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Baseada nas aulas teóricas 2-21 lecionadas no ano de 2021 (Professora Regente Elsa Rodrigues) e no
livro “The Cell: A Molecular Approach”, Geoffrey M. Cooper, 8ª Ed..
T2
Evolução da teoria celular
1665 - Hooke usa o microscópio primitivo para descrever pequenas camaras em
segmentos que chama de “células”
1674 - Leeuwenhoek descobre os protozoários e nove anos depois vê bactérias
pela primeira vez
1833 - Brown publica as suas observações de orquídeas ao microscópio,
descrevendo o núcleo celular
1839 – Schleiden e Schwann propõem a teoria celular:
1. As células são a unidade básica e estrutural da vida
2. Todos os organismos são feitos de uma ou mais células
1855 – Remak e Virchow propõem que geração espontânea de células não
ocorre
3. Todas as células provem de células pré-existentes
Célula Primitiva
- Moléculas anfipáticas formam a membrana celular (fosfolípidos)
- Soluções aquosas concentradas de moléculas orgânicas e inorgânicas (citosol)
- Catalisadores que guiam e facilitam reações metabólicas
- Moléculas autorreplicativas contendo informação genética
NOTA: Catalisador – enzima que pode ser adicionada a uma reação para aumentar a velocidade sem ser
consumida energia durante o processo.
NOTA: Ribozimas- RNA com função catalisadora e capacidade de clivar e conectar ligações fosfolipídicas
Origem da vida:
- Formação espontânea de moléculas orgânicas
- Minerais de argila com flexibilidade melhorada permite-lhes catalisar reações
químicas com maior eficiência (polimerização de macromoléculas)
- Oligonucleotídeos e polipéptidos sintetizam o modelo de argila para estruturas
3D para minimizar energia livre e estabilizar
- Aparecimento de ribozimas primitivas que catalisam a síntese de moléculas
maiores de RNA e de proteínas e ainda a sua autorreplicação.
- Longas proteínas com uma grande variedade de funcionalidades são
produzidas, tomando pose de vários papeis que o RNA tinha. Eventualmente,
aparecem DNA-polimerases, que produzem DNA a partir de RNA.
- RNA-polimerases aparecem e utilizam DNA para codificar rRNA e proteínas.
- Produzem-se cadeias de RNA, DNA e proteínas mais longas, levando a uma
diversificação estrutural e funcional.
NOTA: Domínio Archaea – Inclui células que vivem em ambientes extremos, que hoje são incomuns, mas
que já foram prevalentes na Terra primitiva (ex.: chaminés sulfúricas)
Relação volume-área
- Segundo a lei de Spencer, o volume da célula cresce mais rápido do que a sua
área.
- Esta relação desproporcional incita graves problemas de sustento e trocas
gasosas da célula com o meio externo, caso esta tenha um voluma elevado, visto
que terá uma maior necessidade de O2 e nutrientes para manter o equilíbrio.
Contudo, sendo que a área de absorção será muito pequena relativamente ao
volume, logo a mesma não será capaz de absorver aquilo que necessita,
acabando por morrer.
T3-T4
Cultura celular
- Remoção de células de um animal ou planta e do seu subsequente crescimento
de uma forma artificial e favorável.
- A maior vantagem de utilizar este sistema é a sua consistência e
reprodutibilidade obtida.
- É utilizada maioritariamente:
. Estudo da biologia celular básica, mecanismos de ciclo celular, função
celular especializada, interações célula-célula, e célula-matriz
. Testes de toxicidade (estudar efeitos de novos medicamentos)
. Terapia genética (substituir genes não funcionais)
. Caracterização de células cancerosas, e do papel de diversos vírus,
químicos e radiações nessas mesmas células
. Produção de vacinas, mABs (anticorpos) e drogas farmacêuticas~
. Produção de vírus para uso em produção de vacinas
Sub-cultivo / passagem
- As células isoladas da maioria dos tecidos
vão proliferar (fase lag), sob condições
apropriadas, até ocuparem todo o substrato
possível (confluência). Nesta fase, as células
têm de ser sub-cultivadas, isto é, transferidas
para um novo substrato, com capacidade para
continuarem o seu crescimento.
- A divisão celular ocorre de forma exponencial
quando há espaço no substrato.
NOTA: Quando as células se multiplicam de modo a ficarem demasiado juntas, são enviadas enzimas para
o crescimento das mesmas cessar. → fase plateau
Transformação/Senescência
- Células normais apenas se dividem um número limitado de vezes antes de
perderem a sua capacidade proliferativa, que é um evento determinado
geneticamente chamado de senescência. → células definitivas
- Contudo, algumas células tornam-se imortais, aumentando o seu potencial
proliferativo. → linha celular continua. Estas células poderão dividir-se
continuadamente, podendo ser associadas a renovação de tecidos orgânicos.
NOTA: A imortalização pode ocorrer espontaneamente (mutações) ou por ação de vírus ou químicos.
IMUNOCITOQUÍMICA
- Técnica para deteção e visualização de proteínas e outros antígenos celulares,
usando anticorpos para reconhecer o alvo de interesse.
- O anticorpo está direta ou indiretamente relacionado com um repórter (enzima
ou fluoróforo) que dá sinal à fluorescência ou cor de uma reação enzimática. →
Detetado por um microscópio específico.
Fracionamento celular
- Método de separação de componentes subcelulares e ainda, de isolação de
organelos e outros componentes subcelulares, uns dos outros.
Propósito
. Enriquecimento proteico: Enriquece as proteínas alvo e melhora a deteção
de proteínas com baixa abundância celular.
. Caracterização proteica: Identifica a localização subcelular de uma
proteína.
. Translocação proteica: Monitoriza a translocação celular de células
sinalizadoras do citosol para o núcleo.
Passos
1. Rompimento de tecidos e células de uma forma controlada.
2. Usando mecanismos mecânicos (homogeneização) as membranas
plasmáticas são destruídas, para que os conteúdos celulares possam ser
libertados. São utilizadas diversas técnicas, exemplos:
a. Sons de altas frequências
b. Detergente suave
c. Forçar células por buracos muito pequenos recorrendo à pressão
d. Piaçá rotativo
3. Resulta numa sopa grossa (homogenato) contendo grandes e pequenas
moléculas provenientes do citosol (enzimas, ribossomas, metabolitos,
organelos).
NOTA: Quando são bem aplicados, a maioria dos organelos permanecem intactos.
Centrifugação diferencial
- Técnica que auxilia a separação de misturas pela aplicação de uma força
centrifuga. Funciona através do princípio da sedimentação, de acordo com a
força gravítica (Elementos mais densos em baixo).
Western-Blot
- Método laboratorial usado para detetar proteínas especificas no meio de uma
mistura proteica.
- Usado para avaliar também:
. Tamanho da proteína em interesse
. Medir o nível de expressão proteica
T5
Funções da membrana celular
- Secreção de substâncias
- Transmissão do impulso nervoso
- A flexibilidade e a sua capacidade de extensão permito o crescimento e a
mobilidade da mesma
- Proteínas recetoras permitem que a célula receba sinais do meio extracelular
NOTA: Estas características não são apenas referentes à membrana celular.
LIPIDOS
Fosfolípidos
- São capazes de rodar, difundir e transportar-se de
uma parte da membrana para a outra.
- Quando são submersos em água, pequenas
quantidades de fosfolípidos formam um círculo -
micelas – ou uma esfera – lipossoma.
Colesterol
- Estrutura esteroide que contém um grupo hidróxido (OH – polar/hidrofílica,
orientado para fora), entre as caudas dos fosfolípidos e aumenta a rigidez e
diminui a permeabilidade da membrana.
- Só existe em eucariontes
- Confere tolerância a temperaturas baixas
- É importante nos rafts
Esfingomielina
- Lípido mais comum na membrana a seguir ao colesterol, encontrando-se a
cercar os axónios.
Glicolípidos
- Caudas de ácidos gordos com açucar
- Apenas na membrana externa da bicamada
- Não têm movimentos de flip-flop
- Recetores de sinais importantes nos rafts
- Ex.: glicose, galactose, manose, fucose, ácido sálico, N-acetil-glucosamina
PROTEÍNAS
Funções
- Transporte
- Recetoras (ex.: impulsos nervosos)
- Enzimática
- Âncora (ex.: citoesqueleto)
Carbohidratos-glicocálix
- Auxiliam na proteção da membrana por dano mecânico
- Lubrifica a superfície celular ao atrair água
- Tem um papel importante na adesão e reconhecimento célula-célula
Lipid-Rafts
- Formada por esfingomielina, glicolípidos e colesterol
- Servem como plataformas nas quais estão concentradas proteínas especificas
- Não se difundem livremente na membrana, formam uma zona semissólida
- Importantes na sinalização celular
Sistema endomembranar
- Sistema de organelos que se conectam e trocam materiais
- Função: controlar a síntese e importação/exportação materiais de e para o
espaço extracelular
- Via exocítica (reticulo endoplasmático e aparelho de Golgi) e via endocítica
(lisossomas e endossomas)
CITOSOL RER
Síntese proteica Síntese proteica
- As proteínas destinam-se para o - As proteínas destinam-se para a
núcleo, a mitocôndria, o cloroplasto membrana nuclear, membrana dos
e peroxissomas peroxissomas, complexo de Golgi
(vesiculas secretórias, membranas
plasmáticas, endossoma →
lisossoma).
Nota: Todas as proteínas apresentam este sinal que indica para onde irá.
Direcionamento co-translacional de proteínas secretoras para o RE
1. À medida que o péptido-
sinal é sintetizado pelo
ribossoma, é reconhecido
e limitado pela partícula
de reconhecimento do
sinal (SRP).
2. O SRP transporta o
complexo para a
membrana do RE onde se
liga ao recetor do SRP.
3. O SRP é liberto, o ribossoma liga-se ao translocon, e o sinal insere-se
abrindo o translocon.
4. A translação termina e a sequência do sinal é clivado pela peptidase.
5. A translocação contínua leva à translocação do polipéptido através da
membrana do RE.
6. A cadeia polipeptídica completa é libertada no lúmen do RE.
Síntese lipídica
- Por serem extremamente hidrofóbicas, as
membranas lipídicas são sintetizadas em
associação com membranas células já existentes.
1. Na membrana do reticulo há síntese de
fosfolípidos que são adicionados a apenas
metade da bicamada.
2. Os novos lípidos são transferidos por
intermedio das flipases para a outra parte da
bicamada
3. Há crescimento de ambas as metades da
bicamada.
- O lúmen do RE é topologicamente equivalente
ao exterior da célula, por isso o domínio das
proteínas da membrana plasmática que está exposto na superfície celular
corresponde às regiões das cadeias polipeptídicas que são translocadas para o
lúmen do RE.
T8
Sistemas de transporte passivo
- Transporte passivo: Dá-se a favor do gradiente químico ou eletroquímico,
utilizado estes gradientes como fonte de energia para o transporte.
. Difusão simples: dá-se só através da bicamada, podendo a
permeabilidade da mesma ser prevista pela solubilidade de nutrientes
em lípidos.
. Difusão ou transporte facilitado: quando os valores de permeabilidade
medidos forem muito superiores aos previstos pela solubilidade de
nutrientes em lípidos
- Nutrientes hidratados em solução tem que utilizar um
TRANSPORTADOR (proteína membranar intrínseca /
transmembranar) que forma um canal hidrofílico, por onde o nutriente
passa depois de ter perdido as camadas de solvatação.
- A energia de ativação para o transporte baixa, uma vez que o
nutriente tem acesso a um meio hidrofílico propicio à sua passagem.
- Há passagem de moléculas (polares e/ou carregadas) sem interação
com o ambiente hidrofóbico da membrana.
Bomba de Na+/K+
- Alterações conformacionais
- Alterações da afinidade para os
ligandos (Na+ e K+)
- Hidrolise de 1 ATP
- 3 Na+ out e 2 K+ in
- Responsável pela propagação de
impulsos nervosos e elétricos nos
animais;
- Responsável pela manutenção do
volume da célula e equilíbrio osmótico.
1,2,3,4 → Adaptinas
4,5 → São transportadas devido à presença de proteínas motoras ao longo das
fibras do citoesqueleto.
6,7,8 → Uma vez que a vesicula chegou ao seu destino, deverá reconhecer e
atracar ao organelo (cada vesicula possui marcadores moleculares na sua
superfície que identifica a membrana do organelo alvo – sGTPases da família
Rab)
Vesiculas revestidas
- Vesiculas que se unem a partir de membranas, geralmente têm uma cobertura
proteica peculiar na sua superfície citosólica, sendo assim vesiculas revestidas.
- Funções do revestimento: Ajudar a dar a forma circular à membrana e capturar
moléculas para a progressão do transporte.
Lisossomas
- Organelos revestidos por membranas que contém enzimas (hidrólases)
capazes de clivar as ligações de todos os tipos de polímeros biológicos
(proteínas, ácidos nucleicos, carboidratos, lípidos)
- Apresenta um glicocálix formado por proteínas lisossomais glicolisadas (LIMPs)
e proteínas lisossomais associadas à membrana (LAMPs).
- A maioria das enzimas dos lisossomas são hidrólases acidas, que são ativadas
num pH ácido (4,5) que é mantido dentro do lisossoma, diferentemente do pH do
citosol (7,2).
- Para manter o pH acido, o lisossoma apresenta bombas de protões (H +) na sua
membrana, que transportam ativamente os protões do citosol para o lisossoma.
- Têm a função de digerir o material que foi endocitado pela célula.
Formação
- São formados quando as vesiculas de transporte da rede
trans-Golgi se fundem com um endossoma.
. RE → Complexo de Golgi (face cis) → Golgi → Rede
trans-Golgi → exocitose ou formação de um
endossoma/lisossoma
Tipos
- Secretório: Secreta enzimas lisossomais para fora da célula.
- Convencional: desmantelamento e reciclagem de vários
substratos através da endocitose, fagocitose e autofagossomas.
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Endocitose
- Permite que as células captem macromoléculas, fluidos e partículas grandes
(ex.: bactérias)
- O material é rodeado por uma área da membrana plasmática que se separa do
interior da célula para formar uma vesicula que contenha o material internalizado.
Propósito
- Captação de nutrientes
- Migração
- Sinalização de recetores
- Regulação negativa do recetor
. Alguns recetores não são reciclados, mas degradados por lisossomas;
. Os recetores podem ser devolvidos à membrana plasmática através de
vesiculas de transporte.
- Neuro transmissão
. Em células nervosas, pós sinapticamente, as vesiculas libertam os seus
neurotransmissores, que são recuperados por vesiculas cobertas de clatrina,
que depois se fundem com endossomas iniciais.
. Nas células epiteliais polarizadas, os recetores podem ser transferidos
através da célula para o domínio oposto (transcitose).
- Entrada de patogénios → induz a macropinocitose
Tipos
- Fagocitose (comida):
. ocorre em todas as células, mas algumas são fagócitos profissionais.
. macrófagos: células do sistema imunitário especializadas na destruição de
bactérias ou células mortas.
. a membrana projeto pseudópodes que envolvem o material → fagossoma
. o fagossoma funde com o lisossoma formando o fagolisossoma, onde o
material é digerido pelas hidrólases.
. sempre um processo mediado por recetores
. depende da actina.
. Tipos:
- Convencional: As partículas são especificamente capturadas por
pseudópodes circulares que são guiados por interações entre os
recetores e a partícula.
- Enrolado: Pseudópode unilateral que anda à volta da partícula
repetitivamente.
. Exemplos:
- Amoebas → capturam comida (bactérias e outros protozoários)
- Animais multicelulares → defesa contra microrganismos invasores e
eliminar células danificadas ou velhas
- Mamíferos → importante para os glóbulos brancos (macrófagos,
neutrófilos e neurónios – fagócitos profissionais)
- Pinocitose (endocitose de fase fluida):
. endocitose mediada por recetores
. usada para selecionar a entrada de macromoléculas muito especificas.
. ocorre apenas nos eucarióticas.
- Macropinocitose:
. processo endocítico altamente conservado, pelo qual os fluidos
extracelulares e os seus conteúdos são internalizados em células, através de
vesiculas grandes e heterogéneas (macropinossomas).
. não é mediado por recetores
. é dependente da actina.
Caminho endocítico
- À medida que os endossomas maturam, a composição da membrana lipídica
muda, em preparação para a fusão com as vesiculas do Trans-Golgi.
- Os endossomas finais podem ser dispostos enquanto corpos multi-vesiculares.
Eventualmente maturam para lisossomas, para digerir ou armazenar enzimas
digestivas.
- O sítio principal para a proteólise não é no próprio lisossoma, mas é num
organelo que é muito mais como o endossoma final e contém cerca de 20% das
hidrólases disponíveis;
- Os lisossomas não operam enquanto organelos independentes, mas
encontram-se com endossomas finais que operam como um sistema
endolisossomal.
- Os lisossomas primários são organelos armazenadores de hidrólases no seu
estado inativo. O sistema é ativado quando um lisossoma se funde com outro
organelo particular para formar uma estrutura híbrida, onde ocorrem reações
digestivas sob condições ácidas. A partir desta estrutura híbrida, o lisossoma é
reformado para re-uso.
Funções
- A localização na célula justifica as funções da PC
- Existe também uma relação entre a sua composição química e as funções que
desempenha.
. Determina a forma da célula e a adesão intercelular
. Confere rigidez e resistência à célula (não permite que a célula rebente devido à pressão
osmótica)
. Proteção e defesa
. Equilíbrio entre a pressão osmótica intracelular e o meio exterior
Composição química
- Composta por um polissacarídeo linear formado por um número variável de
unidades de D-glucose, unidas por ligações β → celulose
- As cadeias de celulose, dispostas lado a lado, formam micelas cuja estrutura é
mantida por ligações H-H dos OH adjacentes.
- As micelas associam-se e formam estruturas filamentosas → microfibrilhas de
celulose.
- As microfibrilhas estão imersas numa matriz de polissacarídeos não celulósicos
→ hemiceluloses e pectinas.
- Na matriz ainda se inserem enzimas (hidrólases) e proteínas estruturais
(glicoproteínas)
- As hemiceluloses permitem a ligação das microfibrilhas umas às outras e
também a ligação destas aos outros componentes da matriz (pectinas e
glicoproteínas)
RESUMO: Sistema de duas fases – uma rede de microfibrilhas de celulose inseridas e imobilizadas numa
matriz de hemiceluloses, pectinas e proteínas.
NOTA: Durante a sua fase de crescimento, a PC é 65% água e o restante são polissacarídeos (celulose,
hemicelulose e pectina) e proteínas (glicoproteínas e enzimas).
Origem e Desenvolvimento
- A biogénese dos compostos da PC envolve o complexo de Golgi, o RE e a
membrana plasmática.
- O RE fornece ao Golgi os precursores e enzimas intervenientes na síntese de
hemiceluloses e de pectinas; e fornece celulose à superfície da membrana →
PC primária.
- A formação da PC tem início durante a mitose: na anafase surgem aglomerados
de vesiculas golgianas, na placa equatorial; estas vão originar, na telófase, o
fragmoplasto, uma rede de microtúbulos onde ira ocorrer o deposito de
hemiceluloses e dos compostos da matriz (pectinas e glicoproteínas)
- A união entre PC primarias de células adjacentes é feita por uma camada rica
em pectinas→ lamela média.
- As pectinas são polissacarídeos hidrofílicos que estabelecem a ligação entre
as PC de células adjacentes.
- As células vegetais, podem apresentar uma PC secundaria (para alem da
primaria) que só surge em alguns tipos de tecido, apos terminada a fase de
crescimento celular. Esta localiza-se entre a PC primaria e a membrana, levando
a um espessamento da PC, podendo levar à morte do protoplasto.
Plasmodesmos
- Os plasmodesmos são revestidos interiormente pela membrana citoplasmática
e axialmente tem o desmotúbulo.
- Os plasmodesmos permitem o transporte intercelular controlado de pequenas
moléculas e sem gasto de energia → Transporte simplástico
Pontuações
- As células adjacentes têm pontuações frente a frente coincidentes com zonas
de plasmodesmos → pares (pit pairs)
- Estas zonas continuam a ter um papel importante nas trocas celulares e
permitem o transporte de moléculas (H2O e minerais)
Alterações químicas e especialização
- São consequências da formação da PC secundária (novos depósitos)
- A nova composição química da PC pode alterar algumas das suas propriedades
físicas, como a rigidez e a permeabilidade, levando a uma especialização celular.
- Esses depósitos nunca são de pectinas nem de glicoproteínas, podem ser de
celulose, mas predominam novos compostos como:
. Lenhina → Lenhificação (ex.: xilema)
. Cutina e ceras → Cutinização (ex.: cutícula, epiderme)
. Suberina → Suberificação (ex.: cortiça)
. Esporopolenina → Esporopolenização (ex.: grão de pólen)
Origem
- Fusão de vesiculas do RE e do complexo de Golgi
Evolução
- Células meristemáticas (muito jovens) têm muitos vacúolos de pequenas
dimensões
- Com a diferenciação celular, fundem-se e originam um único vacúolo, de
grandes dimensões.
Função
- Controlo de pressão de turgescência celular
- Acumulação de enzimas hidrolíticas (degradação e reciclagem)
- Armazenamento de água e reserva de compostos de natureza hidrofílica:
. Acumulação de compostos do metabolismo primário e secundário
- O conteúdo vacuolar é importante na interação planta/ecossistema:
. Funciona como atração para insetos (ex.: pigmentos)
. Funciona como defesa (ex.: taninos e alcaloides):
- Impede a toxicidade para as próprias células;
- Repele agentes patogénicos, insetos e herbívoros.
Transporte membranar passivo
- Todas as membranas celulares têm a mesma estrutura e composição química;
é a sua organização que permite a função de barreira com permeabilidade
seletiva.
- O transporte através desta pode ser ativo ou passivo.
. Passivo: sem gasto de energia e a favor do gradiente de concentração.
- Difusão
- Osmose: passagem de água que ocorre do meio hipotónico para o meio
hipertónico
Conteúdos vacuolar
- O conteúdo vacuolar é constituído essencialmente por água, iões minerais e
outras substâncias de natureza química diversa.
T13
Mitocôndria
Funções
- Produção de ATP
- Responsáveis pela maioria da energia útil produzido pela cisão dos
carboidratos e ácidos gordos, que são convertidos para ATP → fosforilação
oxidativa.
. A maioria das proteínas oxidativas são sintetizadas em ribossomas livres
do citosol e depois importadas para dentro do organelo por sinais
específicos.
Estrutura
- Contém o seu próprio DNA que codifica o tRNA,
rRNA, etc.
- Dupla membrana, uma interna e outra externa,
separadas por um espaço intermembranar.
- Espaço intermembranar:
. Composição semelhante ao citosol no que diz respeito a iões e pequenas
moléculas.
- Membrana interna:
. Forma numerosos dobramentos que se estendem para o interior/matriz do
organelo → crista → cada uma delas desenvolve um papel funcional
diferente.
. Principal sítio de produção de ATP → cristas
. Percentagem alta em proteínas, envolvidas na fosforilação oxidativa e no
transporte de metabolitos entre o citosol e a mitocôndria.
. é impermeável à maioria dos iões e moléculas pequenas → necessário para
manter um gradiente de protões que leve à fosforilação oxidativa
. é uma barreira funcional
- Membrana externa:
. extremamente permeável a moléculas pequenas, contendo proteínas
(porinas) que formam canais que permitem a difusão livre de pequenas
moléculas.
- A matriz contém o material genético da mitocôndria e as enzimas responsáveis
pelo metabolismo oxidativo.
Sistema genético
- Moléculas de DNA circulares
- As mitocôndrias dos dias presentes codificam apenas uma seleção de
proteínas que são essenciais ao processo oxidativo de fotofosforilação.
- A maioria das proteínas necessárias à mitocôndria provém da codificação
nuclear da célula.
- O genoma mitocondrial humano contem 13 proteínas codificantes que estão
projetadas para participarem somente nas funções respiratórias.
Metabolismo oxidativo
- O primeiro passo ocorre no citosol, e consiste na conversão de glucose a
piruvato.
- O piruvato e ácidos gordos são então transportados para a matriz mitocondrial
e convertidos em acetil coA.
- O acetil coA é então oxidado a CO2 devido ao ciclo de Krebs, que resulta na
redução do NAD+ e FAD em NADH e FADH2, respetivamente.
- Os eletrões que vieram do NADH e do FADH2 são transferidos por uma série
de canais na membrana interna, e libertam energia que é utilizada para a bomba
de H+
- À medida que os H+ passam para a matriz mitocondrial regem com o ADP,
formando ATP.
Peroxissoma
- A maioria das células humanas contém 100-1000 peroxissomas, dependendo
na atividade metabólica desempenhada pela célula
Funções
- Reações oxidativas que incluem acido úrico, aa, purinas, metanol e ácidos
gordos;
- Reações oxidativas que levem à produção de H2O2;
- O H2O2 é decomposto pela catálase, ao convertê-lo a água e oxigénio ou por
oxidação por outra composto orgânico (AH):
Estrutura
- Pequenos organelos com apenas uma membrana que contém enzimas
envolvidas numa grande variedade de reações metabólicas (ex.: cisão de ácidos
gordos).
- Não têm o seu próprio genoma e todas as suas proteínas são sintetizadas a
partir do genoma nuclear.
- Têm a capacidade de se multiplicarem por divisão.
- Podem ser rapidamente regenerados.
- As suas proteínas são proteínas típicas de um eucarionte (logo não tiveram a
mesma origem que as mitocôndrias)
Formação
- As proteínas peroxissomais são sintetizadas
em ribossomas livres e depois importadas para
os organelos como polipéptidos completos.
Algumas proteínas transmembranares são
importadas para o peroxissoma a partir do RE.
- Dois tipos diferentes de vesiculas (V1 e V2)
que carregam proteínas transmembranares
diferentes fundem para formar um
peroxissoma funcional.
- Esta combinação forma o importador através
do qual proteínas internas do peroxissoma e
metabolitos podem ser importados.
Composição
- Filamentos intermédios: são fibras tipo cordas que formam uma
espécie de malha (lâmina nuclear) por baixo do invólucro nuclear.
Alguns estendem-se através do citoplasma, dando às células
mecanismos de força e distribuição de stress mecânico num tecido
epitelial. São muito flexíveis, deformam-se sob pressão de uma
força, mas não rompem.
Microtúbulos
- Tubos ocos feitos de subunidades de tubulina globulares
- O seu bloco de construção primário é um dímero de tubulina α-β
. As tubulinas α e β unem-se para formar um dímero estável
. A tubulina β tem atividade de GTP-ases, isto é, capacidade de catalisar a
conversão de GTP em GDP.
. Se os dímeros de tubulina α-β purificado ligados ao GTP estiver
concentrado o suficiente, formam espontaneamente microtúbulos.
- A dinâmica dos microtúbulos pode ser modificada através de fármacos.
. Taxol: liga e estabiliza os microtúbulos
. Colchicina, colcemid, vimblastina, vincristina: Liga dímeros de tubulina e
previne a sua polimerização
NOTA: Podem ser utilizados fármacos para o tratamento de cancro que atuem ao nível dos microtúbulos.
O crescimento e diminuição dos microtúbulos – instabilidade dinâmica
- A hidrólise e o GTP regulam a polimerização dos microtúbulos e a sua
despolimerização. Esta instabilidade dinâmica é conduzida pela hidrolise do
GTP.
Tráfico de organelos
- As mitocôndrias são essenciais para o funcionamento e sobrevivência neural
- São regularmente encontradas nas terminais sinápticas, onde ajudam a manter
a neurotransmissão, ao produzirem ATP e captando Ca2+.
- As mitocôndrias neurais sofrem um transporte dinâmico e bi-direcional ao longo
dos processos neurais, que é regulado em resposta às mudanças na atividade
neural.
Pormenores
- Polímeros de filamentos intermédios são compostos de tetrâmeros de
filamentos intermédios individuais de proteínas.
- Diversos genes codificam proteínas filamentosas intermédias e a sua
expressão é geralmente específica a tecidos e células.
- A associação e dissociação dos filamentos intermédios é controlado pela
modificação pós-traducional de proteínas filamentosas intermédias individuais.
- Estruturas contendo filamentos intermédios especializados protegem o núcleo,
suportam adesão forte a células epiteliais e fornecem às células musculares
grande força mecânica.
Miosinas
- Protótipo de um motor molecular
- Proteína que converte energia química na forma de ATP para energia
mecânica, gerando uma força e movimento
- Semelhante a proteínas motoras dos microtúbulos (Cinesinas e dineinas)
Migração celular
- Reorganização dinâmica e complexa da
célula
- Requer remodelação de actina
- Proteínas motoras ligantes de actina
exercem força nos filamentos de actina que
induzem movimento celular
- As células migratórias produzem 3 formas
de filamentos de actina característicos:
. Filopodia e Lamelipodia: exploratórios,
formam e retraem rapidamente,
movendo-se a 1 µm por segundo.
. Filamentos contrateis
Fagocitose
- Ocorre em macrófagos através de um mecanismo baseado em actina
- A pseudopodia são extensões de largura moderada, baseadas em filamentos
de actina, ligados a uma rede 3D, que é responsável pela fagocitose e pelo
movimento de amoebas através de uma superfície.
T17
Núcleo → armazena a informação da célula
- Contém a maioria do DNA da célula eucariótica
- Invólucro nuclear: separa os conteúdos do núcleo do citoplasma e fornece uma
armação estrutural do núcleo (essencial para o processamento pós traducional
do mRNA).
. Composto por duas membranas que agem como duas barreiras,
prevenindo a passagem livre de moléculas entre o núcleo e o citoplasma.
- Poros: únicos canais que atravessam o invólucro nuclear; permite a troca
regulada de moléculas entre o núcleo e o citoplasma.
. A troca seletiva de proteínas e mRNAs através dos complexos dos poros
não só estabelece a composição interna do núcleo, como também tem um
papel critico na regulação da expressão de genes.
Invólucro nuclear
- Duas membranas nucleares concêntricas (membrana nuclear interna e
externa)
. Existe uma continuidade entra a membrana nuclear externa e o RER
. A membrana nuclear interna está alinhada pela lâmina nuclear, que serve
como zona de ligação para a cromatina
- Complexos de poros nucleares: unem as membranas nucleares
Lâmina nuclear
- Composta por filamentos intermédios
- É uma malha filamentosa usada para dar suporte estrutural ao núcleo
. Liga-se a proteínas membranares da zona interna do núcleo (emerina e
LBR (recetor de lâmina B)
. Conecta-se diretamente
com o citoesqueleto
através de complexos
proteicos
. Liga-se à cromatina
. Tem um papel na
localização da
heterocromatina não-
transcrita para a periferia
do núcleo
Complexos dos poros nucleares
- É uma molécula grande (massa moléculas
de 120 milhões de KDa nos humanos) – 30x
o tamanho do ribossoma
- Nos vertebrados, este complexo é composto
por diversas cópias de 30 proteínas →
nucleoporinas/nups.
- Os RNAs sintetizados devem ser
eficientemente exportados para o citoplasma,
onde participam na síntese proteica e as
proteínas necessárias ao núcleo têm de ser importadas para o mesmo → poros
nucleares.
- Estrutura: simetria de 8 raios em volta de um canal centrado, ligados a anéis
citosólicos → zona de fusão entre as membranas nucleares.
- Os filamentos proteicos estendem-se tanto dos anéis citoplasmáticos como dos
nucleares, formando uma estrutura com forma de cesto nuclear.
- O canal central é alinhado por proteínas (FG-NUPs) pois contém repetições
ricas em fenilamina e em resíduos de glicina. Estas agem como barreira e
ajudam no transporte regulado.
Corpos nucleares
- Organelos discretos
- Compartimentalização do núcleo e concentração de proteínas e RNAs que
funcionam em processos específicos nucleares
- Não são delimitados por membranas, mas são mantidos por interações
proteína-proteína ou proteína-RNA
Organização da cromatina
Eucromatina: Transcrição ativa; descondensada; interior do núcleo
Heterocromatina: Transcrição inativa; condensada; lâmina nuclear ou nucléolo
- Os cromossomas estão divididos em domínios correspondentes às unidades
transcricionais e regiões de modificação da cromatina;
Fatores da transcrição
- DNA acabado de sintetizar:
. 4000 origens de replicação
podem estar ativas num
mamífero 2n
. Cada um destes
aglomerados devem conter
múltiplas bifurcações de
replicação (5 a 50)
- RNA acabado de sintetizar:
. As fábricas de transcrição
são ricas em RNA polimerases
ativas e fatores de transcrição
. 8 moléculas de RNA polimerase
. Genes co-regulados transcritos na mesma fábrica, ajudando na
coordenação de genes relacionados.
T18
Ciclo celular
- Um processo cuidadosamente regulado, controlado por aparelhos conservados
e regulatórios.
Telomerase: transcriptase reversa; enzima que pode produzir DNA usando RNA
como molde, adicionando sequencias especificas à extremidade 3’ dos
cromossomas.
Checkpoints do ciclo celular
- O ciclo celular da Saccharomyces cerevisiae é regulado em G1 pela
disponibilidade de nutrientes, e tamanho celular.
- Caso “chumbe” neste checkpoint, a célula passa para o estado G0, onde podem
se manter por longos períodos de tempo sem proliferarem.
- São metabolicamente ativas, contudo não crescem e têm uma reduzida síntese
proteica.
- Algumas células em G0 podem retomar a proliferação se forem estimuladas
com fatores de crescimento apropriados ou outros sinais extracelulares
- Ciclinas: proteínas que se acumulam durante a interfase e são rapidamente
degradadas mais para o fim da mitose.
Ativação de MPF em G2
- Deve-se à necessidade de induzir a mitose
Interações célula-matriz
- Os maiores recetores da superfície celular responsáveis pela fixação das
células à matriz extracular são as integrinas.
. A sua subunidade α liga-se a catiões divalentes
. Ambas as subunidades (α e β) são responsáveis pela ligação à matriz.
Alterações no ECM
- As metaloproteinases de matriz são as principais enzimas envolvidas na
degradação do ECM.
- A sua atividade é baixa em situações normais, mas aumentada durante o
processo de reparo ou remodelamento em tecidos mortos ou inflamados.
Junção de aderência
- Junta um conjunto de actina de uma das
células a um conjunto semelhante à da
outra.
- Segura células epiteliais e endoteliais
- Resistem ao stress
Desmossoma
- Junta os filamentos intermédios numa única célula
Junção de hiato
- Forma canais para a passagem de pequenas moléculas e solúveis em água
(iões inorgânicos e metabolitos)
Hemidesmossoma
- Ancora filamentos intermédios de uma célula basal à lamina basal.
T20
Renovação celular
Células estaminais
- São células não diferenciadas encontradas em todos os seres multicelulares;
- Têm a habilidade de se renovarem através da mitose;
- Conseguem se diferenciar em diferentes tipos de células.
- À medida que as células se diferenciam, a sua taxa de proliferação diminui e a
maioria das células fica preso em G0.
- As células estaminais dividem-se numa célula que se vai diferenciar e outra
que vai proliferar.
Fases
1. Convulsão leve; compactação e segregação da cromatina; condensação
do citoplasma.
2. Fragmentação nuclear; borbulhação da membrana; formação de corpos
apoptóticos
3. Fagocitose
Caminho intrínseco
- Ativado por danos do DNA ou outras formas de stress celular
- Leva à libertação de citocromo-C da mitocôndria e ativação da caspase-9
- Os sinais múltiplos que ativam este caminho convergem na regulação dos
membros proapoptóticos reguladores da família Bcl-2.
Organização da vida
- Elementos → Compostos orgânicos simples → Biomoléculas → Organelos →
Células → Tecidos → Organismos
Doenças complexas
- Genéticas, do meio ambiente e de lifestyle
- Cancro
- Diabetes tipo 2
- Obesidade
- Hipertensão
- Doença da artéria coronária
- Epilepsia
- Alzheimer
- Depressão
- Esquizofrenia
- Osteoporose
- Doenças inflamatórias do intestino
Anemia falciforme
- A doença sanguínea hereditária mais comum nos EUA
Modelos GF (germ-free)
- Louis Pasteur (1885) – a existência livre de bactérias é impossível
- os primeiros ratos GF foram desenvolvidos em 1959
- Um número de desenvolvimentos fisiológicos importantes em comparação com
animais SPF (controlo)
. o cego aumenta de 4-8 vezes e o i. delgado fica menos desenvolvido
. os ratos GF vivem mais e desenvolvem menos cancros espontâneos em
relação aos ratos SPF
. os roedores GF pesam menos que os SPF
Microscopia Ótica
- A luz transmitida, quando usada na microscopia ótica, refere-se a qualquer
modalidade de imagem onde a luz é passada da fonte de iluminação para o lado
oposto do espécime para a objetiva.
- Utiliza luz visível para detetar e magnificar objetos muito pequenos,
aumentando-os.
- Usa lentes para focar as luzes no espécime, magnificando-o e produzindo uma
imagem.
Microscopia de fluorescência
- A sua função básica é irradiar o espécime com uma banda de comprimentos
de onda especifica e depois separar a fluorescência mais forte da mais fraca.
- A absorção e subsequente rerradiação da luz por espécimes orgânicos ou
inorgânicos é tipicamente o resultado de fenómenos físicos – fluorescência.
- A emissão da luz através do processo de fluorescência é quase simultânea com
a absorção da excitação da luz, devido a um atraso de tempo relativamente curto
entre a absorção do fotão e a sua emissão (menos de 1 microssegundo).
Resolução
- Depende da natureza do espécime, do comprimento de onda e no limite de
difração
- Quando duas estruturas estão mais próximas do que o limite de difração, vão
aparecer como um borrão em vez de duas estruturas separadas.
Sondas fluorescentes
- Moléculas fluorescentes são frequentemente utilizadas para pesquisas
biológicas.
- Existe uma variedade de sondas, com propriedades versáteis, sensibilidade e
capacidades quantitativas.
- Podem ser utilizadas para detetar a localização da proteína e a sua ativação.
- Existem moléculas hidrofóbicas capazes de se incorporarem nas membranas
celulares, ou terem como alvo, organelos específicos, baseando-se nas
diferenças das suas propriedades (pH, capacidade hidrofóbica, etc.).
- Proteínas fluorescentes são bastante utilizadas em estudos de células vivas.
- Sondas especificas de organelos foram desenvolvidas para imagens de células
em tempo real, sendo algumas dessas baseadas em processos de transfeção.
- Para alem de darem informação na localização subcelular de uma molécula
especifica, sondas fluorescentes são ainda utilizadas para identificar a formação
de um complexo proteico, de forma a monitorizar processos biológicos (ex.:
endocitose, ligação a recetores, etc.).
- Sondas baseadas em lípidos e sondas hidrofóbicas também estão disponíveis,
permitindo responder perguntas biológicas relacionadas com o trafico de
lípidos/membranas, organização e propriedades biofísicas.
De folha clara
Aplicações
- Plataformas de imagem fluorescente 2D de alto rendimento são utilizadas e
aplicadas num proteoma em larga escala
- Múltiplas imagens de fluoróforo 3D de células vivas permitem saber a
localização detalhada e ainda informação da estrutura subcelular.
- A microscopia de vídeo 2D e 3D fornecem informações importantes sobre a
dinâmica da proteína, localização e transporte.
- Metodologias qualitativas estão a ser desenvolvidas para extrair informação de
imagens.
- As investigações dos processos fisiológicos permitem a manipulação não
invasiva de sinais bioquímicos.
De Luz Eletrónico
Fonte luminosa Luz Feixe de eletrões
Preparação Minutos/Horas Dias
Espécimes Mortas ou vivas Mortas
Lentes Vidro Eletromagnéticas
Poder de resolução Baixo Alto
Aproximação 500-1500x 1000000-3000000x
Espessamento <0,5 µm >0,1 µm
Vácuo X ✓
Manchado Corantes Metais pesados
Recebida em Sulfato de
Olhos através das
Imagem Zinco Fluorescente ou
oculares
num prato fotográfico
Estudo de superfície
Estudo detalhado de
celular, ultra estrutura da
Utilização estruturas internas não
célula e organismos muito
refinadas
pequenos
Microscopia de Raios X
- Alta resolução (nano-atómica), imagem não destrutiva de estruturas internas;
- Utiliza radiação eletromagnética numa banda de raios X;
- Análise quantitativa de uma microestrutura 3D;
- A natureza profunda e penetrativa dos Raio-X elimina a necessidade de
preparações extensas da amostra.