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Perguntas:
Objetivos:
1.1) (Cé lulas-tronco; Diferenciaçã o celular). Compreender a diferenciaçã o celular a partir das cé lulas-
tronco.
2.2) (Envelhecimento celular e apoptose). Entender o envelhecimento celular e o processo apoptó tico.
3.3) (Terapia Celular e Clonagem gê nica). Entender a terapia celular (cé lulas-tronco) e a clonagem como
ferramentas biotecnoló gicas.
1. EXPLICAR A CÉLULA-TRONCO
CLASSIFICACAO DE BIZZOZERO:
Quanto a duração:
- Lábeis: curta duração, por isso precisam ser renovadas constantemente. Ex: gametas e hemácias
(obs: hemácia só não é nucleada em mamíferos, em outros animais como peixes e répteis ela é
nucleada).
- Estáveis: podem durar meses ou anos. Tem ritmo de renovação constante. Ex: músculo liso
(regenera) e tecido epitelial.
- Permanentes: dura a vida toda, se perdê-la não há substituição. Ex: musculo estriado esquelético,
músculo cardíaco e neurônios (porém, em algumas áreas de nosso cérebro eles podem ser
repostos, como no hipocampo).
CÉLULA TRONCO
É aquela que é capaz de gerar outras células do organismo. PODEM SE DIVIDIR CONTINUAMENTE e
TÊM CAPACIDADE DE SE DIFERENCIAREM EM VÁRIAS LINHAGENS CELULARES.
àTodas as células do corpo têm o mesmo genótipo (mesmos genes); mesmo genoma (sequência
de nucleotídeos dentro dos genes).
àDurante a diferenciação (especialização), partes diferentes do genoma se expressam.
àSeria assim: todas as células de um corpo têm os mesmos genes, os genes que estão
“funcionando” em cada uma delas não são os mesmos.
AES 4 – P3 – Mudanças – Células Tronco MED 2º. Semestre – THAMY SOLIGO
Célula-tronco; Diferenciação Celular; Envelhecimento celular; Apoptose; Clonagem gênica.
Diferenciação celular: é o processo de especialização da célula, que se dá pela atividade gênica diferente
nos vários tipos celulares de um organismo (variação na expressão gênica), que resulta em funções
específicas. Essa especialização resulta na síntese de proteínas específicas no organismo (como
hemoglobina nos eritrócitos; anticorpos nos linfócitos) – já que a produção de proteínas numa célula se
dá pela ordem do DNA..
àCada tipo celular expressa um gene específico que faz diferenciar. É a expressão gênica seletiva adquiria
no processo de diferenciação que torna as células diferentes em funções entre si.
àAlguns genes se manifestam em todos os tipos celulares: os genes de manutenção (necessários para a
manutenção de elementos comuns das células, como membrana, organelas).
à IMPORTANTE: diferenciação não significa perda de informação genética. Todas as células do organismo
têm genes idênticos (exceto linfócitos).
à Todas as células são originadas do Zigoto (que é totipotente).
à Quanto mais especializada a célula, mais DEPENDENTE da relação com outras células (já os organismos
procarióticos são independentes, por ex: bactérias em colônias são independentes, tanto que uma só pode
gerar uma nova colônia toda).
2. Gastrulação: divisões continuam, mas ritmo menos acelerado. Embrião vira GÁSTRULA, formado
pelos blastômeros.
É o processo de mudança na forma embrionária, que se dá por movimentos celulares intensos.
Resulta no surgimento dos três folhetos embrionários: ectoderma, mesoderma e endoderma.
Nesta fase, inicia-se processo de transcrição, consequentemente começa a expressão gênica
(antes só divisão da herança materna). Aqui, inicia-se a definição do perfil proteico próprio.
A morfogênese é um processo que ocorre nas gastrulação (pelos movimentos celulares intensos)
que define a localização das células na estrutura do embrião. Isso é fundamental para iniciar a
determinar a diferenciação. As modificações na forma da molécula dependem de como se
organiza o citoesqueleto, e isso se dá pela existência de moléculas sinalizadora nas membranas =
o que vai gerar interação com a matriz extracelular. Essa interação extracelular também vai fazer
com que células se agrupem.
Em detalhe e + informações:
O INÍCIO DA DIFERENCIAÇÃO
Nos mamíferos, as primeiras 8 células embrionárias formadas são idênticas – iguais
quantitativa e qualitativamente às da célula-ovo. Por isso são chamadas de
TOTIPOTENTES (podem originar um indivíduo completo, como a célula-ovo).
Por essa característica é possível o surgimento de gêmeos idênticos.
Durante o trajeto do embrião pela tuba uterina, suas células entrariam em contato com
diferentes concentrações de substâncias (de acordo com a posição de cada célula na
D mórula). Essas substâncias poderiam desencadear as primeiras diferenciações.
I Morfógeno: substância difusível que provoca respostas diferentes em células idênticas de
acordo com o nível de concentração ao alcança-las.
F Essas substâncias também ajudam a estabelecer os fatores condicionantes do
aparecimento das futuras diferenciações = os valores posicionais. Começa a estabelecer
E uma relação de vizinhança entre as células: vai possibilitar as interações entre elas.
R Os valores posicionais contribuem para o aparecimento dos fenômenos de indução:
motivadores para a maioria das diferenciações posteriores.
E Os eixos cefalocaudal, dorsoventral e mediolateral são implantados logo na formação do
N mesoderma. O ponto de referência é o Nó de Hensen e a linha primitiva, dos quais se
origina a notocorda e as outras partes do mesoderma.
C
Embrião desdobra-se e se transforma num corpo cilíndrico, com suas extremidades
I cefálica e caudal, faces ventral e dorsal e partes laterais. No dorso se forma o tubo
A neural. Simultaneamente à implantação do plano geral do corpo, começa a surgir a
diferenciação das células e dos tecidos de praticamente todos os órgãos.
Ç
à O primeiro sistema a aparecer – e funcionar – é o cardiocirculatório, cujo sangue
transportará em pouco tempo as substâncias indutoras de múltiplas diferenciações.
O
Indução: células de alguns tecidos incitam a diferenciação das células de outros. Nem
todas induzem ou são induzidas. Trata-se de um processo de especificidades.
Habitualmente, os fenômenos de indução ocorrem de modo encadeado.
Nas etapas mais avançadas do desenvolvimento embrionário surgem as induções
mediadas por hormônios, ou seja: entre tecidos distantes.
APOPTOSE
No processo de apoptose, a célula pode desenvolver saliências ou bolhas em sua superfície. Porém, logo
encolhe e condensa. Citoesqueleto colapsa, envelope nuclear se fragmenta, e o DNA se quebra em
fragmentos.
Importante: a superfície celular é alterada de tal forma que ela imediatamente atrai células fagocíticas
(macrófagos), que a englobam antes que ela extravase seu conteúdo – isso permite que componentes
orgânicos da célula em apoptose sejam reciclados pela célula que a ingere.
Sabe-se que a falta de alguns hormônios e fatores de crescimento pode levar as células-alvo a
apoptose. Por exemplo, a falta de testosterona causa apoptose nas células da próstata.
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Célula-tronco; Diferenciação Celular; Envelhecimento celular; Apoptose; Clonagem gênica.
Por outro lado, a apoptose também é um mecanismo de defesa. Células penetradas por vírus, bactérias
ou protozoários muitas vezes entram em apoptose, e o mesmo pode acontecer quando o DNA da
própria célula passa por mutação. Como o câncer resulta de mutações em células somáticas, a apoptose
constitui uma defesa natural contra células malignas.
A maquinaria molecular responsável pela apopotose (similar na maioria das células animais) se dá por
uma família de proteases chamadas CASPASES. Elas são produzidas na forma de precursores inativos,
PRÓ-CASPASES, que são ativados em respostas a sinais que induzem a apoptose. Dois tipos de caspases
trabalham juntas para promover a apoptose:
à Caspases iniciadoras: clivam e, assim ativam as caspases executoras.
à Caspases executoras: algumas delas ativam mais executoras, promovendo uma cascata proteolítica
cada vez maior.
Esta cascata é irreversível.
As principais proteínas que regulam a ativação das caspases são membros da família Bcl2 de proteínas
intracelulares.
à Membros mais importantes dessa família: Bax e Bak, que induzem a morte celular.
à Outros membros (incluindo a própria Bcl2) inibem a apoptose, impedindo Bax e Bak de liberar
o citocromo C
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ENVELHECIMENTO CELULAR
Diminuição na habilidade celular para se proliferar como o passar do tempo. Cada célula está
programada para certo número de divisões celulares. Depois disso, a célula entra em estado de
aquiescência, estatal depois a CELULA MORE via o processo de APOPTOSE
Entretanto, em cada ciclo de divisão celular os telômeros encurtam. Após muitas divisões,
podem desaparecer completamente – até parte do material genético do cromossomo pode
ser perdida.
Isso sugere que a erosão do DNA das extremidades contribui vastamente para o
envelhecimento e para a morte das células. Pessoas que experimentam altos níveis de
estresse têm telômeros com comprimento significativamente menor.
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Célula-tronco; Diferenciação Celular; Envelhecimento celular; Apoptose; Clonagem gênica.
Um dos principais experimentos sobre telômeros foi a clonagem da ovelha dolly. As células
obtidas foram da glândula mamária de uma adulta (significa que os telômeros dessas células
eram menores devido aos ciclos reprodutivos anteriores). Ao longo de sua vida, dolly
apresentou sintomas de envelhecimento precoce (artrite, por exemplo). Após 6 anos morreu
por doença crônica e degenerativa nos pulmões.
Diversas enzimas garantem o funcionamento correto dos telômeros, entre elas TRF1, TRF2,
POT 1 e TIN2, mas uma se destaca quando o assunto é o envelhecimento: a telomerase. Ela
pertence a classe de DAN polimerase e possui função de repor telômeros nas extremidades
do cromossomo. Muitas células apresentam o gene produtor dessa enzima na forma inativa
e, por isso, têm vida reprodutiva curta. Células com maior concentração de telomerase têm
vida útil maior e envelhecimento mais lento.
AES 4 – P3 – Mudanças – Células Tronco MED 2º. Semestre – THAMY SOLIGO
Célula-tronco; Diferenciação Celular; Envelhecimento celular; Apoptose; Clonagem gênica.
A telomerase é uma enzima que que tem como função adicionar sequencias especificas e
repetidas de DNA às extremidades 3’dos cromossosmo. A reposição de telômeros resolve o
problema do fim da replicação (caso contrário perderíamos material genético a cada
divisão).
As doenças dos telômeros, causada por defeitos genéticos, incluem: disceratose congênita
(doença hereditária rara), anemia aplástica, fibrose pulmonar, cirrose hepática e aumentam
a susceptibilidade ao câncer
É possível agir sobre os fatores que contribuem para preservar o comprimento dos
telômeros
Se tivermos um óvulo humano cujo núcleo foi substituído por um núcleo de célula somática e deixarmos
que se divida no laboratório (não em útero), teríamos, teoricamente, a possibilidade de obter
blastocistos e usar a célula-tronco embrionária para formar diferentes células.
Atualmente, o transplante de medula é a terapia celular mais bem conhecida e vem sendo empregada
com sucesso em casos de terapia de doenças graves que afetam o sangue, como anemia aplástica grave
AES 4 – P3 – Mudanças – Células Tronco MED 2º. Semestre – THAMY SOLIGO
Célula-tronco; Diferenciação Celular; Envelhecimento celular; Apoptose; Clonagem gênica.
(doença em que não há formação das células sanguíneas), algumas doenças hereditárias e vários tipos
de leucemia (leucemia mielóide aguda, leucemia mielóide crônica, leucemia linfoide aguda).
Outra fonte de pesquisas interessantes é o tratamento de infarto do miocárdio. Nestes casos, há morte
de parte do tecido cardíaco e as células remanescentes não são capazes de reconstituir o tecido morto.
Experimentos indicam que as células-tronco hematopoiéticas introduzidas são capazes de migrar pra
áreas doentes e de originar novas células de músculo cardíaco e de vasos sanguíneos. Duas técnicas
diferentes têm sido utilizadas: a aplicação de células-tronco isoladas da medula óssea e a utilização de
um hormônio que estimula a liberação das células-tronco da medula óssea do próprio paciente para a
circulação sanguínea – dali as células migram para as áreas lesadas.
Obtenção das células tronco: de embriões que foram descartados de clínicas de fertilização,
por exemplo. Lei de Biossegurança (2005) autoriza a doação desses embriões, desde que
haja autorização dos pais ne que tenham sido armazenadas por mais de 3 anos.