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Biologia

Os seres vivos podem ser divididos em:

- Seres procariontes: Seres mais primitivos geralmente unicelulares que não apresentam
núcleo, nem mitocôndria ou membrana. Os únicos organelos presentes são os ribossomas que
possui uma constituição membrana diferente da membrana da célula. Sem núcleo bem
organizado.

- Seres eucariontes: Geralmente formados por varias células que apresentam membrana
celular, tendo por isso um núcleo delimitado e diversos organelos membranares. Com núcleo
bem organizado.

- Seres unicelulares: Seres constituídos por uma única célula. (bactérias)

- Seres pluricelulares: Seres constituídos por varias células, dependentes entre si.

- Seres autotróficos: (utilizam carbono inorgânico) seres capazes de produzir compostos


orgânicos a partir de compostos inorgânicos. Fotossintéticos (utilizam energia luminosa)
Quimiossintéticos (utilizam energia química)

- Seres heterotróficos: (utilizam carbono orgânico) seres que necessitam de obter compostos
orgânicos a partir de outros seres vivos ou dos seus produtores. Ingestão (captam e digerem o
alimento)/ Absorção (captam o alimento já digerido)

Organização biológica: Átomo- Molécula- Célula- Tecido- Órgão- Sistema- Organismo-


População- Comunidade/ Ecossistema- Biosfera

Ecossistema: conjunto formado por seres de diferentes espécies (biocenose) , pelo meio que
ocupam ( biótopo ) e pelas interações que entre eles se estabelecem.

Espécie: Grupo de indivíduos semelhantes que se reproduzem entre si, originando


descendência fértil. Por vezes duas espécies diferentes podem cruzar-se, mas a sua
descendência não é fértil, originando os chamados híbridos.

População: conjunto de seres vivos da mesma espécie que vive no mesmo local/habitat

Comunidade biótica: Conjunto de todas as populações que habitam determinada área e das
interações que estabelecem entre si. Estas interações bióticas podem ser interespecíficas ou
intraespecíficas.

Classificação em 5 reinos:

Animália: Seres eucariontes, Heterotróficos ingestão, Consumidores.

Planta: Seres eucariontes, Autotróficos Fotossintéticos, Produtores.

Fungi: Seres eucariontes, Heterotróficos Absorção, Decompositores.

Protista: Seres eucariontes, Heterotróficos ingestão e Absorção, Autotróficos Fotossintéticos,


Produtores, Consumidores, Decompositores.

Monera: Seres procariontes, Heterotróficos Absorção, Autotróficos Fotossintéticos e


Quimiossintéticos, Produtores, Decompositores.
- Os seres vivos de um ecossistema estabelecem relações tróficas (alimentares), que
envolvem transferências de matéria e energia, quer entre os seres vivos, quer entre esses
seres e o meio. Estas relações tróficas constituem as cadeias alimentares.

Cadeia alimentar: sequência de seres vivos que se inter-relacionam a nível alimentar.

A um conjunto de cadeias tróficas que se inter-relacionam dá-se o nome de teia alimentar ou


rede trófica. Nas redes tróficas considera-se a existência de três categorias de seres vivos:

Produtores: Seres vivos capazes de elaborar matéria orgânica a partir de matéria inorgânica,
utilizando, para isso, uma fonte de energia externa (a energia radiante) – seres autotróficos.
Ex: plantas, algas, fitoplâncton e algumas bactérias.

Consumidores: Seres vivos incapazes de produzir compostos orgânicos a partir de compostos


inorgânicos – seres heterotróficos- e, por isso, alimentam-se direta ou indiretamente da
matéria elaborada pelos produtores. Ex: zooplâncton, herbívoros, carnívoros.

Decompositores: Seres vivos que obtêm a matéria orgânica decompondo os cadáveres e os


excrementos de outros seres vivos. Transformam assim a matéria orgânica em matéria
mineral, assegurando a devolução dos minerais (inicialmente incorporados pelos produtores)
ao meio. Ex: algumas bactérias e os fungos.

Os produtores estão sempre no primeiro nível trófico, e os decompositores não ocupam


qualquer nível trófico.

Cadeia alimentar: A trajetória da energia nos ecossistemas é unidirecional – vai dos


produtores para os consumidores, mas em cada nível trófico é aproveitada para a manutenção
das funções vitais e grande parte dissipa-se no ambiente, em forma de calor.

QUANTO MAIOR O NÍVEL TRÓFICO - MENOS ENERGIA DISPONÍVEL

-A célula-
- A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos; Todas as células
provêm de células pré-existentes; A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e
de hereditariedade dos seres vivos.

As células podem apresentar-se numa infinidade de formas e tamanhos, no entanto podemos


dividi-las em dois simples grupos: Células Procarióticas e Células Eucarióticas

As células possuem:

Citoplasma: Meio aquoso onde se encontra o restante material que se encontra rodeado pela
membrana celular, aqui estão dispersos estruturas como o citoesqueleto e organelos.

Membrana plasmática: Função de permeabilidade, separa o meio interno do meio externo e


regula a entrada e a saída de substancias da célula.

Células Procarióticas: Terão sido as primeiras formas celulares a aparecerem na Terra; Células
mais simples; Não possuem núcleo, Não há presença de estruturas membranares. Ex:
bactérias e cianobactérias

Nucleoide- Material genético (DNA) encontra-se disperso no citoplasma;


Citoplasma- meio aquoso onde se encontra o restante material, que se encontra rodeado pela
membrana celular, aqui estão dispersos estruturas como o citoesqueleto e organelos;

Membrana plasmática – Função de permeabilidade seletiva, separa o meio intracelular do


meio extracelular e é responsável pelo controle das trocas de substancias entre os dois meios;

Cápsula - função protetora /defesa, torna a célula dura;

Pili ou fimbrias – adesão e fixação ao substrato, alguns envolvidos na troca de material


genético entre bactérias;

Flagelo – locomoção, deslocação da célula;

Parede celular – sendo rígida esta dá forma, suporte e proteção à célula;

Ribossomas- (local de síntese de proteínas) estrutura não membranar;

Citoesqueleto- Rede de fibras intercruzadas, existente no citoplasma, intervém na divisão


celular, no movimento da célula e na manutenção da sua forma;

Membranas internas- é responsável pela realização da fotossíntese;

Inclusão- constituem reservas de nutrientes, como por exemplo, lípidos.

Células eucarióticas: As células eucarióticas apresentam diversas formas e tamanhos, de


acordo com o organismo e funções que desempenham. Quanto à forma, algumas podem
mudar o seu aspeto de modo a melhorarem a sua deslocação/função (glóbulos brancos).

Células com: uma estrutura mais complexa; Apresentam núcleo; Possuem organitos
membranares; Estão representadas nos restantes grupos de seres vivos (plantas, animais,
fungos e protista).

Estruturas comuns nas células eucarióticas:

Ribossomas: (local de síntese de proteínas) estrutura não membranar;

Citoplasma: meio aquoso onde se encontra o restante material, que se encontra rodeado pela
membrana celular, aqui estão dispersos estruturas como o citoesqueleto e organelos;

Membrana plasmática – Função de permeabilidade seletiva, separa o meio intracelular do


meio extracelular e é responsável pelo controle das trocas de substancias entre os dois meios;

Núcleo: Estrutura rodeada pelo citoplasma que se encontra delimitado por uma dupla
membrana- involucro celular- que possui numerosos poros os quais permitem a comunicação
entre citoplasma e núcleo. É o centro de coordenação celular e é onde está contido o material
genético e a informação necessária para o funcionamento da célula;

Mitocôndrias: Organelos formados por duas membranas, em que a interna apresenta


invaginações. Está envolvida no processo de respiração celular, permitindo a obtenção de
energia para a célula.

Reticulo endoplasmático: Sistema membranar formado por cisternas e canalículos que


intervém no armazenamento e distribuição de substancias na célula e em processos de síntese
de proteínas, tem ribossomas (Reticulo endoplasmático rugoso) / transporte de moléculas,
lípidos e hormonas, não tem ribossomas (Reticulo endoplasmático liso);
Complexo de golgi: Conjunto de sáculos achatados e empilhados e de vesiculas que intervém
em fenómenos de secreção (libertação) celular, síntese de glicoproteínas e maturação de
moléculas;

Citoesqueleto: Rede de fibras de natureza proteica que intervém na dinâmica da célula e na


manutenção da sua estrutura.

Célula Animal ainda possui:

Lisossomas: Organelos esféricos, rodeados por membranar simples, que contem no seu
interior enzimas (hidrólases) as quais intervém na digestão intracelular;

Centríolos: Estrutura de aspeto cilíndrico, constituída por microtúbulos de natureza proteica,


intervêm na divisão celular.

Célula Vegetal ainda possui:

Parede celular: Estrutura rígida que possui como constituinte básico a celulose que envolve as
células vegetais, conferindo-lhes proteção e suporte. Apresenta canais -plasmodesmos- que
permitem a comunicação entre o citoplasma de duas células adjacentes;

Cloroplastos: Organelos formados por uma membrana dupla onde se encontram pigmentos de
clorofila envolvidos na fotossíntese; Conversão da matéria inorgânica em matéria orgânica.

Vacúolos: Estruturas de tamanho variável rodeados por uma membrana. Podem armazenar
diversas sustâncias como agua, gases, pigmentos, açúcares e proteínas, resíduos metabólicos.
Para alem disso, alguns tipos de vacúolos contem no seu interior enzimas (Hidrolises) as quais
intervêm em processo de digestão intracelular.

-Biomoléculas-
Todos os seres vivos são constituídos por moléculas orgânicas de grandes dimensões
(Macromoléculas), as macromoléculas são constituídas essencialmente por Carbono (C),
Oxigénio (O), Hidrogénio (H) e outros como o Azoto (N).

Compostos químicos:

Inorgânicos: Moléculas pequenas; simples; derivadas basicamente do meio físico externo. EX:
Água Sais Minerais.

Orgânicos: Moléculas grandes; complexas; produzidas pelos seres vivos EX: Glícidos Lípidos
Prótidos Ácidos Nucleicos.

Existem em reduzida quantidade no organismo (cerca de 1%), podem ser solúveis ou insolúveis
na água, quando se encontram dissolvidos na água surgem sob a forma de iões (catiões – carga
positiva; aniões – carga negativa).  Funções: essencialmente estrutural e reguladora.

Moléculas orgânicas: A maioria das moléculas orgânicas têm grandes dimensões


macromoléculas. A generalidade das macromoléculas são polímeros, isto é, são moléculas
formadas por um conjunto, maior ou menor, de unidades básicas – os monómeros, unidas
por ligações químicas.

Monómeros: Oses ou monossacarídeos/ Ácidos gordos e Glicerol/ Aminoácidos/ Nucleótidos.

Polímeros: Glícido/ Lípido/ Prótidos / Ácidos Nucleicos.


Reações de condensação/polimerização/ Síntese: os monómeros ligam-se e formam cadeias
cada vez maiores, originando polímeros; por cada ligação de 2 monómeros liberta-se uma
molécula de água.

Reações de hidrólise/despolimerização: ocorre a rutura das ligações existentes num polímero,


separando-se os monómeros que o constituem. É necessário a adição de moléculas de água.

As macromoléculas podem agrupar-se em quatro grupos: Prótidos  Glícidos  Lípidos  Ácidos


Nucleicos.

Glícidos ou hidratos de carbono: Compostos orgânicos ternários (C, O e H), podem ser
classificados, de acordo com a complexidade, em:

Monossacarídeos: São as unidades dos glícidos = os monómeros, são açúcares redutores


(capazes de ceder eletrões a outras substâncias) e são solúveis na água. EX: glicose (mais
comum na natureza), frutose, ribose, etc.

Podem apresentar uma estrutura linear ou, quando em solução aquosa, uma estrutura em
anel, devido à sua maior estabilidade química.

Os monossacarídeos são classificados de acordo com o número de átomos de carbono que os


compõem (entre 3 e 9). Assim podem ser trioses (3 C); tetroses (4 C), pentoses (5 C) , hexoses
(6 C), heptoses (7C).

Oligossacarídeos: Resultam da união entre 2 a 10 monossacarídeos, a ligação que une 2


monossacarídeos denomina-se ligação glicosídica, dois monossacarídeos ligados formam um
dissacarídeo. Se mais um monossacarídeo se ligar, forma um trissacarídeo e assim
sucessivamente.

EX: Maltose = ( glicose + glicose )

Lactose = ( galactose + glicose )

Sacarose = ( glicose + frutose)

Polissacarídeos: Polímeros de monossacarídeos (> 10), dificilmente solúveis, alguns formados


por moléculas lineares; noutros as moléculas são ramificadas.

Polissacarídeos importantes formados por glicose:

Estrutural- Celulose: componente estrutural da parede celular das células vegetais.

Energética- Amido: plastos, substância de reserva energética das plantas.

Energética- Glicogénio: forma de reserva energética nos animais.

Estrutural- Quitina: Constituinte da carapaça dos insetos e da parede celular dos fungos.

Prótidos: São compostos quaternários: com C, O, H e N. Podem ter enxofre, magnésio, ferro,
cobre, etc.

De acordo com a sua complexidade, classificam-se em:

Aminoácidos: São as unidades básicas dos prótidos = Monómeros, existem cerca de 20


aminoácidos diferentes.
Os aminoácidos possuem, ligados ao carbono central (α): um grupo amina – NH2  um grupo
carboxilo – COOH (ácido)  um átomo de hidrogénio  um grupo R – variável de aminoácido para
aminoácido. Exemplos de aminoácidos: tirosina, leucina, serina.

Péptido: moléculas formadas por 2 ou mais aminoácidos. Dois aminoácidos denominam-se de


dipéptidos, três aminoácidos denominam-se de tripéptidos, de dois a vinte aminoácidos
denominam-se de oligopéptidos, mais de vinte aminoácidos denominam-se de polipéptidos.

Ligação química entre os aminoácidos - Ligação peptídica (estabelecida entre o grupo


carboxilo de um aminoácido e o grupo amina de outro, com libertação de uma molécula de
água)

Proteínas: são macromoléculas constituídas por uma ou mais cadeias peptídicas de mais de
100 aminoácidos que apresentam uma estrutura tridimensional definida.

Níveis estruturais das proteínas:

• Estrutura primaria: linha reta, linear;


• Estrutura secundaria: onde as cadeias podem enrolar-se em hélice ou quando se
dispõem paralelamente ligando- se entre si por pontes de hidrogénio;
• Estrutura terciaria: As cadeias polipeptídicas dobram-se originando uma forma
globular onde podem estas associar-se a outros átomos através de ligações designadas
pontes dissulfeto.
• Estruturas quaternária: cadeias polipeptídicas com estrutura globular, podem
associar-se, formando proteínas de grandes dimensões.

Desnaturação das proteínas: Calor, agitação, variações de pH, radiações podem romper
ligações entre os aminoácidos. Isto leva a que a proteína perca a sua estrutura tridimensional ,
o que implica perda da sua função biológica ➮ fenómeno de desnaturação da proteína.

Funções das proteínas:

• Função estrutural – proteínas fazem parte de todos os constituintes celulares


(membranas, cromossomas, etc.). Outros ex: Colagénio da pele; queratina das unhas,
pelos, garras.
• Função enzimática – atuam como enzimas, acelerando as reações químicas.
• Função de transporte – micromoléculas e iões transportados por proteínas. Ex.
hemoglobina transporta O2.
• Função de reserva alimentar – proteínas fornecem aminoácidos ao organismo durante
o seu desenvolvimento, bem como energia (ex. albumina do ovo).
• Função imunológica (defesa) – anticorpos neutralizam substâncias estranhas.
• Função motora – componentes dos músculos.
• Função hormonal – certas hormonas têm constituição proteica (insulina, adrenalina,…)

Lípidos: Compostos ternários (com C, H e O), podem conter S, N ou P, grupo heterogéneo -


inclui as gorduras (animais e vegetais), os fosfolípidos, os esteroides, ceras, etc, estas
substâncias são insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos (benzeno, éter e o
clorofórmio).

Os lípidos dividem-se, de acordo com a sua função, em: Lípidos de reserva; Lípidos
estruturais; Lípidos com função reguladora. Componentes fundamentais – 1 molécula de
glicerol + 1, 2 ou 3 moléculas de ácidos gordos.
Lípidos simples: Constituídos apenas por ácidos gordos e glicerol. EX: Triglicerídeo

Lípidos compostos: Constituídos por ácidos gordos e glicerol associados a outras moléculas.
Apresentam vários anéis de carbono EX: Fosfolípidos e colesterol

Ácidos gordos: São formados por uma longa cadeia linear de átomos de carbono, com um
grupo terminal carboxilo (COOH), que lhe confere características ácidas.

SATURADOS: quando na sua cadeia hidrocarbonada todos os átomos de carbono estão ligados
entre si apenas por ligações simples. Sólidos à temperatura ambiente; geralmente origem
animal. EX: Ácido esteárico.

INSATURADOS: possuem átomos de carbono ligados entre si por ligações duplas ou triplas.
Líquidos à temperatura ambiente; geralmente origem vegetal. EX: Ácido oleico.

Glicerol: É um álcool que contém 3 grupos hidroxilo (-OH), cada um ligado a um carbono. Os
grupos -OH estabelecem ligações com os grupos carboxilo (- COOH) dos ácidos gordos. As
ligações estabelecidas chamam-se ligações éster.

Classificação:

• Triglicerídeo – 1 molécula de glicerol + 3 moléculas de ácidos gordos


• Diglicerídeo – 1 molécula de glicerol + 2 moléculas de ácidos gordos
• Monoglicerídeo – 1 molécula de glicerol + 1 molécula de ácido gordo

Lípidos estruturais – fosfolípidos: Constituídos por C, H, O, P e N, são moléculas polares e


principal componente das membranas celulares.

Moléculas/grupos constituintes dos fosfolípidos: 1 molécula de glicerol  1 molécula de ácido


fosfórico  2 moléculas de ácidos gordos  1 composto com azoto.

Os fosfolípidos são moléculas anfipáticas, isto é, possuem uma parte polar (hidrofílica –
solúvel na água) e uma parte apolar (hidrofóbica – insolúvel na água).

Parte hidrofílica – glicerol, ácido fosfórico e composto azotado;

Parte hidrofóbica – cadeias hidrocarbonadas dos ácidos gordos;

Lípidos reguladores – ceras: Resultam da união de ácidos gordos com um álcool diferente do
glicerol, altamente insolúveis. Exemplos – ceras que revestem folhas e frutos das plantas,
assim como pele, pelos e penas de muitos animais. As ceras ajudam a planta a reduzir a
evaporação.

Função dos lípidos:

• Reserva energética / produção de calor - permite armazenar energia a longo prazo;


• Função estrutural – são constituintes das membranas celulares com colesterol e
fosfolípidos;
• Função protetora – Revestem a epiderme das folhas e frutos assim como animais
tornando- os impermeáveis; ex. ceras;
• Função hormonal – hormonas sexuais como a testosterona e progesterona são
esteroides;
Ácidos nucleicos: São as principais moléculas envolvidas em processos de controlo celular e as
responsáveis pelo armazenamento da informação genética.

Nucleótidos: Os nucleótidos, unidades estruturais, dos ácidos nucleicos ligam-se entre si


através de ligações fosfodiéster que se estabelecem entre o grupo fosfato de um nucleótido e
a pentose do nucleótido seguinte, são constituídos por base azotada; pentose; grupo fosfato.

Existem dois tipos de ácidos nucleicos: Ambos são polímeros de nucleótidos, isto é, são
polinucleótidos.

ADN– Ácido Desoxirribonucleico; ácidos fosfóricos

• Pentose- Desoxirribose (nucleótido) (C5H10O4)


• Bases azotadas- Adenina (A) Timina (T) Guanina (G) Citosina (C)
• Cadeia- Dupla

RNA- Ácido Ribonucleico; ácidos fosfóricos

• Pentose- Ribose (nucleótido) (C5H10O5)


• Bases azotadas- Citosina (C) Guanina (G) Adenina (A) Uracilo (U)
• Cadeia- Simples, por vezes dobrada

Funções dos ácidos nucleicos:

• ADN: Armazenamento da informação genética;


• ADN: Transmissão da informação genética através da separação do ADN e a sua
replica;
• ADN e RNA: Controle da atividade celular;
• RNA: Síntese de proteínas.

- Membrana-
As membranas biológicas são constituídas essencialmente por lípidos e proteínas, podendo
ainda conter alguns glícidos. A quantidade relativa destes componentes varia com o tipo de
membrana e está relacionada com a sua função biológica.

O caracter anfipatico, em meio aquoso, as moléculas dos fosfolípidos tendem a formar uma
dupla camada, o que determina a estrutura fundamental da membrana.

Os glícidos membranares situam-se na parte exterior da membrana plasmática e estão


envolvidos em processos de reconhecimento celular.

Funções da membrana:

• Mantém a integridade da célula;


• É a barreira que separa o meio intracelular do meio extracelular;
• Regula o fluxo de substâncias, energia e informação entre o meio intracelular e
extracelular.

Modelo do mosaico fluído:

Glícidos: Encontram-se na face externa da membrana e constituem o glicocálix e estão ligados


a fosfolípidos (glicolípidos) ou a proteínas (glicoproteínas); Desempenham um papel
importante no reconhecimento de substâncias.
Proteínas Integradas (Intrínsecas): Mergulham total ou parcialmente na bicamada
fosfolipídica. Algumas destas proteínas podem atravessar a membrana de um lado ou outro
sendo assim designadas proteínas transmembranares.

Proteínas Periféricas (Extrínsecas): Não penetram na bicamada fosfolipídica, encontrando-se


na sua superfície da membrana. Algumas proteínas da membrana interagem com o
citoesqueleto.

Colesterol: Encontram-se entre as caudas dos fosfolípidos, contribuem para a integridade da


membrana, influenciando a sua fluidez.

Proteínas membranares:

• Função estrutural;
• Intervenção no transporte de substâncias específicas através da membrana;
• Função enzimática;
• Função de receção de determinadas hormonas.

Mobilidade dos fosfolípidos:

Mobilidade lateral dos fosfolípidos – fosfolípidos trocam de posição com outros dentro da
mesma camada;

Movimento de Cambalhota (flip-flop) - movimentos transversais dos fosfolípidos de uma


camada para outra.

-Transportes-
Permeabilidade seletiva: Uma das propriedades fundamentais da membrana celular é facilitar
a passagem de determinadas substâncias e dificultar ou impedir a passagem de outras.

O transporte depende de: Dimensão  Carga elétrica do composto  Solubilidade do composto.

Classificação do tipo de transporte:

Transporte não mediado – as substâncias transpõem a membrana sem a intervenção


específica de moléculas transportadoras.

Transporte mediado – as substâncias que transpõem a membrana para o exterior e para o


interior passam pelas proteínas membranares (permeases).

Transportes transmembranares: TRANSPORTE DE PEQUENAS MOLÉCULAS E IÕES

• Transporte não mediado: Osmose e Difusão simples.


• Transporte mediado: Difusão facilitada e Transporte ativo.

Transporte passivo – não utiliza energia/ATP (osmose, difusão simples e difusão facilitada)

• A favor do gradiente de concentração: zona mais concentrada --» menos concentrada


(osmose, difusão simples e difusão facilitada).

Difusão simples: A água não é a única substância que se movimenta através da membrana
celular. As moléculas movimentam-se do meio onde a sua concentração é mais elevada para
o meio onde a sua concentração é mais baixa. Movimento de substâncias a favor do gradiente
de concentração, através dos lípidos da membrana (meio hipertónico --» meio hipotónico).
• Exemplos: Moléculas pequenas não polares: gases como o N2 , O2 e CO2. / Solventes
orgânicos: álcool, éter, clorofórmio, benzeno, etc.  Substâncias lipossolúveis:
esteroides, certos medicamentos, etc.  Pequenas moléculas polares, não
carregadas: glicerol, ureia, etc.

• A velocidade de movimentação do soluto é diretamente proporcional à diferença de


concentração entre os dois meios (intracelular e extracelular). Gráfico com linha reta
obliqua.

Difusão facilitada: As substâncias atravessam a bicamada de fosfolípidos usando poros de


natureza proteica. Envolve a intervenção de proteínas transportadoras – permeases
(transporte mediado) que se abrem e fecham. Gráfico: Linha curva

Etapas da difusão facilitada:

• Combinação da molécula a transportar com a proteína transportadora, na face externa


da membrana.
• Passagem da molécula através da membrana e sua separação da proteína
transportadora.
• Regresso da proteína transportadora à forma inicial.

Difusão facilitada – canais: Canais regulados por ligações específicas

São canais recetores que, ao ligarem-se a moléculas específicas, sofrem uma alteração na sua
conformação, o que determina a sua abertura. Ex. recetor da acetilcolina (permite entrada
de sódio e saída de potássio, na célula).

Características dos sistemas de difusão facilitada:

• Fenómenos de saturação: a taxa de difusão não ultrapassa um valor máximo.


• Competição: nalguns casos moléculas semelhantes podem utilizar o mesmo
transportador.
• Inibição: o sistema transportador pode ser bloqueado por fármacos em pequenas
concentrações.

Transporte ativo – utiliza energia biológica/ATP (transporte ativo)

• Contra o gradiente de concentração: região menos concentrada --» região mais


concentrada (transporte ativo). Envolve a intervenção de proteínas transportadoras da
membrana - bombas do tipo ATPases (transporte mediado). Ex: Glicose e
aminoácidos e iões.

Bomba de sódio e de potássio:

• Normalmente a concentração de sódio é mais alta fora da célula do que no seu


interior.
• A concentração de potássio é maior dentro da célula do que fora desta.
• A manutenção destes dois iões numa concentração diferente no interior e exterior das
células envolve um mecanismo de transporte ativo.
• A bomba de Na+ e K+ promove a saída de 3 iões Na+ e a entrada de dois iões K+.
Osmose: transporte de água, a água é um constituinte fundamental das células e é
imprescindível à sua atividade, ela atravessa constantemente a membrana plasmática do
meio extracelular para o meio intracelular e vice versa.

• Os mecanismos de osmose envolvem a difusão de moléculas de água através da


camada dupla fosfolipídica da membrana e fluxo de massa através de pequenos poros
seletivos de proteínas integradas (aquaporinas).

• Fenómeno físico em que ocorre a passagem de água de um meio hipotónico para um


meio hipertónico, através de uma membrana semipermeável.

Classificação dos meios:

Meio Hipotónico: Meio em que existe uma baixa concentração de soluto; Tem mais potencial
hídrico e menor pressão osmótica.

Meio Hipertónico: Corresponde a um meio em que existe uma elevada concentração de


soluto; Tem mais pressão osmótica e menor potencial hídrico.

Meio isotónico: Meio que apresenta igual concentração de soluto.

Pressão osmótica: Pressão necessária para contrabalançar a tendência da água se mover de


uma solução com elevada concentração de moléculas de água para uma solução com baixa
concentração de moléculas de água.

-Transporte em massa-
Transporte em massa: Transferência para o interior ou para o exterior da célula de maiores
quantidades de substâncias (macromoléculas, conjuntos de partículas, etc.)

Endocitose: Transporte em que há inclusão de materiais, como macromoléculas ou agregados


moleculares, por invaginações da membrana plasmática, que progridem e se separam,
constituindo vesículas endocíticas.

• Fagocitose: A membrana plasmática engloba partículas de grandes dimensões ou


mesmo células inteiras, através da emissão de prolongamentos do citoplasma
chamados pseudópodes. Forma-se uma vesícula fagocítica (fagossoma) que se destaca
para o interior da célula. Estas vesículas fundem-se com os lisossomas, originando
vacúolos digestivos, onde ocorre a digestão por ação de enzimas. Utilizada por seres
unicelulares como as amibas; associada a mecanismos de defesa do organismo –
glóbulos brancos fagocitam bactérias.

• Pinocitose: Captura de pequenas gotas de fluido em invaginações membranares (ex.


gotículas de solutos).

• Endocitose mediada por recetores: As macromoléculas entram na célula ligadas a


recetores da membrana das vesículas de endocitose.
Exocitose: A exocitose, constitui um processo de eliminação de compostos contidos em
vesículas (para o meio extracelular). Neste processo podemos considerar três etapas:

• 1 - Migração das vesículas de exocitose através do citoplasma.


• 2 - Fusão da vesícula com a membrana celular.
• 3 - Lançamento do conteúdo da vesícula no meio extracelular.

-Obtenção de matéria-
A obtenção de nutrientes é uma necessidade comum a todos os seres vivos (heterotróficos).
Para que os nutrientes possam ser usados é necessário que cheguem primeiramente às
células, através de processos que causariam na obtenção de matéria depois usada como o
próprio crescimento e desenvolvimento do ser vivo.

Ingestão: introdução dos alimentos no organismo.

Digestão: processo de transformação das moléculas complexas dos alimentos, com o auxílio
de enzimas, em moléculas mais simples que podem ser absorvidas. (obter energia)

Digestão intracelular- Ocorre no interior das células.

Digestão extracelular- Ocorre fora das células. Típica de seres heterotróficos multicelulares:

• Digestão Extracorporal – fora do corpo (fungos).


• Digestão Intra corporal – no interior do organismo, em cavidades ou órgãos
especializados (animais).

Absorção: processo de passagem das substâncias que resultam da digestão para o meio
interno (sangue e linfa).

Vantagens da digestão extracelular (em cavidades digestivas):

• O ser pode ingerir uma maior quantidade de alimentos de cada vez, havendo obtenção
de mais nutrientes, que implicará uma taxa metabólica mais elevada.
• O ser não necessita de estar continuamente a ingerir alimentos, pois estes ficam em
reserva, sendo digeridos durante algum tempo.

-Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos-


Seres eucariontes: Os fungos quer sejam uni ou pluricelulares segregam enzimas que são
libertadas para o meio, cortando as ligações químicas do material. Estas moléculas são depois
absorvidas, e transportadas ate às células onde ocorre a digestão intracelular. Assim podemos
dizer que no caso dos fungos (multicelulares) ocorre primeiramente a digestão extracorporal
e só depois a intracelular, no caso dos fungos (unicelulares) apenas podemos referir que a
digestão ocorre pela célula.

Digestão extracelular e extracorporal: Os filamentos que compõem o cogumelo (hifas)


produzem enzimas digestivas que lançam para o exterior, sobre o substrato orgânico. Ocorre a
digestão das macromoléculas (ex. proteínas e amido) em micromoléculas (ex. aminoácidos e
glicose). As moléculas simples provenientes da digestão são absorvidas pelo organismo através
das hifas.
No caso dos animais, ocorre primeiramente a ingestão e o consumo da substancia.
Seguidamente ocorre a digestão extracelular, quer através de processos físicos como os
movimentos peristálticos como também devido a absorção de enzimas e só depois se da a
absorção no duodeno, intestino delgado (humano). Após a passagem das moléculas para o
meio intracelular ocorre a digestão intracelular nos vacúolos digestivos das células.

Protozoários (paramécia): englobam as moléculas através de endocitose, ocorrendo a


absorção para o meio intracelular onde depois ocorre a digestão intracelular nos vacúolos
digestivos resultadores da fagocitose, as partículas não digeridas são depois libertadas da
células por exocitose.

Seres procariontes: as moléculas mais simples presentes no meio são absorvidas para o meio
intracelular onde depois ocorre a digestão intracelular por possuírem parede celular rígida,
não são capazes de englobar partículas de grande dimensões. Algumas bactérias
arqueobactérias têm a capacidade de através da secreção de enzimas para o meio
extracelular que digerem as macromoléculas em moléculas mais simples capazes de serem
absorvidas. As bactérias só possuem digestão intracelular uma vez que são constituídas por
uma única célula não e possível utilizar o termo intracorporal.

Grau de complexidade do tubo digestivo dos animais:

Tubo digestivo Completo- Tem duas aberturas independentes, uma para a entrada dos
alimentos (boca) e outra por onde saem os resíduos alimentares (ânus). Esta modificação
constitui um importante avanço evolutivo, pois permite uma digestão e absorção sequenciais
no tubo digestivo, uma vez que os alimentos se deslocam num só sentido.

Tubo digestivo Incompleto- Tem apenas uma abertura que funciona como boca e ânus. Neste
caso os resíduos deslocam se em sentido contrário.

-Hidra-
• O alimento entra através da boca, com a ajuda dos tentáculos, para a cavidade
gastrovascular.
• Células glandulares libertam enzimas para a cavidade gastrovascular onde ocorre
digestão extracelular.
• Partículas semidigeridas são fagocitadas para células digestivas onde completam a sua
digestão em vacúolos digestivos (digestão intracelular).
• Moléculas simples difundem-se para as restantes células do animal. Resíduos lançados
na cavidade gastrovascular e seguidamente saem pela boca para o exterior.
• Tubo digestivo incompleto/ Digestão extracelular (intracorporal) e intracelular.

-Planária-
• Tubo digestivo com: boca;  faringe musculosa que se projeta para o exterior para
capturar as presas;  intestino com três ramos (1 anterior e 2 posteriores).
• Faringe projeta-se para fora e capta o alimento que segue da boca para a cavidade
gastrovascular.
• Digestão inicia-se na cavidade gastrovascular (digestão extracelular) e completa-se no
interior das células dessa cavidade (digestão intracelular).
• Resíduos expulsos para o exterior através da boca que funciona como ânus (tubo
digestivo incompleto).
• Cavidade gastrovascular muito ramificada --» aumenta a área de digestão e absorção,
bem como uma distribuição eficiente dos nutrientes às células.

Vantagens do tubo digestivo completo:

• Os alimentos deslocam-se num único sentido o que permite uma digestão e absorção
sequenciais ao longo do tubo (mais eficaz).
• A digestão pode ocorrer em vários órgãos (processos mecânicos e químicos)
• A absorção é mais eficiente porque progride ao longo do tubo (maior superfície ).
• Os resíduos alimentares acumulam-se e são expulsos através do ânus.

-Minhoca-
• Os alimentos entram pela boca, passam para a faringe e desta para o esófago.
• São armazenados no papo.
• São triturados na moela (fenómeno mecânico).
• No intestino ocorre a digestão química (com a intervenção de enzimas).
• Absorção no intestino, com uma prega intestinal – tiflosole, que aumenta a superfície
interna (absorção eficiente).
• Resíduos alimentares são expelidos pelo ânus.

-Fotossíntese-
Organismos capazes de produzir matéria orgânica a partir de fontes inorgânicas, seres
autotróficos podem ter diferentes tipos de autotrofia:

Fotossíntese: é um processo de transformação de compostos inorgânicos em compostos


orgânicos utilizando a luz como fonte de energia. EX: Seres foto autotróficos – plantas, algas e
cianobactérias

Quimiossíntese: produção de compostos orgânicos utilizando energia química resultante de


reações de oxidação-redução. EX: Seres quimioautotróficos – bactérias

Origem do O2 na fotossíntese: Experiência De Van Niel Com Bactérias Sulfurosas – 1930

As bactérias sulfurosas:

• são anaeróbias (vivem na ausência de O2 );


• no processo fotossintético utilizam sulfureto de hidrogénio (H2S) em vez de água;
• na presença de luz, sintetizam compostos orgânicos e libertam enxofre.
Van Niel comparou a fotossíntese das plantas com a fotossíntese das bactérias sulfurosas.

Raciocínio de Van Niel: nas bactérias a rutura da molécula de sulfureto de hidrogénio é


efetuada pela luz logo, na fotossíntese, a luz também deve provocar a rutura da molécula de
água.

Conclusão de Van Niel: O oxigénio libertado na fotossíntese tem origem na água e não no
dióxido de carbono.

Experiencia Calvin I

• Colocaram-se algas verdes do género Chlorella em água marcada com um isótopo do


oxigénio ( 18O) e iluminaram-se.
• Recolheu-se o O2 libertado na fotossíntese e verificou-se que se tratava de 18O2 , não
aparecendo este isótopo nos compostos orgânicos sintetizados.
• CONCLUSÃO: O oxigénio libertado durante a fotossíntese provém da água --» a
experiência vem validar a hipótese de Van Niel.

Experiencia Calvin II

• Colocaram-se algas verdes do género Chlorella num meio contendo CO2, em que o
carbono era radioativo (14CO2).
• Recolheram-se e analisaram-se os compostos orgânicos sintetizados que se revelaram
radioativos.
• CONCLUSÃO: O CO2 é necessário para formar compostos orgânicos

Experiência de De Graffron

• Colocou-se numa suspensão de algas, fortemente iluminada, dióxido de carbono


radioativo (14CO2).
• Após uma permanência de 10 minutos à luz, a suspensão de algas foi colocada na
obscuridade.
• O dióxido de carbono continuou a ser absorvido durante 15 a 20 segundos.
• Sem iluminação prévia ou iluminação reduzida, não há formação de compostos
orgânicos.
• Conclusão: A luz é necessária para dar início à fotossíntese, que depois poderá
continuar durante alguns segundos mesmo na sua ausência.
Espectro eletromagnético:

• A energia radiante do sol é constituída por radiações de diferentes comprimentos de


onda, constituindo o espectro solar/eletromagnético.
• Os olhos humanos captam apenas um pequeno conjunto dessas radiações – a luz
branca ou luz visível ( comprimentos de onda entre 380 e 750 nm ).
• A luz visível/branca, quando atravessa um prisma ótico, decompõe-se nas suas
radiações constituintes, com cores equivalentes às do arco-íris.
• A luz ao incidir sobre as folhas segue diferentes trajetos:  parte é refletida;  parte é
absorvida;  parte atravessa a folha ( radiação transmitida )

Experiência de Engelham

• Fotossíntese mais intensa nas regiões das faixas vermelhoalaranjadas e azul-violeta ---
» maior libertação de oxigénio nesses locais --» Maior número de bactérias
aglomeradas nessas zonas.
• Conclusão: As radiações mais eficazes para a fotossíntese eram as radiações
vermelho alaranjadas e azul-violeta
Espectro de absorção:

• representa a capacidade de absorção de uma radiação por um pigmento em função do


comprimento de onda.
• As clorofilas a e b absorvem preferencialmente as radiações de comprimento de onda
correspondentes ao vermelho, alaranjado, azul e violeta.
• As radiações com comprimento de onda correspondente à zona verde do espectro
não são absorvidas, na sua maioria são refletidas --» daí vermos as folhas com a cor
verde.

Espectro de ação:

• representa a eficiência fotossintética em função do comprimento de ondas das


radiações, as radiações mais eficientes para a fotossíntese são as absorvidas pelos
pigmentos nas faixas vermelhoalaranjadas e azul violetas.

-Etapas da Fotossíntese-
Fase fotoquímica: (anteriormente denominada fase luminosa ou dependente da luz) – reações
dependem da luz nas membranas dos tilacoides, a energia luminosa, captada pelos pigmentos
fotossintéticos, permite produzir moléculas de ATP e de NADPH, consumindo-se H2O e
libertando-se O2.

Fase Química: (anteriormente designada fase não dependente da luz ou fase escura), etapa
que ocorre no estroma do cloroplasto, as moléculas produzidas na fase fotoquímica (ATP e
NADPH), juntamente com o CO2 captado, permitem a produção de compostos orgânicos.

Etapas / Reações importantes da fase fotoquímica:

1- A luz solar incide nas folhas e é absorvida pela clorofila, presente no cloroplasto na
membrana interna, no tilacoide, constituindo a fonte energética inicial. A clorofila do
fotossistema II fica excitada e perde eletrões que vão reagir com a molécula de
água, oxidando-a e originando a libertação do oxigénio, protões e eletrões. Os eletrões vão
fluir para uma cadeia de acetores que existem na membrana do tilacoide e que serão
transportados até ao fotossistema I. Os protões de hidrogénio deslocam-se para o interior do
tilacóide.

2- O fluxo de eletrões liberta energia para transformar várias moléculas ADP em ATP. Os
protões que foram encaminhados para o interior do tilacóide vão ser utilizados para a
fosforilação do ADP que irá ocorrer no estroma (exterior do tilacóide).

3- O Fotossistema I após captar a energia luminosa, reencaminha os eletrões para o estroma e


em conjunto com os protões, vão ser cedidos a uma molécula chamada de NADP(+)
(Nicotinamina adenina dinocleótido fosfato), reduzindo-a e transformando-a em NADPH
(molécula transportadora de eletrões e hidrogénios), molécula importante, tal como o ATP
para a formação de compostos orgânicos.

Dissociação/oxidação da molécula de água Oxidação da clorofila a Fluxo de eletrões através


de cadeias transportadoras Redução do NADP+
Etapas / Reações importantes da fase química:

1- Fixação do carbono, O CO, combina-se com a RuDP (ribulose ditosfato), por ação da enzima
RUBISCO, originando uma molécula orgânica instável que rapidamente origina PGA (ácido
fosfoglicérico).

2- Redução e produção de glícidos.- O PGA é fosforilado e reduzido a PGAL (aldeído


fosfoglicérico) requerendo a energia do ATP e o poder redutor do NADPH.
- 1/6 das moléculas de PGAL são removidos do ciclo para formar glícidos, como a glicose, e
outros compostos orgânicos.

3- Regerenação da RuDP. - Às moléculas de PGAL restantes são usadas para formar RuMP
tribulose fosfato), que após ser fosforilada é convertida em RuDP.

Fixação do CO2 ; Produção de compostos orgânicos / açúcares; Regeneração de RuDP


(ribulose difosfato)

-Transporte nas plantas-


O transporte de substâncias nas plantas compreende assim vários fenómenos tais como a
absorção, a nível radicular, de agua e sais minerais e o seu transporte ate as folhas, onde
ocorre a fotossíntese, bem como a distribuição dos compostos orgânicos resultantes para
todas as células da planta.

Este transporte é assegurado por dois condutores como:

Xilema- ocorre o transporte de seiva bruta (água e sais minerais) da raiz para os órgãos
aéreos da planta, e sentido fluxo ascendente, mecanismos aplicativos Tensao-coesao-adesao
e pressão radicular.
Elementos condutores: Células mortas onde circula a agua e os sais minerais

Tracoide- células longas e de extremidades afiadas pelas quais contactam entre si, formando
tubos que permite a passagem de agua e sais minerais.

Elementos de vaso- são células vasculares com diâmetro superior aos tracoides, cujas paredes
laterais apresentam espessamentos de lenhina, uma substancia que lhes confere rigidez.

Floema- ocorre o transporte de seiva elaborada (água e compostos orgânicos)


essencialmente das folhas para os outros órgãos da planta, e sentido do fluxo em todas as
direções, mecanismos aplicativos fluxo de pressão.

Células dos tubos crivosos: Células vivas, células muito especializadas, ligadas entre si pelos
topos e cujas as paredes de contacto possuem uma serie de orifícios, que se assemelham a
um crivo

Células de companhia (células vivas)- situam se junto das células dos tubos crivosos, com
quais mantem numerosas ligações citoplasmáticas, ajudando-as assim no seu funcionamento.

Níveis de transporte:

Absorção de solutos do meio para a célula da raiz- Os iões são retirados do solo contra um
gradiente de concentração, com gastos de energia (ATP) e intervenção de transportadores
membranares específicos – transporte ativo.

• Osmose- movimento da água através de membranas permeáveis no sentido do


equilíbrio de concentrações entre os dois meios. A água desloca-se de zonas com baixa
concentração de solutos (soluções hipotónicas) para meios com elevada
concentração de solutos (soluções hipertónicas). A concentração de muitos dos
solutos na planta é superior à do solo, favorecendo a entrada passiva da água na raiz.

Transporte no xilema- A ascensão da seiva bruta, contrariando a gravidade, foi objeto de


várias explicações, nomeadamente que estariam envolvidas células vivas, ou que haveria
transporte pelas células da raiz;

Atualmente há duas teorias explicativas: a teoria da pressão radicular e a teoria da tensão-


coesão-adesão:

Teoria da pressão radicular:

O transporte ativo de iões do solo para as células da raiz aumenta o potencial de soluto nestas
células, o que tem como consequência a entrada de água. A acumulação de água nestes
tecidos provoca uma pressão (pressão radicular) que a vai forçar a subir no xilema por
capilaridade.

O efeito da pressão radicular pode ser observado quando se efetuam as podas tardias em
certas plantas, verificando-se a saída de água pelas zonas de cortes, num processo conhecido
por exsudação.

Quando a pressão radicular é muito elevada, a água é forçada a subir até às folhas, onde é
libertada sob a forma líquida, num fenómeno designado por gutação.

Hidátodos ou estomas aquíferos: são estomas modificados, adaptados a perder o excesso de


água na forma líquida. É a pressão de turgência que faz a agua ascender
Objeções à teoria da pressão radicular:

• Algumas espécies não apresentam pressão radicular.


• Os valores da pressão radicular são insuficientes para explicar a ascensão de água até
ao cimo de certas árvores.

Teoria da tensão – coesão – adesão:

Tensão- a transpiração foliar gera um défice de água, com consequente tensão (pressão
negativa) ou efeito de sucção sobre a seiva xilémica; as células do mesófilo ficam hipertónicas,
havendo um aumento da pressão osmótica.

• Cada molécula de água perdida pelo mesófilo é substituída a partir do xilema das
folhas, criando um défice de água, compensado pelo xilema do caule; este efeito
propaga-se à raiz, fazendo com que a água passe do parênquima cortical para o
xilema, determinando a absorção de água do solo.

Coesão- força que mantém unidas as moléculas de água entre si através das pontes de
hidrogénio.

Adesão- força que atrai as moléculas de água às paredes dos vasos xilémicos e que é
acentuada pelo facto de o lúmen dos vasos ser diminuto, o que é evidenciado pelo efeito de
capilaridade, para o qual contribui também a coesão.

Transporte no floema: Hipótese do fluxo de pressão ou fluxo de massa

Grande parte dos dados relativos ao movimento descendente de seiva elaborada foram
obtidos a partir de experiências em que se removeu um anel estreito dos tecidos exteriores
ao xilema.

Por ter sido retirado o anel houve remoção do floema, sendo interrompido o trânsito da seiva
(elaborada) proveniente dos órgãos fotossintéticos (folhas), que se acumula no bordo
superior da zona submetida ao corte.

Que consequências para a planta?

• Os órgãos abaixo da incisão podem viver durante algum tempo utilizando alimentos
armazenados nos seus tecidos.
• Se não se desenvolveram rebentos novos abaixo da incisão, quando as reservas se
esgotarem a raiz morre e, consequentemente, a planta.

Hipótese do fluxo de massa:

• Admite que o transporte floémico ocorre devido a um gradiente de concentração de


sacarose que se estabelece entre uma fonte onde esta é produzida e um local de
consumo ou de reserva.
• A existência destas duas regiões torna possível o fluxo de massa de solutos através do
floema.
• Na compreensão destes processos têm sido analisados modelos físicos simples.
Etapas hipótese do fluxo de pressão:

1- A glicose elaborada nos órgãos fotossintéticos é convertida em sacarose.


2- A sacarose passa para as células de companhia por transporte ativo, e destas para o
floema.
3- O aumento da concentração de sacarose nas células dos tubos crivosos provoca uma
entrada de água nestas células, que ficam túrgidas.
4- A pressão de turgescência (pressão que o conteúdo de uma célula exerce sobre a
parede celular quando a célula fica túrgida) faz com que a solução atravesse as placas
crivosas.
5- Há, assim, um movimento das regiões de alta pressão para as regiões de baixa
pressão.
6- A sacarose é retirada do floema para os locais de consumo ou de reserva por
transporte ativo (onde é convertida em glicose que pode ser utilizada na respiração ou
polimerizar-se em amido, que fica em reserva).
7- O aumento da concentração de sacarose nas células envolventes provoca uma saída
de água dos tubos crivosos, diminuindo a pressão de turgescência.

-Trocas gasosas nas plantas-


Estomas: São estruturas existentes na epiderme dos órgãos aéreos das plantas e que
permitem trocas gasosas entre o interior e o exterior da planta.

• As paredes celulares que rodeiam a abertura do estoma (ostíolo) são mais espessas
que as paredes que contactam com as outras células da epiderme. As zonas mais finas
das paredes das células-guarda têm maior elasticidade que as zonas de maior
espessura, o que lhes permite abrir e fechar o estoma de acordo com o seu grau de
turgescência.

Fatores que influenciam a abertura dos estomas: A variação da turgescência das células
estomáticas, ou células guarda, depende de vários fatores

• Concentração de iões;
• Intensidade luminosa;
• Concentração de CO2 ;
• pH.
• Temperatura.
• Vento.

Funcionamento dos estomas:

• Água entra nas células – guarda por osmose


• Célula fica túrgida
• Água exerce pressão sobre a parede celular – pressão de turgescência
• Região delgada da parede da célula-guarda deforma-se mais facilmente, distendendo-
se mais do que a zona espessa
• Estoma abre.
Funcionamento dos estomas:

• Água sai das células – guarda por osmose


• Célula fica plasmolisada
• Diminuição da pressão de turgescência
• O estoma recupera a sua forma original, aproximando-se as células-guarda
• Ostíolo fecha.

Estomas:

1- K + bombeado por transporte ativo para dentro das células-guarda


2- Água desloca-se para as células labiais
3- Células ficam túrgidas
4- Estoma abre.

1- Cessa transporte ativo


2- K + saem da célula por difusão
3- Água desloca-se para fora das células labiais
4- Células ficam plasmolisadas
5- Estoma fecha.

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