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Rochas

Conceito de rocha
Rochas - Unidades estruturais da crosta e do manto terrestres
constituídas, em regra por um ou vários minerais.

Tipos de rochas

Magmáticas Sedimentares Metamórficas

Gnaisse
Granito Arenito
Conceito de rocha

Rochas
Magmáticas Sedimentares Metamórficas

Rochas resultantes
Formadas pela da transformação
Resultam da
deposição de da textura e
consolidação
materiais composição mineralógica
de magma,
provenientes de rochas
em profundidade
de outras preexistentes
ou à superfície.
rochas (sedimentares,
preexistentes. metamórficas
ou magmáticas).
Colégio João de Barros

As rochas
Sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Na génese das rochas sedimentares ocorrem duas fases:
 sedimentogénese (meteorização, erosão, transporte e deposição);
 diagénese (compactação e cimentação).

Meteorização e Erosão

Transporte

Sedimentação

Diagénese e formação das


rochas sedimentares
Sedimentogénese

Sedimentogénese
Conjunto de processos que intervêm desde a
elaboração dos materiais que irão constituir
as rochas sedimentares até à deposição
destes.

Assim, inclui a formação de materiais a


partir de rochas preexistentes, ou de
restos de seres vivos, o seu transporte
e sua deposição.
Sedimentogénese

Tipos de sedimentos
Sedimentos detríticos (clastos)
Fragmentos de dimensões
variadas provenientes da
alteração de outras rochas.

Sedimentos de origem química


Substâncias dissolvidas na
água que precipitam.

Sedimentos biogénicos
Restos de seres vivos (conchas,
ossos, fragmentos de plantas,
pólen, etc).
Sedimentogénese- Meteorização
Meteorização
Conjunto de processos que leva à alteração
das características iniciais da rocha, por ação
de fatores físicos e/ou químicos, ocorrendo à
superfície.

Meteorização

Física Química
Desagregação Transformação dos
mecânica das minerais noutros,
rochas, as rochas mais estáveis face
fragmentam-se em às novas condições
porções cada vez ambientais em que
mais pequenas. se encontram.
Sedimentogénese- Meteorização

Meteorização física
 Desagregação em fragmentos cada vez menores;
 Conservação das características do mineral original;
 Aumento da superfície de exposição aos agentes de
meteorização.
Sedimentogénese- Meteorização

Caso de estudo: granito (pág. 12)


 Formação: pressão litostática e temperatura elevadas
 Movimentos tectónicos e remoção das camadas
suprajacentes: expansão de volume - descompressão
 Consequência: rede de fraturas – diáclases

 Aumento da exposição aos agentes de meteorização (físicos


e químicos)
Sedimentogénese- Meteorização

Caso de estudo: granito


 2 fenómenos simultâneos:
 Arredondamento dos blocos - as arestas e os vértices
dos blocos entre as diáclases vão sendo erodidas,
formando o Caos de Blocos
Sedimentogénese- Meteorização

Caso de estudo: granito


 2 fenómenos simultâneos:
 Arenização do granito: como resultado tanto da
meteorização física como química, forma-se uma areia
granítica em torno dos blocos
Sedimentogénese- Meteorização

Caso de estudo: granito


Sedimentogénese- Meteorização
 Efeito da congelação (crioclastia) da água
nos interstícios e poros da rocha;
Agentes de
meteorização
física
Sedimentogénese- Meteorização
 Efeito da congelação (crioclastia) da água
nos interstícios e poros da rocha;
 Dilatações e contrações térmicas
(termoclastia) diferenciadas nos diferentes
minerais.
Sedimentogénese- Meteorização
 Efeito da congelação (crioclastia) da água
nos interstícios e poros da rocha;
 Dilatações e contrações térmicas
(termoclastia) diferenciadas nos diferentes
minerais.
 Crescimento de minerais (haloclastia) nas
fraturas e poros das rochas como resultado
da precipitação de sais dissolvidos na água.
Sedimentogénese- Meteorização
 Efeito da congelação (crioclastia) da água
nos interstícios e poros da rocha;
Agentes de
 Dilatações e contrações térmicas
meteorização
(termoclastia) diferenciadas nos diferentes
física
minerais.
 Crescimento de minerais (haloclastia) nas
fraturas e poros das rochas como resultado
da precipitação de sais dissolvidos na água.
 Atividade biológica (líquenes, crescimento
das raízes, escavações de galerias;
Sedimentogénese- Meteorização
 Efeito da congelação (crioclastia) da água
nos interstícios e poros da rocha;
Agentes de
 Dilatações e contrações térmicas
meteorização
(termoclastia) diferenciadas nos diferentes
física
minerais.
 Crescimento de minerais (haloclastia) nas
fraturas e poros das rochas como resultado
da precipitação de sais dissolvidos na água.
 Atividade biológica (líquenes, crescimento
das raízes, escavações de galerias;
 Descompressão à superfície, expansão e
fratura do material rochoso aflorado;
Sedimentogénese- Meteorização
 Efeito da congelação (crioclastia) da água
nos interstícios e poros da rocha;
Agentes de
meteorização  Dilatações e contrações térmicas
física (termoclastia) diferenciadas nos diferentes
minerais.
 Crescimento de minerais (haloclastia) nas
fraturas e poros das rochas como resultado
da precipitação de sais dissolvidos na água.
 Atividade biológica (líquenes, crescimento
das raízes, escavações de galerias;
 Descompressão à superfície, expansão e
fratura do material rochoso aflorado;
 Ação mecânica da água e do vento, por
projeção de detritos sobre a rocha;
METEORIZAÇÃO MECÂNICA
Sedimentogénese- Meteorização

Meteorização física
 Predomina em zonas do globo geladas e desérticas,
nas quais a água no estado líquido é escassa.
Sedimentogénese- Meteorização

Meteorização física
 Atividade laboratorial: pág. 15

Vídeo da Escola Virtual:

“Qualé o efeito das variações térmicas em rochas


com diferentes graus de meteorização?”
Sedimentogénese- Meteorização

Resolução dos exercícios da pág. 15


1. O objetivo é perceber a influência da meteorização das
amostras na vulnerabilidade ao ensaio por variação térmica.
2. A variável dependente corresponde à variação de massa
sofrida pelas amostras.
3. O índice de variação é tanto maior quanto maior for o grau
de meteorização.
4. As amostras mais alteradas sofreram maior variação na
massa porque houve uma desagregação maior. Possivelmente,
a desagregação foi maior porque as fissuras já existentes
aumentaram com as variações térmicas.
5. A massa e a área de superfície iniciais das amostras não
foram controladas e terão afetado os resultados.
Sedimentogénese- Meteorização

6. As amostras são pequenas face ao tamanho dos


afloramentos; A escala de tempo é muito reduzida; apenas
foi testada a influência da temperatura, enquanto na
Natureza são vários os fatores que contribuem para o
efeito.
7. Os ambientes desérticos estão, normalmente, sujeitos a
grandes oscilações térmicas. Estas variações na
temperatura fraturam as rochas ao longo do tempo.

Exercício pág. 18
Sedimentogénese- Meteorização

Resolução dos exercícios da pág. 18


1. Quando o granito se forma em profundidade, fica sujeito à
pressão exercida pelas rochas que o rodeiam. Quando
exposto à superfície, ou perto dela, o alívio de pressão
origina uma expansão do maciço que contribui para a
fraturação.
2. Meteorização por termoclatia e ação da água por
crioclastia.
3. Cristalização dos sais.
4. Cristalização de sais: haloclastia; choque térmico:
termoclastia
Sedimentogénese- Meteorização

Resolução dos exercícios da pág. 18


5. A amostra GR5 é aquela que apresenta maior porosidade
antes e após o processo de envelhecimento no laboratório. A
maior porosidade antes do processo de envelhecimento
permitiu um maior crescimento de sais nesses poros, tendo
contribuído para o progressivo aumento da porosidade e,
mais tarde, para a desintegração da rocha.
Sedimentogénese - Meteorização

Meteorização química
 Exposição das rochas aos agentes de
geodinâmica interna (água e ar), com os
quais reagem quimicamente.

 Alguns minerais são convertidos…


 noutros minerais mais estáveis
(minerais de neoformação)
 em produtos solúveis (transportados
pelas águas correntes até ao mar);

 Processo que fragiliza as rochas,


facilitando a sua desagregação
Sedimentogénese- Meteorização

Meteorização química

 Causada pela instabilidade da estrutura dos


minerais gerados em profundidade;

 Agentes de meteorização química:


 Água,
 Oxigénio,
 Dióxido de carbono.

 Agentes de meteorização bioquímica:


 substâncias produzidas pelos seres vivos.
Sedimentogénese- Meteorização

Meteorização química
 A meteorização química é muito mais rápida e intensa em
regiões de clima quente e húmido

 Engloba processos complexos


que, normalmente, ocorrem em
simultâneo:
 Dissolução
 Hidrólise
 Oxidação
 Hidratação
Meteorização química – dissolução

Dissolução - Reação dos minerais com a água ou com um ácido em que ocorre
quebra de ligações químicas entre os diferentes iões.

- O material rochoso passa diretamente para uma solução (desaparece).


- Apesar da maioria dos minerais não serem solúveis em água, se esta se
apresentar acidificada, reage com os minerais, alterando-os.
- Exemplo de dissolução: Carbonatação (dissolução da calcite por ação do ácido
carbónico)

A água da chuva O ácido carbónico


reage com o CO2 reage com a
atmosférico, calcite (CaCO3) e
formando ácido origina os iões
carbónico cálcio e
bicarbonato
Calcite
Meteorização química – dissolução (carbonatação)

COMO É QUE A ÁGUA DA CHUVA DISSOLVE OS CALCÁRIOS?

Geralmente: os calcários ostentam uma densa rede de diáclases (caso


contrário, seriam rochas bastante impermeáveis). É a circulação da água
da chuva por essas diáclases que leva ao seu progressivo alargamento,
dando origem ao modelado cársico.

Calcários - rochas constituídas pelo mineral calcite (carbonato de cálcio:


CaCO3).
Através das diáclases, a calcite é facilmente atacada pelas águas
acidificadas, ocorrendo carbonatação, da qual resulta bicarbonato de cálcio
dissolvido na água.
Meteorização química – dissolução (carbonatação)

CaCO3+H2CO3 Ca2++ 2(HCO-3)


CaCO3 = carbonato de cálcio 2(HCO -3) = hidrogenocarbonato
H2CO3 = ácido carbónico

Por este processo, as fendas vão-se alargando e coalescendo umas com as


outras, o que, em casos extremos pode levar à formação de longos e largos
canais subterrâneos, por onde se dá uma intensa circulação da água.

Em Portugal continental, os maciços calcários da região centro (Fátima, Minde,


Ourém), são bons exemplos de locais onde ocorre a formação de grutas e
galerias subterrâneas.
Meteorização química – dissolução
- As águas acidificadas podem reagir com calcários margosos
(impuros, com uma fração argilosa e uma fração calcária)
- Formam-se iões cálcio e hidrogenocarbonato – solúveis, desaparecem
- Resta apenas a Terra rossa, a argila insolúvel e rica em ferro (que
oxida e fica vermelha)
Meteorização química – dissolução
- A dissolução da calcite é o principal processo que leva à formação do
modelado cársico (paisagem sedimentar; inclui campos de lapiás,
grutas, algares).
- Ocorre alargamento de fissuras, onde a água se infiltra.
Meteorização química – precipitação

- Noutros locais, a calcite dissolvida é precipitada e formam-se


estalactites e estalagmites.
- As estalactites e as estalagmites resultam da seguinte reação
química, que é, assim, inversa da dissolução:

Ca(HCO3)2 CaCO3 + H2O + CO2


Sedimentogénese - Meteorização

Meteorização química
Hidrólise - reação de substâncias com os iões H+ e OH-,
resultantes da dissociação da água, podendo originar novos
minerais;

- Os iões H+ podem substituir átomos de carga positiva na


estrutura dos minerais;
- ex: granito – substituição do K+ do feldspato potássico pelo H+,
formando-se a caulinite

Feldspato Caulinite – mineral


de argila
Meteorização química - hidrólise
A hidrólise intensifica-se na presença de outras fontes de H+, como é o
caso do ácido carbónico.
Na natureza este forma-se frequentemente através da acidificação da
água, pois o CO2 atmosférico, ou o existente nos solos, pode reagir com a
água formando ácido carbónico, que tem tendência a ionizar-se.

H2O + CO2 H2CO3 H+ + HCO–3

H2CO3 = ácido carbónico


HCO–3 = ião hidrogenocarbonato
Estas águas acidificadas reagem com
o feldspato potássico (mineral que
ocorre, por ex. nas rochas graníticas),
originando a caulinite – mineral do
grupo das argilas, com grande
interesse para a indústria cerâmica.
Para além deste mineral de
neoformação, formam-se substâncias
solúveis na água.
Meteorização química - hidrólise
Este exemplo de meteorização é representado pela reação química:

2 KAlSi3O8+ H2CO3+ H2O Al2Si2O5 (OH)4+ 4 SiO2 + 2K+ + 2HCO 3–

H2CO3 = ácido carbónico KAlSi3O8 = feldspato potássico


HCO–3 = ião hidrogenocarbonato Al2Si2O5 (OH)4 = caulinite

O fenómeno denomina-se caulinização, ocorrendo frequentemente nas rochas


graníticas, que a pouco e pouco, se vão alterando, pela transformação dos
feldspatos em minerais de argila

Exercícios pág. 21 e 22
Meteorização química – oxidação
Oxidação – reação química que ocorre quando uma substância perde
eletrões para outra; normalmente envolve o oxigénio e é intensificada pela
presença de água
- oxigénio atmosférico (dissolvido na água) reage com os iões dos minerais,
produzindo óxidos.
- especialmente importante na meteorização de minerais com teores de
ferro elevados (minerais ferromagnesianos – olivinas, piroxenas e anfíbolas).

Oxidação

Hematite – óxido de ferro


Meteorização química - oxidação
Meteorização química – oxidação
Oxidação – reação química que envolve oxigénio
- Perda ou ganho de eletrões por átomos ou iões da estrutura mineral.
- Formam-se novos minerais (minerais de neoformação).

Oxidação

Piroxena Hematite – óxido de ferro


Meteorização química - oxidação
Sedimentogénese- Meteorização

Meteorização química – hidratação/desidratação

 Incorporação de moléculas de água diretamente na estrutura


cristalina de um mineral, ou sua remoção.
 A hidratação implica o aumento de volume dos minerais
facilitando a desintegração da rocha.
 Formam-se novos minerais.
Meteorização química
Hidratação

3H2O Limonite

Fe2O3 Hematite Desidratação


2Fe(OH)3
2H2O

CaSO4

CaSO4.2H2O Anidrite
Gesso
Sedimentogénese - Meteorização química
 Dissolução (Carbonatação)- reação dos minerais
com a água ou com um ácido, resultando iões livres em
solução. O mineral desaparece.
 Hidrólise- Substituição de catiões da estrutura
de um mineral por iões de hidrogénio, com origem
na água ou num ácido. Formam-se novos minerais ou
desintegram-se os minerais originais. Ex:
caulinização
 Oxidação/redução- perda ou ganho de eletrões
por átomos ou iões da estrutura mineral. Formam-
se novos minerais. Oxigénio + Ferro
 Hidratação/desidratação- combinação química dos
minerais com água ou sua remoção. A hidratação
implica o aumento de volume dos minerais
facilitando a desintegração da rocha. Formam-se
novos minerais.
Meteorização química – Ação biológica
- As plantas aumentam a circulação de água.
- As raízes produzem CO2 (baixa o pH).
- Os seres vivos produzem fluídos, ácidos, e outras substâncias.
Ex: Os líquenes elaboram substâncias que reagem com as rochas; as fezes
dos pombos são particularmente agressivas nas rochas calcárias.
Sedimentogénese- Meteorização

Resolução dos exercícios da pág. 22


1. Nas fendas do calcário encontra-se iões dissolvidos e
alguma humidade retida, que servem de substrato à planta.
2. A resistência à falta de água será elevada, já que esta se
infiltra em profundidade pelas fendas do calcário.
3. Como o calcário contém minerais de ferro, estes sofrem
oxidação por reação com o oxigénio, adquirindo a cor
vermelha.
4. A reação com o feldspato é de hidrólise, uma vez que há
consumo de água. A reação com a calcite é de dissolução,
uma vez que os minerais são completamente dissolvidos na
água.
Sedimentogénese- Meteorização

Resolução dos exercícios da pág. 22


5. Os microrganismos anaeróbios produzem CO2, que se
acumula no solo. Este reage com a água que se infiltrou e
favorece a formação de ácido carbónico. O aumento da
produção deste ácido favorece a meteorização química.
Estes organismos e também os anaeróbios transformam a
matéria orgânica em matéria mineral, aumentando o teor de
minerais no solo.
6. A caulinite resulta da hidrólise de feldspato potássico, uma
mineral muito abundante na crusta terrestre. Além disso,
como a caulinite é um mineral insolúvel, reage dificilmente
com os agentes de geodinâmica externa para formar outros
produtos. Assim, tende a acumular-se à superfície.
Distribuição geográfica dos tipos de meteorização

Para as condições climáticas atuais existem, a nível mundial,


diferentes sistemas morfoclimáticos de meteorização:

 regiões com alteração essencialmente física, onde a alteração


bioquimiogénica é praticamente inexistente.

• Estas regiões cobrem uma área de 14% dos continentes.


• Abrange todas as regiões do globo sem água no estado líquido
(incluem as regiões polares e as áridas quentes)
Distribuição geográfica dos tipos de meteorização

 regiões com alteração essencialmente física

Regiões polares - cerca de 10% das terras emersas - as regiões


glaciárias árticas e antárticas (de latitude), com gelo permanente a
encobrir o solo, e as periglaciáricas, de solo exposto, mas
permanentemente com o solo gelado. Outras regiões, como
glaciárias de altitude (áreas de alta montanha) apresentam o mesmo
comportamento à meteorização.

Regiões áridas quentes - aquelas onde praticamente não chove


nem há vegetação - deserto absoluto – chamados desertos
hiperáridos.
Distribuição geográfica dos tipos de meteorização

 regiões de alteração essencialmente bioquimiogénica

• domínio corresponde cerca de 86% da superfície dos


continentes - as restantes terras emersas, onde existe água no
estado líquido e cobertura vegetal mais ou menos
desenvolvida.

• Incluem:
• regiões temperadas e intertropicais,
• algumas zonas áridas, nomeadamente as que podem ter
alguma precipitação, como o domínio árido e subárido.
Atividade laboratorial
Como se altera o granito?
Atividade laboratorial
Como se altera o granito?
Atividade laboratorial
Como se altera o granito?

 Minerais na amostra de granito são (minerais primários):


 Quartzo, feldspato e biotite
 Minerais na amostra de granito alterado (minerais secundários):
 Quartzo e argila
Atividade laboratorial
Como se altera o granito?

 Como se interpreta os resultados?


 Qual a relação da areia granítica com o granito?
Meteorização química
Sedimentogénese- Erosão
Erosão
Remoção, pela água, pelo vento ou pelo gelo, dos materiais resultantes
de meteorização das rochas.
Sedimentogénese - Transporte

Transporte
Os materiais resultantes da meteorização são,
em regra, transportados pela água (L ou S) ou
pelo vento para outros locais.
Motor: gravidade e energia solar (Ciclo da
água e movimento do ar)
Durante o transporte os sedimentos sofrem
modificações como arredondamento e
granotriagem(ou granosseleção).
Sedimentogénese - Transporte
Agentes de transporte

Gelo dos Vento


glaciares

Torrentes, rios, lagos, águas subterrâneas, mares


Transporte nos rios

Partículas dissolvidas e em suspensão: = velocidade da água

Partículas em tração (arrastamento, rolamento e saltação):


velocidade de deslocação inferior à da água
Sedimentogénese - Transporte

Arredondamento – os detritos vão perdendo as arestas e vértices,


ficando com a superfície progressivamente mais lisa e curva. Pelo grau
de arredondamento pode concluir-se a duração do transporte.

Sedimentos Sedimentos
maiores, mais menores, mais
angulosos arredondados
Sedimentogénese - Transporte

Arredondamento

Grãos
angulosos

Grãos
subarredondados
Grãos
arredondados
Sedimentogénese - Transporte

Granotriagem/Granosseleção – as partículas são selecionadas


e separadas de acordo com o tamanho, forma e densidade.
- Sedimentos bem calibrados: os detritos têm o mesmo tamanho
- Vento e rios: bons agentes de granotriagem

Sedimentos Sedimentos Sedimentos


mal moderadamente bem
calibrados calibrados calibrados
TRANSPORTE

A – Diferentes graus
de arredondamento dos
detritos

B – Diferentes graus
de granotriagem

C – Granulometria dos
materiais ao longo de um
curso de água
Sedimentogénese - Sedimentação
Sedimentação:
- Ocorre no momento em que o agente
transportador perde a sua energia e os
materiais (sedimentos) transportados ficam
depositados (dos mais pesados para os mais
leves).
- Outros sedimentos: resultantes de substâncias
dissolvidas na água ou de restos de organismos
(conchas, ossos, fragmentos de plantas);
- A deposição dá-se, geralmente, em camadas
sobrepostas (estratos), horizontais e
paralelas, sobretudo quando ocorre em
ambientes aquáticos.
- Sedimentação: sobretudo em ambientes
aquáticos (rios, lagos, lagoas, oceanos)
- Glaciares: sedimentação simultânea, quando o
gelo se funde (depósitos mal calibrados)
Sedimentogénese – Sedimentação

Estratificação em rochas sedimentares


(faixa piritosa do Alentejo)
Sedimentogénese - Transporte
Estratificação
Sedimentogénese - Sedimentação
Sedimentogénese – Sedimentação

Estratificação entrecruzada – revela uma variação na intensidade


e/ou na direção de transporte. Comum em sedimentos fluviais e eólicos.
Sedimentogénese – Sedimentação
Quais os ambientes de sedimentação?
Ambientes Sedimentares
Ambientes Sedimentares

Exercício pág. 27
Diagénese

Diagénese
Conjunto de processos físico-químicos que
intervêm após a sedimentação e pelos quais os
sedimentos se transformam em rochas
sedimentares coerentes e consolidadas.

Nesta fase pode existir dois tipos de


fenómenos:
 Compactação  Cimentação
Diagénese
Compactação

Compactação-
compressão
de sedimentos pelas
camadas superiores
que sobre eles
se foram
depositando, com
consequente
expulsão de
água e diminuição
do seu volume.
Diagénese
Cimentação

Cimentação-
preenchimento
dos espaços entre os
sedimentos por novos
minerais que resultam
da precipitação de
substâncias químicas
dissolvidas na água.
Estes minerais
formam um cimento que
liga as partículas,
formando
uma rocha.

Exercício pág. 31
Correção dos exercícios

Resolução dos exercícios da pág. 27


1. Inferior a 0,9 cm/s.
2. Aproximadamente 10 cm/s.
3. A granosseleção é maior no depósito B do que no depósito A.
4. A energia de transporte do rio Minho aumentou, pois
depositou sedimentos mais grosseiros por cima de
sedimentos mais finos.
5. As argilas foram transportadas em suspensão e as areias
grosseiras e os cascalhos por rolamento, saltação e/ou por
arrastamento.
Sedimentogénese- Meteorização

Resolução dos exercícios da pág. 31


1. Existência de limites declivosos que delimitaram uma
superfície plana e baixa, com uma rede de drenagem densa.
Os sedimentos foram assim transportados para a Bacia,
onde se depositaram.
2. Ocorreu afundamento, diagénese e levantamento das
rochas, seguidos de erosão.
3. Uma das seguintes:
- A elevação da Berlenga sofreu erosão desde esse
momento, até restar apenas o arquipélago atual.
- A atividade das falhas causou, a partir da Era Mesozoica,
um abatimento da elevação da Berlenga.
CONCLUSÃO:

Na formação de rochas sedimentares intervêm duas etapas fundamentais:


sedimentogénese e diagénese;

A sedimentogénese implica, normalmente diferentes processos: meteorização e


erosão das rochas, transporte dos materiais e sedimentação;
Os sedimentos podem ser de 3 tipos: sedimentos detríticos, sedimentos
resultantes de fenómenos químicos e sedimentos biogénicos;
A meteorização pode ser uma simples desagregação mecânica - meteorização
física ou implicar alterações químicas e mineralógicas - meteorização química;

Os materiais são transportados em solução ou sob a forma de fragmentos


sólidos de diferentes dimensões;
Quando a energia do agente de transporte é insuficiente para deslocar os
materiais, eles depositam-se, formando camadas horizontais e paralelas,
chamados estratos;
Pela diagénese, os sedimentos evoluem para rochas sedimentares, sob o efeito
de processos como a compactação, desidratação e cimentação.
Mapa de Conceitos
FIM

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