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Sumário
Capítulo 1: Organização Celular........................................................................................... 2
Capítulo 2: Respiração........................................................................................................ 10
Capítulo 3: Reprodução.......................................................................................................15
Capítulo 4: Nutrição........................................................................................................... 20
Capítulo 5: Composição Química....................................................................................... 26
Capítulo 6: Hereditariedade e evolução.............................................................................31
Capítulo 7: Reação a estímulos ambientais...................................................................... 34

1
Capítulo 1:
Organização Celular

2
Célula

Uma célula é a menor unidade estrutural e funcional dos organismos vivos,


capaz de realizar todas as funções necessárias para a vida. As células podem variar
em forma, tamanho e função, mas todas compartilham características fundamentais,
como a capacidade de metabolismo, crescimento, reprodução e resposta a
estímulos ambientais.
Cada célula desempenha um papel específico no organismo e pode se
especializar para formar tecidos, órgãos e sistemas que garantem a sobrevivência
do organismo como um todo.

Quatro estruturas básicas estão presentes em todas as células, essas são:


1. Membrana plasmática: Uma fina camada que envolve a célula e separa seu
interior do ambiente externo. Ela regula a entrada e saída de substâncias,
mantendo o ambiente interno da célula relativamente constante.
2. Citoplasma: O espaço gelatinoso que preenche o interior da célula, onde
estão localizadas as organelas celulares. Ele contém uma variedade de
moléculas, íons e estruturas celulares importantes para as funções celulares.
3. Material genético: Todas as células contém material genético, que pode
estar no formato de DNA ou RNA. Este material contém as instruções
necessárias para o funcionamento e reprodução da célula, além de
determinar suas características hereditárias.
4. Ribossomos: São organelas responsáveis pela síntese de proteínas. Eles
estão presentes no citoplasma e também associados à membrana do retículo
endoplasmático. Os ribossomos são essenciais para a produção de
proteínas, que desempenham
diversas funções na célula.
*Representação/comparação
entre as células eucarionte e
procarionte, destacando o que foi
citado acima.

3
Seres unicelulares

Seres vivos unicelulares são organismos que consistem em apenas uma


única célula. Essas células são altamente especializadas e realizam todas as
funções vitais necessárias para a sobrevivência do organismo em um único
compartimento celular.
As células dos seres vivos unicelulares podem ser procariontes ou
eucariontes. As células procariontes, como as bactérias, não possuem um núcleo
verdadeiro, e seu material genético está disperso no citoplasma. Já as células
eucariontes, como os protozoários e algumas algas unicelulares, possuem um
núcleo definido, que abriga o material genético.
Esses organismos unicelulares têm a capacidade de realizar todas as
funções essenciais da vida, incluindo metabolismo, reprodução, resposta a
estímulos ambientais e crescimento. Eles podem se reproduzir assexuadamente por
divisão celular ou sexuadamente por meio da fusão de gametas.
Os seres vivos unicelulares podem ser encontrados em uma variedade de
ambientes, incluindo água doce, oceanos, solos e até mesmo dentro de outros
organismos como parasitas. Alguns exemplos incluem bactérias como Escherichia
coli, protozoários como Paramecium e algas unicelulares como Chlamydomonas.
Esses organismos desempenham papéis importantes nos ecossistemas,
contribuindo para ciclos biogeoquímicos, decomposição de matéria orgânica e como
fonte de alimento para outros organismos.

*Exemplos com imagem de


organismos unicelulares.

4
Seres pluricelulares

Seres vivos pluricelulares são organismos compostos por múltiplas células


organizadas em tecidos, órgãos e sistemas que realizam funções especializadas.
Ao contrário dos unicelulares, esses organismos são mais complexos em sua
estrutura e organização.
Cada tipo de célula nos seres vivos pluricelulares é especializada em
desempenhar funções específicas dentro do organismo. Por exemplo, as células
musculares são responsáveis pelo movimento, as células nervosas transmitem
sinais elétricos, as células epiteliais formam as camadas de proteção dos tecidos,
entre outras.
Esses organismos pluricelulares se reproduzem de várias maneiras, incluindo
reprodução sexuada e assexuada. Na reprodução sexuada, ocorre a fusão de
gametas para formar um novo organismo, enquanto na reprodução assexuada, um
organismo pode se reproduzir por brotamento, fragmentação ou formação de
esporos, sem a necessidade de gametas.
Os seres pluricelulares exibem uma divisão de trabalho entre as diferentes
células e órgãos do organismo, permitindo-lhes desempenhar uma ampla gama de
funções vitais, como nutrição, respiração, circulação, excreção, reprodução e
resposta a estímulos ambientais.
Exemplos de seres vivos pluricelulares incluem seres humanos, cães, gatos,
árvores e muitos outros organismos que formam a diversidade da vida na Terra.
Esses organismos interagem entre si e com o ambiente ao seu redor,
desempenhando papéis importantes nos ecossistemas e na manutenção do
equilíbrio ecológico.

*Exemplos de animais pluricelulares

5
Células Procariontes

Células procariontes são um tipo de célula que não possui um núcleo


verdadeiro, ou seja, seu material genético está disperso no citoplasma em uma
região chamada nucleóide. Elas são encontradas principalmente em organismos
unicelulares, como bactérias e cianobactérias, também conhecidas como algas
azuis-verdes.
Além da ausência de núcleo definido, as células procariontes também
carecem de organelas membranosas complexas, como mitocôndrias, retículo
endoplasmático e complexo de Golgi, presentes nas células eucariontes. No
entanto, elas possuem outras estruturas fundamentais, como ribossomos, parede
celular (em muitas espécies) e membrana plasmática, que desempenham funções
vitais para a sobrevivência celular.
As células procariontes são geralmente menores e mais simples em sua
estrutura do que as células eucariontes. Apesar disso, elas são altamente
adaptáveis e capazes de habitar uma ampla variedade de ambientes, desde solos
até ambientes extremos como fontes termais, oceanos profundos e até mesmo
dentro do corpo de outros organismos como parasitas.
Essas células se reproduzem principalmente por divisão celular assexuada,
chamada de fissão binária, na qual a célula se divide em duas células filhas
idênticas. Esse processo é rápido e eficiente, permitindo que as populações de
células procariontes cresçam rapidamente em condições favoráveis.

*Representação de célula
procarionte.

6
Célula Eucarionte animal

Um tipo de célula encontrada nos organismos pertencentes ao reino


Animalia.
As células animais são geralmente pequenas e altamente especializadas
para desempenhar funções específicas nos tecidos e órgãos do organismo animal.
Elas possuem um núcleo verdadeiro, envolto por uma membrana nuclear, que
abriga o material genético da célula, e uma série de organelas membranosas, como
mitocôndrias, retículo endoplasmático, complexo de Golgi, lisossomos e centríolos.
Algumas características específicas das células animais incluem:
1. Centríolos: Estruturas cilíndricas envolvidas na formação do citoesqueleto e
na divisão celular, especialmente durante a mitose.
2. Lisossomos: Organelas que contêm enzimas digestivas e desempenham
um papel importante na digestão intracelular e na remoção de resíduos
celulares.
3. Membrana plasmática: A camada externa da célula que regula a entrada e
saída de substâncias, mantendo o ambiente interno da célula relativamente
constante.
4. Mitocôndrias: Organelas responsáveis pela produção de energia na forma
de ATP por meio da respiração celular.
5. Retículo endoplasmático: Uma rede de membranas que desempenha um
papel na síntese de proteínas e lipídios, bem como no transporte intracelular.
As células animais podem se unir para formar tecidos, como tecido muscular,
nervoso, esses tecidos se organizam para formar órgãos e sistemas, permitindo que
os animais realizem funções vitais como locomoção, reprodução e resposta a
estímulos ambientais.

*Representação simplificada de célula eucarionte


animal.

7
Célula Eucarionte Vegetal

As células eucariontes vegetais são um tipo de célula encontrada nos


organismos pertencentes ao reino Plantae, incluindo plantas terrestres, algas e
algumas outras espécies vegetais. Algumas características específicas das células
vegetais incluem:
1. Parede celular: Uma estrutura rígida e resistente que envolve a membrana
plasmática e fornece suporte estrutural e proteção para a célula.
2. Cloroplastos: Organelas que contêm clorofila e são responsáveis pela
fotossíntese, processo pelo qual as plantas convertem luz solar em energia
química para produzir açúcares.
3. Vacúolos: Organelas grandes e fluidas que armazenam água, nutrientes,
produtos de excreção e pigmentos, além de desempenharem um papel
importante na manutenção da turgidez celular e na regulação osmótica.
4. Plasmodesmas: Canais citoplasmáticos que atravessam as paredes
celulares e conectam células adjacentes, permitindo a comunicação e o
transporte de substâncias entre elas.
5. Peroxissomos: Organelas envolvidas na degradação de peróxidos tóxicos e
na síntese de lipídios.
As células vegetais podem se agrupar para formar tecidos, como o tecido de
condução, o tecido de sustentação e o tecido de revestimento, que compõem as
diferentes partes das plantas, como raízes, caules, folhas, flores e frutos. Esses
tecidos se organizam em órgãos como raiz, caule e folha, e as plantas inteiras são
formadas por sistemas de órgãos que
desempenham funções vitais, como
fotossíntese, transporte de água e
nutrientes, reprodução e resposta a
estímulos ambientais.

*Representação simplificada de célula eucarionte


vegetal.

8
Diferenças entre as células
As células eucariontes e procariontes diferem em vários aspectos, incluindo
estrutura celular, organização genética e complexidade. Algumas das principais
diferenças entre esses dois tipos de células são:
1. Núcleo celular:
- Eucariontes: Possuem um núcleo verdadeiro, que é separado do citoplasma por
uma membrana nuclear.
- Procariontes: Não possuem um núcleo verdadeiro; o material genético está
disperso no citoplasma em uma região chamada nucleóide.
2. Organelas membranosas:
- Eucariontes: Contém várias organelas membranosas, como mitocôndrias,
retículo endoplasmático, complexo de Golgi, lisossomos e cloroplastos (em células
vegetais).
- Procariontes: Geralmente não possuem organelas membranosas, exceto por
ribossomos e, em algumas espécies, membranas invaginadas como mesossomos.
3. Tamanho e complexidade:
- Eucariontes: São geralmente maiores e mais complexas, com uma estrutura
interna altamente organizada.
- Procariontes: São geralmente menores e mais simples, com uma estrutura
interna menos complexa.
4. Reprodução:
- Eucariontes: Podem se reproduzir tanto por divisão celular assexuada quanto por
meio de processos sexuais envolvendo a formação e a fusão de gametas.
- Procariontes: Normalmente se reproduzem por divisão celular assexuada,
chamada de fissão binária, na qual uma célula se divide em duas células filhas
idênticas.
5. Compartimentalização celular:
- Eucariontes: Apresentam uma maior compartimentalização celular devido à
presença de membranas que delimitam diferentes organelas, permitindo a
separação de diferentes processos celulares.
- Procariontes: Apresentam uma menor compartimentalização celular, pois não
possuem organelas membranosas internas.

9
Capítulo 2:
Respiração

10
Respiração
A respiração é um processo fundamental para a sobrevivência dos
organismos vivos, pois é responsável por fornecer a energia necessária para todas
as atividades celulares e, consequentemente, para a manutenção da vida. Este
processo é composto por uma série de reações bioquímicas altamente coordenadas
que ocorrem no interior das células, nas quais as moléculas orgânicas, como a
glicose, são quebradas para liberar energia.
O processo de respiração celular pode ser dividido em três etapas principais:
glicólise, ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico) e cadeia de transporte de elétrons
(ou fosforilação oxidativa).
1. Glicólise: A glicólise ocorre no citoplasma celular e é o primeiro estágio da
respiração celular. Nessa etapa, uma molécula de glicose é quebrada em
duas moléculas de piruvato, resultando na produção líquida de ATP e NADH.
2. Ciclo de Krebs: Após a glicólise, as moléculas de piruvato são transportadas
para dentro das mitocôndrias, onde ocorre o ciclo de Krebs, na matriz
mitocondrial. Nesse ciclo, o piruvato é completamente oxidado, resultando na
produção de NADH, FADH2, ATP e moléculas intermediárias que participam
de reações subsequentes.
3. Cadeia de Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa: O NADH e o
FADH2 produzidos na glicólise e no ciclo de Krebs transferem elétrons para a
cadeia de transporte de elétrons, localizada na membrana interna da
mitocôndria. Durante esse processo, a energia liberada pela transferência de
elétrons é usada para bombear prótons através da membrana mitocondrial
interna, criando um gradiente de prótons. A passagem de prótons de volta
através da membrana mitocondrial através da ATP sintase gera ATP a partir
de ADP e fosfato inorgânico, em um processo conhecido como fosforilação
oxidativa.
No final da cadeia de transporte de elétrons, os elétrons são transferidos para
o oxigênio, formando água como produto final. Isso explica por que o oxigênio é
essencial para a respiração aeróbica, pois atua como aceptor final de elétrons na
cadeia de transporte de elétrons.

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É importante notar que a respiração celular não se limita apenas à produção
de energia. Ela também desempenha um papel fundamental na regulação do
metabolismo celular, na síntese de moléculas importantes e na eliminação de
produtos residuais do metabolismo. Em resumo, a respiração celular é um processo
complexo e essencial para a vida, permitindo que os organismos vivos obtenham
energia e realizem todas as funções vitais necessárias para sua sobrevivência e
crescimento.

*Representação e simplificação do
processo respiratório do ser humano.

12
Respiração Aeróbica

A respiração aeróbica é um processo metabólico que ocorre em presença de


oxigênio e é a principal forma pela qual as células produzem energia em organismos
aeróbicos, incluindo a maioria dos seres vivos, como plantas, animais e muitas
bactérias. Esse processo é altamente eficiente na produção de energia, resultando
na formação de uma quantidade significativa de ATP (adenosina trifosfato), a
molécula que fornece energia para as atividades celulares.
A respiração aeróbica consiste em três principais etapas:
1. Glicólise: Ocorre no citoplasma celular e envolve a quebra da glicose em
moléculas de piruvato, gerando um pequeno número de ATPs e NADHs
como resultado.
2. Ciclo de Krebs: O piruvato produzido na glicólise é transportado para as
mitocôndrias, onde é completamente oxidado em dióxido de carbono e água.
Durante esse processo, moléculas de NADH e FADH2 são produzidas,
carregando elétrons e hidrogênios para a próxima etapa da respiração
aeróbica.
3. Cadeia de Transporte de Elétrons: Localizada na membrana interna das
mitocôndrias, a cadeia de transporte de elétrons recebe os elétrons
carregados pelos NADH e FADH2. À medida que os elétrons passam pela
cadeia de transporte, a energia é liberada e usada para bombear prótons
(íons de hidrogênio) para fora da matriz mitocondrial, criando um gradiente
eletroquímico. Esse gradiente de prótons é então usado pela ATP sintase
para sintetizar ATP a partir de ADP e fosfato inorgânico, em um processo
chamado fosforilação oxidativa.
Ao final da cadeia de transporte de elétrons, os elétrons são combinados com
o oxigênio molecular (O2), formando água (H2O) como produto final.
*Fórmula
“simplificada” de
como ocorre a
respiração aeróbica.

13
Respiração Anaeróbica

A respiração anaeróbica é um processo metabólico que ocorre na ausência


de oxigênio ou em condições de baixa disponibilidade de oxigênio. Ao contrário da
respiração aeróbica, que usa oxigênio como aceptor final de elétrons, a respiração
anaeróbica utiliza outras substâncias inorgânicas ou orgânicas como aceptor final
de elétrons. Esse processo é menos eficiente em termos de produção de energia do
que a respiração aeróbica, mas é fundamental para a sobrevivência de organismos
em ambientes onde o oxigênio é escasso.
Existem diferentes tipos de respiração anaeróbica, mas os dois principais são
a fermentação láctica e a fermentação alcoólica.
1. Fermentação Láctica: Na fermentação láctica, o piruvato produzido durante
a glicólise é convertido em ácido lático. Esse processo regenera NAD+ a
partir de NADH, permitindo que a glicólise continue produzindo ATP na
ausência de oxigênio. A fermentação láctica ocorre em organismos como
algumas bactérias, células musculares durante exercícios intensos e em
certos microrganismos utilizados na produção de produtos lácteos, como o
iogurte.
2. Fermentação Alcoólica: Na fermentação alcoólica, o piruvato é convertido
em etanol e dióxido de carbono. Assim como na fermentação láctica, esse
processo regenera NAD+ a partir de NADH para manter a glicólise
funcionando. A fermentação alcoólica é utilizada por microrganismos como
leveduras na produção de álcool, pão e outros produtos fermentados.
Embora a respiração anaeróbica produza menos ATP do que a respiração
aeróbica, ela é essencial para organismos que vivem em ambientes onde o oxigênio
é limitado. Ela permite a continuação da produção de
ATP, mesmo em condições de baixa disponibilidade de
oxigênio, garantindo a sobrevivência desses
organismos.

*Esquema de como ocorre a Respiração Anaeróbica por meio da


fermentação Láctica.

14
Capítulo 3:
Reprodução

15
Reprodução

Reprodução é o processo pelo qual os organismos produzem descendentes,


garantindo a continuidade de sua espécie ao longo do tempo. Esse processo
envolve a geração de novos indivíduos que compartilham características genéticas
com seus progenitores, garantindo a preservação das características hereditárias ao
longo das gerações.
Tem como objetivo principal a produção de descendentes, ou seja, a geração
de novos indivíduos da mesma espécie. Isso garante a perpetuação da espécie e a
transmissão das características genéticas ao longo das gerações.
A reprodução pode ocorrer de diversas maneiras, incluindo reprodução
assexuada, na qual os descendentes são geneticamente idênticos aos progenitores,
e reprodução sexuada, na qual há mistura e recombinação de material genético de
dois indivíduos diferentes, resultando em descendentes com variação genética.
É essencial para a perpetuação das espécies e é um dos principais
processos biológicos que sustentam a diversidade da vida na Terra.
Além de ser um processo essencial para a sobrevivência, adaptação e
evolução das espécies, e desempenhar um papel fundamental na manutenção da
diversidade e da integridade dos ecossistemas.

*Representação simplificada de
como ocorre a formação do
embrião do ser humano.

16
Reprodução Sexuada

A reprodução sexuada é um processo de reprodução no qual dois


organismos de sexos diferentes contribuem com gametas especializados, que se
fundem para formar um novo indivíduo geneticamente único. Esse processo envolve
a produção de células sexuais, chamadas de gametas, e a sua fusão através da
fecundação.
Os gametas são células sexuais haplóides, o que significa que elas contêm
metade do número de cromossomos encontrados nas células somáticas do
organismo. Em organismos diplóides, como os humanos, os gametas masculinos
são os espermatozóides, produzidos nos testículos, enquanto os gametas femininos
são os óvulos, produzidos nos ovários. Os gametas são usados para o processo de
reprodução sexuada e contêm material genético que será transmitido para a
próxima geração.
A fecundação é o processo pelo qual os gametas masculinos e femininos se
fundem para formar um zigoto, que é o embrião inicial. Nos seres humanos, a
fecundação ocorre quando um espermatozóide penetra e fertiliza um óvulo,
formando o zigoto. Esse processo combina o material genético dos dois
progenitores, resultando em um novo indivíduo com uma combinação única de
características genéticas herdadas de ambos os pais.

*Representação de como ocorre o


processo de formação do zigoto (célula
que forma o embrião)

17
Reprodução Assexuada

A reprodução assexuada é um processo de reprodução no qual os


organismos produzem descendentes sem a necessidade de fusão de gametas ou
intervenção de organismos de sexo oposto. Algumas formas comuns de reprodução
assexuada são:
1. Brotamento: Um novo organismo se desenvolve a partir de uma estrutura de
crescimento, conhecida como broto, que se forma na superfície do organismo
progenitor. O broto eventualmente se separa do organismo progenitor e se
torna um novo organismo independente. Exemplos incluem leveduras e
hidras.
2. Cissiparidade: O organismo se divide em duas ou mais partes, cada uma
das quais se torna um novo organismo completo. Esse processo de divisão
celular pode ocorrer por fissão binária, onde o organismo se divide em duas
partes aproximadamente iguais, ou por fissão múltipla, onde o organismo se
divide em mais de duas partes. Exemplos incluem amebas e bactérias.
3. Fragmentação: Um organismo se divide em partes, e cada parte se
desenvolve em um novo organismo completo. Esse processo é comum em
organismos como estrelas-do-mar, em que um fragmento do corpo pode se
regenerar para formar um novo indivíduo completo.
4. Propagação Vegetativa (ou Propagação Assexuada em Plantas): As plantas
produzem novos indivíduos a partir de estruturas vegetativas, como estolhos,
rizomas, tubérculos, bulbos ou estacas. Esses órgãos vegetativos contêm
células meristemáticas que são capazes de se diferenciar e se desenvolver
em novos indivíduos. Exemplos incluem a reprodução de morangos por
estolhos, batatas por tubérculos e roseiras por estacas.
*Representações respectivamente dos processos de fissão binária e de brotamento

18
Diferenças entre as reproduções
A reprodução assexuada e sexuada diferem em vários aspectos. Algumas
das principais diferenças entre reprodução assexuada e sexuada são:
1. Mecanismo de Produção de Descendentes:
- Reprodução Assexuada: Na reprodução assexuada, os organismos produzem
descendentes diretamente de seus corpos parentais, sem a fusão de gametas. Isso
pode ocorrer por brotamento, cissiparidade, fragmentação ou propagação
vegetativa.
- Reprodução Sexuada: Na reprodução sexuada, os organismos produzem
gametas especializados, como espermatozoides e óvulos, que se fundem durante a
fecundação para formar um novo indivíduo. Esse processo envolve a troca de
material genético entre os pais e a formação de um novo organismo com uma
combinação única de características genéticas.
2. Variabilidade Genética:
- Reprodução Assexuada: A reprodução assexuada geralmente resulta em
descendentes geneticamente idênticos ao progenitor, uma vez que não há mistura
de material genético de diferentes indivíduos.
- Reprodução Sexuada: A reprodução sexuada resulta em descendentes com
variabilidade genética devido à combinação de material genético de dois pais
diferentes durante a fecundação. Contribui para a diversidade genética dentro da
população e aumenta a capacidade de adaptação dos organismos a mudanças
ambientais.
3. Vantagens Adaptativas:
- Reprodução Assexuada: A reprodução assexuada permite que os organismos
produzam rapidamente grandes números de descendentes em ambientes estáveis e
favoráveis. Isso é vantajoso em termos de eficiência reprodutiva, pois não requer a
busca por um parceiro de acasalamento.
- Reprodução Sexuada: A reprodução sexuada é vantajosa em ambientes
variáveis e em constante mudança, pois gera variabilidade genética nos
descendentes, aumentando a capacidade de adaptação a novas condições
ambientais.

19
Capítulo 4:
Nutrição

20
Nutrição
A nutrição é um processo complexo e essencial para a sobrevivência e o
funcionamento adequado dos organismos vivos. Ela engloba uma série de etapas
que envolvem a ingestão de alimentos, a sua digestão, absorção de nutrientes pelo
organismo e sua utilização para fornecer energia, construir e reparar tecidos, regular
processos metabólicos e manter a homeostase.
1. Ingestão de Alimentos: A nutrição começa com a ingestão de alimentos ou
substâncias nutritivas pelo organismo. Os alimentos fornecem os nutrientes
essenciais necessários para as funções vitais do corpo. Esses alimentos
podem ser de origem vegetal, animal ou mineral, e variam em composição
nutricional.
2. Digestão: Após a ingestão, os alimentos passam por um processo de
digestão, no qual são quebrados em componentes menores por ação de
enzimas digestivas. A digestão ocorre principalmente no trato gastrointestinal
e é essencial para liberar os nutrientes dos alimentos para absorção pelo
organismo.
3. Absorção de Nutrientes: Os nutrientes digeridos são absorvidos pelas
células do trato gastrointestinal e entram na corrente sanguínea, onde são
transportados para as células do corpo. Esses nutrientes incluem
carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais e água, e são utilizados
para uma variedade de funções metabólicas.
4. Metabolismo: Uma vez absorvidos, os nutrientes são utilizados pelas células
do organismo para produzir energia, construir e reparar tecidos, regular
processos metabólicos, sintetizar substâncias vitais e manter a homeostase
interna. O metabolismo dos nutrientes ocorre em diversas vias metabólicas
dentro das células.
5. Eliminação de Resíduos: Durante o processo de digestão e metabolismo,
são produzidos resíduos e substâncias não absorvíveis que precisam ser
eliminados do organismo. Isso é feito principalmente através da excreção de
resíduos metabólicos pelos rins, pulmões, pele e intestinos.

21
A nutrição adequada é essencial para a saúde e o bem-estar de todos os
seres vivos. Uma dieta equilibrada, rica em uma variedade de nutrientes essenciais,
é fundamental para garantir o funcionamento adequado do organismo e prevenir
deficiências nutricionais e doenças relacionadas à alimentação. Além disso, fatores
como idade, sexo, estado de saúde, atividade física e condições ambientais podem
influenciar as necessidades nutricionais individuais de cada organismo.
*Definição de Nutrição, com uma
pequena pirâmide dando exemplos de
alimentos usados no estudo da nutrição.

22
Nutrição Autótrofa

A nutrição autótrofa é um processo em que os organismos sintetizam seus


próprios alimentos a partir de substâncias inorgânicas, como água, dióxido de
carbono e minerais, utilizando energia de fontes externas, como a luz solar ou a
oxidação de compostos químicos. Esses organismos, chamados autótrofos, são
capazes de produzir seus próprios compostos orgânicos através de processos como
a fotossíntese ou a quimiossíntese.
1. Fotossíntese: Na fotossíntese, que é o processo mais comum de nutrição
autótrofa, as plantas, algas e algumas bactérias capturam a energia da luz
solar e a utilizam para converter dióxido de carbono e água em glicose e
oxigênio. Essa reação química ocorre nas cloroplastos das células vegetais e
em alguns tipos de bactérias fotossintéticas.
2. Quimiossíntese: Em ambientes onde a luz solar é escassa ou ausente,
certas bactérias e arqueas são capazes de realizar a quimiossíntese. Nesse
processo, esses organismos utilizam a energia liberada pela oxidação de
compostos inorgânicos, como sulfetos ou amônia, para sintetizar compostos
orgânicos, como glicose. A quimiossíntese é comum em ambientes como
fontes hidrotermais oceânicas, onde a luz solar não penetra.
Esses processos de nutrição autótrofa são fundamentais para a sustentação
da vida na Terra, pois fornecem a base da cadeia alimentar, produzindo compostos
orgânicos que são consumidos por organismos heterótrofos (aqueles que não
conseguem produzir seus próprios alimentos) para obter energia e nutrientes. Além
disso, os autótrofos desempenham um papel crucial na produção de oxigênio
atmosférico, contribuindo para a manutenção da
composição química da atmosfera e o equilíbrio do clima
global.
*Exemplos de seres Autótrofos.

23
*Esquema simplificado de como ocorre a fotossíntese.

Nutrição Heterótrofa

A nutrição heterótrofa é um processo em que os organismos obtêm seus


alimentos a partir de fontes orgânicas externas, uma vez que são incapazes de
produzir seus próprios compostos orgânicos a partir de substâncias inorgânicas.
Esses organismos, chamados heterótrofos, dependem da ingestão de matéria
orgânica produzida por outros seres vivos para obter energia e nutrientes
essenciais.
Existem diferentes formas de nutrição heterótrofa, incluindo:
1. Heterotrofia Herbívora: Organismos herbívoros se alimentam principalmente
de matéria vegetal, como folhas, frutas, sementes e outras partes de plantas.
Eles obtêm energia a partir da digestão de carboidratos, proteínas e lipídios
presentes nos tecidos vegetais.
2. Heterotrofia Carnívora: Organismos carnívoros se alimentam principalmente
de outros animais ou de seus tecidos. Eles obtêm energia e nutrientes a partir
da digestão de proteínas, gorduras e outros compostos presentes nos tecidos
animais.
3. Heterotrofia Onívora: Organismos onívoros consomem uma variedade de
alimentos, incluindo tanto matéria vegetal quanto animal. Eles podem obter
energia e nutrientes a partir da digestão de uma variedade de fontes
alimentares, incluindo carboidratos, proteínas, gorduras e outros nutrientes
presentes em alimentos de origem vegetal e animal.

Além dessas formas tradicionais de nutrição heterótrofa, existem também


outros tipos especializados de heterotrofia, como parasitismo e decomposição.
- Parasitismo: Organismos parasitas obtêm seus nutrientes a partir de outros
organismos vivos, conhecidos como hospedeiros, sem matá-los imediatamente.
Eles podem viver dentro ou sobre o hospedeiro, alimentando-se de seus tecidos ou
fluidos corporais.
- Decomposição: Organismos decompositores, como fungos e algumas bactérias,
obtêm seus nutrientes a partir da decomposição de matéria orgânica morta. Eles
desempenham um papel crucial na reciclagem de nutrientes no ambiente,

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decompondo matéria orgânica em compostos simples que podem ser reutilizados
por outros organismos.

Esses diferentes tipos de nutrição heterótrofa são essenciais para a


sobrevivência e o funcionamento dos ecossistemas, contribuindo para a ciclagem de
nutrientes e a transferência de energia
ao longo das cadeias alimentares.
*Exemplos de animais heterótrofos.

25
Capítulo 5:
Composição Química

26
Principais elementos encontrados nos seres vivos
Os seis principais elementos químicos presentes no organismo de seres
vivos são:
1. Carbono (C): O carbono é um componente fundamental das moléculas
orgânicas, incluindo carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos. Ele é
a espinha dorsal da vida e está presente em praticamente todas as moléculas
orgânicas.
2. Hidrogênio (H): O hidrogênio é encontrado em grandes quantidades na água
e também faz parte de muitas moléculas orgânicas, como ácidos graxos,
aminoácidos e açúcares.
3. Oxigênio (O): O oxigênio é essencial para a respiração celular, onde é
utilizado na produção de energia através da oxidação de nutrientes. Além
disso, está presente na água e em muitas outras moléculas orgânicas.
4. Nitrogênio (N): O nitrogênio é um componente essencial dos aminoácidos,
que são os blocos de construção das proteínas. Ele também é encontrado
em ácidos nucleicos, como o DNA e o RNA.
5. Fósforo (P): O fósforo é um componente chave do ATP, que é a principal
molécula de energia utilizada pelas células. Além disso, está presente no
DNA, RNA e em muitas outras moléculas importantes para o metabolismo
celular.
6. Enxofre (S): O enxofre está presente em aminoácidos específicos, como
cisteína e metionina, que são importantes para a estrutura das proteínas.
Também está presente em vitaminas e
coenzimas essenciais para várias
reações metabólicas.
Esses seis elementos são fundamentais
para a estrutura e função das moléculas

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biológicas e desempenham papéis essenciais em praticamente todos os processos
biológicos nos organismos vivos.
*Imagem que simplifica o que foi dito acima.
Substâncias orgânicas
As substâncias orgânicas presentes nos seres vivos incluem uma variedade
de compostos químicos que são essenciais para a vida. Algumas das principais
classes de substâncias orgânicas encontradas nos seres vivos são:
1. Carboidratos: Os carboidratos são compostos orgânicos que desempenham
um papel importante como fonte de energia e como componentes estruturais
nas células. Exemplos incluem glicose, amido, celulose e glicogênio.
2. Lipídios: Os lipídios são compostos que incluem gorduras, óleos,
fosfolipídios e esteróides. Eles desempenham uma variedade de funções nos
organismos, incluindo armazenamento de energia, isolamento térmico,
proteção de órgãos e formação de membranas celulares.
3. Proteínas: As proteínas são macromoléculas compostas de cadeias de
aminoácidos. Elas desempenham uma ampla variedade de funções no
organismo, incluindo catalisar reações bioquímicas (enzimas), transporte de
substâncias, suporte estrutural, regulação do metabolismo e defesa
imunológica.
4. Ácidos Nucleicos: Os ácidos nucleicos incluem o DNA (ácido
desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico), que são responsáveis pelo
armazenamento, transmissão e expressão da informação genética. Eles são
compostos de nucleotídeos, que consistem em uma base nitrogenada, um
açúcar e um grupo fosfato.
5. Vitaminas: As vitaminas são compostos orgânicos essenciais para o
funcionamento adequado do organismo. Elas desempenham papéis
importantes como coenzimas e cofatores em várias reações metabólicas. As
vitaminas podem ser solúveis em água (como as vitaminas do complexo B e
a vitamina C) ou solúveis em gordura (como as vitaminas A, D, E e K).
6. Hormônios: Os hormônios são substâncias químicas produzidas por
glândulas endócrinas que regulam processos fisiológicos no organismo. Eles
desempenham papéis importantes na regulação do metabolismo,
crescimento, desenvolvimento, reprodução e resposta ao estresse.

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Essas são apenas algumas das principais classes de substâncias orgânicas
encontradas nos seres vivos. Cada uma desempenha papéis fundamentais na
manutenção da vida e no funcionamento adequado dos organismos.

*Exemplos de
substâncias orgânicas.

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Substâncias inorgânicas

As substâncias inorgânicas são compostos químicos que não contêm


carbono ligado a hidrogênio, ou seja, não são compostos orgânicos. Apesar de não
serem essenciais para a vida em si, muitas dessas substâncias desempenham
papéis fundamentais nos processos biológicos e no funcionamento dos organismos
vivos. Algumas das principais substâncias inorgânicas encontradas nos seres vivos:
1. Água (H2O): A água é o solvente universal e é essencial para a vida em
todos os organismos. Ela desempenha papéis importantes como meio de
transporte de nutrientes e resíduos, como solvente para reações químicas, na
regulação da temperatura corporal e na manutenção da estrutura celular.
2. Minerais: Os minerais inorgânicos são elementos químicos encontrados em
pequenas quantidades nos organismos vivos. Eles desempenham papéis
importantes na formação de ossos e dentes, na função muscular, na
coagulação do sangue, na transmissão de sinais nervosos e em muitos
outros processos fisiológicos.
3. Íons: Íons inorgânicos, como sódio (Na+), potássio (K+), cálcio (Ca2+),
cloreto (Cl-) e muitos outros, desempenham papéis críticos na regulação do
equilíbrio osmótico, na transmissão de sinais nervosos, na contração
muscular, na regulação do pH e em muitos outros processos biológicos.
4. Dióxido de Carbono (CO2): O dióxido de carbono é produzido durante o
metabolismo celular e é transportado no sangue para os pulmões, onde é
eliminado do corpo através da respiração. Ele também desempenha um
papel crucial na fotossíntese, sendo capturado pelas plantas e convertido em
carboidratos.

Essas são apenas algumas das principais substâncias inorgânicas


encontradas nos seres vivos. Apesar de não serem compostos orgânicos, elas
desempenham papéis essenciais nos processos biológicos e na manutenção da
vida.

30
Capítulo 6:
Hereditariedade e
evolução

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Hereditariedade
Hereditariedade refere-se ao processo pelo qual características biológicas
são transmitidas dos pais para os descendentes ao longo das gerações.
Essas características incluem traços físicos, como cor dos olhos, tipo
sanguíneo e altura, assim como características comportamentais, predisposições
genéticas para doenças e outras características complexas.
A hereditariedade é mediada pela transmissão de material genético de uma
geração para a seguinte através dos genes, que são unidades de informação
hereditária localizadas nos cromossomos. A hereditariedade é um dos principais
mecanismos responsáveis pela diversidade e pela continuidade da vida nas
diferentes espécies.

*Exemplo de como as
características passam de
pais para filhos.

32
Evolução

A evolução é o processo pelo qual as características genéticas de uma


população de organismos mudam ao longo do tempo, resultando em uma
adaptação gradual das espécies ao ambiente e na diversificação da vida na Terra. A
evolução é impulsionada por dois principais mecanismos:
1. Seleção Natural: A seleção natural é o processo pelo qual características
hereditárias que conferem uma vantagem adaptativa aumentam a
probabilidade de sobrevivência e reprodução dos organismos que as
possuem. Por exemplo, em um ambiente onde a cor da pele é importante
para a camuflagem, os indivíduos com cores que se misturam melhor ao
ambiente têm maior probabilidade de sobreviver e passar seus genes para a
próxima geração. Com o tempo, essas características se tornam mais
comuns na população, enquanto características desvantajosas tendem a
diminuir.
2. Mutações Genéticas: As mutações genéticas são alterações no material
genético de um organismo que podem surgir aleatoriamente durante a
replicação do DNA. Algumas mutações podem ser neutras ou prejudiciais,
mas outras podem resultar em novas características que conferem vantagens
adaptativas aos organismos em certos ambientes. Ao longo do tempo, as
mutações benéficas podem se acumular na população através da seleção
natural, levando a mudanças evolutivas.
Além desses dois principais mecanismos, outros
processos, como deriva genética, migração e fluxo
gênico, também podem influenciar a evolução das
populações. A evolução ocorre em escalas de
tempo longas e pode resultar em mudanças
significativas na composição genética e nas
características das populações ao longo das
gerações.

*Esquema simplificado de como ocorre a seleção natural.

33
Capítulo 7: Reação a
estímulos ambientais

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Estímulos ambientais
Estímulos ambientais são mudanças ou sinais no ambiente que são
detectados pelos organismos vivos e que podem desencadear uma resposta
fisiológica, comportamental ou molecular. Esses estímulos podem ser de natureza
física, química ou biológica e incluem uma ampla gama de fatores ambientais, tais
como:
1. Luz: Mudanças na intensidade, cor e direção da luz solar podem servir como
estímulos ambientais para plantas, animais e outros organismos.
2. Temperatura: Variações na temperatura ambiente podem influenciar a
atividade metabólica, os ciclos reprodutivos e outros processos fisiológicos
dos organismos.
3. Umidade: Mudanças na umidade do ar ou do solo podem afetar a
respiração, a transpiração e a sobrevivência de plantas e animais.
4. Pressão: Variações na pressão atmosférica podem influenciar o
comportamento de animais marinhos e a fisiologia de organismos terrestres.
5. Nutrientes: A disponibilidade de nutrientes essenciais, como nitrogênio,
fósforo e potássio, pode afetar o crescimento e o desenvolvimento das
plantas.
6. Substâncias químicas: A presença de substâncias químicas como toxinas,
feromônios ou alimentos pode desencadear respostas comportamentais ou
fisiológicas em animais e outros organismos.
Os organismos vivos desenvolveram uma variedade de mecanismos
sensoriais e adaptativos para detectar e responder a esses estímulos de maneira
apropriada, permitindo-lhes sobreviver e se reproduzir em diferentes ambientes.

*Quadro simplificado de
exemplos de estímulos
ambientais.

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Estímulos ambientais
Os estímulos ambientais desempenham papéis fundamentais na
sobrevivência de todos os seres vivos, ajudando-os a detectar perigos, encontrar
alimentos, navegar em seus ambientes, regular processos fisiológicos e sincronizar
comportamentos e eventos biológicos. Eles são essenciais para garantir que os
organismos se adaptem e prosperem em seus habitats específicos ao longo do
tempo. Dentre vários podemos citar:
1. Detecção de Perigos: Os estímulos ambientais permitem que os organismos
detectem perigos potenciais, como predadores, toxinas ou condições
ambientais adversas, permitindo que evitem ou respondam a esses perigos
de forma apropriada para garantir sua sobrevivência.
2. Localização de Alimentos: Muitos organismos dependem da detecção de
estímulos ambientais, como odores, sabores, luz e calor, para encontrar e
capturar alimentos. Esses estímulos ajudam os organismos a garantir uma
fonte de energia e nutrientes necessários para a sobrevivência e o
crescimento.
3. Navegação e Orientação: Estímulos ambientais, como luz solar, campos
magnéticos, sons e odores, são utilizados por muitas espécies para navegar
e se orientar em seus habitats. Esses estímulos permitem que os organismos
encontrem abrigos, locais de reprodução e rotas de migração.
4. Regulação Fisiológica: Estímulos ambientais, como temperatura, umidade,
pressão e composição química do ambiente, afetam diretamente a fisiologia
dos organismos. Eles podem desencadear respostas fisiológicas, como
regulação da temperatura corporal, controle da
respiração e ajustes metabólicos, para manter as
condições internas adequadas para a
sobrevivência.
5. Sincronização de Processos Biológicos:
Muitos organismos dependem de estímulos
ambientais, como variações de luz e temperatura,
para sincronizar processos biológicos importantes,
como o ciclo circadiano, a reprodução.

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