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Engenharia Florestal

Rochas Sedimenatares
Em volume, na crosta terrestre, os sedimentos e rochas sedimentares perfazem
apenas 5%. Entretanto, a área de exposição dessas rochas abrange, cerca de, 75%
da superfície terrestre e 90% dos leitos marinhos. Assim, 80 a 90% da superfície do
planeta são cobertos por sedimentos e rochas sedimentares.

Apesar do relativo pequeno volume das rochas sedimentares, com relação as ígneas
e
metamórficas, parte delas contém o registro da maioria dos eventos importantes na
história da Terra.

Essas rochas podem nos informar sobre os grandes eventos ocorridos ao longo do
tempo geológico, bem como, sobre a evolução da vida no planeta por meio do seu
conteúdo fossilífero.

Essas rochas são conhecidas em Geologia de Engenharia como rochas brandas,


pois, em geral, apresentam baixas resistências mecânicas e, muitas vezes, são
friáveis devido a menor coesão entre os minerais constituintes.

Objetivos
- Compreender os processos envolvidos na formação das rochas sedimentares;
- Identificar os principais ambientes de sedimentação, e suas características;
- Reconhecer e identificar as principais rochas sedimentares.
1) Os principais tipos de intemperismo são a desintegração mecânica (intemperismo
físico) e a decomposição química (intemperismo químico).

2) As principais reações do intemperismo químico são a oxidação, dissolução e hidrólise. Os


produtos do intemperismo são os solos, através dos processos pedogenéticos, e a
formação das rochas sedimentares, através da diagênese.

3) A ação do gelo é muito importante para o intemperismo mecânico/físico.

4) A presença de juntas ou fraturas nas rochas facilitam o intemperismo, pois permitem


que a água e os gases da atmosfera ataquem a rocha até uma determinada
profundidade, pois, aumentam a superfície de contato da rocha com os agentes
químicos.

5) A variação climática influência o tipo e a taxa/velocidade de intemperismo. Os


principais fatores climáticos que controlam o intemperismo e são a precipitação e a
temperatura.

6) As rochas sedimentares são formadas na superfície pelos sistemas hidrológicos. A


origem dessas rochas envolve o intemperismo de rochas preexistentes, transporte de
material para longe do sítio de formação e deposição do material erodido em um
ambiente sedimentar.
7) Os dois principais tipos de rochas sedimentares são:

(a)Rochas Clásticas, que consistem nos fragmentos de rochas e minerais, e

(b)Rochas Químicas e Orgânicas ou Bioquímicas, que consistem nos precipitados


químicos ou materiais orgânicos. Os principais ambientes sedimentares são:
continentais, transicionais e marinhos.

8) A estrutura sedimentar mais significativa é a estratificação, a qual resulta de


mudanças na erosão, transporte e deposição durante o tempo em que a rocha é
formada.
Intemperismo: decomposição e desagregação das rochas

O intemperismo é o conjunto de processos químicos, físicos e/ou biológicos que,


combinados ou isoladamente, causam a decomposição e a desagregação das rochas junto
à superfície da crosta terrestre.

O intemperismo causa, através de mecanismos físicos e químicos, com ou sem


participação de agentes biológicos, modificações na textura, na estrutura e na composição
química e mineralógica da rocha original. Observe a Figura D.1, que representa uma
analogia entre o processo de intemperização e o da filtragem do café em pó.

Figura D.1: Analogia entre o processo de


filtragem do café e o intemperismo de
materiais na natureza. Fonte: PRESS; SIEVER;
GROTZINGER; JORDAN (2004).
Os sedimentos, produtos do intemperismo, originam as rochas sedimentares, através da
diagênese, e os solos, através dos processos pedogenéticos. As rochas sedimentares
serão
abordadas nessa unidade e os solos na Unidade H.
Tipos de intemperismo
São três os tipos de intemperismo: físico, químico e biológico, sendo que o intemperismo
biológico combina efeitos dos dois primeiros. As principais características de cada tipo de
intemperismo são descritos a seguir e encontram-se, resumidamente, no Quadro 1.

QUADRO D.1- Processos de intemperismo. Fonte: SGARBI (2007).


I) Intemperismo Físico:
No intemperismo físico prevalece a ação das variações de temperatura na superfície
terrestre, o que ocasiona dilatações e contrações nas rochas. Todavia não há uma
alteração nas estruturas químicas e mineralógicas dos materiais intemperizados.

Os processos físicos mais importantes são:


a) variação de temperatura: a variação diária e sazonal de temperatura provoca a
termoclastia. (Termoclastia: fenômeno de meteorização que gera a fragmentação da
rocha devido a variação diária e sazonal de temperatura).

b) alívio de pressão: alívio do peso das rochas que são erodidas, provocando um
diaclasamento mais ou menos horizontal. Este processo pode ser observado na
Figura D.2.
c) crescimento dos cristais: por efeito das alternâncias de temperatura ocorre um
crescimento
de cristais nas fendas e nos poros das rochas, conforme pode ser visto na Figura D.3 (a).

d) ação das raízes das plantas: ação mecânica contínua de raízes e caules, provocando
rompimento de partes dos maciços, conforme exemplifica a Figura D.3 (b).

e) hidratação dos minerais: Aumento interno físico de certos minerais que constituem as
rochas.
Figura D.2: Formação das juntas de
alívio em conseqüência da expansão
do corpo rochoso sujeito a alívio de
pressão pela erosão do material
sobreposto.

Estas descontinuidades servem de


caminhos para a percolação das águas
que promovem a alteração química.

Fonte: TEIXEIRA; TOLEDO; FAIRCHILD;


TAIOLI (2000).
Figura D.3: (a) Crescimento de cristais. A água líquida ocupa as fissuras da rocha (a), que posteriormente congelada,
expande e exerce pressão nas paredes (b). Fonte: TEIXEIRA; TOLEDO; FAIRCHILD; TAIOLI (2000).
II) intemperismo Químico:
O intemperismo químico é o conjunto de reações que levam à modificação da estrutura dos
minerais que compõem a rocha. Na natureza, é praticamente impossível separar o
intemperismo físico do químico, já que ocorrem quase simultaneamente.

O intemperismo químico, entretanto, torna-se mais acelerado na medida em que o


intemperismo físico avança devido ao aumento de área superficial específica dos minerais,
conforme a Figura D.4.

As principais reações químicas associadas ao intemperismo são:


Hidratação, Dissolução, Hidrólise e Oxidação.

Figura D.4: A fragmentação de um bloco de


rocha é acompanhada por um aumento
significativo da superfície exposta à ação d o
s a g e n t e s intempéricos.
Fonte: TEIXEIRA;TOLEDO; FAIRCHILD; TAIOLI
(2000).
Fatores que controlam o Intemperismo

Várias características do ambiente, em que se processa o intemperismo, influem


diretamente nas reações de alteração.

Esses fatores estão ligados ao tipo de material a ser intemperizado, ao clima, a topografia,
elementos biológicos e tempo de exposição.

a) material parental: rochas e minerais com textura, estruturas e naturezas diferenciadas


apresentam comportamentos diferenciados frente aos processos de intemperismo.

Por exemplo, um granito tem uma maior resistência ao intemperismo que um mármore,
devido aos seus constituintes e a sua estrutura.

Entre os minerais constituintes das rochas, alguns apresentam maior susceptibilidade ao


processo de alteração.

Essa relação de alteração esta presente na série de Goldich, conforme a Figura D.5.
Figura D.5:
Série de Goldich: ordem de
estabilidade frente ao
intemperismo dos minerais mais
comuns.
Comparação com a série de
cristalização magmática de
Bowen Fonte: TEIXEIRA; TOLEDO;
FAIRCHILD; TAIOLI (2000).

Observando a Figura D.5, se estabelece a relação inversamente proporcional entre o processo de


cristalização do magma mostrado pela série de Bowen e o processo de alteração da série de Goldich.
Assim, o Quartzo, que é o último mineral na escala de cristalização (cristaliza-se em temperaturas
baixas, cerca de 500°C) é o mais resistente aos processo de alteração. Como conseqüência desse
comportamento diferenciado, os perfis de alteração são naturalmente mais ou menos ricos em
quartzo e, por conseguinte, empobrecidos ou desprovidos de Olivina.
b) Clima:
O clima é o fator que isoladamente, mais influencia no processo de alteração dos
minerais e rochas, tendo em vista que vai influenciar na velocidade e no tipo de
intemperismo local.

Os parâmetros climáticos mais importantes são as precipitações e a temperatura, pois


regulam a natureza e a velocidade das reações químicas que afetam os minerais e as
rochas no perfil de alteração.

Quanto maior a presença de água e a sua renovação (chuvas), mais completas serão as
reações químicas.

A temperatura desempenha papel duplo.

Condicionando a ação da água e acelerando as reações químicas, conforme pode ser


visto na Figura D.6.
Figura D.6: O intemperismo físico predomina nas áreas onde a temperatura e pluviosidade são baixas.
Ao contrário, temperatura e pluviosidade mais altas favorecem o intemperismo químico.
Fonte: TEIXEIRA; TOLEDO; FAIRCHILD; TAIOLI (2000).
Observando a Figura D.7 que correlaciona a temperatura e a intensidade dos
processos de alteração das rochas, podemos notar que os processo de intemperismo
químico são mais intensos nas regiões tropicais enquanto que nas zonas mais frias há
uma proeminência dos processos físicos de intemperização.

Figura D.7: O tipo e a


intensidade do intemperismo
podem ser relacionados com a
temperatura, pluviosidade e
vegetação.

O intemperismo químico é
mais pronunciado nos
trópicos.

Nas regiões polares e nos


desertos, o intemperismo é
mínimo.
Fonte: TEIXEIRA; TOLEDO;
FAIRCHILD; TAIOLI (2000).
c) Topografia:
Este fator regula a velocidade com que ocorre a infiltração de água nos perfis de
alteração.

As reações químicas ocorrem com mais intensidade em zonas com topografia mais
aplainadas, onde a uma boa infiltração de água nos perfis, carregando consigo
componentes intemperizados, conforme a Figura D.8.

Figura D.8: Influência topográfica na


intensidade do intemperismo Setor A: Boa
infiltração e boa drenagem favorecem o
intemperismo químico.

Setor B: Boa infiltração na drenagem


desfavorecem o intemperismo químico.

Setor C: Má infiltração e má drenagem


desfavorecem o intemperismo químico e
favorecem a erosão. Fonte: TEIXEIRA; TOLEDO;
FAIRCHILD; TAIOLI (2000).
d) Elementos biológicos:
a matéria orgânica morta no solo decompõe-se, liberando CO2, que em uma
determinada concentração irá afetar o pH das águas que infiltram, tornando-as mais
reagentes com alumínio, acelerando, assim, o processo de alteração de alguns minerais
como, por exemplo, o feldspato.

Os ácidos orgânicos, derivados do processo de apodrecimento das plantas e animais,


são
agentes poderosos de extração de íons de Fe e Al dos silicatos.

Como exemplo desses efeitos, citamos os liquens que secretam substâncias que
corroem rapidamente as superfícies rochosas, expondo-as a outros agentes
intempéricos.

e) Tempo:
é o tempo necessário para que uma rocha se intemperize.

Depende de outros fatores que controlam o intemperismo como susceptibilidade dos


constituintes, minerais e clima, ou seja, em condições de clima pouco agressivas (regiões
mais frias, com pouca pluviosidade) será necessário um tempo muito maior de
exposição dos materiais para que ocorra o surgimento de um perfil de alteração, do que
em regiões com climas quentes e pluviosidade abundante.
Rochas sedimentares
As rochas sedimentares correspondem aquelas formadas por acumulação sucessiva de
partículas ou sedimentos nas depressões naturais, oceânicas ou continentais.

Podem, também, ser formadas por precipitação química de substâncias, nessas


mesmas bacias. Esse grupo de rochas se caracteriza pelo alinhamento de partículas em
camadas horizontais ou subhorizontais, ou seja, apresentam estratos ou camadas
superpostas e apresentam, em sua constituição, desde minerais até fragmentos de
rochas.

Para a formação de uma rocha sedimentar, através dos processos do ciclo sedimentar,
são necessárias as seguintes condições:
Pré-existências de rochas;

Presença de agentes que desagreguem ou desintegrem as rochas;

Presença de agentes transportadores dos sedimentos;

Deposição deste material em uma bacia de acumulação continental ou marinha;

Consolidação desses sedimentos;

Diagênese: transformação dos sedimentos em rochas (Bacias sedimentares).


O ciclo sedimentar engloba os diferentes estágios e processos envolvidos na formação
das rochas sedimentares.

Parte das rochas sedimentares é formada a partir da compactação e/ou cimentação de


fragmentos produzidos pela ação dos agentes do intemperismo, sobre uma rocha
preexistente.

Esses fragmentos são transportados pela ação dos ventos, das águas que escoam pela
superfície, ou pelo gelo, do ponto de origem até o ponto de deposição.

Para que se forme uma rocha sedimentar é necessário, portanto, que exista uma rocha
anterior, que pode ser ígnea, metamórfica ou mesmo outra sedimentar, que fornecerá
pelo intemperismo, sedimentos (partículas e/ou compostos químicos dissolvidos) os
quais serão as matérias-primas usadas na formação da futura rocha sedimentar.

Os sedimentos, precursores das rochas sedimentares, são encontrados na superfície


terrestre como camadas compostas de partículas soltas, como areia, silte e conchas de
organismos, as quais se formam na superfície à medida que as rochas, através da ação
do intemperismo, vão sendo alteradas e erodidas.
O intemperismo corresponde a todos os processos físicos e químicos que desintegram e
decompõem as rochas em vários tamanhos. Assim, ocasiona a alteração das rochas
próximas à superfície terrestre em produtos que estão mais em equilíbrio com as novas
condições físicoquímicas, diferentes das que deram origem a essas rochas.

As partículas oriundas do intemperismo são, então, transportadas pela erosão, que


corresponde ao conjunto de processos que desprendem o solo e as rochas transportanto-
os
para locais onde são depositados, quando a energia exaure, em camadas de sedimentos.

Sedimentos Clásticos: correspondente às partículas depositadas fisicamente, como os


grãos de quartzo e feldspato. Esses sedimentos são depositados pela água corrente, pelo
vento e pelo gelo e formam camadas de areia, silte e cascalho.

Sedimentos Químicos e Bioquímicos: substâncias novas que se formam por precipitação


de substâncias químicas. Exemplo: calcita e halita.
Os agentes transportadores englobam a ação da gravidade, a água, o vento e o gelo, os
quais desempenham papel importante na segregação dos sedimentos. Os solutos que
correspondem à fração solúvel em água são por este meio carregado. Já, as partículas
sólidas, que podem variar em dimensão de matacões a partículas argilosas coloidais, vão
ser segregadas nos diferentes meios de transporte, de acordo com a capacidade para
carregar partículas de diferentes tamanhos ou competência desses meios.
A gravidade e o gelo são competentes para transportar todos os tipos de produtos do
intemperismo, de solutos a partículas residuais de diferentes diâmetros.

Entretanto, eles são agentes ineficientes para segregação dos sedimentos, sendo, seus
produtos, desse modo, geralmente pouco selecionados, contendo de matacões a seixos,
areias e argilas.

Já a água, é um agente muito eficiente para carrear solutos, embora sua atuação no
transporte de resíduos seja menos efetiva.

O vento é o agente que melhor seleciona os sedimentos durante o transporte.

Dessa forma, a maior capacidade de transporte de partículas de diferentes tamanhos


parece estar ligada a meios mais viscosos (gravidade e gelo) enquanto o maior poder de
seleção pertence a agentes menos viscosos, como o vento e a água corrente.

Isso nos mostra que os diferentes agentes de transporte fracionam os resíduos de


maneiras diferentes, fazendo com que os depósitos sedimentares, conforme os meios
de transporte e deposição, passem a apresentar maior predominância de seixos, de
areias, de siltes ou argilas.
Depois que os sedimentos são depositados e soterrados, eles estão sujeitos a diagênese,
que corresponde às várias mudanças físicas e químicas pelas quais os sedimentos
soterrados se transformam em rochas.

A litificação corresponde ao processo que converte os sedimentos em rocha sólida, e


resulta tanto pela cimentação como pela compactação, conforme a Figura D.9.

Por compactação: quando os grãos são compactados pelo peso do sedimento


sobreposto, formando uma camada mais densa que a original.

A compactação é a principal mudança da diagênese física e representa um decréscimo no


volume e porosidade dos sedimentos.

Ocorre preferencialmente nos sedimentos mais finos como silte e argila.

OBS.: porosidade é o volume de vazios (poros) existentes nas rochas e sedimentos não
consolidados.
Por cimentação:

quando minerais precipitam-se ao redor das partículas depositadas e agregam-nas umas


as outras.

É a principal mudança da diagênese química.

Os sedimentos são compactados e cimentados depois de serem soterrados sob mais


camadas de sedimentos.

Dessa maneira, o arenito é formado por litificação de partículas de areia e o calcário, pela
litificação de conchas e de outras partículas de carbonato de cálcio.

Dessa forma, uma série de processos, que compõem o ciclo sedimentar, estão envolvidos
na formação de uma rocha sedimentar.

O ciclo sedimentar pode ser resumido, conforme mostra a Figura D.10.


Figura D.9: Os processos diagenéticos
tendem a transformar sedimentos
moles e inconsolidados, em rochas
sedimentares duras e litificadas. Fonte:
PRESS; SIEVER; GROTZINGER; JORDAN
(2004).
Figura D.10: Do intemperismo às rochas sedimentares: ciclo sedimentar.
Ambientes de sedimentação

Os locais onde os sedimentos são depositados, e posteriormente litificados,


correspondem aos ambientes de sedimentação, os quais representam um lugar
geográfico caracterizado por uma combinação particular de processos geológicos e
condições ambientais.

As condições ambientais incluem o tipo e a quantidade de água, o relevo e a


atividade biológica.
Já, os processos geológicos incluem as correntes que transportam e depositam os
sedimentos (água, vento e gelo), o posicionamento na placa tectônica que pode
afetar a sedimentação e o soterramento dos sedimentos e a atividade vulcânica.

A combinação dos fatores citados acima permite a distinção dos seguintes ambientes
de sedimentação, conforme a Figura D.11: continentais, transicionais e marinhos, os
quais apresentam características físicas, químicas e biológicas, bem como produtos
sedimentares típicos.
Os ambientes de deposição clásticos, comumente chamados de terrígenos, para indicar
sua origem continental, são os fluviais, eólicos, lacustres e glaciais, bem como os
ambientes transicionais, entre os continentais e oceânicos.

Englobam, também, os ambientes oceânicos da plataforma continental, da margem


continental e do assoalho oceânico profundo, onde as areias e lamas são depositadas.

Os ambientes de sedimentação químicos e bioquímicos são aqueles caracterizados


principalmente pela precipitação química e bioquímica, sendo os ambientes
carbonáticos, locais marinhos onde o carbonato de cálcio é o principal sedimento, os
mais abundantes.

Figura D.11: Ambientes sedimentares.


Fonte: PRESS; SIEVER; GROTZINGER; JORDAN
(2004).
Classificação das rochas sedimentares
As rochas sedimentares podem ser classificadas em clásticas e não-clásticas, a partir do
tipo de sedimento.

As rochas sedimentares clásticas são formadas pela acumulação e, posterior, diagenêse de


sedimentos derivados da segregação e decomposição de rochas na superfície terrestre.
Nas rochas sedimentares clásticas, o principal elemento descritivo é o tamanho (diâmetro)
dos grãos, segundo intervalos de classes granulométricos, evidenciando a intensidade da
corrente na sedimentação.

A classificação das rochas sedimentares e dos sedimentos clásticos é apresentada no


Quadro D.2.

Em relação aos sedimentos não-clásticos, estes são divididos em químicos e bioquímicos,


conforme pode ser visualizado no Quadro D.3, enfatizando a importância dos organismos
como os principais mediadores desse tipo de sedimentação.

Esses sedimentos originam-se a partir dos íons dissolvidos na água durante o intemperismo
químico, os quais são transportados em soluções para os oceanos onde se misturam com a
água do mar.

O mineral mais abundantes nos sedimentos precipitados química ou bioquimicamente é a


calcita, um carbonato, principal constituinte do calcário.
Quadro D.2: Principais classes de rochas sedimentares e sedimentos clásticos.
Fonte: Adaptado. PRESS; SIEVER; GROTZINGER; JORDAN (2004).
Quadro D.3: Principais classes de rochas sedimentares não-clásticas.
Fonte: PRESS; SIEVER; GROTZINGER; JORDAN. (2004)
Principais rochas sedimentares:

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