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Introdução

Geologia - Estuda a composição do globo terrestre, especialmente a litosfera e as


modificações que a terra tem passado. As rochas encontram-se distribuídas
dependendo das condições da sua génese e das transformações que as afetaram após
a sua formação. A terra tem cerca de 4500 milhões de anos.

Rocha – Para a geologia a rocha é um agregado natural de um ou mais minerais,


matéria vítrea ou orgânica, enquanto para a engenharia civil, a rocha resulta de
processos geológicos e distingue-se de solos por não se desagregarem com água.

Mineral - Substância natural e inorgânica, geralmente cristalina, e com uma


composição química fixa ou que varia entre limites determinados (estrutura interna à
escala do átomo, muitas vezes expressa num hábito cristalino).

Cristal - Porção homogénica de matéria cristalina.

Meteorização - Processos que resultam na desintegração e na decomposição das


rochas e minerais por ação de agentes atmosféricos (física e química) e biológicos na
superfície da Terra (ou muito perto).

Deterioração ou Degradação - Transformações mineralógicas, físicas (ação mecânica)


ou químicas que ocorrem nas pedras dos edifícios durante e após a sua construção.

Diagénese – Processos que transformam sedimentos em rochas sobre pressões e


temperaturas parecidas as da superfície da terra.

Disciplinas

1. Geistória – estudo das modificações registadas pela crusta terrestre e as


leis sua evolução. Tem como base a estratigrafia (descrição das camadas
ou estratos sucessivos) e a paleontologia.
2. Geologia estrutural – estudo das estruturas terrestres e dos
movimentos da crusta terrestre, e as deformações por ela causadas.
3. Geoquímica – Agrupa as disciplinas destinadas ao estudo dos elementos
químicos ou substâncias da crusta terrestre (cristalografia, mineralogia
e petrografia).
4. Geodinâmica – Estabelece correlações entre diferentes disciplinas e
sínteses. Destaca-se a geodinâmica interna (movimentos das placas
tectónicas, vulcões, sismos, etc.…) e a geodinâmica externa
(meteorização, erosão, transporte e sedimentação).
5. Geologia aplicada – Conjunto de ciências e técnicas para estudar o
subsolo e maciços rochosos, tendo em conta, as vantagens de que deles
se podem retirar, tais como: interesses económicos, condições para
realização de obras e a evolução de materiais pétreos.
Mineralogia
Forma de um cristal:

1. Euédrico ou idiomorfo – contorno delimitado por faces


2. Subédrico ou hipidiomorfo – Contorto com faces e superfícies irregulares
3. Anédrico ou xenemorfo – Não há faces.

Dependência relativamente à direção

1. Vetorial ou direcional – Valor depende da direção (Ex: Dureza, velocidades de


propagação da luz e do calor, clivagem e o aparecimento de faces naturais nos
cristais). Pode ser ainda: Isotrópico (Propriedade continua em todas as
direções) ou anisotrópico (Existe valor mínimo e máximo).
2. Escalar – O valor não depende da direção (Ex: Peso específico e a densidade)

Tipos estruturais de matéria

1. Cristalina – Partículas elementares definem uma distribuição regular (matéria


no estado solido)
2. Amorfa – Partículas elementares distribuem-se de forma aleatória (representa
um líquido extremamente viscoso – Não existe temperatura de fusão).
Isotrópico relativamente a todas as propriedades vetoriais continuas.

Origem dos minerais

1. Solução – diminuição da temperatura ou da pressão


2. Massa em fusão
3. Vapor – Arrefecimento de um gás

Propriedades físicas

1. Fratura - se partirem em superfícies não planas. Pode ser concoidal ou fibrosa.


2. Clivagem –se partirem em superfícies planas. Clivagem basal (segundo um
plano).
3. Partição – Planos de debilidade estrutural devido a tensões. Não é uma
propriedade comum a todas as amostras do mineral.
4. Dureza – Resistência do material à deformação permanente. Existem 3 tipos:
Dureza de penetração, ressalto (esclerometro de Schmidt) e risco (escala de
Mohs – de 1 (talco) a 10(diamante).
5. Tenacidade - Resistência ao ser partido, dobrado, torcido ou cortado, podendo
ser classificados como: Frágil (fragmentos pequenos), maleável (lâminas finas
por percussão), séctil (lamelas delgadas por corte) e dúctil (transformar em
fios).
6. Brilho – Aspeto quando a luz é refletida. Podem ser classificados como
metálico, não metálico (vítreo, gorduroso, adamantino, nacarado (perola),
sedoso e ceroso) e submetálico (transição).
7. Peso específico e densidade – Peso por unidade de volume (N/m 3) e a razão
entre peso específico de um mineral e o da água, respetivamente.
8. Cor – Resultado das radiações não absorvidas pelo mineral. Pode ser
idiocromático (tem sempre a mesma cor –brilho metálico) ou alocromático.
9. Risca – Cor do pó mineral. Brilho metálico tem risca escura ou de tons fortes,
enquanto os outros apresentam risca branca ou levemente corada.
10. Fluorescência e fosforescência – Os minerais fluorescentes apresentam uma
luminescência enquanto expostos a raios-violetas, raios X ou raios catódicos, se
a luminescência permanecer, durante um certo tempo após o retiro das
radiações o mineral é fosforescente.
11. Piezoeletricidade – Criam campos elétricos nas suas extremidades quando se
deformam após ser aplicada uma força. (Ex: Quartzo).
12. Magnetismo – Íman

Rochas
Rochas magmáticas ou ígneas - Resultam da consolidação de massas em fusão ígnea
(magma – mistura de silicatos em fusão e água) vindas das profundezas da terra. A sua
textura depende do arrefecimento do magma (Holovítreas (arrefecimento rápido),
holocristalinas (arrefecimento lento) e Hemicristalinas). Podem ser:

1- Intrusivas (o magma arrefece no interior da terra) – Podem ser ainda


Hipoabissiais (Profundidade moderada ou perto da superfície) ou plutónicas
(Grandes profundidades). Têm como jazidas: lacólito, filão transverso, filão
camada/soleira, dique, batólitos e Bossas.
2- Extrusivas/vulcânicas (o magma atinge o exterior sob a forma de lava ou
piroclastos) – A violência da erupção depende do conteúdo do magma (sílica
(viscosidade) e água (explosivo)), das obstruções e geometria da chaminé. Os
modos de jazida são: Manto, cúpulas, pico, agulha e colo. Os tipos de erupções
vulcânicas são: efusiva/havaiano (chaminé livre e magma rico em gás),
explosões de vapor, estromboliano (magma viscoso), piliniano (magma viscoso
e rico em gases – nuvens ardentes), paroxismo (pode formar caldeiras),
submarinos (violenta explosão), mantos lávicos. Os tipos de lava são: Pahoehoe
(lisas), AA (rugosas), basálticas/escorias (disjunções prismáticas ou colunar) e
almofada (formadas apenas em erupções do tipo submarino).
Rochas sedimentares – tem uma grande importância económica e são formadas à
superfície da terra (pressão e temperatura baixas).

1. Detríticas – Acumulação de detritos provenientes da alteração e desagregação


das rochas pré-existentes.
2. Precipitação química – processos químicos (precipitação e evaporação). Tem
texturas tais como: oolítica e pisolítica.
3. Biogénicas – Acumulação de restos de animais ou vegetais. Dentro destas
rochas destacam-se as carbonatadas, sliciosa, carbonosa.

Rochas metamórficas – Resultam da transformação por um reajustamento


mineralógico ou textural de rochas pré-existentes devido à temperatura, pressão e
ação química (não há fusão). (meteorização química e diagénese). Existem alguns tipos
de metamorfismo:

1. Metamorfismo progressivo – Variação metamórfica em resposta ao aumento


de temperatura (grau de metamorfismo).
2. Metamorfismo retrogrado – reequilíbrio para temperaturas baixas.
3. Metamorfismo de contacto/termal – Resultado da presença de magmas e suas
emanações nas rochas encaixantes. (aquecimento é o efeito dominante).
4. Metamorfismo regional – Afeta as regiões mais extensas. É acompanhado por
deformações mais ou menos intensas causadas por pressões dirigidas e de
cisalhamento. Exibe nas rochas xistosidade e foliação. Resultam das pressões
(resultantes de deformações da crusta) e do calor das grandes profundidades.
5. Dinamometamorfismo – Resulta da ação de pressões intensas e bruscas.

Tem texturas tais como:

1. Granoblastica – minerais equidimensionais e sem orientação (Ex: Mármore)


2. Lepidoblastica - minerais dominantes são micáceos (Ex: micaxisto)
3. Nemablastica - minerais de hábito prismático, alongados ou aciculares
4. Porfiroblastica – cristais bem desenvolvidos (Ex: Xisto mosqueado)

Escala estratigráfica
Fóssil vivo – Expressão para qualificar organismos atuais morfologicamente parecidos
a organismos dos quais há conhecimento no registo fóssil.

Carta geológica de Portugal –

1. Maciço hespérico: Ocupa maior parte da região ocidental da península ibérica,


é constituído por formações ante-mesozoicas (rochas graníticas e
metamórficas).
2. Orlas mesocenozoicas (Ocidental/lusitana ou Meridional/Algarvia): Terrenos
das Eras secundaria e terciaria (rochas sedimentares).
3. Bacias do tejo e do sado: Terrenos de cobertura de idade recente.

Geologia estrutural
Estudo da geometria das formações rochosas, distribuição no espaço e processos de
deformação que originam as estruturas geológicas.

1- Estruturas geológicas primarias – Formação das rochas sedimentares


(estratificação sedimentar) e magmáticas (fluxo em magma). Ex: Estratificação
de calcários e arenitos, disjunção prismática ou colunar basalto.
2- Estruturas geológicas secundarias ou tectónicas – Deformação de rochas sob a
ação de forças. Ex: Xistosidade e basculamento, dobras e falhas.

Tectónica – Estudo da estrutura da crusta terrestre, disposição das rochas e as causas


da disposição. Estuda os efeitos mecânicos do diastrofismo. Baseia-se no princípio de
deposição de rochas sedimentares em estratos horizontais, sobrepostos por ordem de
formação.

Litosfera – Camada exterior da terra, constituída pela crusta e pelo manto superior,
que esta divida num grande conjunto de placas tectónicas.

Diastrofismo/tectonismo - fenómenos resultantes da ação combinada dos agentes de


dinâmica interna da terra, principalmente os movimentos orogénicos (movimentos de
placas tectónicas ou ação de vulcões). Pode ter efeito mecânico (deslizamentos, etc.)
ou produzir modificações físico-químicas originando outras rochas (metamorfismo).

Eras geológicas -

Quaternária Holocénico - homem


Plistocénico - homem
Cenozóica Neogénico -mamíferos
Paleogénico –mamíferos
Cretácico – idade dos dinossauros
Mesozoic Jurássico – dinossauros e amonites
a Triásico – primeiros dinossauros
Fanerozóico Pérmico – anfíbios
No final ocorreu extinção em massa
Carbónico – répteis
Paleozoica Devónico – peixes
Silúrico – crinóides
Ordovícico – corais e peixes primitivos, graptólitos
Câmbrico –eucariontes, trilobites
Pré-câmbrica Infracâmbrico – formas inferiores de vida
Arcaico – Microfósseis
Os solos mais recentes tendem a ser moles ou soltos, tendo uma baixa resistência e
elevada deformabilidade, já os solos mais antigos são duros e compactos com uma
elevada resistência e uma baixa deformabilidade.

Plasticidade - As rochas por mais rígidas que sejam, podem ser dobradas sem ocorrer
rotura, devido a reajustes químicos e fraturas microscopias. Quanto maior a
profundidade da rocha (maior pressão e temperatura) maior será a sua plasticidade,
podemos observar dois tipos de comportamentos de rochas quando submetidas a
pressões e temperaturas diferentes:

1-Fraturam e dão origem a falhas – Comportamento frágil (arenitos, calcários...).

2-Deformam-se e fluem, formando dobras – Comportamento dúctil (xistos, ardosias...).

Dobras – Ondulações em certos tipos de rochas. As estruturas podem ser anticlinais


(abóbada) ou sinclinais (bacia). Existem diferentes classificações geométricas, tais
como: simétrica e assimétrica, aprumadas, deitadas e inclinadas, revirada, aberta e
fechada (nas fechadas existe fluxão).

Fraturas - acontecem quando a rocha não tem mais capacidade de se deformar sem
sofrer rotura. Em vez de dobras irão aparecer falhas.

Falhas – Superfícies de rotura na rocha com movimento relativo de ambos os blocos.


(teto, muro). O espaçamento compreendido entre as paredes da falha chama-se caixa
de falha. Tipos de falhas: normal (teto desce) ou inversa (teto subiu) e transformante,
conformes (plano de falha tem mesmo sentido dos estratos) ou contrárias (plano de
falha tem sentido contrário ao dos estratos), de maior e menor pendor (inclinação da
falha maior ou menor do que a dos estratos).

Diáclases/Descontinuidades - Plano de fratura nas rochas em que não existe


movimento relativo dos blocos, podem ter origem tectónica ou resultar do
arrefecimento do magma.

Superfície de descontinuidades – Superfície entre duas series sedimentares (conjunto


de estratos paralelos). Fases de formação: Deposição de camadas, Basculamento,
erosão, deposição de outras camadas, basculamento e emersão e formação.
Propriedades das rochas
1 – Propriedades de identificação e classificação:

 Composição, textura, tamanho dos grãos minerais, cor


 Porosidade (razão entre o volume de vazios de uma amostra da rocha e o
volume total).
 Peso volúmico/Peso específico (peso por unidade de volume).
 Teor em água (razão entre o peso da água e o peso seco da rocha).
 Permeabilidade
 Durabilidade/Alterabilidade (resistência das rochas aos processos de alteração
e fragmentação.

2 – Propriedades mecânicas

 Resistência à compressão simples


 Resistência à tração

Para estudar a resistência das rochas podemos fazer o ensaio de carga pontual ou
usar o martelo de Schmidt.

 Velocidade das ondas sísmicas (relaciona-se com propriedades elásticas,


depende das características da rocha e das descontinuidades).
 Parâmetros de resistência
 Parâmetros de deformabilidade

Classificação de maciços rochosos


Não esquecer que os solos são terrenos que desagregam facilmente com a água, logo
são designados de maciços terrosos enquanto as rochas são maciços rochosos.

 Processo de meteorização física/química


 Processo de litificação (cimentação e compactação dos sedimentos)
 Terrenos de transição (solos furos ou rochas moles)

Classificações geológicas

 Litologia – informações implícitas (características de anisotropia,


expansibilidade, alterabilidade, resistência ao desgaste, solubilidade, etc.).
 Grau de alteração (W)
1 – Afloramento e corte em maciço rochoso (facilidade de desmonte, facilidade
de partir o material, coloração, brilho).
2 – Sondagens com recolha de amostra.
 Grau de Faturação (F) – Espaçamento entre fraturas ou contagem das fraturas
por metro.
 Percentagem de recuperação de amostra – informa sobre o estado de
alteração e fracturação.
 RQD (Rock Quality Designation) – O valor pode ser estimado pela proposta de
palmstrom
 BGD (Descrição Geotécnica Básica) – Zonamento prévio do maciço a classificar,
existem parâmetros a incluir tais como: Caracterização geológica, espaçamento
e espessura de camadas, resistência à compressão simples da rocha e ângulo
de atrito das descontinuidades.

Classificações para fins da engenharia

A caracterização do comportamento mecânico do material da rocha tem por base a


resistência à compressão simples, ao modulo de elasticidade/deformabilidade e as
velocidades de propagação das ondas ultrassónicas.

Para a classificação dos maciços rochosos utilizam-se o valor absoluto da velocidade de


propagação de ondas elásticas e o quociente das velocidades medidas no campo e em
provetes.

Classificação geomecanica (RMR) – Classificação de Bieniawski

Baseia-se em seis parâmetros:

 Resistência à compressão uniaxial


 Índice de qualidade RQD
 Espaçamento entre descontinuidades
 Características das descontinuidades
 Presença da água
 Orientação das descontinuidades (adicional)
Prospeção
Prospeção – Trabalhos que permitem obter indicações do que se passa abaixo da
superfície, estes tem como objetivos: obter dados para completar e pormenorizar o
modelo geológico, obter uma base para avaliar possíveis problemas e parâmetros de
dimensionamento e obter mais uma base para avaliação de custos e prazos.

As características mais visadas com o estudo geológico e geotécnico dos maciços são:
deformabilidade, resistência, permeabilidade e o estado de tensão “in situ”.

O plano de prospeção deve incluir: definição e localização, indicações quanto às


colheitas de amostras e indicações quanto aos ensaios “in situ”, e os fundamentos
para elaborar o plano são: Conhecer o funcionamento das estruturas, reconhecer
superficialmente o terreno, conhecer as técnicas de prospeção e flexibilidade.

Tipos de prospeção

1. Mecânica – métodos diretos


Permitem a retirada de amostras do terreno (não sofrem distorções nem
alterações de volume, sofrem apenas alteração do estado de tensão
relativamente ao solo de onde foram retiradas), identificam, classificam e
avaliam a resistência. Permitem a realização de ensaios “in situ”. Ex:
i. Poços e valas (superficial, escavação com meios mecânicos, barato e
rápido). Limitações: Profundidade reduzida, solos e rochas brandas,
nível freático e necessidades de entivação.
ii. Trincheiras
iii. Galerias (profundidade, caro e demorado, observa diretamente as
formações no interior dos maciços) (Nota: parece um túnel)
iv. Sondagens (podem ser destrutivas.) Tipos de sondagem: Furação
destrutiva à percussão e/ou rotação, furação – trados (manuais e
mecânicos) e furação à rotação com recuperação continua.
2. Geofísica – métodos indiretos (correlação de grandezas físicas com parâmetros
geomecanicos).
Determinam singularidades no terreno. Importantes para o estudo preliminar.
Ex: Georadar, prospeção sísmica e elétrica.

3. Geotécnica – Ensaios in situ


Permitem completar o zonamento geotécnico e caracterizar os parâmetros
hidráulicos e mecânicos (resistência e deformabilidade).

i. Comportamento hidráulico – A água prejudica as condições de


estabilidade dos maciços terrosos e rochosos. O escoamento (laminar
ou turbulento – depende da velocidade) nos solos ocorre pelos vazios
entre partículas enquanto nos maciços rochosos a água circula pelas
fissuras. Devem ser realizados ensaios de permeabilidade (lugeon
(rochas) ou lefranc(solos)), geralmente decresce com a profundidade.
ii. Comportamento mecânico – Para estudar a deformabilidade usa-se o
ensaio de carga em placa, almofadas planas e dilatómetro já para
estudar a resistência usa-se os ensaios de corte e de deslizamento (só é
justificado o uso destes ensaios em obras importantes).
iii. Determinação do estado de tensão – Ensaios com almofadas de
pequena área (SFJ) e defórmetro tridimensional (STT).
1- Geofísica
Objetivos: Estimar a possança de estratos e espessuras de alteração, localizar
falhas, zonas de esmagamento e outras descontinuidades, caracterizar a
deformabilidade dos maciços de fundação, detetar zonas favoráveis à
ocorrência de águas subterrâneas e vazios.
Métodos: sísmicos (direto, refração e reflexão), resistividade elétrica e radar de
superfície.

Sismologia
Os sismos são vibrações dos solos que são provocados por libertações súbitas de
energia elástica. O lugar onde essa energia é libertada designa-se por hipocentro.

Tipos de ondas sísmicas:

1. Ondas primarias (P) – Ondas de volume em que as partículas vibram na direção


de propagação da onda. Ondas longitudinais ou de compressão.
2. Ondas secundarias (S) – Ondas de volume em que as partículas vibram num
plano perpendicular à direção de propagação de onda. Ondas transversais ou
de cisalhamento.
3. Ondas love – Ondas de superfície com movimento horizontal e perpendicular
4. Ondas Rayleigh – Ondas de superfície com movimento rolante com orbita
elíptica.

Fenómenos consequentes dos sismos:

1. Tsunamis: deslocamento vertical da água devido ao movimento abrupto das


placas tectónicas
2. liquefação dos solos: solo saturado ou parcialmente saturado perde resistência
e rigidez, ocorre normalmente em solos granulares e saturados com fraca
drenagem.

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