CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO DE TECIDOS

• O ciclo celular pode repetir-se inúmeras vezes, de tal forma que, a partir de
uma célula, pode obter-se um organismo multicelular. Contudo, os organismos
multicelulares são, geralmente, formados por diferentes tipos de células que
estão organizadas em tecidos, os quais formam órgãos e sistemas de
órgãos.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

A diferenciação celular acarreta

alterações não só ao nível da função,
mas também ao nível da composição
e da estrutura das células.
 DIFERENCIAÇÃO CELULAR
Porque é que ocorre diferenciação celular? Será porque a informação genética comum a
todas as células se altera, se perde de forma irreversível ou será porque uma parte dessa
informação hereditária está simplesmente “adormecida”?????

Numa célula diferenciada, o DNA é o mesmo da célula inicial?

1950 - Experiência de J.
Steward
CLONAGEM

Quando se retiram células diferenciadas da raiz da batata e são colocadas

em meios de cultura apropriados produzem-se novos indivíduos
geneticamente idênticos à planta parental.
CLONAGEM

Perdem especialização Meio de cultura com

em determinadas nutrientes necessários ao
circunstâncias seu desenvolvimento
Células Células Organismo adulto
diferenciadas indiferenciadas geneticamente
idêntico ao
organismo parental

Organismo adulto CLONE

CLONAGEM

 Clonagem – conjunto de técnicas e procedimentos a partir

dos quais se podem obter clones; geração de um indivíduo
complexo a partir de uma célula somática, através de
reprodução assexuada.
 Clones – grupo de células geneticamente idênticas e
descendentes de uma só célula inicial. Também se aplica a
uma linhagem de indivíduos geneticamente idênticos.
CLONAGEM

Experiência de Robert Briggs e Thomas King (1952)

CLONAGEM

A ovelha Dolly (5 de julho de 1996 – 14 de fevereiro de 2003) foi o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de
uma célula adulta. Os cientistas tornaram pública a experiência somente em 22 de fevereiro de 1997, quando Dolly já estava
com sete meses de vida.
Dolly foi criada por investigadores do Instituto Roslin, na Escócia, onde viveu toda a sua vida. Os créditos pela clonagem
foram dados a Ian Wilmut, mas este admitiu, em 2006, que Keith Campbell seria na verdade o maior responsável pela
clonagem.
Conclusões:
 
-Em determinadas condições, as células diferenciadas podem
perder a sua especialização, transformando-se em células
indiferenciadas.

-Estas células readquirem a capacidade de originar um

indivíduo completo e dizem-se totipotentes (conservam todas
as potencialidades genéticas do núcleo inicial).

-As células diferenciadas conservam todo o seu DNA, embora

apenas uma pequena parte desse DNA se encontre ativa em
cada tipo de célula.
UTILIZAÇÃO DE CÉLULAS ESTAMINAIS

A partir de células totipotentes é possível obter tecidos e órgãos

específicos.
 
Características das células estaminais:

 São células indiferenciadas (não

especializadas).

 Têm capacidade de expansão (são capazes

de se dividirem, eventualmente, de modo
indefinido no tempo e de se diferenciarem
em diferentes tipos de células).

 Apresentam capacidade de autorrenovação,

sendo a sua divisão assimétrica (originam
duas células-filhas que têm destinos
diferentes – uma das células permanece
como célula estaminal, enquanto a outra
pode diferenciar-se numa célula
especializada).
UTILIZAÇÃO DE CÉLULAS ESTAMINAIS

A) Utilização de células totipotentes dos embriões (células

estaminais embrionárias ou células tronco-embrionárias)

Levanta muitos problemas éticos!!!!!!!!

UTILIZAÇÃO DE CÉLULAS ESTAMINAIS

B) Utilização de células estaminais presentes em alguns órgãos

dos indivíduos adultos (pele e medula óssea ou o cordão umbilical
de indivíduos recém-nascidos)

Levanta menos problemas éticos!

DIFERENCIAÇÃO CELULAR

A diferenciação ocorre porque alguns genes são ativados, enquanto outros são
bloqueados. Assim, por exemplo, uma célula destinada a ser uma célula muscular
inicia um processo de produção de grandes quantidades de proteínas contrácteis,
enquanto outras, que se tornarão células nervosas, começam a exprimir genes
responsáveis pela produção de neurotransmissores. Cada célula especializada
desempenhará, num determinado tecido, uma função, de acordo com as
características que apresenta.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Gene ativo Gene inativo

REGULAÇÃO DA ATIVIDADE GÉNICA

As alterações que se verificam de uma célula para outra dependem da forma

como o DNA se expressa.
Sabe-se que:
 Muitos genes controlam o funcionamento de outros genes, mantendo apenas ativos genes
cuja ação proporciona condições vitais para a célula e lhe conferem funções específicas.
Admite-se que o controlo ocorra em diferentes níveis de expressividade do DNA e com
intervenção de moléculas do ambiente celular (ver exemplo de metaplasias, pág. 58 e 59 do
manual).
Metaplasias- mudanças reversíveis num determinado tipo de
células que são substituídas por células de outro tipo.
REGULAÇÃO DA ATIVIDADE GÉNICA

Através dos estudos realizados, generalizando para os eucariontes, podem

tirar-se as seguintes ilações:

 
► As potencialidades genéticas dos indivíduos superam largamente as
características que eles expressam.
 
► Muitos genes que constituem o património genético destinam-se a regular
o funcionamento de outros genes.

► Os genes que se expressam num determinado contexto dependem das

relações que se estabelecem entre o DNA e o ambiente que caracteriza esse
contexto.
 
► Muitas das potencialidades genéticas das células diferenciadas
encontram-se inibidas e nunca chegam a expressar-se.
REGULAÇÃO DA ATIVIDADE GÉNICA

 A regulação da atividade génica pode ser influenciada por fatores

provenientes do meio externo.
REGULAÇÃO DA ATIVIDADE GÉNICA

 Quando a regulação do ciclo celular é afetada, a célula pode dividir-se

indefinidamente, consumindo elevada quantidade de nutrientes,
originando uma massa de células que não são funcionais – tumor.

 Estas células podem invadir tecidos vizinhos e propagar-se a outras

partes do corpo, por metástases. Tal provoca a formação de novos
tumores que podem causar a morte do organismo, uma vez que os órgãos
com metástases deixam de ter um funcionamento normal.