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A ENGENHARIA GENÉTICA:

O USO DE CÉLULAS-TRONCO
CÉLULAS-TRONCO
• As células-tronco são células capazes
de autorrenovação e diferenciação
em muitas categorias de células. Elas
também podem se dividir e se
transformar em outros tipos de
células. Além disso, as células-tronco
podem ser programadas para
desenvolver funções específicas,
tendo em vista que ainda não
possuem uma especialização.
• Basicamente, as células tronco
podem se autorreplicar, ou seja, se
duplicar, gerando outras células-
tronco. Ou ainda se transformar em
outros tipos de células.
Processo de intensa divisão
celular.

Ovo/Zigoto:
célula que inicia
seu próprio
processo de
divisão celular e
diferenciação
Epiderme e Tubo diges*vo e Ossos,
glândulas anexas como
sistema nervoso músculos,
o pâncreas.
sangue e
car@lagem
TIPOS DE CÉLULAS-TRONCO
• Existem três principais .pos de
células-tronco:
• as embrionárias e as adultas,
que são encontradas
principalmente na medula óssea
e no cordão umbilical, oriundas
de fontes naturais e;
• as pluripotentes induzidas, que
foram ob.das por cien.stas em
laboratório em 2007.
1- CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS
• As células pluripotentes, ou
embrionárias, são assim chamadas
por possuir a capacidade de se
transformar em qualquer 8po de
célula adulta. Elas são encontradas
no embrião, apenas quando este se
encontra no estágio de blastocisto (4
a 5 dias após a fecundação).
• Na figura, a região circulada em
vermelho é chamada Massa Celular
Interna e é esta massa de células
que chamamos de células-tronco
embrionárias.
1- CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS
• Em uma fase posterior ao embrião
de 5 dias, já pode ser visto
estruturas mais complexas como
coração e sistema nervoso em
desenvolvimento, ou seja, as suas
células já se especializaram e não
podem mais ser consideradas
células-troncos.
•O corpo humano possui,
aproximadamente, 216 8pos
diferentes de células e as células-
tronco embrionárias podem se
transformar em qualquer uma delas.
• Esse esquema pode ser visto no
processo representado na figura.
2- CÉLULAS-TRONCO ADULTAS
• Na fase adulta, as células-tronco
encontram-se, principalmente, na
medula óssea e no sangue do cordão
umbilical, mas cada órgão do nosso
corpo possui um pouco de células-
tronco para poder renovar as células ao
longo da nossa vida, como mostra a
figura.
• Elas podem se dividir para gerar uma
célula nova ou outra diferenciada.
• As células-tronco adultas são chamadas
de mul$potentes por serem menos
versáteis que as embrionárias.
3- CÉLULAS-TRONCO PLURIPOTENTES OU INDUZIDAS
• As primeiras células-tronco humanas induzidas
foram produzidas em 2007, a par9r da pele. E
tem sido daí que são re9radas as células para
reprogramação, mesmo que teoricamente,
qualquer tecido do corpo possa ser
reprogramado.
• O processo de reprogramação ocorre por meio
da inserção de um vírus contendo 4 genes. Estes
genes se inserem no DNA da célula adulta, como,
por exemplo, uma da pele, e reprogramam o
código gené9co. Com este novo programa, as
células voltam ao estágio de uma célula-tronco
embrionária e possuem caracterís9cas de
autorrenovação e capacidade de se
diferenciarem em qualquer tecido.
• Estas células são chamadas de células-tronco de
pluripotência induzida ou pela sigla iPS (do
inglês induced pluripotent stem cells).
COMO AS CÉLULAS-TRONCO PODEM SER UTILIZADAS
• A pesquisa com as células-tronco é fundamental
para entender melhor o funcionamento e
crescimento dos organismos e como os tecidos do
nosso corpo se mantêm ao longo da vida adulta, ou
mesmo o que acontece com o nosso o organismo
durante uma doença.
• As células-tronco fornecem aos pesquisadores
ferramentas para modelar doenças, testar
medicamentos e desenvolver terapias que
produzam resultados efe9vos.
• A terapia celular é a troca de células doentes por
células novas e saudáveis, e este é um dos possíveis
usos para as células-tronco no combate a doenças.
• Em teoria, qualquer doença em que houver
degeneração de tecidos do nosso corpo poderia ser
tratada através da terapia celular.
COMO AS CÉLULAS-TRONCO PODEM SER UTILIZADAS
• Para pesquisas de células-tronco, todos os
3pos são necessários para análise, pois cada
uma delas têm um potencial diferente a ser
explorado e, em muitos casos, podem se
complementar.
• Mesmo após a criação das células-tronco
pluripotentes, não podemos deixar de u3lizar
as células-tronco embrionárias, pois sem
conhecê-las seria impossível desenvolver a
reprogramação celular.
• Além disso, embora os resultados sejam muito
promissores, as iPS e as embrionárias ainda
não são 100% iguais e o processo de
reprogramação ainda sofre com um mínimo
de insegurança por conta da u3lização dos
vírus. Existem outras opções sendo estudadas,
mas é muito importante que possamos ter e
comparar esses 2 3pos celulares.
OBSTÁCULOS A SEREM ENFRENTADOS PARA QUE AS CÉLULAS-
TRONCOS POSSAM SER USADAS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS:
• Mesmo com os resultados testes sendo posi9vos
ou, pelo menos, promissores, as pesquisas de
células-tronco e suas aplicações para tratar
doenças ainda estão em estágio inicial. É preciso
u9lizar métodos rigorosos de pesquisa e testes
para garan9r segurança e eficácia a longo prazo.
• Quando as células-tronco são encontradas e
isoladas, é necessário proporcionar as condições
ideais para que elas possam se diferenciar e se
transformar nas células específicas necessárias no
tratamento escolhido, e, para esse processo, é
necessário bastante experimentação e testes.
• Além de tudo, é necessário o desenvolvimento de
um sistema para entregar as células à parte
específica do corpo e es9mulá-las a funcionar e se
integrar como células naturais do corpo humano.
QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS NO USO DAS
CÉLULAS-TRONCO
• De acordo com a Lei de Biossegurança (Lei no 11.105/05), apenas os embriões
humanos produzidos por fer8lização in vitro inviáveis para a implantação ou
aqueles excedentes, congelados por no mínimo três anos, podem ser u8lizadas
para fins de pesquisa e terapia. Independentemente do caso, é necessário o
consen8mento dos genitores doadores.
• A definição de embriões inviáveis foi feita pelo ar8go 3o, XIII, do Decreto
5.591/05. São inviáveis aqueles embriões com alterações gené8cas
comprovadas por diagnós8co pré-implantacional, conforme normas específicas
estabelecidas pelo Ministério da Saúde, que 8verem seu desenvolvimento
interrompido por ausência espontânea de clivagem após 24 horas da
fer8lização in vitro ou com alterações morfológicas que comprometam o pleno
desenvolvimento do embrião.
QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS NO USO DAS
CÉLULAS-TRONCO
• Em qualquer caso, a re-rada de células-tronco provoca a destruição
do embrião, o que cons-tui um atentado à vida, para os que
entendem que seu início se dá no momento da concepção.
• Por tal mo-vo, o ar-go 5o da Lei 11.105/05, vem sendo alvo de
severas crí-cas. Entre as contestações se destaca a Ação Direta da
Incons-tucionalidade (ADI) 3.510/05, proposta pelo procurador-geral
da República, núcleo de acirradas discussões, não solucionadas pela
mencionada lei, que vem se travando em torno do tema CTE. Para
debater o tema, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou a primeira
audiência pública de sua história, aberta em 24 de abril de 2007.
QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS NO USO DAS
CÉLULAS-TRONCO
• A oi-va de vinte e dois especialistas pelo STF atraiu a atenção de toda
a comunidade jurídica e cien-fica. A instrução do julgamento
mobilizou a opinião pública composta por grupos contra e a favor aos
estudos, sobretudo daqueles que dependiam de uma decisão
favorável, esperançosos na melhoria da qualidade de vida.
• Coube ao STF decidir se embriões congelados, sem perspec-va de
desenvolvimento, podem ou não ser usados na tenta-va de ampliar
o arsenal clínico. Por 6 votos a 5, decidiu-se pela cons-tucionalidade
do art. 5o da Lei da Biossegurança, julgando improcedente o pedido e
mantendo as pesquisas com CTE humanas.
QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS NO USO DAS
CÉLULAS-TRONCO
•Apesar da decisão, definições de quando se inicia a vida
e quando o ser humano se define como pessoa estão
distantes. Do ponto de vista jurídica, a questão baseia-
se no momento em que a pessoa torna-se sujeito de
direito. O Direito sempre conferiu proteção jurídica ao
nascituro, e segundo o Código Civil brasileiro, no art.2o,
"A personalidade civil da pessoa começa do nascimento
com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os
direitos do nascituro".
QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS NO USO DAS
CÉLULAS-TRONCO
• Segundo normas deontológicas do Conselho Federal de Medicina
exaradas pela Resolução 1.957/2010, o número de ovócitos e pré-
embriões a serem transferidos para a receptora não deve ser
superior a quatro, respeitando a seguinte escala:
• a) mulheres com até 35 anos: até dois embriões);
• b) mulheres entre 36 e 39 anos: até três embriões;
• c) mulheres com 40 anos ou mais: até quatro embriões.
• O número de pré-embriões produzidos em laboratório deve ser
comunicado aos pacientes e os excedentes viáveis devem ser
criopreservados, não podendo ser descartados ou destruídos.
QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS NO USO DAS
CÉLULAS-TRONCO
• Por todo o mundo, no tocante ao uso de células-tronco embrionárias,
coexistem dois grupos dis8ntos: os que apoiam e os que condenam a u8lização
de embriões ou clonagem terapêu8ca.
• Em muitos países europeus, como na Bélgica, Grécia, Irlanda, Itália e
Luxemburgo, não existe uma legislação específica sobre o assunto. Todavia, a
maioria defende o uso cienafico de embriões inviáveis com no máximo 14 dias
de vida, mas proíbe a criação de embriões para fins únicos de pesquisa.
• Países como a Áustria e a Grécia, defendem a destruição de embriões que não
forem implantados em útero após um ano da fecundação.
• Já na Suécia, o período de estocagem limite é de cinco anos e, após esse prazo,
os embriões congelados podem ser u8lizados para pesquisas com células-
tronco.
QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS NO USO DAS
CÉLULAS-TRONCO
• Há consenso entre os países na criminalização da clonagem
reprodu-va humana. No Brasil esta clonagem está proibida nos
termos do ar-go 6o, IV, da Lei de Biossegurança, sendo sua realização
crime apenado com 2 a 5 anos de reclusão e multa, conforme ar-go
26 da mesma lei.
• De toda sorte, seja do ponto de vista de grupos religiosos, cienfficos
e de bioe-cistas, o sacrigcio de embriões como fonte das células-
tronco, cria uma situação extremamente delicada e de digcil
consenso.
• Dessa forma, o direcionamento do estudo para as células-tronco
adultas, apesar das limitações biológicas, propicia menores dilemas
é-cos e legais.
CÉLULAS-TRONCO NA ODONTOLOGIA
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
• Uso para o desenvolvimento de novos dentes.
• O isolamento de células-tronco a partir de
tecidos dentais começou em 2000, quando se
demonstrou uma fonte de células-tronco
multipotentes na polpa dentária adulta humana
usando 3o molares impactados.
• Três anos mais tarde, identificou-se a presença
de células-tronco com grande capacidade
proliferativa em dentes decíduos esfoliados de
crianças entre 7-8 anos. Estas células-tronco têm
mostrado resultados favoráveis no que tange
não só à regeneração de estruturas dentárias,
como também reconstruções ósseas, muscular e
de tecidos que revestem a córnea ocular.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
• Contudo, atualmente no Brasil, a grande dificuldade encontrada para o uso de
células-tronco dentárias está no acesso aos órgãos fonte, ou seja, sua coleta,
conservação e a manipulação das estruturas de interesse, cujos resultados
devem beneficiar e respeitar doador e receptor.
• Dessa forma, foi desenvolvida pesquisa exploratória e qualitativa, a partir de
documentação indireta de fontes primárias e secundárias, na qual se buscou
determinar o atual uso de células-tronco dentárias, mas, sobretudo, suas
limitações, como alternativa às embrionárias.
• Especial atenção foi dada à apresentação do aparato legal e administrativo
praticado para coleta, preservação e uso destas células-tronco adultas e à
efetivação de Bancos de Dente Humanos e Biobancos no Brasil.
CÉLULAS-TRONCO DE ORIGEM DENTÁRIA
As Células-Tronco adultas de origem
dentária humana se dividem atualmente em seis
tipos:
• células-tronco de polpa dentária adulta (DPSC);
• células-tronco de polpa de dente decíduo
esfoliado (SHED);
• células-tronco de ligamento periodontal
(PDLSC);
• células-tronco de folículo dentário (DFSC);
• células-tronco da papila apical (SCAP); e
• células-tronco do periósteo da tuberosidade
maxilar (OPSC).
Além disso, já se isolaram células-tronco
através de raspado de osso alveolar.
CÉLULAS-TRONCO DE ORIGEM DENTÁRIA
• A den%ção decídua é o primeiro
conjunto de dentes que
aparecem durante a ontogenia
de humanos.
• O desenvolvimento dentário
começa durante o período
embrionário e
os dentes tornam-se visíveis
(erupção dentária) na boca
durante a infância.
CÉLULAS-TRONCO DE ORIGEM DENTÁRIA
• A descoberta das células-tronco de
origem na polpa dentária ocorreu há
aproximadamente dez anos. Por todo
esse período, diferentes populações de
células de polpa de dentes permanentes,
decíduos e supranumerários vêm sendo
isoladas e estudadas.
• Em todos os casos, as populações
celulares demonstraram alta eficiência na
formação de colônias aderentes e alto
potencial de proliferação in vitro.
Contudo, as CT dentária apresentam
menor capacidade de diferenciação do
que as CT embrionárias.
CÉLULAS-TRONCO DE ORIGEM DENTÁRIA
• Apesar disso, células-tronco dentárias estão prontamente acessíveis
de forma minimamente invasiva. Assim, guardar suas próprias
células-tronco de origem dentária é uma alternativa simples e
razoável quando comparada com células-tronco de outras fontes.
• Contudo, o potencial cancerígeno dessas células deve ser
determinado através de estudos clínicos, pois os resultados são
principalmente de experimentos animais.
• Outro fator a se considerar, é a capacidade de desenvolver grande
quantidade de células para uso terapêutico. Nesse contexto,
pesquisas realizadas pelo Instituto Butantan em São Paulo
permitiram que de uma única polpa de dente esfoliado fosse possível
tratar muitos pacientes.
CÉLULAS-TRONCO DE ORIGEM DENTÁRIA
• As maiores perspectivas do uso de células-tronco dentária seriam
exatamente na construção de novos dentes inteiros. Atualmente,
existem muitas possibilidades de substituição de dentes perdidos,
como próteses e implantes, porém todos os procedimentos são
baseados em técnicas não biológicas.
• Entretanto, o desenvolvimento dentário, requer interações recíprocas
entre dois tecidos de diferentes origens, o ectoderma e o
ectomesênquima, demandando intrincada comunicação celular e
regulação gênica.
• Ainda não é possível encontrar uma fonte de células-tronco adultas
de origem ectodérmicas para regenerar esmalte pós eruptivelmente.
CÉLULAS-TRONCO DE ORIGEM DENTÁRIA
• A promissora abordagem para regeneração dentária em experimentos animais tem sido a
obtenção de células-tronco de origem epteliais de 3o molares (dentes sisos) de animais
jovens ou recém-nascidos.
• Estes dentes desenvolvem-se após o nascimento, tendo a formação de seu esmalte em
torno da 72ª semana de vida, o que mostra a existência de tecido embriológico
indiferenciado nas maxilas. O desenvolvimento dos sisos é a única organogênese que ocorre
completamente após o nascimento.
• Foi demonstrado que as células-tronco estão localizadas no germe dentário, tanto no
epitélio quanto no ectomesênquima subjacente. Os incisivos de ratos, de crescimento
conanuo, mantêm durante a vida do animal as células-tronco epiteliais na alça cervical
responsáveis por um sistema regulatório específico e conanuo da produção de esmalte.
• Por isso, estes dentes cons9tuem um modelo ideal para os estudos dos mecanismos de ação
e regulação das a9vidades das células-tronco adultas.
CÉLULAS-TRONCO DE ORIGEM DENTÁRIA
• Nakao evidenciaram pela primeira vez, um dente funcional com todos os seus
componentes, incluindo esmalte coronário, regenerado experimentalmente.
• Germes dentários derivados de incisivos e molares inferiores dissecados de
ratos e tecidos ao redor desses germes foram removidos cuidadosamente e
purificados.
• Os tecidos epiteliais e mesenquimais foram tratados e originaram células
individuais.
• Esse material foi transplantado para um alvéolo pós-extração dentária do rato e
observou-se o desenvolvimento das estruturas teciduais como odontoblastos,
ameloblastos, dentina, esmalte, polpa, vasos sanguíneos, osso alveolar e
ligamentos periodontais.
CÉLULA-TRONCO DE DENTES PERMANENTES VERSUS
CÉLULA-TRONCO DE DENTES DECÍDUOS
• Embora células-tronco de diferentes fontes compartilhem similares
propriedades, seu destino in vivo, desenvolvimento e potencial
terapêutico dependem da origem embrionária e da posição
anatômica.
• Estudos concluíram que CT de dentes humanos decíduos esfoliados
(SHED) tem origem na crista neural. As células da crista neural são
pluripotentes com potencial similar as células-tronco embrionárias.
• Assim, a origem embriogênica, clonogenicidade, autorrenovação,
capacidades proliferativas, expressão padrão de marcadores
específicos e multipotencialidade observadas nas SHED as tornam de
grande interesse terapêutico.
CÉLULA-TRONCO DE DENTES PERMANENTES VERSUS
CÉLULA-TRONCO DE DENTES DECÍDUOS
• Os dentes decíduos são descartados após esfoliação através
do processo natural de reabsorção das raízes. Assim, a
captação é minimamente invasiva e o isolamento,
manipulação e expansão in vitro de células-tronco destes
dentes são significativamente mais fáceis.
• Além disso, as SHED são altamente proliferativas,
clonogênicas e multipotentes, com forte potencial
osteogênico, adipogênico e neurigênese, tornaram-se as
novas candidatas no tratamento diversas doenças.
CÉLULA-TRONCO DE DENTES PERMANENTES VERSUS
CÉLULA-TRONCO DE DENTES DECÍDUOS
• Dessa forma, excluindo-se as discussões relacionadas aos limites da
recepção de material alogênico, que podem provocar rejeição e
efeitos terapêu-cos secundários para evitá-la, os dilemas é-cos
quanto ao uso de SHED restringem-se pra-camente à garan-a da
doação consen-da de forma livre e esclarecida
• Taghipour, demonstraram o potencial neuronal das SHED em
experimento que promoveu a recuperação da medula espinhal de
ratos, confirmando a aplicação destas células-tronco como
candidatas no tratamento de doenças neurodegenera-vas. Em outra
aplicação, Costa teve sucesso com o uso destas células na construção
de defeitos ósseos cranianos de ratos, mostrando um promissor
modelo nas cirurgias reconstru-vas craniofaciais.
CÉLULA-TRONCO DE DENTES PERMANENTES VERSUS
CÉLULA-TRONCO DE DENTES DECÍDUOS
• Existem diversas oportunidades de obter CT em diferentes estágios da vida,
mas o melhor momento seria na infância, período da dentição decídua, em
cuja época, as célula se mostram mais fortes, saudáveis e proliferativas.
Estudos recentes mostram que SHED se desenvolvem em maior variedade de
tecidos do que outras CT dentárias, como as obtidas de sisos e dentes
permanentes extraídos por indicação ortodôntica.
• Pesquisadores já mostraram também que a polpa de dentes decíduos
esfoliados contém uma variedade de células com grande potencial na
terapêutica de doenças crônicas cardíacas e regeneração dentária. Dessa
forma, instituições para coleta e preservação destas células e seus órgãos fonte
têm se popularizado e muitas empresas estão surgindo, propiciando uma
alternativa as CT do cordão umbilical.
BIOBANCOS, BIORREPOSITÓRIOS E
BANCO DE DENTES HUMANOS
• A coleta e preservação de dentes pode ser feita pelos Bancos
de Dentes Humanos (BDH) e pelos Biobancos ou
Biorrepositórios. Estas diversas denominações, diferem no
tipo de aproveitamento e uso que prestarão aos dentes, cuja
finalidade pode ser científica, didática ou reabilitação.
• No Brasil, os BDH guardam dentes para uso de seu material
inorgânico, já os biobancos e biorrepositórios manipulam os
tecidos orgânicos, como a polpa. Em alguns países, não há
esta diferença de atuação.
BIOBANCOS, BIORREPOSITÓRIOS E
BANCO DE DENTES HUMANOS
• De forma geral, um BDH é uma instituição sem fins lucrativos, que deve estar
vinculada a uma instituição de ensino.
• Tem o propósito de suprir as necessidades acadêmicas, fornecendo dentes
humanos para a pesquisa ou para treinamento pré-clínico dos alunos.
• A arrecadação pode ser feita a partir de clínicas particulares, postos de saúde,
clínicas escola, hospitais, alunos, pesquisadores e população em geral.
• O dente por ser um órgão humano, deve ser doado através de consentimento
por escrito do doador ou responsável.
• Assim, para uso em pesquisa, deve ser feita uma Declaração de Doação de
Dentes que acompanha um projeto de pesquisa com parecer favorável do
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).
BIOBANCOS, BIORREPOSITÓRIOS E
BANCO DE DENTES HUMANOS
• Os dentes naturais provenientes de um BDH, além de fontes de CT, podem ser
aproveitados para a u8lização em colagem biológica, facetas naturais, próteses
parciais ou totais, estudos epidemiológicos do padrão da cárie, além de
estudos anatômicos de dentes decíduos e permanentes.
• Um estudo realizado em 2004 com acadêmicos de odontologia em São Paulo
mostrou que 47% dos entrevistados relataram ter comprado dentes, cujo valor
variou de R$1,00 a R$10,00, contribuindo para um comércio ilegal e ilícito.
• Recentemente, através de ques8onário dirigido às ins8tuições de ensino
superior de odontologia, concluiu-se que, embora o uso de dentes extraídos
seja frequente no ensino e na pesquisa, a existência de BDH é fenômeno
recente e incompletamente difundido.
• Assim, a carência no Brasil de uma estrutura organizada acarreta perdas
terapêu8cas e até problemas criminais.
BIOBANCOS, BIORREPOSITÓRIOS E
BANCO DE DENTES HUMANOS
• Segundo vários autores com publicações sobre BDH, o dente é um
órgão do corpo humano e, como tal, está submetido à Lei 9.434/97
(Lei de Transplantes), que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos
e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. A
penalidade para descumprimento da lei é reclusão, de dois a seis
anos, e multa.
• Para incrementar a lei de transplantes, o Ministério da Saúde
regulamentou a Portaria 904/00 que cria os bancos de tecidos ósteo-
fáscio-condroligamentoso de procedência humana para fins
terapêuticos ou científicos.
BIOBANCOS, BIORREPOSITÓRIOS E
BANCO DE DENTES HUMANOS
• O BDH tem como papel social, repassar informações a
população e promover campanhas de conscientização a fim
de estimular a doação de dentes.
• No caso de dentes decíduos, a importância das doações não
reside apenas no fator científico-terapêutico, mas na
formação de uma nova geração que valorize a doação de
órgãos.
• Em algumas instituições, as crianças doadoras passam a ser
"sócias" do BDH, recebendo, inclusive, uma carteirinha, o que
aumenta o interesse em doar seus dentes esfoliados.
BIOBANCOS, BIORREPOSITÓRIOS E
BANCO DE DENTES HUMANOS
• Além do papel terapêutico e social os BDH poderiam ser importantes arquivos
genéticos. Células dentárias possuem a informação genética do indivíduo.
• Havendo a doação de dois dentes, um deles poderia ser utilizado em pesquisas
e o outro seria arquivado, servindo como um reservatório de informações
genéticas do paciente e podendo facilitar um processo de reconhecimento
forense.
• Para isso, deve-se, no entanto, reconhecer as restrições éticas e legais quanto à
coleta, tratamento, utilização e conservação dos dados genéticos, como
preconizado pela Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos,
com vistas ao respeito pela dignidade humana e a proteção dos direitos
humanos e das liberdades fundamentais.
BIOBANCOS, BIORREPOSITÓRIOS E
BANCO DE DENTES HUMANOS
Os biobancos de células-tronco de dentes decíduos esfoliados apresentam
diversas vantagens:
• garan8a de doador compaavel, já que se trata de transplante autógeno,
consequentemente sem rejeição tecidual, além da redução de riscos de
doenças;
• as células são ob8das antes do aparecimento de danos naturais;
• procedimento mais simples e menos doloroso para pais e filhos;
• em torno de 1/3 mais barato que o congelamento de cordões umbilicais;
• não perpassam pelos dilemas é8cos que circundam a obtenção de CTA;
• podem regenerar células de diferentes tecidos; são possíveis de doação para
parentes próximos do doador.
BIOBANCOS, BIORREPOSITÓRIOS E
BANCO DE DENTES HUMANOS
• São considerados dentes viáveis para obtenção de CT aqueles que têm polpa vermelha.
• Se o dente estiver acinzentado é sinal de polpa necrosada.
• Dentes que apresentam abscessos periapicais, cistos e tumores, assim como, que
apresentem mobilidade acentuada oriundos de traumas ou doenças, não são candidatos ao
armazenamento.
• Assim como nem todos os grupos dentários apresentam as mesmas possibilidades. Incisivos
e caninos decíduos, sem patologia e com no mínimo um terço de raiz reabsorvida, contém
SHED em níveis suficientes.
• Já os molares decíduos, geralmente não são recomendados para amostragem devido ao seu
longo período retido na cavidade bucal, resultando na obliteração pulpar e
consequentemente, escassez de CT.
• Em algumas situações, a remoção precoce dos molares decíduos por indicações
ortodônticas, possibilita o armazenamento desses dentes para o banco de CT.
BIOBANCOS, BIORREPOSITÓRIOS E
BANCO DE DENTES HUMANOS
• Nos Estados Unidos, a Academia de Odontopediatria
(American Academy of Pediatric Dentistry), reconhece o
crescimento da área da medicina regenerativa e vem
incentivando os dentistas a conscientizarem os pais de
pacientes sobre a importância da estocagem dos dentes
decíduos e molares permanentes inclusos como fontes de
células-tronco adultas, desde que isto seja feito dentro dos
princípios éticos e legais.
• No Brasil, alguns biobancos, como o da FOUSP, Instituto
Butantan e UFRJ, estão em fase de adaptação às novas
normatizações.
MARCO LEGAL BRASILEIRO E A
ÉTICA NAS PESQUISAS
• No Brasil, em 1988, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), elaborou
normas de pesquisa em saúde, a Resolução no01/88 CNS. Este
documento mesclou aspectos das pesquisas com questões de
biossegurança e vigilância sanitária.
• Devido à pequena adesão, o CNS juntamente com um Grupo
Executivo de Trabalho (GET), em 10 de outubro de 1996, aprovou as
Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo
Seres Humanos, a Resolução no196/96.
• A Resolução 196/96 estabelece os princípios básicos para a
apreciação ética dos protocolos de pesquisa, cria os Comitês de Ética
em Pesquisa - CEP e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa -
CONEP. Em 2012, esta normativa ganhou nova versão.
MARCO LEGAL BRASILEIRO E A
ÉTICA NAS PESQUISAS
• Par%cularmente, para regulamentar a pesquisa com seres
humanos há códigos deontológicos de cada profissão de
saúde.
• Na Odontologia, o Conselho Federal aprovou o Código de
É%ca pela Resolução 118/2012, trazendo vários ar%gos que se
aplicam ao tema deste estudo.
• No capítulo XIV, art. 36o, são expostas como infrações é%cas,
entre outras, o não esclarecimento de doadores e receptores
sobre riscos e procedimentos, e a par%cipação direta ou
indireta na comercialização de órgãos e tecidos humanos.
MARCO LEGAL BRASILEIRO E A
ÉTICA NAS PESQUISAS
• A Lei de Biossegurança e a RDC 33/06 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) também devem ser aplicadas na regulamentação o
funcionamento dos bancos de células e tecidos germinativos. A RDC no
33/2006 pretende garantir padrões técnicos e de qualidade em todo o
processo de obtenção, transporte, processamento, armazenamento,
liberação, distribuição, registro e utilização desses materiais biológicos.
• Mais recentemente, a Resolução ANVISA 9/2011 possui o objetivo de
estabelecer os requisitos mínimos para o funcionamento de Centros de
Tecnologia de células humanas e seus derivados para fins de pesquisa
clínica ou terapia. Excluem-se desta Resolução os estabelecimentos que
utilizem células humanas e seus derivados em pesquisa básica e pré-
clínica.
MARCO LEGAL BRASILEIRO E A
ÉTICA NAS PESQUISAS
•De forma geral, a primeira preocupação na
obtenção de material biológico humano deve ser
a efetivação de um processo de esclarecimento
dos doadores quanto às formas de coleta,
armazenamento e uso do próprio material,
produtos ou mesmo da informação gerada.
•Assim, no uso da autonomia o mais plena
possível, esses os doadores devem ter a liberdade
de decidir quanto à sua participação.
MARCO LEGAL BRASILEIRO E A
ÉTICA NAS PESQUISAS
• Considerando a necessidade de atualizar a complementação da Resolução CNS
196/96, no que diz respeito ao armazenamento e à utilização de material
biológico humano para fins de pesquisa, foi publicada a Resolução CNS
441/2011 que conceitua:
• Biobanco;
• Biorrepositório;
• material biológico humano;
• projeto de pesquisa;
• protocolo de desenvolvimento e sujeito da pesquisa;
• estabelece procedimento para armazenamento de material biológico humano
para fins de pesquisa futura;
MARCO LEGAL BRASILEIRO E A
ÉTICA NAS PESQUISAS
• estabelece procedimentos para biobanco e biorrepositório;
• orienta quanto aos termos de consen%mento para pesquisas
que envolvam uso de material biológico humano;
• estabelece procedimentos para transferência ou descarte de
material biológico humano;
• informa sobre os prazos de armazenamento;
• estabelece procedimento para a u%lização de amostras de
material biológico humano armazenado; e dá outras
providências.
CONHEÇAMOS O QUE JÁ É TRATADO COM
CÉLULAS-TRONCO E O QUE ESTÁ EM PESQUISA
TERAPIA PADRÃO
• As doenças listadas a seguir já são tratadas com
transplante de células-tronco, encontradas em maior
quanHdade no sangue do cordão umbilical.
• São tratamentos de terapia celular padrão, já
uHlizados roHneiramente no tratamento de doenças.
• Para algumas doenças, o transplante de célula-tronco é
a única terapia, e em outras ele é empregado apenas
quando as terapias de linha de frente falharam ou a
doença é muito agressiva.
TERAPIA PADRÃO
LEUCEMIA AGUDA
1. Leucemia linfoblás-ca aguda (LLA)
2. Leucemia mielóide aguda (LMA)
3. Leucemia aguda bifenofpica
4. Leucemia aguda Indiferenciada
LEUCEMIA CRÔNICA
5. Leucemia mielóide crônica (LMC)
6. Leucemia linfocí-ca crônica (LLC)
7. Leucemia mielóide crônica juvenil (JCML)
8. Leucemia mielomonocí-ca juvenil (JMML)
TERAPIA PADRÃO
SÍNDROMES MIELODISPLÁSICAS (Mielodisplasia, pré-leucemia)
9. Anemia refratária (AR)
10. Anemia refratária com sideroblastos em anel (ARSA)
11. Anemia refratária com excesso de blastos (AREB)
12. Anemia refratária com excesso de blastos em transformação
(AREB-T)
13. Leucemia mielomonocíIca crônica (LMMC)
LINFOMAS
14. Linfoma de Hodgkin
15. Linfoma não-Hodgkin ( linfoma de BurkiQ )
TERAPIA PADRÃO
ANEMIAS (anemia é uma deficiência ou malformação de células vermelhas)
16. Anemia aplás8ca
17. Anemia diseritropoié8cos congênita
18. Anemia de Fanconi
19. Hemoglobinúria paroxís8ca noturna (PNH)
20. Aplasia pura de células vermelhas
ALTERAÇÕES HERDADAS DE GLÓBULOS VERMELHOS
21. Beta talassemia major
22. Anemia de Blackfan-Diamond
23. Aplasia pura de células vermelhas
24. Doença Falciforme
TERAPIA PADRÃO
ANORMALIDADES HERDADAS DE PLAQUETAS
25. Trombocitopenia congênita
26. Trombastenia de Glanzmann
DOENÇAS HEREDITÁRIAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO – Imunodeficiência Severa
Combinada (SCID)
27. SCID com deficiência em adenosina deaminase (ADA-SCID)
28. SCID ligada ao X
29. SCID com ausência de células T & B
30. SCID com ausência de células T, células B normais
31. Síndrome Omenn
DOENÇAS HEREDITÁRIAS DO SISTEMA IMUNITÁRIO – NEUTROPENIAS
32. Síndrome de Kostmann
33. Mielocatexia
TERAPIA PADRÃO
DOENÇAS HEREDITÁRIAS DO SISTEMA IMUNITÁRIO – OUTRAS
34. Ataxia-telangiectasia
35. Síndrome do linfócitos nu
36. Imunodeficiência comum variável
37. Síndrome de DiGeorge
38. Linfo hemofagocí-ca
39. Deficiência de adesão leucocitária
40. Transtornos Linfoprolifera-vos (LPD)
41. Desordem linfoprolifera-va ligada ao X
42. Síndrome de Wiskoq-Aldrich
TERAPIA PADRÃO
DISTÚRBIOS MIELOPROLIFERATIVOS
43. Mielofibrose aguda
44. Metaplasia mielóide idiopá-ca (mielofibrose)
45. Policitemia Vera
46. Trombocitemia essencial
DISTÚRBIOS DOS FAGÓCITOS
47. Síndrome de Chediak-Higashi
48. Doença granulomatosa crônica
49. Deficiência de ac-na nos neutrófilos
50. Disgenesia re-cular
TERAPIA PADRÃO
CÂNCER DE MEDULA ÓSSEA
51. Mieloma Múl8plo
52. Leucemia de células plasmá8cas
53. Macroglobulinemia Waldenstrom
DOENÇAS HEREDITÁRIAS QUE AFETAM O SISTEMA IMUNITÁRIO E OUTROS ÓRGÃOS
54. Hipoplasia car8lagem – cabelo
55. Doença de Gunther (porfiria eritropoié8ca)
56. Síndrome de Hermansky-Pudlak
57. Síndrome de Pearson
58. Síndrome de Shwachman-Diamond
59. Mastocitose sistêmica
TERAPIA PADRÃO
DOENÇAS HEREDITÁRIAS DO METABOLISMO
60. Mucopolissacaridoses (MPS)
61. Síndrome de Hurler (MPS-IH)
62. Scheie (MPS-IS)
63. Síndrome de Hunter (MPS-II)
64. Síndrome de Sanfilippo (MPS-III)
65. Morquio Síndrome (MPS-IV)
66. Síndrome de Maroteaux-Lamy (MPS-VI)
67. Síndrome de Sly, beta-glucuronidase Deficiência (MPS-VII)
68. Mucolipidose II (i-Cell Disease)
DISTÚRBIOS LEUCODISTRÓFICOS
69. Adrenoleucodistrofia (ALD) / adrenomieloneuropa9a (AMN)
70. Doença de Krabbe (Leucodistrofia celular globóide)
71. Leucodistrofia Metacromá9ca
72. Pelizaeus-Merzbacher
TERAPIA PADRÃO
DOENÇAS POR ARMAZENAMENTO DOS LISOSSOMOS
73. Doença de Niemann-Pick
74. Doença de Sandhoff
75. Doença de Wolman
DESORDENS METABÓLICAS HEREDITÁRIAS – OUTROS
76. Síndrome de Lesch-Nyhan
77. Osteopetrose
TUMORES SÓLIDOS QUE NÃO SEJAM ORIGINÁRIOS DO SANGUE OU
DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
78. Neuroblastoma
79. Re-noblastoma
TERAPIAS EM ENSAIOS CLÍNICOS
• Estas são doenças para as quais os tratamentos com células-tronco
parecem ser benéficos, mas ainda não foram adotados como terapia
padrão. Para algumas destas doenças, os transplantes de células-tronco
apenas retardam a progressão da doença, mas não produzem a cura.
Para outras, os tratamentos de doenças com célula-tronco podem ajudar
a efetuar uma cura, mas são necessárias mais pesquisas para determinar
os pacientes que seriam os melhores candidatos para a terapia com
células-tronco, a dose de células-tronco ideal, o melhor método de
infusão celular, etc.
• Nos Estados Unidos e também no Brasil, os pacientes com estes
diagnós^cos só podem ter acesso à terapia com células-tronco se
es^verem matriculados em um ensaio clínico (par^cipando de uma
pesquisa). Os pacientes que procuram uma avaliação para a sua situação
podem consultar o site do governo americano www.clinicalTrials.gov
TERAPIAS EM ENSAIOS CLÍNICOS
As fases de ensaios clínicos (pesquisas em seres humanos) são
definidas como se segue:
Fase 1:Estudo de segurança, para ver se o processo, ou fármaco, é
bem tolerado e seguro para o paciente.
Fase 2: Maior número de pacientes incluídos no estudo para medir
a eficácia do novo tratamento contra um grupo de controle.
Fase 3: Estudo com grande número de pacientes para comparar o
efeito de vários parâmetros, tais como a dosagem e administração,
e para controlar os efeitos secundários anteriores para autorização
como tratamento disponível à população e lançamento no
mercado.
Fase 4: Estudos pós-comercialização para aprender ainda mais
sobre os riscos, bene\cios e uso oImizado.
DOENÇAS AUTOIMUNES
1.DOENÇA DO ENXERTO-VERSUS-HOSPEDEIRO (GVHD)
a. Ensaio clínico de fase 3 alogênico – pediátricos: Prochymal™ – com células
mesenquimais (encontradas em maior quan9dade no tecido do cordão umbilical).
b. Ensaio clínico de fase 3 alogênico – adulto: Prochymal™ – células mesenquimais
c. Renais transplantados com células-tronco de doador de medula óssea alogênico
2. DIABETES TIPO, 1 (anteriormente chamado de diabetes juvenil)
a. Publicado Fase 1 do experimento: células-tronco de cordão autólogos
b. Matriculando pacientes Fase 1 do experimento: células-tronco do sangue de cordão
umbilical autólogo
c. Matriculando pacientes Fase 2: células-tronco do sangue de cordão umbilical autólogo
d. Matriculando pacientes Fase 2: células-tronco do sangue de cordão umbilical
alogênicos
3. APROVADO FASE 2: ALOGÊNICO PROCHYMAL™ – células mesenquimais
DOENÇAS AUTOIMUNES
4. DOENÇA DE CROHN
a. Ensaio de fase 2 alogênico: as células-tronco da placenta, (este foi primeiro ensaio de células da
placenta aprovado pela FDA )
b. Ensaio clínico de fase 2 autólogo: transplantes de células-tronco
c. Ensaio clínico de fase 3 alogênico: Prochymal™ – células mesenquimais
d. Ensaio clínico de fase 3 autólogo: ASTIC
e. Retocolite ulceraNva fase 2 alogênico: células-tronco adultas MulNStem™ preparadas por
Athersys
5. ARTRITE REUMATÓIDE
a. Ensaio clínico de fase 2 alogênico: as células-tronco da placenta
6. LÚPUS
a. Teste autólogo: as células-tronco do sangue periférico
b. Estudo de laboratório em camundongos: MSC alogênico de sangue do cordão umbilical
7. ESCLEROSE MÚLTIPLA (esse distúrbio pode ser categorizado como autoimune ou
neurológico)
a. Europeu 2006 – retrospecNva medula óssea autóloga
b. Europeu 2010 de revisão de várias doenças autoimunes – autólogo de medula óssea
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
1. REPARAÇÃO CARDÍACA E RECUPERAÇÃO
a. Ar9go de revisão: aplicações adultas de medula óssea autóloga
b. Relatório cardiomiopa9a caso: sangue do cordão umbilical alogênico & MSC placentária
c. Desenvolvimento de tratamento de ataque cardíaco com sangue do cordão umbilical
alogênico
d. Ensaio de Fase 3: autólogo de medula óssea – UK NHS, REGEN-AMI
e. Ensaio de Fase 3: autólogo de medula óssea – Eli Lilly et al, REPAIR-AMI
f. Ensaio de Fase 3: autólogo de medula óssea- Miltenyi Biotec GmbH, Perfeito
g. Ensaio de Fase 3: medula óssea autólogo – FCB-Pharmicell, SEED MSC
h. Ensaio de Fase 3: autólogo de medula óssea- México Natnl. Coração Inst., Tracia
i. Ensaio de Fase 3: autólogo de medula óssea- U. Oulu na Finlândia
j. Ensaio de Fase 3: autólogo de medula óssea- Royan Inst. Irã
k. Ensaio de Fase 3: autólogo de medula óssea – Baxter Renovar ™
l. Trial: MSC alogênico para o coração ataques Mesoblast Revascor ™
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
2. DEFEITOS CONGÊNITOS DO CORAÇÃO (os de nascença mais
comuns)
a. Primeiro ensaio clínico de enxertos vasculares cul8vados a par8r de células
autólogas
b. Trial: efeitos colaterais neurológicos de sangue do cordão umbilical
autólogo na Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE)
c. Julgamento publicado: sangue do cordão umbilical autólogo para a cirurgia
de coração aberto
3. ISQUEMIA CRÍTICA
a. Ensaio de Fase 3: A medula óssea autóloga – preparado por Aastrom
Biociências™
b. Ensaio de Fase 1: sangue do cordão alogênico
4. DOENÇA DE BUERGER
a. Ensaio de Fase 1: sangue do cordão alogênico
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
5. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO
a. Ar%go de revisão
b. Ensaio de Fase 2: células-tronco mesenquimais autólogas
c. Ensaio de Fase 2: células-tronco mesenquimais alogênicas
d. Ensaio de Fase 2: alogênico de células-tronco da placenta
– preparados pela Celgene
e. Ensaio de Fase 2: células-tronco Mul%Stem™ alogênico
de medula óssea e outros tecidos adultos preparado por
Athersys
f. Ensaio de Fase 1: sangue do Cordão alogênico
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
1. PARALISIA CEREBRAL
a. Publicado Fase 1 do experimento: sangue do cordão umbilical autólogo
b. Matriculando pacientes fase 2, em Duque Medical Center, EUA: sangue do cordão
umbilical autólogo para PC espás9ca
c. Matriculando pacientes fase 2 na Medical College of Georgia, EUA: sangue do cordão
umbilical autólogo
d. Matriculando pacientes em Monterrey, México: sangue do cordão umbilical placentário
autólogo & blood para hipóxia
e. Ensaio clínico de fase 2 à espera de aprovação na Austrália: sangue do cordão umbilical
autólogo
f. Matriculando pacientes fase 2 na Coréia: sangue do cordão alogênico
2. ENCEFALOPATIA HIPÓXICO ISQUÊMICA (HIE)
a. Fase 1 do experimento: sangue do cordão umbilical autólogo dentro de 2 semanas do
nascimento
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
3. AUTISMO
a. Ensaio de Fase 1: sangue do cordão
4. TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE é a causa mais comum de morte
em crianças pequenas)
a. Ensaio de Fase 1: A medula óssea autóloga
b. Ensaio de Fase 1: sangue do cordão umbilical autólogo
5. LESÃO MEDULAR (LM)
a. Publicado Fase 1 do experimento: medula óssea autóloga
b. Relato de Caso e Revisão: medula óssea alogênica
c. Teste planejado: sangue do cordão alogênico
d. (Aparte: o primeiro ensaio clínico com células-tronco embrionárias é por essa condição)
6. PERDA AUDITIVA (adquirida neurossensorial)
a. Ensaio de Fase 1: sangue do cordão umbilical autólogo
b. Pesquisas anteriores em animais
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
7. Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
a. Ensaio de Fase 1: autólogos com células-tronco mesenquimais
(MSC) da medula óssea
b. ArIgo de revisão
c. Publicado relato de caso – sangue do cordão umbilical
alogênico
8. Esclerodermia
a. Estudo SCOT
9. Doença de Alzheimer
a. Ensaio de Fase 1: sangue do cordão alogênico
10. Misc. “Condições degeneraGvas”
a. Estudo de segurança publicado: sangue do cordão alogênico
DOENÇAS ORTOPÉDICAS
1. Reparação de fenda pala/na (alveolar)
a. Estudo publicado: semeadura de andaime
com células-tronco da medula óssea autólogas é
o preferido para enxerto ósseo
2. Reparação da car/lagem
a. Ensaio de Fase 3: sangue do cordão alogênico
preparado por Medipost™
CÉLULAS-TRONCO E TERAPIA GENÉTICA PARA DOENÇAS
HEREDITÁRIAS (todas as terapias são autólogas)
1. Adrenoleucodistrofia cerebral
2. Fibrose císNca
3. Anemia de Fanconi
4. Imunodeficiência Combinada Severa (SCID)
5. Anemia Falciforme
6. Talassemia
7. Síndrome de WiskoX-Aldrich
8. Distrofia Muscular de Duchenne
a. Julgamento humano em Ohio, EUA: terapia genéNca
b. Julgamento humano, em Milão, Itália: terapia genéNca
c. ArNgos de Giulio Cossu Dr., PI de julgamento humano em Milão
d. Distrofia muscular – Associação newsle]er (MDA) em marcos na pesquisa
9. Distrofia muscular de Becker
a. Ensaio humano: a terapia genéNca
TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO PARA DOENÇAS
HEREDITÁRIAS ADICIONAIS (todas as terapias são alogênicas)

1. EPIDERMÓLISE BOLHOSA
2. DOENÇAS POR ARMAZENAMENTO DOS
LISOSSOMOS (em transplante de útero)
TRATAMENTOS EXPERIMENTAIS
• São doenças para as quais os tratamentos com células-tronco ainda não foram testados em
seres humanos. Estes estudos são conduzidos em laboratório, quer com culturas de células
ou em animais que imitam a doença humana.
TERAPIA GÊNICA E CÉLULAS-TRONCO (todas as terapias são autólogas)
1. ISQUEMIA CRÍTICA
a. Modelo de camundongo: ligar genes para construir nova vasos sanguíneos publicação , ar9go ADA
TRANSTORNOS NEUROLÓGICOS
1. Doença de Alzheimer
2. Doença de Parkinson
MEDICINA REGENERATIVA
1. Coração
a. Crescimento das células do músculo cardíaco a par9r de sangue do cordão umbilical alogênico
2. Fígado
a. Crescimento celular
b. Cirrose
ENSAIO CLÍNICO COM CÉLULAS-TRONCO DE TECIDO DE CORDÃO

AUTOIMUNE
1. ENXERTO-VERSUS-HOSPEDEIRO (GVHD)
a. Publicado 2 relatos de caso: alogênico MSC
2. DIABETES TIPO 1
a. Pesquisa Clínica: MSC alogênico
3. ESCLEROSE MÚLTIPLA
a. Pesquisa Clínica: MSC alogênico
CARDIOVASCULAR
1. ISQUEMIA CRÍTICA
a. Pesquisa Clínica: MSC alogênico
2. INFARTO
a. Pesquisa Clínica: MSC alogênico
ENSAIO CLÍNICO COM CÉLULAS-TRONCO DE TECIDO DE CORDÃO
CARDIOVASCULAR
1. ISQUEMIA CRÍTICA
a. Pesquisa Clínica: MSC alogênico
2. INFARTO
a. Pesquisa Clínica: MSC alogênico
NEUROLÓGICA
1. ATAXIA HEREDITÁRIA
a. Pesquisa Clínica: MSC alogênico
b. Teste Publicado: MSC alogênico – Misc.
MEDICINA REGENERATIVA
1. FÍGADO
a. cirrose
2. QUEIMADURAS
a. Alogênico MSC

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