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FOCO
CRIAÇÃO INTELECTUAL
MIGUEL SOUSA
Banco de Exercícios
11.º ANO
ENSINO SECUNDÁRIO
BIOLOGIA E GEOLOGIA
A
2
Grupos de Exercícios
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX XXI XXII XXIII XXIV XXV XXVI XXVII
Domínio 1: Crescimento, renovação e
diferenciação celular
1. Ácidos nucleicos e síntese proteica ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
2. Mitose e diferenciação celular ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
Domínio 2: Reprodução
1. Reprodução assexuada ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
2. Reprodução sexuada ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
3. Ciclos de vida: unidade e diversidade ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
Domínio 3: Evolução
DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
1. Unicelularidade e multicelularidade ✗ ✗ ✗
2. Mecanismos de evolução ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
Domínio 4: Sistemática dos seres vivos
1. Sistemas de classificação e regras de
✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
nomenclatura
2. Sistema de classificação de Whittaker
✗ ✗ ✗ ✗
modificado
CONTEÚDOS DE 10.º ANO ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
BANCO DE EXERCÍCIOS 3
Grupo I
O corpo revestido por pelos é uma característica de todos os mamíferos, nem que seja, apenas
durante uma parte do seu desenvolvimento. Nos humanos, a cabeça pode ser recoberta por cabelo, que
é formado pelo conjunto de pelos que cresce no couro cabeludo. Estes são compostos por queratina,
uma proteína produzida por células diferenciadas – os queratinócitos.
A alopecia é uma condição natural em que o cabelo gradualmente se torna mais fino com a idade.
Mais folículos capilares entram na fase de repouso e os cabelos restantes ficam mais curtos e menos
numerosos.
O laboratório LABO Suisse, em 1998, patenteia um produto revolucionário para os problemas capila-
res – a crescina. Trata-se de um produto capaz de reativar o crescimento capilar em zonas de cabelo
ralo1, ao invés de prevenir a queda de cabelo. A crescina, um dipéptido associado a uma glicoproteína,
permite aumentar a síntese de queratina, ao estimular a taxa metabólica das células presentes nos folícu-
los capilares ainda ativos.
BIOLOGIA
Adaptado de https://www.labosuisse.com/en/content/crescina
1
ralo – pouco denso; que existe em pequena quantidade.
Tabela 1
2. e ocorrer uma mutação no fragmento do gene apresentado que o altere para 3’... GCGTTCGCG… 5’,
S
a proteína
(A) pode perder a sua funcionalidade.
(B) pode continuar a executar a sua função.
(C) mantém as suas características.
(D) sofreu uma mutação silenciosa.
6. síntese proteica pode ser replicada em laboratório, desde que sejam fornecidos todos os
A
intervenientes nesse processo. Para simular a produção de queratina, tal como ocorreria em
seres humanos, utilizaram-se constituintes celulares de diferentes indivíduos calvos: moléculas
de mRNA de um indivíduo 1, tRNA de um indivíduo 2, ribossomas de um indivíduo 3 e
aminoácidos de um indivíduo 4. A queratina produzida teria uma sequência idêntica à do
indivíduo
(A) 4.
(B) 1.
(C) 3.
(D) 2.
7. As afirmações seguintes dizem respeito aos ácidos nucleicos das células eucarióticas.
I. A união entre nucleótidos de uma mesma cadeia é estabelecida por pontes de hidrogénio.
As bases nitrogenadas púricas e pirimídicas existem em proporções idênticas.
II.
III. O número de grupos fosfatos é igual à quantidade de bases nitrogenadas.
8. alopecia androgenética, uma condição de origem genética, é o tipo mais comum de queda de
A
cabelo. O problema pode iniciar-se na adolescência, porém, fica mais evidente entre os 40 e 50
anos. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto. Nas mulheres,
a região central é mais acometida, enquanto os homens apresentam falhas nas entradas e no
topo da cabeça. Frequentemente, o tratamento com crescina, de indivíduos completamente
calvos, com mais de 50 anos, não apresenta os resultados pretendidos.
Encontre uma explicação para nestes indivíduos, apesar do tratamento com crescina, não
ocorrer regeneração capilar.
BANCO DE EXERCÍCIOS 5
Grupo II
A radiação solar e a radiação nuclear são importantes agentes mutagénicos capazes de causar
graves lesões no material genético.
Nota: Gray (Gy) – unidade S.I. que representa a quantidade de radiação absorvida por unidade de massa (1Gy = 1J/kg)
BIOLOGIA
Adaptado de Brooker et al. (2008). Biology. McGraw-Hill. International Edition.
Não irradiada
Exposição a 50 Gy/hora
de radiação ionizante
6. uando D. radiodurans se divide, ocorre replicação _______ do DNA, o que envolve a intervenção
Q
da ________.
(A) conservativa ... RNA polimerase
(B) semi-conservativa ... DNA polimerase
(C) conservativa ... DNA polimerase
(D) semi-conservativa ... RNA polimerase
8. xplique em que medida os resultados da experiência permitem concluir que quanto mais
E
elevado for o nível de incorporação Mn pelas bactérias, melhor elas crescem, após serem
sujeitas à radiação.
BANCO DE EXERCÍCIOS 7
Grupo III
Quase todos os genomas bacterianos mostram evidências de ter ocorrido transferência lateral de
genes (LGT) ao longo da sua evolução.
A LGT não está confinada às bactérias. Foram reconhecidas transferências de material genético de
micróbios para plantas, fungos e animais. Estão ainda documentadas situações de LGT de fungos
para insetos e de algas para lesmas-marinhas.
As inserções no genoma humano de genes provenientes de LGT podem ser causadoras de doen-
ças. Por exemplo, 80% dos casos de cancro do colo do útero são causados pelo vírus do papiloma
humano (HPV). O vírus tem a capacidade de integrar o seu material genético nas células do colo do
útero. Algumas proteínas do HPV são capazes de interferir nos processos de apoptose e de prolifera-
ção celular, podendo conduzir ao cancro.
Da mesma forma, o vírus da hepatite B, ao inserir alguns dos seus genes nas células do fígado,
podem desencadear processos que conduzem ao cancro.
BIOLOGIA
Tendo em consideração o elevado risco de a transferência lateral de genes poder conduzir ao
desenvolvimento de doenças, várias equipas de investigadores têm procurado identificar situações de
LGT de DNA bacteriano no genoma humano.
LGT
de DNA
Bactéria bacteriano
Cromossoma
humano ATCGAATTGGAACCCAGTACGA ATCGTACGATGGG TACGCATACGATCAGTAC
com LGT
Figura 1 – A transferência de DNA bacteriano para células somáticas humanas pode conduzir à transformação
de células normais em células cancerosas.
adaptado de http://www.the-scientist.com/?articles.view/articleNo/47125/title/
Bacteria-and-Humans-Have-Been-Swapping-DNA-for-Millennia/
4. Os estudos relativos à relação entre Helicobacter pylori e o cancro do estômago permitem
(A) concluir que o cancro do estômago resulta da inserção de material genético de H. pylori nas
células gástricas.
(B) concluir que todas as células tumorais apresentam inserções de material genético de H.
pylori.
(C) estabelecer uma correlação entre o número de inserções de material genético de H. pylori e
o surgimento de células cancerosas.
(D) concluir que existe um menor número de inserções de material genético de H. pylori nas
células tumorais do que nas células-controlo.
7. aça corresponder cada uma das descrições presentes na coluna A com o termo que consta da
F
coluna B.
Coluna A Coluna B
1. Codão
(a) Molécula de RNA associada a vários ribossomas. 2. Anti-codão
(b) Sequência de nucleótidos que sofre transcrição, mas não é traduzida. 3. Intrão
(c) Sequência de três nucleótidos do mRNA. 4. Exão
5. Polissoma
BANCO DE EXERCÍCIOS 9
Grupo IV
A maioria dos tecidos sofre um constante processo de renovação celular graças ao equilíbrio entre
proliferação e morte das células, caracterizada por um processo ativo de alterações morfológicas e
bioquímicas, a apoptose. A ativação da apoptose pode ser iniciada de duas maneiras: pela via extrín-
seca (citoplasmática) ou pela via intrínseca (mitocondrial). A via intrínseca é ativada por stresse intrace-
lular ou extracelular como a privação de fatores de crescimento, danos no DNA, hipóxia ou ativação de
oncogenes. Inúmeros estudos sobre apoptose apontam a mitocôndria como o principal mediador
desse tipo de morte. Este organelo integra os estímulos de morte celular, induzindo a permeabilização
mitocondrial e consequente libertação de moléculas pró-apoptóticas nela presentes.
BIOLOGIA
Quando sinais de morte alcançam a mitocôndria, levam ao colapso do potencial da membrana
mitocondrial interna, bem como a uma alteração da permeabilidade mitocondrial. Ao mesmo tempo, a
água do espaço intermembranar passa para a matriz mitocondrial, levando à ruptura do organelo e
consequente libertação de proteínas pró-apoptóticas para o citoplasma. Além da libertação de molé-
culas pela mitocôndria, as alterações de permeabilidade e do potencial de membrana levam à perda
da homeostasia celular, iniciando-se um processo de degradação de lipídios, proteínas e ácidos
nucleicos.
Alguns estudos indicam que durante a apoptose ocorre a formação de um megaporo que contém
diversas proteínas e abrange as membranas interna e externa da mitocôndria. Através desse poro
ocorre a libertação do citocromo c para o citoplasma onde participa da ativação da apoptose. Os dife-
rentes sinais indutores de apoptose são detetados pela mitocôndria, fazendo com que ocorra uma
desagregação da cadeia respiratória e consequente libertação de citocromo c e proteínas ativadoras
da apoptose para o citosol. Quando no citosol, o citocromo c forma um complexo com a APAF-1 e a
caspase-9, o chamado apoptossoma, que promove a clivagem da pró-caspase-9, libertando a cas-
pase-9, ativa (Figura 1). Uma vez ativada, a caspase-9 ativa a caspase-3 que vai ocasionar a
apoptose.
bcl-2
Estímulos Pró-apoptóticos bax
Apoptossoma
Apaf-1 = fator de ativação de protease associada à apoptose: bax = proteína que se associa à Bcl-2 induzindo a liberação
da APAF-1, ativando a caspase 9, induzindo a apoptose
adaptado de Ivana Grivicich, Andréa Regner, Adriana Brondani da Rocha.
Morte Celular por Apoptose. Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 335-343
10 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
8. iversos estudos indicam que a survinina é um fator celular envolvido na resistência de tumores
D
humanos à quimioterapia e à radioterapia. Por outro lado, verificou-se que a inibição da
expressão da survivina induz a apoptose e torna o tumor sensível à quimioterapia.
Explique em que medida o desenvolvimento de inibidores da survinina poderá melhorar o
sucesso dos tratamentos contra o cancro.
BANCO DE EXERCÍCIOS 11
Grupo V
A maioria das larvas de abelhas do sexo feminino desenvolvem-se no sentido de se tornarem obrei-
ras (operárias); apenas uma se alimenta de geleia real, tornando-se a rainha.
Com o intuito de compreender as diferenças na expressão dos genes nas abelhas rainhas e nas
suas irmãs obreiras com genoma idêntico, foi realizada uma experiência para testar possíveis efeitos
epigenéticos.
Os mecanismos epigenéticos resultam da interferência do ambiente com o genoma. Embora a
sequência do DNA se mantenha inalterada, as modificações epigenéticas consistem em modificações
das histonas, metilação das bases do DNA e modificações da cromatina. Desta forma as modificações
epigenéticas permitem que a expressão génica seja alterada, conduzindo a uma diversidade de fenó-
tipos, partindo do mesmo genoma.
Procedimento:
1 – Um conjunto de larvas geneticamente idênticas foram separadas em dois grupos.
2–A
s larvas do grupo 1 foram injetadas com uma substância solvente.
3–A
s larvas do grupo 2 forma injetadas com um inibidor da enzima DNMT com o solvente
usada no grupo 1.
BIOLOGIA
Resultados:
(%) 90
80 Obreiras
Rainhas
70
60
50
40
30 Obreiras
Rainhas
20
10
238 73 74 188
0
Grupo 1 Grupo 2
Baseado em https://pdfs.semanticscholar.org/9a96/ca52286c7e1c745f54193537834d1a2c52c1.
pdf?_ga=2.101981569.1495429323.1548428718-999719414.1548258799
9. xplique em que medida as alterações epigenéticas podem contribuir para aumentar o potencial
E
adaptativo das populações perante modificações ambientais, constituindo assim um processo
complementar da variabilidade genética.
BANCO DE EXERCÍCIOS 13
Grupo VI
Quando vírus infetam bactérias, introduzem o seu DNA malicioso na célula procariótica. Se a bacté-
ria sobrevive à infeção, insere um pedaço de DNA viral no seu genoma, como registo do encontro com
o vírus. O DNA viral é então, posteriormente, utilizado para proteger a bactéria de futuras infeções.
Durante os seus estudos bioquímicos com Streptococcus pyogenes, uma das mais patogénicas
bactérias para os seres humanos, Emmanuelle Charpentier identificou uma molécula até então desco-
nhecida que designou tracrRNA. O seu estudo mostrou que a tracrRNA faz parte de um já antigo sis-
tema imunitário bacteriano, CRISPR/Cas, que desarma o DNA viral, clivando-o.
Charpentier publicou o seu trabalho em 2011. No mesmo ano, iniciou uma colaboração com Jenni-
fer Doudna, uma experiente bioquímica com um vasto conhecimento em RNA. Juntas foram bem
sucedidas em recriar in vitro estas tesouras genéticas bacterianas e em simplificar os seus componen-
tes moleculares, tornando o seu uso mais fácil. Em 2020, o Prémio Nobel da Química foi atribuído a
Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna, pelo desenvolvimento de um método de edição
genética.
Vírus
Sequência DNA
BIOLOGIA
Streptococcus
DNA repetida DNA Viral
Viral Viral
CRISPR DNA
1 A bactéria insere um pedaço de DNA viral na
secção CRISPR do genoma. Entre cada DNA
viral é repetida uma sequência.
CRISPR DNA
CRISPR RNA
RNase III
Cas9
CRISPR RNA Tesoura genética
tracrRNA
Cas9
Figura 1
14 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
3. urante a produção de uma tesoura genética, a ______ é responsável pela quebra das ligações
D
entre os nucleótidos _____.
(A) Cas9 … do gene-alvo
(B) Cas9 … da CRISPR RNA
(C) RNase III … da CRISPR RNA
(D) RNase III … do gene-alvo
10. eselson e Stahl cultivaram bactérias durante várias gerações num meio contendo 15 N,
M
transferindo-as, posteriormente, para um meio de cultura normal (14N), tendo sido monitorizada a
densidade das moléculas de DNA ao longo das gerações seguintes. Os resultados obtidos,
após a transferência das bactérias para um meio contendo nitrogénio normal, estão expressos
nas afirmações que se seguem.
Na primeira geração, cada molécula de DNA tem duas cadeias, cada uma com 14,5N.
I.
Na segunda geração, obtêm-se 50% de bactérias com moléculas de DNA de densidade
II.
intermédia e 50% de bactérias com moléculas de DNA 14N.
BIOLOGIA
III. Na terceira geração, 75% das bactérias serão 15N14N e 25% apresentarão apenas DNA 14N.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.
12. ode ser utilizado, como argumento a favor do modelo de estrutura da molécula de DNA, o facto
P
de esta molécula
(A) ser um polímero de nucleótidos.
(B) apresentar a relação (A + T) / (C + G) ≈ 1.
(C) intervir na síntese de proteínas.
(D) apresentar a relação (A + C) / (T + G) ≈ 1.
13. stabeleça a correspondência correta entre cada uma das afirmações da coluna A e um dos
E
termos da coluna B.
Coluna A Coluna B
14. ertas doenças como a anemia falciforme resulta de uma mutação num único nucleótido da
C
sequência de DNA. Estas alteração traduz-se frequentemente na produção de uma proteína não
funcional, que condiciona o metabolismo celular.
Explique em que medida os trabalhos realizados por Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna
podem ser importantes na terapia de doenças hereditárias resultantes de mutações génicas.
15. xplique por que razão uma mutação não se traduz necessariamente numa alteração na
E
atividade metabólica de um organismo.
Grupo VII
Notas: CRISPR – Clustered Regulatory Interspaced Short Palindromic Repeats (Repetições Palindrómicas Curtas
Agrupadas e Regularmente Espaçadas)
Cas9 – CRISPR associated protein 9 (Proteína 9 associada a CRISPR)
Baseado em Campbell et al. (2018). Biology – A global approach. Pearson. New York.
BANCO DE EXERCÍCIOS 17
BIOLOGIA
4. A molécula de RNA do complexo Cas9-RNA
(A) garante a abertura da dupla hélice de DNA.
(B) é responsável pela especificidade da zona cortada.
(C) é responsável pela quebra de ligações fosfodiéster da molécula de DNA.
(D) garante a reparação do DNA que sofreu excisão.
6. inativação de um gene com recurso à inserção de nucleótidos numa sequência aleatória, torna
A
o gene não funcional porque
(A) impede a complementaridade entre as cadeias complementares de DNA.
(B) impede o estabelecimento de ligações entre nucleótidos da mesma cadeia.
(C) compromete a ligação do mRNA aos ribossomas.
(D) compromete a síntese de proteínas funcionais.
8. s bacteriófagos são vírus que parasitam as bactérias. Para isso, os bacteriófagos introduzem o
O
seu material genético (DNA) no genoma da bactéria, passando a célula a expressar os genes
virais, o que permite a produção de novos vírus.
Explique em que medida a ação proteína Cas9 constitui um mecanismo de defesa das bactérias
contra a infeção por bacteriófagos, impedindo a sua multiplicação.
GFBF11DP-02
18 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
Grupo VIII
A proteína periostina poderá ser a chave para travar as metástases, que constituem uma das maio-
res complicações para os doentes com cancro, revela um estudo publicado na revista científica
Nature. Uma equipa de investigadores suíços descobriu que sem a periostina, que existe naturalmente
no organismo, as células cancerígenas espalhadas a partir de um tumor maligno inicial não podem
desenvolver-se em metástases, ou seja, em novos tumores. Os cientistas isolaram em ratinhos a pro-
teína nos «nichos» propícios ao desenvolvimento de metástases e conseguiram demonstrar que sem
ela não há novos tumores. «Sem esta proteína, a célula-mãe cancerígena não pode desenvolver uma
metástase, desaparece ou torna-se dormente», explicou um dos investigadores, Joerg Huelsken,
citado pela agência AFP. De acordo com o estudo, o bloqueamento da ação da periostina impede, por
isso, a formação de novos tumores a partir de células-mãe cancerígenas difundidas por um tumor
maligno inicial. Contudo, os investigadores não estão certos ainda quanto à possibilidade de ser
encontrado um anticorpo equivalente que funcione nos humanos, nem mesmo se o bloqueio da ação
da proteína tem os mesmos poucos efeitos secundários observados nos ratinhos.
Agência Lusa (adaptado)
2. s anticorpos são substâncias de natureza proteica sintetizados por células designadas linfócitos
O
B. Quando os linfócitos B sintetizam o anticorpo anti-periostina estão a realizar um processo
(A) anabólico, havendo consumo de energia.
(B) anabólico, havendo produção de energia.
(C) catabólico, havendo consumo de energia.
(D) catabólico, havendo produção de energia.
BIOLOGIA
Grupo IX
Uma equipa de investigadores começou por analisar o padrão de hibernação de Cricetus criceteus
(Figura 1). Posteriormente, determinou-se a quantidade de RNA produzido por dois genes relógio
(envolvidos no controlo do ritmo biológico) – Per2 e Bmal1 – durante a atividade normal (eutermia) e
durante a hibernação (Figura 2).
As amostras de RNA foram obtidas a partir de células nervosas de zonas cerebrais que são respon-
sáveis pelo controlo dos ritmos biológicos nos hámsteres.
40 40 Eutermia Eutermia
Temperatura corporal (ºC)
Temperatura corporal (ºC)
30 30
Preparação
20 20 Despertar
10 Hibernação
10
0 0
0 5 10 15 20 0 1 2 3 4
Tempo (dias) Tempo (dias)
80 Per2 Bmal1
Dia
70
Noite
60
Índice Mitótico (%)
50
40
30
20
10
0
Controlo CH-1 CH-2 CH-3
Tratamento
Figura 2 – Expressão dos genes Per2 e Bmal1 em períodos de eutermia e de hibernação. Para cada um dos
períodos, foram obtidas amostras durante o dia e durante a noite.
Baseado em Revel, F. et al. (2007). The circadian clock stops ticking during deep hibernation in the
European hamster. Proceedings of the National Academy of Sciencies USA 104: 13816-13820.
1. A análise dos resultados expressos nos gráficos da figura 1 permitem afirmar que
(A) o período de hibernação dos hámsteres é de 20 dias.
(B) o período de hibernação dos hámsteres é de 5 dias.
(C) num período de 20 dias ocorreram 5 ciclos de hibernação
(D) num período de 20 dias ocorreram 6 ciclos de hibernação.
5. onsiderando apenas as moléculas de mRNA obtidas a partir do citoplasma das células, pode
C
afirmar-se que essas moléculas
(A) possuem a mesma sequência nucleotídica da cadeia de DNA que lhes serviu de molde.
(B) são compostas, apenas, por sequências intrónicas.
(C) possuem a composição nucleotídica igual à da cadeia de DNA complementar à que lhes
serviu de molde.
(D) são compostas por uma sequência de dexorribonucleótidos.
BIOLOGIA
(C) o estabelecimento de ligações de complementaridade entre ribonucleótidos e
desoxirribonucleótidos.
(D) a adição de um aminoácido quando o ribossoma encontra um codão de finalização.
Grupo X
Durante o ciclo celular, existem pontos de controlo que garantem que os processos foram comple-
tados de forma correta antes de se avançar para a fase seguinte, evitando assim a produção de célu-
las com erros.
O cancro pode ser consequência de falhas nestes pontos de controlo, permitindo que a célula
avance para a etapa seguinte sem que se tenha completado corretamente a etapa anterior. Uma des-
ses dessas falhas acontece no ponto de controlo G1.
Sinais provenientes de outras células têm um papel fundamental no funcionamento destes pontos
de controlo. Muitos desses sinais são fatores de crescimento capazes de estimular a síntese de proteí-
nas designadas ciclinas. Nas células cancerosas verifica-se uma produção excessiva de ciclinas, o
que conduz a um crescimento celular descontrolado.
Ponto de controlo G2
A célula ultrapassa este ponto
de controlo se:
- tem tamanho suficiente
G2 - a replicação dos cromossomas
foi completada com sucesso
Ponto de controlo G1 S Ciclo
A célula ultrapassa este ponto celular M
de controlo se:
- tem tamanho suficiente Ponto da Metafase
- possui nutrientes em quantidade A célula ultrapassa este ponto
suficiente G1 de controlo se:
- recebeu sinais de outras células - todos os cromossomas estão
(fatores de crescimento) ligados às fibrilas do fuso
Pontos de controlo
acromático
Figura 1 – Durante o ciclo celular, existem três pontos de controlo principais (em G1, em G2 e em Metafase).
1. e for detetada uma falha no ponto de controlo em G2, obrigado à interrupção do ciclo celular, a
S
célula possuirá nesse momento
(A) cromossomas constituídos por um cromatídeo.
(B) cromossomas constituídos por dois cromatídeos.
(C) moléculas de DNA formadas apenas por uma cadeia de desoxirribonucleótidos.
(D) moléculas de DNA formadas por quatro cadeias de desoxirribonucleótidos.
3. ponto de controlo que garante que cada célula-filha irá receber uma cópia de cada cromos-
O
soma é
(A) o ponto de controlo G2. (C) o ponto de controlo G1 e o G2.
(B) o ponto de controlo G1. (D) o ponto de controlo da metafase.
7. Estabeleça a correspondência correta entre cada uma das afirmações da coluna A e um dos
termos da coluna B.
Coluna A Coluna B
1. Profase
(a) Desorganização do invólucro nuclear. 2. Período G1
(b) Duplicação da quantidade de DNA. 3. Anafase
(c) Disposição dos centrómeros no plano equatorial da célula. 4. Período S
5. Metafase
8. reparação de tecidos que sofreram lesões está dependente da comunicação entre as células.
A
Explique em que medida uma deficiente produção de fatores de crescimento pelas células-
-vizinhas poderá comprometer uma correta cicatrização de uma zona lesada.
BANCO DE EXERCÍCIOS 23
Grupo XI
A erva-mate (Ilex paraguariensis) é uma planta frequentemente usada para fazer bebidas de infu-
são, sobretudo em países da América do Sul. Devido ao seu uso crescente, resultante da sua suposta
atividade antioxidante e antineoplásica, têm sido realizados estudos de citotoxicidade que visam con-
tribuir para que a sua utilização seja mais segura e eficaz.
Os índices mitóticos (proporção entre o número de células em divisão e o número total de células)
e os índices de fases do ciclo de divisão celular têm sido usados como bons indicadores de prolifera-
ção ou antiproliferação das células.
O efeito antiproliferativo da erva-mate foi avaliado através da sua ação sobre a divisão celular
(índice mitótico) e sobre cada fase da mitose (índice de fases). Para tal, realizou-se um ensaio no qual
células meristemáticas de raízes de cebola (Allium cepa) foram sujeitas à ação de infusões preparadas
com extrato de erva mate com diferentes concentrações (CH1 = 50 μg/mL, CH2 = 500 μg/mL e
CH3 = 1000 μg/mL). Na preparação das infusões foi utilizada água mineral.
BIOLOGIA
de erva mate e mantidos à temperatura ambiente. 40
As raízes foram recolhidas após 20 e 72 horas de 30
tratamento, sendo-lhe aplicado uma substância 20
fixadora (solução de Carnoy). As amostras fixadas 10
foram posteriormente observadas ao microscópio. 0
Controle CH-1 CH-2 CH-3
Tratamento
Para cada tratamento, foram analisadas 5000
Figura 1 – Índices Mitóticos (IM), das células meris-
células meristemáticas de pontas de raiz. temáticas de raízes de A. cepa tratadas por 20 horas
e 72 horas com infusões de erva-mate (chimarrão).
IF - Profase 20 h 72 h IF - Metafase 20 h 72 h
100 30
90
25
Índice Mitótico (%)
80
70 20
60
50 15
40
30 10
20 5
10
0 0
Controle CH-1 CH-2 CH-3 Controle CH-1 CH-2 CH-3
Tratamento Tratamento
IF - Anafase 20 h 72 h IF - Telofase 20 h 72 h
30 16
25 14
Índice Mitótico (%)
12
20 10
15 8
10 6
4
5 2
0 0
Controle CH-1 CH-2 CH-3 Controle CH-1 CH-2 CH-3
Tratamento Tratamento
Figura 2 – Índice de Fases (IF), A – Profase; B – Metafase; C – Anafase; D – Telofase das células meriste-
máticas de raízes de A. cepa tratadas por 20 e 72 horas com extratos de I. paraguariensis, preparados
com infusões de erva-mate (chimarrão). Nota: CH (Chimarrão) – Infusão de erva-mate
Modificado de Thelma Conceição (2010). Efeito antiproliferativo, mutagênico e antineoplásico de produtos comer-
ciais da erva-mate (Ilex paraguariensis). Dissertação de Mestrado.
24 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
2. pós 20 horas de tratamento com extratos CH-1 e CH-2, as células apresentam uma inibição
A
dos índices de
(A) metafase, anafase e telofase.
(B) profase.
(C) profase, metafase, anafase e telofase.
(D) telofase.
BIOLOGIA
(D) precede a telofase.
Coluna A Coluna B
(a)
Plantas como Allium cepa, desenvolvem gomos laterais, nos seus 1. Esporulação
caules subterrâneos, capazes de originar novas plantas.
2. Bipartição
(b)
Células especializadas, não resultantes da união de outras células,
3. Partenogénese
que por mitose são capazes de originar novos seres vivos.
4. Esquizogonia
(c)
Uma célula divide-se em duas células semelhantes entre até
atingirem o tamanho da célula progenitora. 5. Multiplicação vegetativa
12. colchicina é uma substância utilizada no tratamento de uma doença inflamatória designada
A
artrite gotosa. Embora não se conheça exatamente o mecanismo de atuação da colchicina,
sabe-se que esta substância interfere na formação de fibrilas de microtúbulos.
Explique por que razão se recomenda aos indivíduos sujeitos a tratamento com colchicina que
não sejam progenitores nos meses seguintes ao tratamento.
Grupo XII
Algumas plantas produzem flores, porém não as usam para se reproduzirem sexuadamente, mas
sim assexuadamente.
O dente-leão, as amoras e alguns citrinos são alguns exemplos de plantas que se reproduzem por
sementes produzidas assexuadamente, um processo designado apomixia.
Na reprodução sexuada, as sementes resultam da união de gâmetas, mas na apomixia tal não
acontece. A apomixia pode ocorrer quando a célula da linhagem feminina, que deveria sofrer meiose
para originar o gâmeta feminino, não completa o processo, resultando numa célula diploide que ori-
gina a semente que contém o embrião. O desenvolvimento da semente e do fruto processa-se de uma
forma idêntica àquela que ocorre nas plantas que cujas sementes foram originadas sexuadamente.
Baseado em Sadava, et. al.. 2017. Life: The Science of Biology. 11th Edition. Sinauer Associates, Inc. Sunderland, USA.
26 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
2. s sementes produzidas por apomixia originam plantas adultas por ________ seguida de
A
________.
(A) meiose ... mitose
(B) meiose ... diferenciação
(C) mitose ... diferenciação
(D) mitose ... meiose
3. A tendência evolutiva das plantas, à medida que conquistavam o meio terrestre, foi
(A) a passagem da meiose pré-espórica para pós-zigótica.
(B) a passagem da meiose pré-gamética para pós-zigótica.
(C) o predomínio da haplofase em relação à diplofase.
(D) o predomínio da diplofase em relação à haplofase.
5. lguns citrinos, como certas variedades de laranjas, acumulam glícidos que tornam o seu sabor
A
doce. Segunda a perspetiva neodarwinista, o surgimento de laranjas doces resultou
(A) da necessidade de sobrevivência da espécie.
(B) da seleção natural que atuou sobre a espécie.
(C) da ocorrência de mutações numa população ancestral.
(D) da necessidade de sobrevivência individual.
Coluna A Coluna B
(a) U
m organismo unicelular origina, por mitose, duas células tamanho 1. Esquizogonia
desigual.
2. Bipartição
(b)
Células reprodutoras especializadas sofrem divisão celular
3. Partenogénese
originando novos seres.
4. Gemulação
(c)
A partir de óvulos que não foram fecundados, originam-se novos
indivíduos. 5. Esporulação
8. lgumas das plantas com grande importância agrícola são híbridos, ou seja, resultam do
A
cruzamento de variedades geneticamente diferentes. Como estas variedades possuem
conjuntos de cromossomas que não são homólogos uns dos outros não conseguem realizar
meiose, tornando-se estéreis.
Explique de que forma a ocorrência de apomixia permite que plantas híbridas possam contornar
o problema enunciado, sendo férteis.
BIOLOGIA
Grupo XIII
Estimativas sobre o efeito que o aumento do CO2 atmosférico terá sobre a produtividade primária
nos oceanos dependem das respostas fisiológicas das populações contemporâneas de fitoplâncton.
Contudo, as populações de microalgas poderão adaptar-se aos níveis de CO2 de tal maneira que se
tornem geneticamente diferentes das populações atuais.
No sentido de determinar qualquer viés introduzido pela evolução nestas previsões, um grupo de
investigadores da Universidade de McGill avaliou a absorção de CO2 em populações de Chlamydomo-
nas reinhardtii, mantidas com elevados valores deste gás, ao longo de 1000 gerações. A equipa utili-
zou 20 populações, 10 linhas com origem no clone M566B e outras 10 com origem no clone CC-2344.
Cinco linhas de cada clone foram mantidas em ambientes com elevados valores de CO2, enquanto as
restantes cresceram em ambientes com valores atmosféricos (430 ppm). As diferentes populações
foram mantidas em frascos com a injeção de bolhas de CO2. Nas linhas com valores elevados deste
gás, inicialmente, foi bombeado ar contendo 430 ppm. Ao longo das primeiras 600 gerações, estes
valores foram sendo gradualmente aumentados até aos 1050 ppm. Este valor foi mantido durante as
restantes 400 gerações.
No final dos ensaios, os investigadores determinaram que as populações mantidas com valores
elevados de CO2 foram incapazes de induzir uma elevada afinidade para a fixação deste gás e uma
linha apresentou, inclusivamente, uma diminuição na capacidade de absorção de CO2. Este facto foi
atribuído a mutações que condicionam os genes que controlam o mecanismo de concentração de
carbono (CCM). Menor afinidade para o CO2, acrescido de populações com dimensões inferiores,
resultaram numa redução significativa na absorção de CO2 (cerca de 38% menos), em relação às
populações contemporâneas mantidas nas mesmas condições.
– –
A
– –
–
– – – –
Células
vegetativas II
+ +
+ +
+ A
+ + -N
+ +
+ – –
+
+ + – –
– +
– + I + –
C
+N
+/—
+ –
+/—
+/—
4. No ciclo de vida ________ de Chlamydomonas reinhardtii, observa-se uma meiose ________.
(A) haplonte … pós-zigótica
(B) diplonte … pós-zigótica
(C) haplonte … pré-gamética
(D) diplonte … pré-gamética
BIOLOGIA
(D) metade do ... haplofase
10. Refira o fator ambiental que induz a formação de células vegetativas mt–.
30 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
Coluna I Coluna II
1. Desenvolvimento do indivíduo adulto por mitoses sucessivas.
2. Produção de células reprodutoras por meiose.
(a) Reprodução
assexuada 3.
Formação de duas células semelhantes entre si, a partir de um organismo unicelular.
(b) Reprodução 4. Ocorrência de fenómenos de recombinação génica.
sexuada 5.
Formação de novos organismos por desenvolvimento de óvulos sem ter ocorrido
(c) Reprodução fecundação.
por ambos 6. Favorecimento do rápido crescimento de uma população.
os 7. Ocorrência de mutações como fonte de variabilidade.
processos
8. Formação de seres geneticamente iguais ao progenitor.
9. Restauração do número de cromossomas característico da espécie.
12. xplique de que forma a etapa sexuada do ciclo de vida é induzida por fatores ambientais e qual
E
a importância da mesma para o maior sucesso adaptativo das algas Chlamydomonas reinhardtii.
13. xplique em que medida a interferência humana pode comprometer os esforços para equilibrar
E
os valores dos gases promotores do efeito de estufa na atmosfera, por ação de Chlamydomonas
reinhardtii.
Grupo XIV
A maioria das algas da divisão Clorophyta possui ciclos de vida complexos, podendo apresentar
reprodução assexuada e reprodução sexuada.
Chlamydomonas sp. é uma alga unicelular, incluída na divisão Clorophyta, cujas células adultas são
haploides e possuem um só cloroplasto em forma de taça. Em situações de stresse ambiental (falta de
alimento, escassez de água, etc.), estas células podem-se diferenciar em gâmetas (designados + e –).
–
+ Gâmeta
+ –
Zoósporo
Célula adulta Fecundação
Reprodução
assexuada Reprodução
sexuada
Zigoto
–
+
–
Divisão
Baseado em Campbell et al. (2018). Biology – A global approach. Pearson. New York.
BANCO DE EXERCÍCIOS 31
2. Imediatamente após uma alteração das condições ambientais favoráveis para condições de
adversas, os gâmetas de Chlamydomonas resultam de
(A) meiose, possuindo 2n cromossomas. (C) meiose, possuindo n cromossomas.
(B) mitose, possuindo 2n cromossomas. (D) mitose, possuindo n cromossomas.
3. Tendo em conta os dados fornecidos, é correto afirmar que em Chlamydomonas sp. a meiose é
(A) pré-espórica, originando zoósporos.
(B) pós-zigótica, originando células haploides.
(C) pré-espórica, originando células haploides.
(D) pós-zigótica, originando zoósporos.
BIOLOGIA
4. Considere as seguintes afirmações relativas a Chlamydomonas sp.
É um ser fotoautotrófico.
I.
Pode ser incluído no reino Plantae, uma vez que é autotrófico.
II.
III. Não é capaz de realizar fotossíntese uma vez que só possui um cloroplasto.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) I e II são verdadeira; III é falsa.
5. Chlamydomonas sp. possui DNA ________ uma vez que é um ser ________.
(A) com histonas ... eucarionte (C) com histonas ... unicelular
(B) sem histonas ... eucarionte (D) sem histonas ... unicelular
8. xplique em que medida a passagem de uma estratégia reprodutiva assexuada para uma
E
reprodução sexuada, em situações de ambiente adverso, pode facilitar a sobrevivência de
Chlamydomonas sp.
32 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
Grupo XV
Os mixomicetes, por vezes designados por protistas semelhantes a fungos, são organismos atual-
mente incluídos no reino Protista. A sequenciação de DNA permitiu concluir que a aparente seme-
lhança entre os mixomicetes e os fungos constitui um caso de evolução convergente.
Quando as condições são favoráveis, muitos mixomicetes vivem sob a forma de plasmódio – uma
massa gelatinosa multinucleada, destituída de parede celular, apenas rodeada por uma só membrana
plasmática. O plasmódio desloca-se por movimentos ameboides, resultantes da emissão de pseudó-
podes. À medida que se desloca, o plasmódio obtém o seu alimento, fagocitando e digerindo bacté-
rias, leveduras, esporos de fungos, assim como fragmentos de origem animal e vegetal, continuando
assim o seu crescimento.
Após a sua libertação, se as condições forem favoráveis, os esporos podem dividir-se formando
mais células haploides algumas das quais irão funcionar como gâmetas.
Baseado em: Campbell et al. (2018). Biology – A global approach. Pearson. New York.
https://www.sciencedaily.com/releases/2008/02/080213133350.htm
Esporângio
em formação
Células
ameboides
Células Esporângio
(n)
flageladas
As formas
ameboides e Esporos
as flageladas são germinados
interconvertíveis.
Esporos
(n)
Meiose
Pé
3. O ciclo de vida representado na figura não pode ser classificado como haplodiplonte, dado que
(A) a meiose não é pré-espórica.
(B) não há alternância de entidades multicelulares haploides com estados multicelulares diploides.
(C) os gâmetas formam-se por meiose.
(D) há alternância de entidades multicelulares haploides com estados multicelulares diploides.
BIOLOGIA
6. Face a alterações do meio, a ocorrência de meiose e fecundação terá como consequência
(A) o aumento da variabilidade genética e o aumento do potencial adaptativo.
(B) a redução da variabilidade genética e o aumento do potencial adaptativo.
(C) o aumento da variabilidade genética e a diminuição do potencial adaptativo.
(D) a redução da variabilidade genética e a redução do potencial adaptativo.
7. s fungos e os mixomicetes terão sofrido pressões seletivas ________, o que explica o facto de
O
possuírem estruturas ________.
(A) semelhantes ... análogas (C) semelhantes ... homólogas
(B) distintas ... homólogas (D) distintas ... análogas
Grupo XVI
Nas plantas vasculares, a fixação do carbono, dependente da fotossíntese, realiza-se por mais do
que um processo: as plantas C3 não têm capacidade para concentrar o CO2, enquanto as plantas
CAM (CAM – Metabolismo Ácido das Crassuláceas) têm essa capacidade.
Agave americana é uma planta nativa do México e das Antilhas, particularmente adaptada a sobre-
viver em ambientes com excesso de salinidade, elevadas temperaturas e escassez de água. Foi intro-
duzida em Portugal, como planta ornamental e para aproveitamento das fibras das suas folhas e pelo
poder antisséptico da sua seiva. A sua grande resistência e facilidade de reprodução, tanto sexuada,
como assexuada, contribuiu para a rápida disseminação pelo território continental e insular (figura 2),
GFBF11DP-03
10 2,0
Influxo
Transpiração (mg dm
Permuta de CO2 (mg d
8 1,5
34 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
6
1,0
4
2 0,5
0 0
Efluxo
sendo, atualmente, considerada uma planta invasora. Realiza2 fotossíntese CAM, em substituição do
processo fotossintético normal, utilizando a enzima PEP carboxilase,
4 devido ao seu forte poder con-
0
centrador de CO . Ao contrário das outras plantas, as plantas com 4fotossíntese
8 12 16 20 abrem
CAM 24 os seus
2
Tempo (h)
estomas e fixam o CO2 à noite, sob a forma de ácido málico. Durante o período de luminosidade, os
Permuta de CO2 Transpiração
estomas permanecem fechados e o CO2 é libertado dentro da folha, sendo fixado pela rubisco.
10 0,5
Influxo
8 1,5 8 0,4
6 6 0,3
o
1,0
ntic
4 4 0,2
2 0,5 2 0,1
Atlâ
0 0 0 0
Efluxo
Efluxo
2 2
4 4
ano
0 4 8 12 16 20 24 0 4 8 12 16 20 24
Tempo (h) Tempo (h)
Oce
Figura 1
N
14 americana
Transpiração (mg dm-2 h-1)
12
10 0,5
Influxo
4 0,2
Oceano Atlântico
2 0,1
Atlâ
0 0
Efluxo
0 40 km
2
4 Arquipélago da Madeira
ano
0 4 8 12 16 20 24
Tempo
Oce a n o(h)
Atlâ n tico
Oce
0 40 km
Espécie
invasora 0 50 km
Agave
americana
Oceano Atlântico
Baseado em Paul J. Kramer e John S. Boyer, Water relations of plants and soils, Academic Press Inc., 1995
https://www.invasoras.pt/sites/default/files/Agave-americana_torrinha.pdf
0 40 km (figura 2)
Arquipélago da Madeira
Ao contrário do que se verifica em Helianthus sp., em Agave americana não ocorre efluxo de
II.
CO2 durante a exposição à luz.
III. No girassol, a transpiração supera as trocas de CO2 durante o período de escuridão.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.
BANCO DE EXERCÍCIOS 35
3. e as células da piteira forem colocadas num meio com isótopo radiativo 14C é de esperar que
S
essa radioatividade surja primeiramente no
(A) amido, que constitui um polissacarídeo estrutural.
(B) ácido málico, que se forma durante o período noturno.
(C) ácido málico, que se forma durante o período diurno.
(D) amido, que constitui um polissacarídeo de reserva.
BIOLOGIA
(A) respiração e a taxa de transpiração é maior do que na piteira.
(B) respiração e a taxa de transpiração é menor do que na piteira.
(C) fotossíntese e a taxa de transpiração é maior do que na piteira.
(D) fotossíntese e a taxa de transpiração é menor do que na piteira.
6. A incorporação do carbono inorgânico nos compostos orgânicos como a glicose ocorre ao nível
(A) dos tilacoides, durante a oxidação do CO2.
(B) dos tilacoides, durante a redução da H2O.
(C) do estroma, durante a redução do CO2.
(D) do estroma, durante a oxidação da H2O.
Grupo XVII
Dryolimnas cuvieri é uma ave indígena das ilhas do sudoeste do oceano indico e surge dissemi-
nada por toda a região, onde é conhecida por incluir três subespécies: a voadora D. c. cuvieri, comum
em Madagáscar e Mayotte, D. c. abbotti, uma espécie com fraca a nenhuma capacidade de voo, ante-
riormente presente em Assunção, mas, entretanto, extinta, e a espécie D. c. aldrabanus, presente no
atol de Aldabra.
O ralídeo de Aldraba, Dryolimnas cuvieri aldabranus, endémico do atol de Aldabra, nas ilhas Sey-
chelles, é a última ave não voadora do oceano Índico. Aldabra passou por, pelo menos um, grande
evento de inundação total, durante o Pleistocénico Superior (idade Tarantiano). A subida do nível das
águas do mar resultou na perda de toda a fauna terrestre, em que se incluíam o crocodilo Aldabra-
champsus dilophus, a tartaruga-gigante Aldabrachelys cf. gigantea e uma espécie de iguana, a Oplu-
rus iguana.
Exemplares não voadores de Dryolimnas foram identificados em dois locais fossilíferos separados,
depositados antes e depois do evento de inundação, produzindo prova irrefutável de que membros da
família Rallidae colonizaram a ilha, muito provavelmente vindos de Madagáscar.
Os investigadores Julian Hume e David Martill estudaram os fósseis de Dryolimnas cuvieri, datados
do Pleistocénico, comparando as dimensões de dois úmeros encontrados, com os esqueletos das
espécies atuais de D. c. cuvieri e D. c. aldabranus, bem como, com um único exemplar do esqueleto
de D. c. abbotti. Com base nas diferenças encontradas, concluíram que estes ralídeos se tornaram não
voadores em duas ocasiões independentes. As evidências fósseis presentes em Aldabra mostram a
capacidade única destes ralídeos em colonizar ilhas isoladas e evoluir para aves incapazes de voar.
N
Atol de Aldabra
África Bacia de
Seychelles Cabri Polymnie Ponto
Atol de Malabar Houdol
Aldabra N Áre a
v í s i v e l n a mar
Picard é
ico
ai
xa
b
Lagoa
ar
Índ
Espírito
ásc
Maurícia
dag
Reunião
ano
Ma
Grande Terra
Oce
Oc e a n o Ín d i c o
0 500 km 0 5 km
Figura 1 – A – Localização do atol de Aldabra; B – Mapa de Aldabra com a localização dos dois locais em que foram
recolhidos fósseis de Dryolimnas.
Espécies
Dryolimnas c. abbotti
Dryolimnas c. aldabranus
SW Dryolimnas c. cuvieri
eixo do úmero
SD A
Profundidade
do eixo
Figura 2 – Comparação
3 6 9
das dimensões do úmero Tamanho (mm)
das várias subespécies de
TL
Comprimento total
D. cuvieri: B
A – SW largura do eixo do
do úmero
úmero e SD – profundidade
do eixo;
B – TL comprimento total 35 40 45 50 55
do úmero. Tamanho (mm)
Adaptado de Repeated evolution of flightlessness in Dryolimnas rails (Aves: Rallidae) after extinction and recolonization
on Aldabra, Julian P Hume e David Martill, Zoological Journal of the Linnean Society,
Volume 186, Issue 3, julho de 2019, páginas 666-67
BANCO DE EXERCÍCIOS 37
3. Uma das condições determinantes para a fiabilidade que não se verificou foi
(A) a variedade de fósseis utilizada.
(B) a comparação entre aves voadoras e não voadoras.
(C) o número de exemplares comparados.
(D) a localização distinta das espécies.
BIOLOGIA
(B) a percentagem de ossos comparados.
(C) a área de habitat de Dryolimnas.
(D) as dimensões dos ossos escolhidos.
5. e acordo com os dados do texto, a evolução do úmero em Dryolimnas cuvieri das várias ilhas
D
constitui um caso de evolução
(A) divergente, provocada por pressões seletivas semelhantes.
(B) condicionada pela existência de aves predatórias voadoras.
(C) convergente, relacionada com a ocorrência de mutações.
(D) condicionada pela ocorrência de inundações.
6. De acordo com o texto, as mudanças nos caracteres dos indivíduos Dryolimnas cuvieri aldrabanus
(A) surgem devido à influência de fatores ambientais.
(B) são selecionadas por influência de fatores ambientais.
(C) ocorrem na população devido a mutações génicas.
(D) resultam de alterações no processo de tradução.
10. xplique de que forma a alternância de períodos de glaciação e interglaciação podem influenciar
E
a diversificação de formas de vida no planeta.
Grupo XVIII
A sequência aminoacídica de uma proteína resulta da sequência nucleotídica do gene que as codi-
fica. Ao longo do tempo surgem mutações genéticas que podem ter reflexo na estrutura das proteínas
por eles codificadas.
Alguns genes apresentam uma taxa de mutação relativamente constante ao longo da evolução, o
que permite que eles, ou os seus produtos, sejam usados como relógios moleculares.
O citocromo c é uma importante proteína da cadeia respiratória, presente na membrana interna das
mitocôndrias, muito usada como relógio molecular. A determinação da sequência dos seus aminoáci-
dos tem permitido o estabelecimento de relações filogenéticas entre diferentes grupos taxonómicos.
Baseado em AP Biology 1 (2012). Biozone International.
Homo sapiens
Macaco
Cão
Cavalo
Burro
Porco
Canguru
Coelho
Pomba
Pato
Galinha
Tartaruga
Cascavel
Atum
Organismo Mosca
Traça (Samia cynthis)
ancestral
Fungo (Neurospora crassa)
Levedura (Saccharomyces sp.)
Levedura (Candida krusei)
30 25 20 15 10 5 0
Aminoácidos substituídos
1. endo em conta os dados que permitiram construção da árvore filogenética da figura, é possível
T
afirmar que
(A) o cavalo e o burro partilham um menor número de características do que o cavalo e o porco.
(B) o cavalo e o burro partilham um ancestral mais recente do que o cavalo e o porco.
(C) os citocromos dos coelhos e o dos cangurus diferem em cerca de 20 aminoácidos.
(D) os citocromos de Saccharomyces sp. e de Candida krusei possuem apenas 20 aminoácidos
iguais.
BANCO DE EXERCÍCIOS 39
2. possível estabelecer relações de ________ entre os citocromos das espécies estudadas, uma
É
vez que resultam de uma molécula ancestral ________.
(A) analogia ... diferente
(B) analogia ... comum
(C) homologia ... diferente
(D) homologia ... comum
BIOLOGIA
(C) citológico, segundo uma perspetiva neodarwinista.
(D) bioquímico, segundo uma perspetiva neodarwinista.
8. xplique por que razão nem sempre as mutações que ocorrem nos genes têm efeito nas
E
proteínas por eles codificadas.
9. xplique, tendo em conta a sua função, o facto de o citocromo c ser uma proteína altamente
E
conservada, isto é, ter sofrido poucas alterações ao longo do tempo.
40 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
Grupo XIX
A chita (Acinonyx jubatus) é um mamífero pertencente à família Felidae, tendo como habitat a
savana. Atualmente, a população mundial de chitas é constituída por pouco menos de 20 mil indiví-
duos. Análises genéticas recentes revelaram que a população possui uma baixa diversidade
genética.
Admite-se que as chitas escaparam tangencialmente da extinção no final da última era glaciar (há
10 mil a 20 mil anos). Se todas as chitas atuais resultam de um stock genético muito limitado, isso
explica a sua reduzida variabilidade genética. Como consequência, a população apresenta diversos
problemas que podem ameaçar a sua sobrevivência, incluindo alterações do esperma, diminuição da
fecundidade, elevada mortalidade juvenil e elevada sensibilidade a doenças.
Baseado em AP Biology 1 (2012). Biozone International
7. egundo uma perspetiva neodarwinista, o surgimento de genes diferentes que informam para as
S
mesmas características resultou
(A) da seleção natural.
(B) de mutações.
(C) da segregação aleatória dos cromossomas homólogos.
(D) da união aleatória dos gâmetas.
BIOLOGIA
8. Ordene as expressões identificadas pelas letras A a E, de modo a reconstituir a sequência de
acontecimentos que conduz à formação de espermatozoides em A. jubatus.
A – Ocorrência de crossing-over
B – Emparelhamento de cromossomas homólogos
C – Formação de núcleos haploides
D – Formação de núcleos com cromossomas constituídos por um só cromatídeo
E – Duplicação do número de moléculas de DNA
Grupo XX
Uma equipa internacional de cientista identificou alterações genéticas de larga-escala que marca-
ram a evolução da gestação nos mamíferos. O estudo faz luz sobre a evolução das estruturas morfoló-
gicas e a aquisição de novas funções envolvidas no desenvolvimento embrionário, nesta classe de
organismos. Para estudar as modificações genéticas durante a evolução da gravidez nos mamíferos,
os investigadores utilizaram técnicas de sequenciação de genes expressos no útero de vários mamífe-
ros – placentários (humano, macaco, rato, cão, vaca, porco, cavalo e armadilho), marsupiais (opos-
sum), e ovopositores (ornitorrinco), uma ave, um réptil e uma rã. Posteriormente, utilizaram modelos
computacionais e métodos de evolução para reconstruir que genes eram expressos nos mamíferos
ancestrais.
Com a perda da casca do ovo e a evolução para o parto num ancestral comum aos mamíferos
marsupiais e placentários, mais de 1000 genes foram ativados, muitos dos quais estão fortemente
ligados ao estabelecimento da comunicação materno-fetal. Com a evolução de uma gestação uterina
prolongada nos mamíferos placentários, centenas de genes começaram a expressar-se, fortalecendo
grandemente e complexificando a comunicação materno-fetal, bem como suprimindo, localmente, o
sistema imunitário no útero.
42 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
A equipa de investigadores também identificou genes que foram desligados com a evolução destas
linhagens, a maioria dos quais, associados à formação da casca do ovo.
Para além da função, os cientistas investigaram a origem destes genes, determinando que muitos
deles já desempenhavam funções noutros órgãos e tecidos, como o cérebro e sistemas circulatório e
digestivo. Contudo, durante a evolução da gravidez, estes genes foram recrutados para se expressa-
rem no útero com novos propósitos. Evoluíram elementos regulatórios que lhes permitiram ser ativados
por progesterona, uma hormona essencial à reprodução.
A equipa descobriu que este processo era levado a cabo por antigos transposões – porções de
DNA que podem modificar a sua posição dentro do genoma. Estes genes, por vezes designados
“genes saltitões”, são genericamente tidos como parasitas genómicos que servem apenas para se
replicarem a si próprios. Muitos destes transposões possuem locais de ligação à progesterona que
aparentemente regulam este processo.
A investigação sugere assim uma nova explicação para toda uma nova estrutura biológica e seu
conjunto de funções. Ao invés dos genes evoluíram gradualmente a expressão uterina, um de cada
vez, os elementos transposicionais coordenaram uma modificação genómica a larga escala que per-
mitiu numerosos genes serem ativados pelo mesmo sinal – neste caso, a progesterona, que ajudou na
evolução da gravidez.
+500
-296
Mammalia +1167
-239
Theria
+835
-185
Eutheria
Figura 1 – Evolução de genes endometriais em Tetrápodes. Reconstrução do ganho e perda na expressão de genes.
Os valores por cima de cada ramo indicam o número de genes recrutados para (+), ou perdidos durante (–) a expres-
são de genes nas células do endométrio (parede do útero).
Vincent J. Lynch, Mauris C. Nnamani, Aurélie Kapusta, Kathryn Brayer, Silvia L. Plaza, Erik C. Mazur,
Emera D., Sheikh S. et. al., Ancient transposable elements transformed the uterine regulatory landscape
and transcriptome during the evolution of mammalian pregnancy (2015) Cell Reports; 10(4):551-561
BIOLOGIA
(C) família e a segunda palavra designa-se epíteto específico.
(D) espécie e a segunda palavra corresponde ao restritivo específico.
7. s barbatanas dos peixes e dos mamíferos aquáticos correspondem a estruturas ________, uma
A
vez que resultaram de evolução ________.
(A) análogas … convergente (C) homólogas … divergente
(B) análogas … divergente (D) homólogas … convergente
Grupo XXI
N N
O
ce
an
o
P
ac
Cypraea zebra
íf
ic
o
o
ntic
Atlâ
ano
Espécie Cypraea
Oce
ancestral cervinetta
Figura 1
1. aça corresponder V (afirmação verdadeira) ou F (afirmação falsa) a cada uma das letras que
F
identificam as afirmações seguintes, relativas à situação descrita e esquematizada na figura 1.
(A) A situação descrita e representada na figura ilustra um caso de convergência evolutiva.
(B) O canal do Panamá constitui uma barreira geográfica entre as costas leste e oeste da Amé-
rica Central.
(C) A formação do istmo do Panamá impediu o contacto entre as duas populações de gastró-
podes.
(D) As duas populações atuais de gastrópodes constituem espécies distintas.
(E) O isolamento reprodutor precedeu o isolamento geográfico das duas populações de
gastrópodes.
(F) É provável que Cypraea zebra e Cypraea cervinetta apresentem estruturas homólogas.
(G) O caso descrito constitui um exemplo de especiação geográfica.
(H) Os dados apresentados sugerem que o meio exerceu pressões distintas sobre as popula-
ções de gastrópodes que ficaram separadas pelo istmo.
3. arden e Kramer (1994) sugeriram que as asas dos insetos evoluíram a partir de apêndices
M
branquiais utilizados como remos na água por espécies ancestrais aquáticas. A cada uma das
letras (A, B, C e D), que assinalam afirmações relativas a acontecimentos que poderão ter
ocorrido na evolução dos Insetos, faça corresponder o número (I, II, III, IV ou V) da chave que
identifica o fator de evolução respetivo.
Afirmações
A – Os animais que possuíam apêndices branquiais mais desenvolvidos apresentavam maior
probabilidade de sobrevivência.
B – Os genes reguladores do desenvolvimento dos apêndices branquiais sofreram alterações na
sequência de nucleótidos.
C – A maioria dos indivíduos de uma população ancestral foi eliminada durante uma tempes-
tade, alterando-se o fundo genético da população.
D – Animais provenientes de uma população que possuía apêndices branquiais desenvolvidos inte-
graram-se numa população onde aquela característica não se encontrava tão desenvolvida.
Chave
I – Migração
II – Seleção natural
III – Deriva genética
BIOLOGIA
IV – Ausência de panmixia
V – Mutação
5. xplique de que forma duas populações podem ficar isoladas biologicamente, sem que ocorra
E
especiação geográfica.
Grupo XXII
A deriva genética pode fazer com que genes neutros ou mesmo ligeiramente desvantajosos se
encontrem com frequências altas em populações pequenas. O modelo que explica como uma popu-
lação pode passar por estágios pouco adaptativos no caminho para alta adaptação é chamado de
teoria do equilíbrio instável.
Considere-se uma espécie de aves que se alimenta de sementes (por exemplo, Geospiza fortis) e
cujo o tamanho do bico é controlado por um único gene. Indivíduos BB têm bicos grandes, indivíduos
Bb têm bicos médios e indivíduos bb têm bicos pequenos.
Admita-se que uma população dessas aves vive num lugar onde sementes grandes e pequenas
são abundantes, mas não há sementes médias disponíveis. Os indivíduos de bico grande são capazes
de abrir sementes grades; os indivíduos com bico pequeno são capazes de abrir sementes pequenas;
46 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
os indivíduos de bico médio têm grande dificuldade em utilizar sementes pequenas e sementes gran-
des (figura 1).
Considere-se uma segunda situação, em que num determinado local existe uma população
pequena de indivíduos de bico pequeno (todos com o genótipo bb), que apresentam uma elevada
aptidão, mas não tão elevada quanto uma população de indivíduos de bico grande. Através de fluxo
génico, alguns alelos B são introduzidos na população. Após algumas gerações, as frequências dos
alelos B aumentam na população. Se o alelo B se tornar frequente o suficiente, a população poderá ver
o seu fenótipo dominante alterado (figura 2).
BB 1 0,8
Aptidão da população
0,7
Bb 0.7
bb 0.8
100% B 50/50 B/b 100% b
Frequência alélica
1 M
ec
an
ism
o B oA
0,8 M e c a nis m
Aptidão da população
0,7
Figura 2 – A atuação sequencial de dois mecanismos de evolução (A e B), numa população pequena,
poderá conduzir à alteração do seu fundo genético e da sua aptidão.
Adaptado de http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/VIIC1aComplexNovelties2.shtml
2. a segunda situação referida, a alteração que ocorreu no fundo genético da população ficou a
N
dever-se, respetivamente, a
(A) seleção natural e deriva genética. (C) emigração e deriva genética.
(B) deriva genética e seleção natural. (D) cruzamentos ao acaso e emigração.
BANCO DE EXERCÍCIOS 47
4. Geospiza fortis e Cataglyphis fortis são dois seres multicelulares eucariontes que fazem nutrição
por ingestão e pertencem
(A) à mesma espécie e ao mesmo género.
(B) à mesma espécie, mas a géneros diferentes.
(C) a géneros diferentes, mas ao mesmo reino.
(D) a géneros diferentes e a reinos diferentes.
5. studos recentes demonstraram que o polimorfismo do gene AXL1 está envolvido na diversifi-
E
cação da forma do bico entre diferentes espécies de tentilhões, permitindo estabelecer a suas
relações filogenéticas. Estes dados constituem um argumento
BIOLOGIA
(A) bioquímico, no âmbito do darwinismo.
(B) anatómico, no âmbito do neodarwinismo.
(C) anatómico, no âmbito do darwinismo.
(D) bioquímico, no âmbito do neodarwinismo.
6. amarhynchus pallidus e Geospiza fortis são duas espécies de tentilhões. C. pallidus alimenta-se de
C
insetos, enquanto G. fortis alimenta-se de sementes. Os bicos destas duas aves são estruturas
________ e resultaram de um processo de evolução ________.
(A) análogas … convergente
(B) homólogas … convergente
(C) análogas … divergente
(D) homólogas … divergente
7. Geospiza fortis possui um coração com ________ e realiza trocas gasosas nos ________.
(A) quatro cavidades … parabrônquios
(B) três cavidades … parabrônquios
(C) três cavidades … alvéolos pulmonares
(D) quatro cavidades … alvéolos pulmonares
Coluna A Coluna B
(a) Um organismo unicelular origina, por mitose, duas células tamanho desigual. 1. Esquizogonia
(b) Células reprodutoras especializadas sofrem divisão celular originando novos 2. Bipartição
seres. 3. Partenogénese
(c) A partir de óvulos que não foram fecundados, originam-se novos indivíduos. 4. Gemulação
9. xplique em que medida o reduzido número de indivíduos numa população pode facilitar as
E
alterações do seu fundo genético por deriva génica.
48 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
Grupo XXIII
O grou-americano (Grus americana) é a ave pernalta migradora de maior porte na fauna da Amé-
rica do Norte. Deslocam-se em bandos numerosos, com formações em V, o que ajuda estas aves a
conservarem energia, já que cada uma voa ligeiramente à frente da outra, proporcionando menor
resistência ao vento.
Em 1860, a população era estimada entre 1300 e 1400 indivíduos. Em menos de um século, esta
população sofreu uma diminuição drástica do número de indivíduos, devido, essencialmente, à des-
truição das áreas de nidificação e à caça indiscriminada. Em 1941, recensearam-se 22 indivíduos no
estado selvagem, dos quais se pensa que apenas 16 deram origem à população atual. Devido a medi-
das de conservação (criação de áreas protegidas e proibição da caça), o número de grous-america-
nos tem vindo a aumentar, tendo sido recenseados cerca de 150 indivíduos em 1993.
Um estudo recente, de 2013, liderado por Martin Folk estabeleceu uma relação entre a probabili-
dade de morte por colisão, seja a voar ou a caminhar, e o sexo dos indivíduos (figura 1).
a
0,8
morte por colisão
Probabilidade de
a
0,6
0,4 b
b
0,2
0,0
Voo Caminhada
Comportamento
Figura 1
Folk, M.; Dellinger, A. & Leone, E. Is Male-biased Collision Mortality of Whooping Cranes (Grus americana) in Florida
Associated with Flock Behavior? (2013), Waterbirds Vol. 36, Issue, pg(s) 214-219
1. Identifique o fator de evolução que, de acordo com o texto, contribuiu para a redução da
variabilidade genética da população do grou-americano, que terá ocorrido entre 1860 e 1941.
2. Relativamente aos seres Grus americana, Grus canadensis e Sitta canadensis, pode afirmar-se que
(A) Grus americana e Sitta canadensis pertencem a espécies distintas do mesmo género.
(B) Grus canadensis e Grus americana pertencem a espécies distintas da mesma família.
(C) Grus canadensis e Sitta canadensis pertencem à mesma espécie e ao género canadensis.
(D) Grus americana e Grus canadensis pertencem à mesma espécie e ao género Grus.
3. As asas de Grus americana e as asas do pequeno morcego castanho (Myotis lucifugus), com
quem partilha alguns habitats norte-americanos, são estruturas ________, pois desempenham a
mesma função e possuem uma estrutura embriológica ________. Estas estruturas resultam de
pressões seletivas ________.
(A) análogas … diferente… idênticas
(B) homólogas … semelhante … diferentes
(C) homólogas … diferente … idênticas
(D) análogas … semelhante … diferentes
BANCO DE EXERCÍCIOS 49
4. grou-americano possui patas longas e esguias, que lhe permitem deslocar-se melhor nos
O
pântanos e zonas alagadas onde se alimenta. Numa perspetiva neodarwinista, o aparecimento
desta característica deveu-se à
(A) seleção natural exercida sobre a espécie.
(B) adaptação individual à alteração ambiental.
(C) necessidade de sobreviver num ambiente adverso.
(D) ocorrência de mutações na população ancestral.
6. s grous são animais ________ e as suas células germinativas em fase G2 possuem ________
O
número de cromossomas das células somáticas.
(A) gonocóricos … o dobro (C) hermafroditas suficientes … igual
BIOLOGIA
(B) gonocóricos … igual (D) hermafroditas suficientes … o dobro
7. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) A ação de agentes mutagénicos pode alterar o ritmo a que decorre o ciclo celular de uma
célula da epiderme do grou.
(B) O surgimento de novos genes pode ser consequência de alterações ocorridas durante a
replicação semiconservativa do DNA.
(C) As atividades humanas contribuíram para a diminuição do efetivo populacional de grous.
(D) Uma substituição da terceira base nucleotídica de um determinado codogene altera inequi-
vocamente, a sequência de aminoácidos da hemoglobina do grou.
(E) Um parasita multicelular solitário que habita no interior do intestino delgado do grou poderá
reproduzir-se sexuadamente, ocorrendo autofecundação.
(F) D
urante o desenvolvimento embrionário do grou podem ocorrer mutações cromossómicas
numéricas como resultado da não disjunção de cromossomas homólogos em anafase l.
(G) A reprodução dos grous exige um reduzido dispêndio de energia quer na formação dos
gâmetas quer nos processos que desencadeiam a fecundação.
(H) A clonagem de grous poderá ser utilizada para incrementar o número de indivíduos na popu-
lação e a respetiva variabilidade genética.
9. ncontre uma explicação para a mortalidade registada nos resultados apresentados, atendendo
E
aos dados fornecidos.
GFBF11DP-04
50 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
Grupo XXIV
O ruído antropogénico tem impacto no comportamento e fisiologia de muitas espécies, mas as res-
postas podem variar com a exposição repetida. Como a exposição repetida pode variar em regulari-
dade, identificar os regimes com menor impacto é fundamental para definir legislação.
Uma equipa de investigadores liderada por Sophie Nedelec levou a cabo uma experiência ao longo
de 16 dias, em que estudou os efeitos do ruído com origem humana (gravações de navios), compara-
tivamente com o som ambiente, sobre o comportamento, crescimento e desenvolvimento larvar no
bacalhau-do-atlântico (Gadus morhua).
Metodologia
1. D
oze tanques foram distribuídos aleatoriamente pelos três tratamentos: som ambiente (A), ruído
adicional regular (R) e ruído adicional aleatório (Rand). No total, foram utilizados quatro tanques
por tratamento.
2. O
vos de bacalhau em fase de eclosão, de 4 lotes separados, foram alocados para os vários
tanques de modo equilibrado, com uma densidade de cerca de 7000 ovos por tanque: um lote
foi dividido entre os tratamentos A e R; dois dos lotes foram divididos entre os três tratamentos e
o lote final distribuído pelos restantes quatro tanques (A, R, Rand e Rand).
3. A
exposição ao som começou 6 horas após a eclosão dos ovos e continuou, 24 horas por dia,
até ao fim da experiência (16 dias).
4. O
som gravado foi introduzido por meio de altifalantes, tendo as larvas de bacalhau sido expos-
tas a: som ambiente (24 h/dia), ruído adicional regular (som ambiente, com a passagem de um
navio, durante 15 minutos, a cada hora) e ruído adicional aleatório (som ambiente, com a passa-
gem de 6 navios, durante 15 minutos cada, ao longo de um período de 6h, em ocasiões aleató-
rias). A duração da exposição ao tráfego marítimo regular ou aleatório foi, por isso, o mesmo,
num período de 6 horas.
ara aferir o desenvolvimento das larvas, avaliou-se o uso do saco vitelino1, o tamanho e a razão
5. P
largura/comprimento do corpo. Para esta determinação, fotografaram 10 peixes de cada recinto,
antes de serem alimentados, 1 dia depois da eclosão (dde), 2 dde e 16 dde.
1
bolsa ventral que, nos peixes ovíparos, armazena substâncias de reserva.
Resultados
Os resultados obtidos nos diferentes recintos/tanques estão representados nos gráficos da figura 1.
A B C
0,7 AC 6,2 0,058
Razão largura/comprimento
0,056
Tamanho do saco vitelino
0,6 ACR
Comprimento do corpo
6,0
0,054
(unidade arbitrária)
ACI
das larvas (mm)
0,5
5,8 0,052
corporal
0,4 0,050
5,6
0,3 0,048
5,4 0,046
0,2
0,044
0,1 5,2
0,042
0 5,0 0,040
1 2 1 2 16 1 2 16
Dias após a eclosão Dias após a eclosão Dias após a eclosão
dos ovos dos ovos dos ovos
Figura 1 – Tamanho do saco vitelino ao fim de 1 e 2 dde (A); Comprimento do corpo ao fim de 1, 2 e 16 dde (B);
Razão largura-comprimento do corpo nos dias 1, 2 e 16 dde (C).
Impacts of regular and random noise on the behaviour, growth and development of larval Atlantic cod (Gadus morhua),
Nedelec S. et al. (2015), Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences 282(1817)
BANCO DE EXERCÍCIOS 51
2. recurso a substâncias de reserva, dois dias depois da eclosão, é superior em larvas expostas a
O
ruído antropogénico ________, pelo que se pode concluir que, em situações de stress ambiental,
Gadus morhua utiliza as reservas nutritivas de que dispõe, ________ do que com som ambiente.
(A) regular … para aumentar o comprimento corporal mais
(B) aleatório … para aumentar o comprimento corporal mais
(C) aleatório … devido a uma atividade mais intensa
(D) regular … devido a uma atividade mais intensa
3. estudo mostra que no desenvolvimento inicial das larvas, ao fim de ________ dias após a
O
eclosão, há uma relação entre a largura e o comprimento do corpo menor, nas larvas expostas a
ruído ________, com consequências ao nível do desenvolvimento muscular.
(A) dois … regular
BIOLOGIA
(B) dois … aleatório
(C) dezasseis … regular
(D) dezasseis … aleatório
8. Nos peixes, o fluido circulatório garante o transporte de nutrientes obtidos através da digestão
(A) intracelular realizada em vesículas endocíticas.
(B) intracelular realizada em vacúolos digestivos.
(C) extracelular realizada num tubo digestivo completo.
(D) extracelular realizada numa cavidade gastrovascular.
9. o mesmo estudo, a equipa determinou que havia uma relação direta entre o tempo necessário
N
para a captura das larvas e a razão largura-comprimento.
Explique, de acordo com dados disponíveis, o impacto que a exposição a ruídos de origem
antrópica poderá ter no efetivo populacional de Gadus morhua.
Grupo XXV
Os tentilhões de Darwin são aves extremamente inventivas. Recentemente, foi registado pela primeira
vez um comportamento inovador nestas aves, fora do contexto alimentar; quatro espécies de tentilhões
esfregam folhas de Psidium galapageium, uma árvore endémica das Galápagos, nas suas penas.
Foi proposto que este comportamento serve como repelente contra ectoparasitas, onde se inclui o
inseto Philornis downsi. Esta espécie de mosca foi introduzida acidentalmente na ilha e tem dizimado
as populações de aves autóctones. As moscas adultas alimentam-se de fruta, mas as suas larvas são
hematofágicas – sobrevivem e desenvolvem-se sugando o sangue das crias de tentilhões, quando
estas ainda estão no ninho.
Os cientistas observaram que os tentilhões esfregavam as suas penas com folhas que retiravam de
Psidium galapageium. Perante tal facto, com o intuito de compreenderem o efeito repelente de P. gala-
pageium sobre mosquitos da espécie Anopheles arabiensis, desenvolveram o seguinte estudo no
campo e em laboratório.
Métodos e resultado
No Campo:
1. Foram tratados 17 humanos com folhas esmagadas de Psidium galapageium. Cada indivíduo
aplicou o extrato num braço e numa perna, deixando os outros dois membros por tratar.
2. D
urante 15 minutos, os indivíduos tratados foram deixados expostos ao contacto com
mosquitos no campo. Contaram-se 202 picadas de mosquitos. No total, foram contabilizadas
17 picadas nos membros tratados.
No laboratório:
2. Injetou-se igual número de salsichas com etanol, extrato de folhas de P. galapageium com
etanol e extrato de Rubus idaeus (framboeseira).
Para monitorizar o efeito P. galapageium sobre o crescimento das larvas de Philornis downsi, foi
desenvolvido um outro procedimento em laboratório.
2. T
rataram-se igual número de gazes com igual volume (8 mL) de água, de extrato de Tradescantia
flumensis (planta sem conhecido poder repelente) e de extrato de folhas de P. galapageium
(constituídos por iguais partes de diclorometano e extrato de folhas obtido por esmagamento de
4 folhas).
BANCO DE EXERCÍCIOS 53
4. Terminada a experiência, as larvas foram recolhidas. Avaliou-se o ganho de peso de cada uma
das larvas. Os resultados relativos ao ganho de peso das larvas estão representados na figura
1B.
16 140
14 120
12 100
10
80
8
6 60
4 40
2 20
0 0
P. galapageium R. idaeus P. galapageium Psidium Água (n = 39) Tradescantia
- Etanol - Etanol - R. idaeus galapageium fluminensis
(n = 23) (n = 10)
BIOLOGIA
Baseado em Arno Cimadom, Charlotte Causton et al. Darwin’s finches treat their feathers with a natural repellent
Nature Scientific Reports | 6:34559 | DOI: 10.1038/srep34559 (2016)
4. No estudo descrito,
(A) os grupos experimentais foram tratados com extrato de P. galapageium em todos os
procedimentos.
(B) o grupo de controlo foi tratado com extrato de P. galapageium apenas no procedimento que
decorreu no campo, da primeira experiência.
(C) os grupos de controlos foram tratados com extrato de Rubus idaeus apenas no ensaio labo-
ratorial, da primeira experiência.
(D) o grupo experimental foi tratado com extrato de P. galapageium apenas no primeiro procedimento.
As larvas de Philornis downsi que parasitam os tentilhões têm um sistema digestivo ___(a)___, em
que a digestão é ___(b)___. Nestes animais, o sistema circulatório é ___(c)___, ocorrendo trocas
gasosas ___(d)___ através de superfícies respiratórias que correspondem a ___(e)___.
8. ontabilizam-se pelo menos quatro espécies de tentilhões de Darwin que foram observadas a
C
utilizar folhas de P. galapageium: Geospiza fortis, Geospiza fuliginosa, Camarhynchus parvulus e
Certhidea olivacea. As afirmações seguintes dizem respeito à taxonomia de diferentes espécies
de tentilhões.
Camarhynchus parvulus e Certhidea olivacea pertencem a classes diferentes.
I.
Geospiza fortis e Geospiza fuliginosa pertencem ao mesmo género.
II.
III. Camarhynchus heliobates e Camarhynchus parvulus têm menor número de taxa em comum
do que Geospiza fortis e Certhidea olivacea.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.
10. aça corresponder cada uma das descrições relativas a compostos orgânicos, expressas na
F
coluna A à respetiva designação, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
1. Ácido nucleico
(a) Glícido complexo que forma a parede celular das células vegetais.
2. Ácido gordo
(b) Polímero que contém pentoses e que é responsável pela informação
3. Celulose
contida na célula.
4. Fosfolípido
(c) Molécula anfipática que compõe as membranas celulares.
5. Glicogénio
11. xplique de que modo o estudo apresentado na figura 1B pode suportar a hipótese levantada
E
pelos investigadores.
Grupo XXVI
BIOLOGIA
de cada cromossoma – triploide (3n) – ou quatro cópias tetraploide (4n). Embora, na maioria dos
casos, a poliploidia resulte de uma falha na separação dos cromossomas durante a meiose, em casos
mais raros esta situação pode resultar da união de mais do que dois gâmetas.
Na figura 1 está representada a distribuição percentual de espécies de plantas poliploides por dife-
rentes latitudes em algumas regiões do hemisfério Norte.
80
Espécies poliploides (%)
70 Gronelândia (Sul)
Islândia
60 Noruega
Grã-Bretanha Finlândia
Dinamarca Suécia
50
Hungria
40
Sicília
Fonte: Exame Nacional de Biologia, GAVE, 2001, 1.ª Fase, 1.ª Chamada
6. aça corresponder cada uma das situações expressas na coluna A à respetiva perspetiva
F
evolutiva, presente na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) A
s alterações climáticas desempenham um papel importante na
evolução dos organismos.
(b)
As cobras, pelo hábito de rastejarem e passarem através de orifícios, 1.
De acordo com a perspetiva
aumentaram o seu comprimento. Lamarckista
(c)
O tamanho de uma população de organismos está relacionado com a 2.
De acordo com a perspetiva
luta pela sobrevivência. Darwinista
(d)
Uma população de bactérias tende a crescer segundo uma 3.
De acordo com a perspetiva
progressão geométrica. Lamarckista e Darwinista
(e)
As modificações nos seres vivos são explicadas pela necessidade de
adaptação ao meio.
Grupo XXVII
A malária é uma doença provocada por protozoários unicelulares parasitas do género Plasmodium,
os quais são transmitidos aos humanos por mosquitos do género Anopheles.
A cloroquina começou a ser usada no tratamento da malária em 1946 com excelentes resultados.
No entanto, na década de 1950 foram detetados os primeiros casos de resistência a esta substância.
Embora a cloroquina tenha continuado a ser usada durantes vários anos com sucesso, a resistência
continuou a espalhar-se. Atualmente, duas das quatro espécies de Plasmodium (P. falciparum e P.
vivax) são resistentes à cloroquina.
Novas drogas anti-malária têm vindo a ser desenvolvidas, embora mais caras e com efeitos secun-
dários indesejados. A resistência a estes novos fármacos são já evidentes, sobretudo em P. falciparum,
contudo esta espécie continua a ser sensível à artemisinina, uma substância derivada da planta Arte-
misia annua.
A resistência à cloroquina está associada à ocorrência de uma mutação no gene PfCRT, o qual é
responsável pela síntese de uma proteína membranar envolvida no transporte da cloroquina. Os para-
sitas que apresentam esta mutação têm uma maior capacidade de excretar a cloroquina das vesículas
onde normalmente esta substância se acumula nas células.
Baseado em http://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/34/estudos_sobre_o_mecanismo_de_acao_da_artemisinina.pdf
AP Biology 1 (2012). Biozone International
BIOLOGIA
1. A introdução da cloroquina no tratamento da malária teve como consequência
(A) a aumento da sensibilidade de P. falciparum à artemisinina.
(B) a diminuição da sensibilidade de P. falciparum à artemisinina.
(C) o aumento do número de indivíduos portadores da proteína PfCRT normal.
(D) a diminuição do número de indivíduos portadores da proteína PfCRT normal.
3. Anopheles gambiae e Aedes aegypti são dois insetos que pertencem à família Culicidae. Assim,
(A) partilham o reino, mas não o filo.
(B) pertencem a reinos diferentes.
(C) partilham o reino e o género.
(D) partilham o filo e a ordem.
8. aça corresponder cada uma das descrições relativas a sistemas e critérios de classificação na
F
coluna A à designação correspondente, que conta na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) As semelhanças entre os organismos são consequência da
existência de um ancestral comum. 1. Macroconsumidores
(b) As semelhanças entre os organismos são determinadas tendo 2. Fenética
apenas em conta o seu aspeto (presença ou ausência de 3. Microconsumidores
determinadas características). 4. Filogenética
(c) Seres heterotróficos que obtêm a matéria orgânica do meio por 5. Sistema de classificação artificial
absorção.
9. xplique, do ponto de vista neodarwinista, e tendo em conta os dados disponíveis, de que modo
E
a utilização de cloroquina no tratamento da malária está relacionada com o surgimento de
populações de Plasmodium falciparum resistentes a este fármaco.
BANCO DE EXERCÍCIOS 59
BIOLOGIA
Grupo V
2. Opção B. 1. Opção D.
3. Opção C. 2. Opção B.
4. Opção C. 3. Opção D.
5. Opção D. 4. Opção A.
6. Opção B. 5. Opção C.
7. Opção C. 6. Opção B.
8. A resposta deve conter os tópicos seguintes: 7. Opção B.
– as 3 zonas da placa 2 mostram crescimentos 8. A resposta deve conter os tópicos seguintes:
diferentes;
– Os dados do gráfico mostram que o número de
– a concentração de Mn no meio de cultura da placa 2 obreiras é muito superior ao de rainhas quando não
é igual nas 3 zonas; são tratadas com inibidor da DNMT, invertendo-se a
– a diferença pode ser explicada pela diferente situação no caso de as larvas serem tratadas com o
concentração de Mn nos meios em que as bactérias mesmo inibidor.
foram inicialmente cultivadas, permitindo a – As larvas têm genes idênticos, assim as diferenças
incorporação deste ião; só poderão resultar de um mecanismo epigenético
– quanto maior a concentração inicial de Mn no meio, (efeito do ambiente).
maior a sua incorporação pelas bactérias e maior a 9. A resposta deve conter os tópicos seguintes:
sua resistência à radiação.
– Os mecanismos epigenéticos permitem que, a partir
Grupo III do mesmo conjunto de genes, sejam produzidos
1. Opção D. fenótipos (características) diferentes.
– O surgimento de diferentes características a partir
2. Opção D.
do mesmo conjunto de genes aumenta a
3. Opção B. variabilidade de características, sem que estas
4. Opção C. resultem da variabilidade genética.
5. Opção A. – A existência de um maior número de fenótipos
(características) aumenta o potencial adaptativo das
6. Opção B.
populações num ambiente em mudança.
7. (a) – 5; (b) – 3; (c) – 1.
– Assim, a epigenética pode ser encarada como um
8. A resposta deve conter os tópicos seguintes: mecanismo que aumenta o potencial adaptativo
– referência ao facto de a transferência lateral de completar à (elevada) variabilidade genética.
genes permitir a passagem de genes entre bactérias;
Grupo VI
– referência ao contacto, no meio ambiente, entre
bactérias resistência e bactérias não resistentes; 1. Opção B.
2. Opção B.
60 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
3. Opção C. 5. Opção B.
4. Opção B. 6. Opção C.
5. Opção D. 7. Opção C.
6. Opção C. 8. A resposta deve contemplar os tópicos seguintes:
7. B–E–C–D–A – os vasos sanguíneos são fundamentais para o
8. Opção D. fornecimento de oxigénio e nutrientes às células
tumorais, permitindo o crescimento do tumor;
9. Opção A.
– os vasos sanguíneos permitem que as células
10. Opção B. abandonem o tumor original e formem novas
11. Opção B. metástases;
12. Opção D. – ao limitar o crescimento do tumor (por falta de O2 e
nutrientes) e a disseminação, podem combater
13. (a) – 5; (b) – 2; (c) – 1.
alguns tipos de cancro.
14. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
Grupo IX
– referência à ação da tracrRNA na identificação de erros/
mutações génicas na molécula de DNA; 1. Opção C.
– referência à excisão do material mutado, por ação da 2. Opção D.
Cas 9, e a possibilidade de substituição por sequências 3. Opção A.
génicas corretas;
4. Opção A.
– relação entre a reparação com recurso a endonucleases
e a sua ampla utilização na terapia génica. 5. Opção D.
Grupo XI 8. Opção B.
1. Opção A. 9. C – E – D – A – B
2. Opção A. 10. Baixos valores de nitrogénio.
3. Opção D. 11. (a) – 3, 5, 6, 8; (b) – 2, 4, 9; (c) 1, 7.
4. Opção B. 12. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
5. Opção B. – referência à opção pela reprodução sexuada quando
6. Opção D. as condições do meio são desfavoráveis;
– relação entre os baixos valores de nitrogénio e a
7. Opção A.
fusão de células mt+ e mt-;
8. Opção C.
– relação entre a reprodução sexuada, a introdução de
9. Opção C. variabilidade genética e a maior capacidade
10. Opção B. adaptativa a condições ambientais adversas.
11. (a) – 5; (b) – 1; (c) – 2. 11. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
12. A resposta deve conter os tópicos seguintes: – referência à atividade humana e a libertação de GEE;
– referência à necessidade de polimerização de – referência à capacidade fotossintética/fixação de CO2
microtúbulos para a formação do fuso acromático; das algas Chlamydomonas sp. e a possibilidade de
contrariar o aumento do efeito de estufa;
– referência à necessidade de formação do fuso
acromático para a realização da meiose (e – relação entre os valores limitantes 1050 ppm de CO2
consequente formação de gametas); e incapacidade das algas de compensarem a
libertação de GEE.
BIOLOGIA
– relação entre a presença de colchicina e a
possibilidade de não disjunção dos cromossomas Grupo XIV
durante a meiose, com consequente formação de
1. Opção D.
gâmetas anormais/com mutações cromossómicas.
2. Opção D.
Grupo XII
3. Opção B.
1. Opção B.
4. Opção C.
2. Opção C.
5. Opção A.
3. Opção D.
6. Opção B.
4. Opção A.
7. B–A–C–E–D
5. Opção C.
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
6. Opção D. – a reprodução assexuada produz indivíduos
7. (a) – 4; (b) – 4; (c) – 3. geneticamente idênticos.
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos: – a reprodução sexuada contribui para aumentar a
– referência ao facto de a apomixia ser um processo variabilidade genética/produzir indivíduos
(de reprodução assexuada) que não envolve a geneticamente distintos.
produção de gâmetas. – o aumento da variabilidade genética/a existência de
– relação entre a ausência de necessidade de indivíduos com características distintas poderá levar
produção de gâmetas e a possibilidade de existirem a que alguns indivíduos sejam capazes de responder
conjuntos de cromossomas não homólogos eficazmente às modificações ambientais,
(resultantes da hibridação). permitindo, assim, a sobrevivência da alga.
– relação entre produção de sementes por um Grupo XV
processo alternativo (apomixia) e a fertilidade dos
1. Opção B.
indivíduos.
2. Opção D.
Grupo XIII
3. Opção B.
1. eterminar se a espécie Chlamydomonas reinhartti é
D
4. Opção C.
afetada pela concentração dos gases de efeito de
estufa. 5. Opção B.
2. Opção C. 6. Opção A.
3. Opção B. 7. Opção A.
4. Opção A. 8. A resposta deve conter os tópicos seguintes:
5. Opção C. – referência ao facto de, numa perspetiva clássica, se
considerar que os organismos multicelulares terão
6. Opção D. resultado de organismos unicelulares cujas células
7. Opção B. não se separavam, sendo, por isso, geneticamente
idênticas;
62 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
– relação entre os dados mostrarem a possibilidade 10. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
de células de linhagens genéticas diferentes se – relação entre a glaciação e a descida do nível médio
associarem e a possibilidade de os organismos das águas do mar/regressão e à subida do nível
multicelulares se terem formado a partir da união de médio das águas do mar/ transgressão durante os
células geneticamente diferentes. períodos interglaciares;
Grupo XVI – referência à diminuição do nível médio da água do
mar durante as regressões/emersão de algumas
1. Opção A.
zonas continentais como fator facilitador da
2. Opção A. migração;
3. Opção B. – referência ao aumento do nível médio da água do
4. Opção D. mar/imersão de algumas zonas continentais como
fator que promove o isolamento e permite a
5. Opção A.
exposição a diferentes pressões seletivas.
6. Opção C.
Grupo XVIII
7. Opção B.
1. Opção B.
8. Opção B.
2. Opção D.
9. A–C–F–D–B–E
3. Opção C.
10. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
4. Opção D.
– referência à não realização de fotossíntese na
obscuridade e à realização de respiração aeróbia; 5. Opção B.
– relação entre a captação de CO2, sob a forma de 6. Opção C.
ácido málico, durante a obscuridade pela piteira e 7. Opção C.
ausência de perdas desta molécula/ausência de
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
efluxo/ ocorrência de influxo (entrada);
– referência à redundância do código genético, ou
– relação entre o efluxo verificado em Helianthus a
seja, diferentes codões poderem codificar o mesmo
libertação de CO2 produzido por respiração aeróbia.
aminoácido;
11. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– relação entre a redundância do código genético e a
– referência às características da piteira lhe possibilidade de diferentes sequência nucleotídicas
permitirem ocupar com sucesso regiões quentes e (resultantes de mutações) conduzirem à formação
secas; da mesma proteína/conservação da estrutura da
– referência às zonas ocupadas pela piteira serem proteína.
preferencialmente o Alentejo e Algarve, regiões de 9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
temperaturas mais elevadas e teores de humidade
– referência ao facto de o citocromo c ser uma
mais reduzidos;
proteína da cadeia respiratória e, por isso,
– relação entre a maior aptidão da piteira a ambientes e a fundamental para a produção de ATP necessária ao
ocupação das zonas sul e centro-sul de Portugal. metabolismo celular;
Grupo XVII – relação entre possíveis mutações poderem
comprometer a sua função;
1. Efeito fundador/Deriva genética.
– relação entre a manutenção da sua estrutura e a
2. Opção D.
manutenção da sua função.
3. Opção C.
Grupo XIX
4. Opção D.
1. Opção D.
5. Opção B.
2. Opção D.
6. Opção B.
3. Opção B.
7. Opção B.
4. Opção A.
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– referência à variabilidade intraespecífica relativa à 5. Opção C.
capacidade de voo na população de Dryolimnas 6. Opção A.
cuvieri; 7. Opção B.
– referência à seleção preferencial das aves incapazes 8. E–B–A–C–D
de voar, relativamente aos indivíduos voadores;
9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– relação entre a frequência de indivíduos não
voadores e a presença de predadores voadores. – A diminuição drástica do número de indivíduos
reduz o stock de genes (alelos) e,
9. E–A–C–B–D consequentemente, a sua diversidade genética.
BANCO DE EXERCÍCIOS 63
BIOLOGIA
modificar a sua posição na molécula de DNA; 5. Opção B.
– referência à modificação da posição no DNA dos 6. Opção B.
transposões e à criação de novas sequências 7. V–V–V–F–V–F–F–F
génicas e introdução de variabilidade genética;
8. A–C–B–D–E
– relação entre o aumento da variabilidade genética,
traduzido numa maior diversidade de características 9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
fenotípicas e uma maior capacidade adaptativa/de – referência à mortalidade superior de machos
evolução. relativamente às fêmeas;
9. A resposta deve conter os seguintes tópicos: – referência às deslocações em bando com formações
em V liderados por um indivíduo;
– referência à informação genética do embrião ser
apenas, parcialmente, de origem materna e à – relação entre a liderança dos grupos mais frequente
possível rejeição do embrião/inviabilidade do por machos do que por fêmeas e a maior
desenvolvimento intrauterino; mortalidade dos indivíduos deste género.
– referência à existência de sequências génicas Grupo XXIV
supressoras do sistema imunitário materno e a
1. Opção B.
inibição do sistema imunitário materno;
– relação entre a imunotolerância da mãe ao embrião 2. Opção D.
e a viabilidade intrauterina/não rejeição do embrião. 3. Opção C.
1. F–F–V–V–F–V–V–V 5. Opção D.
2. Opção D. 6. Opção B.
4. C–E–A–D–B 8. Opção C.
5. A resposta deve conter os seguintes tópicos: 9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
Grupo XXVI
1. Opção C.
2. Opção C.
3. Opção A.
4. Opção A.
5. Opção D.
6. (a) – 3; (b) – 1; (c) – 2; (d) – 2; (e) – 1.
7. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– a relação entre a não-formação do fuso acromático
e a impossibilidade de se realizar a segregação dos
cromatídeos;
– a referência ao facto de, em consequência da
ausência de separação dos cromatídeos, as células-
-filhas ficarem com o dobro dos cromossomas
característicos da espécie.
Grupo XXVII
1. Opção D.
2. Opção C.
3. Opção D.
4. Opção C.
5. Opção A.
6. Opção B.
7. Opção D.
8. (a) – 4; (b) – 2; (c) – 3.