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Geologia

11ºano Sebenta

Carolina Jorge
Geologia
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INDICE

Carolina Jorge
Geologia
11ºano Sebenta

Geologia,
problemas e
materiais do
quotidiano

Carolina Jorge
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► Processos e materiais geológicos importantes em


ambientes terrestres

❖ Rochas sedimentares
As rochas são unidades estruturais da crusta e do manto que possuem características
próprias, sendo formadas, por um ou por vários minerais1.
Entre as propriedades físicas mais utilizadas na identificação de minerais destaca-se:

• Propriedades óticas – cor, risca e brilho;


• Propriedades mecânicas – dureza, clivagem e fratura;
• Densidade.

 Propriedades óticas
✓ Cor
Minerais idiocromáticos – Apresentam uma cor característica e própria que não varia.
Minerais alocromáticos – Não apresentam cor constante (ex. o quartzo pode ser
incolor, rosa, lilas…)
✓ Risca/traço
Quando se fricciona o mineral contra uma placa de porcelana ele é reduzido a pó que
produz a risca. Esta risca em sempre é igual à cor do mineral.
✓ Brilho/Lustre
Efeito produzido pela qualidade e intensidade de luz refletida numa superfície de fratura
recente do mineral.
- Brilho metálico (brilho semelhante a metais polidos);
- Brilho submetálico (menos intenso que o metálico);
- Brilho não metálico:
BRILHO NÃO METALICO
Sedoso ou acetinado Semelhante ao da seda
Vítreo Como o do vidro
Adamantino Intenso como o do diamante
Nacarado Semelhante ao das perolas
Resinoso Lembra o brilho da resina
Ceroso Como o da cera
Gorduroso Brilho de uma superfície engordurada

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Corpos sólidos com estrutura cristalina, naturais (na sua formação não há intervenção humana),
inorgânicos e com composição definida ou variável dentro de certos limites.

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 Propriedades Mecânicas
✓ Dureza
Resistência que o mineral oferece a ser riscado por outro mineral.
Para determinar a dureza de um mineral é utilizada a escala de Mohs.

o Se os minerais se riscam
mutuamente ou não se riscam, a
dureza desses minerais é igual.

o Um mineral de dureza superior risca


os termos abaixo da sua dureza, mas
não é riscado por ele.

✓ Clivagem
A tendência de um mineral partir segundo direções preferenciais.

✓ Fratura
Desagregação de fragmentos com superfícies irregulares, sem direção
privilegiada.

 Densidade
Traduz a massa por unidade de volume.
Normalmente utiliza-se a balança de Jolly

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Entre as propriedades químicas mais utilizadas na identificação de minerais destaca-se:

• Teste do sabor salgado;


• Efervescência.

 Formação de rochas sedimentares


A formação das rochas sedimentares ocorre à superfície da Terra em interação com
os outros biótopos.
Os processos que levam à sua formação decorrem após o afloramento das rochas
em profundidade.
A génese das rochas sedimentares implica duas etapas fundamentais:

• Sedimentogénese – consiste na formação de sedimentos;


• Diagénese – alteração desses sedimentos e formação da rocha.

❖ Sedimentogénese
Os sedimentos podem ter origem*:
TIPOS DE SEDIMENTOS

Sedimentos de origem Sedimentos de origem


Sedimentos detríticos
química biogénica
Fragmentos de dimensões
variadas, desde partículas de Resultam da precipitação
pequenas dimensões até de substancias que são Compostos por restos de
grandes blocos, resultantes da transportadas dissolvidas ser vivos.
alteração de rochas que na agua
afloram.

✓ Meteorização
Alteração física e química das rochas.
Os minerais primários vão experimentando alterações. As rochas são sendo
alteradas, desagregadas pelos agentes erosivos (água, vento, seres vivos…) e removidos
do local, ou seja, erosão.
Normalmente por tensões internas ou fenómenos de descompressão, existem
superfícies de fratura, diáclases.
As diaclases vão dividindo os maciços em enormes blocos, assim favorece a
alteração da rocha, poisos cantos tornam-se mais frágeis. Levando a que os minerais
percam a coesão e desagregam-se gradualmente convertendo-se em areia – arenização.
À medida que se verifica a arenização, os vértices dos blocos suavizam e tornam-
se redondos formando bolas amontoadas – caos de blocos.

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Meteorização Física – Provoca nas rochas uma desagregação em fragmentos de


dimensões cada vez menores. Esta fragmentação aumenta a superfície exposta aos
agentes de meteorização.
Exemplos:
Crioclastia – A agua que penetra nas diaclases pode congelar aumentando o
volume, exercendo pressão o que provoca alargamento das fissuras e a
desagregação da rocha.
Ação da agua e do vento – As aguas de escorrência deslocam o sedimento mais fino,
formando colunas que ficam desprotegidas por detritos maiores –
chaminés de fada – o vento, que transporta detritos que chocam com a
rocha, aceleram o desgaste.
Atividade biológica – As sementes, germinando em fendas das rochas, originam
plantas cujas raízes se instalam nessas fendas abrindo-as mais e
contribuindo par a separação dos blocos; alguns animais cavam galerias
nas rochas.
Esfoliação – Separação das rochas segundo superfícies planas ou curvas, que produz
diaclases paralelas à superfície que favorecem a separação dos blocos
Termoclastia – As variações de temperatura provocam dilatações e contrações dos
minerais.

Meteorização Quimica – certos minerais experimentam uma decomposição


química em que se transformam noutros mais estáveis. Verifica-se a remoção ou
introdução de elementos. Os principais agentes são a agua, oxigénio e dióxido de
carbono.
Exemplos:
Hidrolise – são reações de alteração química que envolvem água.
Na acidificação da agua o 𝐶𝑂2 atmosférico ou existente nos solos pode
reagir com a agua, formando acido carbónico, que se dissocia.

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Oxidação – perda ou ganho de eletrões por átomos ou iões da estrutura mineral.


Formam-se novos minerais.

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Carbonatação – as aguas acidificadas podem regair por exemplo com a calcite


formando produtos soluveis. Assim os calacarioos são alterados e
destruidos.
O calcario cotem silica e argila e como essas substancias não são soluveis
ficam no local formando depositos geralmente vermelhados – terra
rossa.

Os minerais não reagem da mesma maneira à meteorizaçao quimica:


Minerais da rocha-mãe Meteorizaçao química Produtos
Minerais estaveis

Quartzo
Moscovite Não se alteram Residuos dos minerais estaveis
Minerais de argila
Minerais instaveis

Feldspatos Removidos em soluçoes(ioes sodio,


Piroxenas potassio, hidrogenocarbonato)
Componentes soluveis
Anfibolas
Componentes insoluveis
Biotite Rsiduos de novos minerais de argila,
Carbonatos óxidos de ferro

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✓ Transporte
Os materiais resultantes da meteorização das rochas podem ficar acumulados no local
de origem, formando depósitos residuais, mas na maior parte dos casos são
transportados para outros locais.

Arredondamento – os detritos ao longo da duração do transporte, devido ao atrito


e aos choques com as rochas e os detritos, vão perdendo as arestas e vértices, ficando
a superfície mais lisa e curva. Em consequência os clastos inicialmente angulosos
tornam-se mais arredondados.

Granosseleção – as partículas são selecionadas e separadas de acordo com o


tamanho, a forma e a densidade. Um sedimento considera-se bem calibrado quando os
detritos têm, o mesmo tamanho.

✓ Sedimentação
Quando o agente transportador perde energia, os materiais, não podendo prosseguir o
transporte, depositam-se, contribuindo, para a formação de sedimentos.
Ao depositar-se as camadas organizam-se por estratos sendo a mais nova sobreposta
por cima da mais antiga. As superfícies que separam diferetetes estratos denominam-
se superfícies de estratificação. A superfície superior é o teto e a que fica por baixo é o
muro.

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Quando existe uma variação na intensidade e/ou na direção do agente de transporte,


inclina uma superfície topográfica inclinando as camadas de sedimentos depositadas –
estratificação entrecruzada.

❖ Diagénese
Sedimentos transformam-se em rochas sedimentares com diferentes graus de
evolução
✓ Compactação
À medida que a sedimentação prossegue, novas camadas se vão sobrepondo, o
que aumenta a pressão expulsando a agua e o ar existente nas camadas inferiores
diminuindo o volume da rocha, tornando-a mais compacta e densa.
A compactação acentua a estratificação e os minerais podem ficar alinhados
perpendicularmente à direção da pressão.

✓ Cimentação
Os espaços vazios entre os detritos podem ser preenchidos por materiais de
neoformação, resultantes da precipitação de substancias dissolvidas na agua de
circulação – cimento.

 CLASIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES*


Os sedimentos podem ter origem:

• Detrítica;
• Quimica;
• Biogénica.

❖ Rochas detríticas

✓ Consolidadas
Rocha conglomerada – com dimensões superiores a 2mm, é
originado através da cimentação de calhaus rolados (conglomerado
e brecha)

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Rocha arenítica – As areias são cimentadas por precipitação de substancias


dissolvidas nas aguas formando os arenitos/grés.

Rocha síltica – constituídos por partículas com dimensões compreendidas


entre 1/16mm e 1/256mm.

Rocha argilosa - constituídos por partículas com dimensões inferiores a


1/256mm. Quando as argilas ficam submetidas à compressão provocada pelo peso
das camadas suprajacentes, tornam-se mais coerentes e compactas – argilitos.
Raramente as rochas argilosas são puras, quando o são, são brancas designando-se
caulino.
As partículas da rocha ao absorverem a agua aumentam de volume, se ficam
saturadas tornam-se impermeáveis. Quando expostas a ar seco, a agua evapora-se
criando fendas de dessecação ou fendas de retração

✓ Não consolidadas
Algum do material da rocha pode ser modificado havendo minerais novos formados –
materiais de neoformação.

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❖ Rochas quimiogénicas
São formadas por materiais resultantes da precipitação de substancias em solução. A
evaporação da água onde as substancias estão dissolvidas leva à formação de cristais
que se acumulam constituindo os evaporitos, noutras situações é provocada por
reações químicas.

Calcários de precipitação – Resultam da precipitação de carbonato de cálcio


em resultado da circulação de aguas acidificadas formando hidrogenocarbonato que
vai sendo removido, assim a rocha fica modelada formando cavidades conhecidos
por lapiaz e grutas e galerias.
As aguas que circulam transportando hidrogenocarbonato precipitam sob a forma
de carbonato de cálcio depositando-se e fluindo no chai cria uma rocha mais ou
menos compacta – travertino – Na agua que goteja no teto das grutas desprende
uma pelicula de carbonato de cálcio – estalactites – O gotejo que cai no chão da gruta
cria estalagmites e quando estas se unem formam colunas.

Rochas salinas (evaporitos) – Resultam da precipitação de sais dissolvidos


devido à evaporação da água. À medida que ocorre a evaporação os sais menos
solúveis precipitam em primeiro lugar.

• GESSO – quimicamente é sulfato de cálcio hidratado. É formado por


cristais transparentes ou por massas brancas.
• SAL-GEMA – quimicamente é cloreto de sódio e está associado a outros
sais. É pouco denso e muito plástico. Na natureza os depósitos de sal-
gema quando sob pressão podem ascender formando
grandes massas de sal – domas salinos ou diapiros.

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