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Fernanda Andrade Dutra

METAMORFISMO, Mestrado em Tecnologia,


INTEMPERISMO E Ambiente e Sociedade
EROSÃO UFVJM
SUMÁRIO

 METAMORFISMO;
 INTEMPERISMO;
 TIPOS DE INTEMPERISMO;
 EROSÃO;
 TIPOS DE EROSÃO.
METAMORFISMO

• Dezenas de quilômetros abaixo da superfície, as temperaturas e as pressões são altas o


suficiente para causar reações químicas e recristalização capazes de metamorfosear uma
rocha, mas não o bastante para derrete-las.
• Aumentos de calor e pressão e mudanças no ambiente químico podem alterar a
composição mineral e as texturas cristalinas das rochas sedimentares e ígneas, embora elas
permaneçam solidas o tempo todo.
• O resultado é a terceira maior classe de rochas: as rochas metamórficas, as quais sofreram
mudanças na mineralogia, na textura, na composição química ou em todos esses três
parâmetros.
METAMORFISMO

• O calor e a pressão internos da Terra e a composição dos fluidos são os três principais
fatores que controlam o metamorfismo.

• Temperatura
Quando a rocha é movida da superfície para o interior da Terra, onde as temperaturas são
mais altas, ela ajusta-se à nova temperatura.
Seus átomos e íons recristalizam-se, ligando-se em novos arranjos e criando novas
assembleias minerais. Muitos dos novos cristais vão ficar maiores do que eram na rocha
original.
METAMORFISMO

• Pressão
Os minerais em uma rocha podem ser
comprimidos, alongados ou rotados para

(GROTZINGER, JORDAN; 2013)


alinhar-se em uma direção particular,
dependendo do tipo de tensão aplicado às
rochas.
Os minerais em uma rocha podem ser
comprimidos, alongados ou rotados para
alinhar-se em uma direção particular,
dependendo do tipo de tensão aplicado às
rochas. Bandamento e a deformação em dobras característicos das
rochas sedimentares meramorfizadas.
METAMORFISMO

• Fluidos
Os processos metamórficos podem alterar a mineralogia da rocha, introduzindo ou
removendo componentes químicos que se dissolvem na água aquecida.
Os processos metamórficos podem alterar a mineralogia da rocha, introduzindo ou
removendo componentes químicos que se dissolvem na água aquecida porque transportam
dióxido de carbono dissolvido, como também substancias químicas como sódio, potássio,
sílica, cobre e zinco, que são solúveis em agua quente sob pressão.
Quando as soluções hidrotermais percolam até as partes rasas da crosta, elas reagem com
as rochas nas quais penetram, mudando sua composição química e mineralógica e algumas
vezes substituindo completamente um mineral pelo outro, sem mudar a textura da rocha.
INTEMPERISMO
• O intemperismo é um dos principais processos do ciclo das rochas. Ele modela a
topografia da superfície terrestre e altera os materiais rochosos, convertendo todos
os tipos de rochas em sedimentos e formando solos.
• São 4 fatores que controlam o intemperismo: as propriedades da rocha-mãe, o
clima, a presença ou ausência de solo e o tempo de exposição das rochas à
atmosfera.
• Há dois tipo de intemperismo: O Físico e o Químico.
• Porém, alguns autores trazem o Intemperismo Biológico, onde a ação de seres
vivos modifica a composição e a estrutura química das rochas.
Intemperismo

(DAIBERT, SANTOS; 2014)


INTEMPERISMO
• Propriedades da rocha-matriz
A mineralogia e a estrutura cristalina da rocha-matriz afetam o intemperismo porque os minerais
alteram-se com taxas diferentes e a estrutura cristalina das rochas influencia sua suscetibilidade de
fraturar-se e fragmentar- -se.

• Clima: Chuva e Temperatura


As taxas de intemperismo químico e físico não variam apenas de acordo com as propriedades da
rocha-matriz, mas também com o clima – sobretudo a temperatura e o volume de chuva – onde a
rocha-matriz está localizada.
Altas temperaturas e chuvas intensas promovem o intemperismo químico mais rápido; o frio e a
aridez desaceleram esse processo. Em climas frios, a água não pode dissolver os minerais porque está
congelada. Em climas áridos, ela está relativamente ausente.
INTEMPERISMO
• Presença ou ausência de solo
A produção do solo é́ um processo de retroalimentação positiva – isto é, o produto do processo
impulsiona o próprio processo. Uma vez iniciada a formação do solo, ele funciona como um agente
geológico que acelera a alteração da rocha. O solo retém a agua da chuva e hospeda diversos
vegetais, bactérias e outros organismos. O metabolismo desses organismos gera um ambiente
acido, que, juntamente com a umidade, promove o intemperismo químico. Raízes de plantas e
cavidades feitas por organismos no solo promovem o intemperismo físico, pois ajudam a criar
fraturas na rocha. O intemperismo químico e físico, por sua vez, leva à formação de mais solo

• Tempo de exposição
Quanto maior o tempo de alteração de uma rocha, maior sua decomposição química, mais forte
sua dissolução e mais intensa sua desagregação física.
INTEMPERISMO FÍSICO
(GROTZINGER, JORDAN; 2013)

• Ocorre quando a rocha sólida é fragmentada por


processos mecânicos, como congelamento e
derretimento ou acunhamento por raízes de
árvores, os quais não alteram sua composição
química;

• Os escombros de rochas fragmentadas vistos


com frequência no topo de montanhas e colinas
Raízes de plantas contribuem para o intemperismo físico ao é basicamente resultado do intemperismo físico.
penetrarem em fraturas e causando acunhamento das rochas.
INTEMPERISMO
QUÍMICO
• As rochas alteram-se quimicamente quando seus
constituintes minerais reagem com o ar e a água.

• Nessas reações químicas, alguns minerais dissolvem-se.


Outros se combinam com a água e alguns componentes
da atmosfera, como o oxigênio e o gás carbônico.

• As reações químicas que compreendem a decomposição


dos minerais primários das rochas são: oxidação,
Fotomicrografia, obtida por microscópio eletrônico de hidratação, dissolução, hidrolise e acido lise.
varredura, de um feldspato marcado e corroído pelo
intemperismo químico no solo
INTEMPERISMO
QUÍMICO

• Oxidação: significa perder elétrons, ou, ainda, aumento da


reatividade, não necessariamente em presença de oxigênio
(quando um elemento perde elétrons, o seu estado de oxidação
aumenta). Essa reação destrói a estrutura cristalina do mineral;
• Hidratação: é a incorporação de agua à estrutura do mineral,
formando um novo mineral;
• Dissolução: em química, é o ato de misturar um soluto em um
solvente. A água é o solvente universal para solutos polares,
entretanto, no intemperismo químico, um exemplo é a mistura
até que o mineral seja completamente dissolvido por ácidos;
Fotomicrografia, obtida por microscópio eletrônico de • Hidrolise: é uma reação de quebra de ligação química de uma
varredura, de um feldspato marcado e corroído pelo molécula com a adição de uma molécula de água.
intemperismo químico no solo
EROSÃO

Falésias no Litoral
EROSÃO

• Após a rocha se fragmentar pela ação de processos intempéricos (de desintegração e


decomposição), seus fragmentos estarão suscetíveis ao transporte pela EROSÃO.
• EROSÃO “É um conjunto de processos que desagregam e transportam solo e rochas
morro abaixo ou na direção do vento.
• Esses processos transportam o material alterado da superfície da Terra de um local e
depositam-no em outro lugar.
• Como a erosão move o material sólido alterado, novas porções de rocha fresca e
inalterada vão sendo expostas ao intemperismo.”
CAUSAS NATURAIS

• Destacam-se entre as principais causas físicas: a água, o vento, as mudanças de


temperatura, os vulcões e o sol, e, entre as causas químicas: as reações entre
elementos minerais e orgânicos que compõem os solos.

ÁGUA:
Entre as causas físicas, a agua é a principal causa da erosão. Ela pode
agir silenciosamente, carregando as partículas do solo pouco a pouco,
formando sulcos na superfície, por exemplo, ou ruidosamente,
penetrando nos solos e fazendo pesar a camada superficial,
promovendo o deslizamento de grandes quantidades de maciços
Deslizamento de maciço

(DAIBERT, SANTOS; 2014)


Erosão Fluvial

(DAIBERT, SANTOS; 2014)


CAUSAS NATURAIS

VENTO:
O vento também é um importante
agente na formação de erosões, que ficam
conhecidas como erosões eólicas e que, tal

(DAIBERT, SANTOS; 2014)


como as erosões pela água, formam
grandes cânions.
Normalmente são terrenos formados
por arenitos, material esse mais
“desgastável” pelo vento, permitindo que
este carreie suas partículas, moldando
desenhos.
Cânion formado por erosão eólica
CAUSAS NATURAIS

VULCÕES:
Ao entrar em erupção, o vulcão carreia
grande quantidade de solo e rochas, alterando a
estrutura da superfície, além de alterar também

(DAIBERT, SANTOS; 2014)


sua estrutura química, com a composição da
lava, que também provoca erosões.

SOL:
Contribui para as causas de erosões naturais na
medida em que seu trabalho de aquecimento
modifica a estrutura dos maciços.
Vista da lava extinta na mancha escura
CAUSAS ARTIFICIAIS

A atuação do homem tem grande


participação.
Essa participação ocorre das mais
variadas formas: desmatamento,

(DAIBERT, SANTOS; 2014)


mineração, estradas, hidrelétricas,
agricultura, aterros sanitários,
construções em áreas não edificantes,
entre varias outras ações.

Escavação de pedreira para uso em construção


CAUSAS ARTIFICIAIS

Trecho de estrada construído sem preocupação com Desmatamento com retirada da cobertura vegetal
a estabilidade do aterro (DAIBERT, SANTOS; 2014)
INTEMPERISMO X EROSÃO

• “O intemperismo e a erosão são processos interativos e muito relacionados.


• O intemperismo físico (ou mecânico) e a erosão estão estreitamente vinculados
no modo como o VENTO, a ÁGUA e o GELO trabalham para transportar o
material alterado.”
• A primeira etapa no processo de erosão são os movimentos de massa, que
transportam os fragmentam das rochas para as áreas mais rebaixadas, pela ação
do escoamento da água da chuva, por deslizamentos de terra, pela ação do vento
(carregam pequenas partículas) ou pela ação do gelo (podem transportar blocos
maiores
INTEMPERISMO X EROSÃO

• As mudanças de temperatura arrebentam as rochas, as CHUVAS, despedaçam e


dissolvem suas camadas superficiais, as enxurradas, levam seus fragmentos
depositando-os em outros locais.
• OS VENTOS, além de destruir as rochas, levam poeira e fragmentos menores de
rochas.
• AS GELEIRAS partem-se e partes pesando toneladas escorregam de lugares altos
carregando grandes quantidades de fragmentos de rochas para as regiões mais
baixas.
Fatores que influenciam o intemperismo e a erosão

(GROTZINGER, JORDAN; 2013)


Processos de superfície do ciclo das rochas

(GROTZINGER, JORDAN; 2013)


REFERÊNCIAS

• DOS DAIBERT, João D.; SANTOS, Palloma Ribeiro Cuba. Análise dos Solos - Formação,
Classificação e Conservação do Meio Ambiente. Editora Saraiva, 2014. 9788536521503.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536521503/. Acesso
em: 9 mai. 2022.
• GROTZINGER, John; JORDAN, Tom. Para entender a terra. [Digite o Local da Editora]: Grupo
A, 2013. 9788565837828. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565837828/. Acesso em: 9 mai.
2022.

(GROTZINGER, JORDAN; 2013)

(DAIBERT, SANTOS; 2014)

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