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Todos os seres vivos são constituídos por uma ou mais células, quando os
seres multicelulares crescem as suas cé células estão ativamente envolvidas no
processo de crescimento e alguns crescem mesmo muito. Mas um organismo
multicelular não cresce porque as suas células aumentam de tamanho e sim
porque estas se dividem e multiplicam.
Para que apartir de uma célula inicial se obtenha uma variedade tao grande de células é
necessário que ocorra um processo de diferenciação celular. Este é um dos três processos
envolvidos no desenvolvimento de um organismo multicelular, para alem do crescimento
e da morfogénese.
A presença, num determinado momento da vida da célula, de fatores citoplasmáticos
envolvidos nos processos de transcrição e tradução (por exemplo, proteínas) ou de sinais
provenientes de células vizinhas, conduz à diferenciação celular. Estes fatores interagem
com alguns genes, levando a que alguns permaneçam ativos, enquanto outros são
bloqueados.
Assim, por exemplo, uma célula destinada a ser uma célula muscular inicia um processo
de
produção de grandes quantidades de proteínas contráteis, enquanto outras, que se
tornarão células nervosas, começam a exprimir genes responsáveis pela produção de
neurotransmissores.
Cada célula especializada desempenhará, num determinado tecido, uma função, de
acordo com as características que apresenta.
Após a fecundação, forma-se uma nova célula que irá, por mitoses e citocineses
sucessivas, originar um organismo multicelular.
O ovo é considerado uma célula totipotente - tem todas as potencialidades para
originar todas as outras células de um indivíduo. Deste modo, as primeiras divisões do
ovo originam células indiferenciadas, pois são muito semelhantes entre si e
semelhantes à célula inicial que lhes deu origem. Não têm uma função específica, mas
têm potencial para se tornar noutro tipo de célula.
Contudo à medida que os ciclos celulares se repetem, as células iniciam um processo de
diferenciação até se tornarem células especializadas.
Para se compreender o processo de diferenciação nos organismos multicelulares, é necessário
conhecer as características das células que são responsáveis pela construção do corpo das plantas e
dos animais. Essas células são designadas células estaminais e apresentam as seguintes características
fundamentais:
São células indiferenciadas (não especializadas)
Têm capacidade de multiplicação, isto é, são capazes de se dividirem e de se diferenciarem em
diferentes tipos de células
Apresentam capacidade de autorrenovação, sendo a sua divisão assimétrica, isto é, originam
duas células filhas que têm destinos diferentes: uma das células permanece como célula
estaminal, enquanto que a outra pode diferenciar-se numa célula especializada.
Nos tecidos adultos das plantas também existem células indiferenciadas, agrupadas em
tecidos chamados meristemas, que são capazes de se dividir, levando ao crescimento de órgãos ou à
renovação de zonas lesadas. Algumas células permanecem merismáticas e outras diferenciam-se,
incorporando tecidos e órgãos da planta. Estas células que continuam a ter capacidade de divisão são
as correspondentes às células estaminais dos animais, sendo que esta nomenclatura tem sido cada vez
mais utilizada. O crescimento das plantas ocorre ao longo da sua vida, e não se limita à fase
embrionária ou juvenil, como no caso dos animais, apesar de alguns órgãos, como folhas e flores,
cessarem o seu crescimento quando atingem um determinado tamanho.
Deste modo, para se compreender os mecanismos de crescimento e diferenciação celular assim como
o processo de formação das estruturas e órgãos de um organismo. Diversos trabalhos têm sido
realizados no âmbito desta área da Biologia:
A migração das células e a sua fixação em novos locais está dependente, entre outros
fatores do rompimento e estabelecimento de ligações entre as células ou entre as
células e o meio envolvente (matriz extracelular). Alterações nos genes que codificam
determinadas proteínas podem levar à produção de formas anormais destas
biomoléculas, o que pode resultar numa alteração da adesão célula-célula e da adesão
célula-matriz. Neste caso, as células de um tecido podem separar-se (desagregação do
tecido), degradarem a matriz extracelular e iniciar um processo de migração. As células
cancerígenas segregam ainda fatores de crescimento que estimulam a formação de
novos vasos sanguíneos (angiogénese), necessários para fornecer oxigénio e nutrientes
às próprias células cancerígenas. Estes vasos sanguíneos são importantes para
sustentar o tumor e contribuem para a sua metastização. Os novos tumores, ao
desenvolverem-se de forma descontrolada, podem tornar-se de tal maneira invasivos
que impedem o normal funcionamento de um ou mais órgãos, causando a morte do
indivíduo.
Reprodução Assexuada
A reprodução é o processo através do qual os seres vivos produzem descendência,
assegurando a continuidade da espécie, ou seja, o aparecimento de novos indivíduos
através da divisão celular.
Apesar de haver diversos processos reprodutivos, para que ocorra reprodução tem
que se verificar uma sequência de fenómenos a nível celular, tais como a replicação de
DNA, que é comum à generalidade dos seres vivos e que permite que a informação
genética passe de geração em geração.
Bolbos: Caules subterrâneos que possuem um gomo terminal rodeado por camadas de
folhas carnudas, ricas em substâncias de reserva. Quando as condições são
desfavoráveis, formam-se gomos laterais que se rodeiam de novas folhas carnudas e
originam novas plantas.
No entanto o DNA é replicado apenas uma vez durante a fase S do ciclo celular. As
células resultantes da meiose contêm apenas um cromossoma de cada par de
cromossomas homólogos sendo designadas por células haploides e a sua
representação cromossómica pode se representar por n. A meiose é o processo de
divisão nuclear e celular através do qual apartir de uma célula com núcleo diploide se
podem formar células com núcleo haploide.
Vamos agora ver como é que as diferentes fases da meiose de organizam.
Divisão I (reducional)
Profase II: Os cromossomas com dois cromatídeos tornam-se mais grossos e mais
curtos (condensação), o nucléolo e o involucro nuclear desaparecem. O fuso
acromático forma-se e os cromossomas dirigem-se para a placa equatorial presos
pelo centrómero aos microtúbulos.
Telófase II: Fase em que se organiza o involucro nuclear em volta de cada conjunto de
cromossomas. O nucléolo forma-se novamente, formando-se dois núcleos haploides
em cada uma das células-filhas. Por fim obtém-se 4 células filhas haploides por
citocinese.