Você está na página 1de 16

Cristalografia

Diadóquia – Fenómeno pelo qual dois ou mais iões se podem intersubstituir em todas as proporções no
interior de uma estrutura sem a modificar.
Ex. Olivina
Tipos de Diadóquia
Diadóquia Simples – Quando não existe substituição interiónica, sendo necessário que os raios dos
iões em permuta sejam semelhantes, a diferença entre eles não deve exceder 15%
Diadóquia compensada – designa-se assim quando a carga dos iões compensados é diferente. Vão
aparecer outras substâncias chamadas compensadoras porque vão anular os desequilíbrios eléctricos
provocados pela diadóquia simples. Mantêm assim a neutralidade do sistema
Polimorfismo - diz-se das substâncias com propriedades químicas diferentes mas estrutura cristalina
semelhante.
Isomorfismos – designam-se as substâncias com propriedades químicas iguais mas com estrutura cristalina
diferente.
Ligação covalente - recorre a princípios da mecânica ondulatória. Nesta ligação química os átomos ficam
fortemente ligados entre si. Constitui a ligação química mais vigorosa. È responsável por um conjunto de
propriedades características: grande dureza/insolubilidade/estabilidade/ponto de fusão
elevado/inconductibilidade eléctrica
Ex: Diamante
Ligação iónica – tipo de ligação que une entre si aniões com catiões pela atracção das respectivas carga
opostas.
As propriedades conferidas são: pouca dureza/fraca densidade/pouco condutores de calor e electricidade e as
suas soluções têm propriedades electrolíticas.
Ligação metálica – A coerência desta ligação é mantida pela força atractiva existente entre iões apositivos e
electrões envolventes. As propriedades conferidas são: ductilidade/maleabilidade/tenacidade/baixa dureza
/baixo ponto de fusão.
Hábito cristalino – è o aspecto geral que os minerais podem apresentar. São frequentes hábitos cristalinos
cúbico/prismático/tabular/piramidado/e acicular. A determinação destas formas recorre á identificação do
grupo pontual de simetria e descrição de todas as formas simples que definem o cristal
Toda a operação de simetria é uma isometria.
Ligações Químicas
Iónica
Covalente
Ligações iónicas – são mais fracas e a sua presença faz aumentar a vulnerabilidade dos minerais á
meteorização a existência de clivagem deve-se a este tipo de ligação.
Ex: piroxenas, anfínbolas e feldspatos.
Ligação Covalente – è a mais forte ligação química, os minerais com este tipo de ligação são muito estáveis
pois adquirem certas propriedades, tais como: grande insolubilidade e estabilidade,
Ex: Diamante
Grau de susceptibilidade – Este grau é conferido aos minerais e às rochas que integram, com base nas
características químicas, cristalográficas e termodinâmicas
Exsolução – Propriedade que possuem certos minerais de em condições de elevação de temperatura
incorporarem certos iões incompatíveis com a sua estrutura. A estabilidade da rede só se manterá se essa
elevação de temperatura persistir.
Ex: cristais de ortose
Clivagem – Propriedade da matéria cristalina que se manifesta pela maior facilidade de rutura segundo
determinadas direcções de planos.
Partição – Ou pseudoclivagem corresponde a fratura mais ou menos fácil, segundo planos que não
coincidem com direções de clivagem. Pode corresponder a planos de união de maclas ou de crescimentos
paralelos

1
Fratura - È a forma como os minerais partem e processa-se em qualquer direção que não coincida com
clivagens ou partição, originando novas superfícies não planas ou menos irregulares.

Tipos de Fratura

Fratura Conchoidal
Fratura Concoidal
Fratura Esquirolosa
Fratura irregular

Maclas – São agregados não paralelos de dois ou mais indivíduos cristalinos

Hábito – Característica de certos minerais que consiste na exibição de formas habituais que lhes são
próprias e que representam um bom elemento de identificação.
Ex: Classe bipiramidal hexagonal (apatite)

Classes de simetria – São diferentes combinações de forma simples com a mesma simetria cristalográfica.
Ex: Classe piramidal hexagonal (apatite)

2
Alteração das rochas e solos
Morfogénese - entende-se como o conjunto de fenómenos naturais, modeladores da configuração da
paisagem física da Terra
Transformações endógenas - expansão dos oceanos e deriva dos continentes
Transformações exógenas – morfogénese, biogénese
Supergénese – sedimentogénese, pedogénese
Pedogénese- formação dos solos
Bedrock – Designação da rocha sã que se encontra debaixo do rególito.
Afloramentos – são porções de rocha saliente não cobertas pelo rególito, são mais evidentes, extensos e
numerosos nas regiões de forte relevo e mais raros nas áreas planas e baixas
Alteração das rochas – Modificações causadas nestas por agentes externos, especialmente os relacionados
com as condições de humidade e temperatura ambientais. Após a alteração das rochas segue-se muitas vezes
a formação dos solos que vão dar continuidade ao processo originando o húmus.
Húmus - forma-se quando a capa mais ou menos espessa da rocha inicial revela um certo estado de
desagregação e de ocupação vegetal e animal próprias, sendo sede de uma actividade bioquímica particular.
È portanto uma zona de actividade bioquímica particular
Mineral de neoformação ou secundários - São novos minerais formados pelo conjunto dos fenómenos
que se dão durante a alteração das rochas. Os minerais primários, tendem a adaptar-se ao novo ambiente
próprio da superfície. Desencadeando e acelerando determinadas transformações tendo com fonte de energia
o Sol.
Grau de susceptibilidade – Este grau é conferido aos minerais e às rochas que integram, com base nas
características químicas, cristalográficas e termodinâmicas.
Tipo de ligação química
Potencial de ionização
Oxidação espontânea do ferro ferroso
Factores que influenciam a susceptibilidade dos minerais á alteração Potencial iónico
Energia de formação
Comportamento da sílica e da alumina na água

Ligações iónicas – são mais fracas e a sua presença faz aumentar a vulnerabilidade dos minerais á
meteorização a existência de clivagem deve-se a este tipo de ligação.
Ex: piroxenas, anfínbolas e feldspatos.
Ligação Covalente – è a mais forte ligação química, os minerais com este tipo de ligação são muito estáveis
pois adquirem certas propriedades, tais como: grande insolubilidade e estabilidade,
Ex: Diamante
Goldiche – Cientista que concebeu duas sequências, para os minerais das rochas eruptivas, mais ou menos
paralelas, desde os termos mais instáveis até aos mais resistentes.

Tipo e Intensidade dos agentes

Características - morfoclimáticas – Factores externos que se relacionam com o clima e o relevo.

Tipos de Alteração

1) Alteração Mecânica - física, desagregação


Alteração bioquímica
2) Alteração Química ou Decomposição Alteração Bioquimiogénica

Rególito – Capa externa das rochas constituída por um material mais ou menos incoerente e empobrecido
dos componentes mais instáveis, susceptível de ser facilmente mobilizado e evacuado pelos agentes de

3
erosão. È sob esta capa que se estabelece muitas vezes um solo. A espessura dela depende do clima e do
tempo decorrido, podendo ir de poucos milímetros a dezenas de metros.

Alteração mecânica/ Física - resulta de acções de natureza física como por exemplo:

Oscilações térmicas que provocam variações de volume


Congelação e descongelação da água contida nos poros das rochas
Cristalização de sais dissolvidos na água de impregnação das fissuras e poros das rochas após a
evaporação
Estes mecanismos físicos provocam a constante fissuração das rochas até estados de desagregação mais ou
menos avançados. As rochas perdem a coerência sem modificação das suas composições mineralógicas e
químicas.
Zonas com este tipo de alteração - está confinado a certas zonas do Globo, que têm em comum acentuada
carência de água no estado líquido, são muito pobres em vegetação e com uma actividade bioquímica muito
reduzida. O conjunto destas regiões perfaz 15% da área dos Continentes
Exemplo:
- Regiões glaciares
- Periglaciárias de solo exposto quase permanentemente gelado
- Regiões áridas, desérticas ou semi-áridas (Sahara)
Termoclastia – Fragmentação das rochas pelo calor. As rochas estalam e fragmentam-se continuamente, os
minerais aquecem e dilatam-se, conduzindo á contínua descolagem dos grãos da rocha que acaba por se
desagregar. Este facto origina uma descamação das rochas, tão intensa quanto a amplitude térmica sofrida
Ex: Sara com amplitudes térmicas na ordem dos 70ºC
Gelivação – Como o gelo ocupa maior volume do que a água que lhe deu origem. Assim quando a água
contida nas fissuras das rochas, gela, aumentando de volume, produz o estalamento e a desagregação da
rocha.
Crioclastia – Desagregação da rocha produzida pelas variações de volume dos seus componentes motivado
pelo frio intenso.
Zonas com este tipo de alteração - está confinado a certas zonas do Globo, que têm em comum acentuada
carência de água no estado líquido, são muito pobres em vegetação e com uma actividade bioquímica muito
reduzida. O conjunto destas regiões perfaz 15% da área dos Continentes.

Regiões com alteração Física

Glaciares árcticos
1- Regiões Polares
Glaciares Antárcticas

2- Regiões áridas – desertos absolutos (onde praticamente não chove, nem existe vegetação)
Exemplos: Deserto Sahara central / Deserto Líbia/ Deserto Gobi/ Deserto do Vale da Morte
(Califórnia EUA)

Alteração Química ou Decomposição

Água – No estado liquido é o factor essencial a este tipo de alteração. È ela que desencadeia e permite a
maior parte das reações químicas, evacua os produtos alterados, determina o equilíbrio da cobertura vegetal
e condiciona os processos bioquímicos a ela ligados.
Processos relevantes da alteração bioquímica:

Hidrólise - Dissociação parcial dos iões. A temperatura tem um papel importante nestas reações se
houver uma elevação de temperatura de cerca de 10ºCa velocidade da Hidrólise duplica
Ex: Feldspatos

4
Oxidação –
Hidratação – Processo de interacção da água com as rochas que permite a entrada de moléculas de
água na rede cristalina de alguns dos seus minerais passando a fazer parte da nova substância
formada
Carbonatação – consiste na reação de certos minerais com o dióxido de carbono dissolvido na água
que circula no seio das rochas

Rególito – Capa externa das rochas constituída por um material mais ou menos incoerente e empobrecido
dos componentes mais instáveis, susceptível de ser facilmente mobilizado e evacuado pelos agentes de
erosão. È sob esta capa que se estabelece muitas vezes um solo. A espessura dela depende do clima e do
tempo decorrido, podendo ir de poucos milímetros a dezenas de metros.
Decomposição – Aumenta com, humidade, temperatura e com o grau de importância do mundo orgânico
associado.
È insignificante na Tundra, Turfeiras boreais e Taiga, mas é bastante sensível nas latitudes das florestas
temperadas e húmidas, tem o máximo de intensidade nas regiões quentes e húmidas sob a floresta tropical e
equatorial.
Alteração Bioquimiogénica /Decomposição – Corresponde a 85% da superfície dos continentes ou seja as
restantes terras emersas, onde existe água no estado liquido e cobertura vegetal mais ou menos
desenvolvida. Com base no comportamento relativo da sílica e da alumina face aos agentes bioquímicos de
alteração, podem caracterizar-se dois grupos:

1- Zonas em que a natureza bioquímica do ambiente permite que o ataque e a exportação de alumina
seja mais intenso em relação á sílica
2- Zonas em que as mesmas substâncias têm comportamento inverso.

Subdivisões dos grupos - estes dois grupos subdividem-se ainda em sub – zonas em função do
comportamento da sílica com as bases.

Zonas de Cheluviação/Podzolização
Zona de Alitização/bauxitização/ferralitização
Zonas de Hidrólise Zona de monossialitização/caulinização/laterização
Sub-Zonas Zona de biassilitização/arenização
Zonas de rubefação
Grau de alteração

Zona de Cheluviação/Podzolização - São zonas onde as águas responsáveis pela alteração estão carregadas
de ácidos orgânicos (carboxilicos e fenólicos) mais ou menos complexantes. Como esta zona fica mais ácida
a alumina dos silicatos é mais facilmente atacada e exportada do que a sílica. A sua velocidade de
exportação é também mais elevada, o que torna estas regiões mais pobres em alumina e mais ricas em sílica.
O horizonte é caracterizado por vegetação de musgo, líquenes e coníferas, cujos produtos de decomposição
fornecem a matéria orgânica acidificante e complexante necessária á alteração.
Este processo ocorre em zonas onde a temperatura média não ultrapassa os 10°C. Os domínios da
Podzolização sobrepõem-se ao s domínios fitogeográficos da Tundra, Taiga e das Turfeiras Boreais
Zona de Hidrólise – Processo geoquímico de decomposição de um mineral silicatado, na presença de uma
solução aquosa levemente ácida, formada pela dissolução do dioxido de carbono. Estas zonas são
caracterizadas pela ausência de acidificantes e complexantes, a alumina não tem condições para ser
exportada do horizonte de alteração
A hidrólise dos silicatos é aqui o fenómeno mais importante.

5
a) Alitização- Zona onde a alteração é caracterizada por intensa evacuação de sílica, dando origem á
formação de hidróxidos de alumínio principais minerais constituintes dos bauxitos.
Estas zonas situam-se especialmente nas Regiões tropicais de grande pluviosidade anual superior a
1500 mm.
b) Monossialitização – Tipo de alteração caracterizado por acentuada mas não total evacuação dos
catiões alcalinos e alcalino-terrosos. As regiões mais propícias a este processo apresentam valores
pluviométricos anuais ainda elevados cerca de 500 mm e temperaturas médias de 15°C.
Estas zonas de alteração situam-se no domínio tropical sub-húmido, com estações seca e húmida
bem definidas.
c) Biassilitização/Arenização – Tipo de alteração associado a fraca deficiência de drenagem e portanto
com baixa eliminação de sílica. Daqui resulta o aparecimento de filossilicatos com duas camadas
tetraédricas e uma octaédrica.
Ocorre em regiões temperadas, estépicas e sub-áridas.

Zona de Rubefação - O ferro tem um comportamento geoquímico muito semelhante ao alumínio. Nas
zonas de Cheluviação o ferro é libertado e evacuado á semelhança da alumina. Nos climas quentes e
húmidos o ferro dos silicatos sofre uma evolução, independente da sílica e da alumina, designada por
ferruginização. Este processo dá origem á formação de óxidos e hidróxidos de ferro (hematites, goethite e
hidratos de ferro amorfos) com tonalidade avermelhada que está na origem do termo Rubefação.
Ocorre na região intertropical.
Grau de alteração – Define-se associando o fator tempo á intensidade dos agentes de alteração externos a
suscetibilidade das rochas á meteorização.
Pois o mesmo tipo de rochas sujeitas ao mesmo tipo de agentes os efeitos da alteração são mais acentuados
quanto maior e mais prolongado for o período de actuação destes agentes

Fenómenos Geológicos

Biostasia – entende-se como uma situação de equilíbrio biomorfológico, expresso principalmente por uma
cobertura vegetal desenvolvida de longa duração e estável, desde que não variem as condições ambientais
sob as quais se desenvolveu.
Resistasia - define-se como sendo a situação de ruptura do equilíbrio biomorfológico da cobertura vegetal
(Biostasia). As causas desta ruptura estão associadas a mudanças climáticas acentuadas e bruscas, tanto no
sentido do arrefecimento como do aquecimento, acompanhada de secura. Como é o caso da desertificação.

Formação do Solo

Solo - Considera-se solo, quando a capa superficial resultante da meteorização adquiriu um estado de
desagregação e decomposição permitindo a ocupação pela vegetação. Os componentes principais do solo
são:
Matéria sólida de origem mineral, matéria orgânica, água e ar.

Horizonte A
Horizontes de solo Horizonte B
Horizonte C

Horizonte A – è o nível mais superficial, mais escuro devido á grande concentração de Húmus (matéria
orgânica). Corresponde ao nível de grande actividade bioquímica, onde se fixam as raízes das plantas e
coexistem diversos tipos de animais. As argilas são o constituinte mineral mais importante a que se associam
outros minerais residuais como o quartzo e as micas.
Horizonte B - situa-se abaixo do horizonte A, é pobre em matéria orgânica, aparece muitas vezes
enriquecido em óxidos e hidróxidos de ferro daí as suas tonalidades amareladas, avermelhadas e
acastanhadas.

6
Horizonte C - corresponde á zona mais profunda e é caracterizado pela presença de rocha-mãe mais ou
menos alterada e fragmentada que faz a transição para a rocha sã em profundidade.

Agentes Modeladores do relevo

Sistemas morfoclimaticos
Acções da gravidade
Águas pluviais/ escorrência/Subterrâneas
Cursos de água
Agentes modeladores do relevo Lagos
Glaciares
Vento
Litoral
Seres Vivos

Sistema Morfoclimático glaciário de latitude


Domínios Frio Sistema Morfoclimático glaciário de altitude
Sistema Morfoclimático periglaciário

Sistema Morfoclimático temperado húmido


Domínios temperados Sistema Morfoclimático mediterrânico

Sistema Morfoclimático hiperárido


Sistemas Morfoclimático Domínios áridos Sistema Morfoclimático árido
Sistema Morfoclimático sub-árido

Sistema Morfoclimático floresta quente e Húmida


Domínios intertropicais Sistema Morfoclimático Sub húmido

Domínios frios

Sistema Morfoclimático glaciário de latitude - Ocupa as regiões situadas a latitudes elevadas, muito frias
com acumulação abundante e persistente de neve, em virtude de intensa precipitação e curta duração estival.
Zonas: Grandes calotes glaciares/Gronelândia/Alasca/Ilhas das regiões Polares.
Sistema Morfoclimático glaciário de altitude – próprio das regiões de muito alta montanha, onde por
efeitos da altitude, são regiões muito frias com acumulação abundante e persistente de neve, em virtude de
intensa precipitação e curta duração estival.
Zonas: Himalaias/Alpes/Andes
Sistema Morfoclimático periglaciário - caracteriza as regiões frias de precipitação muito fraca ou nula
onde não há cobertura de neve, tornando escassa a vegetação e o solo.
Zona setentrional do Continente Americano e Euro-Asiático, confinando com a Tundra, Taiga e Turfeiras
Boreais.
No Hemisfério Sul este sistema encontra-se na Terra do Fogo na Argentina e em algumas ilhas na periferia
da Austrália
Domínios temperados

Sistema Morfoclimático temperado húmido – Intercalado entre dois domínios climáticos extremos, muito
frios e muito quentes. Os respectivos sistemas morfoclimaticos ocorrem com características intermédias de
transição entre os sistemas limítrofes.

7
Sistema Morfoclimático mediterrânico – caracteriza-se por ser um sub-sistema do domínio temperado na
transição para as regiões sub-áridas com características particulares e bem definidas próprias das áreas
envolventes da grande bacia do Mediterrâneo, e de outras noutros continentes
Zonas: Califórnia/África do Sul

Domínios áridos

Sistema Morfoclimático hiperárido – Caracterizado por estrema secura e grandes amplitudes térmicas,
próprias dos grandes desertos interiores, onde a ausência de chuva é total durante anos consecutivo. Pode
chover ocasionalmente em intervalos de tempo muito espaçados. Este tipo de precipitação curta corresponde
a precipitações abundantes e muito rápidas, quase sempre com efeitos catastróficos.
Zonas: Sahara Central e Ocidental
Sistema Morfoclimático árido – caracteriza-se por ter precipitação menos rara mas escassa.
Zonas: Sahara Setentrional e Meridional/ Arábia /Irão/ Ásia Central
Sistema Morfoclimático sub-árido – Zonas marginais do sistema árido na transição com os adjacentes,
tropicais sub-húmido e temperados.
Zonas: Regiões periféricas do Sahara (savana) /Kalahari/Cazaquistão/Mongólia

Domínios intertropicais

Sistema Morfoclimático floresta quente e Húmida – Regiões de clima quente e húmido próprio das
latitudes equatoriais com precipitação persistente e abundante ao longo do ano.
Zonas: Grandes bacias do Amazonas/Congo/Guianas/Ásia (monções) /Ilhas do Pacifico
Sistema Morfoclimático Sub húmido – Sistemas semi-áridos, caracterizados por temperaturas
relativamente elevadas, existência de uma alternância bem marcada de estações seca e húmida, fazendo a
transição entre a floresta húmida e o deserto.
Zonas: Savana Africana/Austrália/Índia /América do Sul

Acções da Gravidade

Escorregamentos
Acções da gravidade Avalanches
Creeping ou Reptação

Escorregamentos – representam deslocamentos lentos de grandes massas de terreno, por vezes


catastróficas.
Avalanches - representam deslocamentos bruscos de grandes massas de terreno, por vezes catastróficas.
Creeping ou reptação – estes deslocamentos dão-se suavemente ao longo das vertentes, as partículas
movem-se grão a grão. Este processo é tão lento só se observam os seus efeitos através dos postes
telegráficos inclinados pelas árvores tombadas e pelos muros rachados.
Depósitos de vertente – Parte dos materiais que descem por acção da gravidade, podem permanecer em
equilíbrio instável, em troços menos íngremes das vertentes, por períodos mais ou menos longos. Podem
manter a reptação, alimentar os escorregamentos ou as avalanches.
Depósitos de sopé - são depósitos acumulados na base das vertentes.
Cones de detritos ou talude – São depósitos que se podem encontrar individualizados, ou formar taludes.
Quebradas – São movimentações de massas de terra que ocorrem em vales fluviais ou em arribas litorais.
Zonas: Vulgar na Ilha da Madeira
Fajãs - Movimentações de massa de terra que ocorrem nas arribas litorais.
Zonas: Vulgar nas Ilhas dos Açores

8
Águas Pluviais

Balanço Hídrico – Fator que depende do valor da precipitação atmosférica sendo definido pela relação
entre a infiltração no terreno, a escorrência em superfície e a evapo-transpiração. È diretamente determinante
nos efeitos de erosão e pode influenciar os efeitos de transporte
Águas pluviais - são águas da chuva formadas pela água do solo que ascendem até determinados níveis da
atmosfera devido á evaporação originada pela acção da energia solar. Estas águas tendem depois a cair
devido á acção da gravidade.
A energia que possuem utilizam-na para realizar o trabalho de erosão e de transporte. O impacto das gotas
de chuva nas rochas, se estas apresentarem um certo grau de desagregação e se a cobertura vegetal não as
proteger, origina erosão apreciável á vista.
Águas de escorrência – correm em toalhas superficiais difusas e de pequena extensão, até se tornarem fios
delgados que se vão fundindo em Arroios de hierarquia sucessivamente crescente. Estas águas vão-se
juntando em unidades cada vez mais importantes formando cursos de traçado mais ou menos fixo.

Águas selvagens
Águas de escorrência Águas bravas
Águas de arroiamento

Morfologia do terreno – è o aspecto que o solo apresenta devido á erosão e ao transporte de sedimentos
pelas águas de escorrência, tomando certas formas curiosas.

Barrancos /Abarracamentos
Ravinas
Formas Caos de blocos
Saliências rochosas
Chaminés de fada

Barrancos – Designação do efeito da erosão das águas de escorrência, por escavamento de sulcos no
terreno. Que de região para região variam de nome: Boqueirão/Barroca.
Estas águas são mais activas nas terras altas, instalam-se facilmente nas rochas friáveis e na capa de
alteração das rochas (rególito).
Ravinas – paisagem sem vegetação, desolada, caracterizada por diversos e profundos barrancos.
Caos de blocos – As rochas graníticas apresentam-se fissuradas pelas redes de diáclases, que as dividem em
blocos de maior ou menor dimensão, fazendo com que a meteorização seja mais intensa. Nessas fissuras a
circulação das águas de infiltração é mais acentuada, aumentando o efeito da erosão. Os blocos de forma
paralelepipédica, vão ficando cada vez mais arredondados e afastados uns dos outros, originando disjunção
em blocos de maior ou menor dimensão, que acabam por ser removidos pelas águas de escorrência. Estes
blocos deslocam-se descendo da parte culminante do afloramento principal e imobilizam-se quando o
terreno perde inclinação. Estes maciços originam concentrações residuais desordenadas, salientes na
topografia, daí a designação de caos de blocos
Pedra Bolideira - São blocos de granito de maior dimensão separados da rocha- mãe, por acção da erosão.
Esta designação foi dada pelo facto destes blocos de grandes dimensões aparecerem apoiados numa pedra de
base de muito menor dimensão, tornando-os oscilantes.
Saliências rochosas - resultam da erosão provocada pela s águas bravas. São saliências ou afloramentos que
sobressaem do nível do solo. São porções da rocha do substrato que por várias razões, constituem núcleos
mais resistentes á meteorização e á erosão provocada pelas água selvagens.
Chaminé de Fada – São colunas encimadas por um fragmento de rocha. Formam-se a partir de um depósito
detrítico areno-argiloso pouco coerente que encerra clastos maiores, dispersos na sua massa.

9
Cursos de Água

Cursos de água – são agentes isolados que se vão organizando em conjuntos maiores, definindo as bacias
fluviais.
Arreicas- Regiões sem rede fluvial, como acontece nos desertos de areia.
Endorreicas – Redes fluviais que convergem para uma zona interior, não são drenadas para o mar.
Exemplo: Lago Tchad em África/Eive na Austrália/Baical na Sibéria
Exorreicas – São regiões drenadas por bacias fluviais que desaguam no mar.

Bacia de recepção
Temporários – Torrentes canais de torrente Canal de escoamento
Cone de Dejecção

Córregos
Riachos
Cursos de água Permanentes Ribeiros
Ribeiras
Rios

TORRENTES

Torrentes – pequenos cursos de água temporários que funcionam como locais de convergência e
escoamento das águas de escorrência, existentes no seu raio de acção.
Actividades dos troços das torrentes - Estas possuem nos 3 troços que as compõem, actividade erosiva,
actividade de transporte e de sedimentação
Erosão regressiva – Resulta da actividade de erosão nos troços a montante ou cabeceiras, fazendo com que
estas recuem.
Perfil de equilíbrio – A torrente atinge o seu perfil de equilíbrio quando o leito se regulariza. A
Nível de base da Torrente – é o ponto mais baixo em função do qual se dá a regularização do seu perfil de
equilíbrio. A actividade erosiva vai diminuindo e aumentando a actividade de sedimentação. A vegetação
volta a instalar-se e a torrente atinge assim o seu perfil de equilíbrio.
Canais de torrente:
Bacia de recepção
Canal de escoamento
Cone de Dejecção

Bacia de recepção – situa-se na parte mais elevada, constitui uma zona mais ou menos extensa alargada e
escavada e sem vegetação para onde convergem as águas de escorrência.
Canal de escoamento – Marcado por um entalhe profundo pouco sinuoso ou rectilíneo de perfil em U.
Pejado de detritos de todos os calibres. Escoa as águas acumuladas na bacia de recepção, transporta os
materiais erodidos e aprofunda-se ou escava-se ao longo do leito, num tipo de erosão linear ou vertical.
Cone de dejecção – é formado pelos materiais drenados pelo canal de escoamento, que perderam
velocidade, depositando-se neste cone em forma de leque.

RIOS

Rios /Ribeiros/Ribeiras – Representam cursos de água, geralmente mais extensos do que as torrentes. A
distinção entre rios e ribeiros faz-se pelo grau de importância relativa. Os rios são mais caudalosos do que os
ribeiros/ribeiras.

Curso superior
Troços de um rio Curso médio
Curso inferior

10
Curso superior – onde predomina o trabalho de erosão
Curso médio – onde o transporte de sedimentos é o principal agente actuante.
Curso inferior – caracterizado pelo predomínio da sedimentação bem visível nos depósitos aluviais ou
aluviões.
Gargantas – são paredes verticais e profundas escavadas nos terrenos calcário, dispostos em camadas
horizontais.
Nível de Base - De um rio aberto ao mar tem o nível médio das aguas oceânicas como o seu nível de base
Erosão regressiva – A acção erosiva de um troço a montante ou na cabeceira, faz com que esta recue
constantemente
Meandros – De traçado amplo, incluindo as sinuosidades maiores ou menores, mais ou menos profundas
existentes nos troços dos rios.
Tipos de meandros:

Meandros encaixados ou de vale – De traçado amplo incluem a forma do vale, assim o traçado
sinuoso do leito resulta do mesmo traçado do vale.
Meandros divagantes – São amplos e encontram-se instalados nas grandes planícies aluviais. Aí
podem divagar alterando o seu traçado, podem exagerar as curvas que descrevem e abandonar outras
Braço morto - Os meandros têm tendência a acentuarem-se resultando geralmente no seu abandono.
A margem côncava devido á forte intensidade da corrente é mais erodida do que a convexa onde vai
depositar a carga sólida e exagerando a sua curvatura até os dois troços se tocarem e ficarem em
comunicação. Dá-se então o abandono de parte do antigo meandro que fica seco. Estes braços
funcionam como zonas de águas paradas.
Fases de um Rio:

Fase Juventude ou Juvenil – Predomina a erosão o seu perfil é longitudinal, o declive é acentuado e
irregular
Fase Maturidade – Predomina a capacidade de transporte, o declive é menor, os vales são profundos
e apertados. O perfil longitudinal é mais regular.
Fase Senil – Caracteriza-se por vales amplos, vertentes muito afastadas e degradadas. Predomina a
sedimentação, originando extensas superfícies muito planas resultantes do assoreamento originado
pelos depósitos fluviais que se espraiam nesta zona devido á perda de competência das águas.
Carga Sólida dos Rios – Corresponde á quantidade de detritos transportados por unidade de volume do
fluido

Leito maior
Tipos de leito de rio
Leito menor

Leito do rio – Espaço ocupado pelas águas.


Leito maior – corresponde a todo o espaço do vale inundável no período de cheias.
Leito menor – corresponde a uma estreita faixa de água geralmente sinuosa e mutável que persiste no
interior do leito maior. Representa a menor drenagem do rio e normalmente ocorre no verão.
Bacia hidrográfica - Áreas cujas águas pluviais drenam para cursos de água que confluem no rio principal.
Competência – característica de um rio, avaliada pela dimensão dos sedimentos transportados.
Terraço fluvial - zona de depósito de materiais na margem do rio, formada pelo abaixamento do nível de
base.
Ressalto – Desnivelamento pouco acentuado no leito do rio.
Transporte e sedimentação – Os cursos de água transportam grandes quantidades de materiais sólidos e em
solução na água. As modalidades de transporte de detritos são:
Rolamento para os balastros
Saltação para as areias
Suspensão para os elementos mais finos, silte e argilas

11
Placers - Concentrados aluvionares resultante da selecção granulométrica e mineralógica. Tem alguma
importância comercial, pois permitem a exploração de um produto inicialmente disperso, que devido a um
processo de selecção natural, se encontra agora concentrado
Exemplo: Placers Auríficos e diamantíferos
Lagos

Lagos ou bacias Limnicas – São receptáculos ou locais de sedimentação. Constituem pontos de


convergência de drenagem, recebem parte da carga detrítica dos cursos de água que nele convergem. Como
são águas paradas os detritos mais grosseiros ficam retidos na periferia. Apenas os detritos passíveis de
permanecer em suspensão (argilas)vão tombar no fundo da parte central do lago.

Glaciares

Glaciares - Conjuntos de regiões afectadas nos seus aspectos morfológicos e biológicos pelos efeitos de um
tipo particular de clima no qual a presença de importantes coberturas de gelo é característica fundamental.

Regiões polares
Regiões montanhosas
Tipos de glaciares Calotes glaciárias de montanha
Glaciares de circo
Glaciares de vale ou línguas glaciárias

Regiões polares - situam-se na periferia dos continentes. E formam as línguas de gelo ou glaciares de vale.
Algumas destas línguas atingem o mar, vão -se fragmentando em massa de gelo por vezes de grandes
dimensões “Icebergs”, que flutuam no oceano á deriva, até que se fundem ao atingir latitudes mais quentes.
Regiões montanhosas – com o aumento da latitude a temperatura vai diminuindo aumentando a
precipitação de neve. Esta vai-se acumulando e formando uma cobertura mais ou menos contínua.
Calotes Glaciares de montanha – designam-se assim as massas de gelo que devido ao seu peso
divergem para a periferia que acabam por se fundirem ao atingir altitudes mais baixas.
Glaciares de circo – glaciares mais pequenos localizados em pequenas reentrâncias da montanha
entre paredes rochosas a pique.
Glaciares de vale ou línguas glaciárias – tipo de acumulação glaciária com maior acção modeladora do
relevo devido á sua capacidade erosiva e de transporte. Corresponde a massas de gelo em movimento
canalizadas em vales e constantemente alimentadas pelas calotes glaciares de montanha e pelos glaciares de
circo acumulações de detritos.
Moreias – Corresponde á superfície da língua glaciária que devido á fusão ser mais forte nos bordos
encontra-se intensamente fendilhada, segundo linhas arqueadas, transversais e convexas no sentido do
movimento. São constituídas por alinhamentos de pedras e detritos que se designam pela posição que
ocupam no glaciar

Moreia lateral
Moreia mediana
Tipos de Moreias Moreia interna
Moreia de fundo
Moreia frontal ou terminal

Moreia lateral - Localiza-se e alonga-se junto aos bordos do glaciar.


Moreia mediana – encontra-se alinhada ao meio do alongamento e resulta da união de duas moreias
laterais, uma de cada margem dos troços montantes.
Moreia interna – corresponde á carga de detritos transportados no seio da massa de gelo.
Moreia de fundo – conjunto de blocos e materiais triturados sob a massa de gelo do glaciar ficando em
contacto com o fundo rochoso do vale.
Moreia frontal ou terminal – é constituída por materiais transportados pela língua glaciária.

12
Vento

Vento - Ar em movimento que tem a capacidade de transportar detritos com determinadas dimensões. Esta
capacidade varia consoante a sua velocidade.
Loess – Materiais ligados á erosão e transporte eólico formado por materiais detríticos d dimensão do silte e
essencialmente constituído por poeiras de quartzo, calcário e argila.
Formações originadas pelo vento:

1.1. Desertos – Regiões onde a vegetação é inexistente ou rara. O solo desnudado é frequentemente
desagregado perdendo coerência por falta de humidade e estar á mercê do vento.
1.2. Dunas – são formadas devido á velocidade conferida pelo vento e em função do diâmetro das
partículas. Estes factores em conjugação com a acção da gravidade têm como resultado imprimir aos
grãos de areia trajectórias parabólicas mais ou menos longas. A areia tomba e volta a saltar até o
vento perder velocidade, depositam-se formando acumulações designadas por DUNAS.

1.1.1. Desérticas
i. Ergs
ii. Barkhanes
1.1.2. Litorais
i. Consolidadas
ii. Fixadas

Ergs- São dunas mais ou menos complexas, longitudinais, com formas alongadas mais ou menos paralelas,
orientadas na direcção do vento. Podem atingir 500 metros de altura.
Barkhanes – são dunas simples em forma de crescente, deslocam-se sobre uma superfície nua. Têm forma
convexa orientada para o lado onde sopra o vento. Os dois lados são agudos e progridem mais rapidamente
do que o centro da duna.

Dunas litorais – São edificações eólicas, existem sempre que a extensão do areal da praia o permita. A areia
deve ficar a seco e sem obstáculos. Os ventos dominantes do mar aumentam constantemente estas
acumulações dunares e fazem-nas progredir para o interior. Fixam-se por efeito da vegetação que se lhe
impõe natural ou artificialmente
Duna fixada – São dunas litorais fixadas pelo efeito da vegetação que se lhe impõe natural ou
artificialmente. Quando a velocidade do vento abranda a sua capacidade de transporte diminui, a vegetação
começa a fixar-se impedindo a deflação e fixando a duna.
Dunas consolidadas – São dunas antigas em que os bioclastos trazidos pela areia (geralmente quatzoza) de
natureza calcária, são dissolvidos pelas águas da chuva, precipitando-os. Em conjunto com outros fatores vai
favorecer a cimentação dos grãos de areia, que ficam assim colados uns aos outros através de uma película
calcária que os envolve conservando a sua porosidade. Os grãos de areia encontram-se colados uns aos
outros através de uma película calcária que os envolve conservando uma acentuada porosidade.

Ação Erosiva do Vento

Deflação – é a remoção das areias e poeiras soltas, sopradas e varridas pelo vento.
Corrasão – é o efeito da abrasão exercida pelos materiais arrastados pelo vento.
Areias eólicas – adquirem formas arredondadas geralmente muito perfeitas. A sua superfície fica despolida
devido a múltiplos ferimentos microscópicos resultantes dos choques entre si e com outros obstáculos da
superfície.
Formação do Litoral
Litoral – A erosão e transporte litorais fazem-se essencialmente sob a acção das vagas. Estas desencadeadas
pela acção do vento transmitem até ao litoral a energia acumulada e exercem aí a erosão e transporte.
Abrasão marinha – resulta da ação erosiva das vagas que formam ou intensificam as arribas. Estas vão
recuando á medida que aumenta a extensão da plataforma litoral.

13
Arribas Fosseis – Originadas quando o litoral recua, a arriba liberta-se da ação marinha e degrada-se até
atingir um equilíbrio compatível com a sua natureza e com as condições ambientais. Estes abruptos definida
pelo areal da praia e por dunas associadas delimitam pelo lado interior as superfícies litorais actuais
alongadas segundo a linha de costa.
Tipo de deposição Litoral:
Praias
Cordões litorais
Restingas ou Tômbolos

Praias – São acumulações de areia ás vezes de cascalho em situação de equilíbrio face á morfologia da costa
e á dinâmica das vagas.
Cordões litorais – São barras ou lombas de areia paralelas á linha geral do litoral. Estes cordões podem
fechar lagunas que acabam por assorear.
Ex: Ria de Aveiro
Restingas ou Tômbolos - Línguas de areia que ligam uma ilha ao continente transformando-a numa
península.
Ex: Peniche
Ambientes Fluvio-marinhos

Frequentes no litoral fazem a transição entre o continente e o marinho


Os principais são:

Lagunas ou bacias parálicas


Deltas
Estuários

Lagunas ou Bacias parálicas – Zonas frequentemente invadidas pelo mar, aumentando consideravelmente
a sua salinidade. Se a temperatura e secura destes ambientes forem de molde á rápida evaporação desta
águas e não houver alimentação fluvial este fenómeno transforma estas lagunas em gigantescas salinas
naturais.
Os sedimentos gerados nestas lagunas, por precipitação dos sais anteriormente dissolvidos na água, são
essencialmente constituídos por sulfatos (Gesso, Sulfato de cálcio) e cloretos (cloreto de sódio).
Deltas - Embocadura de um rio no mar ou lago, formado por vários braços de água, devido á grande
acumulação de sedimentos.
Estuários -
Ambiente litoral
Zona de costa limitada pelas marés
Principais tipos:

Ambiente Nerítico - corresponde ao domínio da plataforma continental


Ambiente Batial – corresponde ao talude ou vertente continental
Ambiente Abissal – corresponde aos grandes fundos ou bacias oceânicas

Tipo de sedimentos

Sedimento do Ambiente Nerítico:

Bentónico – Seres que vivem da dependência do fundo


Nectónico – representados por esqueletos de animais que nadam (peixes)
Plantónico – Restos de organismos arrastados ao sabor das correntes

Sedimentos do Ambiente Batial – predominam os sedimentos detríticos finos e argilosos

14
Sedimentos do Ambiente Abissal – A influência terrígena continental praticamente não existem, ficando
assim limitada a sedimentos muito finos tipo argilas vermelhas e a certas vasas organogénicas que
resultaram da acumulação de restos plantónicos de natureza calcária e siliciosa

Morfologia Cársica

Morfologia cársica – Modelo próprio das regiões susceptíveis de sofrer erosão por dissolução. Este modelo
só tem expressão nos maciços calcários.
Terra Rossa – Solo residual que fica retido após a dissolução da rocha-mãe
Lapiás – è a designação das formas que podem apresentar estádios de evolução avançadas em que as fendas
iniciais deram origem a corredores de um labirinto complicado e escavado na rocha.
Dolinas – pequenas depressões mais ou menos circulares de dimensões compreendidas entre 10 e 100
metros de diâmetro, de paredes rochosas muitas vezes abruptas. Estas depressões têm o fundo atapetado de
terra rossa mais ou menos pedregosa.
Uvala – formam-se quando duas ou mais Dolinas próximas se aproximam e acabam por coalescer. São
usadas habitualmente pelos habitantes para instalar determinadas culturas.
Poljes – Extensas planícies cársicas fechadas e rebaixadas no interior dos maciços calcários de origem
complexa. Estas depressões de fundo plano geralmente cultiváveis podem atingir quilómetros de extensão e
são limitadas por vertentes abruptas.
Hums – Pequenos relevos frequentes abruptos isolados e dispersos no interior do polje.
Sumidoros /Ponors - Orifícios situados no fundo dos poljes através dos quais este se enche na estação das
chuvas e se despeja na estação da seca.

SEDIMENTOGÈNESE

Fácies – è o conjunto de características texturais, mineralógicas, químicas e paleontológicas, que permitem


definir o ambiente de sedimentação ou de formação da rocha. Existem tantos tipos fácies, quantos os
ambientes sedimentares.

Fácies Continental: Fluvial/torrencial/fluvio-glaciária/glaciária/límnica ou lacustre/eólica


Fácies de transição: estuarina /deltaica/lagunar ou parálica
Fácies marinha: litoral/recifal/nerítica/batial/abissal

Variação de Fácies lateral – Caracteriza-se pela progressiva modificação das características da rocha ao
longo de uma camada ou conjuntos de camadas, que denunciam as variações laterais entre os respectivos
ambientes.
Variação vertical do Fácies – Modificação característica dos sedimentos á medida que estes sucedem no
tempo, isto é se sobrepõem.
Polaridade – Os testemunhos servem para reconstruir o quadro natural e permitem reconhecer o topo e a
base das camadas, sempre que estas se encontram pregueadas como acontece nas séries orogénicas, onde são
frequentes os troços em que as séries estão invertidas.
Composição das rochas sedimentares – pode ser visto como composição química global ou em termos
genéticos e tem como base a composição fundamental expressa nos seus constituintes detríticos
quimiogénicos e biogénicos.
Resistatos – São minerais primários que passam para intactos para as rochas sedimentares e correspondem a
espécies que possuem grande estabilidade química e física permitindo-lhes resistir ao ataque dos agentes
externos.
Minerais de neoformação ou secundários formados:

Hidrolisatos
Oxidatos
Precipitatos
Evaporatos

15
Hidrolisatos – Espécies minerais que face aos agentes externos dão origem a produtos transformados pela
acção da hidrólise (decomposição iónica pela acção da água)
Oxidatos - – Espécies minerais que face aos agentes externos dão origem a produtos transformados pela
acção da oxidação.
Precipitatos - produtos dissolvidos nas águas por acção da na sequência da hidrólise e da oxidação e que
devido á sua maior ou menor solubilidade acabam por precipitar em locais propícios á evaporação da água
(lagunas e lagos)
Evaporatos ou evaporitos – são os sedimentos formados pela evaporação da água nas lagunas, por acção
da temperatura ambiente, transformando-as em gigantescas salinas naturais. Sulfatos e cloretos

Classificação das Rochas Sedimentares

Rochas sedimentares detríticas – contem minerais silicatados como por exemplo, quartzo e feldspato
Rochas sedimentares carbonatadas – Contêm principalmente carbonatos
Rochas siliciosas – com sílica predominante independente da origem.
Rochas aluminosas - ricas em alumina, como é o caso das argilas geralmente detríticas, embora possam
ocorrer argilas de neoformação.
Rochas ferríferas - predominam os compostos oxidados de ferro
Clastos - O tamanho a forma e a seletividade destes, fornecem informações importantes sobre o tipo e
duração do transporte por eles sofrido.

16

Você também pode gostar