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BIOGEO

FOCO
CRIAÇÃO INTELECTUAL
MIGUEL SOUSA

Banco de Exercícios

11.º ANO
ENSINO SECUNDÁRIO
BIOLOGIA E GEOLOGIA

A
2

Grupos de Exercícios
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX XXI XXII XXIII XXIV XXV XXVI XXVII
Domínio 1: Crescimento, renovação e
diferenciação celular
1. Ácidos nucleicos e síntese proteica ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
2. Mitose e diferenciação celular ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
Domínio 2: Reprodução
1. Reprodução assexuada ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
2. Reprodução sexuada ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
3. Ciclos de vida: unidade e diversidade ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
Domínio 3: Evolução
DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

1. Unicelularidade e multicelularidade ✗ ✗ ✗
2. Mecanismos de evolução ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
Domínio 4: Sistemática dos seres vivos
1. Sistemas de classificação e regras de
✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
nomenclatura
2. Sistema de classificação de Whittaker
✗ ✗ ✗ ✗
modificado
CONTEÚDOS DE 10.º ANO ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗ ✗
BANCO DE EXERCÍCIOS 3

Grupo I

O corpo revestido por pelos é uma característica de todos os mamíferos, nem que seja, apenas
durante uma parte do seu desenvolvimento. Nos humanos, a cabeça pode ser recoberta por cabelo, que
é formado pelo conjunto de pelos que cresce no couro cabeludo. Estes são compostos por queratina,
uma proteína produzida por células diferenciadas – os queratinócitos.

A alopecia é uma condição natural em que o cabelo gradualmente se torna mais fino com a idade.
Mais folículos capilares entram na fase de repouso e os cabelos restantes ficam mais curtos e menos
numerosos.

O laboratório LABO Suisse, em 1998, patenteia um produto revolucionário para os problemas capila-
res – a crescina. Trata-se de um produto capaz de reativar o crescimento capilar em zonas de cabelo
ralo1, ao invés de prevenir a queda de cabelo. A crescina, um dipéptido associado a uma glicoproteína,
permite aumentar a síntese de queratina, ao estimular a taxa metabólica das células presentes nos folícu-
los capilares ainda ativos.

Ensaios laboratoriais demonstraram a influência da crescina no aumento de utilização de oxigénio


pelas células mantidas in vitro. Os ensaios de oxigrafia permitiram assim estabelecer uma relação direta
entre o aumento no consumo de oxigénio e o incremento do metabolismo celular.

Considere o fragmento 3’ …ACGTTCGCG… 5’ do gene que codifica parte da glicoproteína associada


à crescina e os codões de alguns aminoácidos representados na Tabela I.

BIOLOGIA
Adaptado de https://www.labosuisse.com/en/content/crescina
1
ralo – pouco denso; que existe em pequena quantidade.

Tabela 1

Aminoácido Codão (codões) Codão (codões) Codão (codões)


GCU CGA
Arginina (arg)
GCC CGC
Alanina (ala)
GCA
Metionina (met) AUG
GCG
UGU AAA
Cisteína (cis) Lisina (lis)
UGC AAG

1. A sequência de aminoácidos codificada pelo fragmento do gene representado é


(A) Arg-Lis-Cis
(B) Arg-Cis-Lis
(C) Cis-Arg-Lis
(D) Cis-Lis-Arg

2.  e ocorrer uma mutação no fragmento do gene apresentado que o altere para 3’... GCGTTCGCG… 5’,
S
a proteína
(A) pode perder a sua funcionalidade.
(B) pode continuar a executar a sua função.
(C) mantém as suas características.
(D) sofreu uma mutação silenciosa.

3.  aumento da taxa metabólica em queratinócitos, no tratamento com crescina, conduz a um


O
incremento no consumo de ________, com consequente ação sobre a ________ nestas células.
(A) oxigénio … síntese proteica
(B) aminoácidos … síntese proteica
(C) oxigénio … mitose
(D) aminoácidos … mitose
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4. A síntese de um polipéptido a partir da informação de um gene implica a


(A) replicação semiconservativa da informação genética.
(B) transcrição do gene para moléculas de RNA de transferência.
(C) leitura aleatória do RNA mensageiro no citoplasma.
(D) tradução da sequência de codões do RNA mensageiro processado.

5. O DNA de indivíduos diferentes apresentam quantidades


(A) diferentes de cada uma das bases nitrogenadas, mas bases púricas e pirimídicas em quan-
tidades iguais.
(B) iguais de cada uma das bases nitrogenadas, mas bases púricas e pirimídicas em quantida-
des diferentes.
(C) iguais de cada uma das bases nitrogenadas, mas em posições diferentes na sequência
polinucleotídica.
(D) diferentes de cada uma das bases nitrogenadas e bases púricas e pirimídicas em quantida-
des diferentes.

6.  síntese proteica pode ser replicada em laboratório, desde que sejam fornecidos todos os
A
intervenientes nesse processo. Para simular a produção de queratina, tal como ocorreria em
seres humanos, utilizaram-se constituintes celulares de diferentes indivíduos calvos: moléculas
de mRNA de um indivíduo 1, tRNA de um indivíduo 2, ribossomas de um indivíduo 3 e
aminoácidos de um indivíduo 4. A queratina produzida teria uma sequência idêntica à do
indivíduo
(A) 4.
(B) 1.
(C) 3.
(D) 2.

7. As afirmações seguintes dizem respeito aos ácidos nucleicos das células eucarióticas.
I. A união entre nucleótidos de uma mesma cadeia é estabelecida por pontes de hidrogénio.
As bases nitrogenadas púricas e pirimídicas existem em proporções idênticas.
II. 
III. O número de grupos fosfatos é igual à quantidade de bases nitrogenadas.

(A) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.


(B) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(C) 2 e 3 são verdadeiras; 1 é falsa.
(D) 2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas.

8.  alopecia androgenética, uma condição de origem genética, é o tipo mais comum de queda de
A
cabelo. O problema pode iniciar-se na adolescência, porém, fica mais evidente entre os 40 e 50
anos. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto. Nas mulheres,
a região central é mais acometida, enquanto os homens apresentam falhas nas entradas e no
topo da cabeça. Frequentemente, o tratamento com crescina, de indivíduos completamente
calvos, com mais de 50 anos, não apresenta os resultados pretendidos.

Encontre uma explicação para nestes indivíduos, apesar do tratamento com crescina, não
ocorrer regeneração capilar.
BANCO DE EXERCÍCIOS 5

Grupo II

A radiação solar e a radiação nuclear são importantes agentes mutagénicos capazes de causar
graves lesões no material genético.

Deinococcus radiodurans é uma bactéria extraordinariamente resistente a agentes mutagénicos,


nomeadamente à radiação ionizante, tendo adquirido a capacidade de reparar eficazmente o seu DNA
danificado. Estas bactérias são capazes de resistir a breves exposições de 10 000 Gray (Gy) ou a
exposições contínuas de 50 Gy/hora. (Uma dose de 5 Gy é letal para o ser humano.)

Na tentativa de compreender como é que D. radiodurans sobrevive às elevadas doses de radiação,


M. J. Daly e os seus colaboradores cultivaram esta bactéria em três meios com diferentes concentra-
ções do ião manganês (Mn): 50 nM, 100nM e 250 nM. À medida que ocorria o crescimento das bacté-
rias, estas incorporavam o Mn do meio.

Posteriormente, bactérias provenientes de cada um destes meios foram inoculadas em diferentes


zonas de placas de Petri, as quais continham meios com baixa ou elevada concentração de Mn.

De seguida, expuseram algumas dessas placas a 50 Gy/hora de radiação ionizante.

Após um período de crescimento observaram os resultados.

Nota: Gray (Gy) – unidade S.I. que representa a quantidade de radiação absorvida por unidade de massa (1Gy = 1J/kg)

BIOLOGIA
Adaptado de Brooker et al. (2008). Biology. McGraw-Hill. International Edition.

Cultura inicial de Deinococcus radiodurans 50 nM 100 nM 250 nM


em meios com diferentes concentrações do ião Mn
(50 nM, 100 nM, 250 nM)

Placa 1 Placa 2 Placa 3


Meio de elevada Meio de baixa
Meio sem Mn concentração de Mn concentração de Mn

Inoculação das 50 100 50 100 50 100


bactérias em placas
de Petri com diferentes
níveis de Mn no meio
250 250 250

Não irradiada

Exposição a 50 Gy/hora
de radiação ionizante

50 100 50 100 50 100


Resultados

250 250 250

Figura 1 – Experiência de M. J. Daly e colaboradores (2004).

1. A hipótese subjacente à experiência descrita foi


(A) a acumulação de elevados níveis de manganês ajuda D. radiodurans a proteger-se dos efei-
tos da radiação ionizante.
(B) a absorção de manganês por D. radiodurans é induzida pela radiação ionizante.
(C) a radiação ionizante condiciona o crescimento de D. radiodurans.
(D) a exposição de D. radiodurans a radiações equivalentes a 50 Gy/hora conduz à sua morte.
6 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

2. É(são) grupo(s) de controlo da experiência


(A) o meio de cultura com concentração de 50 nM de manganês (Mn).
(B) as placas de Petri cujo meio não continha manganês (Mn) e as que não foram irradiadas.
(C) apenas as placas de Petri que não foram irradiadas.
(D) apenas as placas de Petri cujo meio não continha manganês (Mn).

3. Os resultados da experiência permitem concluir que


(A) a absorção de manganês é proporcional ao tempo de exposição aquele ião.
(B) a absorção de manganês é proporcional ao tempo de exposição à radiação ionizante.
(C) quando as concentrações de manganês no meio são baixas, as células são mais afetadas
pela radiação ionizante.
(D) as células que crescem em meios sem manganês não são afetadas pela radiação ionizante,
apresentando, por isso, um elevado crescimento.

4.  ode comprovar-se que a incorporação inicial de elevados níveis de manganês é determinante


P
para a sobrevivência das bactérias
(A) comparando os resultados das placas 2 e 3.
(B) comparando os resultados das placas 1 e 3.
(C) observando os resultados da placa 2.
(D) observando os resultados da placa 3.

5. Na experiência descrita, é uma variável independente


(A) a concentração intracelular de manganês.
(B) a taxa de absorção de manganês.
(C) a quantidade de radiação absorvida por D. radiodurans.
(D) a concentração de manganês no meio de cultura.

6.  uando D. radiodurans se divide, ocorre replicação _______ do DNA, o que envolve a intervenção
Q
da ________.
(A) conservativa ... RNA polimerase
(B) semi-conservativa ... DNA polimerase
(C) conservativa ... DNA polimerase
(D) semi-conservativa ... RNA polimerase

7. D. radiodurans é incluído no reino Monera por


(A) possuir ribossomas dispersos no citoplasma.
(B) ser unicelular.
(C) apresentar nucleoide.
(D) possuir parede celular.

8.  xplique em que medida os resultados da experiência permitem concluir que quanto mais
E
elevado for o nível de incorporação Mn pelas bactérias, melhor elas crescem, após serem
sujeitas à radiação.
BANCO DE EXERCÍCIOS 7

Grupo III

A transferência horizontal, ou lateral, de genes (LGT) corresponde ao movimento direto de DNA


entre dois organismos.

Quase todos os genomas bacterianos mostram evidências de ter ocorrido transferência lateral de
genes (LGT) ao longo da sua evolução.

A LGT não está confinada às bactérias. Foram reconhecidas transferências de material genético de
micróbios para plantas, fungos e animais. Estão ainda documentadas situações de LGT de fungos
para insetos e de algas para lesmas-marinhas.

No genoma humano encontram-se documentadas dezenas de possíveis episódios de transferência


lateral de genes.

As inserções no genoma humano de genes provenientes de LGT podem ser causadoras de doen-
ças. Por exemplo, 80% dos casos de cancro do colo do útero são causados pelo vírus do papiloma
humano (HPV). O vírus tem a capacidade de integrar o seu material genético nas células do colo do
útero. Algumas proteínas do HPV são capazes de interferir nos processos de apoptose e de prolifera-
ção celular, podendo conduzir ao cancro.

Da mesma forma, o vírus da hepatite B, ao inserir alguns dos seus genes nas células do fígado,
podem desencadear processos que conduzem ao cancro.

BIOLOGIA
Tendo em consideração o elevado risco de a transferência lateral de genes poder conduzir ao
desenvolvimento de doenças, várias equipas de investigadores têm procurado identificar situações de
LGT de DNA bacteriano no genoma humano.

Uma equipa da Universidade da Geórgia identificou integrações da bactéria Helicobacter pylori em


36 genes de células gástricas, tendo verificado a existência de maior número de integrações nos
tumores do que nas amostras-controlo.

Células com DNA integrado


torna-se numa célula
Células humanas cancerosa

LGT
de DNA
Bactéria bacteriano

Cromossoma
humano ATCGAATTGGAACCCAGTACGA ATCGTACGATGGG TACGCATACGATCAGTAC
com LGT

Figura 1 – A transferência de DNA bacteriano para células somáticas humanas pode conduzir à transformação
de células normais em células cancerosas.

adaptado de http://www.the-scientist.com/?articles.view/articleNo/47125/title/
Bacteria-and-Humans-Have-Been-Swapping-DNA-for-Millennia/

1. Na espécie humana, os cancros associados a LGT resultam de material proveniente


(A) apenas de bactérias.
(B) apenas vírus.
(C) micróbios, fungos e plantas.
(D) vírus e bactérias.
8 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

2. O fenómeno de transferência lateral de genes ocorre


(A) exclusivamente entre organismos da mesma espécie.
(B) entre organismos da mesma espécie de uma geração para a seguinte.
(C) entre organismos de diferentes espécies de uma geração para a seguinte.
(D) entre organismos que coexistem num dado momento.

3. A transferência lateral de genes


(A) conduz invariavelmente ao surgimento de células cancerosas.
(B) pode conduzir a alterações nos processos de proliferação celular nos organismos recetores.
(C) tem como consequência o aumento da variabilidade genética do emissor.
(D) conduz invariavelmente ao surgimento de novas espécies.

4. Os estudos relativos à relação entre Helicobacter pylori e o cancro do estômago permitem
(A) concluir que o cancro do estômago resulta da inserção de material genético de H. pylori nas
células gástricas.
(B) concluir que todas as células tumorais apresentam inserções de material genético de H.
pylori.
(C) estabelecer uma correlação entre o número de inserções de material genético de H. pylori e
o surgimento de células cancerosas.
(D) concluir que existe um menor número de inserções de material genético de H. pylori nas
células tumorais do que nas células-controlo.

5. O DNA bacteriano difere do DNA humano pelo facto de


(A) não se associar a histonas.
(B) possuir uracilo em substituição do nucleótido timina.
(C) não estar envolvido no processo de transcrição.
(D) não possuir genes.

6. A sequência cronológica correta de etapas que conduzem à formação de proteínas é


(A) processamento, transcrição, ligação do mRNA ao ribossoma.
(B) transcrição, ligação do mRNA ao ribossoma, formação de ligações peptídicas.
(C) tradução, ligação do mRNA ao ribossoma, formação de ligações peptídicas.
(D) processamento, ligação da RNA polimerase ao DNA, tradução.

7.  aça corresponder cada uma das descrições presentes na coluna A com o termo que consta da
F
coluna B.

Coluna A Coluna B

1. Codão
(a) Molécula de RNA associada a vários ribossomas. 2. Anti-codão
(b) Sequência de nucleótidos que sofre transcrição, mas não é traduzida. 3. Intrão
(c) Sequência de três nucleótidos do mRNA. 4. Exão
5. Polissoma
BANCO DE EXERCÍCIOS 9

8.  exposição de populações bacterianas a um determinado antibiótico é, normalmente,


A
acompanhada pelo desenvolvimento de estirpes resistentes a esse fármaco.
O uso excessivo de antibióticos e a sua eliminação para o meio ambiente tem conduzido ao
aumento de bactérias resistentes a vários tipos de antibióticos (multirresistentes) constituindo
uma das mais graves ameaças à saúde comunitária e individual.
Explique em que medida a transferência lateral de genes pode contribuir para a rápida
proliferação da resistência a antibióticos, mesmo em bactérias que nunca estiveram em contacto
com estes fármacos.

Grupo IV

A maioria dos tecidos sofre um constante processo de renovação celular graças ao equilíbrio entre
proliferação e morte das células, caracterizada por um processo ativo de alterações morfológicas e
bioquímicas, a apoptose. A ativação da apoptose pode ser iniciada de duas maneiras: pela via extrín-
seca (citoplasmática) ou pela via intrínseca (mitocondrial). A via intrínseca é ativada por stresse intrace-
lular ou extracelular como a privação de fatores de crescimento, danos no DNA, hipóxia ou ativação de
oncogenes. Inúmeros estudos sobre apoptose apontam a mitocôndria como o principal mediador
desse tipo de morte. Este organelo integra os estímulos de morte celular, induzindo a permeabilização
mitocondrial e consequente libertação de moléculas pró-apoptóticas nela presentes.

BIOLOGIA
Quando sinais de morte alcançam a mitocôndria, levam ao colapso do potencial da membrana
mitocondrial interna, bem como a uma alteração da permeabilidade mitocondrial. Ao mesmo tempo, a
água do espaço intermembranar passa para a matriz mitocondrial, levando à ruptura do organelo e
consequente libertação de proteínas pró-apoptóticas para o citoplasma. Além da libertação de molé-
culas pela mitocôndria, as alterações de permeabilidade e do potencial de membrana levam à perda
da homeostasia celular, iniciando-se um processo de degradação de lipídios, proteínas e ácidos
nucleicos.

Alguns estudos indicam que durante a apoptose ocorre a formação de um megaporo que contém
diversas proteínas e abrange as membranas interna e externa da mitocôndria. Através desse poro
ocorre a libertação do citocromo c para o citoplasma onde participa da ativação da apoptose. Os dife-
rentes sinais indutores de apoptose são detetados pela mitocôndria, fazendo com que ocorra uma
desagregação da cadeia respiratória e consequente libertação de citocromo c e proteínas ativadoras
da apoptose para o citosol. Quando no citosol, o citocromo c forma um complexo com a APAF-1 e a
caspase-9, o chamado apoptossoma, que promove a clivagem da pró-caspase-9, libertando a cas-
pase-9, ativa (Figura 1). Uma vez ativada, a caspase-9 ativa a caspase-3 que vai ocasionar a
apoptose.

bcl-2
Estímulos Pró-apoptóticos bax

pró-caspase 3 Pró-caspase 9 Citocromo c


Apaf-1

Apoptossoma

Figura 1 – Via intrínseca de


caspase 3 Apoptose ativação da apoptose.

Apaf-1 = fator de ativação de protease associada à apoptose: bax = proteína que se associa à Bcl-2 induzindo a liberação
da APAF-1, ativando a caspase 9, induzindo a apoptose
adaptado de Ivana Grivicich, Andréa Regner, Adriana Brondani da Rocha.
Morte Celular por Apoptose. Revista Brasileira de Cancerologia 2007; 53(3): 335-343
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1. Após o início da apoptose, por via intrínseca, ocorre


(A) quebra da síntese de ATP e diminuição do consumo de O2.
(B) aumento da síntese de ATP e diminuição do consumo de O2.
(C) quebra da síntese de ATP e aumento do consumo de O2.
(D) aumento da síntese de ATP e aumento do consumo de O2.

2.  processo de obtenção de energia, que decorre parcialmente nas mitocôndrias de células de


O
plantas tem como substrato inicial substâncias ________ e um dos produtos final é o ________.
(A) orgânicas ... oxigénio (C) orgânicas ... dióxido de carbono
(B) inorgânicas ... dióxido de carbono (D) inorgânicas ... oxigénio

3. O ciclo de Krebs faz parte de um processo ________ e ocorre na ________ mitocondrial.


(A) anabólico ... membrana (C) catabólico ... membrana
(B) anabólico ... matriz (D) catabólico ... matriz

4. A proliferação das células tumorais, normalmente, envolve


(A) incremento da apoptose e diminuição da mitose.
(B) inibição da apoptose e diminuição da mitose.
(C) incremento da apoptose e incremento da mitose.
(D) inibição da apoptose e incremento da mitose.

5. O estabelecimento e a manutenção de um potencial de membrana celular implica


(A) um equilíbrio entre a concentração de iões Na+ e K+ entre as duas faces da membrana.
(B) um desequilíbrio da concentração de iões Na+ e K+ entre as duas faces da membrana.
(C) o bloqueio das ATPases responsáveis pela movimentação de iões Na+ e K+ entre as duas
faces da membrana.
(D) a passagem, por transporte não mediado, de iões Na+ e K+ entre as duas faces da
membrana.

6. As mitocôndrias são organelos que se encontram presentes


(A) em bactérias e leveduras.
(B) em fungos e células dos meristemas.
(C) em cianobactérias e células musculares.
(D) em cianobactérias e células dos meristemas.

7.  stabeleça a sequência cronológica dos acontecimentos que conduzem à apoptose. Transcreva


E
para a folha de prova apenas as letras que correspondem a cada afirmação.
A – Clivagem da pró-caspase 9.
B – Interrupção da fosforilação oxidativa.
C – Alteração da permeabilidade da membrana mitocondrial.
D – Ativação da caspase 3.
E – Formação do apoptossoma.

8.  iversos estudos indicam que a survinina é um fator celular envolvido na resistência de tumores
D
humanos à quimioterapia e à radioterapia. Por outro lado, verificou-se que a inibição da
expressão da survivina induz a apoptose e torna o tumor sensível à quimioterapia.
Explique em que medida o desenvolvimento de inibidores da survinina poderá melhorar o
sucesso dos tratamentos contra o cancro.
BANCO DE EXERCÍCIOS 11

Grupo V

A maioria das larvas de abelhas do sexo feminino desenvolvem-se no sentido de se tornarem obrei-
ras (operárias); apenas uma se alimenta de geleia real, tornando-se a rainha.
Com o intuito de compreender as diferenças na expressão dos genes nas abelhas rainhas e nas
suas irmãs obreiras com genoma idêntico, foi realizada uma experiência para testar possíveis efeitos
epigenéticos.
Os mecanismos epigenéticos resultam da interferência do ambiente com o genoma. Embora a
sequência do DNA se mantenha inalterada, as modificações epigenéticas consistem em modificações
das histonas, metilação das bases do DNA e modificações da cromatina. Desta forma as modificações
epigenéticas permitem que a expressão génica seja alterada, conduzindo a uma diversidade de fenó-
tipos, partindo do mesmo genoma.

Procedimento:
1 – Um conjunto de larvas geneticamente idênticas foram separadas em dois grupos.
2–A
 s larvas do grupo 1 foram injetadas com uma substância solvente.
3–A
 s larvas do grupo 2 forma injetadas com um inibidor da enzima DNMT com o solvente
usada no grupo 1.

A DNMT é uma enzima que promove a metilação do DNA.

BIOLOGIA
Resultados:

(%) 90
80 Obreiras
Rainhas
70
60
50
40
30 Obreiras
Rainhas
20
10
238 73 74 188
0
Grupo 1 Grupo 2

Gráfico 1 – Efeito da inibição de DNMT no desenvolvimento larvar de abelhas (Apis mellifera).

Baseado em https://pdfs.semanticscholar.org/9a96/ca52286c7e1c745f54193537834d1a2c52c1.
pdf?_ga=2.101981569.1495429323.1548428718-999719414.1548258799

1. Constitui um controle da experiência


(A) larvas não tratadas com DNMT.
(B) abelhas com genótipos diferentes.
(C) larvas tratadas com inibidor de DNMT.
(D) larvas não tratadas com inibidor de DNMT.

2. Os resultados permitem concluir que


(A) a diminuição da metilação do DNA promove o desenvolvimento das larvas no sentido de se
tornarem obreiras.
(B) a diminuição da metilação do DNA promove o desenvolvimento das larvas no sentido de se
tornarem rainhas.
(C) o aumento da metilação do DNA promove o desenvolvimento das larvas no sentido de se
tornarem rainhas.
(D) o aumento ou diminuição da metilação do DNA das larvas não influencia o sentido do seu
desenvolvimento em obreiras ou rainhas.
12 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

3. Nesta experiência, a variável independente é


(A) a concentração de DNMT fornecida às larvas.
(B) o número de larvas que se tornam obreiras.
(C) o número de larvas que se tornam rainhas.
(D) a presença ou ausência de inibidor de DNMT durante o desenvolvimento das larvas.

4. Considere as seguintes afirmações relativas à experiência


Todas as larvas tratadas com DNMT desenvolveram-se no sentido de se tornarem rainhas.
I. 
O solvente utilizado potencia o efeito do inibidor de DNMT.
II. 
III. A ausência de inibição de DNMT promove o desenvolvimento das larvas no sentido de se
tornarem obreiras.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I e II são verdadeira; III é falsa.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

5. Tendo em conta os dados fornecidos, os resultados obtidos no grupo 1 e no grupo 2


(A) são consequência da existência de genomas distintos em ambos os grupos.
(B) são consequência da existência de genomas idênticos em ambos os grupos.
(C) resultam da interferência do ambiente e nos genes.
(D) resultam de modificações pós-traducionais induzidas pelo ambiente.

6. Durante o desenvolvimento das larvas de Apis mellifera, ocorre


(A) multiplicação do número de células com alteração do número de cromossomas em cada
uma das células.
(B) multiplicação do número de células com manutenção do número de cromossomas em cada
uma das células.
(C) formação de novas células, envolvendo a separação dos cromossomas homólogos durante
a anafase.
(D) formação de novas células, envolvendo a remoção de alguns genes para que ocorra diferen-
ciação celular.

7. A apoptose é um processo que ocorre durante o desenvolvimento larvar


(A) auxiliar da mitose, contribuindo para um aumento mais rápido do número de células.
(B) complementar da mitose, permitindo o correto desenvolvimento das estruturas e órgãos.
(C) e que aumenta a variabilidade genética dos indivíduos.
(D) e que diminui a variabilidade genética dos indivíduos.

8.  s investigadores que levaram a cabo a experiência descrita colocaram a seguinte hipótese: “A


O
metilação está na base do desenvolvimento das diferenças entre abelhas obreiras e rainhas”.
Explique em que medida os dados obtidos permitem confirmar a hipótese colocada.

9.  xplique em que medida as alterações epigenéticas podem contribuir para aumentar o potencial
E
adaptativo das populações perante modificações ambientais, constituindo assim um processo
complementar da variabilidade genética.
BANCO DE EXERCÍCIOS 13

Grupo VI

Quando vírus infetam bactérias, introduzem o seu DNA malicioso na célula procariótica. Se a bacté-
ria sobrevive à infeção, insere um pedaço de DNA viral no seu genoma, como registo do encontro com
o vírus. O DNA viral é então, posteriormente, utilizado para proteger a bactéria de futuras infeções.

Durante os seus estudos bioquímicos com Streptococcus pyogenes, uma das mais patogénicas
bactérias para os seres humanos, Emmanuelle Charpentier identificou uma molécula até então desco-
nhecida que designou tracrRNA. O seu estudo mostrou que a tracrRNA faz parte de um já antigo sis-
tema imunitário bacteriano, CRISPR/Cas, que desarma o DNA viral, clivando-o.

Charpentier publicou o seu trabalho em 2011. No mesmo ano, iniciou uma colaboração com Jenni-
fer Doudna, uma experiente bioquímica com um vasto conhecimento em RNA. Juntas foram bem
sucedidas em recriar in vitro estas tesouras genéticas bacterianas e em simplificar os seus componen-
tes moleculares, tornando o seu uso mais fácil. Em 2020, o Prémio Nobel da Química foi atribuído a
Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna, pelo desenvolvimento de um método de edição
genética.

Vírus
Sequência DNA

BIOLOGIA
Streptococcus
DNA repetida DNA Viral
Viral Viral

CRISPR DNA
1 A bactéria insere um pedaço de DNA viral na
secção CRISPR do genoma. Entre cada DNA
viral é repetida uma sequência.

2 A CRISPR é copiada para criar


uma longa cadeia de RNA.

CRISPR DNA

CRISPR RNA

RNase III

Cas9
CRISPR RNA Tesoura genética

tracrRNA

3 A tracrRNA encaixa com a secção repetida


de CRISPR RNA, conduzindo à ligação da
proteína Cas9. A longa molécula é então
tracrRNA cortada numa porção mais pequena por
uma proteína chamada RNase III.

4 A tracrRNA age como guia para a


endonuclease Cas9. Se a bactéria é
reinfetada pelo mesmo vírus, a tesoura
genética reconhecerá de imediato o
material estranho, clivando-o.
DNA Viral

Cas9

Figura 1
14 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

1. Nas células de Streptococcus pyogenes, a síntese de um polipéptido a partir da informação de


um gene não deve implicar
(A) ribossomas e mRNA.
(B) pré-mRNA e enzimas para o seu processamento.
(C) tRNA e ribossomas.
(D) aminoácidos e rRNA.

2.  e um determinado fragmento viral da região CRISPR apresentar a sequência 5’TACGGCTTC3’,


S
a cadeia-alvo terá de apresentar a sequência
(A) 5’ UACGGCUUC 3’
(B) 5’ TACGGCTTC 3’
(C) 3’ TACGGCTTC 5’
(D) 3’ UACGGCUUC 5’

3.  urante a produção de uma tesoura genética, a ______ é responsável pela quebra das ligações
D
entre os nucleótidos _____.
(A) Cas9 … do gene-alvo
(B) Cas9 … da CRISPR RNA
(C) RNase III … da CRISPR RNA
(D) RNase III … do gene-alvo

4.  molécula de ______ desempenha um papel crucial na defesa da bactéria ao ______ o reconhe-


A
cimento do DNA viral.
(A) CRISPR RNA … impedir
(B) tracrRNA … permitir
(C) Cas9 … impedir
(D) RNase III … permitir

5. A inativação do DNA viral ocorre devido


(A) à falta de complementaridade das bases.
(B) ao rompimento das pontes de hidrogénio.
(C) à ausência de DNA polimerase funcional.
(D) à quebra de ligações fosfodiéster.

6. Durante o processo de síntese de proteínas em bactérias, verifica-se a


(A) atuação da RNase III, no citoplasma.
(B) remoção de intrões, após o processo de transcrição.
(C) tradução de mRNA funcional.
(D) ação da tesoura genética sobre o DNA viral.

7.  rdene as letras A a E de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que conduz ao


O
silenciamento do DNA viral.
A – Quebra de ligações fosfodiéster no gene-alvo
B – Repetição de secções de polidesoxirribonucleótidos
C – Ligação da tracrRNA
D – Formação do complexo Cas9-RNA
E – Formação de uma cadeia polirribonucleotídica
BANCO DE EXERCÍCIOS 15

8. A expressão do gene para a síntese da proteína Cas9 referidas no texto implica


(A) tradução do mRNA no retículo endoplasmático rugoso.
(B) transcrição do DNA para moléculas de RNA pré-mensageiro.
(C) transcrição do DNA para moléculas de desoxirribonucleótidos.
(D) tradução da sequência de codões do RNA por ribossomas.

9.  os desoxirribonucleótidos de uma mesma cadeia, estabelecem-se ligações entre a base


N
nitrogenada e o carbono ________ da pentose, bem como entre o carbono ________ da pentose
e o grupo fosfato.
(A) 1’ … 5’ (B) 3’ … 5’ (C) 5’ … 1’ (D) 5’ … 3’

10.  eselson e Stahl cultivaram bactérias durante várias gerações num meio contendo 15 N,
M
transferindo-as, posteriormente, para um meio de cultura normal (14N), tendo sido monitorizada a
densidade das moléculas de DNA ao longo das gerações seguintes. Os resultados obtidos,
após a transferência das bactérias para um meio contendo nitrogénio normal, estão expressos
nas afirmações que se seguem.
Na primeira geração, cada molécula de DNA tem duas cadeias, cada uma com 14,5N.
I. 
Na segunda geração, obtêm-se 50% de bactérias com moléculas de DNA de densidade
II. 
intermédia e 50% de bactérias com moléculas de DNA 14N.

BIOLOGIA
III. Na terceira geração, 75% das bactérias serão 15N14N e 25% apresentarão apenas DNA 14N.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

11. O DNA de gémeos verdadeiros apresentam quantidades


(A) diferentes de cada uma das bases nitrogenadas, mas bases púricas e pirimídicas em quan-
tidades iguais.
(B) iguais de cada uma das bases nitrogenadas, mas bases púricas e pirimídicas em quantida-
des iguais.
(C) iguais de cada uma das bases nitrogenadas, mas em posições diferentes na sequência
polinucleotídica.
(D) diferentes de cada uma das bases nitrogenadas e bases púricas e pirimídicas em quantida-
des diferentes.

12.  ode ser utilizado, como argumento a favor do modelo de estrutura da molécula de DNA, o facto
P
de esta molécula
(A) ser um polímero de nucleótidos.
(B) apresentar a relação (A + T) / (C + G) ≈ 1.
(C) intervir na síntese de proteínas.
(D) apresentar a relação (A + C) / (T + G) ≈ 1.

13.  stabeleça a correspondência correta entre cada uma das afirmações da coluna A e um dos
E
termos da coluna B.
Coluna A Coluna B

(a) M olécula de ribonucleótidos que não inclui sequências de 1. tRNA


nucleótidos designados intrões. 2. pré-mRNA
(b) Sequência de três desoxirribonucleótidos que possuem informação 3. codogene
para um determinado aminoácido. 4. anticodão
(c) Moléculas que fazem a migração até aos ribossomas. 5. mRNA
16 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

14.  ertas doenças como a anemia falciforme resulta de uma mutação num único nucleótido da
C
sequência de DNA. Estas alteração traduz-se frequentemente na produção de uma proteína não
funcional, que condiciona o metabolismo celular.
Explique em que medida os trabalhos realizados por Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna
podem ser importantes na terapia de doenças hereditárias resultantes de mutações génicas.

15.  xplique por que razão uma mutação não se traduz necessariamente numa alteração na
E
atividade metabólica de um organismo.

Grupo VII

Na última década, os bió-


Proteína Cas9 Síntese do RNA “gula”
logos desenvolveram uma
nova e poderosa técnica que
permite editar genes (inati-
5’
vando-os ou modificando- 3’
-os) em células e organismos Sequência complementar que
vivos. Esta técnica, desig- Centros ativos se pode ligar a um gene-alvo
capazes de cortar DNA
n ada C R I S P R - C a s 9, fo i
Complexo Cas9-RNA
desenvolvida a partir da des-
coberta de um mecanismo
natural que permite às bacté-
rias defenderem-se do ata-
que de vírus bacteriófagos.
Cas9 é uma endonuclease
(enzima capaz de cortar a
Citoplasma
cadeia dupla de DNA), pro-
duzida pelas bactérias e atua Núcleo
associada a uma molécula
de RNA. Esse RNA é produ- Centros ativos da Cas9
zido a partir de zonas pre-
sentes no DNA bacteriano 5’ 3’
3’ 5’
(que possuem regiões desig-
nadas CRISPR). Sequência complementar de RNA
Gene-alvo
A molécula de RNA con- Clivagem do gene-alvo
duz a Cas9 até aos locais do
DNA que apresentem uma
sequência complementar à Edição do DNA
sua. Gene normal (funcional)
usado como molde

Desativação do gene-alvo. ou Se o gene-alvo tem uma mutação, pode


Enzimas de reparação inserem ser reparado a partir de uma cópia normal
e/ou removem nucleótidos de do gene. Enzimas de reparação usam o
forma aleatória, tornando o gene normal como molde para sintetizar
gene não-funcional. a sequência nucleotídica correta.

Sequência aleatória de nucleotídeos Sequência normal de nucleotídeos

Figura 1 – Utilização do sistema CRISPR-Cas9 na edição de genes.

Notas: CRISPR – Clustered Regulatory Interspaced Short Palindromic Repeats (Repetições Palindrómicas Curtas
Agrupadas e Regularmente Espaçadas)
Cas9 – CRISPR associated protein 9 (Proteína 9 associada a CRISPR)
Baseado em Campbell et al. (2018). Biology – A global approach. Pearson. New York.
BANCO DE EXERCÍCIOS 17

1. As células bacterianas diferem das células eucarióticas por


(A) possuírem RNA como material genético, em lugar do DNA.
(B) não apresentarem mecanismos de maturação do RNA.
(C) não possuírem ribossomas.
(D) possuírem o seu material genético associado a histonas e dividido em várias unidades cha-
madas cromossomas.

2.  s enzimas de restrição são proteínas de estrutura ________ e resultam da expressão de uma


A
sequência de ________
(A) secundária ... codões (C) terciária ... codões
(B) terciária ... intrões (D) secundária ... intrões

3. A quebra das ligações entre os nucleótidos de DNA-alvo é realizada


(A) pela atividade catalítica da Cas9.
(B) pelo fragmento de RNA complementar do gene-alvo.
(C) pela complementaridade entre os aminoácidos e os nucleótidos dos gene-alvo.
(D) pela DNA polimerase.

BIOLOGIA
4. A molécula de RNA do complexo Cas9-RNA
(A) garante a abertura da dupla hélice de DNA.
(B) é responsável pela especificidade da zona cortada.
(C) é responsável pela quebra de ligações fosfodiéster da molécula de DNA.
(D) garante a reparação do DNA que sofreu excisão.

5.  e um determinado fragmento de RNA sintetizado a partir da região CRISPR apresentar a


S
sequência 5’-AUGCCGAAG-3’, o seu gene-alvo terá de apresentar a sequência
(A) 5’-AUGCCGAAG-3’ (C) 3’-TACGGCTTC-5’
(B) 5’-TACGGCTTC-3’ (D) 3’-AUGCCGAAG-5’

6.  inativação de um gene com recurso à inserção de nucleótidos numa sequência aleatória, torna
A
o gene não funcional porque
(A) impede a complementaridade entre as cadeias complementares de DNA.
(B) impede o estabelecimento de ligações entre nucleótidos da mesma cadeia.
(C) compromete a ligação do mRNA aos ribossomas.
(D) compromete a síntese de proteínas funcionais.

7.  rdene as letras A a E de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que conduz à


O
reparação de um gene mutado.
A. Estabelecimento de ligações fosfodiéster no gene-alvo
B. Formação de uma cadeia polirribonucleotídica
C. Ligação do RNA do complexo ao gene-alvo
D. Formação do complexo Cas9-RNA
E. Quebra de ligações fosfodiéster no gene-alvo

8.  s bacteriófagos são vírus que parasitam as bactérias. Para isso, os bacteriófagos introduzem o
O
seu material genético (DNA) no genoma da bactéria, passando a célula a expressar os genes
virais, o que permite a produção de novos vírus.
Explique em que medida a ação proteína Cas9 constitui um mecanismo de defesa das bactérias
contra a infeção por bacteriófagos, impedindo a sua multiplicação.
GFBF11DP-02
18 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

Grupo VIII

A proteína periostina poderá ser a chave para travar as metástases, que constituem uma das maio-
res complicações para os doentes com cancro, revela um estudo publicado na revista científica
Nature. Uma equipa de investigadores suíços descobriu que sem a periostina, que existe naturalmente
no organismo, as células cancerígenas espalhadas a partir de um tumor maligno inicial não podem
desenvolver-se em metástases, ou seja, em novos tumores. Os cientistas isolaram em ratinhos a pro-
teína nos «nichos» propícios ao desenvolvimento de metástases e conseguiram demonstrar que sem
ela não há novos tumores. «Sem esta proteína, a célula-mãe cancerígena não pode desenvolver uma
metástase, desaparece ou torna-se dormente», explicou um dos investigadores, Joerg Huelsken,
citado pela agência AFP. De acordo com o estudo, o bloqueamento da ação da periostina impede, por
isso, a formação de novos tumores a partir de células-mãe cancerígenas difundidas por um tumor
maligno inicial. Contudo, os investigadores não estão certos ainda quanto à possibilidade de ser
encontrado um anticorpo equivalente que funcione nos humanos, nem mesmo se o bloqueio da ação
da proteína tem os mesmos poucos efeitos secundários observados nos ratinhos.
Agência Lusa (adaptado)

1. No processo de síntese de periostina, a polimerização de ribonucleótidos é


(A) precedida pela ligação da RNA polimerase a uma das cadeias de DNA.
(B) sucedida pela ligação da DNA polimerase a uma das cadeias de DNA.
(C) precedida pela ligação da DNA polimerase a uma das cadeias de DNA.
(D) sucedida pela ligação da RNA polimerase a uma das cadeias de DNA.

2.  s anticorpos são substâncias de natureza proteica sintetizados por células designadas linfócitos
O
B. Quando os linfócitos B sintetizam o anticorpo anti-periostina estão a realizar um processo
(A) anabólico, havendo consumo de energia.
(B) anabólico, havendo produção de energia.
(C) catabólico, havendo consumo de energia.
(D) catabólico, havendo produção de energia.

3. Os meristemas são tecidos constituídos por células


(A) tumorais típicas dos embriões animais.
(B) tumorais típicas das plantas.
(C) indiferenciadas típicas das plantas.
(D) indiferenciadas típicas dos embriões animais.

4. A técnica que poderá permitir travar a formação de metástases baseia-se


(A) na produção de uma proteína designada periostina.
(B) na modificação de genes envolvidos na produção de metástases.
(C) na modificação da funcionalidade de uma proteína.
(D) na ativação dos genes responsáveis pela síntese de periostina.

5. A proliferação celular que ocorre nas metástases implica


(A) a ocorrência de redução cromática.
(B) a formação do fuso acromático.
(C) uma divisão reducional seguida de uma divisão equacional.
(D) fenómenos de crossing-over.
BANCO DE EXERCÍCIOS 19

6. O sistema circulatório dos mamíferos, como o ratinho,


(A) caracteriza-se pelo sangue atravessar os capilares com elevada velocidade.
(B) caracteriza-se pelo sangue abandonar o coração a baixa pressão.
(C) é fechado, enquanto que o sistema linfático é aberto.
(D) é fechado, tal como o sistema linfático.

7. Nos mamíferos, como o ratinho, constitui uma adaptação ao meio terrestre


(A) o desenvolvimento de parabrônquios.
(B) o desenvolvimento de eficazes mecanismos de contracorrente.
(C) a existência de extensas superfícies respiratórias intracorporais.
(D) a existência de eficazes mecanismos de difusão direta dos gases respiratórios.

8.  s células tumorais produzem substâncias angiogénicas, isto é, substâncias que promovem a


A
formação de novos vasos sanguíneos na região do tumor. Uma linha terapêutica que tem sido
explorada consiste na aplicação de substâncias, como a angiostatina e a vasostatina, que são
inibidores da angiogénese.
Explique como é que a aplicação de inibidores da angiogénese pode constituir um processo de
combate a alguns tipos de cancro, limitando o crescimento tumoral e a formação de metástases.

BIOLOGIA
Grupo IX

A hibernação é um fenómeno fisiológico que permite a adaptação dos organismos à diminuição da


temperatura ambiental. Durante a hibernação, a temperatura corporal e o metabolismo são reduzidos
para poupar energia. Há muito que se debate eventuais alterações do relógio biológico que determina
o ritmo circadiano (alterações que ocorrem no organismo ao longo de 24 horas).

No sentido de determinar se o relógio biológico continua a marcar oscilações de 24 horas durante


o período de hibernação, procedeu-se ao estudo dos componentes moleculares do relógio circadiano
do hámster-europeu (Cricetus cricetus).

Uma equipa de investigadores começou por analisar o padrão de hibernação de Cricetus criceteus
(Figura 1). Posteriormente, determinou-se a quantidade de RNA produzido por dois genes relógio
(envolvidos no controlo do ritmo biológico) – Per2 e Bmal1 – durante a atividade normal (eutermia) e
durante a hibernação (Figura 2).

As amostras de RNA foram obtidas a partir de células nervosas de zonas cerebrais que são respon-
sáveis pelo controlo dos ritmos biológicos nos hámsteres.

40 40 Eutermia Eutermia
Temperatura corporal (ºC)
Temperatura corporal (ºC)

30 30
Preparação

20 20 Despertar

10 Hibernação
10

0 0
0 5 10 15 20 0 1 2 3 4
Tempo (dias) Tempo (dias)

Figura 1 – Padrão de hibernação dos hámsteres.


Os resultados obtidos após se terem transferido os hámsteres do seu ambiente natural para uma sala climatizada
com uma temperatura de 6 ± 2 ºC (linha a tracejado).
A. Ciclos de hibernação do hámster-europeu.
B. Alterações da temperatura corporal dos hámsteres entre os períodos de eutermia e de hibernação (pormenor
do período assinalado no gráfico A com a barra horizontal preta).
20 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

80 Per2 Bmal1
Dia
70
Noite
60
Índice Mitótico (%)

50
40
30
20
10
0
Controlo CH-1 CH-2 CH-3
Tratamento

Figura 2 – Expressão dos genes Per2 e Bmal1 em períodos de eutermia e de hibernação. Para cada um dos
períodos, foram obtidas amostras durante o dia e durante a noite.

Baseado em Revel, F. et al. (2007). The circadian clock stops ticking during deep hibernation in the
European hamster. Proceedings of the National Academy of Sciencies USA 104: 13816-13820.

1. A análise dos resultados expressos nos gráficos da figura 1 permitem afirmar que
(A) o período de hibernação dos hámsteres é de 20 dias.
(B) o período de hibernação dos hámsteres é de 5 dias.
(C) num período de 20 dias ocorreram 5 ciclos de hibernação
(D) num período de 20 dias ocorreram 6 ciclos de hibernação.

2. Durante o tempo em que decorreu a experiência, os períodos de eutermia


(A) foram desencadeados pelo aumento da temperatura ambiental.
(B) foram desencadeados pela diminuição da temperatura ambiental.
(C) tiveram uma duração de cinco dias.
(D) alternaram com períodos de hibernação.

3. A determinação da quantidade relativa de RNA tinha como objetivo avaliar


(A) a transcrição dos genes relógio em estudo.
(B) a replicação do DNA durante a hibernação.
(C) a tradução dos genes relógio em estudo.
(D) a quantidade de proteínas produzidas durante a eutermia.

4. Os resultados permitem concluir que


(A) nos animais em hibernação, não existem variações significativas na expressão do gene Per2,
entre o dia e a noite.
(B) nos animais em hibernação, existem variações significativas na expressão do gene Per2,
entre o dia e a noite.
(C) nos animais em eutermia, não existem variações significativas na expressão do gene Per2,
entre o dia e a noite.
(D) nos animais em hibernação e nos animais em eutermia existem variações significativas na
expressão do gene Per2, entre o dia e a noite.
BANCO DE EXERCÍCIOS 21

5.  onsiderando apenas as moléculas de mRNA obtidas a partir do citoplasma das células, pode
C
afirmar-se que essas moléculas
(A) possuem a mesma sequência nucleotídica da cadeia de DNA que lhes serviu de molde.
(B) são compostas, apenas, por sequências intrónicas.
(C) possuem a composição nucleotídica igual à da cadeia de DNA complementar à que lhes
serviu de molde.
(D) são compostas por uma sequência de dexorribonucleótidos.

6. Uma das variáveis dependentes em estudo é a


(A) quantidade de mRNA sintetizado.
(B) temperatura ambiental a que foram sujeitos os hámsteres.
(C) quantidade de proteínas produzidas na sequência da atividade dos genes Per2 e Bmal1.
(D) temperatura corporal dos hámsteres antes de entrarem nos ciclos de hibernação.

7. Durante o processo de tradução, ocorre


(A) a leitura da molécula de mRNA, no sentido 3’→5’.
(B) o estabelecimento de ligação peptídicas.

BIOLOGIA
(C) o estabelecimento de ligações de complementaridade entre ribonucleótidos e
desoxirribonucleótidos.
(D) a adição de um aminoácido quando o ribossoma encontra um codão de finalização.

8.  xplique em que medida os resultados apoiam a hipótese de que durante a hibernação as


E
oscilações no ritmo circadiano são significativamente comprometidas.

Grupo X

Durante o ciclo celular, existem pontos de controlo que garantem que os processos foram comple-
tados de forma correta antes de se avançar para a fase seguinte, evitando assim a produção de célu-
las com erros.

O cancro pode ser consequência de falhas nestes pontos de controlo, permitindo que a célula
avance para a etapa seguinte sem que se tenha completado corretamente a etapa anterior. Uma des-
ses dessas falhas acontece no ponto de controlo G1.

Sinais provenientes de outras células têm um papel fundamental no funcionamento destes pontos
de controlo. Muitos desses sinais são fatores de crescimento capazes de estimular a síntese de proteí-
nas designadas ciclinas. Nas células cancerosas verifica-se uma produção excessiva de ciclinas, o
que conduz a um crescimento celular descontrolado.
Ponto de controlo G2
A célula ultrapassa este ponto
de controlo se:
- tem tamanho suficiente
G2 - a replicação dos cromossomas
foi completada com sucesso
Ponto de controlo G1 S Ciclo
A célula ultrapassa este ponto celular M
de controlo se:
- tem tamanho suficiente Ponto da Metafase
- possui nutrientes em quantidade A célula ultrapassa este ponto
suficiente G1 de controlo se:
- recebeu sinais de outras células - todos os cromossomas estão
(fatores de crescimento) ligados às fibrilas do fuso
Pontos de controlo
acromático

Figura 1 – Durante o ciclo celular, existem três pontos de controlo principais (em G1, em G2 e em Metafase).

Baseado em AP Biology 1 (2012). Biozone International.


22 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

1.  e for detetada uma falha no ponto de controlo em G2, obrigado à interrupção do ciclo celular, a
S
célula possuirá nesse momento
(A) cromossomas constituídos por um cromatídeo.
(B) cromossomas constituídos por dois cromatídeos.
(C) moléculas de DNA formadas apenas por uma cadeia de desoxirribonucleótidos.
(D) moléculas de DNA formadas por quatro cadeias de desoxirribonucleótidos.

2. As ciclinas são proteínas que


(A) só surgem em células cancerosas.
(B) induzem a divisão celular.
(C) induzem o cancro.
(D) só surgem após na célula ter ultrapassado o ponto de controlo da metafase.

3.  ponto de controlo que garante que cada célula-filha irá receber uma cópia de cada cromos-
O
soma é
(A) o ponto de controlo G2. (C) o ponto de controlo G1 e o G2.
(B) o ponto de controlo G1. (D) o ponto de controlo da metafase.

4.  a telófase, os cromossomas são constituídos por ________ e possuem ________ quantidade de


N
informação genética da célula-mãe.
(A) dois cromatídeos ... a mesma (C) um cromatídeo ... a mesma
(B) dois cromatídeos ... metade da (D) um cromatídeo ... metade da

5.  formação de massas tumorais está normalmente associada a ________ da mitose e a ________


A
da apoptose.
(A) um incremento ... diminuição
(B) um incremento ... um aumento
(C) uma diminuição ... um aumento
(D) uma diminuição ... uma diminuição

6.  s integrinas são proteínas envolvidas no estabelecimento de ligações entre células e a matriz


A
extracelular. A mutação dos genes que codificam as integrinas contribuem para a ________ da
integridade dos tecidos e ________ a metastização.
(A) manutenção ... facilitam (C) destruição ... facilitam
(B) manutenção ... dificultam (D) destruição ... dificultam

7. Estabeleça a correspondência correta entre cada uma das afirmações da coluna A e um dos
termos da coluna B.

Coluna A Coluna B
1. Profase
(a) Desorganização do invólucro nuclear. 2. Período G1
(b) Duplicação da quantidade de DNA. 3. Anafase
(c) Disposição dos centrómeros no plano equatorial da célula. 4. Período S
5. Metafase

8.  reparação de tecidos que sofreram lesões está dependente da comunicação entre as células.
A
Explique em que medida uma deficiente produção de fatores de crescimento pelas células-
-vizinhas poderá comprometer uma correta cicatrização de uma zona lesada.
BANCO DE EXERCÍCIOS 23

Grupo XI

A erva-mate (Ilex paraguariensis) é uma planta frequentemente usada para fazer bebidas de infu-
são, sobretudo em países da América do Sul. Devido ao seu uso crescente, resultante da sua suposta
atividade antioxidante e antineoplásica, têm sido realizados estudos de citotoxicidade que visam con-
tribuir para que a sua utilização seja mais segura e eficaz.

Os índices mitóticos (proporção entre o número de células em divisão e o número total de células)
e os índices de fases do ciclo de divisão celular têm sido usados como bons indicadores de prolifera-
ção ou antiproliferação das células.

O efeito antiproliferativo da erva-mate foi avaliado através da sua ação sobre a divisão celular
(índice mitótico) e sobre cada fase da mitose (índice de fases). Para tal, realizou-se um ensaio no qual
células meristemáticas de raízes de cebola (Allium cepa) foram sujeitas à ação de infusões preparadas
com extrato de erva mate com diferentes concentrações (CH1 = 50 μg/mL, CH2 = 500 μg/mL e
CH3 = 1000 μg/mL). Na preparação das infusões foi utilizada água mineral.

Cada tratamento foi aplicado a uma série de


cinco bolbos. As raízes foram cultivadas, a 25º C Índice Mitótico 20 h 72 h
80
inicialmente em água mineral até atingirem, aproxi- 70

Índice Mitótico (%)


madamente 1,5 cm, sendo transferidos para fras- 60
cos de vidro, contendo as infusões com extratos 50

BIOLOGIA
de erva mate e mantidos à temperatura ambiente. 40
As raízes foram recolhidas após 20 e 72 horas de 30
tratamento, sendo-lhe aplicado uma substância 20
fixadora (solução de Carnoy). As amostras fixadas 10
foram posteriormente observadas ao microscópio. 0
Controle CH-1 CH-2 CH-3
Tratamento
Para cada tratamento, foram analisadas 5000
Figura 1 – Índices Mitóticos (IM), das células meris-
células meristemáticas de pontas de raiz. temáticas de raízes de A. cepa tratadas por 20 horas
e 72 horas com infusões de erva-mate (chimarrão).

IF - Profase 20 h 72 h IF - Metafase 20 h 72 h
100 30
90
25
Índice Mitótico (%)

Índice Mitótico (%)

80
70 20
60
50 15
40
30 10
20 5
10
0 0
Controle CH-1 CH-2 CH-3 Controle CH-1 CH-2 CH-3
Tratamento Tratamento

IF - Anafase 20 h 72 h IF - Telofase 20 h 72 h
30 16
25 14
Índice Mitótico (%)

Índice Mitótico (%)

12
20 10
15 8
10 6
4
5 2
0 0
Controle CH-1 CH-2 CH-3 Controle CH-1 CH-2 CH-3
Tratamento Tratamento

Figura 2 – Índice de Fases (IF), A – Profase; B – Metafase; C – Anafase; D – Telofase das células meriste-
máticas de raízes de A. cepa tratadas por 20 e 72 horas com extratos de I. paraguariensis, preparados
com infusões de erva-mate (chimarrão). Nota: CH (Chimarrão) – Infusão de erva-mate

Modificado de Thelma Conceição (2010). Efeito antiproliferativo, mutagênico e antineoplásico de produtos comer-
ciais da erva-mate (Ilex paraguariensis). Dissertação de Mestrado.
24 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

1. Os índices de prófase das células tratadas com extratos CH-3


(A) diferiram significativamente dos índices de prófase do controlo após 72 horas.
(B) diferiram significativamente dos índices de prófase do controlo após 20 horas.
(C) não diferiram significativamente dos índices de prófase do controlo após 72 horas.
(D) não diferiram significativamente dos índices de prófase do controlo após 20 horas nem após
72 horas.

2.  pós 20 horas de tratamento com extratos CH-1 e CH-2, as células apresentam uma inibição
A
dos índices de
(A) metafase, anafase e telofase.
(B) profase.
(C) profase, metafase, anafase e telofase.
(D) telofase.

3. Com base nos resultados pode concluir-se que o índice mitótico


(A) aumenta com o aumento da concentração de extrato de erva-mate.
(B) diminui com o aumenta a concentração nos tratamentos de 72 horas.
(C) aumenta com a concentração nos tratamentos de 72 horas, mas diminui com a concentração
nos tratamentos com 20 horas.
(D) diminui com o aumento da concentração nos tratamentos de 20 horas.

4. O controlo referido terá sido realizado colocando as raízes da cebola a crescer


(A) numa solução saturada de extrato de erva-mate.
(B) em água mineral.
(C) em solo fértil.
(D) numa solução de Carnoy.

5. A(s) variável(eis) em estudo é(são)


(A) a temperatura.
(B) a concentração de extrato de erva-mate.
(C) a temperatura e a concentração de extrato de erva-mate.
(D) a temperatura e o tempo de exposição ao extrato de erva-mate.

6. O objetivo do ensaio foi


(A) determinar o índice mitótico de Allium cepa.
(B) estudar o efeito da temperatura no índice mitótico e no índice de fase.
(C) avaliar o efeito da concentração das infusões no crescimento da erva-mate.
(D) avaliar o efeito antiproliferativo da erva-mate.

7.  o fim de 20 horas de tratamento, é possível encontrar um maior número de cromossomas


A
dispostos no plano equatorial da célula
(A) no grupo de controlo.
(B) no grupo sujeito às condições CH-1.
(C) no grupo sujeito às condições CH-2.
(D) nos grupos sujeitos às condições CH-1 e CH-2.
BANCO DE EXERCÍCIOS 25

8. Os meristemas de Allium cepa são formados por


(A) células especializadas.
(B) células totipotentes.
(C) células indiferenciadas.
(D) células indiferenciadas e especializadas.

9.  o fim de 20 horas de tratamento, o maior número de rompimento dos centrómeros acompanhado


A
de separação dos cromatídeos aconteceu no grupo
(A) nos grupos sujeitos às condições CH-1 e CH-2.
(B) no grupo sujeito às condições CH-3.
(C) no grupo controlo.
(D) no grupo sujeito às condições CH-2.

10. A citocinese das células de Allium cepa


(A) resultam de um processo de estrangulamento do citoplasma.
(B) envolve a fusão de vesículas golgianas na região mediana da célula-mãe.
(C) resulta do estrangulamento da parede celular da célula-mãe.

BIOLOGIA
(D) precede a telofase.

11.  stabeleça a correspondência correta entre as descrições de processos de reprodução


E
assexuada expresso na coluna A e a respetiva designação que conta da coluna B

Coluna A Coluna B
(a) 
Plantas como Allium cepa, desenvolvem gomos laterais, nos seus 1. Esporulação
caules subterrâneos, capazes de originar novas plantas.
2. Bipartição
(b) 
Células especializadas, não resultantes da união de outras células,
3. Partenogénese
que por mitose são capazes de originar novos seres vivos.
4. Esquizogonia
(c) 
Uma célula divide-se em duas células semelhantes entre até
atingirem o tamanho da célula progenitora. 5. Multiplicação vegetativa

12.  colchicina é uma substância utilizada no tratamento de uma doença inflamatória designada
A
artrite gotosa. Embora não se conheça exatamente o mecanismo de atuação da colchicina,
sabe-se que esta substância interfere na formação de fibrilas de microtúbulos.
Explique por que razão se recomenda aos indivíduos sujeitos a tratamento com colchicina que
não sejam progenitores nos meses seguintes ao tratamento.

Grupo XII

Algumas plantas produzem flores, porém não as usam para se reproduzirem sexuadamente, mas
sim assexuadamente.

O dente-leão, as amoras e alguns citrinos são alguns exemplos de plantas que se reproduzem por
sementes produzidas assexuadamente, um processo designado apomixia.

Na reprodução sexuada, as sementes resultam da união de gâmetas, mas na apomixia tal não
acontece. A apomixia pode ocorrer quando a célula da linhagem feminina, que deveria sofrer meiose
para originar o gâmeta feminino, não completa o processo, resultando numa célula diploide que ori-
gina a semente que contém o embrião. O desenvolvimento da semente e do fruto processa-se de uma
forma idêntica àquela que ocorre nas plantas que cujas sementes foram originadas sexuadamente.
Baseado em Sadava, et. al.. 2017. Life: The Science of Biology. 11th Edition. Sinauer Associates, Inc. Sunderland, USA.
26 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

1. Uma consequência da apomixia é


(A) a produção de plantas haploides.
(B) a produção de clones.
(C) o aumento da variabilidade genética.
(D) o aumento do número de células das plantas-filhas.

2.  s sementes produzidas por apomixia originam plantas adultas por ________ seguida de
A
________.
(A) meiose ... mitose
(B) meiose ... diferenciação
(C) mitose ... diferenciação
(D) mitose ... meiose

3. A tendência evolutiva das plantas, à medida que conquistavam o meio terrestre, foi
(A) a passagem da meiose pré-espórica para pós-zigótica.
(B) a passagem da meiose pré-gamética para pós-zigótica.
(C) o predomínio da haplofase em relação à diplofase.
(D) o predomínio da diplofase em relação à haplofase.

4. Uma vantagem resultante da apomixia é


(A) a preservação de mutações favoráveis ocorridas anteriormente.
(B) a eliminação de mutações favoráveis ocorridas anteriormente.
(C) a duplicação do número de cromossomas da descendência.
(D) a produção de descendência haploide.

5.  lguns citrinos, como certas variedades de laranjas, acumulam glícidos que tornam o seu sabor
A
doce. Segunda a perspetiva neodarwinista, o surgimento de laranjas doces resultou
(A) da necessidade de sobrevivência da espécie.
(B) da seleção natural que atuou sobre a espécie.
(C) da ocorrência de mutações numa população ancestral.
(D) da necessidade de sobrevivência individual.

6.  enxertia e a estacaria são práticas comuns aplicadas na produção de citrinos. A produção de


A
uma planta adulta resultante de estacaria implica a ocorrência de ________, formando-se uma
planta completa em que todas as células ________ o mesmo cariótipo.
(A) meiose (…) não apresentam
(B) mitose (…) não apresentam
(C) meiose (…) apresentam
(D) mitose (…) apresentam
BANCO DE EXERCÍCIOS 27

7.  aça corresponder cada uma das descrições de processos de reprodução assexuada,


F
expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.

Coluna A Coluna B

(a) U
 m organismo unicelular origina, por mitose, duas células tamanho 1. Esquizogonia
desigual.
2. Bipartição
(b) 
Células reprodutoras especializadas sofrem divisão celular
3. Partenogénese
originando novos seres.
4. Gemulação
(c) 
A partir de óvulos que não foram fecundados, originam-se novos
indivíduos. 5. Esporulação

8.  lgumas das plantas com grande importância agrícola são híbridos, ou seja, resultam do
A
cruzamento de variedades geneticamente diferentes. Como estas variedades possuem
conjuntos de cromossomas que não são homólogos uns dos outros não conseguem realizar
meiose, tornando-se estéreis.
Explique de que forma a ocorrência de apomixia permite que plantas híbridas possam contornar
o problema enunciado, sendo férteis.

BIOLOGIA
Grupo XIII

Estimativas sobre o efeito que o aumento do CO2 atmosférico terá sobre a produtividade primária
nos oceanos dependem das respostas fisiológicas das populações contemporâneas de fitoplâncton.
Contudo, as populações de microalgas poderão adaptar-se aos níveis de CO2 de tal maneira que se
tornem geneticamente diferentes das populações atuais.

No sentido de determinar qualquer viés introduzido pela evolução nestas previsões, um grupo de
investigadores da Universidade de McGill avaliou a absorção de CO2 em populações de Chlamydomo-
nas reinhardtii, mantidas com elevados valores deste gás, ao longo de 1000 gerações. A equipa utili-
zou 20 populações, 10 linhas com origem no clone M566B e outras 10 com origem no clone CC-2344.
Cinco linhas de cada clone foram mantidas em ambientes com elevados valores de CO2, enquanto as
restantes cresceram em ambientes com valores atmosféricos (430 ppm). As diferentes populações
foram mantidas em frascos com a injeção de bolhas de CO2. Nas linhas com valores elevados deste
gás, inicialmente, foi bombeado ar contendo 430 ppm. Ao longo das primeiras 600 gerações, estes
valores foram sendo gradualmente aumentados até aos 1050 ppm. Este valor foi mantido durante as
restantes 400 gerações.

No final dos ensaios, os investigadores determinaram que as populações mantidas com valores
elevados de CO2 foram incapazes de induzir uma elevada afinidade para a fixação deste gás e uma
linha apresentou, inclusivamente, uma diminuição na capacidade de absorção de CO2. Este facto foi
atribuído a mutações que condicionam os genes que controlam o mecanismo de concentração de
carbono (CCM). Menor afinidade para o CO2, acrescido de populações com dimensões inferiores,
resultaram numa redução significativa na absorção de CO2 (cerca de 38% menos), em relação às
populações contemporâneas mantidas nas mesmas condições.

Chlamydomonas reinhardtii é uma espécie de alga da divisão Chlorophyta, biflagelada, encontrada


em água doce. Na figura 1, está representado o ciclo de vida de C. reinhardtii, onde são evidenciadas
duas estratégias reprodutivas (I e II). Nestas algas, ocorrem células vegetativas sob duas formas, mt+ e
mt–, que se multiplicam rapidamente e com baixos custos energéticos. Na presença de luz, a gameto-
génese pode ser induzida por escassez de nitrogénio (-N). A união dos gâmetas repõe a diploidia e,
em poucas horas após a fertilização, o zigoto reabsorve os seus quatro cílios, torna-se imóvel e a sua
clorofila é degradada, formando o zigósporo.
Adaptado de Collins, S., Sültemeyer, D. e Bell G. Changes in C uptake
in populations of Chlamydomonas reinhardtii selected at high CO2 (2006) Plant,
Cell and Environment, 29, 1812–1819
28 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

– –
A
– –

– – – –

Células
vegetativas II

+ +
+ +
+ A
+ + -N
+ +

+ – –
+
+ + – –

– +
– + I + –

C
+N

+/—
+ –

+/—
+/—

Zigoto Célula com


quatro cílios

Figura 1 – Ciclo de vida de Chlamydomonas.

1. Identifique o objetivo do estudo experimental levado a cabo pelos pesquisadores.

2. O grupo de controlo na investigação desenvolvida inclui


(A) as populações com origem no clone CC-2344.
(B) as populações com origem no clone M566B.
(C) as populações de M566B e CC-2344, mantidas a 430 ppm.
(D) as populações de M566B e CC-2344, mantidas a 1050 ppm.

3. As letras A, B e C, representam, respetivamente, os processos


(A) meiose, fecundação e mitose.
(B) mitose, mitose e meiose.
(C) mitose, fecundação e meiose.
(D) meiose, mitose e fecundação.
BANCO DE EXERCÍCIOS 29

4. No ciclo de vida ________ de Chlamydomonas reinhardtii, observa-se uma meiose ________.
(A) haplonte … pós-zigótica
(B) diplonte … pós-zigótica
(C) haplonte … pré-gamética
(D) diplonte … pré-gamética

5. No estudo dos investigadores da universidade de McGill, a variável dependente corresponde.


(A) às mutações génicas nos genes CCM.
(B) ao tamanho inicial das populações de C. reinhardtii.
(C) à capacidade de fixação de CO2.
(D) à concentração de CO2 bombeado nos frascos.

6.  s células somáticas da alga adulta apresentam ________ número de cromossomas do zigoto,


A
dado que o organismo adulto está incluído na ________.
(A) o mesmo ... diplofase
(B) metade do ... diplofase
(C) o mesmo ... haplofase

BIOLOGIA
(D) metade do ... haplofase

7.  ode afirmar-se que, no ciclo de vida de Chlamydomonas, os descendentes que resultam do


P
desenvolvimento de vários zigotos
(A) são geneticamente idênticos ao progenitor.
(B) apresentam combinações genéticas diferentes entre si.
(C) apresentam o dobro do número de cromossomas do progenitor.
(D) são geneticamente idênticos entre si.

8. A investigação provou que o CO2 é um fator limitante do crescimento de Chlamydomonas


reinhardtii. No futuro, se os valores atmosféricos ________ os 1050 ppm, é de esperar o recurso à
estratégia reprodutiva ________ do ciclo de vida representado, no qual se verifica a manutenção
da variabilidade genética da descendência.
(A) superarem … II
(B) não ultrapassarem … II
(C) superarem … I
(D) não ultrapassarem … I

9.  rdene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência


O
cronológica de acontecimentos envolvidos no processo A.
A – Ascensão polar dos cromatídeos-irmãos
B – Formação de duas células por citocinese
C – Replicação semiconservativa do DNA
D – Divisão do centrómero de cada cromossoma
E – Alinhamento dos cromossomas no plano equatorial

10. Refira o fator ambiental que induz a formação de células vegetativas mt–.
30 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

11. Associe aos processos de reprodução, apresentados na Coluna I as características da Coluna II


que lhes podem corresponder. Cada uma das características deve ser associada apenas a uma
letra e todas as características devem ser utilizadas.
Escreva na folha de respostas cada letra da Coluna I seguida do número ou dos números (de 1
a 9) correspondente(s).

Coluna I Coluna II
1. Desenvolvimento do indivíduo adulto por mitoses sucessivas.
2. Produção de células reprodutoras por meiose.
(a) Reprodução
assexuada 3. 
Formação de duas células semelhantes entre si, a partir de um organismo unicelular.
(b) Reprodução 4. Ocorrência de fenómenos de recombinação génica.
sexuada 5. 
Formação de novos organismos por desenvolvimento de óvulos sem ter ocorrido
(c) Reprodução fecundação.
por ambos 6. Favorecimento do rápido crescimento de uma população.
os 7. Ocorrência de mutações como fonte de variabilidade.
processos
8. Formação de seres geneticamente iguais ao progenitor.
9. Restauração do número de cromossomas característico da espécie.

12.  xplique de que forma a etapa sexuada do ciclo de vida é induzida por fatores ambientais e qual
E
a importância da mesma para o maior sucesso adaptativo das algas Chlamydomonas reinhardtii.

13.  xplique em que medida a interferência humana pode comprometer os esforços para equilibrar
E
os valores dos gases promotores do efeito de estufa na atmosfera, por ação de Chlamydomonas
reinhardtii.

Grupo XIV

A maioria das algas da divisão Clorophyta possui ciclos de vida complexos, podendo apresentar
reprodução assexuada e reprodução sexuada.
Chlamydomonas sp. é uma alga unicelular, incluída na divisão Clorophyta, cujas células adultas são
haploides e possuem um só cloroplasto em forma de taça. Em situações de stresse ambiental (falta de
alimento, escassez de água, etc.), estas células podem-se diferenciar em gâmetas (designados + e –).

+ Gâmeta
+ –

Zoósporo
Célula adulta Fecundação
Reprodução
assexuada Reprodução
sexuada
Zigoto


+


Divisão

Figura 1 – Ciclo de vida de


Chlamydomonas sp.

Baseado em Campbell et al. (2018). Biology – A global approach. Pearson. New York.
BANCO DE EXERCÍCIOS 31

1. Chlamydomonas apresenta um ciclo de vida


(A) haplodiplonte, quando realiza reprodução sexuada.
(B) haplonte, quando realiza reprodução assexuada.
(C) haplodiplonte, quando realiza reprodução assexuada.
(D) haplonte, quando realiza reprodução sexuada.

2. Imediatamente após uma alteração das condições ambientais favoráveis para condições de
adversas, os gâmetas de Chlamydomonas resultam de
(A) meiose, possuindo 2n cromossomas. (C) meiose, possuindo n cromossomas.
(B) mitose, possuindo 2n cromossomas. (D) mitose, possuindo n cromossomas.

3. Tendo em conta os dados fornecidos, é correto afirmar que em Chlamydomonas sp. a meiose é
(A) pré-espórica, originando zoósporos.
(B) pós-zigótica, originando células haploides.
(C) pré-espórica, originando células haploides.
(D) pós-zigótica, originando zoósporos.

BIOLOGIA
4. Considere as seguintes afirmações relativas a Chlamydomonas sp.
É um ser fotoautotrófico.
I. 
Pode ser incluído no reino Plantae, uma vez que é autotrófico.
II. 
III. Não é capaz de realizar fotossíntese uma vez que só possui um cloroplasto.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) I e II são verdadeira; III é falsa.

5. Chlamydomonas sp. possui DNA ________ uma vez que é um ser ________.
(A) com histonas ... eucarionte (C) com histonas ... unicelular
(B) sem histonas ... eucarionte (D) sem histonas ... unicelular

6.  s proteínas do fuso acromático necessárias para a divisão de Chlamydomonas sp. são


A
sintetizadas nos ribossomas, onde ocorre
(A) a transcrição de sequências de ribonucleótidos.
(B) a tradução de sequências de ribonucleótidos.
(C) a transcrição de sequências de desoxirribonucleótidos.
(D) a tradução de sequências de desoxirribonucleótidos.

7. Ordene as expressões identificadas pelas letras A a E, de modo a reconstituir a sequência de


acontecimentos que conduz à formação de células adultas de Chlamydomonas sp., resultantes
exclusivamente de reprodução assexuada.
A – Desagregação do invólucro nuclear
B – Replicação do DNA
C – Rompimento do centrómero
D – Citocinese
E – Ascensão de cromatídeos para polos opostos

8.  xplique em que medida a passagem de uma estratégia reprodutiva assexuada para uma
E
reprodução sexuada, em situações de ambiente adverso, pode facilitar a sobrevivência de
Chlamydomonas sp.
32 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

Grupo XV

Os mixomicetes, por vezes designados por protistas semelhantes a fungos, são organismos atual-
mente incluídos no reino Protista. A sequenciação de DNA permitiu concluir que a aparente seme-
lhança entre os mixomicetes e os fungos constitui um caso de evolução convergente.

Quando as condições são favoráveis, muitos mixomicetes vivem sob a forma de plasmódio – uma
massa gelatinosa multinucleada, destituída de parede celular, apenas rodeada por uma só membrana
plasmática. O plasmódio desloca-se por movimentos ameboides, resultantes da emissão de pseudó-
podes. À medida que se desloca, o plasmódio obtém o seu alimento, fagocitando e digerindo bacté-
rias, leveduras, esporos de fungos, assim como fragmentos de origem animal e vegetal, continuando
assim o seu crescimento.

Quando as condições se tornam desfavoráveis, o plasmódio transforma-se numa estrutura frutifi-


cante – o esporângio – no interior dos quais se formam esporos.

Após a sua libertação, se as condições forem favoráveis, os esporos podem dividir-se formando
mais células haploides algumas das quais irão funcionar como gâmetas.
Baseado em: Campbell et al. (2018). Biology – A global approach. Pearson. New York.
https://www.sciencedaily.com/releases/2008/02/080213133350.htm

Zigoto (2n) Plasmódio


Fecundação multinucleado

Esporângio
em formação
Células
ameboides
Células Esporângio
(n)
flageladas

As formas
ameboides e Esporos
as flageladas são germinados
interconvertíveis.
Esporos
(n)

Meiose

Figura 1 – Ciclo de vida típico de Mixomicetes.

1.  germinação dos esporos resulta diretamente de ________, originando imediatamente células


A
com ________.
(A) mitose ... 2n cromossomas (C) meiose ... 2n cromossomas
(B) mitose ... n cromossomas (D) meiose ... n cromossomas

2. O plasmódio forma-se na sequência de


(A) meioses sucedidas por citocineses. (C) meioses não sucedidas por citocineses.
(B) mitoses sucedidas por citocineses. (D) mitoses não sucedidas por citocineses.
BANCO DE EXERCÍCIOS 33

3. O ciclo de vida representado na figura não pode ser classificado como haplodiplonte, dado que
(A) a meiose não é pré-espórica.
(B) não há alternância de entidades multicelulares haploides com estados multicelulares diploides.
(C) os gâmetas formam-se por meiose.
(D) há alternância de entidades multicelulares haploides com estados multicelulares diploides.

4. Os mixomicetes não podem ser incluídos no reino dos fungos por


(A) não possuírem parede celular e desenvolverem esporângios.
(B) possuírem membrana celular e terem núcleo individualizado.
(C) não possuírem parede celular e realizarem digestão intracelular.
(D) possuírem membrana celular e serem heterotróficos.

5. No processo de formação dos gâmetas dos mixomicetes verifica-se


(A) emparelhamento de cromossomas homólogos.
(B) manutenção do número de cromossomas.
(C) redução do número de cromossoma.
(D) formação de núcleos diploides.

BIOLOGIA
6. Face a alterações do meio, a ocorrência de meiose e fecundação terá como consequência
(A) o aumento da variabilidade genética e o aumento do potencial adaptativo.
(B) a redução da variabilidade genética e o aumento do potencial adaptativo.
(C) o aumento da variabilidade genética e a diminuição do potencial adaptativo.
(D) a redução da variabilidade genética e a redução do potencial adaptativo.

7.  s fungos e os mixomicetes terão sofrido pressões seletivas ________, o que explica o facto de
O
possuírem estruturas ________.
(A) semelhantes ... análogas (C) semelhantes ... homólogas
(B) distintas ... homólogas (D) distintas ... análogas

8. D ictyostelium discoideum é um mixomicete que, em condições normais, é um organismo


unicelular. Contudo, quando o alimento escasseia, estes indivíduos agregam-se, originando
organismos multicelulares formados por centenas de células que podem diferir geneticamente
entre si.
Explique em que medida estes dados poderão conduzir a uma nova perspetiva, alternativa à
perspetiva mais clássica, sobre o surgimento da multicelularidade.

Grupo XVI

Nas plantas vasculares, a fixação do carbono, dependente da fotossíntese, realiza-se por mais do
que um processo: as plantas C3 não têm capacidade para concentrar o CO2, enquanto as plantas
CAM (CAM – Metabolismo Ácido das Crassuláceas) têm essa capacidade.

A figura 1 compara a transpiração e as permutas de CO2, na presença de luz e na escuridão, em


duas plantas diferentes. O gráfico A refere-se a Helianthus sp. (girassol), uma planta C3. O gráfico B
refere-se a Agave americana (piteira), uma planta CAM.

Agave americana é uma planta nativa do México e das Antilhas, particularmente adaptada a sobre-
viver em ambientes com excesso de salinidade, elevadas temperaturas e escassez de água. Foi intro-
duzida em Portugal, como planta ornamental e para aproveitamento das fibras das suas folhas e pelo
poder antisséptico da sua seiva. A sua grande resistência e facilidade de reprodução, tanto sexuada,
como assexuada, contribuiu para a rápida disseminação pelo território continental e insular (figura 2),
GFBF11DP-03
10 2,0

Influxo

Transpiração (mg dm
Permuta de CO2 (mg d
8 1,5
34 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11
6
1,0
4
2 0,5
0 0

Efluxo
sendo, atualmente, considerada uma planta invasora. Realiza2 fotossíntese CAM, em substituição do
processo fotossintético normal, utilizando a enzima PEP carboxilase,
4 devido ao seu forte poder con-
0
centrador de CO . Ao contrário das outras plantas, as plantas com 4fotossíntese
8 12 16 20 abrem
CAM 24 os seus
2
Tempo (h)
estomas e fixam o CO2 à noite, sob a forma de ácido málico. Durante o período de luminosidade, os
Permuta de CO2 Transpiração
estomas permanecem fechados e o CO2 é libertado dentro da folha, sendo fixado pela rubisco.

Planta C3 - Helianthus sp. (girassol) Planta CAM - Agave americana (piteira)


escuridão escuridão escuridão
Permuta de CO2 (mg dm-2 h-1)

Permuta de CO2 (mg dm-2 h-1)


14 14

Transpiração (mg dm-2 h-1)

Transpiração (mg dm-2 h-1)


12 12
10 2,0
Influxo

10 0,5

Influxo
8 1,5 8 0,4
6 6 0,3
o

1,0
ntic

4 4 0,2
2 0,5 2 0,1
Atlâ

0 0 0 0
Efluxo

Efluxo
2 2
4 4
ano

0 4 8 12 16 20 24 0 4 8 12 16 20 24
Tempo (h) Tempo (h)
Oce

Permuta de CO2 Transpiração Permuta de CO2 Transpiração

Figura 1

Planta CAM - Agave americana (piteira)


Espécie
invasora
escuridão escuridão 0 50 km
Agave
Permuta de CO2 (mg dm-2 h-1)

N
14 americana
Transpiração (mg dm-2 h-1)

12
10 0,5
Influxo

Arquipélago dos Açores


8 0,4
6 0,3
o
ntic

4 0,2
Oceano Atlântico
2 0,1
Atlâ

0 0
Efluxo

0 40 km
2
4 Arquipélago da Madeira
ano

0 4 8 12 16 20 24
Tempo
Oce a n o(h)
Atlâ n tico
Oce

Permuta de CO2 Transpiração

0 40 km

Espécie
invasora 0 50 km
Agave
americana

Arquipélago dos Açores


Figura 2

Oceano Atlântico
Baseado em Paul J. Kramer e John S. Boyer, Water relations of plants and soils, Academic Press Inc., 1995
https://www.invasoras.pt/sites/default/files/Agave-americana_torrinha.pdf
0 40 km (figura 2)

Arquipélago da Madeira

1. As afirmações seguintes dizem respeito à interpretação dos dados


Oceano apresentados
A tl ânti co na figura 1.
O influxo de CO2 em Heliantus sp. é sempre superior ao da transpiração durante a exposição
I. 
à luz. 0 40 km

Ao contrário do que se verifica em Helianthus sp., em Agave americana não ocorre efluxo de
II. 
CO2 durante a exposição à luz.
III. No girassol, a transpiração supera as trocas de CO2 durante o período de escuridão.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.
BANCO DE EXERCÍCIOS 35

2. Na piteira, a resistência estomática


(A) aumenta na presença de luz e o ciclo de Calvin ocorre na escuridão.
(B) diminui na presença de luz e o ciclo de Calvin ocorre na escuridão.
(C) aumenta na presença de luz e o ciclo de Calvin não ocorre na escuridão.
(D) diminui na presença de luz e o ciclo de Calvin não ocorre na escuridão.

3.  e as células da piteira forem colocadas num meio com isótopo radiativo 14C é de esperar que
S
essa radioatividade surja primeiramente no
(A) amido, que constitui um polissacarídeo estrutural.
(B) ácido málico, que se forma durante o período noturno.
(C) ácido málico, que se forma durante o período diurno.
(D) amido, que constitui um polissacarídeo de reserva.

4. No estudo descrito, uma das variáveis dependentes foi


(A) o tipo de planta utilizada. (C) a percentagem de água absorvida.
(B) o período de luminosidade/obscuridade. (D) a variação nas trocas de CO2.

5. No girassol, o efluxo de CO2 diz respeito à

BIOLOGIA
(A) respiração e a taxa de transpiração é maior do que na piteira.
(B) respiração e a taxa de transpiração é menor do que na piteira.
(C) fotossíntese e a taxa de transpiração é maior do que na piteira.
(D) fotossíntese e a taxa de transpiração é menor do que na piteira.

6. A incorporação do carbono inorgânico nos compostos orgânicos como a glicose ocorre ao nível
(A) dos tilacoides, durante a oxidação do CO2.
(B) dos tilacoides, durante a redução da H2O.
(C) do estroma, durante a redução do CO2.
(D) do estroma, durante a oxidação da H2O.

7. Comparativamente com a reprodução sexuada, a fragmentação da piteira


(A) aumenta a variabilidade genética da espécie.
(B) permite o crescimento rápido das populações.
(C) confere vantagens evolutivas às populações.
(D) possibilita melhor adaptação a novos ambientes.

8.  a conquista do ambiente terrestre, a tendência evolutiva das plantas foi no sentido de um


N
predomínio da fase
(A) haploide e da fecundação cruzada. (C) haploide e da autofecundação.
(B) diploide e da fecundação cruzada. (D) diploide e da autofecundação.

9.  rdene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


O
que permitem a obtenção de compostos orgânicos por Agave americana.
A – Absorção de CO2 pelos estomas foliares D – Fixação do CO2 pela rubisco
B – Redução do ácido fosfoglicérico E – Regeneração da ribulose-difosfato
C – Atuação da enzima PEP carboxilase F – Formação de ácido málico

10. Explique as diferenças no efluxo da piteira e do girassol, durante o período de obscuridade.

11. Relacione as características da piteira com a sua distribuição no território nacional.


36 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

Grupo XVII

Dryolimnas cuvieri é uma ave indígena das ilhas do sudoeste do oceano indico e surge dissemi-
nada por toda a região, onde é conhecida por incluir três subespécies: a voadora D. c. cuvieri, comum
em Madagáscar e Mayotte, D. c. abbotti, uma espécie com fraca a nenhuma capacidade de voo, ante-
riormente presente em Assunção, mas, entretanto, extinta, e a espécie D. c. aldrabanus, presente no
atol de Aldabra.
O ralídeo de Aldraba, Dryolimnas cuvieri aldabranus, endémico do atol de Aldabra, nas ilhas Sey-
chelles, é a última ave não voadora do oceano Índico. Aldabra passou por, pelo menos um, grande
evento de inundação total, durante o Pleistocénico Superior (idade Tarantiano). A subida do nível das
águas do mar resultou na perda de toda a fauna terrestre, em que se incluíam o crocodilo Aldabra-
champsus dilophus, a tartaruga-gigante Aldabrachelys cf. gigantea e uma espécie de iguana, a Oplu-
rus iguana.
Exemplares não voadores de Dryolimnas foram identificados em dois locais fossilíferos separados,
depositados antes e depois do evento de inundação, produzindo prova irrefutável de que membros da
família Rallidae colonizaram a ilha, muito provavelmente vindos de Madagáscar.
Os investigadores Julian Hume e David Martill estudaram os fósseis de Dryolimnas cuvieri, datados
do Pleistocénico, comparando as dimensões de dois úmeros encontrados, com os esqueletos das
espécies atuais de D. c. cuvieri e D. c. aldabranus, bem como, com um único exemplar do esqueleto
de D. c. abbotti. Com base nas diferenças encontradas, concluíram que estes ralídeos se tornaram não
voadores em duas ocasiões independentes. As evidências fósseis presentes em Aldabra mostram a
capacidade única destes ralídeos em colonizar ilhas isoladas e evoluir para aves incapazes de voar.

N
Atol de Aldabra
África Bacia de
Seychelles Cabri Polymnie Ponto
Atol de Malabar Houdol
Aldabra N Áre a
v í s i v e l n a mar
Picard é
ico

ai
xa
b

Lagoa
ar

Índ

Espírito
ásc

Maurícia
dag

Reunião
ano
Ma

Grande Terra
Oce

Oc e a n o Ín d i c o
0 500 km 0 5 km

Figura 1 – A – Localização do atol de Aldabra; B – Mapa de Aldabra com a localização dos dois locais em que foram
recolhidos fósseis de Dryolimnas.
Espécies
Dryolimnas c. abbotti
Dryolimnas c. aldabranus
SW Dryolimnas c. cuvieri
eixo do úmero

Dryolimnas cuvieri (Pleistocénico)


Largura do

SD A
Profundidade
do eixo

Figura 2 – Comparação
3 6 9
das dimensões do úmero Tamanho (mm)
das várias subespécies de
TL
Comprimento total

D. cuvieri: B
A – SW largura do eixo do
do úmero

úmero e SD – profundidade
do eixo;
B – TL comprimento total 35 40 45 50 55
do úmero. Tamanho (mm)

Adaptado de Repeated evolution of flightlessness in Dryolimnas rails (Aves: Rallidae) after extinction and recolonization
on Aldabra, Julian P Hume e David Martill, Zoological Journal of the Linnean Society,
Volume 186, Issue 3, julho de 2019, páginas 666-67
BANCO DE EXERCÍCIOS 37

1. Indique o processo evolutivo que condicionou, inicialmente, a diversidade do fundo genético de


Dryolimnas cuvieri aldrabanus.

2. A comparação das dimensões do úmero permitiu


(A) explicar a ausência da capacidade de voo em Dryolimnas cuvieri cuvieri.
(B) provar o desaparecimento de Dryolimnas cuvieri das ilhas do sudoeste do oceano Índico.
(C) perceber a grande capacidade de voo apresentada por Dryolimnas cuvieri abbotti.
(D) comprovar o reaparecimento de Dryolimnas cuvieri não voadora, após extinção.

3. Uma das condições determinantes para a fiabilidade que não se verificou foi
(A) a variedade de fósseis utilizada.
(B) a comparação entre aves voadoras e não voadoras.
(C) o número de exemplares comparados.
(D) a localização distinta das espécies.

4. No estudo descrito, uma das variáveis dependentes foi


(A) o tipo de ave escolhido em cada ilha.

BIOLOGIA
(B) a percentagem de ossos comparados.
(C) a área de habitat de Dryolimnas.
(D) as dimensões dos ossos escolhidos.

5.  e acordo com os dados do texto, a evolução do úmero em Dryolimnas cuvieri das várias ilhas
D
constitui um caso de evolução
(A) divergente, provocada por pressões seletivas semelhantes.
(B) condicionada pela existência de aves predatórias voadoras.
(C) convergente, relacionada com a ocorrência de mutações.
(D) condicionada pela ocorrência de inundações.

6. De acordo com o texto, as mudanças nos caracteres dos indivíduos Dryolimnas cuvieri aldrabanus
(A) surgem devido à influência de fatores ambientais.
(B) são selecionadas por influência de fatores ambientais.
(C) ocorrem na população devido a mutações génicas.
(D) resultam de alterações no processo de tradução.

7.  s organismos que se extinguiram em Aldabra utilizados no estudo pertenciam a quatro


O
espécies de animais: Aldabrachampsus dilophus, Aldabrachelys cf. gigantea, Oplurus iguana e
Dryolimnas cuvieri. As afirmações seguintes dizem respeito à taxonomia das diferentes espécies.
I. Aldabrachampsus dilophus e Oplurus iguana pertencem à mesma classe.
II. Aldabrachampsus dilophus e Aldabrachelys cf. gigantea pertencem ao mesmo género.
III. D
 ryolimnas cuvieri abbotti e Dryolimnas cuvieri aldrabanus têm maior número de taxa em
comum do que Aldabrachampsus dilophus e Aldabrachelys cf. gigantea.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

8.  elacione, à luz do darwinismo, a ausência de determinados predadores com a evolução


R
verificada, no atol de Aldabra, na ave Dryolimnas cuvieri aldabranus.
38 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

9. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência


correta dos acontecimentos relacionados com a evolução em Dryolimnas cuvieri. Considere as
relações de causa e efeito entre os acontecimentos.
A – Extinguem-se os animais exclusivamente terrestres.
B – As condições ambientais voltam a favorecer os indivíduos não voadores.
C – Indivíduos de Dryolimnas cuvieri recolonizam Aldabra.
D – Dyolimnas cuvieri aldrabanus ocupa a ilha de Aldabra.
E – Especiação de Dryolimnas cuvieri durante o Pleistocénico.

10.  xplique de que forma a alternância de períodos de glaciação e interglaciação podem influenciar
E
a diversificação de formas de vida no planeta.

Grupo XVIII

A sequência aminoacídica de uma proteína resulta da sequência nucleotídica do gene que as codi-
fica. Ao longo do tempo surgem mutações genéticas que podem ter reflexo na estrutura das proteínas
por eles codificadas.
Alguns genes apresentam uma taxa de mutação relativamente constante ao longo da evolução, o
que permite que eles, ou os seus produtos, sejam usados como relógios moleculares.
O citocromo c é uma importante proteína da cadeia respiratória, presente na membrana interna das
mitocôndrias, muito usada como relógio molecular. A determinação da sequência dos seus aminoáci-
dos tem permitido o estabelecimento de relações filogenéticas entre diferentes grupos taxonómicos.
Baseado em AP Biology 1 (2012). Biozone International.

Homo sapiens
Macaco
Cão
Cavalo
Burro
Porco
Canguru
Coelho
Pomba
Pato
Galinha
Tartaruga
Cascavel
Atum
Organismo Mosca
Traça (Samia cynthis)
ancestral
Fungo (Neurospora crassa)
Levedura (Saccharomyces sp.)
Levedura (Candida krusei)

30 25 20 15 10 5 0
Aminoácidos substituídos

Figura 1 – Árvore filogenética baseada da homologia do citocromo c em diferentes taxa.

1.  endo em conta os dados que permitiram construção da árvore filogenética da figura, é possível
T
afirmar que
(A) o cavalo e o burro partilham um menor número de características do que o cavalo e o porco.
(B) o cavalo e o burro partilham um ancestral mais recente do que o cavalo e o porco.
(C) os citocromos dos coelhos e o dos cangurus diferem em cerca de 20 aminoácidos.
(D) os citocromos de Saccharomyces sp. e de Candida krusei possuem apenas 20 aminoácidos
iguais.
BANCO DE EXERCÍCIOS 39

2.  possível estabelecer relações de ________ entre os citocromos das espécies estudadas, uma
É
vez que resultam de uma molécula ancestral ________.
(A) analogia ... diferente
(B) analogia ... comum
(C) homologia ... diferente
(D) homologia ... comum

3. As mutações génicas conduzem sempre à


(A) formação de proteínas mais eficientes.
(B) formação de proteínas não funcionais.
(C) alteração da sequência original de desoxirribonucleótidos.
(D) alteração da sequência original de aminoácidos.

4.  comparação da sequência de aminoácidos do citocromo c de diferentes espécies, com vista


A
à construção de árvores filogenética, constitui um argumento
(A) citológico, segundo uma perspetiva darwinista.
(B) bioquímico, segundo uma perspetiva darwinista.

BIOLOGIA
(C) citológico, segundo uma perspetiva neodarwinista.
(D) bioquímico, segundo uma perspetiva neodarwinista.

5.  egundo a hipótese endossimbiótica, as mitocôndrias terão resultados de ancestrais ________


S
semelhantes aos atuais ________.
(A) autotróficos ... procariontes
(B) heterotróficos ... procariontes
(C) autotróficos ... eucariontes
(D) heterotróficos ... eucarionte

6.  uma perspetiva darwinista, o sucesso do estabelecimento de relações endossimbióticas entre


N
mitocôndrias e outras células terá resultado
(A) da necessidade das células hospedeiras se tornarem mais eficientes.
(B) do aumento da variabilidade genética dos seres unicelulares, resultante da aquisição de
genes mitocondriais.
(C) da maior capacidade de sobrevivência dos seres que estabeleceram essas relações.
(D) do aumento da taxa metabólica das mitocôndrias.

7. Constituem vantagens evolutivas, resultantes do estabelecimento da multicelularidade,


(A) o aumento da diversidade e a maior dependência dos seres em relação ao meio envolvente.
(B) a diminuição da diversidade e a menor dependência dos seres em relação ao meio envolvente.
(C) a diminuição da taxa metabólica e o aumento de tamanho dos seres com manutenção da
relação entre a área e o volume.
(D) o aumento da taxa metabólica e o aumento do tamanho dos seres com manutenção da rela-
ção entre a área e o volume.

8.  xplique por que razão nem sempre as mutações que ocorrem nos genes têm efeito nas
E
proteínas por eles codificadas.

9.  xplique, tendo em conta a sua função, o facto de o citocromo c ser uma proteína altamente
E
conservada, isto é, ter sofrido poucas alterações ao longo do tempo.
40 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

Grupo XIX

A chita (Acinonyx jubatus) é um mamífero pertencente à família Felidae, tendo como habitat a
savana. Atualmente, a população mundial de chitas é constituída por pouco menos de 20 mil indiví-
duos. Análises genéticas recentes revelaram que a população possui uma baixa diversidade
genética.

Admite-se que as chitas escaparam tangencialmente da extinção no final da última era glaciar (há
10 mil a 20 mil anos). Se todas as chitas atuais resultam de um stock genético muito limitado, isso
explica a sua reduzida variabilidade genética. Como consequência, a população apresenta diversos
problemas que podem ameaçar a sua sobrevivência, incluindo alterações do esperma, diminuição da
fecundidade, elevada mortalidade juvenil e elevada sensibilidade a doenças.
Baseado em AP Biology 1 (2012). Biozone International

1. A evolução das chitas resultou de um processo de


(A) deriva genética associada ao efeito fundador.
(B) migração.
(C) panmixia.
(D) deriva genética associada ao efeito de gargalo (bottleneck).

2. A elevada sensibilidade a doenças da população atual de chitas é consequência


(A) da diminuição da taxa de crossing-over (diminuição do número de crossing-over por cada
meiose).
(B) da diminuição da taxa de mutação nos últimos 20 mil anos.
(C) do aumento da taxa de mutação nos últimos 20 mil anos.
(D) da reduzida variabilidade do seu fundo genético.

3. A diminuição da variabilidade genética na população de chitas resulta numa


(A) diminuição do número de genes do genótipo de cada indivíduo.
(B) diminuição do número de sequências nuleotídicas alternativas que podem constituir um
determinado gene.
(C) diminuição do número de nucleótidos presentes em cada célula.
(D) diminuição do número de cromossomas.

4. O zigoto de A. jubatus divide-se por


(A) mitose, dando origem a um embrião cujas células possuem um cariótipo igual aos dos
progenitores.
(B) meiose, dando origem a um embrião cujas células possuem um cariótipo igual aos dos
progenitores.
(C) mitose, dando origem a um embrião cujas células possuem um cariótipo diferente dos
progenitores.
(D) meiose, dando origem a um embrião cujas células possuem um cariótipo diferente dos
progenitores.

5. Num animal, a existência de tecidos diferentes resulta


(A) da presença de genes diferentes nas células de cada um dos tecidos.
(B) da presença de cromossomas diferentes nas células de cada um dos tecidos.
(C) da tradução de genes diferentes nas células de cada um dos tecidos.
(D) na replicação de genes diferentes nas células de cada um dos tecidos.
BANCO DE EXERCÍCIOS 41

6. Considere as seguintes afirmações relativas aos processos de diferenciação celular


I. As células estaminais são células com elevado grau de diferenciação.
II. A
 s células totipotentes possuem a totalidade dos genes do genoma, ao contrário do que
acontece com células multipotentes.
III. As células totipotentes são capazes de originar qualquer tipo de célula do organismo.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I e II são verdadeira; III é falsa.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

7.  egundo uma perspetiva neodarwinista, o surgimento de genes diferentes que informam para as
S
mesmas características resultou
(A) da seleção natural.
(B) de mutações.
(C) da segregação aleatória dos cromossomas homólogos.
(D) da união aleatória dos gâmetas.

BIOLOGIA
8. Ordene as expressões identificadas pelas letras A a E, de modo a reconstituir a sequência de
acontecimentos que conduz à formação de espermatozoides em A. jubatus.
A – Ocorrência de crossing-over
B – Emparelhamento de cromossomas homólogos
C – Formação de núcleos haploides
D – Formação de núcleos com cromossomas constituídos por um só cromatídeo
E – Duplicação do número de moléculas de DNA

9.  xplique em que medida a redução drástica do número de indivíduos de uma determinada


E
espécie poderá condicionar a sua capacidade adaptativa e, eventualmente, conduzir à sua
extinção.

Grupo XX

Uma equipa internacional de cientista identificou alterações genéticas de larga-escala que marca-
ram a evolução da gestação nos mamíferos. O estudo faz luz sobre a evolução das estruturas morfoló-
gicas e a aquisição de novas funções envolvidas no desenvolvimento embrionário, nesta classe de
organismos. Para estudar as modificações genéticas durante a evolução da gravidez nos mamíferos,
os investigadores utilizaram técnicas de sequenciação de genes expressos no útero de vários mamífe-
ros – placentários (humano, macaco, rato, cão, vaca, porco, cavalo e armadilho), marsupiais (opos-
sum), e ovopositores (ornitorrinco), uma ave, um réptil e uma rã. Posteriormente, utilizaram modelos
computacionais e métodos de evolução para reconstruir que genes eram expressos nos mamíferos
ancestrais.

Os investigadores identificaram que os primeiros mamíferos evoluíram (e recursos para o


desenvolvimento começaram a provir da mãe e menos do vitelo – gema) quando centenas de genes
importantes para a sinalização celular, metabolismo e desenvolvimento uterino começaram a ser
expressados pelo embrião ainda no útero.

Com a perda da casca do ovo e a evolução para o parto num ancestral comum aos mamíferos
marsupiais e placentários, mais de 1000 genes foram ativados, muitos dos quais estão fortemente
ligados ao estabelecimento da comunicação materno-fetal. Com a evolução de uma gestação uterina
prolongada nos mamíferos placentários, centenas de genes começaram a expressar-se, fortalecendo
grandemente e complexificando a comunicação materno-fetal, bem como suprimindo, localmente, o
sistema imunitário no útero.
42 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

A equipa de investigadores também identificou genes que foram desligados com a evolução destas
linhagens, a maioria dos quais, associados à formação da casca do ovo.

Para além da função, os cientistas investigaram a origem destes genes, determinando que muitos
deles já desempenhavam funções noutros órgãos e tecidos, como o cérebro e sistemas circulatório e
digestivo. Contudo, durante a evolução da gravidez, estes genes foram recrutados para se expressa-
rem no útero com novos propósitos. Evoluíram elementos regulatórios que lhes permitiram ser ativados
por progesterona, uma hormona essencial à reprodução.

A equipa descobriu que este processo era levado a cabo por antigos transposões – porções de
DNA que podem modificar a sua posição dentro do genoma. Estes genes, por vezes designados
“genes saltitões”, são genericamente tidos como parasitas genómicos que servem apenas para se
replicarem a si próprios. Muitos destes transposões possuem locais de ligação à progesterona que
aparentemente regulam este processo.

A investigação sugere assim uma nova explicação para toda uma nova estrutura biológica e seu
conjunto de funções. Ao invés dos genes evoluíram gradualmente a expressão uterina, um de cada
vez, os elementos transposicionais coordenaram uma modificação genómica a larga escala que per-
mitiu numerosos genes serem ativados pelo mesmo sinal – neste caso, a progesterona, que ajudou na
evolução da gravidez.

+500
-296
Mammalia +1167
-239
Theria
+835
-185
Eutheria

Figura 1 – Evolução de genes endometriais em Tetrápodes. Reconstrução do ganho e perda na expressão de genes.
Os valores por cima de cada ramo indicam o número de genes recrutados para (+), ou perdidos durante (–) a expres-
são de genes nas células do endométrio (parede do útero).

Vincent J. Lynch, Mauris C. Nnamani, Aurélie Kapusta, Kathryn Brayer, Silvia L. Plaza, Erik C. Mazur,
Emera D., Sheikh S. et. al., Ancient transposable elements transformed the uterine regulatory landscape
and transcriptome during the evolution of mammalian pregnancy (2015) Cell Reports; 10(4):551-561

1. Os transposões são sequências


(A) móveis de DNA que contêm exões.
(B) móveis que RNA contêm exões.
(C) estáticas de polidesoxirribonucleótidos.
(D) estáticas de polirribonucleótidos.
BANCO DE EXERCÍCIOS 43

2. A análise da árvore filogenética representada na figura 1 permite afirmar que


(A) o ser humano e o macaco apresentam mais diferenças nas sequências do RNA do que o
porco e a vaca.
(B) o cavalo e o cão apresentam menos diferenças nas sequências de DNA do que o rato e a vaca.
(C) o cavalo e o cão apresentam mais diferenças nas sequências de DNA do que o rato e a vaca.
(D) o ser humano e o macaco apresentam menos diferenças nas sequências do RNA do que o
porco e a vaca.

3. A árvore filogenética representada na figura 1 foi construída com dados


(A) citológicos, sendo um sistema natural e vertical.
(B) citológicos, sendo um sistema natural e horizontal.
(C) bioquímicos, sendo um sistema racional e vertical.
(D) bioquímicos, sendo um sistema racional e horizontal.

4.  e acordo com as regras de nomenclatura, a designação científica do ornitorrinco, Ornithorhynchus


D
anatinus, corresponde à categoria taxonómica
(A) família e a segunda palavra corresponde ao nome do género.
(B) espécie e a segunda palavra corresponde ao nome do género.

BIOLOGIA
(C) família e a segunda palavra designa-se epíteto específico.
(D) espécie e a segunda palavra corresponde ao restritivo específico.

5. As afirmações seguintes dizem respeito à evolução dos animais.


I.  presença de fossetas branquiais em todos os embriões de vertebrados terrestres é um
A
argumento a favor da existência de um ancestral aquático comum.
II. A partir de um ancestral comum a todos os vertebrados, desenvolveram-se estruturas
distintas, em resposta a pressões seletivas semelhantes.
III. As alterações que ocorreram na estrutura do coração ao longo da evolução dos vertebrados
são um exemplo de evolução divergente.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

6.  onsiderando o sistema de classificação de Whittaker modificado, o cão e o peixe são seres


C
eucariontes
(A) que ocupam diferente posição nos ecossistemas.
(B) com o mesmo tipo de organização estrutural.
(C) com diferente tipo de organização estrutural.
(D) com diferente modo de nutrição.

7.  s barbatanas dos peixes e dos mamíferos aquáticos correspondem a estruturas ________, uma
A
vez que resultaram de evolução ________.
(A) análogas … convergente (C) homólogas … divergente
(B) análogas … divergente (D) homólogas … convergente

8. Explique a importância dos transposões no aumento do fundo genético das populações.

9.  elacione a reprodução sexuada dos mamíferos placentários com a existência de sequências


R
génicas no embrião supressoras do sistema imunitário materno.
44 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

Grupo XXI

Os esquemas da figura 1 ilustram a distribuição geográfica de diferentes populações de gastrópo-


des, há 4 milhões de anos e na atualidade. Durante esse período, a formação do istmo do Panamá
separou o oceano Pacífico do atual mar das Caraíbas, estabelecendo a ligação entre a América do
Norte e a América do Sul. No início do século XX, a construção do canal do Panamá possibilitou a
passagem dos navios entre o oceano Atlântico e o oceano Pacífico, através da América Central.

Há 4 milhões de anos Na atualidade

N N

O
ce
an
o
P
ac
Cypraea zebra

íf
ic
o

o
ntic
Atlâ
ano
Espécie Cypraea

Oce
ancestral cervinetta

Figura 1

1.  aça corresponder V (afirmação verdadeira) ou F (afirmação falsa) a cada uma das letras que
F
identificam as afirmações seguintes, relativas à situação descrita e esquematizada na figura 1.
(A) A situação descrita e representada na figura ilustra um caso de convergência evolutiva.
(B) O canal do Panamá constitui uma barreira geográfica entre as costas leste e oeste da Amé-
rica Central.
(C) A formação do istmo do Panamá impediu o contacto entre as duas populações de gastró-
podes.
(D) As duas populações atuais de gastrópodes constituem espécies distintas.
(E) O isolamento reprodutor precedeu o isolamento geográfico das duas populações de
gastrópodes.
(F) É provável que Cypraea zebra e Cypraea cervinetta apresentem estruturas homólogas.
(G) O caso descrito constitui um exemplo de especiação geográfica.
(H) Os dados apresentados sugerem que o meio exerceu pressões distintas sobre as popula-
ções de gastrópodes que ficaram separadas pelo istmo.

2.  categoria taxonómica, comum às populações de Cypraea sp. e aos restantes gastrópodes,


A
que apresenta menor diversidade de seres vivos é
(A) o género.
(B) o filo.
(C) a família.
(D) a classe.
BANCO DE EXERCÍCIOS 45

3.  arden e Kramer (1994) sugeriram que as asas dos insetos evoluíram a partir de apêndices
M
branquiais utilizados como remos na água por espécies ancestrais aquáticas. A cada uma das
letras (A, B, C e D), que assinalam afirmações relativas a acontecimentos que poderão ter
ocorrido na evolução dos Insetos, faça corresponder o número (I, II, III, IV ou V) da chave que
identifica o fator de evolução respetivo.
Afirmações
A – Os animais que possuíam apêndices branquiais mais desenvolvidos apresentavam maior
probabilidade de sobrevivência.
B – Os genes reguladores do desenvolvimento dos apêndices branquiais sofreram alterações na
sequência de nucleótidos.
C – A maioria dos indivíduos de uma população ancestral foi eliminada durante uma tempes-
tade, alterando-se o fundo genético da população.
D – Animais provenientes de uma população que possuía apêndices branquiais desenvolvidos inte-
graram-se numa população onde aquela característica não se encontrava tão desenvolvida.
Chave
I – Migração
II – Seleção natural
III – Deriva genética

BIOLOGIA
IV – Ausência de panmixia
V – Mutação

4.  rdene as letras que identificam as afirmações seguintes, de modo a reconstituir a sequência


O
temporal de alguns dos acontecimentos que, numa perspetiva neodarwinista, poderão explicar
a existência de asas nos insetos atuais, segundo uma relação de causa-efeito.
A – Os animais com apêndices branquiais mais desenvolvidos originaram uma descendência
mais numerosa.
B – As diferenças genéticas acumuladas conduziram ao isolamento reprodutor da população
com apêndices branquiais mais desenvolvidos.
C – Numa população, ocorreram alterações nos genes reguladores do desenvolvimento dos
apêndices branquiais de alguns indivíduos.
D – Ao longo das gerações, foi aumentando a frequência dos alelos responsáveis pelo maior
desenvolvimento dos apêndices branquiais.
E – O fundo genético da população diversificou-se relativamente ao desenvolvimento dos apên-
dices branquiais.

5.  xplique de que forma duas populações podem ficar isoladas biologicamente, sem que ocorra
E
especiação geográfica.

Grupo XXII

A deriva genética pode fazer com que genes neutros ou mesmo ligeiramente desvantajosos se
encontrem com frequências altas em populações pequenas. O modelo que explica como uma popu-
lação pode passar por estágios pouco adaptativos no caminho para alta adaptação é chamado de
teoria do equilíbrio instável.

Considere-se uma espécie de aves que se alimenta de sementes (por exemplo, Geospiza fortis) e
cujo o tamanho do bico é controlado por um único gene. Indivíduos BB têm bicos grandes, indivíduos
Bb têm bicos médios e indivíduos bb têm bicos pequenos.

Admita-se que uma população dessas aves vive num lugar onde sementes grandes e pequenas
são abundantes, mas não há sementes médias disponíveis. Os indivíduos de bico grande são capazes
de abrir sementes grades; os indivíduos com bico pequeno são capazes de abrir sementes pequenas;
46 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

os indivíduos de bico médio têm grande dificuldade em utilizar sementes pequenas e sementes gran-
des (figura 1).

Considere-se uma segunda situação, em que num determinado local existe uma população
pequena de indivíduos de bico pequeno (todos com o genótipo bb), que apresentam uma elevada
aptidão, mas não tão elevada quanto uma população de indivíduos de bico grande. Através de fluxo
génico, alguns alelos B são introduzidos na população. Após algumas gerações, as frequências dos
alelos B aumentam na população. Se o alelo B se tornar frequente o suficiente, a população poderá ver
o seu fenótipo dominante alterado (figura 2).

Genótipo Fenótipo Aptidão 1

BB 1 0,8

Aptidão da população
0,7

Bb 0.7

bb 0.8
100% B 50/50 B/b 100% b
Frequência alélica

Figura 1 – Frequências génicas de Geospiza fortis e nível de aptidão resultante.

1 M
ec
an
ism
o B oA
0,8 M e c a nis m
Aptidão da população

0,7

100% B 50/50 B/b 100% b


Frequência alélica

Figura 2 – A atuação sequencial de dois mecanismos de evolução (A e B), numa população pequena,
poderá conduzir à alteração do seu fundo genético e da sua aptidão.

Adaptado de http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/VIIC1aComplexNovelties2.shtml

1.  a população com os três genótipos, os indivíduos heterozigóticos para o gene responsável


N
pela determinação do tamanho do bico apresentam
(A) bico pequeno e elevada aptidão. (C) bico médio e elevada aptidão.
(B) bico médio e baixo nível de aptidão. (D) bico pequeno e baixa aptidão.

2.  a segunda situação referida, a alteração que ocorreu no fundo genético da população ficou a
N
dever-se, respetivamente, a
(A) seleção natural e deriva genética. (C) emigração e deriva genética.
(B) deriva genética e seleção natural. (D) cruzamentos ao acaso e emigração.
BANCO DE EXERCÍCIOS 47

3.  o fim de várias gerações e após a atuação dos mecanismos de evolução A e B, será de


A
esperar que a população seja composta
(A) maioritariamente por indivíduos de bico grande.
(B) maioritariamente por indivíduos de bico médio.
(C) exclusivamente por indivíduos de bico pequeno.
(D) por indivíduos de bico médio e de bico grande em proporções semelhantes.

4. Geospiza fortis e Cataglyphis fortis são dois seres multicelulares eucariontes que fazem nutrição
por ingestão e pertencem
(A) à mesma espécie e ao mesmo género.
(B) à mesma espécie, mas a géneros diferentes.
(C) a géneros diferentes, mas ao mesmo reino.
(D) a géneros diferentes e a reinos diferentes.

5.  studos recentes demonstraram que o polimorfismo do gene AXL1 está envolvido na diversifi-
E
cação da forma do bico entre diferentes espécies de tentilhões, permitindo estabelecer a suas
relações filogenéticas. Estes dados constituem um argumento

BIOLOGIA
(A) bioquímico, no âmbito do darwinismo.
(B) anatómico, no âmbito do neodarwinismo.
(C) anatómico, no âmbito do darwinismo.
(D) bioquímico, no âmbito do neodarwinismo.

6.  amarhynchus pallidus e Geospiza fortis são duas espécies de tentilhões. C. pallidus alimenta-se de
C
insetos, enquanto G. fortis alimenta-se de sementes. Os bicos destas duas aves são estruturas
________ e resultaram de um processo de evolução ________.
(A) análogas … convergente
(B) homólogas … convergente
(C) análogas … divergente
(D) homólogas … divergente

7. Geospiza fortis possui um coração com ________ e realiza trocas gasosas nos ________.
(A) quatro cavidades … parabrônquios
(B) três cavidades … parabrônquios
(C) três cavidades … alvéolos pulmonares
(D) quatro cavidades … alvéolos pulmonares

8.  stabeleça a correspondência entre os tipos de seres vivos, descritos na coluna A, e o reino a


E
que pertencem, presente na coluna B.

Coluna A Coluna B

(a) Um organismo unicelular origina, por mitose, duas células tamanho desigual. 1. Esquizogonia
(b) Células reprodutoras especializadas sofrem divisão celular originando novos 2. Bipartição
seres. 3. Partenogénese
(c) A partir de óvulos que não foram fecundados, originam-se novos indivíduos. 4. Gemulação

9.  xplique em que medida o reduzido número de indivíduos numa população pode facilitar as
E
alterações do seu fundo genético por deriva génica.
48 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

Grupo XXIII

O grou-americano (Grus americana) é a ave pernalta migradora de maior porte na fauna da Amé-
rica do Norte. Deslocam-se em bandos numerosos, com formações em V, o que ajuda estas aves a
conservarem energia, já que cada uma voa ligeiramente à frente da outra, proporcionando menor
resistência ao vento.

Em 1860, a população era estimada entre 1300 e 1400 indivíduos. Em menos de um século, esta
população sofreu uma diminuição drástica do número de indivíduos, devido, essencialmente, à des-
truição das áreas de nidificação e à caça indiscriminada. Em 1941, recensearam-se 22 indivíduos no
estado selvagem, dos quais se pensa que apenas 16 deram origem à população atual. Devido a medi-
das de conservação (criação de áreas protegidas e proibição da caça), o número de grous-america-
nos tem vindo a aumentar, tendo sido recenseados cerca de 150 indivíduos em 1993.

Um estudo recente, de 2013, liderado por Martin Folk estabeleceu uma relação entre a probabili-
dade de morte por colisão, seja a voar ou a caminhar, e o sexo dos indivíduos (figura 1).

1,0 Fêmea Macho

a
0,8
morte por colisão
Probabilidade de

a
0,6

0,4 b
b
0,2

0,0
Voo Caminhada
Comportamento

Figura 1

Folk, M.; Dellinger, A. & Leone, E. Is Male-biased Collision Mortality of Whooping Cranes (Grus americana) in Florida
Associated with Flock Behavior? (2013), Waterbirds Vol. 36, Issue, pg(s) 214-219

1. Identifique o fator de evolução que, de acordo com o texto, contribuiu para a redução da
variabilidade genética da população do grou-americano, que terá ocorrido entre 1860 e 1941.

2. Relativamente aos seres Grus americana, Grus canadensis e Sitta canadensis, pode afirmar-se que
(A) Grus americana e Sitta canadensis pertencem a espécies distintas do mesmo género.
(B) Grus canadensis e Grus americana pertencem a espécies distintas da mesma família.
(C) Grus canadensis e Sitta canadensis pertencem à mesma espécie e ao género canadensis.
(D) Grus americana e Grus canadensis pertencem à mesma espécie e ao género Grus.

3. As asas de Grus americana e as asas do pequeno morcego castanho (Myotis lucifugus), com
quem partilha alguns habitats norte-americanos, são estruturas ________, pois desempenham a
mesma função e possuem uma estrutura embriológica ________. Estas estruturas resultam de
pressões seletivas ________.
(A) análogas … diferente… idênticas
(B) homólogas … semelhante … diferentes
(C) homólogas … diferente … idênticas
(D) análogas … semelhante … diferentes
BANCO DE EXERCÍCIOS 49

4.  grou-americano possui patas longas e esguias, que lhe permitem deslocar-se melhor nos
O
pântanos e zonas alagadas onde se alimenta. Numa perspetiva neodarwinista, o aparecimento
desta característica deveu-se à
(A) seleção natural exercida sobre a espécie.
(B) adaptação individual à alteração ambiental.
(C) necessidade de sobreviver num ambiente adverso.
(D) ocorrência de mutações na população ancestral.

5.  regulação da expressão génica em organismos eucariontes, como o grou, pode ocorrer ao


A
nível da transcrição ou da tradução. Durante a ________, ocorre a ________.
(A) tradução … ligação da RNA polimerase a uma cadeia simples de DNA
(B) transcrição … polimerização de ribonucleótidos
(C) transcrição … ligação da DNA polimerase a uma cadeia simples de DNA
(D) tradução … polimerização de ribonucleótidos

6.  s grous são animais ________ e as suas células germinativas em fase G2 possuem ________
O
número de cromossomas das células somáticas.
(A) gonocóricos … o dobro (C) hermafroditas suficientes … igual

BIOLOGIA
(B) gonocóricos … igual (D) hermafroditas suficientes … o dobro

7. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) A ação de agentes mutagénicos pode alterar o ritmo a que decorre o ciclo celular de uma
célula da epiderme do grou.
(B) O surgimento de novos genes pode ser consequência de alterações ocorridas durante a
replicação semiconservativa do DNA.
(C) As atividades humanas contribuíram para a diminuição do efetivo populacional de grous.
(D) Uma substituição da terceira base nucleotídica de um determinado codogene altera inequi-
vocamente, a sequência de aminoácidos da hemoglobina do grou.
(E) Um parasita multicelular solitário que habita no interior do intestino delgado do grou poderá
reproduzir-se sexuadamente, ocorrendo autofecundação.
(F) D
 urante o desenvolvimento embrionário do grou podem ocorrer mutações cromossómicas
numéricas como resultado da não disjunção de cromossomas homólogos em anafase l.
(G) A reprodução dos grous exige um reduzido dispêndio de energia quer na formação dos
gâmetas quer nos processos que desencadeiam a fecundação.
(H) A clonagem de grous poderá ser utilizada para incrementar o número de indivíduos na popu-
lação e a respetiva variabilidade genética.

8.  econstitua a sequência temporal dos acontecimentos mencionados, colocando por ordem as


R
letras que os identificam.
A – Atinge-se a maturação sexual de ambos os progenitores cerca de 1460 dias após a eclosão
do ovo.
B – Ocorre a cópula.
C – Troca de segmentos entre cromossomas homólogos.
D – União de células haploides com restabelecimento da diploidia.
E – Desenvolvimento embrionário no interior de um ovo.

9.  ncontre uma explicação para a mortalidade registada nos resultados apresentados, atendendo
E
aos dados fornecidos.

GFBF11DP-04
50 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

Grupo XXIV

O ruído antropogénico tem impacto no comportamento e fisiologia de muitas espécies, mas as res-
postas podem variar com a exposição repetida. Como a exposição repetida pode variar em regulari-
dade, identificar os regimes com menor impacto é fundamental para definir legislação.

Uma equipa de investigadores liderada por Sophie Nedelec levou a cabo uma experiência ao longo
de 16 dias, em que estudou os efeitos do ruído com origem humana (gravações de navios), compara-
tivamente com o som ambiente, sobre o comportamento, crescimento e desenvolvimento larvar no
bacalhau-do-atlântico (Gadus morhua).

Nos laboratórios de Ardtoe Marine, em Acharacle, na Escócia, os cientistas desenvolveram o


seguinte procedimento:

Metodologia
1. D
 oze tanques foram distribuídos aleatoriamente pelos três tratamentos: som ambiente (A), ruído
adicional regular (R) e ruído adicional aleatório (Rand). No total, foram utilizados quatro tanques
por tratamento.
2. O
 vos de bacalhau em fase de eclosão, de 4 lotes separados, foram alocados para os vários
tanques de modo equilibrado, com uma densidade de cerca de 7000 ovos por tanque: um lote
foi dividido entre os tratamentos A e R; dois dos lotes foram divididos entre os três tratamentos e
o lote final distribuído pelos restantes quatro tanques (A, R, Rand e Rand).
3. A
 exposição ao som começou 6 horas após a eclosão dos ovos e continuou, 24 horas por dia,
até ao fim da experiência (16 dias).
4. O
 som gravado foi introduzido por meio de altifalantes, tendo as larvas de bacalhau sido expos-
tas a: som ambiente (24 h/dia), ruído adicional regular (som ambiente, com a passagem de um
navio, durante 15 minutos, a cada hora) e ruído adicional aleatório (som ambiente, com a passa-
gem de 6 navios, durante 15 minutos cada, ao longo de um período de 6h, em ocasiões aleató-
rias). A duração da exposição ao tráfego marítimo regular ou aleatório foi, por isso, o mesmo,
num período de 6 horas.
 ara aferir o desenvolvimento das larvas, avaliou-se o uso do saco vitelino1, o tamanho e a razão
5. P
largura/comprimento do corpo. Para esta determinação, fotografaram 10 peixes de cada recinto,
antes de serem alimentados, 1 dia depois da eclosão (dde), 2 dde e 16 dde.
1
bolsa ventral que, nos peixes ovíparos, armazena substâncias de reserva.

Resultados

Os resultados obtidos nos diferentes recintos/tanques estão representados nos gráficos da figura 1.

A B C
0,7 AC 6,2 0,058
Razão largura/comprimento

0,056
Tamanho do saco vitelino

0,6 ACR
Comprimento do corpo

6,0
0,054
(unidade arbitrária)

ACI
das larvas (mm)

0,5
5,8 0,052
corporal

0,4 0,050
5,6
0,3 0,048
5,4 0,046
0,2
0,044
0,1 5,2
0,042
0 5,0 0,040
1 2 1 2 16 1 2 16
Dias após a eclosão Dias após a eclosão Dias após a eclosão
dos ovos dos ovos dos ovos

Figura 1 – Tamanho do saco vitelino ao fim de 1 e 2 dde (A); Comprimento do corpo ao fim de 1, 2 e 16 dde (B);
Razão largura-comprimento do corpo nos dias 1, 2 e 16 dde (C).

Impacts of regular and random noise on the behaviour, growth and development of larval Atlantic cod (Gadus morhua),
Nedelec S. et al. (2015), Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences 282(1817)
BANCO DE EXERCÍCIOS 51

1. Na experiência descrita, uma das variáveis dependente corresponde


(A) ao som/ruído a que as larvas foram expostas.
(B) à razão largura/comprimento do corpo.
(C) aos dias de desenvolvimento larvar.
(D) ao valor inicial do saco vitelino.

2.  recurso a substâncias de reserva, dois dias depois da eclosão, é superior em larvas expostas a
O
ruído antropogénico ________, pelo que se pode concluir que, em situações de stress ambiental,
Gadus morhua utiliza as reservas nutritivas de que dispõe, ________ do que com som ambiente.
(A) regular … para aumentar o comprimento corporal mais
(B) aleatório … para aumentar o comprimento corporal mais
(C) aleatório … devido a uma atividade mais intensa
(D) regular … devido a uma atividade mais intensa

3.  estudo mostra que no desenvolvimento inicial das larvas, ao fim de ________ dias após a
O
eclosão, há uma relação entre a largura e o comprimento do corpo menor, nas larvas expostas a
ruído ________, com consequências ao nível do desenvolvimento muscular.
(A) dois … regular

BIOLOGIA
(B) dois … aleatório
(C) dezasseis … regular
(D) dezasseis … aleatório

4.  formação das diversas estruturas do bacalhau-do-atlântico resulta da ________ que ocorre em


A
células ________ da larva.
(A) alteração do genoma … indiferenciadas.
(B) alteração do genoma … diferenciadas.
(C) regulação da transcrição de genes … diferenciadas.
(D) regulação da transcrição de genes … indiferenciadas.

5. No bacalhau-do-atlântico ocorrem trocas gasosas por difusão ________, através ________.


(A) indireta … da superfície do corpo
(B) direta … do mecanismo de contracorrente
(C) direta … de superfícies altamente vascularizada
(D) indireta …de evaginações do corpo

6.  egundo o sistema de classificação de Whittaker modificado, os peixes pertencem, inequivocamente,


S
ao reino Animalia por apresentarem
(A) mobilidade e nutrição por ingestão.
(B) diferenciação tecidular elevada e heterotrofia.
(C) células eucarióticas e nutrição por absorção.
(D) multicelularidade e tecidos especializados.

7. Os peixes apresentam circulação


(A) simples e o seu coração recebe sangue arterial vindo das brânquias.
(B) incompleta e o seu coração impulsiona sangue arterial para todo o organismo.
(C) simples e o seu coração recebe sangue venoso vindo de todo o organismo.
(D) incompleta e o seu coração impulsiona sangue venoso para as brânquias.
52 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

8. Nos peixes, o fluido circulatório garante o transporte de nutrientes obtidos através da digestão
(A) intracelular realizada em vesículas endocíticas.
(B) intracelular realizada em vacúolos digestivos.
(C) extracelular realizada num tubo digestivo completo.
(D) extracelular realizada numa cavidade gastrovascular.

9.  o mesmo estudo, a equipa determinou que havia uma relação direta entre o tempo necessário
N
para a captura das larvas e a razão largura-comprimento.
Explique, de acordo com dados disponíveis, o impacto que a exposição a ruídos de origem
antrópica poderá ter no efetivo populacional de Gadus morhua.

Grupo XXV

Os tentilhões de Darwin são aves extremamente inventivas. Recentemente, foi registado pela primeira
vez um comportamento inovador nestas aves, fora do contexto alimentar; quatro espécies de tentilhões
esfregam folhas de Psidium galapageium, uma árvore endémica das Galápagos, nas suas penas.

Foi proposto que este comportamento serve como repelente contra ectoparasitas, onde se inclui o
inseto Philornis downsi. Esta espécie de mosca foi introduzida acidentalmente na ilha e tem dizimado
as populações de aves autóctones. As moscas adultas alimentam-se de fruta, mas as suas larvas são
hematofágicas – sobrevivem e desenvolvem-se sugando o sangue das crias de tentilhões, quando
estas ainda estão no ninho.

Os cientistas observaram que os tentilhões esfregavam as suas penas com folhas que retiravam de
Psidium galapageium. Perante tal facto, com o intuito de compreenderem o efeito repelente de P. gala-
pageium sobre mosquitos da espécie Anopheles arabiensis, desenvolveram o seguinte estudo no
campo e em laboratório.

Métodos e resultado

No Campo:

1. Foram tratados 17 humanos com folhas esmagadas de Psidium galapageium. Cada indivíduo
aplicou o extrato num braço e numa perna, deixando os outros dois membros por tratar.

2. D
 urante 15 minutos, os indivíduos tratados foram deixados expostos ao contacto com
mosquitos no campo. Contaram-se 202 picadas de mosquitos. No total, foram contabilizadas
17 picadas nos membros tratados.

No laboratório:

1. Prepararam-se 3 conjuntos de salsichas com sangue.

2. Injetou-se igual número de salsichas com etanol, extrato de folhas de P. galapageium com
etanol e extrato de Rubus idaeus (framboeseira).

3. Durante a experiência, contabilizaram-se quantas vezes os mosquitos pousaram em cada


uma das salsichas com sangue. Os resultados obtidos estão representados na figura 1A.

Para monitorizar o efeito P. galapageium sobre o crescimento das larvas de Philornis downsi, foi
desenvolvido um outro procedimento em laboratório.

1. Embeberam-se gazes de linho com sangue de crias de tentilhão.

2. T
 rataram-se igual número de gazes com igual volume (8 mL) de água, de extrato de Tradescantia
flumensis (planta sem conhecido poder repelente) e de extrato de folhas de P. galapageium
(constituídos por iguais partes de diclorometano e extrato de folhas obtido por esmagamento de
4 folhas).
BANCO DE EXERCÍCIOS 53

3. A s gazes foram colocadas em três ambientes controlados, com larvas de P. downsi


previamente pesadas.

4. Terminada a experiência, as larvas foram recolhidas. Avaliou-se o ganho de peso de cada uma
das larvas. Os resultados relativos ao ganho de peso das larvas estão representados na figura
1B.

16 140

Ganho de peso (%) de cada


uma das larvas após 2 dias
N.º médio de mosquitos

14 120
12 100
10
80
8
6 60
4 40
2 20
0 0
P. galapageium R. idaeus P. galapageium Psidium Água (n = 39) Tradescantia
- Etanol - Etanol - R. idaeus galapageium fluminensis
(n = 23) (n = 10)

Figura 1 A – Efeito repelente de P. galapageium Figura 1 B – Efeito de P. galapageium no cresci-


sobre Anopheles arabiensis. mento de larvas de P. downsi.

BIOLOGIA
Baseado em Arno Cimadom, Charlotte Causton et al. Darwin’s finches treat their feathers with a natural repellent
Nature Scientific Reports | 6:34559 | DOI: 10.1038/srep34559 (2016)

1. Identifique os grupos de controlo na experiência 1.

2. Um dos objetivos do estudo desenvolvido foi


(A) investigar a capacidade de as larvas crescerem, consumindo sangue das gazes.
(B) inventariar a quantidade de picadas por salsicha com sangue, por ação de Anopheles arabiensis.
(C) verificar se o extrato de P. galapageium é um repelente eficaz.
(D) confirmar a eficácia da gaze tratada com água no controlo da larva da mosca.

3. No estudo descrito, uma das variáveis dependentes foi


(A) o peso das larvas de Anopheles arabiensis em cada um dos ensaios com salsicha.
(B) o ganho peso das larvas de mosca de P. downsi.
(C) a quantidade de extrato de P. galapageium nas gazes de linho.
(D) a concentração de extrato de P. galapageium utilizada na gaze de linho.

4. No estudo descrito,
(A) os grupos experimentais foram tratados com extrato de P. galapageium em todos os
procedimentos.
(B) o grupo de controlo foi tratado com extrato de P. galapageium apenas no procedimento que
decorreu no campo, da primeira experiência.
(C) os grupos de controlos foram tratados com extrato de Rubus idaeus apenas no ensaio labo-
ratorial, da primeira experiência.
(D) o grupo experimental foi tratado com extrato de P. galapageium apenas no primeiro procedimento.

5. Uma das condições determinantes da fiabilidade dos resultados foi


(A) a variedade de soluções.
(B) a alteração da frequência de tratamentos.
(C) a repetição dos ensaios.
(D) a composição da gaze.
54 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

6. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço.


Transcreva cada uma das letras, seguida do número que corresponde à opção selecionada. A
cada letra corresponde um só número.

As larvas de Philornis downsi que parasitam os tentilhões têm um sistema digestivo ___(a)___, em
que a digestão é ___(b)___. Nestes animais, o sistema circulatório é ___(c)___, ocorrendo trocas
gasosas ___(d)___ através de superfícies respiratórias que correspondem a ___(e)___.

(a) (b) (c) (d) (e)


1. invaginações da superfície
1. completo 1. intracelular 1. aberto 1. diretas corporal
2. incompleto 2. extracorporal 2. fechado 2. indiretas 2. traqueias
3. simples 3. extracelular 3. duplo 3. unidirecionais 3. evaginações da superfície
corporal

7. Os resultados registados na figura 1A mostram que


(A) o efeito do extrato de P. galapageium nos mosquitos depende da quantidade de gaze
utilizada.
(B) Philornis downsi tem um efeito inibitório sobre P. galapageium.
(C) o extrato de P. galapageium na totalidade 100% os mosquitos de Anopheles arabiensis.
(D) a utilização do extrato de P. galapageium tem um efeito repelente superior ao de todas as
restantes soluções.

8.  ontabilizam-se pelo menos quatro espécies de tentilhões de Darwin que foram observadas a
C
utilizar folhas de P. galapageium: Geospiza fortis, Geospiza fuliginosa, Camarhynchus parvulus e
Certhidea olivacea. As afirmações seguintes dizem respeito à taxonomia de diferentes espécies
de tentilhões.
Camarhynchus parvulus e Certhidea olivacea pertencem a classes diferentes.
I. 
Geospiza fortis e Geospiza fuliginosa pertencem ao mesmo género.
II. 
III. Camarhynchus heliobates e Camarhynchus parvulus têm menor número de taxa em comum
do que Geospiza fortis e Certhidea olivacea.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

9.  rdene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência


O
cronológica de acontecimentos que ocorrem durante o ciclo de vida de P. downsi. Termine a
ordenação pela etapa em que surgem seres vivos frugívoros.
A – Deposição de ovos
B – Produção de gâmetas
C – Fecundação
D – Transformação em inseto adulto
E – Ingestão de sangue
BANCO DE EXERCÍCIOS 55

10.  aça corresponder cada uma das descrições relativas a compostos orgânicos, expressas na
F
coluna A à respetiva designação, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
1. Ácido nucleico
(a) Glícido complexo que forma a parede celular das células vegetais.
2. Ácido gordo
(b) Polímero que contém pentoses e que é responsável pela informação
3. Celulose
contida na célula.
4. Fosfolípido
(c) Molécula anfipática que compõe as membranas celulares.
5. Glicogénio

11.  xplique de que modo o estudo apresentado na figura 1B pode suportar a hipótese levantada
E
pelos investigadores.

Grupo XXVI

O cariótipo é o conjunto de cromossomas presente numa determinada célula, que é característico


de uma espécie pelo seu número e morfologia. Um cariótipo que apresente o número normal de cro-
mossomas diz-se euploide. Normalmente, os organismos são haploides (n) ou diploides (2n). Contudo,
erros que podem ocorrer durante a meiose podem multiplicar o conjunto de todos os cromossomas,
originando poliploidias. As poliploidias podem originar indivíduos cujas células possuam três cópias

BIOLOGIA
de cada cromossoma – triploide (3n) – ou quatro cópias tetraploide (4n). Embora, na maioria dos
casos, a poliploidia resulte de uma falha na separação dos cromossomas durante a meiose, em casos
mais raros esta situação pode resultar da união de mais do que dois gâmetas.

Na espécie humana, a polipoidia é letal. No entanto, existem espécies, nomeadamente algumas


plantas, em que a poliploidia não só é viável, como pode conduzir à formação de novas espécies. As
duas principais espécies de trigo cultivadas comercialmente Triticum turgidum (tetraploide) e Triticum
aestivum (hexaploide) são exemplos de polipoidia bem sucedida.

Na figura 1 está representada a distribuição percentual de espécies de plantas poliploides por dife-
rentes latitudes em algumas regiões do hemisfério Norte.

80
Espécies poliploides (%)

70 Gronelândia (Sul)
Islândia
60 Noruega
Grã-Bretanha Finlândia
Dinamarca Suécia
50
Hungria
40
Sicília

30 Figura 1 – Distribuição de espécies de


30 40 50 60 70 80 plantas polipoides (em %) em diferentes
Latitude (N) latitudes do hemisfério Norte.

Fonte: Exame Nacional de Biologia, GAVE, 2001, 1.ª Fase, 1.ª Chamada

1. Tendo em conta os dados do gráfico é correto afirmar que


(A) a percentagem mais baixa de espécies poliploides encontra-se nas regiões de latitude supe-
rior a 60°.
(B) as regiões de temperaturas mais elevadas são favoráveis à existência de uma grande per-
centagem de espécies poliploides.
(C) relativamente às latitudes consideradas, a percentagem de espécies poliploides aumenta
com a latitude.
(D) a maior percentagem de espécies formadas por duplicação cromossómica encontra-se
entre os 50° e os 60° de latitude.
56 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

2. Num ciclo de vida haplonte, a meiose


(A) ocorre imediatamente antes da formação do zigoto.
(B) ocorre imediatamente após formação do zigoto.
(C) precede a formação de esporos.
(D) precede a formação de gâmetas.

3. O trigo duro (Triticum turgidum) e o trigo comum (Triticum aestivum) pertencem


(A) à mesma família e à mesma classe.
(B) à mesma espécie e à mesma família.
(C) ao mesmo género e a famílias diferentes.
(D) ao mesmo género e à mesma subespécie.

4.  egundo o sistema de classificação de Whittaker modificado, os indivíduos pertencentes à


S
espécie Triticum aestivum são incluídos, inequivocamente, no reino Plantae, porque são
(A) autotróficos e apresentam elevada diferenciação tecidular.
(B) multicelulares e autróficos.
(C) eucariontes e autotróficos.
(D) autotróficos e não apresentam diferenciação tecidular.

5. Nas células de Triticum aestivum, a cadeia respiratória


(A) ocorre na membrana interna dos tilacoides.
(B) ocorre no estroma dos tilacoides.
(C) conduz à redução do ácido pirúvico.
(D) conduz à redução do oxigénio.

6.  aça corresponder cada uma das situações expressas na coluna A à respetiva perspetiva
F
evolutiva, presente na coluna B.

Coluna A Coluna B

(a) A
 s alterações climáticas desempenham um papel importante na
evolução dos organismos.
(b) 
As cobras, pelo hábito de rastejarem e passarem através de orifícios, 1. 
De acordo com a perspetiva
aumentaram o seu comprimento. Lamarckista
(c) 
O tamanho de uma população de organismos está relacionado com a 2. 
De acordo com a perspetiva
luta pela sobrevivência. Darwinista
(d) 
Uma população de bactérias tende a crescer segundo uma 3. 
De acordo com a perspetiva
progressão geométrica. Lamarckista e Darwinista
(e) 
As modificações nos seres vivos são explicadas pela necessidade de
adaptação ao meio.

7.  ementes de uma planta de uma determinada espécie com 2n = 24 cromossomas foram


S
embebidas numa solução de colquicina, solução que inibe a formação das fibras do fuso
acromático nas células em divisão. Após a germinação dessas sementes, verificou-se que as
células das novas plantas apresentaram 48 cromossomas.
Explique o facto de as células da planta em causa e que resultaram de sementes sujeitas ao
tratamento com colquicina, apresentarem 48 cromossomas.
BANCO DE EXERCÍCIOS 57

Grupo XXVII

A malária é uma doença provocada por protozoários unicelulares parasitas do género Plasmodium,
os quais são transmitidos aos humanos por mosquitos do género Anopheles.

A cloroquina começou a ser usada no tratamento da malária em 1946 com excelentes resultados.
No entanto, na década de 1950 foram detetados os primeiros casos de resistência a esta substância.
Embora a cloroquina tenha continuado a ser usada durantes vários anos com sucesso, a resistência
continuou a espalhar-se. Atualmente, duas das quatro espécies de Plasmodium (P. falciparum e P.
vivax) são resistentes à cloroquina.

Novas drogas anti-malária têm vindo a ser desenvolvidas, embora mais caras e com efeitos secun-
dários indesejados. A resistência a estes novos fármacos são já evidentes, sobretudo em P. falciparum,
contudo esta espécie continua a ser sensível à artemisinina, uma substância derivada da planta Arte-
misia annua.

A resistência à cloroquina está associada à ocorrência de uma mutação no gene PfCRT, o qual é
responsável pela síntese de uma proteína membranar envolvida no transporte da cloroquina. Os para-
sitas que apresentam esta mutação têm uma maior capacidade de excretar a cloroquina das vesículas
onde normalmente esta substância se acumula nas células.
Baseado em http://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/34/estudos_sobre_o_mecanismo_de_acao_da_artemisinina.pdf
AP Biology 1 (2012). Biozone International

BIOLOGIA
1. A introdução da cloroquina no tratamento da malária teve como consequência
(A) a aumento da sensibilidade de P. falciparum à artemisinina.
(B) a diminuição da sensibilidade de P. falciparum à artemisinina.
(C) o aumento do número de indivíduos portadores da proteína PfCRT normal.
(D) a diminuição do número de indivíduos portadores da proteína PfCRT normal.

2. Anopheles gambiae e Plasmodium falciparum pertencem a reinos diferentes pois


(A) têm tipos de células diferentes, sendo uns procariontes e outros eucariontes.
(B) apresentam o mesmo tipo de organização celular, mas diferente modo de nutrição.
(C) possuem o mesmo tipo de células e organelos, mas diferente tipo de organização celular.
(D) possuem o mesmo modo de nutrição, mas diferente tipo de células e organelos

3. Anopheles gambiae e Aedes aegypti são dois insetos que pertencem à família Culicidae. Assim,
(A) partilham o reino, mas não o filo.
(B) pertencem a reinos diferentes.
(C) partilham o reino e o género.
(D) partilham o filo e a ordem.

4.  a década de 1990, vários países africanos suspenderam o uso da cloroquina. Recentemente,


N
verificou-se que há uma considerável diminuição da resistência de P. falciparum a esta
substância. Este facto pode ser explicado
(A) pela diminuição do surgimento de novas mutações que alteram o gene PfCRT.
(B) pelo maior sucesso reprodutivo dos indivíduos portadores da mutação no gene PfCRT.
(C) pela alteração das condições que influenciam a sobrevivência de P. falciparum.
(D) pelo menor sucesso reprodutivo dos indivíduos portadores do gene PfCRT normal.
58 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

5. A transcrição do gene PfCRT é realizado


(A) pela RNA polimerase, produzindo-se uma sequência de ribonucleótidos no sentido 3’→5’.
(B) pela RNA polimerase, produzindo-se uma sequência de ribonucleótidos no sentido 5’→3’.
(C) pelo ribossoma, o qual faz a leitura do mRNA no sentido 3’→5’.
(D) pelo ribossoma, o qual faz a leitura do mRNA no sentido 5’→3’.

6. Um anticodão é um tripleto de bases presente


(A) no RNA, sendo complementar do codogene.
(B) no RNA, sendo complementar do codão.
(C) no DNA, sendo complementar do codogene.
(D) no DNA, sendo complementar do codão.

7. Considere as seguintes afirmações


I.  rtemisia annua é um ser eucarionte, enquanto que Plasmodium falciparum é um ser
A
procarionte.
Artemisia annua é um ser fotoautotrófico enquanto que Anopheles sp. é um ser quimio-
II. 
-heterotrófico.
III. Para sintetizar compostos orgânicos, Artemisia annua utiliza carbono orgânico, enquanto que
Plasmodium vivax utiliza uma fonte de carbono inorgânico.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.

8.  aça corresponder cada uma das descrições relativas a sistemas e critérios de classificação na
F
coluna A à designação correspondente, que conta na coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) As semelhanças entre os organismos são consequência da
existência de um ancestral comum. 1. Macroconsumidores
(b) As semelhanças entre os organismos são determinadas tendo 2. Fenética
apenas em conta o seu aspeto (presença ou ausência de 3. Microconsumidores
determinadas características). 4. Filogenética
(c) Seres heterotróficos que obtêm a matéria orgânica do meio por 5. Sistema de classificação artificial
absorção.

9.  xplique, do ponto de vista neodarwinista, e tendo em conta os dados disponíveis, de que modo
E
a utilização de cloroquina no tratamento da malária está relacionada com o surgimento de
populações de Plasmodium falciparum resistentes a este fármaco.
BANCO DE EXERCÍCIOS 59

– relação entre o contacto de bactérias (resistentes e


PROPOSTA DE SOLUÇÕES não resistentes) e aquisição de resistência, a
antibióticos com os quais nunca tinham contactado,
Grupo I por transferência lateral de genes, aumentando mais
rapidamente o número de bactérias resistentes.
1. Opção D.
2. Opção A. Grupo IV
3. Opção B. 1. Opção A.
4. Opção D. 2. Opção C.
5. Opção A. 3. Opção D.
6. Opção B. 4. Opção D.
7. Opção C. 5. Opção B.
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos: 6. Opção B.
– referência à necessidade de existirem bolbos ativos 7. C–B–E–A–D
para haja regeneração capilar; 8. A resposta deve conter os tópicos seguintes:
– relação entre a ineficácia do tratamento com – relação entre a indução da apoptose e a redução do
crescina e a ausência de bolbos ativos capazes de crescimento/tamanho do tumor;
produzir queratina.
– relação entre a sensibilização à quimioterapia e a
Grupo II redução do tamanho do tumor.
1. Opção A.

BIOLOGIA
Grupo V
2. Opção B. 1. Opção D.
3. Opção C. 2. Opção B.
4. Opção C. 3. Opção D.
5. Opção D. 4. Opção A.
6. Opção B. 5. Opção C.
7. Opção C. 6. Opção B.
8. A resposta deve conter os tópicos seguintes: 7. Opção B.
– as 3 zonas da placa 2 mostram crescimentos 8. A resposta deve conter os tópicos seguintes:
diferentes;
– Os dados do gráfico mostram que o número de
– a concentração de Mn no meio de cultura da placa 2 obreiras é muito superior ao de rainhas quando não
é igual nas 3 zonas; são tratadas com inibidor da DNMT, invertendo-se a
– a diferença pode ser explicada pela diferente situação no caso de as larvas serem tratadas com o
concentração de Mn nos meios em que as bactérias mesmo inibidor.
foram inicialmente cultivadas, permitindo a – As larvas têm genes idênticos, assim as diferenças
incorporação deste ião; só poderão resultar de um mecanismo epigenético
– quanto maior a concentração inicial de Mn no meio, (efeito do ambiente).
maior a sua incorporação pelas bactérias e maior a 9. A resposta deve conter os tópicos seguintes:
sua resistência à radiação.
– Os mecanismos epigenéticos permitem que, a partir
Grupo III do mesmo conjunto de genes, sejam produzidos
1. Opção D. fenótipos (características) diferentes.
– O surgimento de diferentes características a partir
2. Opção D.
do mesmo conjunto de genes aumenta a
3. Opção B. variabilidade de características, sem que estas
4. Opção C. resultem da variabilidade genética.
5. Opção A. – A existência de um maior número de fenótipos
(características) aumenta o potencial adaptativo das
6. Opção B.
populações num ambiente em mudança.
7. (a) – 5; (b) – 3; (c) – 1.
– Assim, a epigenética pode ser encarada como um
8. A resposta deve conter os tópicos seguintes: mecanismo que aumenta o potencial adaptativo
– referência ao facto de a transferência lateral de completar à (elevada) variabilidade genética.
genes permitir a passagem de genes entre bactérias;
Grupo VI
– referência ao contacto, no meio ambiente, entre
bactérias resistência e bactérias não resistentes; 1. Opção B.
2. Opção B.
60 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

3. Opção C. 5. Opção B.
4. Opção B. 6. Opção C.
5. Opção D. 7. Opção C.
6. Opção C. 8. A resposta deve contemplar os tópicos seguintes:
7. B–E–C–D–A – os vasos sanguíneos são fundamentais para o
8. Opção D. fornecimento de oxigénio e nutrientes às células
tumorais, permitindo o crescimento do tumor;
9. Opção A.
– os vasos sanguíneos permitem que as células
10. Opção B. abandonem o tumor original e formem novas
11. Opção B. metástases;
12. Opção D. – ao limitar o crescimento do tumor (por falta de O2 e
nutrientes) e a disseminação, podem combater
13. (a) – 5; (b) – 2; (c) – 1.
alguns tipos de cancro.
14. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
Grupo IX
– referência à ação da tracrRNA na identificação de erros/
mutações génicas na molécula de DNA; 1. Opção C.
– referência à excisão do material mutado, por ação da 2. Opção D.
Cas 9, e a possibilidade de substituição por sequências 3. Opção A.
génicas corretas;
4. Opção A.
– relação entre a reparação com recurso a endonucleases
e a sua ampla utilização na terapia génica. 5. Opção D.

15. A resposta deve conter os seguintes tópicos: 6. Opção A.


– referência às mutações génicas como o resultado de 7. Opção B.
uma alteração na sequência de nucleótidos de um 8. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
determinado gene; – referência ao facto de os genes Per2 e Bmal1
– referência à redundância do código genético permitir controlarem oscilações circadianas.
que diferentes codões codifiquem o mesmo – referência a uma variação significativa na expressão
aminoácido; dos genes Per2 e Bmal 1 entre o dia e a noite,
– relação entre a ocorrência de uma alteração na durante a eutermia e ausência de variação
sequência génica, sem que seja afetada a sequência de significativa na expressão do gene Per2 (e
aminoácidos – mutação silenciosa. relativamente baixa variação no caso do gene
Bmal1) entre o dia e a noite, durante a hibernação.
Grupo VII
– relação entre a baixa variação da expressão dos
1. Opção B. genes e a diminuição/ausência de oscilações
2. Opção C. circadianas durante a hibernação, apoiando a
3. Opção A. hipótese.
4. Opção B. Grupo X
5. Opção C. 1. Opção B.
6. Opção D. 2. Opção B.
7. B–D–C–E–A 3. Opção D.
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos: 4. Opção C.
– referência ao facto de Cas9 ser capaz de cortar 5. Opção A.
sequências específicas de DNA.
6. Opção C.
– relação entre a remoção do DNA do vírus e a
7. (a) – 1; (b) – 4; (c) – 5.
incapacidade da sua informação genética ser
expressa. 8. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– relação entre a incapacidade de exprimir a sua – referência ao facto de as células necessitarem de
informação/sintetizar proteínas e a impossibilidade receber sinais (fatores de crescimento) para
de vírus se multiplicarem. ultrapassarem o ponto G1 e, assim, se dividirem.
– relação entre a deficiente produção de fatores de
Grupo VIII
crescimento e a reduzida proliferação celular/baixa
1. Opção A. taxa de divisão celular.
2. Opção A. – relação entre a deficiente proliferação celular e a
3. Opção C. dificuldade de reparar a zona lesada.
4. Opção C.
BANCO DE EXERCÍCIOS 61

Grupo XI 8. Opção B.
1. Opção A. 9. C – E – D – A – B
2. Opção A. 10. Baixos valores de nitrogénio.
3. Opção D. 11. (a) – 3, 5, 6, 8; (b) – 2, 4, 9; (c) 1, 7.
4. Opção B. 12. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
5. Opção B. – referência à opção pela reprodução sexuada quando
6. Opção D. as condições do meio são desfavoráveis;
– relação entre os baixos valores de nitrogénio e a
7. Opção A.
fusão de células mt+ e mt-;
8. Opção C.
– relação entre a reprodução sexuada, a introdução de
9. Opção C. variabilidade genética e a maior capacidade
10. Opção B. adaptativa a condições ambientais adversas.
11. (a) – 5; (b) – 1; (c) – 2. 11. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
12. A resposta deve conter os tópicos seguintes: – referência à atividade humana e a libertação de GEE;
– referência à necessidade de polimerização de – referência à capacidade fotossintética/fixação de CO2
microtúbulos para a formação do fuso acromático; das algas Chlamydomonas sp. e a possibilidade de
contrariar o aumento do efeito de estufa;
– referência à necessidade de formação do fuso
acromático para a realização da meiose (e – relação entre os valores limitantes 1050 ppm de CO2
consequente formação de gametas); e incapacidade das algas de compensarem a
libertação de GEE.

BIOLOGIA
– relação entre a presença de colchicina e a
possibilidade de não disjunção dos cromossomas Grupo XIV
durante a meiose, com consequente formação de
1. Opção D.
gâmetas anormais/com mutações cromossómicas.
2. Opção D.
Grupo XII
3. Opção B.
1. Opção B.
4. Opção C.
2. Opção C.
5. Opção A.
3. Opção D.
6. Opção B.
4. Opção A.
7. B–A–C–E–D
5. Opção C.
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
6. Opção D. – a reprodução assexuada produz indivíduos
7. (a) – 4; (b) – 4; (c) – 3. geneticamente idênticos.
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos: – a reprodução sexuada contribui para aumentar a
– referência ao facto de a apomixia ser um processo variabilidade genética/produzir indivíduos
(de reprodução assexuada) que não envolve a geneticamente distintos.
produção de gâmetas. – o aumento da variabilidade genética/a existência de
– relação entre a ausência de necessidade de indivíduos com características distintas poderá levar
produção de gâmetas e a possibilidade de existirem a que alguns indivíduos sejam capazes de responder
conjuntos de cromossomas não homólogos eficazmente às modificações ambientais,
(resultantes da hibridação). permitindo, assim, a sobrevivência da alga.
– relação entre produção de sementes por um Grupo XV
processo alternativo (apomixia) e a fertilidade dos
1. Opção B.
indivíduos.
2. Opção D.
Grupo XIII
3. Opção B.
1.  eterminar se a espécie Chlamydomonas reinhartti é
D
4. Opção C.
afetada pela concentração dos gases de efeito de
estufa. 5. Opção B.
2. Opção C. 6. Opção A.
3. Opção B. 7. Opção A.
4. Opção A. 8. A resposta deve conter os tópicos seguintes:
5. Opção C. – referência ao facto de, numa perspetiva clássica, se
considerar que os organismos multicelulares terão
6. Opção D. resultado de organismos unicelulares cujas células
7. Opção B. não se separavam, sendo, por isso, geneticamente
idênticas;
62 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

– relação entre os dados mostrarem a possibilidade 10. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
de células de linhagens genéticas diferentes se – relação entre a glaciação e a descida do nível médio
associarem e a possibilidade de os organismos das águas do mar/regressão e à subida do nível
multicelulares se terem formado a partir da união de médio das águas do mar/ transgressão durante os
células geneticamente diferentes. períodos interglaciares;
Grupo XVI – referência à diminuição do nível médio da água do
mar durante as regressões/emersão de algumas
1. Opção A.
zonas continentais como fator facilitador da
2. Opção A. migração;
3. Opção B. – referência ao aumento do nível médio da água do
4. Opção D. mar/imersão de algumas zonas continentais como
fator que promove o isolamento e permite a
5. Opção A.
exposição a diferentes pressões seletivas.
6. Opção C.
Grupo XVIII
7. Opção B.
1. Opção B.
8. Opção B.
2. Opção D.
9. A–C–F–D–B–E
3. Opção C.
10. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
4. Opção D.
– referência à não realização de fotossíntese na
obscuridade e à realização de respiração aeróbia; 5. Opção B.
– relação entre a captação de CO2, sob a forma de 6. Opção C.
ácido málico, durante a obscuridade pela piteira e 7. Opção C.
ausência de perdas desta molécula/ausência de
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
efluxo/ ocorrência de influxo (entrada);
– referência à redundância do código genético, ou
– relação entre o efluxo verificado em Helianthus a
seja, diferentes codões poderem codificar o mesmo
libertação de CO2 produzido por respiração aeróbia.
aminoácido;
11. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– relação entre a redundância do código genético e a
– referência às características da piteira lhe possibilidade de diferentes sequência nucleotídicas
permitirem ocupar com sucesso regiões quentes e (resultantes de mutações) conduzirem à formação
secas; da mesma proteína/conservação da estrutura da
– referência às zonas ocupadas pela piteira serem proteína.
preferencialmente o Alentejo e Algarve, regiões de 9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
temperaturas mais elevadas e teores de humidade
– referência ao facto de o citocromo c ser uma
mais reduzidos;
proteína da cadeia respiratória e, por isso,
– relação entre a maior aptidão da piteira a ambientes e a fundamental para a produção de ATP necessária ao
ocupação das zonas sul e centro-sul de Portugal. metabolismo celular;
Grupo XVII – relação entre possíveis mutações poderem
comprometer a sua função;
1. Efeito fundador/Deriva genética.
– relação entre a manutenção da sua estrutura e a
2. Opção D.
manutenção da sua função.
3. Opção C.
Grupo XIX
4. Opção D.
1. Opção D.
5. Opção B.
2. Opção D.
6. Opção B.
3. Opção B.
7. Opção B.
4. Opção A.
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– referência à variabilidade intraespecífica relativa à 5. Opção C.
capacidade de voo na população de Dryolimnas 6. Opção A.
cuvieri; 7. Opção B.
– referência à seleção preferencial das aves incapazes 8. E–B–A–C–D
de voar, relativamente aos indivíduos voadores;
9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– relação entre a frequência de indivíduos não
voadores e a presença de predadores voadores. – A diminuição drástica do número de indivíduos
reduz o stock de genes (alelos) e,
9. E–A–C–B–D consequentemente, a sua diversidade genética.
BANCO DE EXERCÍCIOS 63

– A reduzida diversidade genética diminui a variação 4. Opção C.


de características (fenótipos) e, consequentemente, 5. Opção D.
a capacidade de adaptação a eventuais alterações
ambientais. 6. Opção D.

– A ausência de indivíduos detentores de 7. Opção A.


características capazes de se adaptarem a essas 8. (a) – 2; (b) – 4; (c) – 1.
alterações poderá conduzir ao desaparecimento da 9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
espécie.
– referência ao conceito de deriva genética;
Grupo XX – relação entre o reduzido número de indivíduos da
1. Opção A. população e o maior impacto no fundo genético;
2. Opção A. – relação entre o reduzido número de indivíduos da
população maior velocidade de alteração do fundo
3. Opção C.
genético resultante da introdução ou remoção de
4. Opção D. genes (variantes alélicas).
5. Opção B.
Grupo XXIII
6. Opção B.
1. Deriva genética.
7. Opção A.
2. Opção B.
8. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
3. Opção B.
– referência aos transposões como sequências
4. Opção D.
móveis de desoxirribonucleótidos que podem

BIOLOGIA
modificar a sua posição na molécula de DNA; 5. Opção B.
– referência à modificação da posição no DNA dos 6. Opção B.
transposões e à criação de novas sequências 7. V–V–V–F–V–F–F–F
génicas e introdução de variabilidade genética;
8. A–C–B–D–E
– relação entre o aumento da variabilidade genética,
traduzido numa maior diversidade de características 9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
fenotípicas e uma maior capacidade adaptativa/de – referência à mortalidade superior de machos
evolução. relativamente às fêmeas;
9. A resposta deve conter os seguintes tópicos: – referência às deslocações em bando com formações
em V liderados por um indivíduo;
– referência à informação genética do embrião ser
apenas, parcialmente, de origem materna e à – relação entre a liderança dos grupos mais frequente
possível rejeição do embrião/inviabilidade do por machos do que por fêmeas e a maior
desenvolvimento intrauterino; mortalidade dos indivíduos deste género.
– referência à existência de sequências génicas Grupo XXIV
supressoras do sistema imunitário materno e a
1. Opção B.
inibição do sistema imunitário materno;
– relação entre a imunotolerância da mãe ao embrião 2. Opção D.
e a viabilidade intrauterina/não rejeição do embrião. 3. Opção C.

Grupo XXI 4. Opção D.

1. F–F–V–V–F–V–V–V 5. Opção D.

2. Opção D. 6. Opção B.

3. A – II; B – V; C – III; D – I. 7. Opção C.

4. C–E–A–D–B 8. Opção C.

5. A resposta deve conter os seguintes tópicos: 9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:

– relação entre a ocorrência de mutações/poliploidia e – referência à menor razão largura-comprimento ao


a divergência genética de duas populações; fim de 16 dias nas larvas expostas a ruído de
origem antrópica;
– relação entre a divergência genética de duas
populações e a incapacidade de produção de – relação entre a menor razão largura-comprimento e
descendência fértil num eventual cruzamento entre o menor desenvolvimento muscular das larvas;
indivíduos pertencentes a diferentes populações. – relação entre o menor desenvolvimento muscular e
a menor capacidade de fuga aos predadores, com
Grupo XXII consequências no efetivo populacional.
1. Opção B.
2. Opção B.
3. Opção A.
64 DOSSIÊ DO PROFESSOR – BioGeoFOCO 11

Grupo XXV 9. A resposta deve conter os seguintes tópicos:


1.  embros (braços e pernas) não tratados e salsichas
M – a ocorrência de uma mutação no gene PfCRT levou
com etanol e com extrato de Rubus idaeus ao surgimento de indivíduos capazes de eliminarem
(framboeseira). a cloroquina (resistirem à cloroquina);
2. Opção C. – a introdução da cloroquina no tratamento da malária
permitiu que os indivíduos (P. falciparum)
3. Opção B.
detentores desta característica sobrevivessem e se
4. Opção A. reproduzissem mais do que os indivíduos que não
5. Opção C. possuíam a mutação, originando assim mais
descendentes resistentes (reprodução diferencial);
6. (a) – 1; (b) – 3; (c) – 1; (d) – 1; (e) – 2.
– assim, ao fim de algumas gerações, as populações
7. Opção D.
de P. falciparum passaram a ser maioritariamente
8. Opção C. constituídas por indivíduos resistentes à cloroquina.
9. B–C–A–E–D
10. (a) – 3; (b) – 1; (c) – 4.
11. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– referência ao menor ganho de peso pelas larvas de
P. downsi quando tratados com extrato P.
galapageium;
OU
– referência ao maior ganho de peso das larvas
quando tratadas com água ou extrato de T.
fluminensis;
– relação entre o menor ganho de peso e o efeito
inibitório do extrato de P. galapageium;
– relação entre o poder inibitório deste extrato e a
validação da hipótese de as aves o utilizarem como
replente contra ectoparasitas.

Grupo XXVI
1. Opção C.
2. Opção C.
3. Opção A.
4. Opção A.
5. Opção D.
6. (a) – 3; (b) – 1; (c) – 2; (d) – 2; (e) – 1.
7. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
– a relação entre a não-formação do fuso acromático
e a impossibilidade de se realizar a segregação dos
cromatídeos;
– a referência ao facto de, em consequência da
ausência de separação dos cromatídeos, as células-
-filhas ficarem com o dobro dos cromossomas
característicos da espécie.

Grupo XXVII
1. Opção D.
2. Opção C.
3. Opção D.
4. Opção C.
5. Opção A.
6. Opção B.
7. Opção D.
8. (a) – 4; (b) – 2; (c) – 3.

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