20 / ;:~ Si0 'e como ordenada a % da f·1 g0 (figur a 35) .
3 2
O estudo de várias províncias basálticas ~elo dia g ra ~a ~e f urata lAv ou
ao reconh e cimento de duas s~rie de basaltos distinto s. Um a ci a s~rie to-
leÍtic a que corresponde~ curve da e~querda da figura 35, ~cujos mem-
bros ma~s carG cter!sticos sao 0 s se~uintes:

A olivina basalto toleftico ·


B - Basa:to tole!tico
C quartzo basalto
O basalto grDnof!ricu
E oceen~to ~ba~ Al t0 rico em olivi~e)

Outr;:, série, que corresponde aos b-asaltos alcalinbs, é represe n t a da


pela curo,ta da direita da figure 35. Entre os seus principais tipo s li to-'
l~gicos de Gtacam-se:

F - onka _ámito
G hawalit o l a ndesina an d esi ~o)

H mLgearito ( oligoclásio andesito J


I - traqu .'.. t.O
J - J" - basaltos alcali no s.

6, 3 - As Causas ~ ~s Diferenças entre Pro vÍnci a s Orog~nicas e N~ o - 0-


rogênica ~..

As ca ~s as q~e i ev am a uma di vers ificaçio da s prov!n:ias or o g&n i cas e


'1 80 orogen .tcas podem ser p rocuradas, e nt re outr as, nuMa Maior as si rüla -
çao de meg ~as em re~i ~ es oro ginicas. 1\ maioria das p rc ·.,fnc- .t a s -· -
rli'\0 - 0~0'jf! • -

~icas e sc i o sit uadas em ~rea s onde o Sl~L é relativame nte de lga do ( cont!
nentes estciveis) o u onde esta camada da cresta terrestre está pratica me~
t.e a use nt e ( regiões oceânicas). Ne stes casos o magma 6 dur ante a sua as-
canção, quase ~ão sofre variação na sua composição pela a ssim ilaçno de ma
t eriai s~~lico . Desta ma~eira 9 ~rovavelmente, a s provínc i as p etr ogr~f i ­
cas de ~reas n~o-oroginicas são essencialmente o produt o da cr i stali za-
~ao fracio naoa de um magma original . Caso contr~~io ocorre nas ~ rea s oro
qênicas que co r.·r espondem a zonas de enorrr1e espessamento do SI .\ L. rJesta s
cond i ç5es o ma~ma ascenden t e está muito sujeito a sofrer mudanças pe~a

.1ss .i mi ... ação de calcários e foH.elhos. Esta assi milação, principalmente de


:ao, Al c
2 3
e Si0 29 muda a composiçio de magma provocando uma alteraçio do
I .

72 ':• '
~n so de cristelização (i tem 5o 3), Uma constatação da importância des
tF! rn .. .. nismo pode ser obtido pela colocação do teor de Si0
.

de rochas num
-
2
mapa mundi. r~ota-se então nitidamente que quanto ·mais afastados dos dos
continentes, tan~at'· menor em sflica das rochas consideradas.

6t4 - As Principal~ Províncias Petrogr~ficas

As sucessivas investigações g~olÓgicas realizadas no mundo inteiro


levaram não só ao reconhecimento · de que existe uma dependência entre o a.!!!.
·'
biente geolÓgica e as. dlve&-eas provÍncias petrográfic;es, mas também
cPrta~ associações litolÓgie~s se re_petem no decorar dos tempos geolÓgi-
-~. .. que

cos. Algumas destas ~ssocieções sio tio caracter!eticAs e tem distribui-


çio t~o ampla que o seu cónheci~ento se torna impreecind!vel. Neste item
seria apresentadas sucLntas descriçÕes das principais ~rov!ncias petro-
gr~ficas sem entrar poréf~ em maiores detalhes quente a sua ginese, fre-
quentemente muito, discutida. ''
Como j~ ficou exposto no ite~ 6.1 ~s províncias petrográficas podem
Eer divididas em as s ociaç5es de ~reas orqginicgs e nio-orogªnicas. Estes
termos referem-se i associa~5es continentais. Em oposiçio a estas exia-
t <) r.l as provÍncias oceânicas constituindo as cordilheiras submarinas e as
iP.a-=; oceânicas vulcânicas. As prov:fncias ·o ceânicas e as continentais são
ba s tante distintas se bem que exis tem provÍncia s de transiçio com carec-
. ~ .

t erJ_; S~lcas
t • . t arme d
~n "'.
1ar~as en t re am....h !:'_J,
..... ,

: 1uanto à ocorrência das rochas, as prov~ncia!:; .s 2 o s;J:Jd .~vid i c1e-- 8m


H~oociAçÕes efusivas (vulcânicas) e pl ut6nicas ao l a do de certas prov!~

Gie s hi~oabissais caracterÍsticas, que seria tratadas c onj un tamen t A com


a s associações vulc~nica s. Por sua vez as províncias plutónicas sio sub-
divididas, quanto ao s~u quimismo, em associa çõe s ~cidas e b6sicas, c on -
forme o quadro da figura 36ee
t::
n.4.1. - ;
ProvlnQ, i flS jl_ulcarucas
... .

6 . 4.1.1 - Prov f nc:_;_as Oceân ic~s

As ~rovfncias oceânicas con stit~em as maiores de Terra já que cu-


~rem o ~ fundos dos oceanos e constituem as cordil he iras centro-oce~nic~s
I
cujos picos mais elevados emergem so bre o nÍvel do mar sob a forma de i-
has vulcânicas. Como na região em quo ocorrem prati ca mente fa lt 3 a r.~m~

d~ ei~tica da cro ~ ta · e, tendo ~m vista a sua grande homoge ne i da de, sur5~


-s e que as prov:fnci~s oco;n{cas resultam da cristelizaçio fraci~n~~o 1c
't. ,..
um '!la •.l'Tia prifT!ár.\ p (iteN ô.3). Distinguem-se tr ês prov!~cias rrinci; ai9 a
s abor:

~ - :rovÍrcJe Pac!fiea, cujas princ.ipa.ts ilhas vulcâni ças s<'lo Hew:=d. , T.::l_
ti. , ilhas l"!arqu9ses, a9 !" ''ka ~; Australianas. SEtmoa e Uhrs ~aJ<ÍpaiJC.
8 - Prov{ncia ~tl ~ntica, re pr esen t a da principalm~nte po la Cordil heir a r e n
tr c- ~ t l: r,t\ c s, cu jos pontos mais el e v&dos correspondem ~s ilhas ~ çores,
São P 8 ul c· ., .<~s c o nção, Sant a Helena, Tri s tão da Cunha, Gough n 8o ;; vl=lt. En
tre e~t as il ha s, al g umas em T~i s tão de Cunha , são mai s alcalinas que a
média das rochas oceânicas.

C ·- f'r ov{nc i a fndica, formada pela c.ontinuação da Cordilheira Centro-n-


tl ~rtica e cujos picos mais elevado s correspondem, na região , ao ar ~ uip~
l~ ~o de Kengue len.

C ~agma original de todas as provÍncias é um olivina basalto q~e so


"'re 'J d: ferenciação segundo três direções :
,.
" - oli vin a b;; sa 1 to oceanito
')
- ol i vi na basalto basalto hawaiito muge arit..o
tr cq uito
c - o.l i 1.' i na ::a s alto basalto te frito fen r .liln

Um6 das características das províncias oce ini cas reside na p eqLc0

~u an ti d 8d e de r oc has diferenciadas e que as distin gue das provÍnc i a s n

tinentzis de olivina basaltos.

6.4.1.·2 - provÍncias de Transição

i\s pro vi .-1cias de transição, a~ar de situadas em regiÕes oceânicas


e co sn ti ~u{d as predomihantemente por o livina-besaltos, caracterizam-se p~

la fa l ta de diferenciação alcalina (f onolito s) , presente nas provÍncias


oc9inicae. As duAs p rinciapais proví ncia s de tranRição s ão as de Islin -
di a ·8 T 1! .~e
9 a mb as s~tuadas no Atlântico, entre a Eu ropa e a América do
Norte, , provínciô de Tule, abrangendo uma área de cerc a de un ~ ilhã o de
km?, ~ de ida de terci~ ria . Constitui or iginal mente uma grande ilha que,
poste r i c~ 3b~ti~en to , deu ori gem a uma parte do AtL~ntico Norta . As man!
feBtaç~ C S de '' Ulcan i smo desta r rovÍncia atingiram não s6 a [~ candin ~vio
r.· a s L r ' ' :,; '1~ p 2. r t 8 da r, r o e 1 á 1i di a , I s 1 â n d i a e E s c Óc i a •

5./.1,3 - -------·
~ - r ov !nci a-s ________
Sontinentnis ~~ o- Gro........._.._
~ ~nic as __

li ;:to.

-~ • :.' .; J . , .,, til

r .
provlnc~a s .d es te tipo são as que seguem abaixo:
Ctag~ :- rirnt 2 l - Nova Zelindia
~iddl~nd Ve lley - Esc6cia
Distri to de Oslo - Noruega
74

'·onté:lnhas Centrais da Bohemie Tchecoslovaquia


r··o'::arnbique - f.frica ~t·i.ental
•Jna dos "rifts" da ~frica Oriental
r.c de Austrália
TÍIT\Of

As províncias de olivina basalto continentais sao muito semelhantes


às correspondentes provÍncias oceânicas (item 6.4~lwl) e como tais ex! -
bem diferenciação aloa~ina através de fenolitos e traquLtes. Com~ mem
bras intermediários ocorrem oceanitos. ankaramitos~ tra~ui-besaltos e m~
gearitos~ Nas prov!ncias cont'inantais 1:a diferenciação pode levar inclu-
sive a crietaltzeção ~e riolitos e a quantidade de rochas ricas em álca-
lis (traq~itos, fenolitos, riolitos) é bem maior que nas províncias oce!
nicas, provavelmente devido a uma maior assimilação de material siático
(item 6e:;).
nlgumas provÍncias continentais de olina , basaltos hipo-abissal, co-
mo nas ilhas Shiant, EscÓcia, e em Wailhela, Otago Oriental. Nestes lo-
cais ocorrem diques e sills qu~ podem conter crianitos (analQima olivina
basaltos), picritos, teralítos e teschenitos.

6o4.1,3.2. - A Associa~ão Leucita Basalto Traguibasalto Pot~ssi


co Traguito

Como indica o prÓprio nome da a3s~ação 1 trata-se de províncias co~


fortes tendências potássicasoEntre as su~s principais ocorrências desta-
cam-se: .,
A ~tea de Bufunbira - Uganda
1 regiio de · "Rift" ocidental da Africa do Norte
~ ~rea ocidental de Kimbarley, W da Austr~lia
L• s estados de r·1ontana, Wyoming e Arizona - EoUoA•
;\lguns vulcÕes como o VesÚveio, Nyankogira e rUrangenge
~ região do lago Laacher, Vale do nano, Alemanha.

A origem destas associações fortemente pot~ssicae tem sido objetode


mitas discussões. Ao que tudo indica a evolução deste s érie l it · l Ógic a
nao pode ser explicada só por meio de cristalização. Ao que par c e a a s-
si~ilaçio, inclusive de depÓsitoe de salinos,~ fator import ont na re na
se de~te tipo de prov!ncia.

6.4 . 1.3.3 - Basaltos Tole!tico§

nasaltos deste tipo caractPrizam-se p9r sua grande extensão~ ~e ~ ho


woaeneidade de suas rochas, pouco diferenceades, e pela elevad a e s~e s u~

r8 ~ns derra~es que constituem. Entre estas províncias, denominadas ~e

'':"l8o r! hasalts" ou "planteau ba~alts" ~ destacam-se:


\

~
"

oo
.. '~o
o.. ~
o.
et)

""'
8· o
õt=
'õ •"'
~
Cl)
a.
(/)
Q)

o(/) C? ..
(1)

Cl) .Q
o. .s::. "'
(/)
o
c (/)
Q) o
:S
o
c (/) ·- o
CD
:::: o
õ
Q) o
'tJ
"' o
c
"'õ o :~

-
'õ õ
<1)
~
~ Q)
<1) 'V
o .'t-
c :a ~
'o
, o
o
.(.)ot
-
'i;; ~
·-.... E
$! :J
c
,;

o
Jlfl op IIDQ

op ,,.,od o · D-'Of!W
75

A região de Oeccan, W da India


de rio Sneke - Columbie (Bristish Célumbie), (.U.A,
.~

A reg~ao

A região do Lago Superior, EoU.Ao - Canédá


de Stomberg, África do S~4
. ~

A reg~ao

A região de Nova Jersei, E.U.A.


Largas partes do W da Austrália.
A região da Bacia do Paraná, Amperica do Sul •..
Os basalt o s tole!ticoe de Bacia do P~ran,, sb rangend~uma ~rea de
2
cerca de 1200- km (sul do Brasil, Peraguei :;' Ur uguai, f1tgentina) cot:'r ô spO!J.
dem a mais gigant&aca manifestação vulcânica deste tipO no globo ter res-
tre. Calcula-se quà e quantidade de magma e lava inj~te d o e extrav asa da
2
situa-se ao redor de 650 km •
Entre as principais províncias tole{ticas hipo-abiasais, as vezes ~
xibe um mai o r grau de diferenciação, destacam-se :

Sistema Karroo. África do Sul


O sill de Monte Wellingtong Tasmânia
O Palisade Sill, Nova Jers e y~ E.U.A .•
Antártica
Norte da Inglaterra e Middland Valley, Esc6ci a.

A pr·incipal rocha das provÍn dàa ~ oleÍticas, COfT'O indi<:: r o pr L'Írri o


~

nome $ é o basalto toleiticop i s to é , um basalto setwrà r.o . ·' ,ocico dus PE,.
dem oco rr. er·olivina basaltos 1 quartz o basaltos, andesitos, r~ . c itc [o." rn·as
mo, em r aros casos s riolitos~ n quantidade de rochas dif~r en ci a~a e. ~ a~
melha n ça das ~rov ! ncias oce ~ni cas , ~ muito pe q uena. Esta hnmo ;~nc id ade,a
I 1-\~,r.~ -
liada a grande e x Lensao das provÍncias to l efticas levou a o dese AvC}l+~ime!l
I l \ "!
to da hipÓtese da existência de dois magma s primários , u m de nat Dr~za to
l~Üic a e outro d.e o:ã:~vina basal t os. Tal hipÓtese é porlim quest i onada por
uma série de autores ~

6,4ol.4 - ProvÍncias Vulc~nicas de ~reRs ~ rog5nicas

Estudos geol6gicos no mundo int~ir o mostraram que o processo da foL


mação das cadeias de montanhas pode ser, via de r eg ra. s ubdh· idido em 4
estágios. A cada u m destes estágios correspondem det e rmina das ma nifesta-
- , . ?
çoes magmaticas caracter1sticas , a sa ber:

12 (s t ~gio - Corresponde ao estabcleci~ento do geos~in clin2 l ~ur sofre


subsistência contínua acompanhado de se u preenchil'!l€:1to pn.r ~·oc' · r-?n t OF-' co::~
tinentai s e marin hos . Es t e est~gio ~ · acompanhado de sn u preenc !· imento
por sediment os co n tinentais e marinh os, Es te estági o é ;'lco mp~nh n c~c C:R l i"'

mecani s mo bisi ~o a ácido consti t u i do por es pilitoo ( a l bita ou o ligo ~t~ ­


sio ba s a lt o s ) e queratÓfiros (rochas vu l c âni cas ou hipo-abis~air,, gera l-
?6

mente perfirÍticas, compostas essencialmente por alQita), denominado de


8ssociação espílito-quetatÓfiros.

7 r. Cstágio: InÍcio do dobfamento e metamorfismo do geossinclinal acompa-


~ l ado pela intrusão de rochas ultrabásicas que constituem a associação p~
ridotito-serpentinito, de natureza plutônice.

3R Estágio - Corresponde e fase principal de dobramento e metamorfismo ,


acompanhado pelo desenyolvimento de batÓlitos granodiodticos (associa-
ção gnaisses-migmatite-granodior!tico-granito). As rBchas ~lut5nicas das
ta associação formam-se pela fusão seletiva dos sedimentos do geossincl!
-
nal.
, .
4 º Estag1o: Soergui~ento d as rochas me~amÓrfic~s pela invers~o do geos-
sinclinal com a consequente formação das cadeias de montan h as. Este esti
glo é acompanhado ou seguido por erupçÕes vulcânicas constituindo e asso
ciação basalto-andesito-riolito.

Sob os !tens seguintes serio tratada s as associaçÕes vulcânicas das


~rees orog~nicas que · se as~ociam ao lQ e ~P estágio da evolução de um
geo s "inclinel.

6.4.1.4.1 - A Associação Epili~o - QueratÓfir o

Muitas cadéias de montanhae m~ram evidências de uma atividade ma~


rn~tica sincrônica com as fases finais da su bsist ência da preenchimento
~a geossinclinal original,~ confinados , g eogr a fi cam~nte ao mesmo . Cor res
p endem geograficamente e lavas submarinas sÓdic as , tufos albita diaba s io s
·> eratÓfiros e quartzo queratÓfiros que cons tituem a pra't1Ínci 2 e s pel.du-
~ ueratÓfiro . Esta associação caracteriza-se por seu elto teor em ~! a o
2 e
p 8r seu baixo conteÚdo em
rlio ~ muito discutida sendo admitidas v~r1as hi p 6teses como por exemp lo
a iaação entre a água do mer e as lavas submarinas por ocas~ão de s ua P X
tr usão . Entre as ~rincipeis provÍncias deste tipo de s tacam-se:
S~ da Inglaterra e Alemanha
"A regi~o ~e Nova Gales· do Sul
Q ~en{n s ~la de OlÍmpia, Washington, E.U.A.

6 . 4 , 1.4.2- A As s ocia_ção Basalto - Andesitfl - fliolito

Juro ··1te e apÓs o soerguimento das cadeias de montanhas ocorrem r.as

{ rP8 ~ rle ~ontanhas orogênicae manifestações vulcanismas predominantem eG -


to e ··rl 8sftico associ a d o , em m~nor escal~, ~ basaltos e riolitos q ue r ~ob
"' r .-,,_ m::J de rierrames qu er constituindo tufo s • . A. mais impre s sionallte I!Ja n :! ·
Fe s ·~~~ o de s te tipo de vulcanismo corre spo nde a Província Andina de omde
77

foi derivado o nome andesito. Esta província estende-~e po~ to~a a costa
pac.f~J.ca do continente americanop aco_mpanhendo as cordilheiras circun~.J­
cÍficas e mostram ainda ativas par meio de numerosos vulc6es. A origem
deste tipo de prov!ncia tem sido correlacionada à cristalitaçêo frecion~
das de um magma contaminado por material siá1ico ou devido a maqmas ger~
dos em condiçÕes t a ctônicas espec!ficae.

6.4.2 - Províncias Pl ut5nicas

Ae aasoc~açõa~ de rochas plutsnicas são subdivididas; quanto a oco~


rfncia, a111 orogênicos e não-orog9nl.e13s e, quanto a composic;fio e!P ácidas
e básicas.

6. 4. 2.1 - Prov! ncias Plutônica,s $ ~rr.: f!.S Nâo-Orogênices

6.4.2.1.1 - Prov!nciaa Básic~e

6.4.2.1.1.1 - ~ Associação Peitfgtito-Gqbro

Esta aasaciação á particulsrmente frequente em espessos diques,sil-


la, lapÓlitos • lacÓlitoa onde o magma sc .f re i n tensa diferenciação, pri_!l
cipelmente pel~ ação da gravidade~ Muitaa vez~s oferece interesse econô~
llfica como no ceso do complexo de Bushveld, sob A. ·"forma de um espesso lo:-
polito onde .á eremita inicialmente cr1stalhada foi segregada con :; ti tu-
indo grandeg depÓsitoso
As di\lereas prov!nciae· eerae t.arizalft•S9 pele cc 2 xistência de roc ~1 as
altamente diferanctadae tele como dunito~. pá~idotitos, piroxenito~, no-
~

ritos, ·a nortitos., gebJ:"os, diorito9• quertco, diOt:itos e granodioritos. Cs


corpoe exibem estruturas bendeadea ocorrend'o ne base as car1adas de ro -
ehes ultrabásieaa que para o tôpo vio pess~dQ Qradetivamen'.:.e pare tipos
cade vez mais ácidoso (Atre as principais prov!nctas destacam-se:

A intrusio de SkeerQgard~ Groel~nd18

O çomplexo ds Buahveld, ~rr!ca do Sul


O Co~plexo de Stillwater, Montsne, E.u.A.
O "Great Dike", Rod~sia

6o4.2.lol.2 - A Associaçio, ltOF,.i,~o-AnortiUd:t9 · ·

Estas prov!n~ias~ . formadas por grandes compleKoa. ocorrem em áreas


gnaissicas estáveis, Entre ea mesmes dast=~: m• 3 a:
.
A região S da Noruega
A região dos Adirendacks, N do Estado de Nova Vork, EeU.A.
A regiio de Vollynia, Sul da RÚssia

As prov{n~ias · ~ip constituÍdas pela associaçio dS noritos, é~otte ~ i


78

toP, gabros e, subordinada mente , monzonitos, sienitos, charnocki to• e qr!_


~it n q, com frequentemente as passagen s g radativas entre os diversés ti-
po ~ litolÓgicos. A orige m destas p rovÍncias ~ muito disbutida. principal
~e n te pela falta de lava s com composição anortes!ticas.

5.4 . 2.1 . 2 - ProvÍncias Ácidas

5 .4 . 2.1.2.1 - A Assoçiação Çnaisse - Cranodiar~to ~ Gr!n!ta

t-.; ,~::~ .Em muitas ~rees pré-cambrianas gnaissices acorrem ime~o• betÓlitos
4
gra n od~~ritos e: gten!ticoa ~ s tes co ~ plexos, geralmente gneissiricarlog
s ã o considerados ~ via de regre , como produtos de Ação metessom~tica de
frentes alcalinas sobre gnaisses pr~-exietentes (item 5.4.2) .

6.4.2.2 - Províncias Plutôniças de ~ reas Orogên i cae

6.4.2.2.1 - Prov!nciap Básicas

Estas provÍncias correspondem a fase magmática que acompanha o 2Pes


tágio de geossinclinal (item 6 . 4.1.4), representada pela intrusão de ro-
chas básica e ultrabásicas o

6 . 4.2 . 2.1.1 ~ ~ Assocta5io Peridatito - Serpentini$o

~sta assoÇiação corresponde a roch a s plutônicas e hipo-abissais bá -


sic a s e ultrabásicas que ocorrem em~reas orogênicas sob a forma s illos ,
lente s ou mesmo amplos complexos .
Entre ee prinicpais províncias destacam-se:

~ região dos Alpes na Austrie e Itália


No va . Ca l ed5nia (ilha do SW do Oceano PacÍfico )
Nova Zelindia do Sul
Costa ocid e ntal dos E.U.A . nos Es tados de CalifÓrnia e ~ rego n
Coiée, Brasil.

As províncias m~stram em maior ou menor grau as a s soc i ações de per!


dotitos, serpentinitos, pedn(enitos , dunitas, troctolitos, noritos, ga-
b ros e rochas calco-silicáticas . De um modo ge r a l é a caracte r fstica a
co ~ cordincia entre o alongamento das intrusões e a g naissificaçio e as
J ir •eaçõea das rochas encaixantes. A origem destas prov!ncies
c t:t ida, ad~itindo vários autores que a s rochas correspo ndam e intnrca l A-
é f"lUito diA
-
ções tectonices de fragmentos do manta. Já outros considerem o magma u l ~
(\
trabésico como produto da diferenciação de magmas basalti c os primár io s .

~.4.?..2 . 2 - Prov!nc!es ~cidas

Correspo nde"' à fase magmática que acoMpanhe o J O e~tágio da e vol u -

[
79

çao de um geossinclin :> l • . fllP ste est:3gio, o paroxismo do or. < '·' ~ n :to , n r;r~tc.­
rr.orfis n·o e e CfJi"'orr~ a çã o rias JOchas ;'Í'~lnge o ;:;eu r:lir~ é~ X, r • · ~·;•JJ.t: ro do rJtJ'';' Fu
são ·7 eletiva do '=onteúdo do g<"O "' !'d.nc linal, co m il con!'lr. Li"' :•t.r: g ê ne~ o ··o
um magma de c~r3cterf s~i c 2 s grun!ticas.

6 .~ c2. 2 .2o l - A Associação ~naisse

-
nito

Fsta a s sociaçio ~ caract~r!etica pare as p artes cen tr~is de ~ r e as o


·•
ro rJr.n icc s , indicando oue os nÚcleos . de Crldeias de m-:: nL1n'' ·'>S ·;;:o : :J !' ~"><H!o·.,
p or !"rc1t.ÓU.t o ~ r,c; gran it,Of: e granodioritos embutidos 13m r~ i :__ r1.:lc:.to~ r' ~~n:Ji

''.e s . ~ s hatÓU.to :- exibem via: de rag_.r a fort:~as alon SJ adas, ac cr:-: : ·· :~nllF1 •1 o a d.Í.. s
po slç?. o ÇJP r a l C: 2:. cintas orogênxa$ • •~s passagP-ns gradativa s e n t re ;n: ~is-.

se s ma q~~t i tos e rochas plut5nices ~cidas, sliadas as co ndiç5~s de pre s -


sao e t e rper atura reinantes durante o paroxismo de or oq enia i nc'ic <.llr. que
este s ~aciços s~o o produto da fusio seletiva do s gnaisse s e migMat ito s
2 el es ass ociados (item 5.5)~ O processo de fusãQ p arcial das rn c~ t:' ~ po·~
-exi ste ntes, · dur.,; n te o climex do metamorFismo regional é de nc. :· i.na r!o
me tnte xis , anatexis e paling'ênéss, dé acot>dc com a esc ala cre~cefltf~ Go

fenô meno "


Nota-se poi s que os granitoa, eb qu~ tudo indica , pode~ exi b j r or~ ­

fJSm mÚltipla, '\ssi:r. rochas _gran!tices podam derivar-se tan t a da fusão ~' e
letiva gmiliases ;3 míg.m~titos (itam. 6.4.2.2 . 2.1), como da :'!Ç ão MAI:'3~Hiomá­
tica d e fre r tes alcalina~ (item 6.4.2.1.2) e da difere n~íaç~o ~ e ~a0Ma s
b~~lco& ( ~ t em 6 . 4o!.4.2t • . Neste ~ ltimo caso resultam apena s p~~ u~ nas ~ n-
1.: r u so e s s o b a f o r ;:; <1 de di q u s s a ne 1 a r e s , 1 a r.: Ó1 i to s e s 1.11 s • [ s t e s n l'3Cl u !3 -
nos c orpos granfticos são perticularment~ ca:ecter!sticos em algumas ~r~
vfnc ia s ~ulc~nicas tcrci~rias de W da Eac6cia, N da regia6 (e n trn l ds MoQ

ta
. na .
(- Cl
I J' ~ :\
• o ) , b err :~:P1 0 na reg·1ão des montanhas r: r-ancas ( estad os de Nova
Hamps hi re e Vermont ) , também nos [.U.A .

6.5 - Classificação Gen~tica da~ flechas

O e xa me das províncias petrogr~rica$ ~ bem coma dos resultad os crere


cidos rwla P"t.ro1og.i.a experiment~l, ptirmite estabelecer aind ;;. qur-. ·~p rox1_

made 9 uma clo~ sificaçi9 - g~n~tica das rochas magm,tica, baseando no tipo
de ~agma que a s gerp~~

6. 5 , .l - . ~;" cha~~ !Jer,á.vadae de Magmas Prim6rigs


~ .·
G. 5 .. .1...1 ·- r-: agmas Primários Si~eles

Estes magmas são ge:rados por simples rusão selctive do 1lla nt.L•.
Co rr r· ·. ,.onc~Prn as diversas ~értes de basaltos~ gabros, piorito .s e ijo litos
ao
( item 6.4.1.1).

6.5 . 1.2 - Mag mas Prim~rios Compostos

Estes magmas sao geradas no manto pele auperposição de vários pro -


cessas. É o caso de os magmas de Kimberlitoe e carbonatitos.

6 . 5.2 - Rochas Deriv adas de Magmas Compostas

Correspondem as rochas formadas e parti~ de me9mas ~ue formarem pe~

lo fracionamento de magmas primário•. Distinguem-se dois ti pos princl -


pais:

6o5.2.1 ... rrecionamento ~s J;c11nponEm~:ee leves

..
Correspondem aos magmas dos riolitoa, ,traquitos • ronolitoa, isto é
a magmas secundários alcalinos (item 6 . 4.1.3.1).

6.'1.2.2 - fracionamento do& .Componentes P&,Sf-do!

'3eo os megmes secundários formados pela sevregaf.i o des primeira~ rr.!


çoes c r is tal inas 'do m$gma primário" Correspondec aos peridoti tos, duni to
piroxenitos e enortesitos (item 6.4.1.3ol).

6.5.3 - ~rchas Derivadas de Magmas Sintéticos

Denomina-se de magmas ,' sinté~icos aos formados pela f'usão ~ele ti v a de


· ro~has criBtais duranté o ~limex da orogenie. t o caso dos granitos, gr2
nodioritos e parte dos anorteeitoa. (item 6.4.zot.2.1).

6.5.4 - npcQ!s Derivadas de Magmas Gerados por nt iv idade Tectônic3

Oistingu&m-se dois tipos principais de mag mas de origem tactônic:t~

6 . 5.4.1 - Magmas ~ esultantes da "T ec~5ni ca de Pl~Ca"

É o caso dos andesitos (item 6 ~4 " 1.4.2).

6 .5 .4.1 - Magmas resultenpes da Fusão de ~a chas por Atividade fect5

-
n.ica

~ o caso de al~uns 9ranitos (item6.4.2.2.2.1).

6.5.5 - Rochas Ig~eas ~te~tonas

Corespondem e fr agmentos da crosta sub ma tina ou do manto, a lçados


tect5~ica men te sob~e ou entre sequ~ncias de fOChas de mabientes cru Rt•t s .
. .
~o ca so de parte dos periaotitos e serpentinitos (~tem 6.4~2-2.1.1).
Bl
7. O M~g~a Basáltieo e sua Cristalização

7.1 - O Caráter Primário de Manma Basiltico

O caráter primário (item 6.5.1) do magma ba$áltico, i sto é, um mag-


ma que se forma no manto ou nas partes inf'ariorêa de croata (ba:&e do si-
me) e que ~ expelido diretemente doe locais de eua origem, pode ssr ates
tedo por várias observações, entre es quais se destacam:

1. Os basaltos sio as roch~s extrusivas m~is frequentes, exibindo ampla


distri bu ição eepacial e intensa recorrência no tempo. T~l fato indica
a distribuição de um mecanismo genético amplo e persistente durante,
a evolução geolÓgica da Terra (ite m 1.5#6.10).

f. Os basaltos são particularmente frequen~es nos oceano s , rnde a falta


de uma crosta espesse sugere uma arigem ligada <iO manto (ite~· 6.5.1.
l.).
0
3.
I #
A temperatura dê levas basalticaa e da ordem da 1100 c. Tel'ldo em vis-
ta o gradiente térmico médio da crosta tertestra conelui-se que o lo-
cal da origem do magma basá)~tico de situar-se nos n!vais inrflriores
do si ma ou na pa ;te su 1)er ia~~ do tnanto (i tem 1. ~).

4. A razão isotÓpica Rb/Sr, é muito baixa e homogênee nas rochas baaálti


cas. Esta relação isotÓpica ~ muito diferente das rochas diferencie-
das na crosta terrestre cuja r~~~o Rb/ Sr é mais alta é variável.
\

s. Os hipocentros de abaloo s!smicós que entec~dem erupções basáltic~s,


caso das ilhas havaianas, situam-as cerca de 75 km de profundidade ,
na parte do mantoo

6. Oe minerais essenciais dos basal tos (pJ;roxênios e plagioclasios) ini ··


ciam a sua fusão ·em um pequeno 1nterv~l~ ds temperatura da ordem da
80°C. Tal fato indi ca a possibilidade
,, do ~agma basáltico ae originar
pela fusão sslativa de rochas dQ manto do tipo dunito, peridotito e
...
'I

eclogito-tl ;(itens 5.4.4 a 1.4.6.10).

7.2 - O Controle da fusão Seletiva do Manto

A interpretação das ondas sísmicas que atraves sa m o manto revelam


que o mesmo se comporta'como um sÓlido e que sua composição deve ser es-
sencLll :,p n ·. e !-.cisica. Apesar d~ . elevada temperatura ali reinante as ro-
chas s?o Mant i das en: estado sÓlido devido a elevada pra~sno que sobre as
mesma s atuam o que implica num aumento de seu ponto de fusão (item 7.4.~

fusões no rr.a.nto são pois controladas por domas "térmico!=. locais que perml
tem a fusão das rochas apesar das elevadas pressões; pela ;n·esença de,_-
gGa P ~ ubordinadamsnte por alÍvios da nressoe~ que di~inun~ o ponte de
82

fu s 5o d os minerais (item 1.4.6.2, 2.4.1 e 1~4 9 6.10) . Nestas condiç~es o-


corre uma fusão seletiva das 10chas do manto através de sua parcial liqu~
façô'o. :, ': epa ração do LÍquido ma g mé ti c o as" im for "lado das frações c r is t2_
linas coexistentes s& faz pelo proce s so da auto-filtragem-compres~ão. A
trevés deste processo, as gotículas de magma se aglutinam constitlJindo u
ma câmara r. a g1ná tica independente . ~ necessário que 5 a 35 ~:; da rocha do
manto sofra liquefação para que a auto-filt~agem-compressão possa tornar
-se um proc~sso efetivo.

7 . 3 - A Distribuição dos Basaltos nas Províncias Oceânicas

A composiião dos basaltos nas províncias oceânicas 9 as maiores pro-


vÍncias oetrográficas da Terra (item 6o4.lol), varia com o local da sua
ocorrêncL·t. 1ssim os basaltos das cadeias oceânicas são mais ricos em sÍ
lica ( b asaltos toleÍticos} de que nas bacias a fossas oceânicas (basal-
tos alcalinos). Tal variação pode ser expli'cada pelas diferentes pres-
sões sob os quais se forma o magma basaltico nesses distintas ambientes
,
geolÓgicoso Nas regiÕes de cadeias submarinas o fluxo de calor medido e
mais elevado, indicando um gradienté t'rm~co mais acentuado. Conseq~ente
-.
mente a fusão parcial ocorrerá a maiores profundidades no manto ou seja,
sob relativamente b ai~as pressõeso Caso contrário ocorre nas bacias oce~
nicas cujo baixo fluxo de calor indica fraco gradiente térmico o que im-
plica numa fusão e grandes profundidades, ou seja sob elevadas pressoes.
Trabalhos experimentais revelaram que com o aumento da pressão o magma
f ·o rma d o n ela fusão seletiva de rochas básicas e ultrabásicae torna-se prE_
gressivamente rnaie pobre em sllica (item 5o4.4)o Tal fenômeno explica
pois a frequincia · de basaltos tol!ticos effi ~rees de cadeias oce,nicas e
a presença de baslatos alcalinos nas regiÕes das bacias oceânicas. En-
tre a wto s os tipos lltolÓgicos ocotrem gradaçÕes de tal modo que os ba-
saltos con o tituem uma s~rie contÍnua quanto ao teor em s!lic :. E~ta sé-
rie ~ ~ ub ~ i vi dida via da regra em 4 tipos ~

1o basalto ~; ~·. ale{ t icos (ma is s!lica ) .


2. olivina ba '~altos toleÍticos
3. olivina basaltos
4. olivina ta sal tos alcalinos (~r~enoa sÍlica}

7.4 - ~faranciaç~o Basáltica

Se um grande volume qe magma básico é movido rapidamente através da


crosta tarrestre 9 como no caso das ·erup.çÕes de "flood basalts", a sua co~
posição d ificil merita sofre mudanças durante o trajeto do magma (item G ~
Entretanto manaras quantidades de magma, movendo-se com lentidão através
83

da crosta, podem estar sujeitae a mudan~as si~nifica~ivas em suR campo-


,
siç~o durante no ssu trajato pela ces~ão e absorção deelementos ec . ec1.-
ficas das r r. chas encai>:a(ltes (jtem 5.4.2). lllél'l da absimilação r: ::.ii~'eren

iação pode ser causada por vários outros processt1S mais irr.port<intFJ t;u·e
a assimila ção , e exposto nos {tens 5.2 e 5o3. As acausas que fazem o me
gr1a basált ico particularmente sens!vel à di fa rn'f'ltiação são 1

. 1. A comp os i ç ão, Os basa ltos são formados basicamente por duas séries r!a
so lu ção sÓlida, plagioclásios e piroxênio-s, estes Últi:~os exibindo po_Q
to de fu s io in~ong~~enta. Nestes tipos de minerais o frecionam~nto e'
particularmente efetivo (itens 2.6.3 e 2.7.2).

2. A baixa v iscosidade (item 1.2) que ~a cilite a ~egregaçio por grnvi da-
, <
de (itons 1.2.7.3 a 5.2.1.1), o <:lasenvolvi.mento da correntes de conve
xão (5.2.1.2) e sua mobilidade (iter.s 5.2.1.4 e 5.2.1.5).

3. A elevada tem~sratura (item 1.3) que facilita o proce~so da asnimila~


ção (item 5.4.2).

4. O grande intervalo da· cristAlizaçio da ordem 2oo°C, o cue _ i~rode c


rápida c r is taliz-ação rnàgmática, aumentando consP.quAnte:na :1 t.e :JS r· f ·!i
to ~ dos div~r~0s procacsos do di:1renciaç~o (item 1.~.6.10).

E"tudos exp~r-irnant~is, aliados a observações ele campo, -- ~ ·::t-- ré-:rt: que


um rnegma basáltico pode, por diferenc .. .:; ção orirji :1z;;r t::- 83 ~i •O! :· ' "' ;c,a

residual:

1. Magir.as resir]uai~; s rn,sr ~· atorados enric;uecidca .em potássi:i (-•· :::~qr~ar. ri o


lÍti cos), item 6.4.l.34l o

2. Magmas residuais saturados -e-nriqu-ecidos' efó potássio (maqm"~ trll~ui.ti..:.


cos) item 6.4.1.1.

3o Mag.,as residLra ir; ir. s ~;-t:JrJ:; ::;::; 9 enriquecidos em sÓdio (mag1·'•s for~a1 !ti:..
cos) item _6.4.1.1.

Os diversos ti,•os litolÓgicos iiitermediários -otJtido ;; pelo Frociona-


'll
menta do rnagrr-a ori rJ inal forna relacionados no ilArn 6.2 e .J. •

7~5 - A Cristnliznçio Bas~ltica

A crist~lizeÇão d.e rnagma basálÚco já foi BS!·.ud ;-::l a sir·pliflc ·.r!w·.nrl-


te nos itens 2 e 3 que trat~ dos siste~as bi~~rios a tsrn,ri~A:

1. O coYnpost'amanto da um dos seu~ cons_ti tuintes principais. o plaviocl ~~­


~

si o, roi .ane~.f~ado no . diagrama albi ta-anorti te (i t-em 2 . 7.1) 8e nco r~ons


ta ta do:
a) O p lagiocl.ásio inici9lmente formado é sempre r· ·ds c2 l cü. r:- !n _·• J;' n
84

lÍquido magmático a partir do qual cristalizou.

b)co m a queda da tem r eratura forma~se sucessivamente plagioclásios c~


da vez maia sÓdicas, acompanhado pela reabsorção dos cristais pr8-
P.X.t stentas.

c)em condiç;•• da ~quil!bria o plagiocl~sio final ostenta a mesma


composição ~
do. fundido inicial.
d)na ausência de eguil!br~o cristalizam plag1o~l-e1o zQnados e, exis
tindo u~ mecani.smo -~olÓgica ativo pode ocorrer a cr.if:ltalização de
dois tipos de ple~iGclásios, um mais calc.o e outH mais · sÓdico que
l

o lÍquido inicial. E~ outra• palavras pode ocorrer fracionamento


(item 2.7.3).

2. Outro dia grama li g ~do a cristalização basal tica é do sistema . diop.si-


dia ano r ti ta do tipo eutético simples (i tem 2 .3). F'oi constatado que B!,
te sistema não pe~mit• . :.racionamento quer pela manutenção quer pala
r e ti r e da dos cristais inic ialmente r·ormados no sistema. O Último pro-
duto da cristalização t•~ ssmpre a mesma c~mpasição constante a euté-
tica. Ressalte-se entretanto que a ~ristalização eut~tica ' muito ra-
ra e~ aiatemas éilicático s co~plexoa já que na presença de Ne, Mg, a
~e a anortita ir~ fqrmar imadiata ~ente plagioçlisio • o diopsÍdio um
.,. ~ ""· .
piroxenio complexo ·(item 4;3).

3. Outro sistema binário ligado a crie talização da baael toe é o sistema


sÍlica-forster i ta (i tam 2. 6. 2), a~te . Últi mo -~ineral presente e~ vér i-
os tipo& de olivina bssaltca~ Este sistema que forma um composto in-
tormediário de pontct de fusão incongruenté ' (piroxinio) mostre-se par-
ticularmente sens.!vel a di~erenciaçãc, quer pelo impedimento da rea-
ção entra a olivi~ e o l!q~ido coexistente, quer pela isola~ento de
olivina irricialm~nte ~armada (itana 5.2.1 ; e 5.3.1).

4., Num estágio msis avançado_. roram analisadas as relaçÕes entre plagio-
cl~sio ~ ~iroxinio ~tr~v's ao sistema diopsÍdio-albita-anortita (item
3~5). Ve~ificou-s~· q~e o fracio~amento ~possível desde que~ rundido
I .

inicial situe-se no campo . dos plagioclásios. Ressalta~se que a manei-


ra do sistema diops!_dio-ano~tlta também representa uma supersimnlifi-
cação , já que o di~ps{dio é tomado como um piroxênio de compos~ção
...

constate. Oe qual~uer maneira o sistema mo~tra que o ti~o de cristel!


zaçao dos plegioclásios não á afatado pele presença do pirox~nio. Ae~.
s-1lta i gualmonte que~ fel'>a · final da · criatalização sobre a linha cot.!,
t i ca, não ~ó mude con stante~ente e composição dos plagioclásios mas
também a proporção plagioclásio: p1rox~n1o, q~e aumenta com o decorr&r
da crleteli~ação (figura 24)o · ·
85

b. A influincia do ponto de fus5o incongruente na cristalizaçio de mag mas


basálticos siMplific:idos foi analit'.ado no sistema sÍlir.a- f orste r- i t. a-a-
nortita. Verificou-se que 3!> ;J oss .i.t'-,ilidades de fraciona rnr nto são muito
amplas podendo resultar da um ftJndido inicial aitua rl o no ca mpo da ol i-
.. vina1 mineral insaturado, um ;n·o rl uto Final contando quartzo . Ou tra con
tatação importante f,oi a verificàção de que fundido s de compo ~ ição mui
to prÓxima pod•m originar paragâneses muito distint as . As sim três f un-
di d os , situados todos no campo da ol1vina ~aa situados pouc o a b Aixo, s~
·•
bre e pouco acima de linha - Cal\l s1 0 ori g inaval'l:. ~s conrli-
l'lg5i0
3 2 2 8
ções de equilÍbrio, respectivamente as naragâneses ol i v i ne- pi roxênio,
só piroxênio e piroxânio-plagioelásio. (item 3.4 . figura 27 ) .

6. Finalmente foi estudado o comport~mento dos pirox§nios durant e s cris-


talização de um magma basáltico ai111pl.ificado ati?av6s do sistema F"oret!_
rita-sÍlica-Oi o psfdio (item 3.6.}. Verificou-ee que apÓs e r eeção en-
tre a olivina e o lÍquido coexistentê originando o piroxÔnio a col'lpos!
çao deste variava ~om o prosseguimento da cfistalizaç;o, de termos ri-
cos em Mg para membros mais rico$ em c~lcio. No caso de fracionamunto,
muito comum neste sistema, poderiam cri8tali~ar extrema mento ricos em
moléculas de diopsid~o. A variação da composição d~e riroxênio de bes&
to s naturais acha-se representada na figura 37.

Resumindo-se ~:~ cone ta tações acil'lll eni..UII8radas pode ser d i to:


L Os basaltos sio forrnadon basicamente por duas soluções sÓlidas, P. dos
plagioclásios e a dos piroxênie~s l;aeálticoa.

2. Durante · a cr i s+-.alização a cnnpo:;ição do plagio>tláeio varia de t P.rmos


mai s ricos e m ·anortita pr.;ra •qe-· t_.r:")S mai~ ricos em albita (ite"' 2.7.1).

3. Oulé:Jnte a crinl<'i~iz a ção n n .:•·:p t:' siçâ'o do pirox~nio ' varia d e tnr "•os r·11.~ · s
ricos em diopsÍdio ~ara t i ç ~ n ~ ais ricos Am hiparstinio (fi : u r n ~ 7 ) .

4. Durante a cri~telizaçio a proporção pLagiocl~sio/pirox~nio nu~ 0 ntn ~om


o decorrer do proct:"!Sso '(i to~ 3.5) •

• • Cr.: t? >.:i !:t em portanto no inicio L! a -·ri!- :.ali,. a ção rJP. ,.. <:HJ rae ba ~'~ lt.i r:n e ~~J.~
..i.. ~ :- .i. o s ios c i;lcicos r.om '1irox ,;; ni.os dio ;1·.:{éio~ e, ·.J t. P.m!'r' r ;:1 t l 1l'í:H' :·.· ~ : :

:. d iX~' s• ··;;, iores c;u3ntidadF.H; da pla9iocléeioli Maifl r;; ~ dir~os co r; i ' J t' C' )< ·~ ni
os ma5s f1Ódicos com piroxêr ·, ics :nais ricos e10 hlnarsteni o .

Estas rel2çÕes estão Q)Gpressas na .fig • .38. Considere rr.os um fundido ~a


composição o. O inicio da cristalizac;F::o ocorre·ré; com a for ;;,a ç ã n de UT'l p.!_
roxinio de com~osiçio ! e um plaçiocl~sio com co~posiçio f, n a p r op or ç io

Ko 'l uran t e a marcha da cristalizaÇão de .Q. até f. ;, Cllr.ç:. -:- s i r.:;;:o c. r: ~·:: , ~.,-.:- 10

irá variar de. A até B e a do plagiocl~SiO


.
de f ·para n e R p r opn rçao r e l«-
tiva entre ambos às minerais de ! oer• ~1

Na reali da de o diagra ma da riqura 38 corresponde a um sistema quateL


nário, repres g n :~ do sob a forma Didi~ensional para facilitar a sua assimi
lação. Na f i~ura 39 o ldl'Zfft'O si1stema acha-ae represent~do sob a fbrma de um
tetraedro cujos vér;ice• aão ocupados por Albita~ knortite, OiopsÍdio e
Hiperstênio. A base cta tetraedro é re ;.Jteevntedo pelo nosso beta conhecido
sistema Ab - A" - 01 (item 3.5) indici!ndo a linhe A·- B a 11U. linhe cotá-
.
tica. Os outro• eiatemae ternários que COM~Õa o ~iateme q~~ternário corres
- -
pondem aos eompo"snt•* · Ab- Hi- Oi, ~ An • .Oi- H~, todos também eotéti-
cos. Da soma da todas as linhas cotéticaa doa si st s•~• tar~á~ios resulta,
no s istema quaternário, um plano cotético, sobre n quel crietalizam conco
.
mitantemante plagioclásio a pi roxênio. ( a te plano ::-orr.eaponde a linha .Q.-
-
- P d~ f igura 38. O pleno ~- Cristal1z~~io conjur.~a Ó da gra"da interessa
pa ra a c! iatalizaqio da mag~as basálticos. Mageaa com co~poaição aitua~o
ac i ma é~ plano cotético, ilto é·, i direita da linha O • P, c~istalizem i-
nicial mor. te com a r ormaçi.4 ~e ,,piroxânio, atá que o líqui\io eoexiatente a-
~ ~ ,
tinja u~~ compoaição situado •obre o pleno cotetico. Neste Momento ocorr~
r~ · e cristalização conjunte~· plagioclésfo e p!.rot:inio. Megmae co111 com-
posição situado aobre ·o pl•no eotético (Aobre a linha Q- f) iniciam a
sua cristal!~ação co• a formao~o conjunte d3 piroxênio e plagioeláaio . Já
magmas situados abaixo do pleno cotético (à a squerda de linha O - P) for-
.. - -
mam inicialmente cristais de plaoioclásios e postariormente, concomitante
manta cristais de piroxênio
'
8
.
plagioclá ~ io. ~pesar do sistema quatP.rnário
--
aqui exàmina~o correspond,r a uma gra nde simp11r1caçio do magma
J
basáltico
• •

o estudo de basaltos naturais· r e velou boa eçncordância · com ae obaerva-


çõas feitas n~ sistema em qu9stão , que permite explic a ~ ~ ocorr5ncia de
basaltos nos quais ora o piroxênio ora o plagioclásio ou ora ambos os mi-
nerais são 08 principais a iniciarem a cristalização.

8. O Magma Gra ~ {tico e Sue Cri stslização


I

8.1 - General i dades

Como já ficou exposto em ca pÍtulos precedentes, ao rochas graníticas


podem ter origem tr{plic~, a $&bers
.
1. Diferenciação magmática . {itena 4.2.5, 6.4.2.2.2.1, 6.4, 1.3.1, 6.4.1.4
2., 6.5.2 . 2.1. a. 7.4).
2 •.'\ção metassom~t.~ca {!tens.; 5,.4.3. e 6·.4.2.1.2.1).

3. rusão . selative de rochas crustais em áreaa orog~nica s (itens 1.4 . 6.1C


·...
6.4.2.2.21, 6.5.3 •• 6.5.4.2.).
~

. "~l
_ ; ~·--+--~- -~' .. ·--"C- ·t. · I

'
87
8. 2 - ·origem por difernnciação Magmática

/\renas. uma pequena f.ração r~ê·~~ rochas gran!t.icns se for· n•a pli'ln fracir..
namento da um magma bá~i c o pr1rr.éÍrio, ccmo ate5tam os estudar; d·n s prov!n -
c1as oceânic'as, que revelam uma taxe muito pequena dr' rochan c1ifer~.ncia
das (item 6~4.1.1). Nas prov!~cias continentais a sua fraqu~ncia aumRnta
um pouco (itens 6.4.1.3.1 e 6.4.1.4.2 ) d ~ vido a uma moior asGimiliaç~o

de material siálic'o por parte do magma basáltico (item 6.3). Os 1notivos -


que impede~ que todas as rochas gr~n!ticas possam ser con~idnradas como
derivadas de magmas bá~icos são os seguems

1 - As rochas granÍ.~icafl e~q muito mais fl'equent.ea que ns rochas


basálticas na cro sta terrestre. Por o u tro lado cálculos mostraram q-ue o -
volume máximo de magma residual granÍtico qua se pode obter a partir de
um magma bas~lti co por fracionam8nto 6 ~a nrde~ de 1% do volume do m~gma­
origina 1.
2 - Os magmas granÍticos e ~s s ~lticos se formam a profundidades dis-
tintas. Enquanto o magma basAltico se . forma e 50- 100 km da profundidade
o magma gran!tico se ori gine a p:;;~uer.a s profundi-
{base do sima e ma:lto) 9
.
dadas (5 a 20 km) ' no in te rior da crosta siálica (item 1.4. 6 .10).

3 - Roch3s b~s~lticas e granÍticas ocorrem ~m a~bicntes geol6gic9e


bem aistintos. Basaltos são caracteristicas pa~a ~G~i ~ : s oceânicas e con-
tin enta~s est~veis, , en~uanto o~ Q~anitos o~~rt~m pr R~orninantamente n~e nG
cleos de áres orogênicas arrezadas pelo i ntemperismo (item 6o4.2.2.2.1) .

8~3 - OrigerA por Metassolftatose '~(Graniti ~V~r~.:?l

o fenôme~o da formação de rochas gran!tlcas por açâo meta ss omática -


de frentes alcalin8s sÔbre rochas pré-exietP.ntee é denominado d e grani~i­
zação. A origem das frentes alcalinas constituidas assencialme nte por !o n ~
potássicos, q~e mi~ra~ do interior. da crosta para seus nÍvP.is mais alava-
dos, pode ser ~xplica~a am basnes f!.ico~qu{micas ou tar modin~micas. Como
ex rmplo com ~ar 3tivo pode ser tomado :a fm igração da ~gua, t~ mb9m com gr an-
de volu ~e ~n lar, para rcgi5es de baix~ · pressão quando subm~iida a lev a~ a­
prass~o dlfergncial (item 1.~.4)o Isto significa que nlementos da grand e
vo lu·~ e mnL: r ~~ de e .levada mobilidade geo-qu.!IT'ica são "axprir.,irlos" de
.:
re&s ~ refundas da crosta terrestte a migram p ar a os n!vein super i~ ren do
moc;mcu r:a sur. rassage~ por outras rochas os Í c~n !'; de t< ·o Na desloc:·cl'll pr~

fer 8nci.alr. nt n ~ fe r1g e Ca .com a consnauP. nt.e formação de r :.! chas granÍti-
cas. 1 urantG a granitização ' comum a . for maç5o d~ grando ~ cristi~is euh~
drai s ~i~ ni croclina, ao contrário dos cris ta i s e uhedr a is de fel dspat o po-
tá ::>: i co q:Je r 0. su1tam a cristalização .de um r1agma gran!tico~ 1's f()r rNIS r; ~,·.ts
tal inas gr~ nde s 9 euhedrais da microclina indicam~ baixa e~ergia do pr o~
. :.
88

cesso met~ssomático quando ce~mparado com a crie.talizar;ão magmática (item


1.1~.6.8.).

Rochas granÍticas geradas por açae matasssmátice são frequentes em a'


reas continentais estáveis, on~Q acorrem asseciadas a Qnaiesss e outras ro
chas metamÓrf i cas (item 6.4.2.1.2 . 1.).

8.4 - O[jgem ep~ rl"sis, ~ft_ati,va d,e ~ot;has C.tustais (1\.n,!tg?fia)

Uma daa observaçÕês goo16;icas mais bum fundamen-tada tÍ a frequente 8!:_


aociaçãc entre rachas metamÓrficas e granitos . A constataçlo de que entre
gnaisses • granitos garal~ante ocorra uma rocha rniata, o ~igmatito, que o
oatenta tanto carétQr Meta111Órfice quanto ma;Mátlco, aliatda ao rato dos gr~
nitos ocupar&lll rrequ~nteme~t. 08 nÚcleo• da• cinta• . orogenáticas.
.. levou ao
deaanv~lvimanto do conca~to àa anatexia. (ate conceito envolva a formação
da

magm•d · g~an!ticas pela rusio aeletlva da tocha~ crustaia am ~rea~ oro-
vânicas durante o ~limax ~ metaMorfia~a regional (item 6.4.2.2.2.). Esta
hipÓtese explica não só a fre-quência tnas ta11tblÍm a ooorr&neia" n local tla
origem e a hcmogeneidadé da composição das rochas gtan!ticas.

8.4.1 - CQmR?9iÚR .das Rochas Ç.ren!ticas .!! ,sva~.. :_-:-=-...::..q-.:_.;êrJXias

As rt~cha s gra nÍtiçes são ~nsti tu!das, · esaeneia1rnent.e pela associação


f~1d~~ato potássi ~o,
~ ., ,
quartzo e plagiocl~sio 'cid~. Quase sempre as sues
pr.!Jporções são· · tai'S q u a . corraspondem à composição eutÍtica do sistlllma te_E.
·'
ná rio Quartzo - Aleita - Ortoclásio, o que implica - ~ym intervalo de cris-
talizaçro muito pequeno, da orde~ de 25°C. Exp•riincias f~itss com grani-
tos nat~rais revelam ~ue superada a te~peratura ··. ·..
~olidus em· apsnas 10°C. já
80 e 90% da rocha - sofre liquef•çio (item 1.4~6.10).
/!.
· 8.4 ~ 2 - O Si<=-t~~ · Alpi ta - Anortite -, 2~to,slisio - Quartzo .... ~ .Q.
2
Como Já ficou
.
ex~osto no itam 8.4 .1 . - as rochas granÍticas são const!
tuldas basicamente por feldspeto pot~ssico, quartzo e pl ag iocl~sio ácido
~m proporções semelhantes à mistura eutéti~q ~o sistema Quartzo • Ortocê'
aio- Alb1te .' .Este sistema represente entretanto uma simplific;ação bas-
tante grande já q ue o plag~oclásio é considerado como sendo ~e composiÇão
oónstan~ , ·representado pala a1bita. Para estuder-se ' Antretanto a crista-
li2ação , -~~ magmas 9ranf.t1cos bem como a f"usio p-a rcial de ·~-o~has crustais
"'
~ necess~rio o exame de um sistema ·mais complexo ~eprese"tado palas rases
A~b~ta - Anortit~ - Drtoclásio ~ Qu•~t~o - H ~, que retrata as verdadei-
2
ras condiçÕes do plagioclá sio· como correspondnado ~ - uma solução sÓlida. O
-~

sistema em questio exiba, ~ semelhança ao si~teme Quartzo - Feldspato Po-


~ássieo - Albita, ceracter!sticas de eut~tico triplo (item 3.2) com comp~
aição granÍtica.
.. 'J
, 11

Determinação das cousas da .diferenciação magmática


numa provincia pe!rografica pelo coeficiente de Figuro 34
'
Rittmann

:.-···

.fc
c
g ~
-
õ:
'
~

(I)
.. .~

-•
·c
õ
o
;:
----
.
J
o~ ___. . .--·---..:.
- .

l
-•
... S: (Na2, O + K1. 0)
Si~- 43

Q)
o
o
11
(/)

Si 02 ( 0/o)

Exemp(o : Diferenciação por segregação magmática

.... -· -- ....... ---=.. ~~-·-----~~~v-_,..~ ... ._,.~~- r:.:.;..;...,.;....:Jf.,.r--· --..,-_- - ~ ---·,..,.....,----


v'""
,.. . ... _ ------ ... ... _ . . . __ ......
"'

Representação de rochas básicas F~ro 35


pelo método . de Mura ta

"
25 i \: r- i 1 I •:· .I
...
.•

·: ·
20 I . ~: .~, . l \ I·· l· -I
·.
.
'<.
. .··.:
..
.-.. ...; ·-.
.• . •'. 4•,
~
~
' 0«
·'

-
e~
""'
o
15 I

..
I I '... _I...

J
·-
.
I

I
·

Série dos basaltos·


. I

J.

r .,o --·--~~-
.·· -A,~ alcalinos

:: '·
...~
. ·
.... ~
.. .~: ..
- ·'.
5 I . I I "'.! I I I I

0 I 1 O.,..... I , 'I I I
0.1 02 0.3 0.4 0.5
0
/o Al2 03 I 0
/o Si 02

I
Letras: Tipos litológicos característicos ../ f
1r . f
L....----------------~ "·'.
,, '
,,
89

8.4.3 - Os Fntores gue Influem n! Fusio de ~ ochas

Experi~ncia s ~8 fusio parcial e total de rochas s ~dimentHres e metn-


lftÓrfic c~s (a rc.Ósios 9 grauvacas, gnaieses f'eldspatos) e análise =
d os rEJsulta
dos em ~rmos do s sistemas Ab - An ~ ·Q - Or ~ H o revelaram qua rochas ba~
2
tante diversifica do~; oriqinara~ lÍquidos silicáticoe iniciais muito seme-
lhantes e prÓximo i composiçi0 nut~tica do sistem~ em questio. Entretanto
a tsmperatur<J dQ inicio da fu sã o, betn como a _quartidede do magma obtido
depe nd e de vários t'atcres, entr~ os qüais \se destac1m:

1.. o tipo de plegioclá sio present!J fJ& r,ocha


Quanto mais ricn ~n albitn for o plagio~l~sio da rocha submetido i
fu s io, menor te~ ~ er~tura ~o i -nÍcio da liqunfaç5o. nssi~ rochas ricasem
plagioclásios ácidos (albito) iniciam a s~a fusRo em torn o do 650 -
- 670cC enqu.:'lnto rochas portadoras de ertcl0'$lna (plagicclásio intermed.!,
. ,rio) fundem entre
,, ~90 a 710°C. ·

2. A eressão de vapor d ' águ& agindo so~re 4 f?C~a


.
Rochas idênticas, ~ubmeti das a fusão exibem variações na tompe r A tu r a
inicial da liquafaçãó ·de acordo com a pre•sãó de uaper d'água atuantA
sobre 0 si~tema, Quanto maior a pressio menor a temperatura do inÍcio
de fus;:-o. Hoch.as portadoras de andasihe fundf}m a 690 - 700°C ~ab 7 Kb
o
de PH~O e e 660 :- 670 C quando submetidas a . 4 kb da PH o.
2
3. Apresença da outros vciáteis

~ adiçio d~ pequenas quantidade s de HCl t ao sistema implica num aba!


xamentc fp - 20°C na tempera t ura do i nfpio da· r~são, u~e vez manti
de
cios constantes a composição do plagin~lésio e a PH 'o. { de se esperar
2
que na natureza numa s:q~~ncia sedimentar sempre ocorrem pequenas qu an
tidades de áci·.d os formados a partir de sat!:s C!)nti cJs nos sedimentos.

4. A quantidade · de água dis~onivsl

Este fator influi ha quantidade de ~2 magma obtid~ pela fus;o. Ocor-


rendo quantidades ·suficientes de ~gua gt-ande parte da roch"e eufre liqL!,
fação~ uma vez atingida a temparetUNl crÍtica •. já na presença de pequ!.
•nas quantidadee de. água não OCOI:'terá Ulll aumento na tent.p eratul'a de fU-

~ão de rocha e sim apenas uma redução da quantidade de magma formado •


. .. .
5 : ·1J~ minara is pra sentes na rocha

11esultadoe experimentais da fusãQ seletive de rochas rrostraram que


. .
. para a obtenç;o de um fundido inicial granÍtico nio ~ necess~rio que a
rache submetida a fusio contenha feldspato po~ássico, como no caso de
, ~
arc os ioe ou · microclina gnaisses. Mesrno 'r aches cont'aneo apenas q uartzo
90

plagiocléf"io. Biotita, e/ou r·. uscnv 1ta, 115 tP.r; dois Úl tüns miner a is CO •'

t e ndo po t~ s··· 1o, podem or1 qinar uM l~quir~o inici al de c·; m;"Jsição tH .Jnl-

ti c a, rico em Feldspato pot~ssic o n ~ r ~at _vo.

8 .4.d - Fus~o Selet i va em ~reas G rog~nicas

O exame do s itens precedentes revela ~ue a fusão de rocha s cr usta 1s


~cidas, na pre~ e nça de quantidades suficiente de ~gua, inicia-se e temp~
ratures relativamente baixas, ao re ~o r de 550 - 700° C. Fsta~ t 8m ~ era tur ~~
são quase se~pre atingidas durante o clímax do metamnrfi sM~ regional por
ocasião de orogenias. A presença de água,que deve provir da prÓpria se-
qu~ncia de rochas sedimentares do geossincl1naL subemtidas ao metamorf is-
mo, ~ necess~rio, j~ que em cond1ç6es secas a temperatura de f u são das r~

c has pote ncialmente granÍticas situa-se ao redor de 1000°C ~ temperatu ra


s6 ex cepcionalmente atingida durante o metamorfismo (item 1.4.6 .10) . Ao
contrário, aos gi~antescos batÓlitos granÍticos que ocupam os nÚcleos da s
cintas orogênicas atestam que deve e~istir grande quantidade de águ a dis-
ponível para e formaçio de coneider~veis volumes de magma . Esta posi çio
dos batÓlitos é explicada pela maior subsid0ncia sofrida pela parte cen-
tral do geo ss inclinal que consequentemento é sub~etida is temperilturas
ma is elevadas;
n f usi o em grande escala de rochas de geossinclinal durante o climax
da orogênia é facilitada peia existência de um grande nÚme ro de roc has se
dime ntares com compos~ção potencialmente granÍtica p caso dos arcÓsios, f~
lhilhos e cer t ·.J s tipos de _grauvacas que constituem as roch as mais froque!:!.
tes do preenchimento de um geossinclinal. Por outro lado a pr esença da P.~ ­

vapor itos leva ao desenvoluimento de vol~teis que abaixam o ponto de fL-


sao das roc has, tornaQrlo assim rnais ef8tivo o processo.
O controle da composição do ~agma gran!tico, atestàdo pala homogene!
dade de rocha s granÍticas re ~ resantada na figura 40, ~ falta pela tom uera
tura do eutético granítico do sistema !\ b - 2 0 e pele temp~
An - í) - Or - H

ratura tingida durante o clima x da orogênia. Como am b o~ não diferem em


~uit o conclui-se que a composição do magma neoformado não se pode afastar
e m muito de composição eut~tica, j~ que para tal seria nece s ·· ~ri o um sub~
tancial incremento na temperatura .

8,4 .5 - Qrigem doa Migmatitos

Como fdi . constatado, a temperatura inicial da fusão rl r1 r.nc hH s de nend ft


de v~rios fatores tai s como o tipo de plagiocl~sio rrennnte, a pr Rss;o de
vapn r d'água, e quantidade de á!)ua disponivHl P d;-; ·~ r !!;. Cnt;a de volá tqis
(itAr ~.5 . ~). Sob este aspecto ~ possível ~ntender- sR R gines e dns mi~~ t-

titos, rocijas mist as,com carát~r ~et aT~rf ico (anaisse ) e magmático (granf
~

·- - - - --· -,
.
I
ROCHAS '

, ...
PROVINCl.í.\S A
PLUTONICAS
, ,
LVULC~ICAS ACIDAS EASICAS
- -·
. .
:·OUVINA : BASALTO - -
A

OCEANICAS COM DIFERENCIAÇÃO

-
. TRANSIÇAO
. .
....ALCALINA
.

OUVINA BASALTO
SEM DIFERENClAÇÃO
: ;

I
..
. .. · · · ALCAUNA . ..-. .

-.._..._.-... ~ ·-·-

•. '
.
·'' . . · OUVI NA BASALTO - . .

~
TRAQU!TO- PERIDOTITO-
·. ·. FONOLITO
GABRO
' .
.
C/) GNAISSE- ~
Cl> . [ij - -.
C/)
- - . - <( > · ··LEUGIT-A -BASALTO- - -
GRANODIORJTO-
.. - . - --- - ··· - - .

LU ~<(
. . _<( 0: ~ TRAQUITO
: a--::;
zw
~<( ·: t f3 . -=..: .• -.. : . ; : - . GRANITO· !

..
- :NORITO- ·= .
. .

z BASALTOS
, .. ANORTOSITO
. . - · TOLEITlCOS . . ..
t-
Z - -
o(.) C/) GNAISSE-
<( ESPILITO- .. ·.
(I) (.) PERIDOTITO -
QUERATO FIRO MIGMATITO-
<( z •
UJ CUJ SERPENTINITO
0:: CD BASALTO- GRANODIORITO -
'<! o ANDESITO-
1

0:: GRANITO
o RIOUTO
..
~------~
. -
-
-
.l - - ' -- . ~ -
Classificação das provincias petrográficos Figuro 36
..,.,
-;,.,';
-----~ ----~ - ·.....-xrx:::: ·= sr- ........::;,_..,;o,o._·--cn --~~~::~;.-:.- .-~,.,.. ......... . - - ,__.... ---..--~ ~ .,. -
91

t1cos) . Consideremos uma sequincia sedimentar hetetog~nea de um geossincl!


nal s ub me tido ao metamorfismo. O passo inical ser~ a transformaç~o dos se-
d1mentoR dcs xistos e posteriormente em gnaisses, est ado em que ainda ~

mantide a het e rogeneidade original do pacote se dimentar. Isto i mplica na e


xistên r.ia de uma sequência de rochas feldspáticas de composição variáv el ,
associadas a Anfibol.itos que correspondem ao s produtos m'étamÓrficos do .vu.!
ca~is~o b~s i co q ue acompnha a subsidincia do gécssinclinal (item 6.4.1.4).
nume ntd ndc ainda mais ~ temperatura fundi~-se-la inicialmente as camadas
.de complexc gnaissico contendo plagioclásios mais ácidos permanecendo int~
~ ns os banc os de rochas mais básicas, entre · ales os anfibÓlitos. Canse ·-
quente r:~ e nte ocorrerá a formação de migmatitos ~tentando caráter m!stico
metamÓr·fico (c 8 madas gnaissi·cas intactas) - magmática (camadas que já so-
frsram fusão parcial). Também variações locais na presença de vapor d'água
na co nc en tração do te.or em voláteis e na quantidade de .ioua dispo nív el po-
dem pro11ocaJr uma fusão diferential numa sequência de gnaissee, implicando
na gên bs e de migmatitoso

Os Estágios da Cristalizaçio Granítica

Com c e.ba :::. xamento da ·temperatura do magma grn!tico surge, num determ!
nad'1 :~ .• !': ante ! a fase gasosa (item 1 ·. 4o5) e posteriorment-e a fase hidroteE_
r ·1L 9 esta Ú.1 ti ma a ba ixo do ponto critico da água (item L4.6.9). Tendo em
,_,s ,d e.- :<3~ r.'u:J anças sucessiv.a s que alteram o nÚmero á os tipos de fases
coé~~st€ltes, a cr1stal~zação de um , mag~ granÍtico pode ser subdividido
.
. em. ~ua:ro ~stag ios ou fases~

fst á gt~ Magmético p acima de 700°Co ffeste estágio coexist&fll em equil Íbr.!_
o os minerais já cristalizados e o l{q~ i dÓ ~agmático~
2 . Est~g1o peg mat!tico 9 entre 700° e 600°Co Neste estágio sw~ge a fase gA~
so~2 da tal modo que coexistem em .equilÍbrio a fração cristalina, o 1 1-
qu id o ma gmá ti c o e .fase gasosa o
3. Esti!gio pneumatolÍtico, entre 600 e 400°C. Corresponde ao int e rvalo en-
tr ·e a temperatu ra de inversê:o de qtJertz.o e é temíJereture oil-!tica das SE_

) uçóe s hidrotermais. Neste estágio ocorre equilfbrio entre a f.reção cri~


ta'.:.:'·<>. e a fAse gasosa.,
'
4. Es t á~:.o hidrotermel 9 . entr~ 400 e ioo~\:. Neste estágio ocorre o aquil ,Í -
br·lo e nt re as fases crist<elinas
. 9aso-ea
. .,-e td.drotermal coex i stentes.
' '

A todo~ estas estágios estão aseociadoe fenômenos geolÓgicos care~ta­


r!sticos tais com o a cristali~ação de roc~as aapec{ficas e a gênese da Ja-
zida s de inter es s e econ~mico.
92

9. ConsideraçÕes sobre a Ori~em da Algumea Rochas .Minoritárias

9.1 - Generalidades

Nos cap.Ítulos- p!'ecedantsa t r atemos es-sancialmen~• das X~chas basál ti-


,
cas e gran1ticas por
.
corr&apondsre~, ~aepeetiva~ente,
'
-as rochas ef~sivas

e plutônicas maia f~equentee da crost.~ ter~aat.ra. Os .outroa tipoe litoló-


gico~~ francamente... mintJritárioa
. .
'#: .
Gllt
.
VOlume de áreas de ocorrência, . represe
.. •
-
tam entretanto t.amb~m elevad~ importanci4, quer
.
por
,
seu intereaae eoonomi
.~ -
co quer por s~u cida~Gm as e ondiçõas f!sico- quÍmicas . rein~taa
. na inte - ( ~.

rior da Terra por.. ocasião


" .
da sua gênese. No presente capÍtulo, serão tra~
tados, da passagens, alguns dos ·principuis tipos litolÓgicos m~poritárioa

com rá pidas referências a sua possív~l ou poss!veis origens •


. . I
\ .

As roehea espilitaras já fora• méneiona~as no item 6.4.1.4ol. Acampa


'.<t . ; ·.; · . : , -

nha~ a ~entfastação magmática básica iniciai por ocasião de subsidincia


. . .: .J.,
ne geP$Bi"clinalo · Ocor-re".'. ~.onstituindo derrames, tufos 11 ·diques e sillsvAs
rocha' caracter i zam-sa ·por . seu elevado teor . em albita, clarita, além da
epil#gto, carbonat~a e serp~ntin;a, qu. c~nf~~~~ - ao_s epilitos ume côr verde
carectar!•tic·~ motivo pelo ~ual oi~ , den~minados
de Gruen~esteine (ro-
., -- . ~~ . ;,
chae verdes) pelos petrologos alemees. O termo, quando traduzido para o i~
-?" ::.:: _. .~- . •· - . ; . -~ ...•• •
glia (green atona) pede a: asi9nar confusao com outro termo green schiste.
. . :)

-
'
(xistos verdes) qus des i gna . ro c has de baixo grau de meta~orfismo . Par 13S
'
te motivo é recomendável o empre go do termo oficlita para a Q~signação
das rachas magmáticas que acompanham a fase inicial da orogênia. Os fio-
litos correspondem geralmente a reaç5e~iubmarlftea. atestadas pela fre-
quente ocorrincia da levas almofadadas (pillow lave) a sua assBciaçio com
rochas plutônicas:: bé\icas ' ê · u·l -trabásices (i tem 6 o 4 o 2. 2 . 1. 1,), a que o cor-
,.
reu ao desenvolvimento do conceito da trinidade de Steinmann {associação
afiolitos- cherts - ' serpe~tinitoa). Os ofiolitos são co~u~ente rochas hi
sicas subalcalinaa fitem 6.1.1) perrazando os esp{litos, rachas enri~ue­

cidas em sÓdio 9 apen~s.; uma'_ pe~uena par·te dos mesmos. Este alto teor em al
,..,..
bita levou a uma divergs ncia · acirrada quanto a -'origem doe asp{litos, sen-
do edmitida basicamente 4 hipÓteses: ·

·brigam Met!m~rfica - A ~iqu~za em clarita, albita, epidoto, serpentina, e


calcita de grande parte dos espilitos levou a vários autores a can1iderer
estas rochas como sendo o produto de um metamorfismo insipiente· aginoo so
bre basaltos normais.

Origem por Autometamorfismo Os ASpilitos seriam o resultado do ata qL•e d"'


soluções magmáticas residuais agindo sobra a fraçio cristalin~ pré-ex i s-
tente provocando com isto é modificação de sua mJ,:m~ralof}ia ~
93

Origem por Tr~J n~~~~·~) oriz::lç3 o: Segundo esta hipÓtese os espE'llitos soriam o
resultado da reação ~-nt re basaltoG n0r~"'ais com o s6dio do rnBr durante i1 S

erupç5es s ub ~ arinas,

Orír;em 1-fidro ma gmática: Segundo esta teoria os aspili t os sP.r1am o proc'iuto
da cristalizaçio de um magra bas~ltico en riquecido em água e C0 • Nestas
2
condiçÕes é alterada a marcha no rmal da cristalização b asáltica, lev;:~ndo

a fornaç?íc da carnr.ter.Ística para a gênese espélÍtica.

9.3 - As noches Ultrab~sic~s

Inti ~ a hl ente a ~ sociados com as rochas ofiol!ticas de árAas orogênjr.as


OCOr r em corpOS de r oci~ RS uJ.trabásicaS que COrre .s pondem à SSgunda fase mél.!J.
mática d2. evolução elo Çé;ossinclinnl (iterr· 6 . 4 . 1.4,) qui:! ee suoerpÕF! parei
alrren te à r~··j_r.,p:_~,, f'a':e , (!>ta associação da rochas básicas e ultrabési-
cas vul c;•n jc;lr, u ,;1 , !~Ônic?!; EÍ tão característica pert3 áreas orogênices que
., ,. . ..., lr: r: .,·ii7.açã o e da !' ação implica na detP.r mi'nação no P-!'l r aço da cinta o-
rogen ,-;t ica nns . q \~ ei s ocorr8m. As roc'las básicas e ultrabásicas c:orrespon-
den a c0mpJrx~s de rlu nitos~ serpentinitos, riolitos, oeridotitoe, piroxe-
nitos e G~bros que exibem , via de re ? ra, car~tar concordante em r loçio . ~s
rochas nnc~ixantes . A ori~em destas rochas ultrab~eices ~ muito discutiria
dest ec·1nd c --se cnt r8 as dl.ver sA s hipéteses, <'IS que seguem :

~ . lb coM~~s xos s~o o resultado da ação ~etam6rfica sobre dolomitos sili-

cGso, P ·..:t ras mcha t:; s edir.snt<ues de composiç5es afine. Em outras nela
vras é nRq a da aos complexos ultrabásicos uma origeM magmática.

2. As r o c~gs ultrab~sicns resulta~ a cristalização direta d• um magma pr!


ma rio ultrab á sico.

3. O car ~ter diferenciado dos comnl~xoe~ ultrab~~i6os sugere que ·ns mes~os
co rrespo ndam aos produtos iniciais fracion n· ' GL-> :Jo um ma gma tlnsnJ ti.c o
primário (item 6.5.2.2).

4. As rochas ultrab~sicas corresponderiam a fragmentos d8 base do si ma e


do manto encaixado~ tectonicamente nas 6raos orogênicas (item 6.5.5).

9~4 - Si enitos.

Os ::::ienitos fazem parte do grupo da ·s rochas alcalinas, (itecn ,6.1.1.)


que pel' fa.:.em. aproximadamentl3 um milésimo de todas as rochas plutônic as da

crosta terrestre . Ocorrem caracteristicamente em áreas conti~Rtais egté-


veis exibindo contatos discordantes e m re~aç~o ~s rochas e nc Ai~antes cons
tituindo g~ral ante pequenas intrusÕRs circulares ou elÍptícns,
,n, clas&ificação rlas JOCh&s ?ie>nÍticas é feita segund0 o m~t<H1o rlB

Shand. ~e gwn do este autor os alcalis n n rmalmente ~e ligam ao alu~Ínlo e


94

ao silÍcio na proporçao iÓnica de l : 1 ~ 3 para formação doe feldspatos


(KA15 i~o •
8 3 8
~aAlS~ o ). Rochas a~calinas ~ão aquelas na qual esta propor-
ção é maior que r ~·1 : 3 p devido a três causas fundamentàis:

l. por deficiência de alum!nio = rochas ekeríticas.


2. por deficiência de sÍlica :;;: rochas miask.Íticss,
;
~. por def~ciânoia conjunta de alumÍnio e sÍlica = rochas agpà!ticss.

Nas rochas oker!tícas o excesso de alcalis co~bina-se com o ferro p~


ra constituir minerais isentos do aluminio tais como a egirin~ (~Lroxênio)
e/ou as hornblendas alcalinaso Como não h~ deficiSncia em e!lica as ~a­
chas podem ser inclusive po~tadores de quartzoo
Nas rochas miasqu{ticas, devido~ d~ficlência de sÍlica;~ excessode
alcalis combina-se com a alumÍnio constituindo os feldspatÓldes, minerais
insaturados em s!licac
Nas rochas agpaÍticas ambas as caractsr!sticas se so~am com a forma-
ção tanto de minerais máficos alcalinos quanto de reldspatÓides.
Entre as rochas iasquiticas ocorrem vários grupos caracterfticos,que
constituem quase sempre prov!ncias independentes (figura 40)g

a : nefelina sienitas 9 rochas ricas em feldspatos potássicos


b: lichtfieldit os ~ rachas ricas em albitao
c: a série urtita-ijolitco Sãú rochas praticamente desprovidas de feldsp~
' ta~ cor-respondendo basicamente a par-agênese feldspatoide - minerais m!
'· fi cas. O teor em m~ficos pode ser elevadQ (ijolito) ou baixo (urtito),
ocorrendo uma completa gradação entre as extremoso
dt malignitos, rochas melanacr~ticas pratic~mente desprovidas de feldsna -
tos a feldspatoides 9 sendo comum a sua associação c om cabonáticoso

1\ . origem das rochas sfen ! t:.cas é muito discutida 9 ptincipalmente ;J a-

ra as rochas aqpaÍticas que se caracterizam pelo ac~mulo de certo& elemc~


.
tos tais como Zr 9 Ti~ Nb~ Th 9 T•P P9 r, Cl e terras ~eraso Entre as prin-
_# ... • ; . ~
cipais hipÓteses geneticas destacam-se:
1 . Cristalização fracion~~ia de olivina basaltos (item 7o4).
2. Assimilação de calc~reos com a consequente dessilificação de magmas gr~
nfticos ( itens 4 c5o e s : 4c2)o
!3. Transferência de alcalis ~o. magma pela ação de bolhas e correntes de
co nvexão (itens 5o2olo2 ~ 5o2olo3), com o consequente desenvolvimento
de um magma sien!ticoo
..
" , au ·mais processos acresci-
4. Processos mistos, .envolvendo a soma de dois
do s de fenômenos tais'~' como f~sãcf · S~letiv~ · (item 5.4v4,. ) e mis.tura de
··.• ':. . 'f., ;
magmas (item 5o4ol)o
95

9.5 - Carbonetitos

ns ~arbonatitos, como indica o seu pr6prio nome, sao roch~s campos-


t :.1 s s:.s ~:ncü:lr-,ente por carbonbs que podem ser tanto a dolomita como calei

ta, siderit~ ou r od ocrosita. U estudo dos


..
carbonatlfo~ foi muito incro men

tado ApÓs a verificação de sua importância econômica devida a sue fre~ue~


te as sociação com jazidas de apatita, magmeti ta, monasita e minerAis de
ni Ób ioo Estes estudos le~aram a fixação das principais carecter~icas dos
carbon~ ~ itos, a saber:
1. A sua oc orrência . é .quase se r:1pre sob a forma de pequ•noe corpos elÍpti-
cos ou circulare.s ou c onsti tu indo diques anelar• a,.
,
2. [" freque nte a ..associação e ntre . carbonatitos e rochas alcalinas da se-
ria urtito-ijolito e malig n i t os.
3. Os ca'rbonatitos ocorr e m qua s3 sempre em áreas continentais estáveis;
é. ~ sua mineralogia é muito complexe sendo conhecid~s Aas rochas mais de
50 minerais. Ao lado dos carbonatos no~mais · oco~em carbon•toa de ter-
ras rar-a·s , apatita, magnatita, monesite, ber!ta. piroeloro, perovskita
zircão, fluori~, P.tC o

s. As intrusões dão ger a l~ente muito difet~nciada•, ricas em b~ndas, lei-


tos, camadas e schlier e n de composiçÕes distintas.

Ató o mel ~~or conhecimento. ; das cesactarlãticas dos tarbonatitos ad-


~ l tia-se para os mesmos uma origem metamÓrfica, metassomá t ica ou hi-
d~ otermalo Entretanto com a descoberta de l ayas carbonáticas no vul-
cão ,Oldoinys Lengai, ·na Tangani~. foi conrirmada a origem mag mática
dos cerbonatitos, já então advogeda por uma sé~ie de autores baseado '
na presença de ves tigios vulcânicos associados a vário s carbonati-
toa, bem como na sua forma, composição p n at~re~a do• cantatas e estr~
tura internao Entre as diversas teorias genéticas magmáticas desta-
cam-se:
lo O magma carbonátiep seria um- magma pri mário de or1gem complexa 9 forma-
do no · manto em n_! vais b ~ stante profundos (item 6.5.1.2).
2o O ·magma carbonátiço ser i a n f~a ç ~ o residual de um magma paridotítteoal
calino ·. carbonata~o, es te ds ca ~ áter prlm~rio (itjm 9.3).
3o O magma carboná tico repre se nta a fração im!ac!vel que se separa de ma~
~ as bá s i cos e ultr~b~ s i~os (item 5.2Q2.J.). ·
4.• O magma carbonático former-se-·i a noa Últimos ·•stágio. d• ·crletalização
de mag~as s ub-àlcalinos pela troea entte ions alcalinoo tarrcs os, segu~
do a r~a ç ao:
Anort i ta + carbonato de s6dio = nefelina + . calcita

Trnba l ho s exrerimentais réaliz a dos em vár i os siste mas contando ~ombi


n u ç ~e ~ de CaO - reo - NeO C0 - Na O ~ ' H O - Ca F - P O - i\ 1 :O - !:lt'r~O
2 2 2 2 2 5 2 :3 .. 4
96

revelaram:

1. A calcite pode precipite~ da fundidos de composição muito variável~

2. Certbs fundidos carbon~ti~?S permanecem fluidos ati 600°C.


3. Certos fundidos são extre mam8n te rluidos, permitindo ampla segregação
por gravidade.
4. A sequ inci a da cris~aliza~~o ~ sensi~slmente afetada por variaç5es da
pressão e composiçâ'o. da fase gasosa.
5. Ocorrem casos de imiscibilida-dit ·àntre magmas carbonáticos.• e eilicáti-
coe.

Estas constataç5es corre spondem· ~s obser~aç5es geolÓgicas, ao mesmo


tempo que sugerem que- ~s hip~t~se$ gen,ticae i~ ·3 sejam as mais prová-
vaie sem entretanto ~nular as outras.

9.6 - LarnprÓfiroa

Lampr6firos sio definidos como rochas meso - a melanocriticas, de tex


t'ura fortemente._ porfit!tiça e contendo feldspatos confinados a matriz que
~ -
á fina, densa ou afan!tica~ :é"ntre estas rochas distinguerÍt-ee alguns gru-
pos característicos:
1. Hornblenda + s ugira + plag!o cl~sio (camptonito, speaeartltos).
2. Biatite + Hornbl e nda + plagiocláeio '.(ker-sanÜt~) o

3. Biotita + ortoclisio (~inette)o

Distinguem-se ainca t~poa poTtadores ·de olivinaj alguns dos quais , os


monchiquitos, exibin do a~ ~ l ~ ina cm lugar dos feldspatos o Mais raros são
os alnoitos, rochas conte~do rnelil ~ ta, e nefelina.
Os lamprÓfiros ocorrem sob a forma de diques. Geralmente associAdos
levou ao desenvolvimento da hJ.
a granitos 9 granodioritos e sienitos o
p~tese de que e~iari~m geneticamente
..q~e

l1gados por diferenciaçio, a estas


9

raches. Esta hip6t~se~ foi ~ceita principalmente devido a intensa associa-


ção m n'.:;~a camptonitos · e r~chas f1ian{ticaa e entre espeasarti tos e greni -
. .
tos. Esta idéia gsniri~a é entrâtanto algo du~idoea já que certos lemprÓ-
. ··-
f'iroe ocorram em larQa··-~scala · associedas · a pto~!ncias vulcS.,icas do tipa_
. .
oliv i na-basal tos. ;Por ·autr.o lado parte das lamprÓfiras ancontram aquiva-
lentes quÍmicos plotônico• (shornktnitoa ··. ~ teshenitos~ teralitos} e efus.!,_
voe (nefelina-basaltos, l eucita-basaltos, limburgitos). 1\lém do mais os
tfabalhoe experimant~~a revelaram grandes dificuldades na obtenção de ma~ •
mas lamprofÍricos, ricos em f~O, H 0; P o , s~ co e Ba, pelo fracionamA~
2 2 5 2
to de magmas graníticos a : sien!.ticos. Oepois destes estudos às hipÓteses
para a oril]em das lampr_Ófir.o~. '' t~rna~am-se nebulosas, sendo advogada a surf!_
posição de fenômeno_s de difenm ~: ~a9ão por assimilação, fraciona~1t:nto, f'u- ·
são seletiva, etc. A Única con.s tatàçio positiva reside na acentuada asso-
• I. '
97

ciaçio entre olivina basaltos e camptonitos sugerindo que estes se tenham


f-ormado a partir daqueles por fracionamento 1 pi·ocesso este cont"irrnado em
trabalho s nxperim~ntais.

9.7 - Pegmatitos

A grande heterogeneidade dos pegmatitos diric~lta a s~a definição.G~


ralmente sio rochas de g~anulaçio muit o vari~ugl compostos essencialmente
por q uart zo, biolita, m~croclina e plagiocl~ ai o s~di~o ~ ostentando como
t;~inera is acess~ r io.s comuns a turma lina, apa ti ta 1 titani ta, ·ma nu~ 1 Üi, nu~
rita 9 zircão. A sua composiQio é pcis granít ica se bem que não faltem o~
de eompoeiçio dior!tica a . mesmo gab~oica 1 porém o~~~ númaro é multo red~
zido. Inter crescimento gráfico entre microclina e qu~rtzo , be~ como eetr~
turas miarol~ticas, sio feiçÕes comuns de pegmatitoso Os máficos dos peg-
ma ti tos são hidra~ados ç mica noe tipos mais ác!doa s hcrnblénde noe ma is ~Í
sicos. Esta cara~terfstica aliada ao, via de reqra, grande tamanho . do•
cristais de pegmatitos, bem como e sua rLqueza em P,
.. r, Cl, s. B, etc. !~
gerem que as substâncias volát.eie tem um paP.,1 imp~~tanta na gênese doe
p8gma ti tos.
Sob o aspecto mineralÓgi'co distinguem-se dois tipos de pagmetitos:

1. Pagmatitos simples. Sio constituÍdos essencialmente por quartzo, biot!


ta e feldspatos alcalinos (microclina e/ou plagieolásio sÓdicas) . M in~
rais acessÓrios raros praticamente faltam.
2. Pegmati tos complexos. AlÓm dos mineraia easanciais exibem quantidades
variá·v eis de minerais raros tais como lépii'olita, eRpodufllênio, turmal.!_
na, top~zio, berilo, tantanita, columbite, ~zircio. uranita, apatita,a~
bligonite, etc. il~uns destes minerais podam constituir ~igantascos
cri~t ; is de v~rios metros ·(item 1 . 4o6~8)o

Os p~gmatitos simples ocorrem sob a forma de diques~ veios ~ bols6es


0\1 lentes nÇtrginando ou embutidos em .batÓlitos gtan!ticos é granodiorlti~

cos, ou constituindo freque~tea intercalações cm ~omplexos gnaissicoa-mi;


mat!ticos. Já os pegmatitos . co.~plexos estão principalm&ote eeaociedos a ~'
margens de bat6litos granfti~os a int~~sões sien!ticas. · Neste ~ltimo caso
os diques exibam particul~r riqueza em minerais reroso Ao que tudo indica
a ocorr~ncia de diq~es ~o~plexos est~ ligado a caraeta~!sticas regiona~s,
já que em certas áreas granÍ~icaa a sua ausência é total enqunto que em
outras regiões a sua presença é generalizada.
A origem ~os pegmatitos nos comple~os gnaisso-migmetiticos é variada.
~·adem formar ... se tanto por . mobilização seletiva durante o metamorfisr>:o an!.
texia (~egregação nú:~tamÓrficaL, quer pela infiltração de matP.rial granftl
co, por metassomatose por anatexia o~ pela combinaçio destes processos.
98

:) Uõ'lto aos pegmatitos associaqos a batÓlitos não perecef!l pairar dÚvidas


quanto a sua origem ligada a cristalização dp magmas residuai~ granÍticos
e sien!ticos. Estes magmas residuais sio enriquecidos em vol~teie tais co
mo água, fluor e fÓsforo, ao ledo de elementos raros tais como Hi, Be, M~
Th, B, Zr, Sn, Taj Uv etco que não conseguem participar da formação ' dos
minerais de fase principal da cristalização, . devido a suas característi-
cas anômalas (raio iÔnico, valência, eletroneqatividade). ·
Como ficou exposto no item- 4.5.6.l' a cri.stali:tação de um magma gran_!.
. ·•
tico pode ser subdividido em 4 estágios~ interessado à gênese dos pegmatl
toe os três Últimos. ou seja o estágio pegmat!tico, pneumatolftico a hi-
drotermalo Em cada um destes estágios cristalizem minerais distintos, con
forme o esquema abaixo:

Estágio pegmatítico~ quartzo, biotita~ mi,toclinav muscovita, plaQioclá-


sio sÓdicoo

Estágio pneumatol!-
tico~ albita {substitui a microclina e o plagioclásio só-
dico).

Estágio hidrotermal~ adularia e zeolitas ~ubst~tu~ndo a albita) caolim


{alteração de musaovitaj.

Asiim como existe uma sequ~ncia definida na cristalizaçio e na alte-


ração dos minerais pegmat!ticos e~senciaie durante os est;;IJios sucessiv os
da cristalizaç~o de um magma residual p também os minerais acessÓrios de e
lamentos :raros exibem sequincia de a~sociaçio definida e tabulada abaixo :

L Estágio pegmat!tico:
a) a la nite, monazi'ta~ Th 9 Y
b) tantalita 9 columbita, uranita i Ta 9 Nb r Ti 5 U, Y.
2o Es tá gio pneumatol!tico ~
a } turmalina: e, fo
b ) berilo, topázio~ B,f .
c) lepidolita~ ~i

d) fosfatos de Li e Mn a de Fe a Hi r P, Hi,. !'ln, F o


3o Estágio hidrotermal:
a) criolíta : Al, f
b) fluocarbonos de Ca, Mg, fe~ Mn
c) sul fetos de Fe 9 Cu 9 Zno

Cada pe gmatito consiste"pbis basica~ente, de u~a massa de microclina


quartzo, plagioclr.Ísio sÓtH.c6·~ biotito e/ou rnuscovita for m.~ da n~::· fasn peg..:-
~at!tica, enriquecida (pagmatitos co~plexos ) ou nio (pe g ~n t itos simples)
em uma ou mais associações das aci111a enumnrades.

r•, O I
7'
. ..i•
.
-.~ .,......_....-~ ··"Y- ~--- .... .. - ..
--~ ... ~ ;---...-:... ..
"IJ..... . : . -.

'-

Variação da con1posição dos piro)~ê n ios f- iguro 37


duro:~ te a cristalização .de basalto::

. Cá·s·i !""ô { Wol.) 1

Co Mg Si2 .06 I . :.. - . . .\ C_o Fe Si2 O6


(Oiop.) f . \ (Hed.)

~. .,../~- !J'-

,--C~---?
__,
( Enst) ~g ~n 03 Fe Si 03 ( fer. )

A .. ,.., ,_. ;:· u··


...... ·-· ~·' ~

e: h!perstênio
l
C : pigeonita ,I,., ~ ...

' ~-- .. -- ~-......_...., -4 ,_.,. ________ · ·~-,... . .- -:. . --.--4·------ -


~
-::e:o
> o n o
.., >
- -o<t>..,
::0

-
a'
- - -.... ---~~~ $ sr.
I . I o
l o C1)
I
·~
-----
I I
-----.....:.---{-
I I·

)>
~
-
c
.(')

:n
co

a I
I
I I
I
I
I
--
..,o 01

o "''
o

-:Jo
~ ----
\ ~ I c..,
\ o
\ -·
o .' ct>
"O
\ (/)
ct>
:r:
\: \ o a; (/)

-8-·
'6' -----~~_\ '" o -:o
Ct) w . . b;:> 'O
CiJ
.....
(.1)
õ.:
õ'
I
..,-
·O

-.
õ'

õ' ::: ~
"'O o.
<O o
(:ri
,...... (_f)
<t> >
,.s: :J
õ'
(i) '
~
Q

::; 3o
c ~

::X:
.,
;.-

'2'
..,cn
tá'
c
a -g·
Ct))

w
c.o

\,.\.
. ·'
'I 11•
11 "'

r-=--==-----..!ll'llllo.,.,..Cl •s:: ,, ---•::s.lf'"' .:e;:s:- ~~4.&. · ..-=:- _ _ ,.

Composição normativa de aproximadamente


Figuro 40
1200 rochc s graníticas

~-14•'
~- /0 .·Quartzo
:::::::: = 53 01/0
. ... lllililll)·......
.......
.+ IIIIIIIIII =73 o,. '
~

+ ~=86°/o
"
..

...........
I / -...... I ...... ,
~_.,.. I '-,,
----------~---------------
Albito 50 F. Pui óssico

,• ..........__,_ ,.,_.,. ,.,.~- ~ . .....~~·· m4'*'


~r/
zme ..
, ~,..,.....~, .:a.~-Y\--..» ~-~~~~
1.')
o
o
;, c::
o
:;(

~
(f)
o I
I
.c. o
~~ I
<.>

~ - <Ji
-"
o
~
:.ç;
r •

(1)
""O
..
·-
..__
(\.I
......~

..o_
(f)
·o
o
0..:;:;
(/)

o - ~
C/)

-"'
~
:::J ':J (./) u.
L cr / ~
o
~
I
CJ) C./)
o
' ·c:
·- ·~
~ ·-.Q.
(f)
Cf)
o E oc o
~
(.)

·-Lca. ,Ç
o
(/) .._
:::::
(6)
tfl
o o
.,,_
s
t= o
· fA
.~
-
__.
o(.)
2!
Cill
~
I • ·-l-=1 ~
o
~

- I I
C/) ~~ F4
o o
• i
• .i ... ) 1\ ) '· • f} i
11

....-xon- ::.'T.::.··.~.;:--, :ç-· .


---~-_,_..

O sistema: Quartzo..:.Albito-Ortoctásio-H20
M=m[nimo sobre c linho co\é'l.ica E1- E2

. P~O::: 2 Kb
'

Quartzo
1130•c
~

845°C
Albíto F. ·Potássico
~.I'
Corte através do sistema
Quartzo - Ortoclásio- Albita -Anortita -f--1:20
----=Linho cotético com ponto mínrmo do sistema:Q~Ab-Or
E =Eute"tico
Ab/An:3,8
P~O :2J<b
~
~

Quartzo An

M
Ab. . Or

. Plogioclásio Feldspato Situacõo do corte no


Potassico sistema Q- Ab -An-Or

-Plog. Or v~
- ·· - - - r~---...a::;.o:...~-·. ............,... •g===pc ·~--=:.::~-:;;--;

'- ... .

'~- • .8 :..._iL '! '2\ - .h ~- .


lcC

\~ i
oN
-'·
l
:r:
o
I

'ii)
ç
.::
·-
,c
E_ .D
t-
I
'O
õ o ...
~

~ o #j

c ..
I
~
L. ()
o I
Q.
}
11

I
~
o
~
.D
X Q.

t
<(
l
o
I - N
L.
o
~'

I =-·
G
o
E
.....(j,)
.Cl)
~ o
~

-· o
'p._
a

Você também pode gostar