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AES 4 – P3 – Mudanças – Células Tronco MED 2º.

Semestre – THAMY SOLIGO


Célula-tronco; Diferenciação Celular; Envelhecimento celular; Apoptose; Clonagem gênica.

Perguntas:

1.Explicar a cé lula-tronco.


2.Como ocorre o processo de diferenciaçã o celular?
3.O que é o processo de envelhecimento e apoptose celular?
4.O que é terapia celular?

Objetivos:

1.1) (Cé lulas-tronco; Diferenciaçã o celular). Compreender a diferenciaçã o celular a partir das cé lulas-
tronco.
2.2) (Envelhecimento celular e apoptose). Entender o envelhecimento celular e o processo apoptó tico.
3.3) (Terapia Celular e Clonagem gê nica). Entender a terapia celular (cé lulas-tronco) e a clonagem como
ferramentas biotecnoló gicas.

1. EXPLICAR A CÉLULA-TRONCO

CLASSIFICACAO DE BIZZOZERO:

Quanto maior o grau de diferenciação/especialização celular:


-Maior o tempo de vida.
-Menor capacidade de divisão (multiplicação, mitose) celular.

Quanto a duração:
- Lábeis: curta duração, por isso precisam ser renovadas constantemente. Ex: gametas e hemácias
(obs: hemácia só não é nucleada em mamíferos, em outros animais como peixes e répteis ela é
nucleada).
- Estáveis: podem durar meses ou anos. Tem ritmo de renovação constante. Ex: músculo liso
(regenera) e tecido epitelial.
- Permanentes: dura a vida toda, se perdê-la não há substituição. Ex: musculo estriado esquelético,
músculo cardíaco e neurônios (porém, em algumas áreas de nosso cérebro eles podem ser
repostos, como no hipocampo).

CÉLULA TRONCO
É aquela que é capaz de gerar outras células do organismo. PODEM SE DIVIDIR CONTINUAMENTE e
TÊM CAPACIDADE DE SE DIFERENCIAREM EM VÁRIAS LINHAGENS CELULARES.

Para formar um zigoto, união de gametas: espermatozoide de 23 cromossomos fecundou um óvulo de


23 cromossomos = célula ovo (zigoto) com 46 cromossomos.

àTodas as células do corpo têm o mesmo genótipo (mesmos genes); mesmo genoma (sequência
de nucleotídeos dentro dos genes).
àDurante a diferenciação (especialização), partes diferentes do genoma se expressam.
àSeria assim: todas as células de um corpo têm os mesmos genes, os genes que estão
“funcionando” em cada uma delas não são os mesmos.
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Classificação das células tronco - Quanto ao poder de diferenciação delas.

Célula tronco TOTIPOTENTE


Estas são as Podem se diferenciar em todos os tecidos do corpo (nos 216 tipos de
CÉLULAS células que temos) e os anexos embrionários - placenta, saco vitelínico,
TRONCO
alantoide, cório e âmnio (ou bolsa amniótica). O Zigoto é uma célula
EMBRIONÁRIAS
São retiradas do Totipotente. Também é possível encontrar este tipo de célula na fase de
embrião. Mórula.
Origem Mórula e
Blástula, dos Célula tronco PLURIPOTENTE
blastocistos Podem formar todos os tecidos do corpo (os 216 tipos), mas não formam
(parte interna) os anexos embrionários. Os Blastocistos são pluripotentes (que é onde se
consegue a maior quantidade de células tronco embrionárias)

Célula tronco MULTIPOTENTE


Estas são as
Se diferencia em vários tecidos, mas não todos. Ex: células do cordão
CÉLULAS
TRONCO umbilical e medula óssea.
ADULTAS
Célula Tronco OLIGOPOTENTE
Se diferenciam em poucos tipos de células. Ex: células mesênquimais e
tecido conjuntivo.

Célula Tronco UNIPOTENTE


Se diferenciam em apenas um tipo de célula. Ex: astrócitos (células da glia)
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2. COMO OCORRE O PROCESSO DE DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Diferenciação celular: é o processo de especialização da célula, que se dá pela atividade gênica diferente
nos vários tipos celulares de um organismo (variação na expressão gênica), que resulta em funções
específicas. Essa especialização resulta na síntese de proteínas específicas no organismo (como
hemoglobina nos eritrócitos; anticorpos nos linfócitos) – já que a produção de proteínas numa célula se
dá pela ordem do DNA..

àCada tipo celular expressa um gene específico que faz diferenciar. É a expressão gênica seletiva adquiria
no processo de diferenciação que torna as células diferentes em funções entre si.
àAlguns genes se manifestam em todos os tipos celulares: os genes de manutenção (necessários para a
manutenção de elementos comuns das células, como membrana, organelas).
à IMPORTANTE: diferenciação não significa perda de informação genética. Todas as células do organismo
têm genes idênticos (exceto linfócitos).
à Todas as células são originadas do Zigoto (que é totipotente).
à Quanto mais especializada a célula, mais DEPENDENTE da relação com outras células (já os organismos
procarióticos são independentes, por ex: bactérias em colônias são independentes, tanto que uma só pode
gerar uma nova colônia toda).

Cada célula tem duas características:


- Diferenciação: grau de especialização
- Potencialidade: capacidade que a célula tem
de originar outros tipos celulares.
Quanto maior for a potencialidade, menor a
diferenciação. E vice-versa.
Blastômeros: são as primeiras células embrionárias
e podem originar qualquer tipo de célula. Têm grau
de diferenciação zero, e 100% de potencialidade
(totipotente).
Células nervosas, células do músculo cardíaco:
extremamente diferenciadas, específicas. Tanto que
perderam a capacidade de diferenciação, de gerar
novas células.

O processo que conduz a célula a especialização,


desde o estado embrionário, é uma sequência de
expressões e repressões gênicas controladas.

Importante saber que, com o passar do tempo (na


fase embrionária, ainda), começa a haver restrição
da plasticidade ou potencialidade. Células já não
sofrem mais influências externas.
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1. Primeiro momento de observação do programa de diferenciação. Formação das células


Blastômeros.
Logo após a fertilização, o embrião sofre diversas e rápidas mitoses, chamadas clivagens (só DNA
multiplica, citoplasma é dividido e vai ficando menor a cada célula nova). Para garantir a rapidez
deste processo, as fases G1 e G2 (que é quando há síntese de RNA que faria crescer a massa
celular). Então, nesta fase o embrião só divide as moléculas de RNA previamente acumuladas no
citoplasma. No final do processo de clivagem, o tamanho original do embrião não se altera.

2. Gastrulação: divisões continuam, mas ritmo menos acelerado. Embrião vira GÁSTRULA, formado
pelos blastômeros.
É o processo de mudança na forma embrionária, que se dá por movimentos celulares intensos.
Resulta no surgimento dos três folhetos embrionários: ectoderma, mesoderma e endoderma.
Nesta fase, inicia-se processo de transcrição, consequentemente começa a expressão gênica
(antes só divisão da herança materna). Aqui, inicia-se a definição do perfil proteico próprio.
A morfogênese é um processo que ocorre nas gastrulação (pelos movimentos celulares intensos)
que define a localização das células na estrutura do embrião. Isso é fundamental para iniciar a
determinar a diferenciação. As modificações na forma da molécula dependem de como se
organiza o citoesqueleto, e isso se dá pela existência de moléculas sinalizadora nas membranas =
o que vai gerar interação com a matriz extracelular. Essa interação extracelular também vai fazer
com que células se agrupem.

3. Início da expressão gênica e produção de proteínas próprias.


Ao se iniciar a expressão gênica própria, célula começa a produzir seletivamente proteínas (perfil
proteico) que são fundamentais para as funções celulares específicas ao fim do processo de
diferenciação. A diferença de atividade gênica entre as células se dá por dois mecanismos:
- Transicricional: controle transcricional é exercido pelo DNA, regulando a intensidade
de transcrição da maioria dos genes. Regula a disponibilidade do DAN para gerar RNA.
Pode variar de silenciar ou ter pouca diferença de atividade entre uma e outra célula.
Este ritmo é determinado pelos fatores de transcrição (proteínas nucleares
específicas. Ex: fatores determinantes de músculo). Neste processo, além da ativação
gênica, há a inativação (que pode se dar por diversos fatores como ligação de fatores
nuclear inibitórios até modificações estruturais da cromatina).
- Pós-transcricional: mecanismos que agem entre a transcrição do mRNA e a tradução
de proteína. Nesta fase há interferência no processamento do mRNA. É mais rápida,
responde às necessidades imediatas da célula

4. Fatores que controlam os processos de diferenciação


Diversos fatores intra e extracelulares influenciam.
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5. Diferenciação segue na vida adulta


No recém-nascido o processo de diferenciação segue em setores do organismo (ex: no
momento do nascimento, rins e fígados não estão completamente diferenciados). Conexões
entre neurônios também é incompleta ao nascer.

Em detalhe e + informações:

Fecundação: espermatozoide (26 cromossomos) penetra o ovócito (26 cromossomos) =


1 ZIGOTO (46 cromossomos).
Zigoto passa por série de clivagens, quando apenas seu DNA se duplica. Forma os
BLASTÔMEROS.
2 Como o citoplasma não multiplica, vai ficando menor nas células-filhas que vão surgindo.
Este processo se inicia cerca de 30. Horas após a fecundação e provoca aumento rápido do
número de células.
A partir de 16 blastômeros formados, os citoplasmas deles se conectam, adquirindo a
forma de uma esfera compacta, passa a ser chamado MÓRULA.
3 Surge cerca de 3 dias após fecundação. É formada na tuba uterina. Neste estágio, as células
são TOTIPOTENTES.
Quando a mórula chega ao útero, no seu interior se forma uma cavidade oca: cavidade
blastocística. Ele passa a ser chamado BLASTOCISTO.
4 Nele existe: - massa celular interna (embrioblasto): primórdios do corpo do indivíduo.
- massa celular externa (trofoblasto): participa na formação da placenta.
Nesta fase, os blastocistos são PLURIPOTENTES.
Embrioblasto, uma semana depois, dá origem ao EMBRIÃO.
5 Formado por duas camadas epiteliais superpostas: epiblasto e hipoblasto, já com sinais de
diferenciação.

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Mais uma semana depois, embrião


apresenta três camadas epiteliais:
- Ectoderma;
- Mesoderma;
- Endoderma.
6

O INÍCIO DA DIFERENCIAÇÃO
Nos mamíferos, as primeiras 8 células embrionárias formadas são idênticas – iguais
quantitativa e qualitativamente às da célula-ovo. Por isso são chamadas de
TOTIPOTENTES (podem originar um indivíduo completo, como a célula-ovo).
Por essa característica é possível o surgimento de gêmeos idênticos.

Durante o trajeto do embrião pela tuba uterina, suas células entrariam em contato com
diferentes concentrações de substâncias (de acordo com a posição de cada célula na
D mórula). Essas substâncias poderiam desencadear as primeiras diferenciações.
I Morfógeno: substância difusível que provoca respostas diferentes em células idênticas de
acordo com o nível de concentração ao alcança-las.
F Essas substâncias também ajudam a estabelecer os fatores condicionantes do
aparecimento das futuras diferenciações = os valores posicionais. Começa a estabelecer
E uma relação de vizinhança entre as células: vai possibilitar as interações entre elas.
R Os valores posicionais contribuem para o aparecimento dos fenômenos de indução:
motivadores para a maioria das diferenciações posteriores.
E Os eixos cefalocaudal, dorsoventral e mediolateral são implantados logo na formação do
N mesoderma. O ponto de referência é o Nó de Hensen e a linha primitiva, dos quais se
origina a notocorda e as outras partes do mesoderma.
C
Embrião desdobra-se e se transforma num corpo cilíndrico, com suas extremidades
I cefálica e caudal, faces ventral e dorsal e partes laterais. No dorso se forma o tubo
A neural. Simultaneamente à implantação do plano geral do corpo, começa a surgir a
diferenciação das células e dos tecidos de praticamente todos os órgãos.
Ç
à O primeiro sistema a aparecer – e funcionar – é o cardiocirculatório, cujo sangue
transportará em pouco tempo as substâncias indutoras de múltiplas diferenciações.
O
Indução: células de alguns tecidos incitam a diferenciação das células de outros. Nem
todas induzem ou são induzidas. Trata-se de um processo de especificidades.
Habitualmente, os fenômenos de indução ocorrem de modo encadeado.
Nas etapas mais avançadas do desenvolvimento embrionário surgem as induções
mediadas por hormônios, ou seja: entre tecidos distantes.

As células seguem se diferenciando mesmo no período pós-natal. De forma diferente.


Depois do estágio de blástula, a GÁSTRULA: gastrulação é o processo de formação
das camadas germinativas, que são três e darão origem a todos os tecidos
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embrionários. MESODERMA, a camada intermediária. Células do epiblasto


deslocam as células hipoblásticas, e então o hipoblasto forma o ENDODERMA, a
camada mais interna. E a camada de epiblasto forma o ECTODERMA, a camada
mais superficial. Nesse estágio, o embrião é chamado de gástrula. Nesse estágio, as
células são células tronco MULTIPOTENTES.
Cada uma das camadas é responsável pela formação de diversos tecidos. O
endoderma forma, por exemplo, o Sistema Respiratório e Órgãos do Sistema
Digestório. O mesoderma forma a derme, tecido conjuntivo e muscular, e o
Sistema Circulatório e Reprodutor. E o ectoderma forma os epitélios, epiderme,
cavidades, e o Sistema Nervoso.
Um evento importante que acontece nesse estágio e que será importante para o
próximo, é a formação de uma estrutura a partir de células do mesoderma que
formam então a notocorda, uma estrutura circular. A notocorda é importante para
definir o eixo do embrião, estimular desenvolvimento do esqueleto axial, e de suma
importância para o próximo estágio, de formação do Sistema Nervoso Central.
NÉRULA: a nerulação é o processo que dá origem ao sistema nervoso do embrião,
que nesse estágio é conhecido como nêrula. Esse processo é induzido pela
notocorda. O sistema nervoso é derivado do ectoderma, depois de uma série de
processos, é formado o tubo neural que é o precursor do sistema nervoso central,
formando encéfalo e medula espinhal. Quando esse tubo se forma, algumas células
“ficam de fora” e formam, então, duas cristas neurais, que darão origem aos
gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais. Além disso, contribuem na
formação da retina, da glândula adrenal e etc.Todos esses estágios acontecem até
a quarta semana de desenvolvimento embrionário.

3. ENVELHECIMENTO CELULAR E APOPTOSE

APOPTOSE

Morte celular é um processo necessário durante o desenvolvimento embrionário (remover tecidos


provisório, por exemplo), mas também na vida pós-natal, quando o organismo precisa remodelar
tecidos ou remover células danificadas, desnecessárias, envelhecidas ou perigosas para a saúde.

APOPTOSE – Morte fisiológica, programada, natural.


NECROSE – morte patológica (geralmente a célula incha e se rompe, extravasando o seu
conteúdo sobre suas células adjacentes).

No processo de apoptose, a célula pode desenvolver saliências ou bolhas em sua superfície. Porém, logo
encolhe e condensa. Citoesqueleto colapsa, envelope nuclear se fragmenta, e o DNA se quebra em
fragmentos.

Importante: a superfície celular é alterada de tal forma que ela imediatamente atrai células fagocíticas
(macrófagos), que a englobam antes que ela extravase seu conteúdo – isso permite que componentes
orgânicos da célula em apoptose sejam reciclados pela célula que a ingere.
Sabe-se que a falta de alguns hormônios e fatores de crescimento pode levar as células-alvo a
apoptose. Por exemplo, a falta de testosterona causa apoptose nas células da próstata.
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Por outro lado, a apoptose também é um mecanismo de defesa. Células penetradas por vírus, bactérias
ou protozoários muitas vezes entram em apoptose, e o mesmo pode acontecer quando o DNA da
própria célula passa por mutação. Como o câncer resulta de mutações em células somáticas, a apoptose
constitui uma defesa natural contra células malignas.

Alterações que ocorrem na célula quando morrem, o processo:


1. O citoesqueleto é desarranjado devido à ruptura dos filamentos = célula perde contato com
vizinhas.
2. Célula encolhe-se, pois organelas e citosol se condensam para não serem afetados.
3. Laminofilamentos dissociam-se, consequente desintegração do envóltório nuclear.
4. Cromatina é compactada e núcleo se divide e pequenos fragmentos;
5. Da superfície da célula surgem saliências;
6. Surgem os corpos apopóticos: saliências convertidas. Organelas ainda bem conservadas.
7. Fosfatidilserinas das membranas que envolvem corpos apopóticos deslocam-se em direção à
monocamada externa.
8. Finalmente, atraídos por estas fosfotidilserinas, numerosos macrófagos chegam ao local da
apoptose e fagocitam os corpos apopótóticos.

A maior parte das mortes celulares por apoptose acontecem quando:


- são suprimidos os fatores tróficos que mantêm as células vivas;
- substâncias que induzem a morte celular se unem a receptores específicos;
- o DNA nuclear é afetado por mutações capazes de colocar em risco o organismo.

As caspases: maquinaria para a apoptose

A maquinaria molecular responsável pela apopotose (similar na maioria das células animais) se dá por
uma família de proteases chamadas CASPASES. Elas são produzidas na forma de precursores inativos,
PRÓ-CASPASES, que são ativados em respostas a sinais que induzem a apoptose. Dois tipos de caspases
trabalham juntas para promover a apoptose:
à Caspases iniciadoras: clivam e, assim ativam as caspases executoras.
à Caspases executoras: algumas delas ativam mais executoras, promovendo uma cascata proteolítica
cada vez maior.
Esta cascata é irreversível.

As principais proteínas que regulam a ativação das caspases são membros da família Bcl2 de proteínas
intracelulares.
à Membros mais importantes dessa família: Bax e Bak, que induzem a morte celular.
à Outros membros (incluindo a própria Bcl2) inibem a apoptose, impedindo Bax e Bak de liberar
o citocromo C
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As moléculas de citocromo c liberadas a partir das


mitocôndrias ativam pró-caspases iniciadoras
através da formação de um complexo proteico
semelhante a um cata-vento de sete braços –
chamado de apoptossomo. O apoptossomo
recruta e ativa uma determinada pró-caspase
iniciadora, que em seguida aciona uma cascata
de caspases que leva à apoptose – ativação de
um conjunto de proteínas receptoras da
superfície celular conhecido como receptores
de morte.

Um receptor de morte em especial: FAS. Sua


ativação é feita por uma proteína ligada à
membrana chamada ligante de FAS, presente
na superfície de células imunes especializadas:
linfócitos NATURAL KILLER.

ENVELHECIMENTO CELULAR

Diminuição na habilidade celular para se proliferar como o passar do tempo. Cada célula está
programada para certo número de divisões celulares. Depois disso, a célula entra em estado de
aquiescência, estatal depois a CELULA MORE via o processo de APOPTOSE

TEORIA DOS TELÔMEROS


São sequencias específicas de DNA encontradas apenas nas extremidades de cada
cromossomo. Eles evitam que as extremidades do cromossomo sofram erosão e que se
liguem umas às outras.

Entretanto, em cada ciclo de divisão celular os telômeros encurtam. Após muitas divisões,
podem desaparecer completamente – até parte do material genético do cromossomo pode
ser perdida.

Isso sugere que a erosão do DNA das extremidades contribui vastamente para o
envelhecimento e para a morte das células. Pessoas que experimentam altos níveis de
estresse têm telômeros com comprimento significativamente menor.
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Um dos principais experimentos sobre telômeros foi a clonagem da ovelha dolly. As células
obtidas foram da glândula mamária de uma adulta (significa que os telômeros dessas células
eram menores devido aos ciclos reprodutivos anteriores). Ao longo de sua vida, dolly
apresentou sintomas de envelhecimento precoce (artrite, por exemplo). Após 6 anos morreu
por doença crônica e degenerativa nos pulmões.

Diversas enzimas garantem o funcionamento correto dos telômeros, entre elas TRF1, TRF2,
POT 1 e TIN2, mas uma se destaca quando o assunto é o envelhecimento: a telomerase. Ela
pertence a classe de DAN polimerase e possui função de repor telômeros nas extremidades
do cromossomo. Muitas células apresentam o gene produtor dessa enzima na forma inativa
e, por isso, têm vida reprodutiva curta. Células com maior concentração de telomerase têm
vida útil maior e envelhecimento mais lento.
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A telomerase é uma enzima que que tem como função adicionar sequencias especificas e
repetidas de DNA às extremidades 3’dos cromossosmo. A reposição de telômeros resolve o
problema do fim da replicação (caso contrário perderíamos material genético a cada
divisão).
As doenças dos telômeros, causada por defeitos genéticos, incluem: disceratose congênita
(doença hereditária rara), anemia aplástica, fibrose pulmonar, cirrose hepática e aumentam
a susceptibilidade ao câncer

É possível agir sobre os fatores que contribuem para preservar o comprimento dos
telômeros

Muitas evidências sugerem que os hormônios sexuais regulam diretamente a telomerase.


Recentemente, o tratamento com hormônios masculinos demonstrou causar uma melhora
hematológica e alongamento dos telômeros em um modelo murino de disfunção dos
telômeros. Estudos recentes sugerem ser possível reverter o processo de senescência
celular incrementando, de forma artificial, a quantidade de telomerase nas células. Seria
possível, inclusive, reverter algumas atrofias de tecidos, devidas ao envelhecimento,
induzindo a síntese de telomerase. Mais em:
https://www.robertofrancodoamaral.com.br/blog/telomero/

TEORIA DOS RADICAIS LIVRES

Os radicais livres produzem dano (estresse) oxidativo em lipídios, proteínas ou ácidos


nucleicos por “roubar” um elétron para acompanhar seus elétrons desemparelhados. Alguns
efeitos são o enrugamento da pele, o enrijecimento das articulações e das artérias. O
metabolismo normal (ex: a respiração aeróbica das mitocôndrias) produz alguns radicais
livres. Outros estão presentes na poluição do ar, na radição e em alguns alimentos. Enzimas
que ocorrem naturalmente nos peroxissomos e no citosol eliminam os radicais livres.
Algumas substâncias dietéticas, como vitamina E, vitamina C, betacaroteno, zinco e selênio
são denominados antioxidantes porque inibem a formação de radicais livres.

4. O QUE É TERAPIA CELULAR

A terapia celular é o tratamento de doenças restaurando ou alterando certos conjuntos de células, ou


utilizando as próprias células para administrar um tratamento no corpo. As células são cultivadas ou
modificadas fora do corpo antes de serem injetadas no paciente. As células podem se originar do
próprio paciente (células autólogas) ou de um doador (células alogênicas).

Se tivermos um óvulo humano cujo núcleo foi substituído por um núcleo de célula somática e deixarmos
que se divida no laboratório (não em útero), teríamos, teoricamente, a possibilidade de obter
blastocistos e usar a célula-tronco embrionária para formar diferentes células.

Atualmente, o transplante de medula é a terapia celular mais bem conhecida e vem sendo empregada
com sucesso em casos de terapia de doenças graves que afetam o sangue, como anemia aplástica grave
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(doença em que não há formação das células sanguíneas), algumas doenças hereditárias e vários tipos
de leucemia (leucemia mielóide aguda, leucemia mielóide crônica, leucemia linfoide aguda).

Outra fonte de pesquisas interessantes é o tratamento de infarto do miocárdio. Nestes casos, há morte
de parte do tecido cardíaco e as células remanescentes não são capazes de reconstituir o tecido morto.
Experimentos indicam que as células-tronco hematopoiéticas introduzidas são capazes de migrar pra
áreas doentes e de originar novas células de músculo cardíaco e de vasos sanguíneos. Duas técnicas
diferentes têm sido utilizadas: a aplicação de células-tronco isoladas da medula óssea e a utilização de
um hormônio que estimula a liberação das células-tronco da medula óssea do próprio paciente para a
circulação sanguínea – dali as células migram para as áreas lesadas.

Obtenção das células tronco: de embriões que foram descartados de clínicas de fertilização,
por exemplo. Lei de Biossegurança (2005) autoriza a doação desses embriões, desde que
haja autorização dos pais ne que tenham sido armazenadas por mais de 3 anos.

O processo com células tronco pluripotentes: a partir do ZIGOTO: começa a se dividir,


formando a MÓRULA, que se transforma no BLASTOCISTO. A partir disso, é retirada a massa
celular interna do blastocisto (que são as células tronco embrionárias pluripotentes). Elas
vão para um meio de cultura que, dependendo dos ingredientes colocados, são induzidas a
um tipo específico específico de célula

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