Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eo
À determinação da altura de uma %85
pessoa depende da interação de 2
2
muitos genes. Por isso, há grande õ
3
variação fenotípica na população.
a
sa
o
o
:5
2
o
aEo
[ea
4 a
Determinação
AB A bb aaB.. aabb
de uma mesma
(verde) (azul) (amarelo) (branco)
característica
9/16 3/16 3/16 1/16
Ms
Segregação independente
000
Representação do cruzamento mendeliano para a herança da cor da plumagem
em periquitos-australianos.
E et)
Apesar de a proporção obtida em F, no exemplo da cor da
plumagem em periquitos-australianos ser 9:3:3:1, este é
um caso que analisa a herança de uma característica com
Gametas (25% de cada)
diversos fenótipos. Assim, difere de um caso clássico de
Representação esquemática de uma célula com dois pares de alelos com segunda lei de Mendel, que se refere à herança de duas
segregação independente que interagem na determinação de uma mesma características. Além disso, há casos de interação gênica
característica e dos gametas que essa célula pode formar.
nos quais a proporção observada em F, é diferente de
9:3:3:1, como será verificado a seguir.
Um exemplo de interação gênica é observado na de-
terminação da cor da plumagem em periquitos-australianos
(Melopsittacus undulatus), que envolve dois genes, cada
um com dois alelos (A e q; Be b). As penas nessas aves Genes que interagem na mesma
podem ser verdes, azuis, amarelas ou brancas. Periquitos via metabólica
com ao menos um alelo dominante de cada gene (A B )
Alguns genes atuam na mesma via metabólica,
são verdes; os que têm ao menos uma dose do alelo A
cada um controlando uma etapa diferente dela; conse-
e são bb (A bb) são azuis; os que são aa e carregam ao
quentemente, atuam na determinação de uma mesma
menos uma dose do alelo B (aaB) têm plumagem amarela;
característica. Em casos como esse, o fenótipo resulta da
por fim, os de genótipo aabb têm penas brancas.
ação complementar dos alelos dominantes dos genes en-
Et volvidos. Esse padrão de herança, também chamado de
(cor da plumagem) genes complementares, é exemplificado pela cor da flor
A B (AABB, AABb, AGBB ou AaBb) em ervilhas Pisum sativum.
No século XIX, Mendel explicou a herança cor da flor
A bb (AAbb ou Aabb)
de ervilhas como um caso que envolvia somente um gene
aaB. (aaBB ou aaBb)
com dois alelos. Entretanto, trabalhos posteriores demons-
aabb traram que a determinação dessa herança envolve dois
Fenótipos e genótipos para a cor da plumagem em periquitos-australianos. genes (C e P), cada um com dois alelos (Ce c; Pe p).
A produção do pigmento que confere cor púrpura às flores
Considerando a sequência mendeliana clássica de depende da presença de ao menos uma dose de cada ale-
cruzamentos, com origem em uma geração P na qual pe- lo dominante no genótipo (C P ). Esses alelos determinam
riquitos verdes puros (AABB) são cruzados com periquitos a produção de enzimas que catalisam etapas diferentes de
brancos puros (aabb), é obtida uma geração F, constituí- uma mesma via bioquímica; portanto, ambos são necessá-
da apenas por periquitos de penas verdes heterozigotos rios para que a rota metabólica da produção do pigmento
(AaBb). O cruzamento entre os indivíduos da F, resulta em se complete. Caso um dos alelos dominantes (ou ambos)
uma geração F, cuja proporção fenotípica esperada é de esteja ausente (genótipos C pp, ccP. ou ccpp), a via me-
9 verdes:3 azuis:3 amarelos:1 branco. tabólica é interrompida e a flor tem cor branca.
descendentes heterozigotos (CcPp) produtores de flores Fenótipos e genótipos para a herança da cor da pelagem em cães
púrpuras. O cruzamento entre os indivíduos da F, resulta labradores.
9/16 716
Epistasia
Em interações de epistasia, um gene (denominado
epistático) inibe a manifestação de outro (chamado de
hipostático), localizado em outro par de cromossomos
homólogos. Portanto, na epistasia, um alelo exerce sua
expressão ao mesmo tempo que bloqueia a expressão de o
Representação do cruzamento mendeliano para a herança da cor da qo
[mm
alelos de outro gene. pelagem em cães labradores. £z
mm
[0a
o
md
ARS Turis dedaleiras brancas puras (WWDD) e dedaleiras vermelho-
-claras (wwdd) resulta em uma F, constituída por plantas
A interação por genes complementares que determinam heterozigotas (WwDa), todas brancas. O intercruzamento
a cor da flor de ervilhas, descrita anteriormente, pode ser
entre as dedaleiras da F, resulta em uma geração F, cuja
considerada um caso de epistasia, especificamente uma
proporção fenotípica esperada é de 12 brancas: 3 vermelho-
epistasia recessiva duplicada, pois o alelo c em dose du-
-escuras:4 vermelho-claras.
pla (cc) inibe a expressão fenotípica do alelo P, enquanto
o alelo p em homozigose (pp) impede a manifestação
fenotípica do alelo C.
Herança quantitativa
Na natureza, há uma série de casos nos quais a
variação fenotípica de um caractere não é nitidamente
Epistasia dominante contrastante, como aquelas que Mendel observou ao es-
Em casos de epistasia dominante, basta uma dose do tudar a transmissão das características nas ervilhas Pisum
alelo dominante do gene epistático para que a inibição ocor- sativum (como sementes amarelas ou verdes).
ra. Um exemplo ocorre na determinação da cor da flor em Em pessoas, por exemplo, características como altura,
dedaleiras (Digitalis purpurea). Dois genes interagem nessa peso e tonalidade da pele exibem fenótipos com varia-
herança. O gene D condiciona a intensidade de pigmento nas ção contínua, isto é, com valores mensuráveis entre dois
pétalas: o alelo D determina coloração mais intensa (verme- fenótipos extremos. Esses casos correspondem a um tipo
lho-escura), enquanto o alelo d determina coloração menos de interação gênica denominada herança quantitativa (ou
intensa (vermelho-clara). O gene W determina o padrão de poligênica), caracterizada pelo efeito aditivo que alelos de
deposição do pigmento nas pétalas: o alelo W condiciona flor dois ou mais genes têm sobre a mesma característica. Os
com pétalas brancas e o alelo w determina a pigmentação das alelos aditivos (em geral, representados por letra maiúscu-
pétalas. O alelo dominante W é, portanto, epistático sobre o la) intensificam o fenótipo, enquanto os alelos não aditivos
gene D; assim, uma única dose desse alelo no genótipo define (geralmente, representados por letra minúscula) não têm
o fenótipo flor branca. Quando o indivíduo é homozigoto esse efeito.
para o alelo w e carrega ao menos uma dose do alelo D Para ilustrar a herança quantitativa, suponhamos que
(wwD), a flor é vermelho-escura. Quando tem os alelos w a determinação da altura de uma planta hipotética envolva
e d em homozigose (wwdad), a flor é vermelho-clara. dois genes, 4 e B, cada um com dois alelos (A e q; Be b).
O genótipo para a altura dessa planta contém, portanto,
Fenótipos (cor da flor) quatro alelos. O genótipo que determina a altura mínima é
w.--(WWDD, WWwDa, WWda, composto apenas por alelos não aditivos (aabb), enquanto
WwDD, WwDd ou Wwda) o genótipo que condiciona altura máxima é formado apenas
wwD (wwDD ou wwDd) por alelos aditivos (AABB). O número de fenótipos possíveis
em uma herança poligênica é dado pela seguinte fórmula:
wwdd
número de fenótipos possíveis = número de alelos + 1
Fenótipos e genótipos para a herança da cor da flor em dedaleiras (Digitalis
purpurea).
Assim, para essa planta, há um total de cinco fenóti-
Geração P WWDD wwdd pos possíveis para a altura. A determinação dos fenótipos
(branca) (vermelho- depende de quanto cada alelo aditivo contribui para a in-
| -clara) tensificação do fenótipo. Essa contribuição é determinada
pela seguinte fórmula:
WwDd WwDd fenótipo máximo — fenótipo mínimo
Contribuição de cada alelo aditivo =
Geração F; (branca) (branca) total de alelos
Supondo que, nesse caso, a altura mínima seja 2 me-
tros, e que a altura máxima seja 4 metros, temos:
| |
Geração F, WD. W dd wwD wwdd Contribuição de cada alelo aditivo =
4 metros — 2 metros 0,5 metro
(branca) (branca) (vermelho- | (vermelho- total de alelos
Imagens: Ole Schoener/Shutterstock.com; Irene Fox/
Shutterstock.com; Vasyl RoharyShutterstock.com
Frequências fenotípicas
ligação gênica
Como já estudamos, em uma célula com genótipo
Al duplo-heterozigoto, na qual os pares de alelos estão em
16 pares de cromossomos homólogos diferentes, a meiose
resulta na formação de quatro tipos de gametas quanto
Intensidade do fenótipo
à composição alélica, sendo que cada tipo é formado na
Distribuição das frequências fenotípicas esperadas em F, para os casos :
proporção de 25%. Isso porque esses pares de alelos se
de herança quantitativa que envolvem genótipos com quatro alelos. segregam independentemente na formação dos gametas.
Crossing over e ligação gênica
25% O crossing over, ou permutação, consiste na troca de
5 E) 3 Cd
segmentos correspondentes entre cromátides de cromos-
somos homólogos. Essa troca ocorre na prófase | da meiose,
quando os homólogos estão duplicados e pareados.
25%
Como consequência da permutação, a distribuição
dos alelos no par de homólogosé modificada, carac-
terizando um processo de recombinação gênica que
aumenta a variedade de combinações alélicas possíveis
25%
nos gametas.
25%
em um cromossomo e os recessivos, no seu homólogo. Representação esquemática do crossing over, resultando na recombinação
de segmentos entre os cromossomos homólogos.
Quando há um alelo dominante e um recessivo em cada
cromossomo do par, é caracterizada a conformação trans. A permutação entre dois genes na meiose é um pro-
cesso que pode ou não ocorrer. Os gametas gerados
independentemente da ocorrência do crossing over man-
têm a distribuição inicial dos alelos e são denominados
gametas parentais, enquanto aqueles formados com a
ocorrência do crossing over, apresentando as novas com-
binações alélicas, são chamados gametas recombinantes.
E
Arranjo cis Arranjo trans
Representação esquemática de duas células com genótipo duplo-heterozigoto
(AaBb) com genes em linkage nos arranjos cis e trans.
ello
No caso ilustrado, o genótipo em conformação cis pode
ser representado como AB/ab ou Ae, enquanto o genótipo
a
do trans pode ser representado como Ab/aB ou Ab,
aB
Independentemente do arranjo, os alelos localizados
Sol
no mesmo cromossomo tendem a ser herdados juntos.
Assim, os gametas formados do heterozigoto cis são AB e
DD DO4) 0)
ab, enquanto aqueles formados do heterozigoto trans são
Ab e aB. Em ambos os casos, os gametas são formados na
proporção de 50% cada.
Gametas Gameta Gametas Gameta
4 |
parentais parental recombinantes parental
Considerando a formação de gametas a partir de 100 células de um indivíduo duplo-heterozigoto cis (AB/ab), admi-
tamos que em 60 células ocorreu permutação; portanto, 40 células sofreram meiose sem crossing over. Nessa situação,
qual é a taxa de recombinação?
Cada célula que passa por meiose gera 4 células-filhas. Portanto, das 100 células iniciais, são formadas 400 células,
sendo 160 delas oriundas de meiose sem crossing over. Das 240 células provenientes de meiose com permutação,
120 células correspondem a gametas recombinantes. Portanto, temos, nesse caso, que a taxa de recombinação é de 30%.
A análise do caso hipotético acima permite concluir que a taxa de recombinação está atrelada à porcentagem de
células nas quais ocorreu permutação. Se metade das células-filhas geradas na meiose com crossing over corresponde a
gametas recombinantes, outro caminho para determinar a taxa de recombinação é dividir a porcentagem de células que
sofrem crossing over por 2.
— % de células com permutação | 60 = 30%
TR 2 2
Assim, o valor máximo para a TR é de 50%, observado em casos nos quais 100% das células têm meiose com permutação.
A quebra das cromátides dos cromossomos homólogos pode ocorrer em qualquer ponto entre dois genes em linkage.
Dessa forma, quanto mais distantes os genes estiverem no cromossomo, maior será a probabilidade de haver crossing
over entre eles, e mais alta será a proporção de gametas recombinantes, resultando em maior taxa de recombinação.
Portanto, a taxa de recombinação indica a distância linear entre dois genes ligados e pode ser usada na construção de
mapas genéticos, ou mapas cromossômicos.
Em 1911, o geneticista estadunidense Alfred Sturtevant (1891-1970) definiu uma unidade de mapa (u.m.) corre-
lacionando a taxa de recombinação com a distância entre genes ligados. Essa definição determina que 1% de taxa de
recombinação corresponde a 1 u.m. de distância entre os genes. Uma unidade de mapa pode também ser denominada um
centimorgan (cM), em homenagem a Thomas Morgan (1866-1945), importante geneticista estadunidense que foi professor
de Sturtevant. Há, ainda, outras possibilidades de nomenclatura das unidades de mapa, como unidade de recombinação
(UR), unidade de distância (UD) ou morganídeo.
A elaboração de mapas genéticos para determinação da posição dos genes em um cromossomo pode ser feita da seguinte
maneira: considere, por exemplo, um cromossomo com três genes ligados, 4, B e C,e que a TR entre 4 e B seja 9%, entre
AeCseja 23% e entre Be C seja 14%. Primeiro, posiciona-se no mapa os genes mais distantes, isto é, aqueles com maior
taxa de recombinação. Os demais genes
n o . 9 um. 14 u.m.
são colocados entre eles. Assim, é obtido o A A
mapa genético apresentado ao lado. ss..." so oo
EN
23 um.
Representação do mapa cromossômico exemplificado.
md
md
- Defina interação gênica.
- Explique a diferença na interpretação da proporção 9:3:3:1 em F,, obtida em certos casos de interação gênica em
comparação com essa mesma proporção observada em casos clássicos de segunda lei de Mendel.
- Defina herança quantitativa, descrevendo como os alelos aditivos influenciam a variação dos fenótipos.
- Defina taxa de recombinação e explique como esse parâmetro é usado na construção de mapas genéticos.
. Dois genes, A e B, estão localizados no mesmo cromossomo e a taxa de recombinação entre eles é 20%. Conside-
rando um indivíduo heterozigoto (AaBb) em que os alelos estão em posição trans, determine quais são os gametas
parentais e recombinantes que ele produz e indique em qual proporção eles são gerados.
1. Unicamp-SP 2022 Após a transformação do meriste- 2. Unesp 2016 Na cobra do milharal, os alelos A/a e B/b
ma vegetativo em meristema floral, há o surgimento regulam a coloração da pele. O pigmento preto é de-
da flor. De forma genérica, uma flor é constituída por terminado pelo alelo dominante A, enquanto o alelo
verticilos florais, que são: o cálice (constituído pelas recessivo a não produz esse pigmento. O pigmento
sépalas), a corola (constituída pelas pétalas),o andro- laranja é determinado pelo alelo dominante B, en-
ceu e o gineceu. Segundo o modelo de determinação quanto o alelo b não produz esse pigmento. A cobra
genética ABC, a identidade dos verticilos é definida selvagem produz os pigmentos preto e laranja. Cobras
pela interação de pelo menos três genes. A atividade pretas produzem apenas pigmento preto. Cobras laran-
do gene A é necessária para a formação do perian- ja produzem apenas pigmento laranja. Existem ainda
to (verticilos não reprodutivos). A atividade do gene cobras albinas, que não produzem os dois pigmentos.
C é necessária para a formação dos verticilos re- As figuras apresentam os quatro fenótipos possíveis de
produtivos. A atividade do gene B está envolvida na coloração da pele.
diferenciação entre pétalas (onde o gene B está ativo)
e sépalas (onde o gene B está inativo), assim como
na diferenciação entre estames (onde o gene B está
ativo) e carpelos (onde o gene B está inativo). Uma flor
completa de angiosperma e duas flores hipotéticas
(Flor le Flor Il) são apresentadas a seguir.
1
tw
a) não segue as leis de Mendel.
b) não é herdada e, sim, ambiental.
BE. Preto
c) apresenta herança mitocondrial.
bbE Chocolate
d) é definida por mais de um gene.
Bee Amarelo
e) é definida por um gene com vários alelos.
bbee Amarelo
11. IFBA 2017 O processo de formação do povo brasilei-
01 Acorda pelagem do cão labrador é um exemplo de
epistasia recessiva e ocorre quando um par de ale-
ro é histórico, cultural e biológico. A determinação da
cor da pele representa um caso de herança poligêni-
los recessivos inibe a ação de alelos de outro par.
ca e sua expressão sofre interferência das condições
02 O cruzamento entre uma fêmea de pelagem
do ambiente.
preta e genótipo BBEE e um macho de pela-
Sobre o mecanismo de herança poligênica é correto
gem amarela e genótipo bbee resulta em todos
afirmar:
os descendentes amarelos.
04 O cruzamento entre labradores pretos e com
a) A expressão da característica para pigmentação
da pele representa um caso de epistasia, em que
genótipos BbEe resulta em uma prole com uma
proporção fenotípica esperada de 9/16 pretos, um gene neutraliza a ação daquele que não é o
3/16 chocolates, e 4/16 amarelos.
seu alelo.
b) As variações da pigmentação da pele podem ser
08 Cem por cento de descendentes com cor de
explicadas pela quantidade de genes que apre-
pelagem preta são esperados a partir de um
sentam efeitos cumulativos.
cruzamento de fêmeas e machos que possuem
genótipo bbEE. c) Alterações ambientais provocam modificações
nos genes responsáveis pela expressão da ca-
Soma: racterística, sendo responsáveis pelas variações
de pigmento no conjunto populacional.
Unioeste-PR Em abóboras, a cor do fruto é determi-
d) Todas as variações da pigmentação da pele podem
nada por dois genes de segregação independente: os
ser explicadas por um par de alelos que podem se
genótipos CC e Cc produzem frutos brancos, enquan-
expressar em homozigose ou heterozigose.
to cc é necessário para produção de fruto colorido,
e) Por se tratar de uma expressão de dominância e
cuja cor é determinada pelo segundo gene: cor ama-
recessividade, na herança poligênica, os genóti-
rela (VV e Wy) ou verde (vv). Do cruzamento de duas
pos homozigotos recessivos comportam-se como
plantas brancas, heterozigotas para os dois loci, CcVv,
genes letais, portanto, não se expressam no con-
serão produzidas
junto da população.
a) 12/16 de plantas com frutos coloridos.
b) 1/16 de plantas com frutos amarelos. 12. PUC-RS 2020 Observe a distribuição genotípica de
c) 3/4 de plantas com frutos brancos. indivíduos em uma população hipotética.
d) 3/16 de plantas com frutos verdes.
e) apenas plantas com frutos brancos. Distribuição genotípica da população
250
10. Enem PPL Após a redescoberta do trabalho de Gregor
Mendel, vários experimentos buscaram testar a uni- 200
versalidade de suas leis. Suponha um desses ex-
perimentos, realizado em um mesmo ambiente, em 150
0,7 255
13. FCMSCSP 2018 Em uma espécie de leguminosa, o
comprimento das vagens é determinado por dois ge-
0,6 62
nes que segregam independentemente, cada um deles
Total 1000
com dois alelos, e varia segundo a presença de alelos
Os pesquisadores chegaram à conclusão, a partir da dominantes no genótipo. O gráfico estabelece as pro-
observação da prole, que a altura nessa planta é uma porções das cinco classes fenotípicas obtidas a partir
característica que do cruzamento entre plantas duplo-heterozigotas.
1
17. FPP-PR 2020 Suponha um indivíduo heterozigoto para As características fenotípicas e genotípicas estão ilus-
quatro locus gênicos, distribuídos conforme a imagem. tradas no quadro a seguir.
O mecanismo de herança desses genes segue prin-
cípios básicos já estabelecidos e está relacionado ao
comportamento dos cromossomos durante a meiose.
Ocruzamentoentremoscasduploheterozigotas, VE/ve,
com duplo recessivas, ve/ve, para essas característi-
cas gerou cerca de 4 800 descendentes.
Admitindo-se que não ocorreu permutação entre os
alelos, espera-se que o número de descendentes sel-
vagens; com asas vestigiais; com corpo escuro; e com
https://planetabiologia.com/nucleo-celular-funcao-e-estrutura/
asas vestigiais e corpo escuro seja, respectivamente,
em torno de
Sobre o processo de meiose dos genes representa- a) 3 600; 450; 450 e 300.
dos acima, é CORRETO afirmar que b) 2 700; 900; 900 e 300.
a) os pares de genes Aa e Bb estão em ligação, em c) 2400;0;0€e 2400.
posição trans. d) 2400;1 200;1200€e0.
b) os pares de genes Aa, Bb, Cc e Dd possuem se- e) 1200;1 200,1 200e 1200.
gregação independente entre eles.
c) os pares Aa e Cc podem participar do crossing- 20. Acafe-SC 2014 Um cruzamento entre uma fêmea
-over, gerando novas combinações. duplo-heterozigota (AaBb) com um macho duplo re-
d) se não houver crossing-over entre eles, serão cessivo revelou a seguinte proporção genotípica
formados apenas dois tipos de gametas. entre os descendentes: 40% AaBb, 40% aabb, 10%
e) todos os genes representados obedecem à Pri- Aabb, 10% aaBb.
meira Lei de Mendel. Assim, assinale a alternativa correta.
a) Não há evidência que tenha ocorrido permutação
18. UFU-MG 2016 Nos camundongos, o gene e, re-
na formação dos gametas.
cessivo, produz pelos encrespados, e seu alelo
b) Asegregação observada dos genes está de acor-
dominante, pelos normais. Em outro par de genes
do com a Segunda Lei de Mendel.
alelos, o gene recessivo a produz fenótipo albi-
c) Os resultados indicam que os genes estão em li-
no, enquanto seu alelo dominante produz fenótipo
gação, a uma distância de 20 UR.
selvagem. Quando camundongos diíbridos foram
cruzados com camundongos albinos e de pelos en- d) Oarranjo dos genes alelos na fêmea é trans (AB/ab).
crespados, foram obtidos 79 camundongos de pelos 21. FCMSCSP 2019 No tomateiro, o alelo G determina flor
encrespados e selvagens, 121 com pelos encrespa- amarela e o alelo g, flor branca. O alelo M determina
dos e albinos, 125 de pelos normais e selvagens e 75 fruto vermelho e o alelo m, fruto amarelo. Uma planta
com pelos normais e albinos.
que produz flores brancas e frutos amarelos foi cruza-
Qual esquema representa a posição dos genes no
da com uma planta duplo-heterozigótica. As sementes
diíbrido?
obtidas foram cultivadas e deram origem a tomateiros
a) e) com a proporção fenotípica mostrada na tabela:
[ido]
Ao Tiso (e Tue oe] Cor da flor Cor do fruto
o
Do
+
8% Amarela Vermelha
b) 42% Branca Vermelha
8% Branca Amarela
13 8 1 n=3 * q: * genótipo
genó com 44nãnão aditivos— f frequência = 116
14 6 4 1n=4
Nesses casos, a aplicação do triângulo de Pascal possibilita
15 10 10 5 1 n=5 determinar rapidamentea proporção fenotípica esperada em F,, evi-
1 6 15 20 15 6 1hn-6 tandoa construção de quadros de Punnett com muitas recombinações
. . alélicas, como em situações em que há seis ou mais alelos envolvidos
Representação do triângulo de Pascal com destaque para a linha n = 4, que no condicionamento da herança
contém a proporção fenotípica esperada na descendência em F, de casos .
nos quais 4 alelos participam da determinação da herança. Texto elaborado para fins didáticos.
+
JA
EI
Azul A bb
Amarelo aaB
Branco aabb Preta BE.
Marrom bbE
- O cruzamento de um casal de periquitos duplo- Amarela ee
heterozigotos resulta em descendência com propor-
ção fenotípica de 9 (verdes):3 (azuis):3 (amarelos): - O cruzamento entre cães duplo-heterozigotos resulta em
:1 (branco). descendência com proporção fenotípica de 9 (pretos):
:3 (marrons): 4 (amarelos).
Genes que interagem na mesma via metabólica
Epistasia dominante
(genes complementares)
* Apenas uma dose do alelo dominante do gene epistático
* Cada gene controla uma etapa diferente da mesma via
é suficiente para que a inibição ocorra.
metabólica.
* Exemplo: cor da flor em dedaleiras (Digitalis purpurea).
* Exemplo: cor da flor em ervilhas Pisum sativum.
- O cruzamento entre ervilhas duplo-heterozigotas resulta -— O cruzamento entre duplo-heterozigotos resulta em des-
em descendência com proporção fenotípica de 9 (púr- cendência com proporção fenotípica de 12 (brancas):
puras):7 (brancas). :3 (vermelho-escuro):4 (vermelho-claro).
md
ma
Herança quantitativa (ou poligênica) Meiose na ligação gênica
* Herança com fenótipos de variação contínua, cujos valores * Ostipos de gametas formados dependem do arranjo dos
são mensuráveis entre dois fenótipos extremos. alelos no par de cromossomos homólogos.
* Alelos: * Arranjo cis: considerando um genótipo duplo-heterozigoto
(AaBb), os alelos dominantes estão em um cromossomo e
- aditivos: intensificam o fenótipo.
os recessivos no seu homólogo. Representação: AB/ab ou
- não aditivos: sem efeito intensificador.
* Exemplo: altura de uma planta hipotética com participação Ae A meiose resulta em dois tipos de gametas (AB e ab)
a
de dois genes, cada um com dois alelos. na proporção de 50% cada.
— Número de fenótipos possíveis = número de alelos + * Arranjo trans: considerando um genótipo duplo-hetero-
+15 5 fenótipos. zigoto (AaBb), há um alelo dominante e um recessivo em
- Altura mínima (2 metros): genótipo aabb. cada cromossomo do par. Representação: Ab/aB ou e
- Altura máxima (4 metros): genótipo AABB. A meiose resulta em dois tipos de gametas (Ab e aB) na pro-
Contribuição de cada fenótipo máximo — fenótipo mínimo porção de 50% cada.
PT ES A du iS
pao Texto
LEMOS, Simone. Primeiro sequenciamento do genoma, 20 anos atrás, representou um marco no estudo da genética. Jornal da
USP, abr. 2021. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/primeiro-sequenciamento-do-genoma-20-anos-atras-representou-
um-marco-no-estudo-da-genetica/. Acesso em: 13 fev. 2023.
As pesquisadoras Mayana Zatz e Ester Cerdeira Sabino comentam como foi revolucionário o momento do primeiro sequencia-
mento do genoma humano.
1. UEM-PR 2021 Suponha que certa característica de 3. Famerp-SP 2019 A cor da pelagem em camundon-
uma espécie de mamífero é determinada por dois gos é determinada por dois genes. A pelagem preta é
pares de genes autossômicos A, a e B, b com quatro fe- determinada pelo alelo M e a pelagem marrom é de-
nótipos possíveis fl, f2, f3 e f4. Nesse contexto, fl ocorre terminada pelo alelo m. O alelo B permite o depósito
se o indivíduo possui pelo menos um gene dominante de pigmento marrom ou preto e o alelo b não permite
em cada par (A B ); f2 ocorre se o indivíduo possui a deposição de pigmentos, determinando a pelagem
um par de genes recessivos para o primeiro par e um branca. Os genes envolvidos estão em diferentes pa-
gene dominante para o segundo (aaB ); f3 ocorre se res de cromossomos homólogos.
o indivíduo possui um gene dominante para o primei- a) Quais são os possíveis fenótipos dos descen-
ro par e um par de genes recessivos para o segundo dentes gerados do cruzamento entre uma fêmea
par (A bb); e f4 ocorre se o indivíduo possui somente MMbb e um macho mmBb?
genes recessivos com respeito aos dois pares (aabb). b) Em um cruzamento-teste, uma fêmea branca foi
Considerando ainda que, em uma população monito- cruzada com um macho preto, gerando descen-
rada dessa espécie, 64% dos indivíduos têm genótipo dentes de pelagens preta, branca e marrom, sendo
AaBB, 16% dos indivíduos têm genótipo AaBb, 16% dos que cada um deles apresentava apenas uma cor.
indivíduos têm genótipo aaBB e os 4% restantes têm Quais os genótipos dessa fêmea e desse macho?
genótipo aaBb e que essa proporção é a mesma para Qual a probabilidade de nascer um filhote marrom
o sexo masculino e para o sexo feminino, assinale o na descendência gerada desse cruzamento-teste?
que for correto.
01 Um casal de indivíduos dessa população monito- - UFSC 2019 O esquema abaixo representa vias meta-
rada não pode gerar indivíduos com fenótipo f4. bólicas dos aminoácidos fenilalanina e tirosina. Sabe-se
02 Não foram encontrados indivíduos com fenótipo que:
f3 nem com fenótipo f4 nessa população. — Os alelos recessivos “a”, “b” e “d” não possuem a
04 Escolhido aleatoriamente, um casal dessa es- informação genética necessária para a produção
pécie tem menos de 10% de chance de ter um das enzimas “A”, “B” e “D”, respectivamente.
descendente com genótipo aa para o primeiro — Indivíduos com o genótipo “dd” possuem uma doen-
par de genes. ça conhecida como fenilcetonúria, responsável por
08 O fenótipo mais predominante na população é f1. diversas complicações devido ao nível de acúmulo
16 A chance de nascer um indivíduo com fenótipo f3 da fenilcetona, que danifica tecidos moles, espe-
de um casal escolhido aleatoriamente nessa po- cialmente os do cérebro. Entre as complicações,
pulação é inferior a 1%. pode-se citar: retardo mental, falha em andar ou fa-
Soma: lar, convulsões, hiperatividade, tremor, microcefalia
e atraso no desenvolvimento.
- UEM-PR 2013 Sabendo que o tipo de crista em certas
variedades de galinhas é condicionado por dois pares Aminoácidos ingeridos na alimentação
de alelos, R/r e Ele — que se segregam independen-
temente, mas que interagem entre si na produção da TIROSINA f— FENILALANINA
forma de crista. A interação entre os alelos dominantes Enzima “D” Pc
- “ e I
Re resulta em crista noz; entre o alelo dominante Re o ALELO “A” |-» Enzima “A” | Eua id +
recessivo e, resulta em crista rosa; entre o alelo recessi- ALELO “D” 5 |
“
% Plantas
a) Qual proporção de indivíduos com flores amarelas
é esperada na progênie do cruzamento realiza-
do pelo pesquisador no laboratório? Demonstre
como você chegou a esse resultado.
b) Apesar de o padrão de herança indicar pre- DI [1
120 140 160 180 200 220 240
dominância de flores brancas, ao observar na Massa dos frutos (g)
natureza, O pesquisador verificou maior frequên-
a) Qual tipo de herança genética exemplifica o re-
cia de indivíduos de flores amarelas. Isso ocorre
sultado apresentado? O que caracteriza esse tipo
pelo fato de as flores amarelas serem mais atra-
de herança?
tivas para os insetos que atuam como agentes
b) Determine o genótipo da planta que produz frutos
polinizadores. Quais benefícios esse processo
de 180 9, gerada do cruzamento entre duas plantas
de polinização (entomofilia) traz para ambas as
com fenótipos extremos. Se houver um cruzamento
espécies envolvidas?
entre uma planta que produz frutos de 140 g com
11. UFSC 2018 (Adapt.) Fatores limitantes se alteram uma planta que produz frutos de 220 g, qual a pro-
constantemente, sendo necessária a existência de porção de plantas geradas cujos frutos terão 180 g?
programas de melhoramento genético para a seleção
13. UEM-PR 2017 Do cruzamento entre parentais du-
de cultivares com características agronômicas supe-
plo heterozigotos, para dois genes, encontrou-se a
riores. Em um modelo hipotético composto por três proporção fenotípica de 9:3:3:1. Com base nesta
genes que possuem segregação independente, um proporção fenotípica, assinale o que for correto.
geneticista cruzou dois cultivares parentais contras- 01 Se duas características fenotípicas forem detec-
tantes (P, e P5). tadas, simultaneamente, na proporção citada, é
— P; AABBDD [cultivar com a melhor absorção de ni- possível afirmar que se trata de um caso de se-
trogênio e suscetível ao oídio). Os alelos “A” e “B” gregação independente.
possuem um efeito aditivo equivalente, caracteri- 02 Os parentais têm genótipo AAbb x aaBB.
zando uma herança quantitativa. O efeito aditivo se 04 A proporção genotípica dos gametas dos parentais
manifesta pela redução da necessidade da concen- formados por mitose será diferente nos casos de
tração de nitrogênio no solo. Esse cultivar necessita segregação independente e de interação gênica.
de uma concentração de 4% em massa no fertili- 08 Se somente uma característica fenotípica for de-
zante. O alelo “D” torna a planta suscetível ao oídio tectada, na proporção citada, podemos afirmar
(doença causada pelo fungo Erysiphe difusa). que se trata de um caso de interação gênica.
— P,: aabbdd [cultivar com a pior absorção de nitrogê- 16 Se três características fenotípicas forem detec-
nio e resistente ao oídio]. Esse cultivar necessita de tadas, simultaneamente, na proporção citada, é
uma concentração de 12% em massa no fertilizante. possível afirmar que se trata de um caso de he-
O alelo “d”, quando em homozigose, torna a planta rança quantitativa ou poligênica.
resistente ao oídio. Soma:
[E
N
=
14. UFU-MG 2017 Numa determinada espécie de milho, a altura da planta varia de 150 cm a 300 cm. Cruzando-se linha-
gens homozigóticas que produzem plantas com altura de 150 cm e linhagens homozigóticas que produzem plantas
com altura de 300 cm, obteve-se uma geração F1 que, autofecundada, originou sete fenótipos.
Com base nos dados apresentados, responda:
a) Quantos genes efetivos estão atuando na herança da altura do milho?
b) Quantos centímetros cada gene efetivo adiciona ao fenótipo mínimo? Qual a altura dos descendentes da gera-
ção Ft?
c) A geração F2 resultou em 384 plantas. Quantas dessas possuem uma altura de 250 cm?
15. USCS-SP 2016 Na gametogênese da maioria dos animais, verifica-se a redução da ploidia nas células em formação,
assim como a segregação independente de genes alelos. Esses dois processos estão relacionados à diversidade
genética das espécies.
a) Por que é necessária a redução da ploidia no processo de formação dos gametas? Em que etapa da divisão
celular (gametogênese) ocorre tal redução?
b) Considerando o genótipo duplo heterozigoto AaBb e a ausência de permutação, indique os possíveis genótipos
dos gametas gerados quando: 1) tais alelos estão em ligação gênica do tipo cis (AB/ab); e 2) quando estão loca-
lizados em diferentes pares de cromossomos homólogos.
16. Unifesp 2022 Determinada espécie vegetal apresenta dois pares de genes, dos quais o alelo A determina a forma-
ção de um fruto redondo e o alelo a determina um fruto alongado. Já o alelo B determina a cor vermelha do fruto e
o alelo b determina a cor branca. Uma planta duplo-heterozigota foi cruzada com uma planta duplo-recessiva, o que
resultou numa descendência de 1/4 de plantas com frutos redondos e vermelhos, 1/4 de plantas com frutos redondos
e brancos, 1/4 de plantas com frutos alongados e vermelhos e 1/4 de plantas com frutos alongados e brancos.
a) Qual o genótipo da planta descendente que produziu frutos redondos e brancos? De acordo com os dados do
texto, com qual lei de Mendel as proporções fenotípicas estão relacionadas?
b) Caso os dois alelos dominantes estivessem em um mesmo cromossomo e os alelos recessivos estivessem no
cromossomo homólogo, e não ocorresse permutação, qual seria o resultado fenotípico esperado na descen-
dência das plantas utilizadas no cruzamento? Caso tivesse ocorrido uma permutação, que resultados fenotípicos
observados na descendência poderiam evidenciar tal fenômeno?
17. UEPG-PR 2021 A Lei de Ligação Gênica foi proposta por Morgan no início do século XX. O esquema a seguir re-
presenta os genes A e B ligados em um par de cromossomos homólogos. A distância entre os genes é de 10 cM
(centimorgans ou unidades de mapa). Em relação à Lei de Ligação Gênica e ao que está demonstrado no esquema,
assinale o que for correto.
A B
el
e.
a b
a b
——+———+——
10 cM
01 No esquema, os alelos dominantes dos dois genes (A e B) estão em um cromossomo enquanto os recessivos (a
e b) estão no outro. Nesse caso, o duplo-heterozigoto (AaBb) está em configuração cis.
02 Nesse exemplo, é esperada a seguinte proporção gamética: 45% AB, 5% Ab, 5% aB e 45% ab. Os gametas AB e
ab são ditos parentais, enquanto os gametas Ab e aB são recombinantes.
04 Nesse exemplo, é demonstrado que os genes A e B estão ligados a 10 cM e, pela Lei de Ligação Gênica, jamais
poderia haver recombinantes entre eles.
08 Na Lei de Ligação Gênica, a taxa de recombinação (crossing-over) é inversamente proporcional à distância entre
os genes. Dessa forma, quanto menor a distância entre dois genes, maior é a taxa de recombinação entre eles.
16 No exemplo, são esperados 80% de gametas parentais e 20% de gametas recombinantes.
Soma:
18. Unicamp-SP 2022 Embora a teoria cromossômica mendeliana da hereditariedade estivesse bem fundamentada
na década de 1920, buscavam-se evidências celulares de que os cromossomos trocavam partes (crossing-over).
Essas evidências justificaram porque algumas observações diferiam do esperado pela segregação independente
de cromossomos.
a) Diversos estudos sobre a genética de milho, conduzidos por Lowell Fitz Randolph, buscaram identificar evidên-
cias celulares do crossing-overem metáfase |. Entretanto, quando Bárbara McClintock investigou o crossing-over
em paquíteno (uma das subfases da prófase |), a pesquisadora obteve sucesso junto ao microscópio. Explique
uma razão do sucesso nos experimentos de Bárbara McClintock. Cite uma importância do crossing-over.
40%
ET
FGH Descendentes
Fruto Oval/Folha Manchada (74)
40% fgh Fruto Arredondado/Folha Manchada (125)
2,5% Fgh Fruto Oval/Folha Normal (129)
Fruto Arredondado/Folha Normal (72)
2,5% fGH
7,5% FGh
7,5% fgH Genética na escola, v. 12, n. 1, 2017 (adaptado).
a
cv
1
1 «<a
JA.
1
1
15 UR
2
tw
1. UFJF/Pism-MG 2018 A produção de flores no Brasil 3. UPE 2015 O tomate Solanum lycopersicum tem 12
não enfrenta crise em 2016 e deve continuar crescen- pares de cromossomos, e sua flor é hermafrodita, oca-
do e fechar o ano com 5% de crescimento. Em 2015, sionando percentual de cruzamento natural inferior a
a produção e o comércio faturaram juntos R$ 6,1 bi- 5%. A geração parental foi submetida a cruzamento
lhões, registrando 8% de crescimento. por meio de uma polinização cruzada artificial, utilizan-
http://g1 .globo.com/economia/agronegocios/agro-a-industria-riqueza-do- do a parte feminina da flor de uma planta selvagem
brasil/noticia/201 6/09/producao-de-flores-cresce-no-brasil-em-201 6.html)
para cruzamento com a parte masculina de outra,
Um produtor de flores, na tentativa de atender ao merca- com características recessivas, resultando em uma F,
do, realizou cruzamentos entre variedades de orquídeas. duplo-heterozigota. No quadro a seguir, observamos:
Indivíduos completamente heterozigotos com flores de a representação esquemática do cromossomo 2 de
coloração variegada foram cruzados. Na descendência, tomate com dois genes, seus respectivos alelos e ca-
ele observou 48 indivíduos que possuíam flores de cor racterísticas fenotípicas; os resultados da prole de um
variegada (27), roxa (9) e branca (12). cruzamento de tomates duplo-heterozigotos (F,) com
Pergunta-se: duplo-homozigotos.
a) Que tipo de herança explica os resultados ob-
tidos?
b) Apresente o genótipo dos genitores. Apresente
+
os genótipos da descendência com a proporção
R - vermelho r - amarelo
de cada um deles. Utilize as letras A e B para sim-
bolizar cada gene.
c) O produtor recebeu uma encomenda de 50 flores
brancas e 50 flores roxas. Considerando que em Wt - flor = wif-flor
cada cruzamento são obtidos 32 indivíduos, qual amarela branca
o número mínimo de cruzamentos a serem reali- (Griffiths et al. 2008. Introdução à genética. 9. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan. Adaptada)
zados para ele atender à demanda?
[EM13CNT202]
2. UEM-PR 2021 Sobre a determinação da cor da pele
ET
41% Fruto vermelho e flor amarela
humana, assinale o que for correto.
41% Fruto amarelo e flor branca
01 A expressão gênica para a pigmentação da pele
representa um caso de epistasia, em que um gene 9% Fruto vermelho e flor branca
neutraliza a ação daquele que não é seu alelo. 9% Fruto amarelo e flor amarela
02 A variação da cor da pele humana depende da
Com base nessas informações, conclui-se que
maior ou menor quantidade de sol a que uma
a) ocruzamento-teste de plantas duplo-heterozigotas
pessoa se expõe e da quantidade de melanina
F, mostra a formação de quatro tipos de gametas
que apresenta. Trata-se de um caso de herança
em proporções esperadas para uma distribuição
quantitativa.
do tipo independente.
04 Por se tratar de uma expressão de dominância e
b) o desvio nas proporções ocorre por causa da li-
recessividade, na herança poligênica os genóti-
gação entre o gene para a cor do fruto e o gene
pos homozigotos recessivos se comportam como
para a cor das flores que distam 9% centimorgans.
genes letais, portanto não se expressam no con-
c) oresultado de gametas apresentado para a prole
junto da população.
F, configura arranjo do tipo trans para o cromos-
08 As variações da pigmentação da pele podem
somo 2 dos indivíduos da F,.
ser explicadas pela quantidade de genes que
d) os gametas portadores dos alelos R'Wf e r/wf
apresentam efeitos cumulativos.
ocorrem em percentual maior que os não paren-
16 Alterações ambientais provocam modificações tais R/wf e r/Wf, evidenciando a ligação.
nos genes responsáveis pela expressão da ca- e) parte da prole F, mostra fenótipo recombinante
racterística e são responsáveis pelas variações em maior frequência, indicando que os alelos dos
de pigmentação no conjunto populacional. dois genes se recombinaram na F,, e a distância
Soma: entre eles é de 18% unidade de recombinação.
a
24 BIOLOGIA * Capítulo 13 » Interações e ligações gênicas
Science History Images / Alamy /Fotoarena
Do
142
a | ELEMENTOS | Região
FORA DE B homóloga
TRATO
o
| a
o
3
5
«a
TJ
o ] |
TEIAS
=
a
o
Região n X Yo Região
« diferencial | | >diferencial
õ
z do X | do Y
&
| Região
=” homóloga
BIOLOGIA = Capítulo 14 = H
50% de espermatozoides X O fator preponderante para definir se uma larva diploi-
de (2n) originará uma abelha operária, fêmeas estéreis ou
Macho (XO) uma rainha é a alimentação: a princípio, todas as larvas são
50% de espermatozoides alimentadas com uma secreção produzida pelas operárias
sem cromossomo sexual jovens chamada geleia real. Porém, a partir de um certo
momento, as larvas que formarão as operárias, e também
Fêmea (XX) ————————» 100% de óvulos X aquelas que originarão os zangões, são alimentadas princi-
palmente com mel e pólen, enquanto as larvas destinadas
a originar rainhas são alimentadas com geleia real durante
ERES
= EE
todo o seu desenvolvimento.
Rainha (2n)9 Zangão (n) &
Meiose | [jose
Sistema ZW
Óvulo (n) -Fecundação Espermatozoide (n)
Observado em aves, em certos peixes e em alguns
insetos, como borboletas e mariposas, o sistema ZW en- "
À + x
elas carregam o cromossomo Z e os outros 50% contêm
o cromossomo W. Os machos são ZZ; portanto, 100% dos
espermatozoides formados por eles carregam o cromos-
Zangão (n) Operária (2n) Rainha (2n)
somo Z, caracterizando-os como o sexo homogamético.
Representação esquemática da reprodução e da determinação do sexo em abelhas.
ELEMENTOS
FORA DE
50% de óvulos Z PROPORÇÃO
ploides (n) por meiose. Uma parte dos óvulos passam por
partenogênese, processo pelo qual um óvulo não fecun-
dado se desenvolve e origina um novo organismo adulto.
Os organismos gerados por partenogênese são haploides
(n) e correspondem aos machos, denominados zangões,
que produzem espermatozoides haploides (n) por mitose. =
uw
Quando óvulos produzidos pela rainha são fecundados por Fotografia de fêmea adulta de tartaruga-de-couro (Dermochelys -
coriacea) (até 1,8 m de comprimento) voltando para o mar depois de 4
ET]
espermatozoides gerados pelos zangões, formam-se ovos ter depositado seus ovos na areia de uma praia. [e
u
fertilizados diploides (2n), que originarão abelhas fêmeas.
md
N
Herança relacionada ao sexo em alelo recessivo; dessa forma, espera-se que, na próxima
geração, metade dos filhos masculinos dessas mães por-
humanos tadoras apresente o fenótipo recessivo. Por fim, caso uma
mãe seja afetada pelo fenótipo recessivo, todos os seus
Herança ligada ao cromossomo X descendentes do sexo masculino também serão.
Denominada herança ligada ao sexo, a herança ligada
Em heredogramas, o
ao X é condicionada por genes localizados na região dife-
círculo com um ponto
rencial do cromossomo X. Em indivíduos do sexo masculino no centro representa
há apenas um cromossomo X; sendo assim, o genótipo indivíduo portador de
quanto a um gene ligado ao cromossomo X é denominado alelo recessivo ligado
hemizigoto (do grego hemi, metade), pois apresenta ape- ao sexo.
Casos recessivos
DALTONISMO
1 2 3 4
O daltonismo é uma herança recessiva determinada
XY XY XX xixa
pelo alelo d ligado ao X; nessa condição, os afetados são
Heredograma mostrando a transmissão do daltonismo ao longo de três
incapazes de distinguir cores, sobretudo o vermelho e o gerações. O daltonismo é um distúrbio recessivo ligado ao cromossomo X.
verde. Indivíduos masculinos com genótipo X2Y têm visão
normal para cores, enquanto aqueles que são Xºy são dal- HEMOFILIA
tônicos. Nos indivíduos femininos, os genótipos XxX? ou
Outro exemplo de herança recessiva ligada ao X é
Xºxº determinam visão normal, enquanto XX“ condiciona
a hemofilia, distúrbio em que há deficiência na coagu-
o daltonismo.
lação sanguínea, determinado pelo alelo h ligado ao X.
O tipo mais comum de hemofilia (hemofilia A) é caracteriza-
Sexo masculino Sexo feminino
do pela ausência ou disfunção do fator Vill de coagulação,
substância que participa da formação de protrombina no
fígado. Dessa forma, a formação do coágulo é comprome-
xy Visão normal x2x2 Visão normal
tida e o indivíduo afetado tem risco aumentado de sofrer
Xy Daltônico xx Visão normal com hemorragias.
(portadora)
Nos indivíduos do sexo masculino, o genótipo X"Y con-
Dex Daltônica diciona coagulação normal, enquanto aqueles que são xy
Genótipos e respectivos fenótipos para o daltonismo.
apresentam hemofilia. Indivíduos femininos XX” ou XX”
exibem coagulação normal, enquanto aqueles cujo genó-
O estudo da transmissão das heranças recessivas li- tipo é XX” são hemofílicos.
gadas ao X demonstra que a frequência de indivíduos do
sexo masculino afetados pela condição recessiva é maior Sexo masculino Sexo feminino
do que a frequência de indivíduos do sexo feminino. O
motivo dessa diferença é que, para que um indivíduo do
sexo feminino expresse o fenótipo recessivo, seria neces- xy Cosgulação xe! Coagu lação
Roma
normal
sário carregar duas cópias do alelo recessivo, recebendo
uma cópia de cada genitor, enquanto um indivíduo do sexo Hemofílico XXº Coagulação
xy normal
masculino manifesta a característica ao apresentar apenas (portadora)
uma cópia do alelo recessivo que, obrigatoriamente, é for- XX Hemofílica
necida pela sua mãe. Genótipos e seus respectivos fenótipos para a hemofilia.
HIPOFOSFATEMIA
Outro aspecto marcante dessa herança é que todos
os descendentes de sexo feminino não afetados gerados Um distúrbio denominado hipofosfatemia, definido
de pai portador do fenótipo recessivo serão portadores do como uma forma de raquitismo resistente à vitamina D,
oo:
sexo masculino com genótipo XºY não são afetadas, mas
aqueles que são XºY manifestam a condição. Indivíduos do
sexo feminino com genótipos XºXº ou XºXº manifestam a
hipofosfatemia, enquanto os que são XºXº não são afetados.
A caro pa
oo
Afetado Afetado
E utero
Xy | XX XX XY XY
1 2 3 4 5
ce Calvo Calva
Herança mitocondrial
Herança ligada ao cromossomo Y Em uma célula eucariótica, o DNA nuclear contém a
Denominada herança restrita ao sexo ou herança maior parte dos genes. No entanto, também é encontrado
holândrica (do grego holos, todo, e andros, macho), a he- DNA nas mitocôndrias e, em plantas e algas, nos cloro-
rança ligada ao Y é determinada por genes localizados na plastos. Os genes presentes no DNA dessas organelas
região diferencial do cromossomo Y, afetando, portanto, são herdados independentemente dos genes nucleares,
apenas indivíduos do sexo masculino, que recebem esses constituindo um caso especial de herança.
genes, invariavelmente, de seus pais. A herança dos genes de organelas é classificada como
Um exemplo de gene holândrico é o gene SRY, também uniparental, isto é, os descendentes herdam os genes de
chamado fator determinante testicular, responsável pela for- organelas apenas de um dos genitores, geralmente a mãe,
mação dos testículos — as gônadas masculinas — durante o determinando um padrão de herança materna.
desenvolvimento embrionário. Portanto, a manifestação de Considerando a herança mitocondrial nos animais, na
caracteres sexuais masculinos é uma característica ligada ao formação do zigoto o espermatozoide praticamente não
cromossomo Y, exibindo o padrão esperado de transmissão tem contribuição citoplasmática, ou seja, as mitocôndrias
de pai para descendente do sexo masculino. A perda ou a presentes nos descendentes são provenientes apenas do
inativação do gene SRY, por exemplo, em decorrência de gameta feminino; assim, o DNA mitocondrial (mtDNA) é
mutações, pode resultar em um indivíduo cromossomica- fornecido apenas pela mãe, caracterizando a herança ma-
mente XY, mas com fenótipo feminino. terna desses genes.
[E
2
to
As fêmeas de mamíferos, por serem XX, apresentam
o dobro de cópias dos genes ligados ao X em relação
aos machos, que são XY. Caso ambos os cromossomos X
fossem plenamente ativos, as fêmeas expressariam o do-
, Divisões Ny FANTASIA
femininas de mamíferos, o canadense Murray Barr (1908- celulares
1995), em conjunto com Ewart Bertram (1923-2022), des- | | iniciais
Cromatina
cobriu que na periferia do núcleo das células femininas
sexual do X Inativação
havia um corpo denso inexistente no núcleo das células materno A, ) aleatória ( N Cromatina
masculinas. Esse corpo é denominado cromatina sexual no do X h sexual do
ou corpúsculo de Barr, e sua presença ou ausência permite X paterno
identificar o sexo de um indivíduo com base na observação
direta do núcleo de suas células.
A análise da quantidade de cromatinas sexuais é dada
pelo total de cromossomos X menos 1; portanto, em células
femininas (XX), como observado por Barr, espera-se encon-
trar uma cromatina sexual, enquanto em células masculinas
(XY) esse corpúsculo não deve ser observado.
Estudos posteriores mostraram que o corpúsculo de Tecido em
Barr corresponde a um dos cromossomos X altamente con- mosaico
densado e majoritariamente inativo; o outro cromossomo X
continua geneticamente ativo.
Representação esquemática da inativação aleatória e fixa do cromossomo X
e da formação de tecidos em mosaico em mamíferos do sexo feminino.
Revisando
d) aponte qual é o sexo heterogamético e qual é o bilidade de gerar descendentes do sexo feminino
sexo homogamético. hemofílicas.
02 Os filhos do sexo masculino poderão ser normais
2. Diferencie as regiões diferenciais (heterólogas) e ho- (x"y) ou hemofílicos (X”Y), em igual proporção.
mólogas dos cromossomos sexuais. 04 No cruzamento, descendentes hemofílicos dos
sexos masculino e feminino são esperados em
3. No sistema ZW, o sexo heterogamético correspon-
igual proporção, ou seja, 25% cada.
de àquele observado no sistema XY? Justifique sua 08 A proporção genotípica esperada desse cruza-
resposta. mento é: 25% X"Xº, 25% X"X", 25% X"Y e 25%
4. Explique como se dá a determinação do sexo em abe- XY.
lhas e como ocorre a formação dos machos nessas Entre as meninas resultantes desse cruzamento, a
espécies. probabilidade de uma filha ser portadora do alelo
da hemofilia é de 50%.
5. UEPG-PR 2022 A hemofilia é uma doença caracterizada
Soma:
pela ausência de uma das proteínas que agem na coa-
gulação do sangue. Existem vários tipos de hemofilia, 6. Em casos de herança recessiva ligada ao cromosso-
sendo a mais comum a hemofilia A, uma herança ligada mo X, espera-se que qual sexo, masculino ou feminino,
ao cromossomo X recessiva. A seguir, está represen- tenha maior percentual de indivíduos afetados? E em
tado um cruzamento entre uma mulher heterozigótica
SI
10. Com base no par de cromossomos sexuais em humanos e no mecanismo de compensação de dose, explique por
que nas células de indivíduos do sexo masculino não há cromatina sexual.
GI fa [A LD TOS CS
1. UEM-PR 2017 Sobre os cromossomos humanos e galinhas não barradas (ZºW) resultando em uma F, de
assuntos correlatos, assinale o que for correto. galos e galinhas barradas.
01 Os cromossomos sexuais são aqueles que pos- Considerando uma F, de 640 aves, a proporção feno-
suem os genes que determinam exclusivamente típica esperada será de
O sexo. a) 480 galos barrados, 80 galinhas não barradas e
02 As fêmeas são heterogaméticas e os machos 80 galinhas barradas.
homogaméticos. b) 80 galos barrados, 80 galinhas não barradas e
04 Indivíduos contendo 22 pares de autossomos e 480 galinhas barradas.
um único cromossomo X serão portadores da sín- c) 40 galos barrados, 80 galinhas não barradas e
drome de Turner. 520 galinhas barradas.
08 Genes holândricos são aqueles presentes nos d) 320 galos barrados, 160 galinhas não barradas e
cromossomos X e que não possuem correspon- 160 galinhas barradas.
dentes no cromossomo Y. e) 160 galos barrados, 160 galinhas não barradas e
16 As fêmeas são diploides com 2 cromossomos 320 galinhas barradas.
sexuais; e os machos, haploides com somente 1
cromossomo sexual. . FCMMG 2020 Leia o texto abaixo:
Uma colmeia dispõe, em média, de 50 mil abelhas,
Soma: que trabalham de maneira organizada e hierárquica. A
rainha é responsável por gerar descendentes após copular
. UCS-RS 2021 As aves, alguns répteis, alguns peixes com os zangões.
e alguns insetos, apresentam o sistema ZZ - ZW de Da maioria dos ovos gerados, derivam as operárias,
determinação cromossômica do sexo. A particula- fêmeas inférteis que compõem 96% da colmeia. Os zan-
ridade, nesse sistema, que o diferencia do sistema de gões vivem até noventa dias e nascem de óvulos não
determinação cromossômica do sexo nos humanos, fecundados.
é que o padrão de herança é inverso, isto é, o sexo (PUJOL, L. Operação Zangão. Piauí, agosto de 2019. Adaptado.)
heterogamético é o feminino. Suponha que a caracte-
Em relação a essa espécie, é CORRETO afirmar que:
rística da presença de uma listra preta nas penas das a) O cromossomo sexual é XX e XY.
aletas do Pinguim-de-Magalhães é determinada por
b) As operárias são haploides (n).
um alelo dominante ligado ao cromossomo sexual.
c) Os zangões são haploides (n).
A partir de um cruzamento entre um animal Z?Zº com
um animal Z2W, e posteriormente o cruzamento de F, d) Arainha é triploide (3n).
entre si, é correto afirmar que
. FCMMG 2017 Conhecendo a constituição e o funcio-
a) as fêmeas, em F,, nunca terão a listra preta nas namento dos diferentes indivíduos de uma sociedade
penas das aletas.
de abelhas, podemos afirmar, EXCETO:
b) todas as fêmeas, em F,, terão a listra preta nas a) Os zangões são haploides, pois se originam pelo
penas das aletas. processo de Partenogênese.
c) metade dos machos, em F,, terá a listra preta e me- b) Os óvulos produzidos por uma abelha rainha são
tade não terá a listra preta nas penas das aletas. frutos de uma divisão mitótica.
d) nenhuma das fêmeas, em F», terá a listra preta e c) A diferença entre abelhas operárias e rainhas se
metade dos machos terá a listra preta nas penas verifica antes mesmo do nascimento, através da
das aletas. alimentação especial.
e) todos os machos, em F,, terão a listra preta nas d) A abelha rainha mais velha poderá produzir
penas das aletas. apenas zangões se esgotar seu estoque de
espermatozoides.
- UFRGS 2019 Nas galinhas, existe um tipo de herança
ligada ao cromossomo sexual que confere presença - Famerp-SP 2019 Analise o heredograma que apre-
ou ausência de listras (ou barras) nas penas. Galos senta uma família com algumas pessoas afetadas por
homozigotos barrados (2828) foram cruzados com uma doença.
Pes,
d) FRREV.
A imunodeficiência combinada grave é uma con-
13. FMC-RJ 2021 Há alguns relatos de alteração na coa-
dição que pode ser autossômica recessiva ou recessiva
gulação em pessoas com quadro grave de coronavírus;
ligada ao X. Espera-se que as imunodeficiências sejam
portanto, é importante que a equipe de saúde esteja cien-
causadas por mutações nos genes das imunoglobulinas,
te de que o paciente possui hemofilia, caso precise de
que estão localizados nos cromossomos 2, 14 e 22. No
internação.
entanto, essa doença pode ser ligada ao cromossomo X,
Disponível em: https://abraphem.org.br/o-covid19-e-a-hemofilia/
Acesso em: 22 maio 2020. Adaptado. pois a produção de anticorpos necessita não apenas de
genes estruturais intactos para essas proteínas, mas tam-
A figura a seguir mostra o heredograma de uma famí- bém de células B que funcionem adequadamente, cujo
lia em que apenas os indivíduos do sexo masculino desenvolvimento bem-sucedido deve exigir outras nume-
1-3, |1l-5 e IV-1 são hemofílicos. rosas etapas geneticamente controladas. O heredograma
abaixo mostra o padrão de segregação da imunodeficiên-
cia combinada grave ligada ao cromossomo X da família
do paciente Pablo.
READ, Andrem; DONNAI, Dian. Genética Clínica: uma nova
abordagem. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 183-184. [adaptado]
José | Maria
ENS
sômico ou nos cromossomos sexuais X ou Y.
Analise o padrão de herança abaixo:
- afeta qualquer sexo, porém mais mulheres do que
-
-
homens;
geralmente pelo menos um dos pais é afetado;
mulheres são mais moderadas e variavelmente
SR
afetadas que homens;
- ofilho de uma mulher afetada, independentemen- d)
te de seu sexo, tem chance de 50% de ser afetado;
- para um homem afetado, todas as suas filhas se-
rão afetadas, mas seus filhos não.
O padrão de herança acima é
a) autossômico dominante.
b) dominante ligado ao X.
c) autossômico recessivo.
d) recessiva ligada ao X.
e) mitocondrial.
O. Uece 2018 Os cromossomos sexuais não são com-
18. Fuvest-SP 2020 Analise a seguinte genealogia de pletamente homólogos, portanto deve-se esperar
ae
uma doença: que os padrões de herança relacionados ao sexo
sejam diferentes daqueles dos cromossomos autos-
sômicos. Em relação à herança de genes localizados
nos cromossomos sexuais, é correto afirmar que
a) na herança ligada ao cromossomo X, os genes
oHNÓDÓMos estão localizados em uma região homóloga ao
cromossomo Y.
ne vó bêée
b) na herança limitada ao sexo, os genes expres-
sam-se em ambos os sexos, porém de forma
diferente, de acordo com o sexo do portador.
c) a herança holândrica é determinada por genes
[] homem não afetado [] homem afetado
que ocorrem no cromossomo Y, fora da região
O mulher não afetado O mulher afetado homóloga ao cromossomo X.
d) a expressão dos genes autossômicos, na herança
Foi levantada a hipótese de que a doença possui pa- influenciada pelo sexo, é determinada pela pre-
drão de herança dominante ligada ao cromossomo X. sença ou ausência de hormônios sexuais.
21. Uece 2019 A hemofilia é uma enfermidade recessiva Assim, é correto afirmar que os genótipos de uma fi-
ligada ao cromossomo e a calvície é uma característi- lha hemofílica do Cruzamento 1 e de um filho calvo do
ca autossômica dominante no homem e recessiva na Cruzamento 2 são, respectivamente,
mulher. Sabendo disso, considere o cruzamento entre a) (X'X) e (XYº ou xºY9)
os seguintes fenótipos: b) (X'X") e (XYº ou XY9)
Cruzamento 1: XºX" x XºY e) (XX) e rave ou XY?)
Cruzamento 2: XX“ x Xv d) (X'X) e (XY- ou XNY9
DD CTC TIE)
Sistema XO
* Ocorre em gafanhotos, grilos, baratas e percevejos.
* Fêmeas têm dois cromossomos sexuais (XX) — sexo homogamético.
* Machos têm apenas um cromossomo X (XO) — sexo heterogamético.
Sistema ZW
* Ocorre em aves, em certos peixes e em alguns insetos, como borboletas e mariposas.
* Fêmeas têm um cromossomo Z e um W (ZW) — sexo heterogamético.
* Machos têm um par de cromossomos Z (ZZ) — sexo homogamético.
Genótipo Fenótipo
Tee
Genótipo Fenótipo
*
de acordo com o sexo.
Umalelo tem caráter dominante em um sexo e no outro se
comporta como recessivo.
x2?y Visão normal De Visão normal
* Exemplo: calvície.
DA Daltônico xx Visão normal e C,; determina a calvície — dominante no sexo masculino
(portadora)
e recessivo no sexo feminino.
Ex Daltônica
* C;: condiciona ausência de calvície.
Genótipos e respectivos fenótipos para o daltonismo.
º Hemofilia
e Deficiência na coagulação sanguínea.
e
Masculino Feminino
e Alelos:
— X” (dominante): condiciona coagulação normal. Cc, Calvo Calva
- X" (recessivo): determina a hemofilia. CC Calvo Sem calvície
Genótipo Fenótipo
Er
Genótipo Fenótipo
CGC, Sem calvície Sem calvície
Quadro de genótipos e respectivos fenótipos para a calvície.
PTS Adu
Artigo
WEI-HAAS, M. Estudo controverso aponta a origem do homem moderno. National Geographic. Disponível em: https://www.
nationalgeographicbrasil.com/historia/2019/10/estudo-controverso-aponta-a-origem-do-homem-moderno. Acesso em: 13 mar. 2023.
O artigo relata um estudo sobre evolução humana com base em uma série de evidências, entre elas, a transmissão do DNA
mitocondrial e o DNA do cromossomo Y.
Vídeo
TESTE de daltonismo (Teste de Ishihara). Tabela de cores. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2FkYGo.
VzOg.
SI
3
md
CI pa TO TA ET
1. Famerp-SP 2021 As figuras ilustram células per- Apresente os genótipos possíveis desses machos
tencentes a três indivíduos: uma criança e seus azuis. Calcule, ainda, para cada um desses genótipos,
genitores. Em cada célula está representado um par a porcentagem de pombos de coloração azul na pro-
de cromossomos sexuais, com os pares de alelos e le, independentemente do sexo.
seus respectivos locos. A distância entre os locos
é de 26 UR. - FMJ-SP 2019 O esquema representa, de forma sim-
plificada, a formação dos indivíduos em uma colmeia
de abelhas.
Zangão
A partir dessas informações, considere o cruzamen- Esse candidato ao transplante pode ter maior
to entre fêmeas de pombos vermelhos com machos identidade de haplótipos com um irmão do que
azuis. com seus genitores? Justifique sua resposta.
50 doa
sexo, além de outras informações. Assinale o que for
correto a respeito dos cromossomos sexuais e das
heranças ligadas ao sexo.
01 No homem, metade dos espermatozoides possui
o cromossomo X e a outra metade o Y, sendo o
| indivíduos afetados sexo masculino heterogamético. Nas fêmeas, to-
dos os óvulos apresentam cromossomo X, sendo
Identifique os tipos de herança genética associados então classificadas como homogaméticas.
a essa síndrome em relação a dois fatores: padrão de 02 O daltonismo é uma herança ligada ao sexo. Uma
dominância e sexo. Em seguida, cite duas caracterís- mulher de visão normal (xºx2) casada com um
ticas representadas no heredograma que explicam homem daltônico (XºY) não terá nenhum filho(a)
esses tipos de herança genética. daltônico(a).
FICSAE-SP 2022 A retinite pigmentosa (RP) descreve 04 Na espécie humana há uma doença hereditária,
várias alterações herdadas da retina que, juntas, cons- a distrofia molecular de Duchenne, em que ocor-
tituem a causa hereditária mais comum de cegueira re a degeneração e atrofia dos músculos. Essa
humana, afetando uma em 3000 a 4000 pessoas. Os doença é condicionada por um alelo mutante re-
primeiros sintomas clínicos da RP são observados à me- cessivo, localizado no cromossomo X.
dida que as células fotorreceptoras começam a morrer, 08 A hemofilia é uma herança ligada ao sexo. Uma
causando cegueira noturna. Outros tecidos começam a mulher com coagulação normal, mas portado-
se degenerar, entre eles os dos vasos sanguíneos, impor- ra de um alelo mutante (X!'x) casa-se com um
tantes estruturas para as células da retina. Sabe-se que a homem com coagulação normal (X“Y). A possibi-
RP pode ser causada por diferentes genes, em diferentes lidade dos(as) filhos(as) deste casal são de 100%
cromossomos. Em diferentes famílias, dependendo do de coagulação normal.
afetado, a degeneração da visão pode ter herança do tipo 16 Homens daltônicos (XY) terão todos os seus
autossômica dominante, do tipo autossômica recessiva filhos do sexo masculino também daltônico, inde-
ou, ainda, na forma de herança recessiva ligada ao sexo. pendente do genótipo da mulher.
(Lynn B. Jorde, John C. Carey e Michael J. Bamshad.
Genética Médica, 2010. Adaptado.) Soma:
[E
3
to
9. FCMSCSP 2019 Beatriz apresenta visão normal e tem a) Marcos, o neto de Lorenzo, casou-se e quer ter
um irmão com daltonismo. Os irmãos são filhos de um duas filhas.
casal com visão normal. Beatriz pretende engravidar Qual é a probabilidade de Marcos ter uma filha
de seu noivo, que também é daltônico. afetada pela DH e, a seguir, uma filha normal? Ex-
a) Em quais células do olho humano o gene mutan- plique como chegou a essa conclusão.
te para esse distúrbio se manifesta? Estas células b) Assim como a DH, a hemofilia é uma doença
compõem qual tecido do olho? genética humana transmitida ao longo das ge-
b) Qual a probabilidade de a criança gerada por rações. Na hemofilia, a proporção de indivíduos
Beatriz e seu noivo ser menina e daltônica? do sexo masculino afetados pela doença é maior
que a proporção de indivíduos do sexo feminino.
10. Fuvest-SP 2014 Os genes que condicionam a visão
Considerando o padrão de herança da hemofilia,
para cores e a síntese da enzima G6PD (desidro-
explique por que ocorre essa diferença na pro-
genase da glicose-6-fosfato) estão localizados no
porção de indivíduos afetados pela doença.
cromossomo X humano. O alelo recessivo d determi-
na o daltonismo e o alelo recessivo g, a deficiência da 12. Unesp 2014 A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD)
enzima G6PD. apresenta incidência de 1 a cada 3.500 nascimentos de
No heredograma abaixo, o homem | é daltônico e meninos. É causada por um distúrbio na produção
tem também deficiência da enzima GOPD. de uma proteína associada à membrana muscular cha-
mada distrofina, que mantém a integridade da fibra
muscular. Os primeiros sinais clínicos manifestam-se an-
O
1 2 tes dos 5 anos, com quedas frequentes, dificuldade para
subir escadas, correr, levantar do chão e hipertrofia das
panturrilhas. A fraqueza muscular piora progressivamen-
te, levando à incapacidade de andar dentro de cerca de
dez anos a partir do início dos sintomas.
O 1 2 0a Trata-se de uma doença genética, com padrão de heran-
ça recessivo ligado ao cromossomo X. Na maioria dos
Sua mulher |-2 é homozigótica, com visão normal para casos, a mutação responsável pela doença foi herdada da
cores, não tendo deficiência de GOPD. A filha II-1 des- mãe do paciente (em geral, assintomática).
se casal casou-se com o homem II-2, que possui visão (www.oapd.org.br. Adaptado.)
normal para cores e não tem deficiência de GOPD. Os
quatro filhos desse casal (1-1, 2, 3 e 4) diferem entre Considerando as informações do texto, explique por
si quanto aos fenótipos em relação à visão para cores que as mulheres portadoras da mutação em geral são
e à síntese de GOPD. assintomáticas (não desenvolvem a doença).
Com relação a essas características, Se uma mulher portadora da mutação, assintomática,
a) quais são os genótipos de |-1 e |-2? estiver grávida de um casal de gêmeos, e o pai das
b) quais são os genótipos de 1-1 e 1-2? crianças for um homem não portador da mutação,
c) que fenótipos e respectivos genótipos os filhos quais as probabilidades de seus filhos desenvolverem
de Il-1 e II-2 podem ter? a doença? Justifique.
d) explique como IIl-1, 2, 3 e 4 podem ter herdado
13. Fasm-SP 2016 Raquel está gestando um casal de
genótipos diferentes.
gêmeos. O pai dos bebês é seu primo, filho da irmã
11. UEL-PR 2019 Lorenzo foi diagnosticado com Doença da mãe de Raquel. O único irmão de Raquel morreu
de Huntington (DH), uma doença autossômica dominan- ainda jovem, portador da Distrofia de Duchenne, uma
te que promove a degeneração gradativa do cérebro doença genética recessiva, degenerativa e incapaci-
humano. O heredograma a seguir mostra a presença da tante, ligada ao sexo.
doença ao longo das gerações na família de Lorenzo. a) Quala probabilidade de o menino vir a desenvol-
ver a doença? Qual a probabilidade de a menina
vir a desenvolver a doença?
Lorenzo
b) Se Raquel estivesse grávida de outro rapaz, não
aparentado a ela e em cuja família não houves-
se histórico da doença, a probabilidade de os
gêmeos virem a desenvolver a doença estaria di-
minuída? Justifique sua resposta.
15. UFRGS 2017 No bloco superior abaixo, estão citados dois termos utilizados na determinação do padrão de herança
monogênica nas famílias; no inferior, os critérios envolvidos na descrição dos termos.
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
14. Autossômica 2. Ligada ao X
Presença igual em homens e mulheres.
Transmissão direta de homem para homem.
Homens afetados terão todas as filhas afetadas, se a característica for dominante.
Mulheres afetadas terão todos os filhos homens afetados, se a característica for recessiva.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) 1-2-2-1. c) 1-2-2-2. e) 2-1-1-2.
b) 1-1-2-2. d) 2-1-1-1.
16. Unicamp-SP 2018 O heredograma abaixo representa o padrão de herança, em uma única família, de uma doença
genética humana. Os indivíduos doentes são representados em preto, enquanto os indivíduos não doentes são indi-
cados em branco. Nessa família, a doença é causada por apenas um loco gênico, localizado em um dos dois tipos de
cromossomos sexuais. No conjunto dos indivíduos da família, esse loco apresenta dois alelos, Ate AZ
o
pré 5 o
NO
4116
EE [ ] homens
O O -muheres
17. UEM/PAS-PR 2021 Sobre os cromossomos sexuais e a determinação do sexo nos animais, assinale o que for correto.
01 A determinação do sexo nos animais é definida pela constituição cromossômica e genética dos indivíduos.
02 Na determinação do sexo, os mamíferos são espécies dioicas cujas fêmeas possuem um par de cromossomos
homólogos (XX) e cujos machos possuem somente um cromossomo correspondente ao das fêmeas (X) e um
tipicamente masculino (Y).
04 Nas abelhas melíferas a partenogênese de óvulos fecundados origina fêmeas.
08 Os genes responsáveis pela hemofilia estão localizados no cromossomo Y humano, caracterizando a transmis-
são dessa doença como herança ligada ao sexo.
16 Nos mamíferos o gene SRY localiza-se nos autossomos.
Soma:
18. UFSC 2020 Cada heredograma a seguir representa uma história familiar relacionada a determinada doença rara do
ser humano (cada uma proveniente exclusivamente de um modo de herança diferente, que pode ser autossômico
EN
dominante, autossômico recessivo, ligado ao Y, recessivo ligado ao X e mitocondrial). Os indivíduos que possuem
uma dessas doenças, independentemente da herança, são destacados nos heredogramas com símbolos cheios.
ma
A
Heredograma A Sobre os heredogramas apresentados e com base nos
conhecimentos de Genética, é correto afirmar que:
01 omodo mais provável de herança do heredograma
B é o mitocondrial, pois se observa a transmissão
da doença das mães afetadas para a prole, o que
não ocorre em relação aos pais afetados.
02 o modo de herança do heredograma E é reces-
sivo ligado ao X, pois apenas indivíduos do sexo
feminino são afetados.
04 o modo de herança ligado ao Y é observado no
heredograma A, porém a doença do heredogra-
ma C possui um padrão em que não se descarta a
possibilidade de haver esse modo de herança.
Heredograma B
| cá tdo
08 a doença presente no heredograma D pode ter
uma herança autossômica dominante ou recessi-
va, porém é mais provável que seja uma herança
autossômica recessiva por se tratar de uma doen-
ça rara e pelo fato de os indivíduos sem a doença
SSB
não serem portadores do alelo raro responsável
pela manifestação da doença.
16 o heredograma C possui o modo de herança
recessivo ligado ao X, porém não se descarta a
possibilidade de ele ser dominante ligado ao X ou
autossômico.
32 a probabilidade de a próxima criança do casal Ill-3
Heredograma
€
e Ill-4 do heredograma E ser afetada e ser do
I sexo feminino é de 25%.
1 2
64 é possível que apenas um indivíduo da primeira
geração do heredograma E tenha um único alelo
N O1 2 3 4
A5 6 7 8
raro que foi transmitido aos seus descendentes; o
encontro desse alelo é promovido pelo casamen-
n 1 2
olujulorul Tom
3 4 5 6 7 8 9 10 11/12
to consanguíneo, resultando em indivíduos com a
doença na quarta geração.
CON
Soma:
ad
célula de uma mulher com pares de cromossomos,
Heredograma D
nota-se a presença de uma cromatina sexual aderida
ao envoltório nuclear durante a intérfase.
a) Qual cromossomo sexual corresponde a essa
DOU OR
provável visualizar a cromatina sexual.
b) A formação da cromatina sexual pode igualar a
quantidade de proteínas existentes nas células
de um homem e de uma mulher. Baseando-se
6/17 8
na atividade dos genes, explique por que, com
IV a formação da cromatina sexual nas mulheres, a
1 2/3 4 5 6 quantidade de proteínas seria semelhante nas cé-
lulas dos homens e das mulheres.
Heredograma E
20. UEL-PR 2022 Analise a figura a seguir.
1)
o
PT e
ol
42 BIOLOGIA * Capítulo
14 « Herança relacionada ao sexo
Com base na figura e nos conhecimentos sobre a inativação aleatória do cromossomo X nas fêmeas de mamíferos,
considere as afirmativas a seguir.
Il. A cromatina condensada, estrutura conhecida como corpúsculo de Bahr, é visível tanto no gameta feminino
quanto no masculino.
Il. A divisão que origina as células possuidoras de um dos cromossomos inativados ocorre quando os cromossomos
homólogos duplicados se separam.
HI. As fêmeas heterozigotas apresentam proporções iguais de expressão do cromossomo X de origem paterna e
materna.
IV. Os alelos que determinam a cor da pelagem das fêmeas de gatos domésticos estão localizados no cromossomo X.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas le Il são corretas.
b) Somente as afirmativas | e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas Ill e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas |, Ile Ill são corretas.
e) Somente as afirmativas Il, Ille IV são corretas.
21. Enem 2017 A distrofia muscular Duchenne (DMD) é uma doença causada por uma mutação em um gene localizado no
cromossomo X. Pesquisadores estudaram uma família na qual gêmeas monozigóticas eram portadoras de um alelo mutante
recessivo para esse gene (heterozigóticas). O interessante é que uma das gêmeas apresentava o fenótipo relacionado ao alelo
mutante, isto é, DMD, enquanto a sua irmã apresentava fenótipo normal.
RICHARDS. C. S. et al. The American Journal of Human Genetics, n. 4, 1990 (adaptado).
CRCCL CCEE CRC ER CURE E EEE ERC R RELER ER A RCC CRER UR CR CRC R EUR UR RCE R CARR URU UR CRU a UR a an Rae en arara rasa ren ca nar na casar canas as na nas Cererereecacanea
nana na ca nen canas aa rasas a nara
EMI3CNT302
1. OBB 2017 Morgan cruzou fêmeas de Drosophila com olhos brancos (w) e corpo amarelo (e) com machos de olhos
vermelhos (w+) e corpo silvestre (e+). Na F1 as fêmeas eram fenotipicamente como seus pais e os machos como suas
mães. Os indivíduos da F1 foram cruzados entre si, obtendo 2105 descendentes, cujos caracteres fenotípicos eram:
Branco Silvestre 6 1
Vermelho Amarelo 7 5
OBB 2015 O novo procedimento aprovado na Inglaterra é importante pois o uso de óvulos de uma segunda mu-
lher evita:
a) doenças mitocondriais de origem materna.
b) doenças mitocondriais de origem paterna.
c) doenças mitocondriais de ambos os parentais.
d) mutações nucleares de origem paterna.
e) mutações nucleares de origem materna.
UPE/SSA 2016 Rose pagou regiamente a um laboratório de Genética Animal para fazer uma clonagem de sua gata
calicó de pelagem tricolor (branca com manchas amarelas e pretas). O cromossomo X porta o alelo CB para a cor
preta ou o alelo CA para a cor amarela, e a cor branca é condicionada por outro gene. Rose ficou decepcionada ao
receber o clone, pois a gatinha, apesar de compartilhar o mesmo DNA da sua mascote Marie, não apresentava varie-
gação de pelagem idêntica.
Mutações gênicas
Mutações gênicas são aquelas que alteram a sequência de bases nitrogenadas de um gene, podendo ou não alterar
a sequência ou composição de aminoácidos da proteína resultante da expressão gênica. Essas alterações podem ocorrer
por substituição, deleção ou inserção de nucleotídeos.
Substituição
Essa categoria de mutação gênica consiste na troca de um par de nucleotídeos por outro, o que altera a sequência
de bases nitrogenadas do gene. Uma substituição pode causar alterações na proteína expressa e afetar as atividades celu-
lares. Os efeitos da modificação da sequência de aminoácidos na proteína podem ser brandos, mas existem substituições
que resultam em consequências severas. A anemia falciforme é um desses casos, condição que resulta da substituição
de um par de bases no gene que codifica uma das cadeias da hemoglobina, fazendo com que haja troca de um único
aminoácido por outro: um ácido glutâmico (Glu) é trocado por uma valina (Val).
DNA da hemoglobina normal DNA da hemoglobina mutante
Transcrição Transcrição
RNAm
Rc
qa
I Tradução Tradução
Representação esquemática da mutação causadora da anemia falciforme, que consiste na substituição de um par de bases no gene de uma das cadeias da
hemoglobina. Essa substituição resulta em alteração de um aminoácido na cadeia polipeptídica.
Inserções e deleções
Inserção e deleção correspondem, respectivamente, a acréscimo e perda de pares de nucleotídeos em um gene.
É comum essas mutações determinarem efeitos mais graves à estrutura proteica do que as mutações por substituição.
A intensidade dos efeitos depende do local do gene em que a mutação ocorreu e da quantidade de bases inseridas
ou deletadas. Por exemplo, a inserção ou a deleção de apenas um nucleotídeo no início do gene pode acarretar a altera-
ção de muitos códons desde o ponto da mutação em diante, o que modifica profundamente a sequência de aminoácidos.
Caso a mutação ocorra bem próxima ao final do gene, a proteína será menos afetada.
No ATGAAGTTTGGCãhkM
RNAm 5º
w
Proteína LS [RE he |
E)
v
Inserção y y Deleção
E ausente
Cextra
ES TA CIMNMTTCARARACCGHRE PE TACTTCANA|CCCE
NMATGNMMAAGTTTGGCÃãkR EN ATGAAGTTTGCGCSECH
EH ausente
Representação esquemática de uma inserção e de uma deleção a partir de um gene hipotético e suas consequências na proteína produzida. As siglas representam
os seguintes aminoácidos: Met — metionina, Lis — lisina, Phe — fenilalanina, Gli — glicina, Glu — ácido glutâmico, Val — valina, Trp — triptofano e Leu — leucina.
UUU
UUC ; ;
Fenilalanina (Fen) Gs setina (Sen UAU
UAC | Tirosina
Tiroci :
(Tir) UGU|
UGC cictoí
os ;
(Cis) Ue
Códon d
Leucina (Leu) UCO Góden de término º A
s asc termino Triptofano (Trp)| S s
ç5 Leucina (Leu)
ccu CAU) Histidina (His) |[cgu ul E
ECC Prolina (Pro) AR E Arginina (Arg) Ê 8
E CCE CAG Glutamina (Gln) ||CGG c E
à i AGU : u|
qq
o AAU
2 Isoleucina (Ile) Aco . AAC| Asparagina (Asn)| |AGE| Serina (Ser) =
E AGA Treonina (Tre) KER A E
v m777= Metionina (Met); |IA AAA | Lisina (Lis) Arginina (Ar: Ú
E Códon de início cs AAG AGG| "9 (Ar) | e Ko)
a
GCU GAU| Aspartato (Asp) ||GGU u
. (Val)
Valina GEC
GCA ;
Alanina (Ala) GAC GSC|
GGA clici (Gli)|
Glicina Ae
ECE ER Glutamato (Glu) ||GGG c
Tabela com os 64 códons correspondentes ao código genético. À exceção da metionina e do triptofano, todos os aminoácidos são codificados por dois ou
mais códons, por isso o código genético é degenerado.
Assim, por exemplo, se a sequência 3º -CGA- 5” na fita ativa do DNA for modificada para 3' -CGG- 5", o códon no RNAm
passa de GCU para GCC, mas o aminoácido inserido nesse local da tradução será o mesmo: a alanina. Isto é, a informação
genética mudou, mas o seu significado continua o mesmo, o que caracteriza uma mutação sinônima (ou mutação silenciosa),
que não tem efeito sobre o funcionamento da célula.
Entre os 64 códons, três são códons de parada. Essas trincas não codificam aminoácidos, mas são importantes uma vez
que izam que a tradução do RNAm deve ser encerrada. Uma mutação que altera o códon de um aminoácido para um
SI
cód parada é denominada mutação sem sentido, e sua ocorrência causa o término prematuro da tradução, resultando
na formação de uma cadeia de aminoácidos menor do que a que seria codificada anteriormente à mutação.
md
Ba
Mutações cromossômicas
Mutações cromossômicas correspondem a alterações na estrutura ou no número de cromossomos de um organismo.
Sua ocorrência pode causar condições ou distúrbios em diferentes níveis de gravidade, como será verificado a seguir.
Estruturais
Alterações estruturais nos cromossomos são, basicamente, de quatro tipos: deleção, duplicação, inversão e translocação.
Uma deleção consiste na perda de parte de um cromossomo e seu efeito dependerá do tamanho do segmento
deletado: quanto maior a deleção, mais genes são perdidos e, consequentemente, espera-se que os efeitos da mutação
sejam mais graves. Há casos de grandes deleções que inviabilizam o desenvolvimento. Na espécie humana, a síndrome de
cri du chat (síndrome do choro ou miado de gato) é causada por uma deleção que ocorre no braço curto do cromossomo 5.
Nessa condição, as crianças afetadas produzem choro semelhante ao miado de um gato em decorrência de alterações na
região da laringe. Outras manifestações da síndrome são cabeça anormalmente pequena, face arredondada e atraso
no desenvolvimento mental.
A mutação por duplicação é caracterizada pela presença de uma cópia extra de um segmento do cromossomo. Em
seres humanos, é observada grande quantidade de duplicações de sequências simples que se estendem pelo genoma.
Essas repetições funcionam como marcadores moleculares no mapeamento genético, sendo utilizadas em exames de
DNA. Detalhes sobre os exames de DNA serão apresentados no próximo capítulo deste livro.
Na inversão, um segmento cromossômico aparece com sua orientação invertida. Nesse tipo de mutação, a quantidade
de material genético não é alterada, portanto, se a inversão não causar quebras dentro dos genes, espera-se que não
haja alterações fenotípicas.
Uma translocação corresponde à troca de segmentos entre cromossomos não homólogos. Nesse caso, a quantidade
de material genético não é alterada, mas a translocação pode causar efeitos graves ao organismo.
Deleção Duplicação
(A[B[CIDJEXFIG|H) (A | DJEXFIG|H)
cube (A | DIEXFIG|hH)
Inversão Translocação
(A EX FIG|H) EX FIG|H)
? Atenção
Translocação não é um caso de crossing over. Enquanto na translocação a troca de segmentos ocorre entre cromossomos
não homólogos, no crossing over a troca acontece entre cromátides de cromossomos homólogos.
Numéricas
As alterações no número de cromossomos são basicamente de dois tipos: euploidias e aneuploidias. As euploidias
modificam conjuntos inteiros de cromossomos, interferindo na ploidia normal das células de um organismo. As aneuploidias
alteram partes dos conjuntos cromossômicos, afetando, por exemplo, apenas um par de cromossomos.
Célula 2n = 4
(diploide)
| il
Poliploidias são relativamente comuns entre as plantas. Uma parcela considerável dos vegetais cultivados para consumo
humano é poliploide; por exemplo, há bananas triploides (3n), batatas tetraploides (4n), trigo hexaploide (6n) e morangos
octoploides (8n). Nos vegetais, em geral, quanto maior a ploidia, maior o tamanho do organismo; isso pode aumentar o valor
comercial do cultivo, o que incentiva a execução de trabalhos genéticos que buscam a obtenção de plantas poliploides.
Quando um membro de uma espécie tipicamente diploide (2n) tem somente um conjunto de cromossomos (n), ele é
denominado monoploide; um exemplo de monoploidia é o zangão, macho das abelhas, originado por partenogênese.
Formação dos
Replicação cromossomos
do DNA simples
+
SI
2n=4 4n=8
Representação esquemática da formação de uma célula tetraploide (4n) a partir de uma célula diploide (2n), em decorrência do tratamento com colchicina.
4
tw
Aneuploidias
Em geral, as aneuploidias envolvem apenas um cromossomo: o indivíduo aneuploide tem um cromossomo a mais ou
um cromossomo a menos em relação ao número normal de cromossomos da espécie.
Em organismos diploides (2n), os casos em que há ausência de um cromossomo são denominados monossomias e
sua representação é 2n — 1. Nas situações em que existe um cromossomo a mais, a aneuploidia é chamada trissomia,
sendo representada por 2n + 1. Quando ocorre a perda de ambos os cromossomos de um par de homólogos, a mutação
corresponde a uma nulissomia (2n — 2).
Estima-se que as aneuploidias ocorram em até 25% das concepções humanas, resultando muitas vezes em aborto
espontâneo. Caso o desenvolvimento avance, é comum o indivíduo exibir um conjunto de características específicas em
decorrência do número anômalo de cromossomos.
)
|
2n —1=3 2n+1=5 2n
—- 2=2
(Monossomia) (trissomia) (Nulissomia)
Representação esquemática das aneuploidias a partir de uma célula 2n = 4.
A maior causa de aneuploidias é a não disjunção (não separação) de cromossomos homólogos na meiose | ou de
cromátides-irmãs na meiose Il. Em decorrência da não disjunção meiótica, há formação de gametas n+ 1 en — 1. Se um
gameta n + 1 é fertilizado por um gameta normal n, é gerado um descendente trissômico (2n + 1). A fertilização de
um gameta n — 1 por um gameta n resulta em um indivíduo com monossomia (2n — 1). Outra possibilidade é a fusão
de um gameta n — 1 com outro n — 1, resultando em uma nulissomia.
VV
hÀ
Meiose |
a
Meiose Il
SE"
n n n n
/ N Meiose Il / N
Representação esquemática de uma meiose em célula 2n em que houve não Representação esquemática de uma meiose em célula 2n em que houve não
disjunção de um par de cromossomos homólogos na meiose |. disjunção de cromátides-irmãs na meiose Il.
9 Saiba mais
Aneuploidias também podem ser originadas pela não disjunção de cromátides-irmãs na mitose. Essa falha pode ocorrer à
medida que as células se dividem durante o desenvolvimento. O resultado disso é que a aneuploidia não será observada
no organismo todo, mas apenas em algumas partes.
Dad
ee
E
Mitose
normal
A
+
A
Mitose
normal
NT
) Nose Aneuploidias
|]
pÀn
=
Representação esquemática de mitoses normais e de uma mitose anormal ao longo do desenvolvimento de um organismo diploide.
MONOSSOMIAS EM HUMANOS
Na espécie humana, qualquer monossomia de um cromossomo autossomo é deletéria, e resulta em morte ainda
no período intrauterino. Em relação ao cromossomo X, alguns monossômicos são viáveis, produzindo uma condição
denominada síndrome de Turner. Nesse caso, o indivíduo apresenta 44 autossomos e apenas um X, totalizando
45 cromossomos. A representação do cariótipo de pessoas com síndrome de Turner é 44A (autossomos) + XO. Os
indivíduos afetados são do sexo feminino e, entre diversas características, têm baixa estatura, pele frouxa entre o
SI
pescoço e os ombros, ausência de menstruação e ovários pouco desenvolvidos. São letais as monossomias em que
está presente apenas o cromossomo Y.
=
ul
TRISSOMIAS EM HUMANOS Genética de populações
* Síndrome do duplo Y: essa condição afeta indivíduos Uma população é um conjunto de indivíduos de mesma
do sexo masculino, sendo definida pela presença de espécie que habitam a mesma área geográfica. A genética
um cromossomo Y extra (44A + XYY). Pessoas com a de populações corresponde ao estudo da distribuição e
síndrome têm desenvolvimento normal, são férteis e ten- frequência das variações genéticas (genotípicas e gêni-
dem a ter altura um pouco acima da média populacional. cas) nas populações e dos fatores que atuam sobre elas.
* Síndrome do triplo X: caracterizada pela presen- Geneticamente, uma população pode ser caracterizada
ça de um cromossomo X extra (44A + XXX), essa por meio da análise de seu pool gênico, isto é, o conjunto
mutação afeta apenas indivíduos do sexo feminino. de todos os alelos para todos os /oci cromossômicos em
Em geral, pessoas triplo X não têm alterações feno- todos os seus integrantes.
típicas, motivo pelo qual muitos casos permanecem
sem diagnóstico; isso pode ser justificado, sobretudo, Os trabalhos de Hardy-Weinberg
pelo fato de apenas um cromossomo X permanecer Em 1908, o britânico Godfrey Harold Hardy (1877-1947)
plenamente ativo em decorrência da formação da cro- e o alemão Wilhelm Weinberg (1862-1937) propuseram, de
matina sexual nos demais. modo independente, o conceito que, posteriormente, seria
e Síndrome de Klinefelter: essa síndrome é resultado conhecido como equilíbrio populacional de Hardy-Weinberg.
da presença de um cromossomo X extra em indiví- Para eles, uma população em equilíbrio é aquela na qual as
duos masculinos (44A + XXY). Apesar da formação de frequências gênicas e genotípicas permanecem constantes
cromatina sexual a partir de um dos X, os acometidos ao longo das gerações. Isso possibilita que sejam feitas
exibem testículos muito pequenos, são estéreis, podem previsões acerca das frequências gênicas (ou alélicas) e
ter desenvolvimento de seios, além de outras caracte- genotípicas nas populações nas próximas gerações.
rísticas femininas, como o padrão de distribuição dos
Wikimedia Commons
Thãy Búi Phúc Trach - CVA [CC BYSA 4.0)
Album/ Fotoarena
pelos pubianos. Outras manifestações possíveis são:
estatura alta, comprometimento do desenvolvimento
cognitivo e osteoporose.
e Síndrome de Down: a principal causa dessa condição
é a presença de um cromossomo 21 a mais, por isso
também é chamada de trissomia do 21. Como se tra-
ta de uma trissomia autossômica, afeta ambos os sexos
(47, XY, +21 ou 47, XX, +21). A manifestação fenotípica
da síndrome de Down inclui, entre outras expressões,
estatura baixa, traços faciais característicos (por exem-
plo, face achatada e alargada, olhos inclinados e nariz
curto), comprometimento do desenvolvimento e car- Godfrey Harold Hardy (1877-1947). Willheim Weinberg (1862-1937).
diopatia congênita. Quanto à fertilidade, indivíduos
Para que tal equilíbrio seja possível, uma série de con-
femininos podem ser férteis, enquanto indivíduos mas-
dições deve ser satisfeita:
culinos são estéreis, salvo raras exceções. A incidência
1 A população deve ser muito grande. Essa condição é
da síndrome de Down aumenta com o avanço da idade
necessária porque, quanto menor a população, maior a
dos genitores, sobretudo da mãe.
chance de alterações ao acaso das frequências gênicas
e genotípicas. Essas variações ao acaso são denomi-
Alila Medical Media/Shutterstock.com
pelagem branca. Suponha que 320 animais são homozigo- p'p=0,8-:-0,8 p'rq=0,8:0,2
p? = 0,64 p:q=o0416
tos dominantes (BB) de pelo preto, 160 são heterozigotos
(Bb) de pelo preto e 20 têm pelo branco, sendo homozi- Aa aa
gotos recessivos (bb). Sabendo que em 500 indivíduos há p'q=08:02 "* q:q=02:02
um total de 1000 alelos envolvidos, é possível determinar p:q=o016 q?
= 0,04
as frequências gênicas e genotípicas. Em 320 indivíduos Frequências gênicas em uma população hipotética de mamíferos e suas
BB, há 640 alelos B, em 160 animais Bb, há 160 alelos B, frequências genotípicas esperadas na próxima geração.
5
w
As frequências alélicas podem ser obtidas a partir das frequências genotípicas. Se f(BB) = p?, então f(B) = vp?
No mesmo caminho, se f(bb) = q”, temos que ftb) = Jg”. No exempl o, temos:
f(BB) = 0,64, portant o f(B) = 0,64 = 0,8
f(bb) = 0,04, portanto f(b) = 0,04 = 0,2
ES eaCa A TETO
O teorema de Hardy-Weinberg é aplicável às heranças ligadas ao cromossomo X. Por exemplo, em humanos, os indivíduos
masculinos são hemizigotos para os genes ligados ao cromossomo X, isto é, apresentam apenas uma cópia desses genes.
Dessa forma, para o sexo masculino, as frequências genotípicas são iguais às frequências gênicas. Já para o sexo feminino,
as frequências genotípicas em relação aos genes ligados ao cromossomo X podem ser calculadas da mesma maneira que
uma herança autossômica, pois esses indivíduos têm duas cópias desses genes. Por exemplo: considere que, em uma
população em equilíbrio de Hardy-Weinberg, 8% dos indivíduos masculinos são daltônicos. O daltonismo é uma herança
recessiva ligada ao cromossomo X, assim, temos que:
Sexo feminino
Portanto, a frequência esperada de indivíduos femininos com daltonismo nessa população é de apenas 0,64%.
O teorema de Hardy-Weinberg também pode ser usado em heranças que envolvem alelos múltiplos. Por exemplo, a deter-
minação dos tipos sanguíneos quanto ao sistema ABO envolve três alelos: |”, P e i.
2 — > aglutinogênio A
Alelos É —» aglutinogênio B
i —>» ausência de aglutinogênio
A [PP ou Pi
B PE ou PP
AB E
O ii
=» =p
ih add n£) =q p+g+r=1
gênicas
f)=r
PP) = p?
HP) = 2pr
Frequências ICELE (É p+q+r+2pg+
genotípicas 8) = 2gr + 2pr+ 2gr=1
nº) = 2pr
fi) =
Teorema de Hardy-Weinberg aplicado a um caso de alelos múltiplos envolvendo três alelos.
1. Explique o que são mutações e como sua ocorrência relaciona-se com a evolução das espécies.
2. As mutações gênicas podem ser classificadas, basicamente, em mutações por substituição, por deleção ou por inser-
ção. Descreva cada uma dessas formas de mutação gênica.
4. As mutações cromossômicas numéricas podem ser classificadas em euploidias e aneuploidias. Diferencie essas
formas de mutações cromossômicas.
5. Indique os problemas relacionados à ocorrência de aneuploidias que podem ocorrer durante a formação dos gametas.
7. Síndrome de Down, síndrome de Turner e síndrome de Klinefelter são exemplos de aneuploidias. Indique a fórmula
cromossômica que representa essas alterações cromossômicas na espécie humana.
9. Explique como a ação da seleção natural altera o equilíbrio gênico em uma população.
10. Considere uma população em equilíbrio de Hardy-Weinberg na qual a frequência do alelo dominante (4) de um locus
com dois alelos seja 0,5. A partir desse dado, determine a frequência esperada de indivíduos heterozigotos para
esse locus.
[CIP [TE US CE
1. FGV-SP 2017 O trecho a seguir foi retirado do livro A Origem das Espécies, escrito pelo naturalista Charles Darwin.
Alguns naturalistas defendem que todas as variações estão ligadas à reprodução sexuada, o que é certamente um erro.
Citei, em outra obra, uma extensa lista de plantas que os jardineiros chamam “plantas anômalas”, isto é, plantas nas quais
se vê surgir, de repente, um broto apresentando qualquer caráter novo e, por vezes, diferente por completo de outros brotos
da mesma planta.
http:/ecologia.ib.usp.br/. Adaptado
Darwin desconhecia as leis sobre hereditariedade, porém estava correto em afirmar que nem todas as variações
estão ligadas ao ato da reprodução sexuada.
O surgimento repentino de características, com origem não sexuada, completamente distintas em alguns brotos da
mesma planta é explicado atualmente
a) pelas interações gênicas, tais como a epistasia e a pleiotropia.
b) pela segregação independente de cromossomos na meiose.
c) pelo processo de permutação na prófase 1 da meiose.
d) pela manifestação de alelos recessivos em homozigose.
e) pelas mutações genéticas, aleatórias e espontâneas.
2. UFGD-MS 2022
O surgimento de variantes do novo coronavírus trouxe, de carona, dúvidas, especulações e até teorias de conspiração.
Mutações e variantes fazem parte da vida normal de todo microrganismo. Qualquer pessoa que tenha trabalhado em um
laboratório de microbiologia já teve a oportunidade de ver a evolução acontecendo em tempo real. Variantes deste vírus,
portanto, não são nenhuma surpresa. [...]. Mas se tivéssemos feito a lição de casa, usando máscaras, evitando aglomerações
e cumprido o distanciamento, seria muito mais difícil surgirem variantes e, caso surgissem, que se propagassem. Variantes
não devem ser usadas como desculpas por governantes para se eximir da responsabilidade de conter a pandemia.
Disponível em: https://www.revistaquestaodeciencia.com.br/questao-de-fato/2021/03/10/para-gerar-variantes-virus-requer-tempo-e-oportunidade.
Acesso em: 05 ago. 2021.
a) A mudança de um nucleotídeo de uma molécula de RNA do vírus sempre modifica a estrutura de sua proteína,
pois para cada códon há um aminoácido específico.
b) Quanto maior for o tempo de replicação dos vírus, e) prejudica apenas o processo de replicação do
menor a probabilidade do surgimento de novas DNA, em que a célula é impedida de realizar a
variantes. divisão celular.
c) É possível que a seleção natural aja sobre varian-
tes do novo coronavírus, selecionando aquelas que Enem PPL 2018 Em pacientes portadores de astro-
tenham mutações que aumentam sua transmissão. citoma pilocítico, um tipo de tumor cerebral, o gene
d) Conhecimentos evolutivos não têm relação com BRAF se quebra e parte dele se funde a outro gene,
o estabelecimento de estratégias de diminuição KIAA1549. Para detectar essa alteração cromossômica,
da transmissão do novo coronavírus, como o uso foi desenvolvida uma sonda que é um fragmento de
de máscaras e de vacinas. DNA que contém partículas fluorescentes capazes
e) Os vírus produzem mutações para se adaptarem de reagir com os genes BRAF e KIAA1549 fazendo
cada um deles emitir uma cor diferente. Em uma célula
quando são submetidos a condições desfavorá-
veis a eles. normal, como os dois genes estão em regiões distintas
do genoma, as duas cores aparecem separadamente.
- UEPG/PSS-PR 2022 Segundo a teoria evolutiva, os Já quando há a fusão dos dois genes, as cores apare-
principais fatores que atuam sobre o conjunto de ge- cem sobrepostas.
nes de uma população são mutação, recombinação Disponível em: http://agencia.fapesp.br. Acesso em: 3 out. 2015.
genética, migração, seleção natural e deriva genética.
A alteração cromossômica presente nos pacientes
Em relação a esses fatores, assinale o que for correto.
com astrocitoma pilocítico é classificada como
01 As mutações ocorrem ao acaso e são considera- a) estrutural do tipo deleção.
das fonte da variabilidade genética. b) numérica do tipo euploidia.
02 A migração de indivíduos permite que se esta- c) numérica do tipo duplicação.
beleça fluxo gênico entre populações distintas e, d) numérica do tipo aneuploidia.
assim, que ocorra o compartilhamento da varia-
e) estrutural do tipo translocação.
ção existente nelas.
04 As mutações podem ser consideradas vantajosas . FCMMG 2022 Leia o trecho abaixo.
no genoma em que ocorrem quando conferem au-
Atualmente o café é cultivado em 54 países e exis-
mento na sobrevivência e/ou na reprodução. Dessa
tem cerca de 25 espécies, mas apenas duas têm interesse
forma, suas frequências aumentam por seleção.
econômico. São elas:
08 Durante a pandemia da covid-19, o uso indiscri-
Coffea arabica — tetraploide, possui 44 cromossomos
minado de antibióticos gerou a mutação da forma
e é auto fértil e Coffea canephora — diploide, possui 22
mais infecciosa do vírus no Brasil.
cromossomos e é autoestéril.
Soma: (MARCELINA, C; COUTO, C. Sou Barista. São Paulo:
Editora Senac, 2018. Adaptado)
- PUC-PR 2020 Leia o trecho a seguir que foi retirado
Com base nas informações apresentadas, é CORRETO
da reportagem de Richard Gray, do site da BBC Brasil.
afirmar que:
Viktor Sushko, vice-diretor-geral do Centro Nacio-
a) Coffea arabica e Coffea canephora apresentam
nal de Pesquisa Médica de Radiação, descreve o desastre
para cada característica pela herança mendeliana,
de Chernobyl como o “maior desastre antropogênico da
história da humanidade”. O órgão estima que cerca de pelo menos, 4 pares de genes.
5 milhões de cidadãos da antiga União Soviética, in- b) Coffea arabica apresenta na célula do esporo 22 cro-
cluindo 3 milhões na Ucrânia, tenham sido afetados pelo mossomos e Coffea canephora, 11 cromossomos.
desastre de Chernobyl. Na Bielorrússia, outras 800 mil c) Coffea arabica ao cruzar com a Coffea canephora
pessoas também foram atingidas pela radiação. pode produzir descendentes férteis sem a interfe-
Disponível em: <https:/Awww.bbc.com/portuguese/vert-fut-49256601>. rência humana.
Acesso em: 01/08/2019.
d) Coffea arabica, ao se autocruzar, produz frutos
Estabelecer relação entre a exposição à radiação e os todos geneticamente iguais, e Coffea canephora
efeitos na saúde a longo prazo não é uma tarefa fácil. não produz frutos.
No entanto, é possível afirmar que a radiação
a) desenvolve câncer nas crianças que nasceram - Acafe-SC 2020 Genética é uma área da Biologia que
de pais que foram expostos, visto que apenas as estuda os mecanismos da hereditariedade, ou seja,
células germinativas são afetadas. como ocorre a transmissão de características de um
b) altera o genoma das pessoas que foram expostas indivíduo aos seus descendentes.
durante o desastre e também das crianças que Em relação aos conceitos básicos de genética, rela-
nasceram dos pais que foram expostos. cione as colunas.
c) causa mutação especificamente em cromosso- (1) Gene alelo
mos de mulheres em idade reprodutiva. (2) Epistasia
d) provoca deleções de todas as bases nitrogena- (3) Euploidia
das que compõem o DNA das pessoas expostas (4) Aneuploidia
e das crianças que nasceram de pais expostos. (5) Polialelia
Considerando apenas o cariótipo obtido, é correto 12. UEL-PR 2019 A síndrome de Down, que afeta um em
afirmar que a análise corresponde a cada mil recém-nascidos, não é uma doença, mas a
a) um homem com uma triploídia. mais comum das alterações cromossômicas. Trata-se
b) um homem com uma aneuploidia. de uma condição genética que vem acompanhada de
c) uma mulher com uma trissomia. algumas peculiaridades para as quais os pais devem
d) um homem com uma monossomia. estar atentos desde o nascimento da criança. A pes-
e) uma mulher com uma poliploidia. soa com síndrome de Down faz parte do universo da
diversidade humana e tem muito a contribuir com de-
Mackenzie-SP 2019 Considere a não separação das
senvolvimento de uma sociedade inclusiva.
cromátides-irmãs do cromossomo sexual X durante
Assinale a alternativa que representa, corretamente,
a espermatogênese humana, mais precisamente na
um cariótipo de portador da síndrome de Down.
anáfase Il da meiose. Nesse caso, a partir de um único
a) 45,X.
espermatócito | (espermatócito primário), a proporção
b) 46,X.
de espermatozoides anômalos produzidos capazes
c) 47,XXY.
de gerar uma criança com síndrome de Turner (ca-
d) 47,XY +21
riótipo 45, XO), caso um deles venha a fecundar um
e) 47 +Xy +18
ovócito normal, será de
a) 1/8 c) 3/8 e) 3/4 13. UFRGS 2019 Pessoas que apresentam Síndrome de
b) 1/4 d) 1/2 Down são em geral trissômicas para o cromossomo 21.
Esse problema ocorre predominantemente devido à
10. PUC-PR 2018 Considere o texto a seguir.
não disjunção do par cromossômico na
Síndrome 47, XYY a) anáfase | da meiose.
Apesar da constituição cromossômica 47, XYY não b) prófase Il da meiose.
estar associada a nenhum fenótipo obviamente anormal, c) metáfase da mitose.
EI
HO
termine os valores de p e q e, também, o número de
indivíduos heterozigotos.
Em seguida, aponte uma condição necessária para
que uma população seja considerada em equilíbrio
de Hardy-Weinberg.
DD CTT
TA ET
Translocação robertsoniana
A maior parte dos casos de síndrome de Down é decorrente de aneuploidias derivadas de falhas na segregação dos cromossomos ou das
cromátides-irmãs durante a meiose na formação dos gametas. Entretanto, uma pequena parcela de casos dessa síndrome resulta de uma translocação,
ou seja, uma mutação cromossômica estrutural, em um dos genitores. Translocações podem produzir descendentes que têm material genético extra,
por exemplo, uma translocação que envolva o cromossomo 21 pode gerar indivíduos com material extra desse cromossomo. À translocação que resulta
em síndrome de Down é denominada translocação robertsoniana, fenômeno que produz descendentes com uma cópia praticamente completa do
cromossomo 21, o que é suficiente para caracterizar a síndrome.
Este cromossomo
Quebras é perdido.
1 01
pi
14 14
Representação esquemática da translocação envolvendo o cromossomo 14 e o cromossomo 21.
| |
. 0 Gameta com o cromossomo
Genitor como a derivado da translocação e
translocação um cromossomo 21
7
Wi —
Descendente com
síndrome de Down
0
Genitor sem alteração Gameta sem alteração
Representação esquemática da formação de descendência com síndrome de Down a partir da fecundação de um gameta gerado por um genitor com
a translocação robertsoniana com um gameta proveniente de um genitor sem alteração. Neste caso, o genitor sem alteração fornece uma cópia do
cromossomo 21, enquanto o outro genitor fornece uma cópia completa do cromossomo 21 mais um cromossomo dotado de um grande segmento
EI!
desse cromossomo. Embora não ocorra a trissomia completa do 21, é produzido o fenótipo da síndrome de Down.
* Trissomias: presença de um cromossomo extra (2n + 1). . Exemplo: herança autossômica determinada por um gene
e Nulissomia: perda de ambos os cromossomos de um com dois alelos (B: dominante; b: recessivo).
par de homólogos (2n — 2). . Frequências gênicas (alélicas)
e Principais causas: não disjunção (não separação) de
- HB)=p
cromossomos homólogos na meiose | ou de cromáti-
des-irmãs na meiose Il. - fb)=q
- Sendop+qgq=1!,entãop=1-geg=1-p.
* Monossomias em humanos
Frequências genotípicas
- Síndrome de Turner (44A + XO).
e Trissomias em humanos - fBB)=p?
- Síndrome do duplo Y (44A + XYY). -— (Bb) = 2pg
- Síndrome do triplo X (44A + XXX).
- bb)=q
- Issoequivalea(o +92 =p+2pg+q=1.
60 BIOLOGIA * Capítulo
15 » Mutações e genética de populações
1. Enem 2016 Em um hospital, acidentalmente, uma funcionária ficou exposta a alta quantidade de radiação liberada
por um aparelho de raios X em funcionamento. Posteriormente, ela engravidou e seu filho nasceu com grave anemia.
Foi verificado que a criança apresentava a doença devido à exposição anterior da mãe à radiação.
O que justifica, nesse caso, o aparecimento da anemia na criança?
a) A célula-ovo sofreu uma alteração genética.
b) As células somáticas da mãe sofreram uma mutação.
c) A célula gamética materna que foi fecundada sofreu uma mutação.
d) As hemácias da mãe que foram transmitidas à criança não eram normais.
e) As células hematopoiéticas sofreram alteração do número de cromossomos.
2. UFPR 2016 Desastres em usinas nucleares, como os ocorridos em Chernobyl (1986) e Fukushima (2011), geram
preocupação devido às grandes quantidades de material radioativo lançadas no ambiente. A radiação produz mu-
tações, tendo efeitos sobre a hereditariedade. No caso das células do sistema reprodutor masculino, a duração dos
efeitos depende do estágio da espermatogênese afetado pela radiação, podendo haver menor ou maior chance de
a mutação causar efeitos transgeracionais (aparecer nas gerações futuras). O efeito da radiação será mais duradouro
e será mais provável a observação de efeitos transgeracionais se a mutação ocorrer:
a) nos espermatozoides. c) nas espermatogônias. e) nos espermatócitos Il.
b) nas espermátides. d) nos espermatócitos |.
3. UFRGS 2020 George W. Beadle e Edward L. Tatum, na década de 1940, realizaram experimentos com o mofo do
pão, Neurospora crassa, observando uma rota metabólica para a síntese de arginina. Esse fungo tem o genoma ha-
ploide na maior parte do seu ciclo de vida.
Para realizar a investigação, os cientistas provocaram mutações na cepa do tipo selvagem, por meio de raios X, e
colocaram diferentes tipos de mutantes em meios de cultivo mínimo, com nutrientes básicos originais, e em meios
com diferentes suplementos.
O quadro abaixo mostra os resultados obtidos pelos pesquisadores: o sinal “+” indica que houve crescimento da
colônia de fungos, e o sinal “—” indica que não houve crescimento.
Cai Meio de cultivo mínimo Apenas ornitina Apenas citrulina Apenas arginina
Selvagem E + + +
Mutante 1 = = = E
Mutante 2 = = ia E
Mutante 3 = E Ea JF
4. Fuvest-SP 2016 A hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do
corpo, é produzida nas células precursoras das hemácias. A anemia falciforme é uma doença genética causada por
alteração da hemoglobina. É determinada por mutação no gene HBB, que leva à substituição de um aminoácido: no
lugar de um ácido glutâmico, a proteína tem uma valina.
De células da mucosa bucal de uma pessoa com anemia falciforme, foram obtidos:
* DNA do genoma total (DNA genômico) e
* RNA mensageiro, que serviu de molde para a síntese do DNA complementar, pelo processo de transcrição reversa
(RNA —» DNA).
a) A base nitrogenada trocada, que levou à substituição do aminoácido na hemoglobina, pode ser detectada no
DNA complementar obtido a partir das células da mucosa bucal? Justifique sua resposta.
SI
b) Essa troca de bases pode ser detectada no DNA genômico obtido a partir das células da mucosa bucal? Justifi-
que sua resposta.
=
a
5. UEPG-PR 2020 As modificações que ocorrem no mate- escuras). (A) os pares de cromossomos 1 e 22 do Sr.
rial genético de uma célula são chamadas de mutações, José; (B) os cromossomos 1, 22, der(1) e der(22) da
podendo ser de dois tipos: gênicas ou cromossômicas. Sra. Maria; (C) os processos de translocação entre os
Assinale o que for correto sobre as mutações. cromossomos 1 e 22: os locais onde ocorrem as que-
01 Qualquer tipo de mutação que ocorra no DNA de bras estão indicados pelas cabeças de setas; através de
uma célula é sempre maléfica, pois leva a célula mecanismo de reparo do DNA, ocorre a junção das
ao processo de apoptose (ou morte celular), que extremidades, formando dois cromossomos derivados,
tem consequências devastadoras para o metabo- denominados “der (1)” e “der (22)”; (D) os possíveis
lismo do indivíduo. gametas da Sra. Maria, que podem resultar em gametas
02 As mutações que afetam o número de cromos- balanceados (com todas as informações genéticas dos
somos são aquelas que ocorrem nas linhagens cromossomos 1 e 22) ou em gametas não balanceados
germinativas e não são transmitidas à prole. Nes- (com a ausência de alguma informação genética do
cromossomo 1 ou 22). O gameta que deu origem a
se caso, a mutação leva à alteração da cadeia
polipeptídica. Elizabeth está circundado.
READ, Andren; DONNAI, Dian. Genética clínica: uma nova abordagem.
04 Há mutações gênicas que não alteram o aminoá- Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 43-45. [Adaptado].
cido que será posto naquele sítio mutado durante
a síntese da cadeia polipeptídica. Nesse caso, a Sobre a estrutura dos cromossomos e o caso clínico
substituição de uma base nitrogenada resulta em acima, é correto afirmar que:
um códon para o mesmo aminoácido. Essa situa- 01 o gameta da Sra. Maria que deu origem a
ção ilustra a propriedade de código genético de- Elizabeth possui um segmento em excesso do
generado, quando um mesmo aminoácido pode cromossomo 1.
ser codificado por mais de uma trinca (códon). 02 a causa mais provável do aborto prévio que a Sra.
08 A deleção cromossômica é um tipo de mutação Maria teve foi a fecundação de um gameta com
em que um cromossomo perde um segmento em alteração cromossômica balanceada.
função de quebras, ocasionando assim a perda 04 todas as alterações cromossômicas resultam em
de um ou muitos genes, o que pode alterar signi- síndromes genéticas, especialmente as altera-
ficativamente as condições do indivíduo. ções estruturais.
08 o próximo filho da Sra. Maria, caso não ocorra
Soma:
aborto, tem 100% de probabilidade de apresentar
UFSC 2019 Elizabeth, filha do Sr. José e da Sra. Maria, malformações congênitas múltiplas.
nasceu com múltiplas anomalias congênitas associa- 16 os cromossomos são componentes celulares cuja
das a uma síndrome genética. No histórico familiar estrutura química é constituída exclusivamente
consta que a Sra. Maria teve um aborto prévio e que a por uma longa molécula de DNA.
sua irmã também teve dois abortos. O médico solicitou 32 o caso de Elizabeth é um exemplo de aneuploi-
o cariótipo do bebê e dos seus pais para a análise. Os dia, uma alteração cromossômica numérica.
resultados revelaram: 64 o pai de Elizabeth foi responsável por 50% dos
— Sr. José: cariótipo masculino normal: 46, XY cromossomos com alterações estruturais que re-
— Sra. Maria: translocação balanceada entre os cro- sultaram nas anomalias congênitas múltiplas da
mossomos 1 e 22 (Figuras Be C) filha.
— Elizabeth: produto de segregação não balanceado
Soma:
r do Pr da ção bal da entre os
Sr. José cromossomos 1 e 22 Enem 2015 A cariotipagem é um método que analisa
EE E : E células de um indivíduo para determinar seu padrão
Ei i : E
Ea ' 1 28 cromossômico. Essa técnica consiste na montagem
z z
==
==
= ts
ã
=
= z
-
na
rs
ê
=
fotográfica, em sequência, dos pares de cromosso-
== a 2 a La
i E as 1< ; + a mos e permite identificar um indivíduo normal (46, XX
== E S (g
E E = : 1) ou 46, XY) ou com alguma alteração cromossômica.
11 e 1 =
A investigação do cariótipo de uma criança do sexo
Cromossomos da Possíveis gametas da Sra. Maria masculino com alterações morfológicas e compro-
Sra. Maria
metimento cognitivo verificou que ela apresentava
a E E E E EE
ii ii | à ii fórmula cariotípica 47, XY, +18.
n” ua
Fio |; à dá d) disEa dê7
q “” E-
Eioco s vs A alteração cromossômica da criança pode ser clas-
2a a E| =" ao
1:52 - SE : sp E sificada como
E
2
sd O G: bal
o d. e +. não
É b 1 d, O
a)
b)
estrutural, do tipo deleção.
numérica, do tipo euploidia.
c) numérica, do tipo poliploidia.
Figura: Representação dos cromossomos com pa- d) estrutural, do tipo duplicação.
drões de bandeamento específicos (bandas claras e e) numérica, do tipo aneuploidia.
ND) = =
forma simplificada, a espermatogênese humana.
ZN
É
O-O—N
meme D<BS o
ANS
Meiose Il
J
Espermatócito | O — ED" /N
CP meose
JN
Jf
X
GametaD1
MEIOSE Il
Ji
SITUAÇÃO 2: Não disjunção na meiose II
) fsaocia]
JN
NE
2
a)
Espermatócitos Il O
Espermátides
hu-
Do =
ISÃS IS mana? Em qual fase da meiose | diferenciam-se
os gametas que terão o cromossomo X dos que
- DT terão o cromossomo Y?
b) Por que, na fertilização in vitro, a injeção intracito-
plasmática não pode ser feita com um esperma-
Célula P2 1
tócito II? Que tipo de mutação numérica teria um
( À ps É embrião inviável que resultasse de uma fertiliza-
Gameta C2
ção entre um espermatócito Il e um ovócito Il com
h ) pi
23 cromossomos?
64 BIOLOGIA * Capítulo
15 » Mutações e genética de populações
a) Esta comprovação foi calculada em uma população pequena para que não houvesse erros de amostragem, os
cruzamentos eram ao acaso, e não havia mutações nem migrações.
b) Na comprovação matemática dos dois pesquisadores, eles atribuíram ao alelo “A” a frequência inicial p? e ao seu
alelo “a”, a frequência inicial q2.
c) Assumindo-se também a 1? Lei de Mendel e os princípios da probabilidade, a proporção de indivíduos homozigo-
tos dominantes na geração seguinte seria de 2p, assim como dos homozigotos recessivos seria 29.
d) A população hipotética pan-mítica não existe na realidade, pois sempre há fatores evolutivos ocorrendo em uma
população, tais como mutação e seleção natural, mantendo-se assim a frequência dos alelos.
e) A partir da população hipotética, foi possível caracterizar matematicamente que a evolução ocorre quando a
frequência dos alelos de uma população se altera ao longo das gerações.
17. PUC-Rio 2017 Em uma população humana hipotética, em equilíbrio, composta por 10 000 indivíduos, constatou-se
que a frequência de homozigotos recessivos “aa” é de 0,36. Considerando que se trata de um lócus bialélico, calcu-
la-se que o número esperado de indivíduos heterozigotos do sexo feminino nessa população seja, aproximadamente,
a) 1600. d) 4800.
b) 1800. e) 5000.
c) 2400.
18. UFSC 2019
População “A” em 1760 População "A" em 1850 População "C" em 2018
w& 160 indivíduos Aa >» | Frequência dos alelos: Frequência dos alelos:
“A"=041 “A"=0,4
Ro 20 indivíduos aa “a”=0,9 “a"=0,6
1Q 7 inaivíduos
as QB 300 indivíduos aa 06 340 indivíduos
aa
88 5 indivíduos
aa BE) 150 indivíduos aa Ef) 320 indivíduos aa
Calcule, segundo o teorema de Hardy-Weinberg, o número esperado de indivíduos heterozigotos na população “A”
em 1850, conforme as informações apresentadas no quadro acima.
19. FMJ-SP 2018 Uma população em equilíbrio gênico deve apresentar algumas condições, tais como população nume-
rosa, acasalamentos randômicos, ser reprodutivamente isolada de outras populações e inexistência de alterações
que levem a introdução de novas variações genéticas.
a) Cite um fenômeno que contribui para o surgimento de novas variações genéticas numa população. Cite um fenô-
meno que possibilita o fluxo gênico entre a mesma população de diferentes áreas geográficas.
b) Uma população em equilíbrio gênico apresenta 800 indivíduos com as frequências alélicas A = 40% e a = 60%.
Suponha que essa população seja integralmente deslocada para outra região com 4200 indivíduos da mesma
espécie, mas com frequências alélicas A = 60% e a = 40%, e que permaneçam unidos por muito tempo, sem que
ocorra nenhum tipo de processo evolutivo. Quais serão as frequências alélicas nessa população miscigenada?
Apresente os cálculos.
20. Famerp-SP 2022 O teorema de Hardy-Weinberg aplica-se à população infinitamente grande, que deve ser pan-
-mítica e sobre a qual não ocorram os fatores evolutivos. Caso essas condições aconteçam, as frequências gênicas
e genotípicas permanecem constantes ao longo de várias gerações.
a) Cite dois fatores evolutivos que alteram a frequência gênica.
b) Suponha que uma população esteja em equilíbrio gênico para o caráter tipo sistema sanguíneo ABO, na qual a
frequência do alelo |2 seja 0,3 e do alelo i seja 0,4. Calcule a frequência de indivíduos do tipo sanguíneo B hete-
rozigotos e de indivíduos do tipo AB nessa população.
21. Enem 2020 Uma população encontra-se em equilíbrio genético quanto ao sistema ABO, em que 25% dos indivíduos
pertencem ao grupo O e 16%, ao grupo A homozigotos. Considerando que: p = frequência de IA: q = frequência de
EN
6
A porcentagem de doadores compatíveis para al-
guém do grupo B nessa população deve ser de
A PRe Pi p? + 2pr a) 11%.
CAPÍTULO Biotecnologia
O desenvolvimento científico e tecnológico trouxe a humanidade a um ponto em que é
possível proporcionar mais saúde e qualidade de vida às pessoas por meio de técnicas
de manipulação genética. Sabe-se cada vez mais sobre o DNA humano e sobre as in-
formações que ele carrega a respeito de cada indivíduo. Porém, há diversas questões
morais e éticas envolvidas na aplicação dessas técnicas. Você acharia justo manipular o
DNA de seus descendentes para que eles tenham mais talento ou melhor desempenho
em determinadas atividades? Neste capítulo, vamos conhecer a tecnologia envolvida
com a manipulação do DNA.
Introdução à Biotecnologia As células-tronco podem ser induzidas a se dife-
renciar em tipos celulares específicos. Por exemplo,
A Biotecnologia pode ser descrita como uma área do
células-tronco embrionárias de camundongo podem se
conhecimento científico na qual a Biologia e a tecnologia
transformar em neurônios quando recebem moléculas
se integram para o benefício da humanidade. No cotidiano,
derivadas da vitamina A.
vários produtos ou serviços podem ser obtidos por meio
As células-tronco podem ser classificadas usando di-
da Biotecnologia, como vacinas, soros, antibióticos, plantas
ferentes critérios. Com relação à localização, por exemplo,
transgênicas, biodigestão, pães, iogurtes, etanol e biodiesel.
podem ser de dois tipos: embrionárias ou somáticas. Já
A Biotecnologia é praticada pela humanidade há mi-
com relação à capacidade de diferenciação, as células-
lhares de anos, quando microrganismos eram utilizados
“tronco podem ser divididas em três tipos: totipotentes,
para a produção de pães e bebidas alcoólicas. Atualmen-
pluripotentes ou multipotentes.
te, recebem grande destaque os estudos envolvendo
células-tronco, clonagem e Engenharia genética (orga-
Células-tronco embrionárias
nismos transgênicos, terapia gênica, edição genética e
As células-tronco embrionárias são encontradas so-
perfil genético).
mente nas fases iniciais do desenvolvimento embrionário
e podem originar todos os tecidos existentes no corpo
Células-tronco
do organismo. Com relação à capacidade de diferencia-
As células-tronco são células indiferenciadas, capazes ção, podem ser classificadas em dois tipos: totipotentes
de se reproduzir indefinidamente e de originar diversos e pluripotentes.
tipos celulares. Dessa forma, as células-tronco podem tanto As células-tronco totipotentes são capazes de for-
gerar novas células-tronco quanto gerar novos tipos celu- mar todos os tipos celulares existentes no organismo,
lares componentes dos diferentes tecidos existentes no inclusive anexos embrionários e placenta. Em humanos,
organismo. Assim, muitas pesquisas são desenvolvidas para essas células são encontradas no embrião na fase de
que as células-tronco sejam utilizadas no reparo de lesões mórula, por volta do 4º dia após a fecundação.
nos tecidos, como no caso de um infarto cardíaco, ou para As células-tronco pluripotentes também são capazes
curar doenças genéticas, como no caso do diabetes. de formar todos os tipos celulares existentes no organis-
mo, com exceção dos anexos embrionários e da placenta.
ELEMENTOS
FORA DE Em humanos, essas células são encontradas na massa
PROPORÇÃO celular interna, também conhecida como embrioblasto,
CORES presente no embrião na fase de blastocisto, por volta do
FANTASIA
5º dia após a fecundação.
Blastocisto
Célula-tronco
UE et)
Um dos desafios associados à utilização de células-tron-
co é controlar o processo de diferenciação, para evitar
que elas formem um tecido diferente do esperado, ou
mesmo que passem a se multiplicar descontroladamente,
Células epiteliais
dando origem um câncer.
Miócitos
Designua/Shutterstock.com
(S
Condrócito Hemácias
Células-tronco somáticas
No corpo de um organismo adulto são encontra-
das as células-tronco somáticas, também conhecidas
Representação esquemática da capacidade de diferenciação das células-
-tronco e da localização delas no blastocisto.
como células-tronco adultas, capazes de substituir célu-
las especializadas danificadas ou mortas nos diferentes
órgãos. São classificadas como células-tronco multipo-
ASS ppa da Te EfeOS
tentes, pois são capazes de formar apenas alguns tipos
O transplante de medula óssea é uma técnica que utili- celulares do organismo, ao contrário das células-tronco
za células-tronco hematopoiéticas para o tratamento de embrionárias. Podem ser encontradas no cordão umbi-
pacientes com doenças relacionadas ao sangue, como lical, na medula óssea, na pele, no cérebro, no fígado e
leucemias e linfomas. Na medula óssea existem células- no tecido adiposo.
“tronco hematopoiéticas capazes de formar todos os tipos
Embora tenham capacidade limitada de diferencia-
de células sanguíneas, além de outros tipos celulares
ção, uma vantagem das células-tronco somáticas é que
do corpo humano. Dessa forma, o transplante contribui
para a reposição de células sanguíneas e corporais nos
elas não são rejeitadas se forem aplicadas no mesmo
pacientes que recebem o transplante. organismo doador,já que são geneticamente idênticas
às células existentes em seu corpo.
— a CORES
por meio de fertilização in vitro, doados com o consenti-
| FANTASIA mento de casais para essa finalidade. A utilização dessas
Embrioblasto Q:
células para a regeneração de tecidos humanos, entre-
tanto, pode resultar em rejeição imunológica, devido à
incompatibilidade genética entre essas células e o or-
Blastocisto Medula óssea ganismo receptor.
Uma estratégia para eliminar essa rejeição seria obter
as células-tronco a partir de embriões humanos clonados
Extração e cultivo por clonagem terapêutica (que será tratada adiante). Outra
ss E de células-tronco maneira, que não esbarra nas discussões bioéticas, seria
a produção de células-tronco pluripotentes induzidas a
Multiplicação NS partir de células somáticas do próprio paciente.
Doador/paciente Reprogramação
£o
Retrovírus
modificados
iPSCs
Diferenciação
1
Metetios Verras/Shutterstock.com
I
EN
6
to
Clonagem
O termo clonagem é utilizado para se referir ao processo de reprodução assexuada dos seres vivos, no qual são
produzidos descendentes geneticamente iguais ao organismo parental. Como exemplo desse tipo de reprodução há a
bipartição, realizada por bactérias e protozoários, e o brotamento, realizado por esponjas-do-mar e cnidários.
Nas últimas décadas, entretanto, os cientistas desenvolveram e aprimoraram métodos para a clonagem de orga-
nismos adultos mais complexos, como animais vertebrados e plantas, a partir de cultura de células desses organismos.
Clonagem reprodutiva
A clonagem reprodutiva de animais é uma técnica que visa produzir clones de organismos adultos. Uma das van-
tagens dessa técnica é produzir clones de animais que tenham determinadas características vantajosas de interesse
humano. Além disso, ela pode ajudar a proteger uma espécie ameaçada de extinção, ao produzir clones que contribuem
para aumentar as populações naturais existentes.
Em 1996, os biólogos britânicos Keith Campbell (1954-2012) e lan Wilmut (1944-), utilizando técnicas biotecnológicas
inovadoras, produziram o primeiro clone de um mamífero adulto, a ovelha Dolly. Para isso, eles utilizaram células somáticas,
retiradas das glândulas mamárias de uma ovelha adulta da raça finn dorset. Após ciclos sucessivos de divisões celulares,
as células mamárias foram transferidas para um meio de cultivo com poucos nutrientes, para que ocorresse a reprogra-
mação nuclear necessária. Em seguida, pulsos elétricos foram utilizados para estimular a fusão das células das glândulas
mamárias com ovócitos sem núcleo (o núcleo foi retirado previamente), extraídos de uma ovelha fêmea da raça scottish
blackface. Essa técnica é atualmente conhecida como transferência nuclear de célula somática ou SCNT (do inglês,
somatic cell nuclear transfer).
As células diploides resultantes da fusão entre os núcleos das células mamárias e os ovócitos sem núcleo foram es-
timuladas (por pulsos elétricos e fatores de crescimento) a formar embriões, que foram inseridos no útero de ovelhas da
raça scottish blackface para possibilitar o desenvolvimento dos clones. Dos 277 embriões que foram implantados, apenas
um completou com sucesso o desenvolvimento, e deu origem à ovelha Dolly.
CORES ELEMENTOS
Ovelha doadora de Ovelha doadora FANTASIA || FORADE —
células mamárias deovócitos = | PROPORÇÃO
fá
UM 4r
Ovelha clone
(Dolly)
Doll ws
Células mamárias em
meio de cultura com E Ovócito sem A Ovelha mãe
poucos nutrientes < EC núcleo - Remoção de aluguel
do núcleo
Mitocôndria
Transferência
Mitocôndri
nuclear tocôndria
. Embrião
Mitocôndria
Núcleo da
célula mamária
HILLIS, D. M. et al. Life: the science of Biology, 2020.
Análises moleculares revelaram que a ovelha Dolly era geneticamente igual à ovelha da raça finn dorset, doadora da
célula mamária da qual foi retirado o núcleo que formou o embrião. O DNA mitocondrial da Dolly, entretanto, era igual ao
da ovelha da raça scottish blackface, doadora do ovócito.
E e 7
é ATGG
Blastocisto
Ê GICA
E 5 >= a Fragmento de DNA
Núcleo da célula
Cultura de células ã Fragmento de DNA
“.» somática retirada
pluripotentes /
do doador Representação esquemática do modo de ação da enzima de restrição.
Shutterstock.com
Shutterstock.com
Shutterstock. com
DNA
recombinante
DNA | Plasmídeo e E
Gene de
Representação esquemática da produção de uma planta transgênica por
interesse
DNA meio da bactéria Agrobacterium tumefaciens. (1) O gene de interesse é
inserido no plasmídeo da bactéria, formando o DNA recombinante.
Bactéria (2) O DNA recombinante é inserido na bactéria. (3) A bactéria introduz o
transgênica
(É O) gene de interesse na célula vegetal. (4) A célula vegetal transgênica prolifera
em laboratório, por meio do uso de fatores de crescimento e hormônios.
Proteína de interesse (5) São produzidas mudas a partir das células cultivadas em laboratório.
(6) As mudas se desenvolvem e formam plantas transgênicas, que
E
O AT ta expressam a característica determinada pelo gene de interesse.
ta, nos sítios de clivagem, as duas fitas do DNA. Essas fitas Moléculas
podem, então, ser reparadas pela célula de duas maneiras. maiores
de DNA
CORES ELEMENTOS
FANTASIA || FORADE — RNA-guia Moléculas
Clivagem Cas9 menores
Morensto
E de DNA
5 - Pareamento do
CAMPBELL, N. A. et aí. Biology: a global approach. 12. ed. Harlow: Pearson, 2020.
Ê RNA-guia com
E o gene Representação esquemática da técnica de eletroforese em gel para a
é£ DNA
separação de moléculas de DNA.
= E
— —
CRISPR-Cas9. [—)
— —
Descreva a contribuição genética das ovelhas fornecedoras de células para a formação da ovelha Dolly (clone).
Qual é a importância dos vetores genéticos? Cite os dois mais utilizados na Engenharia genética.
Pp
O que são enzimas de restrição? Que organismos produzem essas enzimas e que função elas exercem neles?
a
Como é possível uma bactéria produzir insulina humana? Descreva resumidamente essa técnica da Engenharia genética.
ou q
Qual é o papel da enzima Cas9 e do RNA-guia na edição genética pela técnica CRISPR-Cas9?
o
. O que são VTNRs? Como eles são aplicados em testes de paternidade ou na identificação de criminosos?
GI fa (AL TOS CS
1. Enem 2014 Na década de 1990, células do cordão o músculo do coração, o que abre perspectivas de
umbilical de recém-nascidos humanos começa- tratamento para pessoas com problemas cardíacos.
ram a ser guardadas por criopreservação, uma vez Células-tronco também podem ser utilizadas no tra-
que apresentam alto potencial terapêutico em tamento de doenças genéticas, como as doenças
consequência de suas características peculiares. neuromusculares degenerativas.
O poder terapêutico dessas células baseia-se em sua A expectativa em torno da utilização das células-tronco
capacidade de decorre do fato de que essas células
a) multiplicação lenta. a) incorporam o genoma do tecido lesionado, desli-
b) comunicação entre células. gando os genes deletérios.
c) adesão a diferentes tecidos. b) eliminam os genes causadores da doença no te-
d) diferenciação em células especializadas. cido lesionado, reproduzindo-se com facilidade.
e) reconhecimento de células semelhantes. c) alteram a constituição genética do tecido lesiona-
do, pelo alto grau de especialização.
- UFJF/Pism-MG 2020 O espermatozoide fecunda o d) sofrem diferenciação, tornando-se parte integran-
óvulo e forma uma única célula denominada zigoto. te e funcional do tecido lesionado.
O zigoto sofre várias clivagens e forma a mórula, que e) fundem-se com o tecido lesionado, eliminando as
evolui a blástula. Algumas pesquisas utilizando em- possibilidades de rejeição imunológica.
briões visam isolar células-tronco nesse estágio de
desenvolvimento porque elas apresentam potencial: 4. UFPA 2016
a) totipotente, diferenciando-se em alguns poucos
Reprodução
tipos celulares.
b) pluripotente, tendo potencial mais restrito de di-
ferenciação do que as células multipotentes.
c) totipotente, apresentando capacidade de diferen-
ciação limitada em relação as células pluripotentes.
d) pluripotente, sendo mais restritas à capacidade de
diferenciação do que as totipotentes e apresentan-
do potencial maior em relação às multipotentes.
e) pluripotente, tendo capacidade de diferen-
ciação maior do que as totipotentes e apresen-
tando potencial mais restrito em relação às
multipotentes.
Fatec-SP 2023 Até a década de 1980, a insulina Organismos transgênicos são aqueles que receberam
aplicada nas pessoas diabéticas era extraída do e incorporaram genes de outras espécies. A aplicação
pâncreas de bois e porcos por ser parecida com a da tecnologia do DNA recombinante na produção de
humana. Com os avanços nos conhecimentos sobre alimentos apresenta várias vantagens, apesar de ser
genética e biologia molecular, e nas técnicas de ma- vista com cautela pela população.
nipulação do DNA, a insulina sintética passou a ser Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações
produzida em laboratório por meio da técnica de abaixo, referentes aos aspectos moleculares envolvi-
DNA recombinante. Nessa técnica, as bactérias que dos no desenvolvimento de transgênicos.
receberam o gene responsável pela produção da in-
Os vírus podem ser usados como vetores para DNA
sulina são denominadas bactérias modificadas, nas
de eucariontes.
quais o gene inserido será replicado. As bactérias
Os plasmídeos são bons vetores por apresentarem
modificadas passam a produzir insulina humana por-
replicação dependente da replicação bacteriana.
que receberam
As enzimas de restrição cortam o DNA em uma sequên-
a) os fragmentos de ribose e de grupos fosfatos,
que são importantes na produção do DNA.
cia de bases específica, chamada de sítio de restrição.
b) as enzimas de restrição, que cortam o RNA em As bactérias são utilizadas para expressar os genes
pontos específicos. humanos, por apresentarem os mesmos íntrons de
c) a sequência da molécula de DNA que codifica um gene eucariótico.
esse hormônio. A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
d) os aminoácidos do DNA e do RNA, que são usa- de cima para baixo, é
dos na produção desse hormônio. a) V-F>-V-F. d) F-F-V-V
e) as moléculas de RNA mensageiro do genoma hu- bb) V-V-F=-V. e) V-F-F-V
mano, que transportam aminoácidos. co) F-V-V—F.
a
). Unioeste-PR 2019 No primeiro semestre de 2018, no 11. Enem 2015 A palavra “biotecnologia” surgiu no século
Brasil, houve um amplo debate sobre o uso de agro- XX, quando o cientista Herbert Boyer introduziu a infor-
tóxicos e seus efeitos na saúde humana e ambiental. mação responsável pela fabricação da insulina humana em
Um dos motivos pelos quais tais substâncias são utili- uma bactéria para que ela passasse a produzir a substância.
zadas em larga escala em nosso país é a produção de Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em 28 jul. 2012 (adaptado).
cultivares geneticamente modificadas, como a soja.
As bactérias modificadas por Herbert Boyer passaram
Avalie as afirmativas sobre organismos transgênicos e
assinale abaixo a alternativa INCORRETA. a produzir insulina humana porque receberam
a) Transgênicos são organismos que recebem e in- a) asequência de DNA codificante de insulina humana.
corporam genes de outra espécie. b) a proteína sintetizada por células humanas.
b) Transgenia refere-se ao material genético extraído de c) um RNA recombinante de insulina humana.
determinado ser vivo e que é introduzido em outro. d) o RNA mensageiro de insulina humana.
c) O DNA a ser transferido é devidamente multipli- e) um cromossomo da espécie humana.
cado por clonagem, após a extração de um vetor.
12. UFPR 2018 A microinjeção pronuclear de óvulos
Em seguida, é purificado e inserido a partir de téc-
fertilizados é o método mais amplamente utilizado
nicas adequadas no núcleo do zigoto da espécie
para a produção de camundongos transgênicos.
que se deseja transformar.
d) A soja transgênica é uma planta que recebeu, a
Esse método consiste na injeção de uma solução
partir de técnicas da biotecnologia, um gene de de DNA contendo o transgene de interesse no
outro organismo capaz de torná-la tolerante ao pronúcleo de um óvulo recém-fertilizado. Os óvu-
uso de um tipo de herbicida. los são então transferidos para os ovidutos de uma
e) A manipulação genética de animais é mais fêmea, onde se desenvolvem. Considerando a
simples do que a de plantas, uma vez que é rela- técnica de microinjeção pronuclear de óvulos fertili-
tivamente fácil obter um animal completo a partir zados, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F)
de uma única célula geneticamente transformada. as seguintes afirmativas:
76 BIOLOGIA * Capítulo
16 = Biotecnologia
O transgene será expresso nas células somáticas e d) Introduzindo na soja um gene específico de outra
germinativas dos indivíduos transgênicos. espécie, possibilitando a produção da enzima de
A expressão do transgene ocorrerá pela tradução do resistência ao herbicida.
RNA mensageiro sintetizado a partir do transgene. e) Administrando a enzima-alvo nos fertilizantes utili-
O transgene será transmitido para a descendência zados na lavoura, promovendo sua absorção pela
do camundongo transgênico de forma mendeliana. espécie cultivada.
O camundongo transgênico produzirá descenden-
Enem PPL 2019
tes com o código genético modificado.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor-
reta, de cima para baixo.
a) F-V-F-F
b) V=V-F-V.
e) V-F-V-v.
d) V-V-V-F
e) F-F-V-v
Enem 2020 Analise o esquema de uma metodologia
utilizada na produção de vacinas contra a hepatite B.
DNA
Gene codificante
* da proteína HB
Levedura com -
Vírus vetor de expressão Vacina
hepatite B q
/ Purificação e
O To extração de HB
Plasmídeo
recombinante &» Multiplicação
>
da levedura
( Sítio de inserção
DNA /
Nessa vacina, a resposta imune será induzida por um(a) A sequência de etapas indicadas na figura representa
a) vírus. d) levedura. o processo conhecido como
b) bactéria. e) ácido nucleico. a) mutação.
c) proteína. b) clonagem.
c) crossing-over.
Enem PPL 2019 Um herbicida de largo espectro foi de- d) terapia gênica.
senvolvido para utilização em lavouras. Esse herbicida e) transformação genética.
atua inibindo a atividade de uma enzima dos vegetais
envolvida na biossíntese de aminoácidos essenciais. Enem 2020 Instituições acadêmicas e de pesquisa no
Atualmente ele é bastante utilizado em plantações de mundo estão inserindo genes em genomas de plantas que
soja, podendo inclusive inibir a germinação ou o cresci- possam codificar produtos de interesse farmacológico.
mento das plantas cultivadas. No Brasil, está sendo desenvolvida uma variedade de soja
De que forma é desenvolvida a resistência da soja ao com um viricida ou microbicida capaz de prevenir a con-
herbicida? taminação pelo vírus causador da aids. Essa leguminosa
a) Expondo frequentemente uma espécie de soja a
está sendo induzida a produzir a enzima cianovirina-N,
que tem eficiência comprovada contra o vírus.
altas concentrações do herbicida, levando ao de-
OLIVEIRA, M. Remédio na planta. Pesquisa Fapesp, n. 206, abr. 2013.
senvolvimento de resistência.
b) Cultivando a soja com elevadas concentrações A técnica para gerar essa leguminosa é um exemplo de
de aminoácidos, induzindo a formação de molé- a) hibridismo.
culas relacionadas à resistência. b) transgenia.
c) Empregando raios X para estimular mutações em c) conjugação.
uma variedade de soja, produzindo a enzima-alvo d) terapia gênica.
resistente ao herbicida. e) melhoramento genético.
Unicamp-SP 2019 A prestigiada revista Science elegeu 1 2 3 4 5
como um dos principais avanços científicos de 2017 um Bebê Pai Mãel [Pai Mãel [Pai Mãel [Pai Mãel [Pa Mãe
caso de terapia gênica em crianças portadoras de atro-
fia muscular espinhal do tipo 1, uma doença genética | € | | € == € | | € mo ——
caracterizada pela atrofia progressiva dos músculos es-
sti
queléticos e morte precoce antes dos 2 anos de idade. ms OO OO OT IR OO
A doença é causada por um gene defeituoso, que deixa qm = e = — = e
de codificar uma proteína essencial para o funcionamen- ; TI OI TI CM RECO.
to dos neurônios. No estudo, vírus não patogênicos que E II IO OIE ICO
continham uma cópia normal do gene em questão fo- O O ES TIO ERA IS
ram injetados em quinze crianças doentes. As crianças ES SS 0 TO O OO
tratadas sobreviveram além dos 2 anos e apresentaram E ICI CICI OS II ID
melhoras na capacidade de movimento. E DICI CIC OI Cc
(Disponível em https://vis.sciencemag.org/.) ES CICI CI NA CID COS
Mãe Pai I I HI IV V mm
TR —
E E — — — —
ee One
e ee e — 0 —
em CÊ — O — OTA and e
4 a o a Após a análise das bandas de DNA, pode-se concluir
4 DO que o pai biológico do garoto é o
O o a) 1º2voluntário. c) 3º voluntário.
e o 2 o cu
E b) 2º voluntário. d) 4º voluntário.
e) 5º voluntário.
Qual dos jovens é filho do casal? . .
a) | b) Il ce d) IV e) V Enem 2018 Considere, em um fragmento ambiental,
uma árvore matriz com frutos (M) e outras cinco que pro-
Enem 2013 Cinco casais alegavam ser os pais de um duziram flores e são apenas doadoras de pólen (DP1,
bebê. A confirmação da paternidade foi obtida pelo exa- DP2, DP3, DP4 e DP5). Foi excluída a capacidade de
me de DNA. O resultado do teste está esquematizado autopolinização das árvores. Os genótipos da matriz,
na figura, em que cada casal apresenta um padrão com da semente (51) e das prováveis fontes de pólen foram
duas bandas de DNA (faixas, uma para cada suposto pai obtidos pela análise de dois locos (loco A e loco B)
e outra para a suposta mãe), comparadas à do bebê. de marcadores de DNA, conforme a figura.
78 BIOLOGIA « Capítulo
16 » Biotecnologia
Esquema M St DP1 DP2 DP3 DP4 DP5
doGel1 alelo! HH HH E
alelo 2 [|
oco À elo 3 E
alelo 4
Texto TT)
a
a CAMPBELL, N. A. et al. Biology: a global approach. 12. ed. Harlow: Pearson, 2020.
SI
Representação esquemática da reação em cadeia da polimerase (PCR) para a amplificação de uma sequência-alvo de DNA.
7
to
Células-tronco Terapia gênica
* Células indiferenciadas que podem originar diversos tipos * Tratamento de doenças por meio da introdução de ge-
celulares do organismo. nes saudáveis nas células com genes que causam essas
* Podem ser somáticas ou embrionárias. doenças.
* Podem sertotipotentes (embrionárias de mórula), pluripoten- * Utilização de vírus como vetores genéticos.
tes (embrionárias de blastocisto) ou multipotentes (somáticas).
* iPSCs: células-tronco pluripotentes induzidas.
Edição genética
* Alteração de genes por meio da inserção de sequências
Clonagem de nucleotídeos.
* Reprodutiva: produção de clones de organismos adultos. — Potencial terapêutico: tratamento de doenças genéticas
* Terapêutica: produção de células-tronco embrionárias. por meio do desligamento ou da correção de genes que
* Transferência nuclear somática: fusão do núcleo celular de causam essas doenças.
um organismo com o ovócito anucleado de outro organismo. * Conhecida como sistema CRISPR-Cas9.
— O clone produzido tem o DNA nuclear do organismo doa- * Cas9: enzima bacteriana capaz de cortar o DNA.
dor do núcleo, mas o DNA mitocondrial do organismo * RNA-guia: possui sequência complementar ao gene
doador do ovócito. disfuncional.
Engenharia genética
Eletroforese em gel
* Enzimas de restrição: cortam o DNA em locais específicos
(sítios de restrição). * Técnica para separar proteínas ou ácidos nucleicos (DNA
e RNA).
* DNAlligase: liga diferentes fragmentos de DNA.
* Diferenciação das moléculas ocorre pelo tamanho e carga
* DNA recombinante: plasmídeo + gene de interesse.
elétrica.
* Bactéria transgênica: contém o DNA recombinante e é apli-
* Bandas menores encontram menos resistência e correm mais.
cada na produção de proteínas de interesse.
* Bandas maiores encontram mais resistência e correm menos.
Transgênicos
* Organismos que recebem, incorporam e expressam genes Impressão digital de DNA
de outras espécies. * VNTRs: sequência específica de repetições curtas de
* Plantas transgênicas nucleotídeos.
— Vantagens: resistência a pragas e aumento de produtivi- * O padrão de bandas na eletroforese é exclusivo para
dade e de valor nutricional. cada indivíduo.
— Desvantagens: danos para as espécies nativas, alergia e * Aplicação: identificação de criminosos e determinação da
seleção de superpragas. paternidade.
PTE TA ur TA
Vídeo
Q Como CRISPR permite a edição do DNA. TED-Ed. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6tw. JVz lEc.
Acesso em: 2 mar. 2023.
O sistema CRISP-Cas9 revolucionou a Biotecnologia, permitindo a correção de genes humanos. Nesse vídeo, são apresen-
tados os mecanismos pelos quais as enzimas atuam na edição de genes nas células humanas (em inglês, com legendas em
português disponíveis).
CI fa fa DA TA ET
1. Uerj As células-tronco se caracterizam por sua capacidade de autorrenovação e diferenciação em múltiplas linha-
gens celulares. Podem ser classificadas, quanto à origem, em células-tronco embrionárias e células-tronco adultas.
As adultas são encontradas nos tecidos dos organismos após o nascimento, sendo capazes de promover a diferen-
ciação celular específica apenas do tecido de que fazem parte.
Nomeie a estrutura do blastocisto na qual se encontram as células-tronco embrionárias. Identifique, também, no caso
de uma lesão tecidual, a vantagem da existência de células-tronco adultas nos tecidos.
Acerca das informações contidas no texto e dos 16. Unifesp 2017 O Sistema CRISPR-Cas9 foi desenvol-
conhecimentos relacionados ao tema, analise as afir- vido em laboratório e é constituído de um RNA-guia
mações a seguir e assinale a alternativa que contém (CRISPR) associado a uma enzima de restrição
todas as corretas. (Cas9). O RNA-guia é uma sequência curta de RNA
Il. O ácido desoxirribonucleico, conhecido simples- sintético complementar à sequência de um determi-
mente como DNA ou ADN, é responsável pela nado trecho de DNA. Quando introduzido em células
SI
hereditariedade. Nele encontram-se quatro tipos vivas, o CRISPR-Cas9 detecta a sequência de DNA
de nucleotídeos que diferem quanto às bases complementar e a enzima corta o DNA em um ponto
tw
específico. Em seguida, o sistema de reparo do DNA é A situação 2 refere-se a uma investigação criminal: na
ativado, unindo novamente os segmentos que foram cena do crime foram encontradas manchas de sangue
separados. Nesse processo, podem ocorrer altera- e o delegado precisa saber se o sangue é da vítima,
ções na sequência original, causando a inativação de de um indivíduo apontado como suspeito de ser o
um gene. Sistemas semelhantes ao CRISPR-Cas9 são criminoso ou de uma terceira pessoa não identificada
encontrados naturalmente em bactérias e ativados até o momento.
quando estas são infectadas por vírus.
Situação 1
suposto
criança mãe pai
o Do
Do [o |
q 4
o oa
e lo O
lo Es
O
O O
O ea
sistema de reparo O O
do DNA ea
O O
O
O O
alteração de sequência
us O
(http://www.aati-us.com. Adaptado.)
18. Unifesp 2016 As figuras representam os resultados 19. UFU-MG Dentre as aplicações atuais da genética mo-
de dois exames de DNA em que as amostras de DNA lecular, temos os testes de identificação de pessoas
dos envolvidos são fragmentadas com enzimas es- por meio do DNA. Essa técnica, que pode ser usada
pecíficas e submetidas à eletroforese, gerando um para identificar suspeitos em investigações policiais,
padrão de faixas ou “bandas”. consiste em detectar e comparar sequências repetiti-
A situação 1 refere-se a um caso de investigação de vas ao longo de trechos da molécula de DNA, regiões
paternidade: o suposto pai deseja saber se a criança conhecidas como VNTR (número variável de repeti-
é, de fato, seu filho biológico. ções em sequência).
Mo
q
w
fezes 1 e 2 pertencem, com maior probabilidade, a
tigres de Bengala ou a leopardos? As amostras 1 e
Tc
2 pertencem ao mesmo indivíduo ou a dois indiví-
duos diferentes? Justifique sua resposta.
b) Um crítico argumentou que o trabalho do pesqui-
sador não era válido, pois as sequências do gene
nuclear Gapdh foram obtidas a partir de amostras
de fezes. Segundo o crítico, material genético
nuclear de felinos só poderia ser extraído com qua-
MPR
20. Unicamp-SP 2018 Dados genéticos podem ser utili- Mãe Pai Filho 1 Filho 2 Filho 3 Filho 4
zados para estudar populações de uma espécie no
ambiente natural. Por exemplo, amostras de DNA po-
dem ser coletadas para identificar espécies, estimar — ——
BNCC em foco
1. FMJ-SP 2021 A proteína alfa-l-antitripsina (AAT), que é sintetizada nas células saudáveis do fígado humano, previne
danos principalmente no fígado e nos pulmões. Uma mutação no gene que codifica essa proteína pode resultar em
uma proteína ausente ou anormal, causando distúrbios hepáticos e respiratórios. O tratamento dos pacientes com es-
ses distúrbios é feito administrando-se a proteína ATT do sangue de doadores sem a doença. Contudo, para facilitar a
obtenção dessa proteína, pesquisadores ingleses conseguiram inserir no genoma de ovelhas o gene em questão, e as
ovelhas passaram a produzir leite com a proteína ATT humana.
a) (Como são denominados os organismos cujo DNA b) Mais recentemente, um grupo de pesquisadores
foi modificado pela adição de gene de outra es- descobriu uma bactéria encontrada em aterros sa-
pécie? Para receber o gene exógeno, o DNA da nitários no Japão, denominada /deonella sakaiensis,
ovelha precisou ser cortado em pontos específi- capaz de fragmentar o PET em unidades menores,
cos onde o gene humano foi inserido. O que é processo que depende de uma enzima específica,
utilizado para cortar esses segmentos de DNA? chamada PETase. Foi sugerido que o genoma da
b) Suponha que uma ovelha seja portadora do gene 1. sakaiensis poderia ser utilizado para a criação
para a AAT em ambos os cromossomos sexuais e de uma bactéria transgênica a ser empregada em
que esteja gestando um feto do cruzamento com processos industriais de reciclagem de resíduos
um carneiro que não tem esse gene. Sabendo-se plásticos. O que é transgenia? Para criar tal bactéria
que esse feto é um macho, qual a probabilidade de transgênica, que parte do genoma da /. sakaiensis
ele ser portador do gene para ATT? Explique como seria essencial?
esse filhote poderá contribuir para que o plantel de (Fontes: Paolo Bombelli e outros, Polyethylene bio-degradation by
ovelhas produza leite com a proteína ATT. caterpillars of the wax moth Galleria mellonella. Current Biology,
Cambridge, v. 27, p. R283-R293, abr. 2017. Harry P. Austin e outros,
Characterization and engineering of a plastic-degrading aromatic
polyesterase. Proceedings of the National Academy of Sciences of
Unicamp-SP 2019 Nos últimos anos, foram desen-
the USA, Washington, v. 115, p. E4350-E4357, maio 2018. Esse estudo
volvidos vários processos tecnológicos para a bio- teve a participação do grupo liderado pelo Prof. Dr. Munir Skaf,
degradação dos plásticos PE (polietileno) e PET (polie- Pró-Reitor de Pesquisa da UNICAMP.)
114
E
o
Ú
E 1 me
mv
Lu
o
u
o
5 0,9 +
o
E
0,8
sem com
extrato extrato
86 BIOLOGIA * Capítulo
16 = Biotecnologia
UWJ09"90)SJSANYS/SNQUA BJSIA
Desenvolvimento do corpo da planta A lâmina foliar possui nervuras, estruturas que con-
têm os feixes vasculares: floema e xilema. Existem dois
A formação do corpo de uma planta, processo conhe-
tipos principais de nervuras nas angiospermas: parale-
cido como morfogênese (do grego morphe, forma; gênese,
linérvea e reticulinérvea. No primeiro caso, comum em
origem), se inicia na germinação da semente, momento em
monocotiledôneas, as nervuras são paralelas ao longo
que ocorre a formação do embrião. Durante esse processo,
do comprimento da folha. Já as nervuras reticulinérveas,
ocorre a diferenciação dos tecidos adultos e a formação
comum em eudicotiledôneas, ramificam-se na lâmina foliar,
dos órgãos da planta, que são divididos em dois grupos:
formando uma rede.
vegetativos e reprodutivos.
Jakinnboaz/Shutterstock.com
Os órgãos vegetativos são as raízes, os caules e as ELEMENTOS
FORA DE
CORES
! FANTASIA
Nervuras
folhas, que estão relacionados com o crescimento e a ma- Caule PROPORÇÃO Gema
nutenção das plantas. Esses órgãos estão dispostos em Pecíolo axilar
3 ELEMENTOS 5 Nó
ê Folha Pora DE
õ PROPORÇÃO
2 —— - Monocotiledônea Eucotiledônea
& cores | Representação esquemática de morfologia foliar de monocotiledônea e de
g Fruto e FANTASIA |
eudicotiledônea.
3 semente
&o
3
a Flor
Anatomia
As folhas são revestidas pela epiderme, constituída de
uma camada de células protetoras. A epiderme que fica vol-
Caule tada para o lado superior da folha é denominada epiderme
adaxial, enquanto a abaxial fica voltada para o lado inferior.
Na epiderme, observam-se os estômatos, estruturas rela-
/ >| 3
cionadas às trocas gasosas; e a cutícula, camada lipídica
Raiz
LL T | | 1 que reduz a perda de água para o ambiente. Muitas plantas
VM N também possuem tricomas, anexos epidérmicos envolvidos
na secreção de substâncias, na redução da perda de água
1
Folhas
O surgimento das folhas ocorre nas gemas apicais cau-
|
As folhas podem ser classificadas de acordo com a posi-
linares a partir dos primórdios foliares. À medida que se ção dos estômatos.
desenvolvem, os tecidos dos primórdios foliares se dife-
* Hipoestomáticas: folhas com estômatos apenas na
renciam em tecidos adultos organizados de forma laminar,
epiderme da face inferior. Ex.: maioria das plantas,
favorecendo a captação de luz solar. como o ipê-amarelo.
As folhas estão intimamente relacionadas com a fo-
* Epiestomáticas: folhas com estômatos situados ape-
tossíntese, mas também são responsáveis pelas trocas
nas na epiderme da face superior. Ex.: plantas que
gasosas, realizadas entre as plantas e a atmosfera, e pela vivem na água, como a vitória-régia e a ninfeia.
transpiração vegetal, que consiste na eliminação de água
* Anfiestomáticas: folhas que possuem estômatos em
no estado gasoso.
ambas as faces (superior e inferior). Ex.: plantas que vi-
vem em ambientes mais secos, como muitas gramíneas.
Morfologia J
E
8
êp
, sá g
ê
a
E
Ê8
Mesofilo
5
g
E
é Estômato
Cutícula
.
Representação esquemática do corte anatômico de uma folha de eudicotiledônea.
Cutícula Epiderme
AE SS epa [Ada A ET TS
Adaptações de plantas xerófilas
As plantas xerófilas, ou xerófitas, vivem em ambientes secos e têm diversas adaptações que restringem a perda de água
para o ambiente. Entre as principais, destacam-se:
* queda das folhas: muitas plantas da caatinga perdem as folhas antes da estação seca rigorosa;
* redução da área foliar: folhas pequenas diminuem a área transpiratória;
* espinhos: folhas modificadas das cactáceas (proteção contra herbívoros e a perda de água);
* cutícula espessa: possui maior concentração de cera sobre o epitélio (lipídio altamente hidrofóbico);
* tricomas de cobertura: se entrelaçam na superfície foliar, retendo umidade e restringindo a perda hídrica;
* estômatos em criptas: estômatos con-
Cutícula Feixes vasculares
centrados em reentrâncias com tricomas
na epiderme da face inferior que retêm
Epiderme
umidade;
BK foto/Shutterstock.com; Dr Keith Wheeler/
Science Photo Library/ Fotoarena
multisseriada
* epiderme multisseriada: possui várias Parênquima
camadas de células que aumentam a paliçádico
proteção da folha;
* parênquima aquífero: responsável e,
pelo armazenamento de água dentro Parênquima N
lacunoso o]
dos vacúolos. [um
4
]
Epiderme [03
Ramo com folhas e flores de espirradeira (Nerium multisseriada uW
89
Folhas modificadas Caules
As folhas das plantas são órgãos altamente adaptados O caule das plantas se origina a partir do caulículo,
ao processo de fotossíntese. No entanto, diversas espécies estrutura presente no embrião. Após a germinação e o
de plantas possuem folhas modificadas que possuem formas crescimento da plântula, novos ramos caulinares surgem
e adaptações que permitem a realização de funções adicio- do desenvolvimento das gemas axilares, dispostas ao lon-
nais, como suporte, atração e digestão de insetos, proteção, go do órgão. O caule produz e sustenta ramos caulinares
reserva de nutrientes e até mesmo reprodução vegetativa. (galhos), folhas, flores e frutos. Além disso, realiza o trans-
Veja, nas fotos a seguir, exemplos de folhas modificadas. porte de seiva, mantendo a comunicação entre as folhas
e as raízes. Diversas espécies estocam reservas nos seus
E
a
S caules, como água e amido, que podem ser utilizados nos
x5
“
e momentos de necessidade.
3
Ez
3
E
q=
E5 Morfologia
E5
o O caule é formado por um sistema alternado de nós,
>
É
a
2
pontos em que as folhas ligam-se ao caule, e entrenós, seg-
a
2
£
E mentos existentes entre os nós. Nas extremidades do caule
4
z
o
e dos ramos caulinares, encontram-se as gemas apicais,
formadas pelo meristema apical, pelos primórdios foliares
e por escamas protetoras. Os caules também possuem
Algumas plantas possuem brácteas, folhas coloridas que podem ser
confundidas com as pétalas de flores. Suas cores marcantes atraem gemas axilares ou laterais, encontradas no ângulo superior
polinizadores. Exemplo: bico-de-papagaio. do ponto de ligação do pecíolo com o caule. Essas gemas
possuem meristema apical dormente, que pode entrar em
atividade para formar ramos, folhas ou flores.
Emie Cooper/Shutterstock.com
E
8 . Gema axilar»
% Gema apical e
Y
E Gema axilar
2
E Folha —.
5
& Sistema
5E caulinar
E
| -)
Sistema
radicular
Raiz principal
Lianas são plantas trepadeiras que podem ter gavinhas, folhas com formato
espiralado que se enrolam ao entrar em contato com algum tipo de suporte.
Exemplos: maracujazeiro e aboboreira.
Nós, entrenós e gemas axilares são estruturas exclusivas
E5 de caules, enquanto coifa é exclusiva de raízes. Por isso,
éo5 essas estruturas são utilizadas pelos botânicos para dis-
2a
2
tinguir caules de raízes.
Ez5
a5
Anatomia caulinar
pernsanit
Nas eudicotiledôneas, os feixes vasculares estão dispostos em anel (círculo) ao redor da medula, arranjo conhecido como
eustelo (do grego eu, verdadeiro, e stele, coluna). Já nas monocotiledôneas, os feixes vasculares estão dispostos de forma
difusa no tecido fundamental, arranjo conhecido como atactostelo.
N 4
No cilindro vascular da maioria das angiospermas, os tecidos condutores estão organizados em feixes vasculares,
sendo que em cada um deles o floema fica voltado para fora e o xilema fica voltado para o centro. Na região central do
caule encontra-se a medula, formada predominantemente por tecido parenquimático. No caso das monocotiledôneas, o
tecido fundamental fica disperso entre os feixes vasculares, e a delimitação exata entre córtex e medula não é muito precisa.
Feixe vascular Parênquima cortical
Epiderme
Floema
Steve Gschmeissner/ Science Photo Library/
Fotoarena; Garry DeLong / Science Source
Tipos de caules
Os caules apresentam grande variedade morfológica e estão presentes em todas as traqueófitas. De modo geral, os
caules são estruturas aéreas, mas existem caules subterrâneos, que podem ser confundidos com raízes. A seguir serão
descritos alguns dos principais tipos morfológicos de caules existentes nas angiospermas.
diy13/Shutterstock.com
Elena Masiutkina/Shutterstock.com
jeep2499/Shutterstock.com
Plantas com caule do tipo colmo, apresentam Algumas herbáceas produzem estolão, um caule A haste é um caule comum nas plantas herbáceas.
caule aéreo, ereto e cilíndrico, com nós e entrenós aéreo que se desenvolve rente ao solo e possui É um caule aéreo, ereto e não lenhoso. Exemplo:
bem visíveis formando gomos. Exemplos: cana-de- enraizamento em vários pontos, permitindo manjericão e feijoeiro.
-açúcar e bambu. propagação vegetativa. Exemplo: gramíneas
e morangueiro.
E E E
2 2 o
“ “ “
g g g
8ú 8á 8j
B 2 2
5 5 5
2 2 2
g 8 2
2 ôú g3
õ
É s
&: Ê
2
Bl
5 E a
2 Em,
Z x
ro
Algumas plantas apresentam caule do tipo As xerófilas apresentam cladódio, um Plantas arbóreas apresentam caule do tipo tronco:
estipe, um caule aéreo, ereto, cilíndrico, sem caule aéreo, verde e suculento que possui aéreo, ereto, lenhoso, com várias ramificações.
ramificações, lignificado e com folhas que parênquima clorofiliano (fotossíntese) e aquífero Exemplo: mangueira.
dispostas apenas no ápice da planta. Exemplo: (armazenamento de água). Exemplo: cactáceas e
palmeiras e coqueiros. euforbiáceas.
91
OR Shutterstock , opesterstock com grey and/sa,
mm Uta
E "0
N
Catafilos
nednapa/Shutterstock.com
Inga Gedrovicha/Shutterstock.com
johan kusuma/Shutterstock.com
O rizoma é um caule subterrâneo espessado Algumas plantas apresentam bulbo, um caule Tubérculo é um caule subterrâneo, que surge
e rico em reservas nutritivas, no qual são bem subterrâneo com nós e entrenós bem curtos nas extremidades de rizomas ou estolões e
visíveis nós e entrenós e com crescimento formando um disco espesso, denominado prato, que armazena material nutritivo, como o amido.
paralelo ao solo. Exemplo: gengibre, o inhame e dotado de gemas e rodeado por catafilos (folhas Exemplo: batata-inglesa.
a bananeira. modificadas). Exemplo: cebola e alho.
Raízes Morfologia
As raízes são os órgãos especializados na absorção A raiz de uma eudicotiledônea apresenta coifa, região me-
de água e minerais, componentes essenciais para a reali- ristemática, região lisa, região pilífera e região de ramificação.
zação de fotossíntese. Além disso, elas também atuam na
Raiz
fixação das plantas no substrato (solos, muros ou troncos Ra | FANTASIA
LO
principal
de árvores) e frequentemente realizam armazenamento de ELEMENTOS
FORA DE
material nutritivo, sendo mais comum o amido. PROPORÇÃO
As eudicotiledôneas geralmente possuem sistema
Região de
radicular pivotante, no qual se observa uma raiz principal,
Raiz ramificação
que tem origem na radícula do embrião; e raízes laterais
lateral
ou secundárias que partem da raiz principal. Esse sistema
radicular penetra profundamente no solo, possibilitando
que as plantas obtenham água até mesmo em solos com
lençóis freáticos profundos.
As monocotiledôneas possuem sistema radicular
fasciculado, constituído de um emaranhado de raízes E85
sê
finas, numerosas e não muito profundas no solo, dentre ss
a a
5
3
92 BIOLOGIA * Capítulo
16 = Morfologia vegetal
A região lisa também é conhecida como região de passagem de substâncias pelas paredes celulares em que
alongamento ou crescimento, pois as células aí param de ela se encontra. Você verá no próximo capítulo que essa
se dividir e começam a crescer em comprimento. A alta camada atua na seleção de minerais que chegarão até o xile-
taxa de crescimento dessa região possibilita que a raiz se ma, tecido que irá transportá-los para a parte aérea da planta.
aprofunde no solo na busca de água e nutrientes minerais. ELEMENTOS CORES
FORA DE FANTASIA
A região pilífera possui pelos radiculares, estruturas PROPORÇÃO
Epiderme
unicelulares oriundas do alongamento das células epidérmi-
Parênquima
cas e fundamentais para o aumento da área de absorção de
cortical
água e minerais no solo. Nessa região, ocorre diferenciação
Excellent DrearryShutterstock.com
Periciclo
celular, originando a epiderme (camada de revestimento)
o parênquima, a endoderme, o periciclo e os tecidos con- Endoderme
dutores (xilema e floema). Floema
A região de ramificação possui raízes laterais, forma- Xilema
das a partir da raiz principal, permitindo uma maior fixação
e absorção de nutrientes no solo pela planta. Pelo
Câmbio
radicular
vascular
Anatomia Representação esquemática do corte anatômico transversal de uma raiz de
A região pilífera possui três regiões anatômicas: epi- eudicotiledônea.
93
Ruslan Gubaidulliry/Shutterstock.com
Aggie 11/Shutterstock.com
Mironmax Studio/Shutterstock.com
Haustórios são raízes adventícias sugadoras Escoras são raízes adventícias aéreas de Em ambientes em que o solo possui baixa
de plantas parasitas que penetram no caule de sustentação, que fornecem suporte para plantas concentração de O,, como nos manguezais, as
plantas hospedeiras na busca de água e nutrientes. com base caulinar pequena ou que vivem em plantas apresentam pneumatóforos, que são raízes
Exemplos: cipó-chumbo e erva-de-passarinho. ambientes pantanosos. Exemplo: milho. que crescem para cima (gravitropismo negativo)
e possuem poros, denominados pneumatódios,
que possibilitam trocas gasosas entre a planta e a
atmosfera. Exemplo: mangue-preto.
Nigita/Shutterstock.com
Vladislav T. Jirousek/Shutterstock.com
1631/Shutterstock.com
Raízes tabulares são raízes laterais aéreas com Raízes tuberosas são subterrâneas e muito ricas Raízes grampiformes são raízes adventícias
crescimento secundário, adquirindo aspecto em material nutritivo, como o amido, atuando aéreas, também conhecidas como aderentes,
de tábuas que aumentam o poder de fixação e como órgãos de reserva energética para a planta. que fixam as plantas lianas em muros, rochas ou
sustentação de espécies arbóreas de grande porte. Exemplos: cenoura, mandioca, rabanete, nabo e caules de outras plantas. Exemplo: hera.
Exemplo: figueira. batata-doce.
Flores
As flores são órgãos exclusivos das angiospermas, grupo mais diverso do reino vegetal. Elas surgem a partir do de-
senvolvimento de gemas apicais e/ou axilares estimuladas por ação hormonal. A presença de flores possibilitou uma
maior eficiência na reprodução cruzada,
já que a relação com animais polinizadores criou uma variedade de estratégias
de polinização, aumentando o sucesso reprodutivo das angiospermas. Além disso, após a polinização e a fecundação,
as flores originam os frutos e as sementes, órgãos essenciais para a reprodução dessas plantas.
94 BIOLOGIA * Capítulo
16 = Morfologia vegetal
Estrutura Frutos
Estudamos no Capítulo 14 que uma flor é um ramo mo- Os frutos são órgãos exclusivos das angiospermas.
dificado com pedicelo (estrutura que prende a flor na planta), São derivados do desenvolvimento e amadurecimento dos
receptáculo floral e quatro grupos de órgãos florais (folhas ovários das flores. Os frutos representam uma aquisição
modificadas). As flores possuem grande variedade morfológi- evolutiva de suma importância,
já que são responsáveis
ca,já que a presença, o número, a forma e a disposição dos pela proteção das sementes contra a invasão de pa-
órgãos florais variam bastante entre as espécies. tógenos e perda de água. Os frutos também atuam na
As flores completas possuem os quatro grupos de dispersão das sementes para novos ambientes, onde
órgãos florais (sépalas, pétalas, estames e pistilos) e as flo- os descendentes podem se desenvolver e formar novas
res incompletas não, pois, nelas, um desses quatro grupos populações. Em algumas espécies, os frutos caídos no
de elementos florais está ausente. Os órgãos florais podem solo podem servir de substrato inicial para o desenvolvi-
apresentar disposição espiralada (semelhante à encon- mento das sementes.
trada nos estróbilos das gimnospermas) ou disposição
verticilada, na forma de círculos concêntricos denomina-
dos verticilos florais.
A palavra “fruta” é um termo popular utilizado para se refe-
A maioria das angiospermas possui flores bissexuadas,
rir, geralmente, apenas aos frutos carnosos que são doces,
também conhecidas como perfeitas ou monóclinas, com an-
como a uva e o mamão. Já os frutos que não são muito
droceu e gineceu na mesma flor. Já as flores unissexuadas, doces, como o tomate e a beringela, não são considera-
também conhecidas como imperfeitas ou díclinas, possuem dos frutas, pelo menos para a maioria das pessoas. Dessa
apenas um verticilo fértil: as flores estaminadas (masculinas) forma, neste livro, será preservado no texto o termo bo-
possuem apenas androceu, e as flores pistiladas (femininas), tânico tradicional “fruto”, para se referir aos órgãos de
apenas gineceu. reprodução exclusivos das angiospermas.
p 9 Estigma
Pistilo
Antera
Estame Estrutura
Filete
A parede do fruto, também conhecida como pericarpo
(do grego peri, ao redor, e karpós, fruto), é derivada da pa-
udaix/Shutterstock.com
; —T
mm mm ELEMENTOS
Epicarpo
Kovaleva Ka/Shutterstock.com
Receptáculo | | FORADE |
Pedicelo FANTASIA PROPORÇÃO
isoladas, mas, sim, dispostas em inflorescências, que re- componentes de diferentes tecidos vegetais. Nos frutos
presentam os conjuntos de flores agrupadas em um mesmo carnosos, como a manga, o mesocarpo se torna suculento
pedúnculo caulinar. Os botânicos acreditam que o agrupa- e representa a parte que é ingerida pelos animais que se
mento de flores em inflorescências pode ser uma vantagem alimentam dele. O endocarpo é derivado da epiderme in-
evolutiva,já que podem ser mais facilmente percebidas por terna do ovário e possui uma ou várias camadas de células
polinizadores do que as flores isoladas. em contato direto com as sementes.
95
Classificação
Os frutos são órgãos de enorme variedade morfológica e são classificados seguindo diferentes critérios, como a
origem, a consistência do pericarpo ou os mecanismos de abertura. Tendo em vista a origem, existem três tipo de frutos:
simples, agregados e infrutescências.
Pelo critério da consistência do pericarpo, os frutos podem ser divididos em carnosos (suculentos na maturidade)
ou secos (secam durante a maturação). Em relação à abertura para liberação das sementes, os frutos são divididos em
deiscentes (do latim dehiscens, abrir), quando se abrem, ou indeiscentes, quando permanecem fechados na maturidade.
Frutos simples
Os frutos simples são os mais comuns nas angiospermas e originam-se de uma única flor que possui apenas um
pistilo. Esses frutos podem ser carnosos (drupas e bagas) ou secos (legumes, sâmaras, aquênios e cariopses).
Endocarpo
Somchai SomyShutterstock.com; Aprilphoto/Shutterstock.com; Yeti studio/Shutterstock.com
Anna Kucherova/Shutterstock.com; Boonchuay 1970/Shutterstock.com; HHelene/Shutterstock.com;
(mole)
Sementes
Epicarpo
Endocarpo
(duro) Mesocarpo
Mesocarpo Epicarpo
A drupa é um fruto carnoso com apenas A baga é um fruto carnoso, geralmente A sâmara é um fruto seco e indeiscente com uma
uma semente protegida pelo endocarpo com diversas sementes inseridas em ou várias asas, prolongamentos laminares que
lignificado (enrijecido), que se funde à um endocarpo não lignificado (mole). permitem a sua dispersão pelo vento. Exemplo:
casca da semente e forma o caroço. Exemplos: mamão, uva, tomate e tipuana (5 cm de comprimento).
Exemplos: manga, pêssego, azeitona, melancia.
cereja e ameixa. Semente
Pericarpo + casca
Sementes
Embrião
Endosperma
Frutos do tipo cariopse (conhecidos como O legume é um fruto seco e deiscente, Aquênio é um fruto seco e indeiscente, com
grãos) são secos, indeiscentes e têm pericarpo conhecido como vagem, que se abre e pericarpo fino e rígido envolvendo uma semente
totalmente fundido à casca da semente. separa o fruto em duas metades denominadas presa apenas em um ponto em sua extremidade.
Exemplos: milho, arroz e trigo. valvas. Exemplos: feijoeiro, ervilha, soja, Exemplo: morango e girassol.
lentilha e grão de bico.
UE Cet
O termo "legume" é utilizado na linguagem popular para se referir a uma ampla variedade de órgãos vegetais comestíveis,
incluindo tubérculos (babata comum), raízes tuberosas (cenoura), folhas (couve) e inflorescências (brócolis). Entretanto,
na literatura botânica, esse termo é utilizado restritamente para se referir aos frutos típicos das leguminosas.
Frutículos
Frutos agregados
arxichtudki/Shutterstock.com
CORES
FANTASIA
MERCURY studio/Shutterstock.com
Frutos
Casos especiais
Pseudofrutos
Algumas angiospermas possuem órgãos carnosos e
comestíveis denominados pseudofrutos (do grego pseudo,
falso) ou frutos acessórios, que não podem ser considera-
dos frutos verdadeiros, já que não têm origem no ovário.
Pseudofruto
Esses órgãos surgem de outras partes da flor, como o pe-
dicelo e o receptáculo floral. Sementes
Nas maçãs e nas peras, a parte comestível esbranqui-
Pseudofrutos, frutos e sementes de caju (Anacardium ocidentale).
çada é proveniente do desenvolvimento do receptáculo
floral. Os frutos verdadeiros dessas plantas, provenientes
Frutos partenocárpicos
dos ovários, são a parte mais interna e fibrosa existente em
seu interior, em contato direto com as sementes. Existem alguns casos especiais denominados frutos
partenocárpicos (do grego parthénos, virgem, e karpós,
ELEMENTOS CORES
FORA DE FANTASIA
fruto), uma vez que não possuem sementes. Em mui-
PROPORÇÃO tas plantas cultivadas, como bananas e uvas Crimson e
Estigma Sépalas
Thompson, os frutos partenocárpicos se desenvolvem
naturalmente, sem a ocorrência da fecundação, pois são
provenientes de variedades alteradas, que foram selecio-
Fruto
Semente
nadas pelo ser humano.
No caso das bananas, os pontos escuros existentes em
Pseudofruto
seu interior são óvulos abortados, ou seja, que não foram
Receptáculo Pedicelo fecundados. Nas variedades selvagens de bananas, em
Pedicelo que ocorre polinização e fecundação, os óvulos se desen-
volvem normalmente e formam as sementes.
Representação esquemática da flor da macieira em corte longitudinal
O Óvulos
PixaHub/Shutterstock.com;
Swapan Photography/Shutterstock.com
97
Q Embrião (2n) Endosperma (3n) O
Frutos partenocárpicos também podem surgir a partir da ê Casca (2n) Casca (2n)
aplicação de hormônios vegetais, como a auxina e a gi- ê
berelina, nos ovários das flores antes da ocorrência da
polinização. Você verá no Capítulo 18 que a aplicação ê Cariopse
é (fruto)
hormonal estimula o crescimento das células dos ovários,
que se desenvolvem e formam os frutos partenocárpicos.
5 Cotilédone
ê ELEMENTOS
Sementes ]
Cotilédones 1
Embrião (2n) FORA DE
PROPORÇÃO
Quando um grão de pólen atinge um estigma compatível, cores |
Representação esquemática da semente do feijão (A), e do
ANTASIA |
ocorre germinação e desenvolvimento do tubo polínico — fruto cariopse, como a semente do milho (B).
estrutura tubular que transporta os gametas masculinos
até o óvulo. Após a fecundação dupla, o óvulo fecunda-
do começa a crescer e se modificar, transformando-se na
)
semente. As principais funções de uma semente são a de No caso das gramíneas, como o milho, o embrião possui um
proteção e de nutrição do embrião, aumentando as chan- cotilédone especializado, denominado escutelo (do latim
scutellum, pequeno escudo) que apresenta uma grande área
ces de ele se desenvolver em ambiente terrestre.
de contato com o endosperma, do qual absorve nutrientes
durante a germinação. Além disso, o embrião das gramíneas
Estrutura
está revestido por duas bainhas protetoras: o coleóptilo, que
Toda semente possui uma casca e uma amêndoa. A recobre o caule jovem; e a coleorriza, que recobre a raiz
casca ou tegumento é diploide (2n) e protege a semente em desenvolvimento. Já no caso das leguminosas, como o
contra a perda de água, invasão de patógenos e danos feijão, as reservas nutritivas são transferidas do endosperma
físicos. Ela surge a partir do (s) tegumento (s) do óvulo, que aos dois cotilédones carnosos do embrião durante o desen-
produz sementes bitegumentadas (testa e tégmen) ou uni- volvimento das sementes. Nesses casos, as sementes são
tegumentadas (apenas testa). [eme ] ELEMENTOS exalbuminosas, já que não possuem endosperma.
FANTASIA FORA DE
PROPORÇÃO
terstock.com
-de-leão, o processo é conhecido como anemocoria (do
grego anemos, vento, e khoros, espalhar). Nesse caso, os
frutos ou as sementes podem apresentar projeções na
forma de asas ou pelos que permitem o transporte para aa
longas distâncias por meio do vento. Já na hidrocoria (do a
o
1. Quais são os órgãos vegetativos e reprodutivos en- 5. A ilustração abaixo representa o corte transversal da
contrados nas angiospermas? raiz de uma eudicotiledônea.
| ELEMENTOS
| FORA DE
.
ELEMENTOS | à LT
FORA DE |
PROPORÇÃO |
Lol a) Quais são as funções básicas de uma raiz?
coREs | b) Que estruturas estão indicadas pelas letras na
Lo — 4 ilustração?
a) Essa planta é uma monocotiledônea ou eudicoti- 8. O que são frutos e que funções desempenham nas
ledônea? Justifique a sua resposta com base no
angiospermas?
padrão de distribuição dos feixes vasculares.
b) Que estruturas estão indicadas pelas letras A, B, 9. Explique a diferença entre pseudofrutos e frutos par-
Ce D na ilustração? tenocárpicos, citando dois exemplos de cada um.
4. Cite três exemplos de caules aéreos e dois exemplos 10. Qual é a importância da dispersão das sementes? Cite
de caule subterrâneos. dois fatores abióticos que atuam nesse processo.
Exercícios propostos
. Uece 2018 As folhas apresentam formas variadas - Udesc 2016 Fornecer suporte às folhas e transporte
resultantes das adaptações necessárias para que as das seivas bruta e elaborada são as principais fun-
plantas habitem ambientes diversos. Considerando a ções dos caules. Analise as proposições em relação
anatomia foliar das angiospermas, assinale a afirma- à informação.
ção verdadeira. Il. O caule do tipo volúvel é um caule aéreo, ereto e
a) A epiderme é multiestratificada, ou seja, apre- lenhoso, a exemplo, uva, chuchu e feijão.
senta várias camadas de células para facilitar as IH. O caule do tipo colmo é um tipo de caule lenhoso
trocas gasosas. e rastejante no qual são nitidamente observadas
b) O mesófilo é preenchido pelo clorênquima, con- as regiões de nó e interno, a exemplo, palmito e
tém tecidos condutores, mas não possui tecidos coqueiro.
de sustentação. HI. O caule do tipo rizoma é um caule subterrâneo
c) As folhas das plantas xerófitas apresentam mais com desenvolvimento perpendicular à superfície,
estômatos, estruturas responsáveis pelas trocas a exemplo, batata inglesa, cenoura e aipim.
gasosas, para reduzir a perda de água. IV. O caule do tipo bulbo é um caule subterrâneo, de
d) Os feixes condutores da folha, prolongamentos tamanho reduzido e envolvido por folhas modifi-
dos feixes da raiz, apresentam o xilema voltado cadas, a exemplo, cebola e alho.
para a face inferior da folha e o floema para a V. O caule do tipo estipe é um caule com muitos ga-
face superior. lhos e lenhoso, a exemplo, laranjeira e coqueiro.
101
9. UFRGS 2017 Em relação às raízes de Angiospermas, que apresenta corretamente os nomes das raízes e dos
é correto afirmar que orifícios produzidos nessas condições.
a) são as responsáveis pela nutrição orgânica das a) Grampiformes e periderme.
plantas. b) Adventícias e lenticelas.
b) absorvem macronutrientes como o manganês (Mn). c) Pneumotóforos e hidatódios.
c) têmo câmbio fascicular como o responsável pelo d) Estranguladoras e estômatos.
crescimento em altura.
d) apresentam epiderme e mesofilo altamente dife- 13. UEPB 2014 Nas angiospermas as estruturas relaciona-
renciado.
das com a reprodução sexuada são as flores. Observe
e) têm pelos absorventes como os principais res- o esquema, onde se encontra representada uma flor, e
ponsáveis pela absorção de água e sais minerais. identifique as estruturas numeradas; em seguida, esta-
beleça a relação entre o número indicado no esquema,
10. Uece 2017 As raízes das angiospermas podem apre- nome da estrutura e a descrição da mesma.
sentar especializações que permitem classificá-las em
diversos tipos. É correto afirmar que as raízes
a) escoras apresentam um revestimento chamado
velame, uma epiderme multiestratificada.
b) respiratórias ou pneumatóforos são adaptadas à
realização de trocas gasosas que ocorrem nos
pneumatódios.
c) tuberosas possuem o apreensório para se fixarem
ao hospedeiro e de onde partem finas projeções,
os haustórios.
d) sugadoras armazenam reservas nutritivas, princi-
A. Ovário. D. Gineceu.
palmente o amido, e por isso apresentam grande
B. Pétalas. E. Antera.
diâmetro.
C. Estame.
11. Unioeste-PR 2020 A raiz emerge da semente em Il. Dilatação na ponta do filete onde são produzidos
germinação, permitindo à plântula fixar-se no solo e os grãos de pólen.
absorver água e sais minerais. É CORRETO afirmar Il. Estrutura que contém o óvulo e que, ocorrendo
que: a fecundação, desenvolve-se originando o fruto.
a) asraízes tuberosas, como as da mandioca, cenou- HI. Estrutura reprodutora feminina da flor, formada
ra, batata inglesa e cebola, armazenam reservas pela fusão de folhas carpelares,
nutritivas, principalmente na forma de grãos de IV. Em conjunto compõem a corola, importante na
amido que são utilizados pela planta durante a atração dos agentes polinizadores.
floração e formação de frutos. V. Formado pelo filete e a antera: o conjunto destes
b) o câmbio vascular e o felogênio são estruturas compõe o androceu.
constituídas por células meristemáticas e são A alternativa que apresenta a relação correta é:
responsáveis pelo crescimento em extensão a) 1-DIIIl, 2-B-IV, 3-E-l, 4-C-V, 5-A-l.
das raízes e também pela formação de raízes b) 1-Bi, 2-DV, 3-Al, 4-E-IV, 5-CIll.
laterais. c) 1-D-II, 2-BV, 3-E-IV, 4-CIII, 5-AV.
c) além da fixação e absorção, as raízes também d) 1-C-V, 2-Al, 3-D-III, 4-B-IV, 5-E-l.
realizam a condução e armazenamento de subs- e) I-EV, 2-CIl, 3-B-Il, 4-A-l, 5-D-IV.
tâncias e, diferentemente de outras partes da
planta, não sintetizam hormônios. 14 . Uece 2015 Apesar de serem mais conhecidas pela
d) a região de meristema radicular é caracterizada maioria das pessoas por sua função decorativa, as flo-
pela ausência de divisão celular. res são os órgãos responsáveis pela reprodução nas
e) os meristemas subapicais são caracterizados pela angiospermas, sendo compostas por folhas modifica-
atividade mitótica de suas células e estão protegi- das, com funções específicas, denominadas verticilos
dos pela coifa. florais. Com relação aos verticilos florais, pode-se afir-
mar corretamente que
12. UEMG 2018 Uma floresta ripária submetida a alaga- a) as tépalas são o conjunto de pétalas coloridas e a
mentos periódicos apresentou algumas embaúbas corola compreende o conjunto de sépalas.
(espécies arbóreas da espécie Cecropia pachystachya) b) a corola corresponde ao conjunto de sépalas e o
com raízes crescendo diretamente do caule e peque- perianto compreende o conjunto de pétalas.
nos pontos de ruptura no tecido suberoso do caule, que c) o cálice é constituído pelas sépalas;já a corola é
aparecem como orifícios. A formação dessas estruturas constituída pelas pétalas.
é uma resposta fisiológica adaptativa comum em plan- d) todas as flores possuem cálice, corola, androceu
tas submetidas ao alagamento. Assinale a alternativa e gineceu.
19. UFPR 2014 Uma pessoa vai ao mercado e compra pe- a) Cenoura.
pino, cenoura, abóbora, tomate, uva, feijão, beterraba, b) Beterraba.
couve e milho. Quantos desses produtos são frutos? c) Vagem.
a) 1. co) 3. e) 5. d) Batata.
b) 2. d) 4. e) Brócolis.
103
24. UCS-RS 2022 O aparecimento dos frutos foi um importante passo evolutivo para as angiospermas, considerando
que essa estrutura permitiu maior proteção às sementes e, também, auxiliou na dispersão delas, especialmente atra-
vés de animais frugívoros. Sobre os frutos, é correto afirmar que
a) são resultado do desenvolvimento do pedúnculo floral.
b) são compostos por três estruturas: pericarpo, endocarpo e mesocarpo.
c) podem ser classificados, de acordo com as características do endocarpo, em carnosos, como a manga, ou secos,
como o guaraná.
d) os secos podem ser deiscentes ou indeiscentes e, entre os deiscentes, está a vagem do feijão.
e) a maioria dos carnosos é deiscente, isto é, abrem-se espontaneamente quando maduros.
25. FICSAE-SP 2023 A figura representa de forma simplificada as fases de reprodução do milho.
(www.geochembio.com. Adaptado.)
26. Enem Libras 2017 Um pesquisador observou um pássaro alimentando-se dos frutos de uma espécie de arbusto
e perguntou-se qual seria o efeito na germinação das sementes do fruto após passarem pelo trato digestório do
pássaro. Para responder à pergunta, o pesquisador pensou em desenvolver um experimento de germinação com
sementes de diferentes origens. Para realizar esse experimento, as sementes devem ser coletadas
a) aleatoriamente do chão da mata. d) das fezes dos pássaros de lugares diferentes.
b) de redes de coleta embaixo dos arbustos. e) das fezes dos pássaros e dos frutos coletados dos
c) diretamente dos frutos de arbustos diferentes. arbustos.
27. Unesp 2021 A figura mostra uma sequência que representa as fases de transformação do milho em pipoca quando
er
O fenômeno de transformação do milho em pipoca ocorre pelo aquecimento e vaporização da água em seu interior.
A pressão exercida pelo vapor rompe a superfície rígida e selada do milho, e o calor provoca a expansão de parte do
seu conteúdo interno, o que origina a parte branca da pipoca, leve, porosa e crocante. Para que o milho se transforme
em pipoca, é necessário que a pressão do vapor d'água rompa a superfície rígida da casca
a) do fruto, para a expansão de sua polpa. d) da semente, para a expansão de seu endosperma.
b) do fruto, para a expansão do embrião na semente. e) dasemente, para a expansão do embrião na semente.
c) dofruto, para a expansão do endosperma da semente.
28. PUC-Rio 2019 As plantas, em geral, são organismos fixos, que estão sujeitas a grandes alterações do ambiente físico,
como secas excessivas, solos inundados, extremos de temperaturas, mas algumas plantas apresentam adaptações
para enfrentar essas alterações. Qual das opções abaixo apresenta adaptações relacionadas a essas alterações do
ambiente físico:
a) Presença de flor, raiz pivotante muito profunda, folhas modificadas em espinhos.
b) Presença de flor, raiz pneumatófora, folhas modificadas em espinhos.
c) Presença de fruto carnoso, raiz pivotante muito profunda, folhas modificadas em espinhos.
d) Presença de fruto carnoso, raiz pneumatófora, folhas e caules suculentos.
e) Raiz pivotante profunda, raiz pneumatófora, folhas e caules suculentos.
AnestyShutterstock.com
de viabilidade da semente varia bastante dependendo das condições em que ela se encontra, podendo durar
dias, meses, anos ou séculos. A dormência é fundamental para a sobrevivência do embrião em ambiente
terrestre, pois permite que ele retome seu desenvolvimento quando as condições ambientais forem favoráveis.
As condições ambientais para a quebra da dormência das sementes variam de acordo com cada es-
pécie: as menos exigentes germinam logo após encontrarem substratos adequadamente hidratados. Outras
sementes, no entanto, germinam após receberem algum sinal ambiental, como alteração no fotoperíodo
ou na temperatura. Em plantas de clima temperado, por exemplo, a germinação das sementes ocorre após
serem submetidas a temperaturas bem baixas no inverno, garantindo que a germinação ocorra somente na
primavera (estação favorável).
A germinação de uma semente se inicia com a embebição, processo pelo qual ela absorve água do solo
por osmose, determinando a reidratação de seus tecidos. A absorção de água causa a expansão da semente,
o rompimento da casca e alterações fisiológicas no embrião, que permitem a sua retomada de crescimento.
Uma dessas alterações é a diminuição da concentração de ácido abscísico (hormônio inibidor) e o aumento Semente de ervilha após a
na concentração de giberelina, hormônio fundamental para a quebra da dormência. germinação e formação da plântula.
Designua/Shutterstock.com
da fotossíntese, tornando a plântula autótrofa. Nesse momento, os
cotilédones já estão murchos e logo caem no solo.
Texto elaborado para fins didáticos.
* Origem: caulículo e gemas axilares. Tipos de raízes: escoras, tabulares, respiratórias, tube-
rosas e sugadoras.
105
Flores - Origem: flor única com vários pistilos separados.
Origem: gemas apicais e/ou axilares. - —Constituídos de vários frutículos inseridos em um
Funções: reprodução sexuada das angiospermas. mesmo receptáculo floral.
Morfologia: pedicelo, receptáculo e órgãos florais. - Exemplo: morango e framboesa.
Órgãos florais: sépalas, pétalas, estames e pistilos. Infrutescências:
-— Origem: inflorescências (várias flores). Ex.: abacaxi
Frutos e figo.
« Origem: ovário desenvolvido das flores. - Pseudofrutos são estruturas carnosas que não se ori-
* Funções: proteção e dispersão das sementes. ginam do ovário, mas de outras partes da flor, como
pedicelo, receptáculo floral e/ou tubo floral. Ex.: maçã,
Estrutura: epicarpo, mesocarpo e endocarpo. .
pera, morango e caju.
Classificação e Frutos partenocárpicos são frutos que se originam do
Quanto à origem: simples, agregados e infrutescências. ovário, porém sem que ocorra a fecundação e, portanto,
não possuem sementes. Ex.: banana e uva Thompson.
Quanto à consistência: carnosos e secos.
Quanto à abertura: deiscentes (se abrem) e indeiscen- Sementes
PTE TA du A
: Artigo Vídeo
CONHEÇA as características de uma planta carnívora. O PLANTA carnívora | VIDA. Discovery Channel. Disponível
eCycle, [s.d.). Disponível em: https://www.ecycle.com.br/ em: https://www.youtube.com/watch? v=r|jKRQYmi1Lk.
planta-carnivora/. Acesso em: 17 mar. 2023. Acesso em: 17 mar. 2023.
O artigo aborda a diversidade de plantas carnívoras O vídeo mostra um trecho do documentário Vida,
e fornece orientações para a criação dessas plantas com imagens de plantas carnívoras Dionaea capturan-
em casa. do moscas.
Cp TA TA ET
1. UEPG-RS 2016 A folha é uma estrutura laminar adaptada à captação de luz. Sua forma e a disposição interna dos
tecidos, refletem adaptações a diferentes tipos de ambiente. Sobre o assunto, assinale o que for correto.
01 A epiderme foliar é quase sempre formada por uma única camada de células, contudo em regiões áridas, as
folhas podem apresentar a epiderme com muitas camadas celulares e contendo mais estômatos, são as plan-
tas xerófitas.
02 As células da epiderme secretam cutina, formando uma película praticamente impermeável, a cutícula. As trocas
gasosas ocorrem por meio dos estômatos, presentes principalmente na face inferior da folha.
04 Os hidatódios estão localizados nas bordas de algumas folhas e são especializados em eliminar o excesso de
água da planta.
08 Os tricomas são estruturas presentes na parte superior da folha, responsáveis pela captura e distribuição da luz
para os cloroplastos, viabilizando o processo de fotossíntese.
16 Aregião interna da folha, ou mesofilo, é constituída de células ricas em cloroplastos e grandes espaços por onde
circula o ar atmosférico, permitindo assim a troca de gases com o ambiente.
Soma:
Parênquima
paliçádico — 2
Nervura ) Cutícula
(feixe vascular) (S : Epiderme
Parênquima — É superior
lacunoso
Bainha
Xilema
Floema (wmww.floraofgatar.com)
Epiderme
a) Cite a característica do solo que selecionou a
Estômato Inferior
sobrevivência de plantas com esse tipo de raiz.
Sobre as estruturas foliares, é correto afirmar que: Qual a vantagem desse tipo de raiz para as plan-
01 as plantas xerófitas podem apresentar a epider- tas do gênero Avicennia sp?
me com várias camadas de células. b) As raízes do tipo pneumatóforos das plantas do
02 a cutícula facilita a troca gasosa entre a epiderme gênero Avicennia sp não conseguem fixar o gás
e o ar atmosférico. nitrogênio do ar como as raízes das leguminosas
04 a epiderme superior, por receber diretamente a o fazem. Por que as raízes do tipo pneumatóforos
luz do sol, possui maior quantidade de cloroplas- não fixam o gás nitrogênio? Como deve estar a
to em relação aos outros tecidos. concentração de sais no vacúolo das células ra-
08 em todas as estruturas histológicas de uma folha diculares para que a planta Avicennia sp possa
ocorre fotossíntese. absorver água do ambiente em que vive?
16 os estômatos selecionam o CO», que é utilizado
na fotossíntese, e o N,, que é utilizado na forma- 5. UEPG-PR 2015 Um tipo de caule de plantas comum
ção das proteínas e dos ácidos nucleicos. e conhecido é o tronco, que é aéreo e vertical, com
32 a folha é um órgão formado por vários tecidos ve- ramificações. No entanto, muitas plantas apresentam
getais. caule com adaptações especiais. Em relação às adap-
64 as folhas como a representada no esquema são tações especiais de caule, assinale o que for correto.
encontradas nas Briófitas, nas Pteridófitas, nas 01 O tubérculo é um caule subterrâneo rico em ma-
Gimnospermas e nas Angiospermas. terial nutritivo, exemplo: a batata.
Soma: 02 Cladódio é um caule aéreo modificado com fun-
ção fotossintetizante e/ou de reserva de água.
3. USCS-SP 2016 A posição e distribuição dos estômatos 04 O caule volúvel é ereto e rígido, possuindo pou-
nas folhas estão relacionados às condições do ambien- cas folhas e com espinhos.
te em que a planta vive. Os estômatos podem estar 08 Rizóforo é um caule cilíndrico em que se obser-
presentes apenas na face superior ou apenas na face vem nitidamente os nós e entrenós, formando os
inferior da folha; igualmente distribuídos por ambas as gomos, como ocorre no bambu.
faces; ou em maior número em uma das faces da folha. 16 Rizoma é um caule aéreo rastejante em que há
As fotos apresentam, respectivamente, folhas da vitó-
enraizamento em vários pontos. Se a ligação en-
ria-régia, planta aquática típica da Amazônia, e folhas tre um enraizamento e outro for interrompida, a
do ipê-amarelo, que ocorre no Cerrado brasileiro.
planta morre.
Vitória-régia (
Soma:
a) No caso das folhas da vitória-régia, os estômatos 02 Periderme é o tecido de revestimento dos caules
se localizam em sua face superior ou em sua face jovens e apresenta estômatos que ajudam nas
inferior? Justifique sua resposta. trocas gasosas.
b) No caso das folhas do ipê-amarelo, os estômatos 04 Mandioca é um caule subterrâneo que se desen-
se concentram em sua face superior ou em sua volve paralelamente à superfície da terra. Dele
face inferior? Justifique sua resposta. podem emergir folhas aéreas ou ramos caulinares.
107
08 Xilema ou lenho é o tecido vascular responsável a) Sabe-se que a luz, a temperatura adequada, a
pelo transporte de água e de sais minerais e é água e o oxigênio são fatores que estimulam
constituído por elementos de tubo crivado e de a germinação. Qual desses fatores mais influencia
células crivadas. no início desse processo? Nomeie as estruturas
16 Estipe é um tipo de caule aéreo, ereto, com nós e filamentosas apontadas pela seta na imagem.
entrenós e com folhas apenas no ápice. b) As células embrionárias conseguem sintetizar
ATP utilizando o material de reserva nutritiva, in-
Soma:
dependentemente da presença de luz. Cite o
7. UPE/SSA 2016 O coqueiro, Cocus nucifera, é uma das tecido de reserva de nutrientes encontrado nas
espécies de palmeira com maior distribuição na zona sementes de angiospermas e explique como
tropical, por causa de sua pouca exigência nutricional ocorre a síntese de ATP nessas células, no início
e de sua facilidade em se dispersar pelos mares e ter da germinação, sem a presença de luz.
um sistema de sustentação resistente aos fortes ventos
11. FMJ-SP 2016 A figura ilustra algumas das principais
e ao solo arenoso do litoral. O seu caule apresenta nós e
partes da raiz de uma planta eudicotiledônea.
entrenós bem visíveis, mas com folhas apenas no ápi-
ce, que, por sua vez, é classificado como
a) haste. d) estipe.
b) bulbo. e) tubérculo.
c) colmo.
« Entrada de água
Pá
“So RR
e sais minerais
Pelo absorvente
Soma: PAULINO, W. R. Biologia - Volume Único. São Paulo: Ática, 1999. p. 225. (adaptado)
109
Assinale a alternativa correta. b) As bananas comercializadas são frutos que não
a) SeF=F,o caju (F') é um fruto verdadeiro. possuem sementes. Como as bananeiras comer-
b) Se P=P',a parte carnosa do caju (P') não é um ciais são geradas? Explique por que elas possuem
fruto verdadeiro. maior chance de extinção quando comparadas
c) Se O=0O,a castanha (O' não pode ser um fruto com plantas que produzem sementes.
verdadeiro.
20. UEM-PR 2014 Sobre a estrutura e a classificação dos
d) Se 0O=0Oa castanha é uma semente.
frutos, é correto afirmar que
e) SeF=F ese 0O=0O,o fruto verdadeiro é a união
01 aquênio é umtipo de fruto indeiscente com uma só
deF'e o.
semente que se liga à parede do fruto por um só
17. UEPG-PR 2022 A parede do ovário da flor das angios- ponto.
permas, geralmente após a fecundação, amadurece e 02 morango, abacaxi, figo e uva são classificados
se desenvolve no pericarpo, que corresponde ao fru- como frutos simples, verdadeiros, carnosos e in-
to, o qual apresenta papel fundamental na proteção e deiscentes.
na dispersão das sementes. Sobre a classificação dos 04 abobrinha, tomate, pepino e goiaba são exem-
frutos, assinale o que for correto. plos de frutos carnosos do tipo baga.
01 Os frutos partenocárpicos são aqueles que se 08 o coco-da-baía apresenta mesocarpo fibroso com
originam do desenvolvimento do ovário sem que retenção de ar que facilita sua dispersão por hi-
tenha ocorrido a fecundação. Exemplo: banana. drocoria.
02 Os pseudofrutos são estruturas geralmente sucu- 16 a parte macia e comestível do pêssego é o endo-
lentas, podendo ser provenientes do desenvolvi- carpo.
mento do pedúnculo ou do receptáculo de uma Soma:
flor. Exemplo: a parte suculenta do caju.
04 Os frutos agregados são provenientes de uma in- 21. UEPG-PR 2022 Os frutos são estruturas auxiliares
florescência. Exemplo: laranja. no ciclo reprodutivo das angiospermas, pois prote-
08 Os frutos simples têm origem no desenvolvimen- gem as sementes e auxiliam na sua disseminação.
to de um ovário de uma flor. Exemplo: tomate. Assinale o que for correto quanto à classificação
dos frutos.
Soma:
01 Os frutos carnosos do tipo baga são formados por
18. Unesp 2016 “Fruto ou Fruta? Qual a diferença, se é que um ou mais carpelos. Em geral, têm várias semen-
existe alguma, entre “fruto” e “fruta'?” tes. Exemplos: melancia, uva, mamão e goiaba.
A questão tem uma resposta simples: fruta é o fruto 02 Os frutos podem ser classificados em simples e
comestível. O que equivale a dizer que toda fruta é um infrutescências. São exemplos de infrutescências
fruto, mas nem todo fruto é uma fruta. A mamona, por as leguminosas como o feijão e a ervilha.
exemplo, é o fruto da mamoneira. Não é uma fruta, pois 04 Os frutos secos deiscentes são aqueles que não
não se pode comê-la. Já o mamão, fruto do mamoeiro, é se abrem quando maduros como, por exemplo, a
obviamente uma fruta. ameixa e o pêssego.
(Veja, 04.02.2015. Adaptado.) 08 Os frutos carnosos podem ser de dois tipos: baga
e drupa. Já os frutos secos são divididos em deis-
O texto faz um contraponto entre o termo popular “fruta”
centes e indeiscentes.
e a definição botânica de fruto. Contudo, comete um
equívoco ao afirmar que “toda fruta é um fruto”. Na Soma:
verdade, frutas como a maçã e o caju não são frutos
. USCS-SP 2017 A maçã é um pseudofruto produzido
verdadeiros, mas pseudofrutos.
pela macieira.
Considerando a definição botânica, explique o que é
um fruto e por que nem toda fruta é um fruto. Explique,
também, a importância dos frutos no contexto da di-
versificação das angiospermas.
111
1. UFJF-MG 2020 As plantas são encontradas em diferentes regiões do planeta Terra, e apresentam características
que permitem a sua sobrevivência em diferentes condições de temperatura, luminosidade, além de disponibilidade
hídrica e nutricional do solo. A tabela abaixo apresenta quatro plantas hipotéticas e, para cada uma, há uma sequên-
cia de características anatômicas:
[tu
Espessura da cutícula Tipo de parênquima STE Localização
a) Considerando as informações da tabela, qual das plantas apresenta o conjunto de características que tornariam
suas folhas mais adaptadas a um ambiente xérico? Explique como cada uma das características, destacadas
pela planta indicada, estaria relacionada às condições de alta incidência dos raios solares promovendo altas
temperaturas e baixa umidade (períodos de seca prolongados intercalados por um período de chuva muito curto),
próprias desse tipo de ambiente ao qual essas folhas estariam expostas.
b) A raiz da cenoura, da beterraba e da batata-doce são órgãos vegetativos que estão relacionados à absorção e
reserva de nutrientes. Analisando as informações da tabela, indique quais as características anatômicas, relacio-
nadas a espessura da cutícula, ao tipo de parênquima e à quantidade de estômatos seriam encontradas nessas
raízes. Explique como cada uma das características indicadas se aplicaria à descrição do órgão da planta (raiz
subterrânea) e da função (reserva).
[EM13CNT304|]
2. Unicamp-SP 2013 Na Região Sudeste do Brasil as paineiras frutificam em pleno inverno, liberando suas sementes
envoltas por material lanoso, como mostram as figuras abaixo. Tal fato está relacionado com o mecanismo de disper-
são das sementes.
a) Explique como ocorre a dispersão das sementes das paineiras e qual a importância da frutificação ocorrer no
inverno da Região Sudeste.
b) Diferentemente das paineiras, existem plantas que investem na produção de frutos carnosos e vistosos. De que
maneira tal estratégia pode estar relacionada à dispersão das sementes dessas plantas? Explique.
3. OBB 2017 “O professor Shesterson Aguiar explica a diferença entre fruto, fruta e pseudofruto. Fruto é o termo botânico
aplicado ao órgão que tem função de proteger e disseminar sementes. Fruta é termo popular aplicado aos frutos doces e
comestíveis, como banana e uva, mas não é aplicado ao tomate, que é um fruto, mas não é doce. Pseudofruto é estrutura
carnosa que não se origina do ovário da flor, mas de outras partes florais, como o caju.”
Disponível em: http://g1 .globo.com/educacao/noticia/2011/01/entenda-diferenca-entre-fruto-fruta-e-pseudofruto.html. Acesso em: 27 fev. 2023.
Como se pode notar o termo “fruta”, não apresenta um significado botânico, ficando restrito ao conhecimento popular.
Analise os itens a seguir:
Il. Toda “fruta” na realidade é um fruto, conforme foi mencionado no texto, mas nem todo fruto é uma fruta. Não
existem casos de pseudofruto que são denominados popularmente de “frutas”.
H. A uva é uma fruta verdadeira, porém a banana é fruto partenocárpico e é considerado, portanto, um pseudofruto.
HI. Na maçã e na pera a parte comestível corresponde ao receptáculo floral, enquanto no caju corresponde ao pe-
dúnculo floral. Por conta disso, são considerados pseudofrutos.
É possível afirmar que:
a) la: itens estão corretos. c) Apenaslle Ill estão corretos. e) Apenas Ill está correto.
b) Ap le Ill estão corretos. d) Apenas Il está correto.
Para a captação de gás carbônico atmosférico, as plantas contam com estômatos, estru-
turas foliares altamente especializadas. Quando os estômatos estão abertos, ao mesmo
tempo que as plantas instantaneamente captam gás carbônico da atmosfera, elas per-
dem água por transpiração. Assim, em situações de restrição hídrica, mecanismos das
ESSES EEE
DECIR EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE EEE ERES EEEIE
Nutrição vegetal
Para a nutrição das plantas, além da luz solar, utilizada como fonte de energia na fotossíntese, são necessárias molé-
culas simples disponíveis no ambiente terrestre. No solo, o sistema radicular obtém água e minerais, e o sistema caulinar
absorve luz e gás carbônico, fatores indispensáveis para a fotossíntese. Nesse sentido, o surgimento e a seleção de
órgãos especializados na obtenção e no transporte desses recursos foi fundamental para que as plantas conquistassem
o ambiente terrestre.
Podemos distinguir dois tipos de nutrição nas plantas: orgânica e inorgânica. Na nutrição orgânica, as plantas são
autótrofas, uma vez que produzem todas as moléculas orgânicas necessárias para sua sobrevivência por meio da fotos-
síntese. Na nutrição inorgânica, as plantas realizam a absorção de água e minerais do solo e gás carbônico da atmosfera,
componentes utilizados na fotossíntese.
Pa e-fo
As plantas holoparasitas, como o cipó-chumbo, são aclorofiladas e heterótrofas, já que não realizam fotossíntese e precisam
retirar matéria orgânica das plantas hospedeiras. As plantas carnívoras são mixotróficas, já que realizam fotossíntese, mas
também retiram moléculas nitrogenadas da digestão de insetos que capturam. Apesar de as plantas hemiparasitas, como a
erva-de-passarinho, serem clorofiladas, elas são mixotróficas,
já que realizam fotossíntese e retiram nutrientes, especialmente
água e minerais, das plantas hospedeiras.
Entre os elementos químicos que compõem as plantas, os nutrientes essenciais são aqueles fundamentais para a
planta completar seu ciclo de vida. Dessa forma, a carência de um desses elementos causa anormalidades no crescimento,
no desenvolvimento e na reprodução da planta. Tendo por base estudos experimentais com culturas hidropônicas, foram
identificados 17 elementos químicos essenciais para as plantas. Esses elementos são divididos em macronutrientes e
micronutrientes, de acordo com a quantidade de que as plantas necessitam.
“| - o
74 Saiba mais ELEMENTOS | | CORES
FORA DE
Experimentos sobre nutrição vegetal PROPORÇÃO
Para a descoberta dos elementos químicos essenciais para as
plantas, os cientistas realizaram experimentos em culturas hidropô-
nicas em razão da facilidade em controlar os elementos químicos
oferecidos às plantas. Para detectar se o nitrogênio é essencial ao
desenvolvimento das plantas, por exemplo, foram cultivadas plantas
da mesma espécie em dois tipos de cultura: com nitrogênio (grupo
controle) e sem nitrogênio (grupo experimental). Se o nitrogênio fosse
essencial, as plantas do grupo experimental apresentariam sintomas
de deficiência no desenvolvimento. Caso contrário, as plantas do
grupo experimental teriam as mesmas características (tamanho, cor
e grau de desenvolvimento) das plantas do grupo controle.
Fonte da figura: CAMPBELL, N. A. et al. Biology: a global approach.
Grupo controle: solução Grupo experimental:
12. ed. Harlow: Pearson, 2020. po ç Pp Pp
« e . . 2 contendo todos os solução contendo todos os
Representação esquemática do experimento hidropônico a o
. , eai 4 : elementos químicos, elementos químicos,
realizado para determinar se o nitrogênio é essencial ao . . . o . o
desenvolvimento vegetal. incluindo o nitrogênio. menos o nitrogênio.
Macronutrientes
Os macronutrientes são os nutrientes necessários para as plantas em grandes quantidades. São eles:
Macronutrientes
co,
Carbono (C) (ar atmosférico) Componente dos compostos orgânicos.
Cálcio (Ca) ca?* (solo) 0,5% Componente das lamelas médias e paredes celulares
e ativação enzimática (cofator).
2+ Componente das clorofilas, das lamelas médias
Ra REG E e ativação enzimática (cofator).
AE SS epa ae pI EfeES
Adubo industrial NPK
Os adubos industriais são conhecidos pela sigla NPK, indicando os três elementos químicos essenciais: nitrogênio (N), fósforo
(P) e potássio (K). Esses adubos são frequentemente utilizados para aumentar a fertilidade de plantações agrícolas e jardins.
Micronutrientes
Os nutrientes necessários em pequenas quantidades são denominados micronutrientes. São eles:
Micronutrientes
Molibdênio (Mo) MoOZ (solo) 0,0001% Envolvido na fixação do nitrogênio e na redução do nitrato.
Hidroponia
A hidroponia (do grego hydor, água, e ponos, trabalho) ou hidrocultura é uma técnica de cultivo de plantas em soluções
nutritivas sem solo. Para que o cultivo hidropônico seja bem-sucedido, é necessário um ajuste frequente na concentração
de minerais das soluções nutritivas, a fim de evitar a ausência ou o excesso deles, ou até mesmo alterações no pH da
solução, que podem prejudicar a sua absorção.
115
| ELEMENTOS ELEMENTOS CORES
Macrovector/Shutterstock.com
Câmara Parênquima
| FORA DE FORA DE FANTASIA
PROPORÇÃO subestomática paliçádico Xilema PROPORÇÃO
MR A lluminação
= BE artificial Cutícula Ê
Epiderme 3z
Entrada le a, 5
25
MN Bandeja Parênquima E
Õ t Retorno , lacunoso ê
s
5o
e)É
o Câmara de ê
to
a recuperação
de nutrientes Epiderme-fojo | (a O
Bomba de solução Solução nutritiva
Cutícula Célula
Representação esquemática do sistema de cultivo hidropônico em película
estomática
de nutrientes. H,0 Co,
Camada limítrofe O Ostíolo
2
Dentre as inúmeras vantagens da hidroponia, podem
Representação esquemática do corte transversal de uma folha de
ser destacadas: eudicotiledônea, com destaque para as estruturas envolvidas nas trocas
* redução na utilização de agroquímicos (herbicidas gasosas e na transpiração.
e inseticidas) e maior qualidade dos produtos, já Nos dias ensolarados, as câmaras subestomáticas
que as plantas podem ser cultivadas em ambientes
também possuem alta concentração de gás oxigênio (0),
controlados, como estufas, onde não sofrem com a
produzido na fotossíntese, e baixa concentração de gás car-
sazonalidade;
bônico (CO»), utilizado como matéria-prima nesse processo.
* economia de água, uma vez que são reduzidas as Nesse sentido, quando os estômatos se abrem, ocorrem
perdas por evaporação e ocorre reaproveitamento trocas gasosas por difusão simples entre a planta e a
constante das soluções nutritivas; atmosfera, com entrada de CO, e saída de O, e H,0.
* "baixa transmissão de doenças humanas, como ame-
bíase e lombriga, pois as plantas não estão em contato Abertura e fechamento dos estômatos
com o solo. De forma geral, os estômatos permanecem fechados
durante à noite e abertos durante o dia. Esse comportamen-
Transpiração vegetal to permite às folhas absorverem CO, atmosférico apenas
quando existe luz suficiente para a fotossíntese, evitando
O fenômeno conhecido como transpiração vege-
perda de água pelos estômatos durante a noite. Na presen-
tal consiste na eliminação de água no estado gasoso.
ça de luz, ou sob baixa concentração de CO,, as células
A transpiração ocorre através da epiderme (tecido de
estomáticas acumulam potássio e se tornam túrgidas, pro-
revestimento), e os principais órgãos envolvidos nesse
movendo a abertura dos estômatos. Na ausência de luz,
fenômeno são as folhas, embora os caules jovens, as
ou sob alta concentração de CO,, ocorre inibição do trans-
flores e os frutos também possam transpirar, pois são re-
porte ativo de potássio, e as células estomáticas se tornam
vestidos por tecido epidérmico.
flácidas, promovendo o fechamento dos estômatos.
A transpiração é fundamental para a sobrevivência das
plantas, uma vez que favorece a diminuição da tempera-
Power And Syred/ Science Photo Library/ Fotoarena
tura das folhas. Ela também representa a força impulsora
do transporte de seiva bruta pelo xilema (que será tratada
mais adiante, neste capítulo).
A perda de água no estado gasoso pode ocorrer pela
cutícula, conhecida como transpiração cuticular, processo
lento e constante que não é controlado pela planta. Além
disso, a perda de água pode ocorrer através dos estômatos
abertos, fenômeno denominado transpiração estomática,
que é controlada pela planta e representa o principal meca-
nismo de eliminação de água pelas plantas — cerca de 95%
do total de água eliminada.
Eletromicrografia de varredura da superfície de uma folha de lavanda
De toda a luz solar que atinge a superfície de uma
(Lavendula dentata), em que se observa um estômato fechado (à esquerda)
folha, parte da energia luminosa é utilizada na fotossíntese, e outro aberto (à direita). (Cores artificiais. Aumento de 2 000 vezes.)
parte é refletida para o meio e outra parte é absorvida pelas
moléculas de água no interior das folhas, que passam do A disponibilidade de água no solo e, consequente-
estado líquido para o estado gasoso. A consequência disso mente, na planta exerce grande influência na abertura e
é a diminuição da temperatura das folhas e o aumento na no fechamento dos estômatos. Se o suprimento de água
concentração de moléculas de água no estado gasoso de uma planta é adequado, a tendência é de que seus
nos espaços intercelulares do parênquima lacunoso e nas estômatos fiquem mais dependentes da concentração
câmaras subestomáticas. de CO, e da luz que da água. Quando a planta está em
FANTASIA minerais
de seiva mineral.
117
Os nutrientes que entram na raiz pelo caminho apoplásti-
co só conseguem chegar por esse caminho até a endoderme.
A seca fisiológica ocorre quando o solo possui disponibili- Isso porque este tecido possui a estria de Caspary, estrutura
dade de água, mas as plantas não conseguem absorvê-la.
que inviabiliza o caminho apoplástico na endoderme. Essa
Isso pode acontecer quando o solo está:
estrutura está localizada nas paredes transversais e radiais
* hipertônico, ou seja, muito concentrado em sais mine- das células endodérmicas, que as tornam impermeáveis à
rais, impossibilitando a entrada de água por osmose
água e aos minerais dissolvidos. Dessa forma, a água e os
pelas raízes. Nessa condição, ocorre perda de água
minerais são forçados a atravessar as membranas plasmáti-
das raízes para solo, promovendo morte das plantas
cas das células endodérmicas, onde ocorre a seleção de
por desidratação;
minerais antes que eles cheguem ao xilema. A endoderme
* encharcado, e as plantas não conseguem absorver sais
ainda é responsável por evitar a perda de minerais pelas
minerais e gás oxigênio. Assim, as raízes não absorvem
células condutoras do xilema, garantindo que a concentração
água por osmose do solo;
em seu interior seja maior do que as demais células da raiz.
* em temperaturas muito baixas. Em situações de muito
] Parede celular
frio, a produção de energia da planta fica reduzida. ELEMENTOS CORES
FORA DE FANTASIA
Sem energia para o transporte ativo de minerais, as Estria de Caspary
PROPORÇÃO
raízes não absorvem água por osmose. Em situações Caminho Membrana plasmática
de congelamento da água do solo, a absorção de água apoplástico
também fica comprometida.
há seleção dos minerais por permeabilidade seletiva. CAMPBELL, N. A et al. Biology. a global approach. 12. ed. Harlow: Pearson, 2020.
O caminho simplástico (do grego, sym, junto; plast, Representação esquemática da região interna de uma raiz, indicando o
material vivo) é uma via mais lenta, na qual os nutrientes parênquima cortical, a endoderme e o xilema, bem como os caminhos
apoplástico e simplástico.
atravessam as membranas plasmáticas dos pelos ab-
sorventes e seguem pelos plasmodesmos das células
parenquimáticas corticais até o xilema. Ao atravessar a Mecanismos de transporte
membrana plasmática das células, ocorre permeabilidade Em geral, a seiva bruta percorre a planta no sentido
seletiva dos nutrientes. contrário ao da gravidade. A seguir, serão apresentados
os dois principais mecanismos que explicam o transporte
Eudicotiledônea
Estria de da seiva bruta nas plantas.
“g Caspary
Pressão de raiz
Á Espaços
intercelulares Durante a noite e nos dias nublados, há baixa taxa de
Excellent Dream/Shutterstock.com
stock.com
Gerry Bishop/Shutt
Gutação em folhas de nandina (5 cm a 10 cm).
119
Xilema CORES
EreborMountain/Shutterstock.com
FANTASIA
Parênquima clorofiliano
ELEMENTOS
, FORA DE
Epiderme Transpiração PROPORÇÃO
SE Estômato
“TT H,O
Tn
Atmosfera
Rd
o
Adesão Condução
RA
E
Parede celular
o
E TREÉ A
bo dada)
o
Coesão
VectorMine/Shutterstock.com
produzidos pela planta por meio da fotossíntese, como carboidratos, aminoácidos,
ácidos nucleicos, hormônios e proteínas. De forma geral, a sacarose é o carboidra- ê [cores |
to (açúcar) mais comum, cuja concentração pode chegar a 30% da seiva orgânica.
|
ELEMENTOS
O movimento de seiva orgânica é conhecido como translocação e sempre FORA DE
acontece no sentido da fonte para o dreno de açúcar. Uma fonte de açúcar é o PROPORÇÃO
local responsável por sua produção, que pode ocorrer por meio de fotossíntese, Representação esquemática de uma planta indicando
como nas folhas maduras, ou pela hidrólise do amido, como os órgãos de reserva. — ofiuxo bidirecional de seiva elaborada no floema.
Um dreno de açúcar é o local que consome açúcar ou o armazena na forma de
amido, como as raízes, os caules, as folhas jovens, os tecidos meristemáticos, as flores, os frutos, as sementes e os órgãos
de reserva jovens. A seiva orgânica possui fluxo bidirecional,
já que ela pode seguir fluxo ascendente ou descendente,
dependendo da localização das fontes e dos drenos de açúcares.
MD Sea CA TOS
Nigel Cattlin / Science Source / Fotoarena
Experimento de Miinch
Um experimento pioneiro para desvendar os mecanismos envolvidos no transporte de seiva elaborada pelas plantas
foi realizado em 1927 pelo botânico alemão Ernst Munch (1876-1946). Ele utilizou duas bolsas com membranas que pos-
sibilitam a passagem do solvente, mas não a do soluto. A bolsa 1 continha água e açúcar dissolvidos e a bolsa 2 estava
apenas com água pura. As duas bolsas foram conectadas por um tubo de vidro em forma de letra U.
Representação esquemática do
modelo de fluxo em massa pelo
floema. Entrada de açúcar no Elemento
elemento de tubo crivado aumenta a de vaso
pressão osmótica dessa célula, que
absorve água do xilema por osmose Placa
SAIA
121
Anelamento Hoje sabemos que o anelamento, além da periderme
Em 1686, o biólogo e físico italiano Marcello Malpighi e do parênquima cortical, retira o floema, já que este fica
(1628-1624) realizou um experimento no qual ele reti- posicionado mais externamente no tronco. Assim, o anela-
rou um anel da casca ao redor do tronco de uma árvore, mento promove interrupção do fluxo de seiva elaborada
formando uma cintura ao redor do seu caule. Depois de para as raízes, provocando sua morte. E seguida, a morte
alguns dias, ocorreu intumescimento (crescimento) da re- das raízes promoveu interrupção do fluxo de seiva inorgã-
gião imediatamente acima do anel e algum tempo depois nica para as folhas, que também morreram desidratadas. O
ele observou queda das folhas e morte da planta. O anel intumescimento da região acima do anel pode ser explicado
da casca ficou conhecido como anel de Malpighi. pela proliferação celular estimulada pelo acúmulo de seiva
elaborada nessa região.
Queda das folhas e Quando ocorre anelamento em um ramo caulinar, a
morte da planta planta e o ramo permanecem vivos. Essa técnica era utili-
zada, anteriormente, para deixar os frutos maiores e mais
doces, já que acumulam todos os açúcares. Atualmente
ela está em desuso,
já que é muito trabalhosa e danifica as
plantas, podendo desencadear entrada de microrganismos
e infecções nos vegetais.
Acúmulo
de matéria ! Atenção
orgânica
Anel da O anelamento no tronco promove a morte de eudicoti-
casca do ledôneas arbóreas, uma vez que seus feixes vasculares
tronco Interrupção do fluxo de seiva Morte das raízes por estão dispostos em um anel no qual todo floema fica pró-
elaborada para as raízes falta de alimento ximo à superfície como parte integrante da casca. Nas
ELEMENTOS CORES monocotiledôneas arbóreas, como as palmeiras, os feixes
FORA DE FANTASIA
PROPORÇÃO
vasculares estão dispostos de forma difusa no caule. Nes-
HILLIS, D. M. et al. Life: the Science of biology. 12. ed. se sentido, um anelamento não promove a morte delas, já
New York: W. H. Freeman and Company, 2020. que há floema ativo que permanece espalhado no caule
Representação esquemática do anelamento no tronco principal, técnica que após o anelamento.
causa a morte da planta.
ReVisando Te
1. Complete o quadro comparativo a seguir, relacionan- 4. A ilustração a seguir representa um corte transversal
do os principais macronutrientes vegetais com suas de uma folha de eudicotiledônea.
respectivas funções.
co Principais funções
Excellent Dream/Shutterstock.com
Intensidade Alta
luminosa Baixa Cite as estruturas indicadas pelas letras e os principais
gases indicados pelos números romanos.
Concentração Alta
de CO, Baixa 5. Qual é a composição da seiva mineral e que tecido é
Suprimento Alto responsável por seu transporte?
de água Baixo
Exercícios propostos
1. Enem PPL 2014 Na técnica de plantio conhecida por c) Amaro
hidroponia, os vegetais são cultivados em uma solu- É constituinte de equilíbrio
É constituinte de
ção de nutrientes no lugar do solo, rica em nitrato e ácidos nucleicos osmótico e na
ácidos nucleicos.
e proteínas. permeabilidade
ureia. Nesse caso, ao fornecer esses nutrientes na
a 2 . celular.
forma aproveitável pela planta, a técnica dispensa o d)
trabalho das bactérias fixadoras do solo, que, na natu- É constituinte Atua no
reza, participam do ciclo do(a) de ácidos equilíbrio ER
a) água d) oxigênio Spa O roteínas
gua. o 9 . glicídeos e permeabilidade p .
b) carbono. e) fósforo. proteínas. celular.
c) nitrogênio. e)
Atua no
- UFRGS 2016 Assinale a alternativa que preenche cor- É constituinte de É constituinte de equilíbrio
retamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem ácidos nucleicos osmáótico e na
glicídeos.
e proteínas. permeabilidade
em que aparecem. celular.
As plantas necessitam de nutrientes minerais, consti-
tuídos de diferentes elementos químicos, os quais são
. . , 4. Uece 2015 Aquaponia é um sistema que integra pisci-
retirados do solo através das raizes. Macroelementos cultura e hidroponia. Os antigos astecas já se utilizavam
como 9 , são necessários em maiores desta técnica. Portanto, esse princípio não é algo novo.
quantidades. Já elementos como o são Nesse sistema os nutrientes para o cultivo conjunto das
necessários em menores quantidades. plantas são obtidos a partir das fezes dos peixes e de res-
a) nitrogênio — cobre tos de comida dentro de filtros rizosféricos nos quais não
b) boro - manganês há necessidade de troca de água (recirculação), o que o
c) fósforo — potássio torna um belo exemplo de economia de água.
d) potássio — nitrogênio (http:/Awww.huertossintierra.com/).
e) cobre — fósforo . . . |
A partir dessa informação, pode-se afirmar correta-
. Fuvest-SP Os adubos inorgânicos industrializados, mente que aquaponia é um modelo de
conhecidos pela sigla NPK, contêm sais de três ele- a) contenção de resíduos.
mentos químicos: nitrogênio, fósforo e potássio. Qual b) reutilização de materiais.
das alternativas indica as principais razões pelas c) aproveitamento energético.
quais esses elementos são indispensáveis à vida de d) sustentabilidade.
a)
TREE a
terferem na composição da atmosfera e regulam o
ciclo de carbono em nosso planeta, permitindo a vida
É constituinte
É constituinte de É constituinte de de ácidos como a conhecemos. Enquanto a parte aérea das
ácidos nucleicos ácidos nucleicos nucleicos, plantas está exposta a variações de intensidade lumi- (8
e proteínas. e proteínas. glicídeos e nosa, as raízes têm íntimo contato com o solo, fonte [=
5 pias, de nutrientes essenciais ao rá
) Atua no Atua no seu desenvolvimento. Consi- mo
equilíbrio É constituinte de equilíbrio derando a figura a seguir e a
osmótico e na osmótico e na biologia de uma planta terres-
ácidos nucleicos.
permeabilidade permeabilidade
tre mesófita na ausência de
celular. celular.
luz, assinale a alternativa que
123
identifica corretamente as moléculas nas posições técnica no cultivo de determinadas espécies é vanta-
numeradas (as setas indicam o sentido do movimento josa porque
das moléculas). a) a planta cultivada não necessita da absorção de
a) (1) 05.(2) CO; (3) amido; (4) sacarose. macronutrientes, como o Nitrogênio, e nem da uti-
b) (1) COs; (2) Os: (3) sacarose; (4) nitrogênio. lização do processo de adubação orgânica.
c) (1) 05;(2) CO;: (3) sacarose; (4) nitrogênio. b) a planta cultivada não desenvolve o seu sistema
d) (1) CO»; (2) Os: (3) amido; (4) sacarose. radicular, uma vez que não há a necessidade de
absorção de micronutrientes.
Enem 2017 A Mata Atlântica caracteriza-se por uma gran- c) promove o crescimento de plantas em áreas onde
de diversidade de epífitas, como as bromélias. Essas plantas
o patógeno e as pragas agrícolas estão ausentes
estão adaptadas a esse ecossistema e conseguem captar
e a colheita não é exposta aos herbicidas.
luz, água e nutrientes mesmo vivendo sobre as árvores.
d) promove o desenvolvimento de plantas sem
Disponível em: www.ib.usp.br. Acesso em: 23 fev. 2013 (adaptado).
aquecimento e iluminação, uma vez que nelas a
Essas espécies captam água do(a) realização da fotossíntese é esporádica.
a) organismo das plantas vizinhas.
b) solo através de suas longas raízes. Enem PPL 2021 A Floresta Amazônica é uma “bom-
c) chuva acumulada entre suas folhas. ba” que suga água do ar vindo do oceano Atlântico e
do solo, e a faz circular pela América do Sul, causando,
d) seiva bruta das plantas hospedeiras.
e) comunidade que vive em seu interior.
em regiões distantes, as chuvas pelas quais os paulistas
desejavam em 2014.
FGV-SP 2014 O cultivo de hortaliças hidropônicas é GUIMARÃES, M. Dança da chuva: a escassez de água que alarma o
país tem relação íntima com as florestas. Pesquisa Fapesp, n. 226,
uma alternativa para a produção de alimentos em lo- dez. 2014 (adaptado).
cais cujos solos estão contaminados. Nesta técnica
agrícola, os vegetais são geralmente cultivados apoia- O desmatamento compromete essa função da floresta,
dos em instalações de tubos plásticos, não entrando pois sem árvores
em contato direto com o solo, conforme ilustra a figura. a) diminui o total de água armazenada nos caules.
b) diminui o volume de solos ocupados por raiz.
c) diminui a superfície total de transpiração.
d) aumenta a evaporação de rios e lagos.
e) aumenta o assoreamento dos rios.
14.
sorção de CO».
125
a) estômatos abertos e baixa intensidade luminosa. Os vasos que conduzem a água das raízes até as fo-
b) estômatos abertos e baixa quantidade de água lhas são os
no solo. a) floemáticos e a transpiração ocorre pelos estô-
c) estômatos fechados e alta concentração de gli- matos.
cose na folha. b) floemáticos e a transpiração ocorre pelos tricomas.
d) estômatos abertos e baixa concentração de CO, c) xilemáticos e a transpiração ocorre pelos tricomas.
na folha. d) xilemáticos e a transpiração ocorre pelos estô-
e) estômatos fechados e alta concentração de O, matos.
na folha
18. Unirio-RJ O processo de gutação consiste na eli-
16. FGV-SP 2017 A fotografia mostra o corte transversal minação de gotículas de água por estruturas bem
de uma raiz. definidas, os hidatódios, localizados nas bordas das
folhas. Os hidatódios se assemelham aos estômatos,
mas em lugar de câmara subestomática há um parên-
quima aquífero, o epitema, onde terminam os vasos
lenhosos das últimas nervuras das folhas.
Pelo radicular
Xilema primário
Indique a melhor combinação de fatores (temperatura,
A absorção de do solo através do pelo umidade do ar e água no solo), para que a gutação
ESESAES
radicular ocorre por , atingindo o xilema possa ser observada pela manhã em algumas plantas.
primário, tecido responsável pela condução do que
foi absorvido até a porção superior dos vegetais.
relativa do ar água no solo
A principal força ascendente de condução é promovi-
da pela . a) Baixa Alta Saturado
Assinale a alternativa que completa, correta e respec-
b) Alta Alta Saturado
tivamente, as lacunas do texto.
a) seiva bruta — transporte ativo — capilaridade c) Baixa Alta Não saturado
b) íons minerais — transporte passivo — pressão d) Alta Baixa Não saturado
osmótica
c) seiva elaborada — difusão facilitada — gutação e) Baixa Baixa Não saturado
d) moléculas orgânicas — difusão simples — abertura
estomática
19. Unesp 2017 A figura mostra duas propriedades da
e) água — osmose — transpiração foliar molécula de água, fundamentadas na polaridade
da molécula e na ocorrência de pontes de hidrogênio.
17. Unicamp-SP 2015
adesão co
Seca faz cidades do interior de SP decretarem
emergência
« /
A falta de água enfrentada pelo Sudeste do país tem
feito cada vez mais cidades de São Paulo e de Minas Gerais
adotarem o racionamento, para reduzir o consumo de água, / o
ou decretarem estado de emergência. Além do desabaste- coesão
cimento, a seca tem prejudicado também setores como a +-— Objeto polar ou
agricultura, a indústria, a saúde e o turismo dessas cidades. eletricamente carregado
Adaptado de http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/
2014/07/07/seca-faz-cidades-do-interior-decretarem-emergencia.htm. Essas duas propriedades da molécula de água são
Acesso em: 16/07/2014.
essenciais para o fluxo de
A situação de seca citada na reportagem é determi- a) seiva bruta no interior dos vasos xilemáticos em
nada por mudanças no ciclo hidrológico, em que as plantas.
plantas têm papel determinante, uma vez que repre- b) sangue nos vasos do sistema circulatório fechado
sentam uma fonte de vapor d'água para a atmosfera. em animais.
Fonte: https://www.fazfacil.com.br/jardim/aproveitamento-coqueiro/
Os solutos orgânicos acumulados no interior do
xilema radicular desenvolvem uma grande pressão
4. osmótica que mantém as forças de coesão entre
Esse fenômeno é muito utilizado pelas plantas, espe-
as moléculas de água, impulsionando a seiva bruta
cialmente as altas, a exemplo dos coqueiros, no transporte até a copa das árvores.
de seiva bruta pelo xilema, da raiz até as folhas. É por
causa dele que a água desliza através das paredes de tu- Qual grupo apresenta a explicação que contém as-
bos ou por entre poros de alguns materiais, como o papel. pectos nos quais se baseia a teoria de Dixon?
Duas propriedades da água estão relacionadas ao exemplo a) 1. b) 2. c) 3. d) 4.
dado. A primeira está relacionada com a afinidade entre
|. UFRGS 2018 Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as
o líquido e a superfície tubular, pois existe a formação
FRENTE 2
127
O transporte de água para dentro do xilema O intumescimento observado foi causado pelo acú-
ocorre por osmose, já os sais minerais são trans- mulo de
portados por processo ativo, no cilindro central. a) solutos orgânicos que não puderam ser transpor-
A tensão provocada pela transpiração é respon- tados pelo floema rompido.
sável pelo transporte de sacarose. b) solutos inorgânicos nos vasos lenhosos acima do
A sequência correta de preenchimento dos parênte- anel removido.
ses, de cima para baixo, é c) seiva bruta nos vasos condutores removidos jun-
a) V>-V-F-F. d) V-V- F-V. to com o anel de casca.
b) V-F>-V-F. e) F-V- V-F. d) produtos da fotossíntese no xilema que foi partido
c) F-F-F-V. com o corte na casca.
25. Facisb-SP 2019 As células da figura formam um tecido
e) substâncias que não puderam ser usadas no pro-
vegetal especializado no transporte de substâncias. cesso fotossintético.
Proteína P
o arroz armazenam grande quantidade de amido no
parênquima amilífero. Já o parênquima clorofiliano é
responsável pela síntese de glicose. Tendo em vista
que as porções amilíferas e clorofilianas dos vegetais
estão situadas em órgãos diferentes nos vegetais, o
acúmulo do amido depende
Retículo
endoplasmático Célula a) dotransporte de minerais pelo xilema, seguido da
liso companheira síntese de monossacarídeos e polimerização nos
Citoplasma próprios órgãos armazenadores.
Membrana Plasmodesmos b) da polimerização de monossacarídeos nos ór-
plasmática -— ramificados
gãos produtores, seguida do transporte pelo
Parede primária Vacúolo
espessada floema até os órgãos armazenadores.
Porca plhoa Cloroplasto
c) da síntese e polimerização de monossacarídeos
crivada Núcleo
Placa crivada Mitocôndria nos órgãos produtores, seguidas do transporte
pelo xilema até os órgãos armazenadores.
(www.ledson.ufla.br. Adaptado.)
d) dasíntese de monossacarídeos pelos órgãos pro-
Este tecido condutor é constituído por dutores, seguida do transporte pelo floema para
a) células lignificadas, que transportam a seiva bruta polimerização nos órgãos armazenadores.
e dependem das células companheiras para o ar-
e) do transporte de monossacarídeos pelo floema,
mazenamento de amido. seguido do transporte de minerais pelo xilema,
b) células anucleadas vivas, que transportam a seiva
para polimerização nos tecidos produtores.
elaborada e dependem das células companhei-
ras para a manutenção de seu metabolismo. 28. Fuvest-SP 2013 A prática conhecida como Anel de
c) células inativadas, que conduzem a seiva bruta e Malpighi consiste na retirada de um anel contendo
que foram impregnadas de suberina provenien- alguns tecidos do caule ou dos ramos de uma an-
tes das células companheiras.
giosperma. Essa prática leva à morte da planta nas
d) células vivas, que utilizam a seiva elaborada para
seguintes condições:
transportar as moléculas de glicose produzidas
nas células companheiras.
[ela
e) células mortas, que dependem da energia gerada Órgão do qual o
Tipos de planta [ET pm
pelas células companheiras para o transporte de anel
seiva elaborada.
a) Eudicotiledônea Periderme Caule
26. FMP-RJ 2016 Há mais de 300 anos, o cientista ita-
Epiderme
liano Marcello Malpighi realizou um experimento no b) Eudicotiledônea parênquima Ramo
qual ele retirou um anel de casca do tronco de uma e xilema
árvore. Com o passar do tempo, a casca intumesceu
na região acima do corte. c) ' Monocotiledônea Epiderme e Caule ou ramo
parênquima
Eudicotiledônea ca
d) Monocotiledônea parênquima Caule e ramo
e floema
——————p
Após algum
Casca tempo Eudicotiledônea DENNIS:
e) Monocotiledônea parênquima Caule
e xilema
Lenho
Nutrição vegetal
Inorgânica: absorção água e minerais do solo e gás carbô-
nico da atmosfera.
Orgânica: produção de moléculas orgânicas por meio de Componente de ácidos
fotossíntese. Nitrogênio NO; e NH; nucleicos (DNA e RNA),
(N) (solo) proteínas, hormônios, ATP,
clorofila e coenzimas
Nutrientes essenciais
São 17 elementos químicos fundamentais para a planta com- Abertura dos estômatos,
pletar seu ciclo de vida e produzir descendentes. Potássio (K) K* (solo) cofator de diversas
Macronutrientes: são necessários em grandes quantidades. enzimas e balanço osmótico
Dentre eles temos: carbono (C), oxigênio (O), hidrogênio
FRENTE 2
(H), nitrogênio (N), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), Componente dos ácidos
fósforo (P) e enxofre (S). nucleicos (DNA e RNA),
HoPO; e HPOZ” dos fosfolipídeos das
Micronutrientes: são necessários apenas em pequenas Fósforo (P) (solo)
membranas biológicas, das
quantidades. Dentre eles temos: cloro (Cf), ferro (Fe), man- moléculas de ATP e de
ganês (Mn), boro (Bo), zinco (Zn), cobre (Co), níquel (Ni) e várias coenzimas
molibdênio (Mo).
129
Hidroponia e Estruturas secretoras: hidatódios.
e Técnica de cultivo de plantas em soluções nutritivas sem * Condições necessárias: presença de hidatódios, solo hidra-
necessidade de solo. tado e atmosfera úmida.
* Vantagens: Teoria da transpiração-tensão-coesão-adesão
- diminuição da utilização de agroquímicos (herbicidas e e Força impulsora: transpiração vegetal.
inseticidas);
* Folha: puxa a seiva para cima.
- economia de água;
* Mecanismo:
- diminuição na transmissão de doenças humanas, como
— transpiração vegetal;
lombriga e amebíase.
— tensão no xilema;
Transpiração vegetal - seiva bruta é puxada para cima;
e Eliminação de água no estado gasoso pela epiderme das = coesão e adesão nas moléculas de água;
plantas. - absorção de água do solo pelas raízes.
* Funções: diminuição da temperatura das folhas nos dias
mais quentes e transporte de seiva bruta pelo xilema do Transporte de seiva orgânica
sistema radicular para a parte aérea. * Composição da seiva: água, sais minerais e compostos
e Tipos: cuticular (cutícula) e estomática (estômatos). orgânicos (carboidratos, aminoácidos, proteínas, RNA e
hormônios).
Estômatos e Tecido responsável: foema.
e Abertos: células estomáticas túrgidas, solo hidratado, baixa * Sentido do fluxo: bidirecional.
concentração de gás carbônico e luz intensa. * Fonte de açúcar: órgão responsável pela produção de açú-
* Fechados: células estomáticas flácidas, solo seco, alta con- car, que pode ocorrer por meio de fotossíntese, como nas
centração de gás carbônico e ausência de luz. folhas maduras, ou pela hidrólise do amido, como os órgãos
de reserva maduros.
e [on envolvido: potássio (K*).
e Dreno de açúcar: órgão que consome açúcar e/ou armazena
na forma de amido. Como exemplo de drenos de açúcar
Transporte de seiva mineral
temos raízes, caules, folhas jovens, meristemas, flores, frutos,
* Composição da seiva: água e sais minerais absorvidos do
sementes e órgãos de reserva jovens.
solo pelas raízes.
* Pulgões: inserem o estilete no floema e se alimentam de
e Tecido responsável: xilema. seiva elaborada.
* Sentido do fluxo: unidirecional.
Experimento de Múnch
Absorção pelas raízes * Objetivo: descobrir o mecanismo envolvido no transporte
e Local: região pilífera das raízes. de seiva elaborada.
e Absorção de água por osmose. * Materiais utilizados: bolsas semipermeáveis, recipiente e
tubo de vidro.
e Absorção de sais minerais por difusão e transporte ativo.
* Conclusão: fluxo por pressão ou desequilíbrio osmótico.
* Caminhos possíveis:
- Apoplástico: água e minerais passam pelas paredes Teoria do fluxo por pressão
celulares e pelos espaços intercelulares até chegar à * A seiva elaborada é transportada de uma região em que
endoderme. floema possui maior pressão osmótica (folhas maduras) para
- Simplástico: água e minerais seguem pelos plasmodes- outra de menor pressão osmótica (raízes).
mos até o xilema. * Força impulsora: transporte ativo de sacarose no floema
da fonte de açúcar.
Mecanismos de transporte
Pressão de raiz Anelamento
* Condições: raiz hipertônica e solo hipotônico. * Retirada de um anel da casa ao seu do caule (tronco ou
ramo) de uma planta.
e Raiz: empurra a seiva para cima.
* Consequência: morte da planta (quando realizado no tronco
Gutação principal) ou formação de frutos mais doces (quando reali-
e Eliminação de água no estado líquido pelas folhas. zado em ramos caulinares).
Vídeo
PTS) Transportation in Plants. SymBios. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JFb-CWiIz7kKE.
mais? Acesso em: 13 fev. 2023.
O vídeo mostra, por meio de animações, os mecanismos envolvidos no transporte de seiva nas plantas.
131
5. Fuvest-SP Na vitória-régia, mostrada na figura abaixo, os As moléculas de água são absorvidas principalmente
estômatos localizam-se na superfície superior da folha, através da raiz, e o CO», através dos estômatos.
o que acontece também em outras plantas aquáticas. a) A abertura dos estômatos depende de diversos fa-
tores ambientais. Cite um fator ambiental que afeta
a abertura estomática e explique como isso ocorre.
b) Que processo permite que a planta utilize parte
das substâncias orgânicas produzidas na fotos-
síntese como fonte de energia para suas células?
Em que consiste esse processo?
18
- Unicamp-SP As substâncias orgânicas que nutrem as . UFPR 2013 Estômatos são estruturas vegetais es-
plantas são produzidas por meio da fotossíntese em pecializadas que ocorrem principalmente nas folhas
células dotadas de cloroplastos, localizadas principal- e que apresentam dois estados funcionais carac-
mente nas folhas. Nesse processo, que tem a luz como terísticos, aberto e fechado. Diferentes condições
fonte de energia, moléculas de água (H,0) e de gás car- ambientais, apresentadas na tabela a seguir, acarretam
bônico (CO,) reagem, originando moléculas orgânicas. a abertura ou fechamento dessas estruturas.
Comportamento dos
iai, . estômatos (aberto X fechado)
Intensidade Alta
luminosa Baixa
Suprimento Alto
de água Baixo
Concentração Alta
de CO, Baixa
133
14. Unicid-SP 2019 Os estômatos são formados por duas
(1)
Quantidade de estômatos abertos
opSesdsas eu
2
o
uma alteração no formato destas células: quando se
na fotossíntese
ad É Caen 4
8|
A
encontram túrgidas, o estômato se abre, permitindo a
2
S
3
2
&
comunicação do mesófilo com o meio externo; quan-
do ficam flácidas, o estômato se fecha. A abertura e
o fechamento estomático são controlados de acordo
De
0 4 8 12 16 20 24
com as condições do meio e com as necessidades
Horário
do dia Intensidade luminosa
da planta.
a) Numa árvore, em qual órgão vegetal se localizam
a) Em relação ao gráfico |, em que horário aproxi-
os estômatos? Qual a importância dos estômatos
mado do dia se espera maior quantidade de
para a fotossíntese?
estômatos abertos?
b) Em uma árvore com pouca água disponível no
b) Considerando os gráficos Il e Ill, como represen-
solo, como ficam os estômatos nas horas mais
tativos de indivíduos da mesma espécie, indique
quentes e ensolaradas do dia? Em condições
aquele associado a plantas em estresse hídrico
ideais de água e luminosidade, qual outro fator
e aquele associado à maior taxa de fotossíntese no
influencia a atividade estomática?
período de maior luminosidade.
c) Pela análise do gráfico IV, qual planta cresce me- 15. UEPG/PSS-PR 2021 A respeito da absorção de água
lhor na sombra? Qual é a intensidade mínima de e de íons pelas plantas, assinale o que for correto.
luz, aproximadamente, para que a planta B consu- 01 Ocorre principalmente através dos pelos absor-
ma mais CO, do que produza? ventes das raízes.
02 Pode ocorrer de célula a célula, através das mem-
13. Unicamp-SP 2022 Como parte do complexo ecossis-
branas celulares.
tema terrestre, as espécies vegetais devem responder
04 Essa absorção não ocorre através dos plasmo-
ao aumento da concentração de dióxido de carbono
desmos.
(CO,) atmosférico. Todavia, respostas diferenciais ao
08 Pode ocorrer entre as paredes celulares, sem
aumento da concentração de CO, são esperadas em
atravessar o citoplasma das células.
função do metabolismo fotossintético. Nas figuras abai-
xo, as variações relativas da fotossíntese (painel A) e Soma:
da abertura dos estômatos (painel B) em função do au-
16. Fasm-SP 2016 A figura mostra o fenômeno da guta-
mento da concentração de CO, atmosférico (parte por
ção na folha de uma planta de pequeno porte.
milhão, ppm) são apresentadas para duas espécies.
Observe que a fotossíntese máxima da espécie 2 é a
metade do valor máximo da espécie 1 e que a abertura
estomática máxima é igual nas duas espécies.
A B
100 qeeeeeieseaeieooooã .—s 100
E A ||
o 8
E Tn
9 50 É 50
2 es
E . ES
o
% «Espécie 2 2
o
Lo 0
O : : : .
a) Durante a noite, como se apresentavam os ostío- 21. CUSC-SP 2016 A figura apresenta pulgões sobre o
los dos estômatos nas folhas da árvore? Qual a caule de uma determinada planta.
consequência desse comportamento dos ostíolos
em relação ao fluxo de dióxido de carbono da at-
mosfera para o mesófilo?
b) Em qual tecido vegetal os ecólogos mediram o
fluxo de água presente no toco e na árvore? Por
que somente a hidratação não justifica o toco es-
tar vivo?
(http:/flores.culturamix.com)
135
a) De qual vaso condutor da planta o pulgão retirou
substâncias? Qual substância retirada pelo pul-
gão apresenta o isótopo pesado de oxigênio?
b) Qual a relação esperada entre a taxa de fotossín-
tese e a taxa de respiração celular neste ramo?
Por que foi constatado que a maior parte dos isó-
topos pesados de oxigênio ficou estocada nas
células das folhas?
01 Em A, quando o conjunto é mergulhado em um
23. Fasm-SP 2020 O experimento a seguir consiste em
recipiente com água pura, a bolsa com solução
um tubo em forma de “U” em cujas extremidades fo-
de glicídios absorve água do recipiente por os-
ram acopladas bolsas formadas por papel celofane.
mose, como visualizado em B.
Os poros do celofane permitem a passagem de água,
02 No modelo, o tubo que liga as bolsas representa
mas impedem a passagem de soluto. A bolsa indicada
os elementos condutores do floema. Os vasos do
pela letra A contém uma solução de glicídios, sendo
floema transportam as moléculas orgânicas pelo
hipertônica em relação ao meio, enquanto a bolsa
tronco até a raiz e órgãos de reserva.
indicada pela letra B contém apenas água pura. O
04 Em B, a pressão da entrada da água na bolsa com
aparato foi mergulhado em água pura e assim manti-
solução de glicídios força o líquido a fluir pelo
do por cerca de trinta minutos.
tubo em direção à próxima bolsa, arrastando junto
moléculas de glicídios.
os No modelo, o fluxo de líquido da bolsa com so-
lução de glicídios para a bolsa com água pura
ocorre até que as concentrações de glicídios
se igualem. Na planta isso nunca ocorre, pois as
células consumidoras utilizam constantemente
os glicídios que chegam até elas, mantendo as
concentrações de substâncias orgânicas nessa
extremidade do floema sempre menor que na ex-
tremidade em contato com as células produtoras.
16 Nesse modelo, a bolsa com solução de glicídios
representa a fonte de substâncias orgânicas, isto
(José Mariano Amabis e Gilberto R. Martho. é, as células produtoras ou armazenadoras. A bol-
Biologia dos organismos. 2004. Adaptado.) sa, inicialmente com água pura, pode representar
a) Que estrutura biológica está sendo represen- as células consumidoras, como as da extremida-
tada pelo papel celofane? Explique o que ocor- de de uma raiz, por exemplo.
re com o aparato ao ser mergulhado no recipiente Soma:
com água pura.
b) Cite o processo fisiológico vegetal representado 25. UFJF-MG 2017 Em 1675, o biólogo italiano Marcello
pelo experimento. Que grupos vegetais apresen- Malpighi (1628-1694) realizou uma experiência básica e
tam o processo em questão? fundamental para que ocorresse uma elucidação poste-
rior sobre o fluxo de seivas bruta e elaborada nas plantas
24. UEPG-PR 2015 A figura abaixo apresenta um modelo vasculares. Nos três casos abaixo desconsidere prolife-
físico da hipótese do fluxo por pressão para explicar ração de doenças e/ou ataque de pragas e responda:
o deslocamento da seiva elaborada nos elementos a) Caso ocorra uma retirada de casca em torno de
condutores do floema. Neste experimento, as bolsas todo o tronco principal de uma arbórea na altura
são constituídas por membranas semipermeáveis. do peito (cerca de 1,5 metro do solo), processo
Com relação à proposta deste modelo, assinale o denominado anelamento, o que acontece em
que for correto. termos de condução de seivas e manutenção da
vida desta planta?
b) Caso, nessa mesma árvore, esse anelamento
ocorra apenas em um ramo lateral, e não no tron-
co principal, responda às mesmas questões.
c) Caso estipulemos um anelamento de 3 cm de
profundidade à altura do peito em um estipe (cau-
le de palmeira) com 20 cm de diâmetro, responda
às mesmas questões.
137
As variações mostradas ocorrem como consequên- Para que a água ascenda à caixa d'água e à copa do
cia da presença das florestas. A precipitação nas coqueiro, é necessário que,
duas áreas ocorre no período quente do ano (se- a) ao nível do solo, haja no cano e no floema uma
tembro a abril. Além disso, a concentração de CO, impulsão da coluna de água, elevando-a até a
atmosférico seria de 380 ppm se não houvesse co- extremidade oposta desses sistemas condutores.
bertura vegetal. b) metros acima do nível do solo, haja no cano e no
a) Considerando que a transpiração tem relação xilema uma sucção da coluna de água, elevando-
direta com o consumo hídrico, qual das duas -a desde o nível do solo.
florestas tem maior dependência de disponibi- c) metros acima do nível do solo, haja no cano e no
lidade de água? Considerando que a fotossín- floema uma sucção da coluna de água, elevando-
tese e a respiração determinam o padrão anual -a desde o nível do solo.
de variação de CO», qual das duas florestas tem d) ao nível do solo, haja no cano uma impulsão da
maior produção anual de biomassa? Justifique coluna de água e, metros acima do nível do solo,
suas respostas. haja no xilema uma sucção da coluna de água,
b) Em um cenário de redução no regime de chuvas, elevando-as desde o nível do solo.
o que aconteceria com as concentrações de va- e) ao nível do solo, haja no cano e no xilema uma
por d'água do ar e de CO, nas regiões ocupadas impulsão da coluna de água, elevando-a até a
pelas florestas? Justifique sua resposta. extremidade oposta desses sistemas condutores.
Unesp 2020 Um coqueiro (Cocos nucifera) pode Unesp 2019 A figura reproduz o modelo físico pro-
atingir até 30 metros de altura e produzir até 80 fru- posto por Ernst Múnch para explicar sua hipótese
tos por ano. Cada fruto, ainda verde, tem em média sobre o deslocamento de seiva nas plantas. Duas
289 mL de água, na qual estão dissolvidos açúcares bolsas semipermeáveis, interconectadas por um tubo,
e sais minerais. são imersas em vasos que contêm o mesmo volume
de água destilada. A bolsa 1 contém apenas água
destilada e a 2, uma solução concentrada de água e
açúcar. Os vasos são ligados por outro tubo, com uma
torneira acoplada, que permanece fechada durante
todo o experimento. Na figura, Ah indica o desnive-
lamento de água ocorrido nos vasos após o início do
experimento, no curto intervalo de tempo em que o
açúcar permaneceu restrito à bolsa 2.
Ah
casos, a água obtida ao nível do solo é armazena- Sobre o experimento, foram feitas as afirmações:
da, em grande quantidade, metros acima do nível
Il. Abolsa 1 representa o sistema radicular, enquan-
desse solo.
to a bolsa 2 representa as folhas da planta.
Il. Na bolsa que corresponderia às folhas da planta,
Caixa d'água a pressão osmótica equivale ao produto entre a
densidade da água, a aceleração da gravidade e
o Ah.
HI. Enquanto fechada, a torneira equivale, na planta,
ao método de anelamento do caule.
Rede pública É verdadeiro o que se afirma em
a) lell, apenas. d) Il, apenas.
b) Ile Ill, apenas. e) | llelll.
c) |, apenas.
Auxina
A auxina, nome dado a um conjunto de moléculas essenciais ao desenvolvimento vegetal, foi o primeiro hormônio
vegetal descoberto. A principal auxina produzida pelas plantas é o ácido indolacético (AIA), molécula derivada do ami-
noácido triptofano e sintetizada principalmente nas gemas apicais caulinares, nas folhas jovens e nas sementes em
desenvolvimento. Atualmente são produzidas diversas moléculas sintéticas que simulam os efeitos da auxina natural, como
o ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D), o ácido naftalenoacético (ANA) e o ácido indolbutírico (IBA).
O transporte de auxina ocorre pelo tecido parenquimático na direção descendente no caule a partir das gemas apicais,
fenômeno conhecido como transporte polar. A força da gravidade não influencia a direção do movimento de auxina, de
modo que a polaridade é um fenômeno totalmente biológico. Ela depende da posição das proteínas transportadoras
de auxina, que estão localizadas na base das células parenquimáticas.
A sensibilidade à auxina varia nas diferentes partes da planta. As raízes possuem sensibilidade alta, e concentrações
baixas do hormônio são suficientes para estimular o crescimento celular. Já os caules possuem sensibilidade baixa, ou seja,
suas células são menos sensíveis à auxina e necessitam de concentrações elevadas para serem estimuladas ao crescimento.
Para os dois órgãos, entretanto, existe uma concentração ideal de auxina, na qual a resposta de crescimento é máxima.
CAMPBELL, N. A. et al. Biology: a global approach. 12. ed. Harlow: Pearson, 2020.
10" 10º 107 105 10% 107
Gráfico representando a relação entre a concentração de auxina (mol/L) e o :
P ç ç ( ) Concentração de auxina (mol/L)
alongamento celular na raiz (linha vermelha) e no caule (linha azul).
ELEMENTOS | i Ápice
FORA DE
PROPORÇÃO Alpiste a ada Bloco de ágar com auxina
(plântula) “E estimula o crescimento
Blocode Bloco
ágar de ágar
com auxina
Crescimento Crescimento Crescimento
Sem Sem vertical para a esquerda para a direita
crescimento crescimento
NABORS, M. W. Introdução à
Botânica. São Paulo: Roca, 2012.
Grupo Bloco de ágar Bloco de ágar Bloco de ágar com Bloco de ágar com Representação esquemática do
controle semauxina 'comauxina auxina posicionado auxina posicionado experimento que resultou na
à direita à esquerda descoberta da auxina.
Alongamento celular
Um dos efeitos da auxina é estimular o alongamento celular em regiões que estejam em crescimento. A auxina es-
timula o bombeamento ativo de íons H* do citosol para a parede celular. A acidificação da parede celular ativa enzimas
que rompem as ligações entre as moléculas de celulose e hemicelulose.
O aumento do potencial de membrana promove absorção de íons pelas células, que se tornam hipertônicas e passam a
absorver água. O aumento da turgescência e da plasticidade da parede celular é que possibilitam o alongamento das células.
Além disso, a auxina também estimula a produção de novas proteínas citoplasmáticas nas células que estão se alongando.
7
| cones | | ELEMENTOS
com
J. MarinifShutterstock.
Ls
FANTASIA | | FORADE £
PROPORÇÃO
Representação esquemática
do efeito da auxina no
Parede celular Citosol Vacúolo Núcleo alongamento celular.
Dominância apical
A auxina produzida pelas gemas apicais é transportada para as gemas axilares mais próximas a ela, que permanecem
em estado de dormência (inibição), fenômeno conhecido como dominância apical. Esse mecanismo prioriza o crescimento
vertical e evita a ramificação desnecessária de seu sistema caulinar.
O fenômeno de dominância apical acaba na medida em que as gemas apicais se tornam mais distantes das gemas axila-
res. Quando isso ocorre, as gemas laterais desinibidas se desenvolvem formando ramos laterais. A entrada de citocininas no
sistema aéreo, produzidas pelas raízes, antagoniza o efeito da auxina, sinalizando a quebra de dormência das gemas axilares.
Nesse sentido, a razão entre auxina e citocinina é CORE NEN
Tesoura de poda
considerada determinante para a manutenção ou EA FORA DE
quebra da dormência das gemas axilares. Gema apical More
A poda das plantas, utilizada em jardinagem,
quebra a dominância apical, estimulando a for-
mação de novos ramos laterais. Após a poda, as Gema
gemas axilares despertam, entram em atividade, apical ativa Gema
formam novos ramos e se tornam gemas ativas
na produção de auxina. Plantas com mais ramos
produzem mais folhas e flores, trazendo beleza
aos jardins e praças das cidades, bem como maior
produtividade nos campos de cultivo. Sema cer Ramos laterais
inibida
Crescimento de frutos
Outro efeito da auxina é o crescimento dos frutos. Quando os óvulos fecundados começam a se transformar em
sementes, os embriões em desenvolvimento produzem auxina. Em resposta à auxina, a parede do ovário se desenvolve
e origina o fruto. Nesse sentido, quanto maior o número de sementes em desenvolvimento, maior será a produção de
auxina pelos embriões e, consequentemente, maiores serão os frutos que as envolvem.
A aplicação de auxina sintética nas flores do tomateiro, por exemplo, induz o desenvolvimento dos frutos, tornando
o cultivo de tomates em estufas economicamente viável. Se a auxina sintética for aplicada nas flores de plantas antes da
polinização, ocorre a formação de frutos sem sementes, conhecidos como frutos partenocárpicos.
SAIA
Herbicidas
Algumas auxinas sintéticas são utilizadas como herbicidas, uma vez que estimulam as plantas a produzir altas taxas de
etileno, provocando envelhecimento e morte das folhas. Um exemplo é o ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D), um herbi-
cida do ou seja, que é letal para as eudicotiledôneas e inofensivo para as monocotiledôneas. Isso ocorre porque as
eudic ôneas, diferentemente das monocotiledôneas, não apresentam enzimas que inativam a auxina sintética. Dessa
forma, o 2,4-D é muito eficiente em manter o cultivo de gramados, canaviais e lavouras de cereais, que são monocotiledôneas.
141
e DS e E Ee TSS ]
Agente laranja e Guerra do Vietnã
O agente laranja é um produto químico formado por uma mistura de auxinas sintéticas, utilizado como desfolhante durante
a Guerra do Vietnã. A Força Aérea dos Estados Unidos jogava, com o auxílio de aviões e helicópteros, o agente laranja nas
plantações, a fim de diminuir a produtividade agrícola, e nas florestas, para revelar os esconderijos dos vietnamitas. Cerca
de 16% do território do Vietnã foi afetado pela liberação do agente laranja. Além da queda das folhas, o agente laranja
também provocou malformações congênitas em humanos, cujos efeitos podem ser notados até hoje em áreas do Vietnã,
Laos e Camboja.
Everett Collection/Shutterstock.com
Helicóptero da Força Aérea dos Estados Unidos jogando agente laranja em uma floresta durante a Guerra do Vietnã.
Formação de raízes
Giberelinas
As giberelinas (GAs) são hormônios vegetais que provocam diversos efeitos
nos vegetais, como alongamento do caule, crescimento de frutos e germinação
das sementes. Atualmente são conhecidos mais de cem tipos diferentes de
giberelinas, mas o ácido giberélico (GA3) é o mais estudado. Esses hormônios
são produzidos principalmente pelos meristemas apicais (caulinares e radicula- . . o
. eu . Formação de raízes adventícias em caule de
res), pelas folhas jovens e pelos embriões das sementes, e possuem diversas | tomateiro (Solanum lycopersicum), estimuladas por
funções nos vegetais. auxina sintética.
ASI ETUEIS
A descoberta das giberelinas ocorreu no início do século XX, quando rizicultores (agricultores que cultivam arroz) observaram
que algumas plantas cresciam de forma acelerada, tornando-se mais longas e finas, e que tombavam antes de amadurecer.
Descobriu-se que um fungo do gênero Gibberella era causador dessa doença. Estudos revelaram que o fungo produzia
uma substância química que estimulava o crescimento de células vegetais, causando alongamento caulinar. Essas molé-
culas foram denominadas giberelinas. Em 1950, os botânicos descobriram que as plantas também produzem essas mesmas
moléculas, que continuam sendo chamadas de giberelinas até hoje.
N A
CORES | ELEMENTOS
FANTASIA FORA DE
o PROPORÇÃO
Casca Gibereliras
Aleurona
Nutrientes
Endosperma
Embrião
HO
CAMPBELL, N. A. et al. Biology. a global approach. 12. ed. Harlow: Pearson, 2020.
Alongamento do caule
Citocininas
As citocininas são produzidas em tecidos de crescimento ativo, como raízes,
embriões e frutos,já que estimulam divisões celulares mitóticas, o que inclui o
processo conhecido como citocinese. Quando um tecido vegetal parenquimático é
cultivado em laboratório, na presença de auxina e ausência de citocininas, as células
crescem, mas não se dividem. Porém, se ocorrer adição de citocininas com a auxina, N
[u
as células crescem e se dividem. As citocininas isoladas não possuem efeito algum [mm
4
sobre o crescimento. uW
[03
As citocininas, com a auxina, também controlam o crescimento das gemas u
143
mesmo quando as gemas apicais são mantidas. Dessa for- esse hormônio, conhecido como hormônio da senescência,
ma, o equilíbrio entre os níveis de auxina e citocinina tende em resposta a estresse hídrico, inundação, lesões e
a garantir o grau de ramificação das plantas. infecções. O etileno também é produzido durante o ama-
Outra ação das citocininas é retardar o envelheci- durecimento dos frutos, a morte celular programada e em
mento. Isso ocorre porque esses hormônios estimulam a aplicações externas de auxina sintética.
síntese de RNA e de proteínas, evitam degradação dos Durante o século XIX, o gás etileno foi muito utilizado
componentes celulares e estimulam a mobilização de nu- como gás de iluminação pública. Os vazamentos nas tu-
trientes encontrados em tecidos adjacentes. Floricultores bulações, entretanto, promoviam quedas das folhas das
costumam aplicar uma solução de citocininas nas plantas árvores mais próximas. A ideia de que esse gás atuava
para que elas resistam à ação do tempo. como um hormônio vegetal só foi amplamente aceita após
o advento da cromatografia gasosa, processo que facilitou
Ácido abscísico a sua identificação nas plantas.
Por volta da década de 1960, descobriu-se uma molécula
que os pesquisadores acreditavam estar relacionada com a Amadurecimento dos frutos
perda foliar, denominada ácido abscísico. Atualmente, sabe- O etileno atua no amadurecimento dos frutos, como
-se que esse hormônio não interfere de forma considerável maçãs, abacates, melões, mangas e tomates. Os frutos
na abscisão foliar, mas o nome ácido abscísico permaneceu. imaturos são, geralmente, verdes, rígidos e não palatá-
O ácido abscísico (ABA) é um inibidor de crescimen- veis, características que protegem as sementes. Após o
to produzido por quase todos os órgãos vegetais. Esse desenvolvimento das sementes, os frutos se modificam e
hormônio é referido como hormônio do estresse, pois se se tornam atraentes para os animais dispersores.
acumula nas plantas que estão desidratadas e pode exer- Durante o amadurecimento, há degradação enzimá-
cer um papel na manutenção das gemas axilares durante tica dos componentes da parede celular, amolecendo os
o inverno. frutos; conversão de amido em monômeros de açúcares
e diminuição da concentração das substâncias amargas,
Fechamento dos estômatos tornando os frutos doces e saborosos; decomposição da
O ABA atua no mecanismo de fechamento dos es- clorofila e produção de pigmentos amarelos e vermelhos
tômatos para proteção da planta contra desidratação. são atrativos aos animais, indicando que os frutos estão
Quando a planta perde muita água, a concentração de comestíveis.
ácido abscísico aumenta nas folhas, causando rápido
fechamento dos estômatos e consequente diminuição
PES ente E To TS
da transpiração. Às vezes, o ABA produzido pelas raízes é
transportado até as folhas pelo xilema, funcionando como Controle do amadurecimento dos frutos
um sistema preventivo contra a perda de água. Os frutos carnosos podem ser mantidos em locais com
A ação do ABA nas células estomáticas não está com- baixas temperaturas, baixas concentrações de gás oxigê-
pletamente esclarecida, mas sabe-se que ele promove nio e altas concentrações de gás carbônico para retardar
o seu amadurecimento. Nessas condições, a baixa tem-
abertura dos canais de potássio (K”), que acarreta dimi-
peratura e a baixa concentração de gás oxigênio inibem
nuição da pressão osmótica das células, o que promove
a síntese de etileno, enquanto a alta concentração de
fechamento dos estômatos.
gás carbônico inibe a ação do etileno nos frutos. Também
podem ser utilizadas moléculas, como permanganato
Dormência das sementes
de potássio, que inibem a síntese e ação do gás etileno
A concentração de ABA pode aumentar mais de cem nos frutos.
vezes durante o amadurecimento das sementes. Isso ocor- Para acelerar o amadurecimento dos frutos, basta realizar
re porque esse hormônio está relacionado com o fenômeno alguns cortes e embrulhá-los em sacos de papel. Os cor-
conhecido como dormência das sementes. A dormência tes induzem a produção de etileno e os sacos mantêm o
é um bloqueio temporário à germinação, evitando que ela gás ao redor dos frutos, evitando que ele se difunda pela
ocorra em condições desfavoráveis. Pelo efeito que o ABA atmosfera. Frutos amadurecem mais rápido quando estão
próximos de frutos maduros ou podres. Nesse sentido, o
exerce sobre sementes e gemas laterais no inverno, ele
velho ditado “uma maçã podre contamina todas as ou-
também é conhecido como dormina.
tras do cesto” é válido,já que a maçã em decomposição
Muitas sementes dormentes só germinam quando o
produz etileno, que acelera o amadurecimento e apodre-
ABA é removido ou inativado. Em muitas plantas, a luz ou cimento das demais maçãs ao seu redor.
a exposição prolongada ao frio podem inativar a ação do
ABA das sementes, induzindo a germinação. Já no caso
das plantas de deserto, as sementes só germinam após a Queda das folhas
chuva remover o excesso de ácido abscísico delas. Outro efeito do etileno é promover a queda das folhas.
Em florestas temperadas, por exemplo, a queda das folhas
Etileno no outono auxilia na proteção contra a perda de água no
O hormônio etileno (H,C=CH;), ou eteno, é um gás inverno. Durante o outono, ocorre a formação de uma cama-
inodoro e incolor produzido por quase todos os órgãos da de células parenquimáticas de paredes finas, conhecida
vegetais, com exceção das sementes. As plantas produzem como camada de abscisão, na base do pecíolo das folhas.
Digestão da
camada de
abscisão
Amarelamento
Etileno =» É o de
á
Fase de manutenção da folha Fase de indução da queda Fase de queda
O nível alto de auxina na folha A diminuição da auxina na folha Síntese de enzimas que hidrolisam
reduz a sensibilidade da zona de aumenta a sensibilidade ao etileno os polissacarídeos da parede
abscisão ao etileno e evita a na zona de abscisão, a qual celular, resultando na separação
queda da folha. desencadeia a fase de queda. das células e na abscisão foliar.
TAIZ, L. et al. Fundamentos de fisiologia vegetal. Porto Alegre: Artmed, 2018.
Movimentos vegetais
Apesar de serem organismos sésseis (fixos), as plantas são influenciadas
por diversos fatores abióticos, como a luz, a força da gravidade e o toque,
os quais podem desencadear movimentos vegetais. Esses movimentos |
são fundamentais para a busca de luz e de água, para a reprodução e para |
a proteção contra herbívoros. Eles podem ser classificados em três tipos
m
principais: tropismos, nastismos e tactismos.
Fotomicrografia de corte longitudinal do caule de um sicóromo
. (Acer pseudoplatanus) e do pecíolo da folha, com destaque
Trop Ismos para a camada de abscisão. (Aumento desconhecido.)
Os tropismos (do grego tropos, movimento) são movimentos vegetais de crescimento dependentes da posição de
origem do estímulo. Isso significa que, quando o estímulo surge do lado esquerdo, a planta tem um comportamento diferente
do que teria se esse mesmo estímulo surgisse do lado direito. Nos tropismos positivos, os movimentos dos órgãos ou das
estruturas vegetais se aproximam dos estímulos, enquanto, nos tropismos negativos, se afastam. Os principais tropismos
são o fototropismo (luz), gravitropismo (gravidade), quimiotropismo (moléculas), tigmotropismo (toque) e hidrotropismo (água).
Nas angiospermas, o movimento de crescimento do tubo polínico no estilete é orientado por proteínas atrativas,
produzidas pelas sinérgides. Esse movimento é conhecido como quimiotropismo, já que é determinado por moléculas
específicas. O tigmotropismo é o movimento determinado pelo contato da planta com algum objeto. Esse movimento é
observado em lianas, que se enrolam em suportes por meio de caules volúveis ou gavinhas (caules ou folhas modificadas).
Já o hidrotropismo é o movimento realizado pelas raízes na busca de água no solo.
I CORES | ELEMENTOS E E E
| FANTASIA | | FORADE ES
Q
PROPORÇÃO SÊ g
o 555
225
Recipiente 552
com água sus N
2: [u
[mm
Tubo
ess
Go 4
uW
polínico 3 [03
To
z
Alguns tipos de tropismos. Hidrotropismo da raiz na busca de água no solo (A), quimiotropismo no crescimento do tubo polínico (B) e tigmotropismo no
enrolamento das gavinhas de fixação da planta (C).
145
Fototropismo
Um dos movimentos mais importantes da planta é o
Os primeiros experimentos sobre fototropismo ocorreram
fototropismo (do grego fotos, luz, e tropos, movimento),
em 1880 e foram realizados por Charles Darwin (1809-
cujo estímulo é a luz. Esse movimento conduz o crescimento 1882) e seu filho Francis Darwin (1848-1925). Os Darwin
dos caules na direção da luz solar, fundamental no processo estavam interessados em saber qual parte da planta era
de fotossíntese. sensível à luz. Para responder a essa pergunta, eles rea-
lizaram experimentos em plântulas de alpiste (Phalaris
PanoohyShutterstock.com
Fototropismo positivo
pg
Caule
Fototropismo , Sem Com
negativo crescimento crescimento
ELEMENTOS
FORA DE
PROPORÇÃO crescimento crescimento
Representação esquemática de uma planta recebendo luz unilateral em que Planta de girassol (Helianthus annuus) na posição horizontal, na qual se
se observa o fototropismo positivo do caule e negativo da raiz. observa o gravitropismo negativo no caule.
AjayTvrmyShutterstock.com
planta envasada na posição horizontal. Nessa condição,
ocorre crescimento desigual das células no lado inferior
em relação ao superior, causado pela distribuição desi-
gual de auxina. As células do lado inferior, do caule e das
raízes, têm maior concentração de auxina, enquanto as
células do lado superior têm menor concentração desse
hormônio. No caule, o aumento na concentração de auxina
no lado inferior promove maior crescimento celular no lo-
cal, ocasionando uma curvatura para cima (gravitropismo
negativo). Já o aumento na concentração de auxina do
lado inferior, nas raízes, promove inibição do crescimento
celular no local. Assim, as células do lado superior da raiz,
com menor concentração de auxina, se alongam mais que Fechamento das folhas da planta sensitiva (Mimosa pudica, que mede de
as do lado inferior, ocasionando uma curvatura para baixo 15 cm a 50 cm) ao ser tocada.
(gravitropismo positivo).
A planta carnívora papa-mosca (Dionaea muscipula)
ELEMENTOS vive em locais brejosos pobres em nitrogênio. Nesse sen-
FORA DE
PROPORÇÃO tido, a maior parte desse elemento é obtida por meio da
captura de insetos em suas folhas modificadas. Aos serem
Gravitropismo atraídos pelos nectários das folhas, os animais andam por
negativo
ela na busca de mais néctar e acabam tocando nos pelos
sensoriais. O estímulo possibilita que as folhas fechem de
forma rápida e sincrônica, capturando os insetos. Esse mo-
crescimento vimento é conhecido como tigmonastismo, caracterizado
Semt: pelo contato do inseto com o pelo sensorial da folha.
crescimento Lado superior
Gravitropismo | ) Com
positivo crescimento
Lado inferior
Áuxina
Nastismos
Existem diversos movimentos vegetais, conhecidos
como nastismos (do grego nastos, pressionar), que não
dependem da origem do estímulo e, geralmente, são re-
versíveis. Nesses casos, se o estímulo vier tanto do lado Folha da planta carnívora papa-moscas (Dionaea muscipula, que mede entre
direito quanto do esquerdo, o movimento será executado 12 cm e 15 cm de altura), capturando uma mosca.
da mesma maneira. A abertura e o fechamento dos estô-
matos, por exemplo, é um movimento de nastismo. Tactismos
Um movimento bastante interessante é observado na Os tactismos (do latim tactu, tocar, e ismo, condição)
planta sensitiva (Mimosa pudica), também conhecida como são movimentos em que ocorre deslocamento de mo-
dormideira, que fecha rapidamente seus foliólulos após léculas, organelas ou microrganismos, influenciados por
ser tocada. O nome desse movimento é sismonastismo, estímulos ambientais (físicos ou químicos). Se o desloca-
já que os abalos mecânicos, causados por toque ou vento, é mento resultar em um afastamento da fonte do estímulo, é
que atuam como estímulo. Esse movimento expõe o caule um tactismo negativo. Se ocorrer a aproximação da fonte
espinhoso da planta, desencorajando eventuais herbívoros. do estímulo, o tactismo é positivo.
O movimento de fechamento dos foliólulos resulta No movimento denominado fototactismo, que ocorre
da perda de água pelas células do lado superior dos pul- nas folhas, a posição dos cloroplastos muda dentro da cé-
vínulos, órgãos motores localizados nas junções dos lula, dependendo das condições de luminosidade. Quando
foliólulos. A perda do íon potássio (K') nessas células as células do parênquima paliçádico foliar recebem luz bai-
diminui a pressão osmótica, o que causa a perda de água xa, os cloroplastos se distribuem nas duas paredes delas,
por osmose. Essas células, então, ficam flácidas e com processo que maximiza a absorção de luz. No entanto, se as
menor volume, determinando o fechamento dos foliólulos. células recebem luz intensa, os cloroplastos migram para
Após cerca de dez minutos, as folhas se reidratam e os as paredes laterais (paralelas à luz incidente), minimizando
foliólulos se abrem novamente. os danos causados pelo excesso de radiação.
147
Luz baixa Luz alta Escuro CORES
| | | FANTASIA
ELEMENTOS
FORA DE
PROPORÇÃO
Parede
celular
Representação esquemática da distribuição dos cloroplastos em células do parênquima paliçádico em resposta a diferentes intensidades luminosas.
Outro exemplo é o movimento, estimulado por determinadas moléculas, conhecido como quimiotactismo, que ocorre
na fecundação de briófitas e pteridófitas. As oosferas (gametas femininos) liberam moléculas que atraem os anterozoides
(gametas masculinos), fazendo com que eles nadem em sua direção. Esse mecanismo aumenta o sucesso reprodutivo
das plantas,
já que, sem essas moléculas, dificilmente os anterozoides encontrariam as oosferas.
Fitocromo
A luz vermelha e a luz azul são as mais importantes para a fotomorfogênese das plantas. Essas observações levaram
os cientistas a identificar duas classes principais de fotorreceptores: receptores de luz azul e fitocromos (absorvem luz
vermelha).
O fitocromo, quando está na forma ativa, determina diversas respostas fisiológicas, como germinação de sementes,
floração, crescimento e síntese de clorofila. Esse pigmento é formado por duas subunidades idênticas, cada uma com
uma cadeia polipeptídica denominada apoproteína, sendo ligada a um cromóforo, porção fotorreversível responsável pela
absorção de luz, mudando entre duas formas isoméricas, dependendo do comprimento de onda vermelha.
O fitocromo inativo, ou Fc (fitocromo vermelho curto), absorve a luz na faixa dos 660 nm e transforma-se em
fitocromo ativo. O fitocromo ativo, ou F,, (fitocromo vermelho longo), absorve luz na faixa dos 730 nm e se transforma
em fitocromo inativo. A interconversão de fitocromos é o principal mecanismo de controle dos processos fisiológicos.
Durante o dia, como a luz solar apresenta tanto vermelho curto quanto vermelho longo, são encontradas as duas formas
de fitocromo nas plantas. Porém, durante à noite, ocorre uma conversão espontânea e lenta de fitocromo ativo em inativo.
F. E CORES ELEMENTOS
vc VL FANTASIA FORA DE
PROPORÇÃO
Cromóforo
Vermelho curto (660 nm) Concentração
aumenta durante
+
o dia
Fitocromo o Fitocromo
inativo Conversão lenta no escuro ativo
CAMPBELL, N. A. et al. Biology: a global approach. 12. ed. Harlow: Pearson, 2020.
Floração
“CORES.
l FANTASIA
149
Por meio de experimentos realizados ao longo do sé-
culo XX, cientistas descobriram que as folhas são os órgãos
Produtores comerciais manipulam o fotoperíodo de responsáveis pela percepção do fotoperíodo. As folhas
várias plantas para obter floração. Por exemplo, os bicos- atuam na percepção e transmissão dos sinais relativos ao
-de-papagaio são plantas de dia curto que precisam estar fotoperíodo para as demais partes da planta. Ao detectarem
prontas para as vendas em dezembro. Iniciadas a partir de
o fotoperíodo, as folhas produzem moléculas sinalizadoras
estacas no final do verão, as plantas são colocadas sobre
que migram para as gemas, por meio do floema, estimu-
condições de dia curto no início de setembro, por quatro
lando a formação de ramos florais e flores. Os botânicos
a seis semanas, assim as plantas estarão floridas para o
denominaram essas moléculas sinalizadoras de florígenos
natal. As flores do bico-de-papagaio são muito pequenas e
ou hormônios florais. Em diversas espécies, proteínas glo-
se agrupam em várias inflorescências, que têm na sua base
uma folha modificada denominada bráctea, geralmente de
bulares e moléculas de RNA mensageiro é que cumprem
cor vermelha ou branca e que também requer dias curtos a função de florígenos,já que podem ser passadas de uma
para se desenvolver. célula a outra por meio de plasmodesmos.
NABORS, M. W. Introdução à Botânica.
pm ELEMENTOS
São Paulo: Roca, 2012. | CORES FORA DE
| FANTASIA PROPORÇÃO
R RiShutterstock.com
Estufa com diversos bicos-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima, que Representação esquemática da influência da folha na detecção do
mede cerca de 60 cm de diâmetro). fotoperíodo e no estímulo à floração. Ainda que apenas uma folha receba luz
adequada (lado esquerdo), ocorrerá produção de flores (lado direito).
Explique por que a poda realizada na jardinagem estimula a formação de ramos laterais nas plantas.
5. Discuta a veracidade do seguinte ditado popular: “Uma maçã podre contamina todas as outras do cesto”.
6. Qual é a relação entre o ácido abscísico, os estômatos e a economia de água nas plantas?
7. Compare caules e raízes com relação ao tipo (positivo ou negativo) de fototropismo e gravitropismo apresentado
por eles.
10. Qual é a diferença entre planta de dia curto e planta de dia longo?
UEL-PR Considere o experimento sobre o efeito ini- UPF-RS 2022 As uvas sem sementes são muito apre-
bidor de hormônio vegetal no desenvolvimento das ciadas na alimentação humana. A ausência de sementes
gemas laterais, apresentado na figura a seguir. nessas frutas pode ocorrer em decorrência de muta-
ções genéticas ou a partir da aplicação de um hormônio
Uma planta é decaptada
e um bloco de ágar sem
Um bloco de ágar vegetal sobre os ramos florais jovens, resultando, inclu-
contendo hormônio é
hormônio é aplicado sobre aplicado no momento da sive, em uvas maiores e mais espaçadas nos cachos.
a superfície cortada. decapitação.
Que tipo de hormônio vegetal produz esses efeitos
sobre essas frutas?
Gema apical 2) —Ramo novo
Gemas
inibidas
151
6. Fatec-SP 2017 Na caatinga brasileira, plantas como os Responsável por retardar o envelhecimento da
mulungus (Enythrina spp.) são classificadas como cadu- planta. É abundante em locais com grande ativi-
cifólias porque apresentam a perda sazonal das folhas. dade de proliferação celular, como sementes em
O hormônio e a adaptação diretamente relacionados a germinação, frutos e folhas em desenvolvimento.
esse mecanismo fisiológico são, respectivamente, Sua principal ação é induzir o amadurecimento
a) ácido abcísico e aumento da transpiração. dos frutos.
b) auxina e diminuição da fotossíntese. Atua no desenvolvimento das gemas apicais, tro-
c) citocinina e aumento da transpiração. pismos e no desenvolvimento de frutos.
d) etileno e diminuição da transpiração. Responsável pelo bloqueio do crescimento das
e) giberelina e aumento da fotossíntese. plantas durante o inverno e pela dormência de
sementes.
- UFPR 2016 Produtores de frutas utilizam permanga-
Atua no alongamento celular, quebra da dormên-
nato de potássio para desencadear a reação repre-
cia das gemas presentes no caule, promoção da
sentada pela seguinte equação:
germinação e desenvolvimento dos primórdios fo-
Permanganato de potássio + Etileno > Óxido de
liares e dos frutos.
manganês + Gás carbônico + Hidróxido de potássio
A sequência correta, de cima para baixo, é:
O objetivo de colocar as frutas em contato com o per-
a) 5-4-1-3-2
manganato de potássio é:
bb 3-4-1-5-2
a) acelerar seu crescimento.
b) retardar seu amadurecimento. c) 3-5-2-1-4
c) alterar seu sabor. d) 4-3-2-1-5
d) modificar sua cor.
10. UFJF/Pism-MG 2018 O crescimento e o desenvolvi-
e) reduzir a quantidade de sementes.
mento de um organismo pluricelular não seriam possíveis
- Unesp 2021 Leia os versos da canção “Tenho sede”, sem que houvesse uma comunicação efetiva entre as suas
composta por Anastácia e Dominguinhos. células, tecidos e órgãos. Tanto nas plantas quanto nos
animais, a regulação e a coordenação do metabolismo,
Traga-me um copo d'água, tenho sede
E essa sede pode me matar do crescimento e da morfogênese dependem de sinais
Minha garganta pede um pouco d'água químicos, denominados hormônios. O termo “hormô-
E os meus olhos pedem o teu olhar nio” provém do grego horman, que significa “estimular”,
Raven, P. H.; Evert, R. F.; Eichhorn, S. E. 2014. Biologia Vegetal.
A planta pede chuva quando quer brotar 8º ed. Ed. Guanabara Koogan S. A., RJ.
O céu logo escurece quando vai chover
São feitas as seguintes afirmativas sobre hormônios
Meu coração só pede o teu amor
Se não me deres, posso até morrer vegetais:
|. | As auxinas são responsáveis pelo crescimento do
A canção menciona a escassez de água, que pode vegetal, pela dominância apical e pelo desenvol-
afetar tanto os animais quanto as plantas. Um hormô- vimento de frutos.
nio humano e um hormônio vegetal que atuam para H. O etileno promove o amadurecimento de frutos.
a economia de água nesses organismos e uma fi- HI. As giberelinas promovem a germinação de se-
gura de linguagem que aparece nesses versos são, mentes e o alongamento do caule.
respectivamente,
As citocininas são inibidoras de crescimento e
a) vasopressina, ácido abscísico e pleonasmo.
promotoras de dormência de gemas e sementes.
b) vasopressina, ácido abscísico e hipérbole.
O ácido abscísico estimula o desenvolvimento de
c) tiroxina, giberelina e hipérbole.
gemas e retarda o envelhecimento de órgãos.
d) tiroxina, giberelina e pleonasmo.
e) vasopressina, giberelina e pleonasmo.
São CORRETAS:
a) | llelll
9. Acafe-SC 2019 Os hormônios vegetais ou fitormônios b) Il lle IV
são substâncias produzidas pelas plantas que atuam c) IliVeV
como “mensageiros químicos” entre células, tecidos e d) |lleV
órgãos. Em relação aos hormônios vegetais, correla- e) IjIVeV
cione as colunas.
- Auxina 11. UFU-MG 2021 O quadro a seguir apresenta alguns
- Giberelina hormônios vegetais e algumas funções desempe-
BWIN
Cos
o
-,
=
LoriE
Assinale a alternativa que apresenta a relação correta
entre as colunas.
a) IEIIBIICIVAVOD.
b) IA IDHIIBIIVEVC.
ce) ICIHEMIAIVD;VB.
ad) IBILAIID;IVCVE.
Planta 1 Planta 2
12. VEL-PR 2020 Dentre vários elementos visuais, pode-
Movimentos dos vegetais
-se observar, na figura abaixo, uma árvore adulta com
— Tigmotropismo é o encurvamento do órgão vegetal em
todas as suas partes em evidência. Em geral, o con-
resposta ao estímulo mecânico.
trole do desenvolvimento das plantas ocorre por meio
— Gravitropismo é também chamado de geotropismo por
de substâncias orgânicas, denominadas fitormônios
muitos. O fator que estimula o crescimento do vegetal
ou hormônios vegetais.
é a força da gravidade da terra, podendo ser negativo e
EST
, Ê À
VNNZ
| WU)
BEN
r N
positivo.
— Hidrotropismo é o movimento orientado para a água,
enquanto que o quimiotropismo é o movimento orien-
tado para determinadas substâncias.
— Fototropismo é a resposta do vegetal quando o estímulo
é a luz. Os caules tendem a crescer em direção à luz,
assim apresentando fototropismo positivo.
Fonte: SANTOS, F. S. dos; AGUILAR. ). B. V.; OLIVEIRA, M. M. A. de,
Ser protagonista, Biologia Ensino Médio, 2º ano. São Paulo;
Edições SM, 2010. (adaptado)
mento, no meristema apical do caule e em folhas Il. “inteiros, com os ápices cobertos por papel opaco;
jovens e frutos. Il. sem os ápices.
c) A quitinase, produzida em diferentes partes da Espera-se que ocorra fototropismo
planta, promove a germinação de sementes, o a) positivo em 1. d) negativo em ll.
desenvolvimento de brotos e frutos, estimula a b) negativo em l. e) negativo em IIl.
floração e o alongamento do caule e das folhas. c) positivo em ll.
153
15. UFJF/Pism-MG 2019 Sobre tropismos, marque a al- 18. Enem A produção de hormônios vegetais (como a au-
ternativa CORRETA: xina, ligada ao crescimento vegetal) e sua distribuição
a) Raízes crescem por geotropismo negativo, por pelo organismo são fortemente influenciadas por fato-
ação do etileno. res ambientais. Diversos são os estudos que buscam
b) Caules crescem por geotropismo positivo, por compreender melhor essas influências. O experimen-
ação de auxinas. to seguinte integra um desses estudos.
c) Caules crescem com fototropismo positivo, por
ação de auxinas.
d) Algumas plantas crescem por tigmotropismo, em
contato com o suporte, por ação do ácido abscísico.
e) Em espécies vegetais não há quimiotropismo,
diferentemente do que ocorre entre os protistas.
Experimento 2
Dia curto com
Dia Dia interrupção
da noite
A
0 16 32
horas Planta de dia longo
A partir da análise conjunta dos três experimentos, é
CORRETO afirmar que Com base nos resultados e nas conclusões obtidas a
a) o fotoperíodo influencia somente a planta A. partir desse experimento, identifique com V as afirma-
b) a duração do dia é um fator mais determinante na tivas verdadeiras e com F, as falsas.
floração que a duração da noite. As plantas de dia curto florescem quando submeti-
c) a duração da noite é um fator mais determinante das a um período de escuro igual ou menor que o
na floração que a duração do dia. período de claro.
d) o fotoperíodo influencia somente a planta B. A interrupção da noite com um flash de luz não
produziu qualquer efeito visível no resultado do
20. Unesp O professor chamou a atenção dos alunos para
experimento.
o fato de que todos os ipês-roxos existentes nas ime-
As plantas de dia longo florescem quando subme-
diações da escola floresceram quase que ao mesmo
tidas a períodos claros superiores aos períodos
tempo, no início do inverno. Por outro lado, os ipês-ama-
relos, existentes na mesma área, também floresceram escuros.
quase que ao mesmo tempo, porém já próximo ao final As plantas possuem um fotoperíodo crítico, relacio-
do inverno. Uma possível explicação para esse fato é nado com a duração do período de escuro, e não
que ipês-roxos e ipês-amarelos apresentam com o período do dia na determinação da floração.
FRENTE 2
a) pontos de compensação fótica diferentes e, pro- A alternativa que contém a sequência correta, de cima
vavelmente, são de espécies diferentes. para baixo, é a
b) pontos de compensação fótica diferentes, e isso a) F>-V-V-F
não tem qualquer relação quanto a serem da b) V-F-F-V
Cr: espécie ou de espécies diferentes. e) F-F-V-V
c) operiodismos diferentes e, provavelmente, são d) V-V-F-F
de espécies diferentes. e) F-V-F-v
155
ED CT TIE)
Estudo desvenda como hormônio aumenta o em exemplares de uma variedade de cana-de-açúcar desenvolvida
pelo IAC antes do início do amadurecimento.
acúmulo de açúcar na cana
Após pulverizar os dois compostos nas plantas, eles quantificaram
Nos canaviais no Brasil é comum a aplicação na cana de reguladores
os teores de sacarose em amostras de tecidos das folhas e do colmo
de crescimento ou maturadores químicos, análogos aos hormônios vege-
da cana cinco dias após a aplicação e 32 dias depois, na colheita.
tais, com o objetivo de acelerar e aumentar o amadurecimento (acúmulo de
Os resultados das análises indicaram que o etefom estimula a
sacarose) e inibir o florescimento da planta para prolongar os períodos de
colheita e moagem e, dessa forma, aumentar a produtividade e os ganhos acumulação de sacarose em entrenós imaturos da cana. As plantas
econômicos dos canavieiros. tratadas com o maturador químico apresentaram maiores níveis de
sacarose nos entrenós superiores e médios na colheita.
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade
Já as plantas tratadas com AVG tiveram uma redução de 42% no
Estadual de Campinas (Unicamp), em colaboração com colegas do Insti-
teor de sacarose.
tuto Agronômico (IAC) e do Instituto de Química da Universidade de São
Paulo (IQ-USP), desvendou, agora, como um desses hormônios age em “Esses dados confirmaram a importância da presença e da ação
nível molecular na cana, contribuindo para aumentar o armazenamento do etileno para indução de amadurecimento da cana”, disse Menossi.
de sacarose na planta. Genes-alvo
Resultado da pesquisa de doutorado da estudante Camila Pinto da A fim de avaliar a ação do etileno em nível molecular, os pesquisa-
Cunha, realizada com Bolsa da FAPESP, e de um projeto apoiado pela Fun- dores também fizeram uma análise do transcriptoma — perfil completo
dação no âmbito do Programa de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), o estudo de transcritos — para identificar quais genes foram diferencialmente ex-
foi publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature. pressos nas plantas pela ação do etileno durante a maturação da cana.
“Identificamos alguns genes que são ativados por um dos principais Com base na combinação dessa análise de transcriptoma das
maturadores químicos utilizados hoje nos canaviais e que podem ser alvos principais enzimas envolvidas na regulação do metabolismo da saca-
de manipulações futuras por engenharia genética para tentar chegar ao rose e do perfil hormonal das plantas pulverizadas com etefom e AVG,
desenvolvimento de uma variedade de cana que acumule mais açúcar”, eles conseguiram identificar genes-alvo do etileno, além da ação do
disse Marcelo Menossi, professor do Departamento de Genética, Evolu- hormônio em locais de acúmulo de sacarose na planta. Além disso,
ção e Bioagentes do Instituto de Biologia da Unicamp e coordenador do também propuseram um modelo molecular de interação do etileno
projeto, à Agência FAPESP. com outros hormônios.
Os pesquisadores analisaram os efeitos em nível molecular da aplica- O etileno ativou um número significativo de genes de vias hormo-
ção de etefom em variedades de cana cultivadas em casas de vegetação. nais exclusivamente no colmo das plantas. Dentre essas vias hormonais
Primeiro regulador de crescimento utilizado no manejo de culturas agrí- destacaram-se aquelas envolvidas justamente com o etileno e também
colas, hortícolas e florestais no mundo e um dos mais usados para manipular com o ácido abscísico — um outro fator de maturação da cana — e de
e estimular a maturação da cana, o etefom tem contribuído para aumentar vias da giberelina e da auxina — hormônios que atuam no alongamento
a quantidade de sacarose da planta, inibir a floração e, consequentemente, do colmo e que afetam o florescimento e gemas laterais da planta,
prolongar os períodos de colheita e moagem. explicou Menossi.
Esses efeitos do composto químico na cana são atribuídos ao “Sabendo quais genes o maturador modula para que a planta
etileno — um hormônio vegetal conhecido por seu envolvimento na aumente o acúmulo de sacarose será possível fazer melhoramentos
maturação de frutos —, que é liberado pelo etefom ao penetrar genéticos na cana e desenvolver variedades que expressem mais es-
na planta após ser pulverizado. ses genes, sem a necessidade de aplicação do etileno, por exemplo”,
vislumbrou o pesquisador.
Por isso, o etileno é considerado uma pista-chave para compreender
a regulação da transição do crescimento vegetativo para a fase de ama- “Além disso, pode ser possível identificar em um conjunto de
durecimento da cana, explicou Menossi. variedades de cana aquelas que mais expressam esses genes e que
“Apesar de ser sabido que o etileno contribui para aumentar a quan- facilitam a ação do maturador, uma vez que há variedades de cana que
tidade de açúcar na cana, ainda não estava claro como a síntese e ação não respondem bem à aplicação de hormônio”, afirmou.
desse hormônio afeta o amadurecimento da planta”, afirmou. ALISSON, E. Estudo desvenda como hormônio aumenta o
Para estudar a ação do etileno na cana, os pesquisadores pulve- acúmulo de açúcar na cana. Agência Fapesp, 7 abr. 2017.
Disponível em: https://agencia.fapesp.br/estudo-desvenda-
rizaram etefom e um regulador de crescimento de plantas, chamado como-hormonio-aumenta-o-acumulo-de-acucar-na-
aminoetoxivinilglicina (AVG) — conhecido como um inibidor do etileno —, cana/25072/. Acesso em: 27 fev. 2023.
Livro
ca TAIZ, L. et al. Fundamentos da Fisiologia Vegetal. Porto Alegre: Artmed, 2018.
Para um entendimento mais completo, acesse o livro sobre processos e substâncias envolvidos na fisiologia vegetal.
157
Exercícios complementares
1. UEL-PR 2016 Hormônios são substâncias produzidas Planta |: mantida intacta.
por um determinado grupo de células ou tecidos e Planta Il: remoção do meristema apical.
estimularão, inibirão ou modificarão a resposta fisio- Planta Ill: emoção do meristema apical e, no local da
lógica e o desenvolvimento de outras regiões do remoção, aplicação de pasta de lanolina com um hor-
próprio organismo. Nas plantas, eles também são cha- mônio vegetal.
mados de fitormônios e participam de diferentes fases
Ao final do período experimental, foram obtidos os se-
do desenvolvimento vegetal.
guintes resultados:
Sobre os fitormônios, responda aos itens a seguir.
Planta |: o crescimento vertical foi mantido e as gemas
a) Muitas espécies de plantas ornamentais e frutífe-
laterais permaneceram dormentes.
ras são podadas entre as estações reprodutivas.
Planta Il: o crescimento vertical diminuiu ou cessou e
Que tipo de resposta fitormonal essa poda costu-
ma desencadear e qual a sua consequência? ocorreu crescimento de ramos provenientes do desen-
b) Quais são os efeitos do fitormônio etileno? volvimento de gemas laterais.
Planta Ill: as gemas laterais permaneceram dormentes.
Famerp-SP 2017 A figura ilustra três respostas das
Com base nos resultados desse experimento,
células de uma angiosperma em relação a diferentes
a) cite o hormônio usado na planta Ill e o local em
hormônios vegetais.
que ele é produzido na planta;
b) explique uma aplicação prática para o procedi-
mento utilizado na planta ll.
o [eRUTAS FRESCAS
7 aa] GOOD
qn] rea |
mm
A qua,
na vs 4 UI)
nt
AL NA SEGUNDA, MADURAS NA
EAD TERÇA, MOLES NA QUARTA,
o rem
DE, PASSADAS NA QUINTA, N
e
TIIT MOFADAS NA SEXTA q
(O Estado de S. Paulo, 1812.2016.)
As alterações citadas na tirinha indicam o processo de amadurecimento que ocorre com os frutos, finalizando em sua
decomposição.
a) A qual Reino pertencem os seres vivos classificados como mofo? Esses seres vivos são autótrofos ou heterótrofos?
b) Qual hormônio vegetal estimula o processo de amadurecimento dos frutos? Cite uma medida para desacelerar o
amadurecimento dos frutos.
9. Unicid-SP 2015 A fotografia mostra coleóptilos de trigo em germinação sob uma fonte unidirecional de luz, em pro-
cesso de fototropismo.
(http:/Awebpages.fc.ul.pt)
a) Que substância regula o fototropismo? Em que região da plântula é produzida tal substância reguladora?
b) Explique, do ponto de vista fisiológico, como ocorre o fototropismo.
10. Unitau-SP 2018 As auxinas são um conjunto de fitormônios muito importantes para o desenvolvimento das plantas.
Dentre eles, o ácido indolilacético (AIA) é o mais comum, ausente apenas em coleóptilos, ou seja, na primeira porção da
planta que aparece na superfície do solo. Uma informação que poucos conhecem é que Charles Darwin foi o precursor
da descoberta das auxinas, quando estudava o fototropismo em alpiste. Sobre as auxinas,
a) onde são produzidas, e qual o sentido do transporte desses hormônios?
b) explique o fototropismo e o gravitropismo nas plantas, regulado por esses hormônios.
11. FMJ-SP 2022 A figura ilustra a ação de um hormônio na gema apical de uma planta quando submetida à luz.
159
12. UFJF/Pism-MG 2022 Em uma aula de Fisiologia Vegetal, o professor propôs aos alunos o seguinte experimento: colocar
uma semente em um vaso e aguardar a germinação. O vaso foi colocado na janela do laboratório. Após a emergência
da plântula, o aluno deveria deitar o vaso, como demonstrado
nas figuras A e B. Após alguns dias, o aluno verificou que houve à
alteração na direção do crescimento da planta, como mostra- A
do na figura C. Para analisar o que aconteceu com a planta, o q: rá
professor sugeriu aos alunos retirarem a planta do vaso e, ao (a) (8) (o) y
fazer isso, o aluno pode visualizar a alteração no crescimento da
raiz e do caule, como representado na figura D. Na sequência, Bs
o professor explicou que as plantas são capazes de controlar O
seu desenvolvimento e crescimento, reagindo a diferentes estí-
mulos, e que essas atividades são comandadas por hormônios
vegetais ou fitormônios.
Considerando o experimento demonstrado e os seus conhecimentos sobre o assunto abordado pelo professor, res-
ponda as questões abaixo:
a) Identifique o fitormônio que está relacionado com o processo de crescimento da raiz e do caule, e descreva
como o acúmulo desse fitormônio nas células desses dois órgãos influenciaram a alteração no crescimento
deles, como ilustrado nos círculos D.
b) A alteração do direcionamento no crescimento do caule e da raiz refletem processos de tropismo nas plantas.
Quais os tropismos visualizados nessa planta e qual é a influência dos fatores externos em cada um deles?
c) Além das atividades destacadas no experimento abordado, esse fitormônio também regula outras atividades nas
plantas. Cite duas dessas outras atividades.
13. UFTM-MG Em 1881, Charles Darwin e seu filho Francis estudaram a influência da luz sobre coleóptilos. Para isso, uti-
lizaram um coleóptilo intacto, outro com o ápice cortado, outro com o ápice encoberto com papel opaco, outro com
o ápice encoberto com papel transparente e outro com a base encoberta com papel opaco, como mostra a figura.
fonte Vy>
de luz
a) Qual substância é responsável pela curvatura dos coleóptilos? Explique como essa substância, na presença de
luz, promove essa curvatura.
b) Explique por que o coleóptilo que teve o ápice encoberto com papel opaco não se curva em direção à fonte de
luz e indique como ficará a direção do seu crescimento.
14. UFU-MG 2016 As folhas da planta Mimosa pudica, popularmente conhecida como sensitiva ou dormideira, dobram-
À md
-se rapidamente quando estimuladas mecanicamente, conforme ilustrado na figura a seguir.
Pulvino .
Células
perdem
ER Sesc
turgor
Células
mantêm
turgor
161
Período crítico de
Tempo (h)
escuro para a floração
[aço
20. Unesp Foram feitos experimentos em laboratório, variando artificialmente os períodos em horas, de exposição à luz e ao
escuro, com o objetivo de observar em que condições de luminosidade (luz ou escuro) determinadas plantas floresciam ou
não. No experimento |, exemplares de uma planta de dia curto foram submetidos a condições diferentes de exposição à luz
e ao escuro. Já no experimento Il, plantas de duas outras espécies foram também submetidas a períodos de exposição à
luz (ilustrados em branco) e ao escuro (destacados em preto). Em duas situações, houve pequenas interrupções (destacadas
por setas) nestes períodos de exposição. Os sinais positivos indicam que houve floração, e os negativos, que não houve,
para todos os experimentos.
Resultado Planta de Planta de
o luz / escuro da floração = 24h ss dia curto dia longo
2 [| 2 Ea
2 [= 5 [=|
E [— E4
a 8
é do 7 E
a) Interprete os resultados do experimento | considerando as exigências de exposição à luz e ao escuro para que
ocorra a floração desta planta.
b) Considerando o experimento Il, qual das interrupções — a que ocorreu durante o período de exposição à luz ou
ao escuro — interferiu no processo de floração? Qual é o nome da proteína relacionada à capacidade das plantas
responderem ao fotoperíodo?
21. UFJF-MG Em muitas plantas, a floração é controlada pelo fotoperíodo, sendo as espécies classificadas como plantas
de dias curtos (PDC) ou plantas de dias longos (PDL). Observe a figura a seguir, que ilustra um experimento realizado
com PDC e PDL, e responda:
24 horas
período
- de luz
duração
crítica
— da noite
| raio,
luminoso
- período
escuro
'« yr ( , di A Ê dy
E - +, A |
MM
E , PAPO
Plantas da espécie A Plantas da espécie B
a) Qual a classificação fotoperiódica (PDC ou PDL) das plantas das espécies A e B, considerando os resultados
obtidos nos experimentos?
b) O que representa o fotoperíodo crítico para as plantas fotoperiódicas?
c) Explique como é possível a ocorrência de florescimento das plantas A e das plantas B em uma mesma localidade,
na mesma época do ano.
2. UFSC 2016 O experimento representado a seguir foi realizado para observar a germinação e o comportamento geo-
trópico em raízes e caules. Quatro grãos de milho com as pontas voltadas para o centro foram colocados em uma
caixa de acrílico sobre algodão umedecido em quantidade suficiente para garantir a fixação das sementes. A caixa
foi recoberta com papel-alumínio, para evitar a interferência da luz, e mantida na posição vertical por quatro dias. Em
seguida, a caixa passou por um giro de 90º conforme a ilustração a seguir, e foi mantida na posição horizontal por
mais quatro dias. O desenvolvimento, a direção e o sentido das raízes e dos caules foram acompanhados durante a
realização do experimento.
163
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA
DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO
Caixa de acrílico
Grãos de milho a Q b)
4
-
"e oú Após quatro dias, foi
Algodão — a Ó
feito um giro de 90º
umedecido
Lado inferior na
posição vertical
. aj REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA
GP +
NO MOMENTO INCIAL APOS O GIRO
cs mé)
e” Te
A+ É «B Lado inferior na
pa a O ga posição horizontal
AMABIS, José M.; MARTHO, Gilberto R. Biologia: Moderna Plus. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2009. CD: Guia para o professor. [Adaptado].
eca-SP 2016 O fotoperiodismo é um fenômeno que exerce influência sobre a floração das plantas e está dire-
tamente relacionado aos fitocromos. Uma molécula de fitocromo pode apresentar duas formas: o Pre o Pp. O Pp
transforma-se em Prp na presença de luz;
já no escuro, o Pra é convertido em Pp. Dois experimentos foram montados
para estabelecer a influência do período de claro e escuro sobre a floração das espécies de plantas A e B.
EXPERIMENTO 1 EXPERIMENTO 2
1,8
a) Considerando as condições ambientais favoráveis, determine a estação do ano em que a probabilidade de a
planta B florescer é maior. A incidência de luz por 30 segundos durante o período de escuro no experimento 1
terá qual efeito sobre as plantas?
b) Como o fotoperíodo crítico determina a floração na planta B? Com relação aos períodos de claro e escuro, qual
é a influência dos fitocromos Pp e Pra na floração da planta de dia curto?
V ELEMENTOS
Célula secretando Receptor específico |ronave.
certo hormônio na para outro hormônio LUIS
corrente sanguínea CORES
| FANTASIA
Vaso sanguíneo
Receptor específico
do hormônio
nas células-alvo
Nos animais, existem hormônios derivados de aminoácidos, hormônios de natureza peptídica (formados por cadeias
de aminoácidos) e hormônios derivados do colesterol (chamados esteroides, de natureza lipídica).
CORES ELEMENTOS
FANTASIA | | FORADE |
=See=====" | PROPORÇÃO
Hipófise
Pâncreas A Ovários
marina ua/Shutterstock.com
/ N
Representação esquemática da localização das principais glândulas endócrinas no corpo humano. Detalhes sobre os testículos (gônadas masculinas) e ovários
(gônadas femininas) serão apresentados no próximo capítulo deste livro.
167
do TSH, do ACTH, do FSH e do LH. O TSH (hormônio Glândula tireoide (ou tireóidea)
tireoestimulante) estimula a produção de hormônios pela A tireoide é uma glândula endócrina encontrada na
glândula tireoide (tireóidea). O ACTH (hormônio adreno- porção anterior do pescoço, localizada ventralmente em
corticotrófico) estimula a produção de hormônios pelo relação à traqueia.
córtex das glândulas suprarrenais (adrenais). O FSH (hor-
mônio foliculoestimulante) e o LH (hormônio luteinizante) ELEMENTOS
SvetaZi/Shutterstock.com
promove, por exemplo, a elongação dos ossos e o aumento
ef
da massa muscular.
Na infância, a carência de GH resulta em nanismo hi- Traqueia
pofisário. Pessoas com esse tipo de nanismo geralmente
possuem membros proporcionais e atingem altura média Representação esquemática da localização da tireoide.
Inibição Inibição
Glândula Glândulas Gônadas Estruturas do corpo,
tireoide suprarrenais como ossos e músculos
Relação das estruturas de produção e de atuação de alguns hormônios
humanos. A neuroipófise não produz, mas armazena e libera hormônios
sintetizados pelo hipotálamo. O controle da secreção de T3 e T4 ocorre por retroalimentação negativa.
ilusmedicay/Shutterstock.com
« Hipertireoidismo: decorrente da produção e da libe- Glândula tireoide
ração excessivas dos hormônios T3 e T4, o que acentua
o metabolismo e pode causar sintomas como aumento
Glândulas
do apetite, da temperatura corporal, da frequência car-
paratireoides
díaca (taquicardia), da sudorese e da pressão arterial,
emagrecimento, irritação, insônia, bócio (crescimento EMENTOS
da tireoide) e exoftalmia (olhos saltados em decorrên- PRSPONCÃO
cia do acúmulo de líquido atrás do globo ocular).
* Hipotireoidismo: caracterizado pela baixa secreção (UH,
de T3e T4,0 que resulta em redução da taxa me- Representação esquemática da localização das glândulas paratireoides na
169
Hormônios da medula das suprarrenais Pâncreas
A medula das suprarrenais, em resposta a estímulos Glândulas endócrinas são aquelas que liberam os
nervosos, secreta dois hormônios produzidos a partir do hormônios diretamente na corrente sanguínea, enquanto
aminoácido tirosina: adrenalina (epinefrina) e noradrena- glândulas exócrinas, como as mamárias, as lacrimais e as
lina (norepinefrina). Esses hormônios são liberados em sudoríferas, liberam seus produtos na superfície corporal ou
situações de perigo e estresse, atuando principalmente em cavidades. Há, ainda, glândulas mistas ou anfícrinas,
no aumento da quantidade de energia disponibilizada ao como o pâncreas, que possuem uma porção exócrina e
organismo, o que permite que respostas apropriadas sejam uma endócrina.
dadas perante a situação enfrentada. Alguns dos principais A porção exócrina do pâncreas, formada pelos áci-
efeitos da liberação de adrenalina e noradrenalina são: nos pancreáticos, produz o suco pancreático, secreção
* aumento da glicogenólise (degradação do glicogênio) digestiva conduzida pelo ducto pancreático em direção ao
no fígado, resultando em liberação de glicose no san- duodeno. Já a porção endócrina do pâncreas, constituída
gue e, consequentemente, elevação da glicemia; por conjuntos de células secretoras chamados ilhotas pan-
* aumento da pressão arterial; creáticas (ou ilhotas de Langerhans), sintetiza e secreta os
* aumento das frequências respiratória e cardíaca; principais hormônios que atuam no controle da glicemia:
* aumento do fluxo sanguíneo para os músculos esque- insulina (produzida pelas células beta) e glucagon (produ-
léticos, o coração e o cérebro; zido pelas células alfa).
* aumento da atenção;
* redução das atividades digestiva, excretora e re- ORES | ELEMENTOS
FANTASIA FORA DE Ilhota pancreática
produtora. PROPORÇÃO
E ET)
A adrenalina e a noradrenalina também são produzidas Estômago
pelo sistema nervoso, funcionando como neurotrans-
missores.
com
EreborMountain/Shutterstock.
Os mineralocorticoides participam da manutenção do
equilíbrio da água e dos sais no organismo. A aldosterona,
por exemplo, é um mineralocorticoide que atua nos rins,
aumentando a reabsorção de sódio (Na”) e a secreção de
potássio (K”. Essa ação aumenta a osmolaridade do sangue Duodeno
e, consequentemente, a reabsorção de água, o que resulta
em elevação da pressão arterial.
Ácino pancreático
Os glicocorticoides participam do metabolismo da
Representação esquemática das estruturas do pâncreas visto em corte, com
glicose. O cortisol é um glicocorticoide que promove a
destaque para suas porções endócrina e exócrina.
gliconeogênese, isto é, a produção de glicose a partir de
substâncias que não são carboidratos, a exemplo de aminoá- A insulina é liberada quando a glicemia aumenta (hi-
cidos e glicerol. Essa ação do cortisol provoca o aumento perglicemia), como ocorre algum tempo após a ingestão de
da glicemia. Doses elevadas de glicocorticoides têm efeito carboidratos. O efeito da insulina sobre suas células-alvo
anti-inflamatório, podendo ser utilizadas no tratamento de as faz absorver mais glicose do sangue, promovendo a
doenças ou condições que causam inflamações severas. redução da glicemia. Principalmente nas células do fígado,
a insulina estimula a glicogênese, isto é, a formação de
glicogênio, um polissacarídeo de reserva formado pela
O córtex das suprarrenais também secreta pequenas união de moléculas de glicose.
doses de hormônios androgênios em homens e mu-
Em situações nas quais a glicemia é reduzida (hipogli-
lheres. Os androgênios estão ligados à determinação de
caracteres sexuais masculinos. Em situações nas quais cemia), como em jejum, ocorre a liberação de glucagon.
esses hormônios são liberados excessivamente pelo cor- Esse hormônio age sobre as células do fígado, estimulan-
po feminino, pode ser observado o desenvolvimento de do a glicogenólise, ou seja, a degradação do glicogênio
algumas características secundárias comuns no sexo bio- hepático. A glicogenólise resulta na liberação de glicose
lógico masculino, como aumento da quantidade de pelos no sangue, promovendo aumento da glicemia. Outro
faciais e hipertrofia muscular em determinadas regiões do processo que pode ocorrer em condições hipoglicêmicas
corpo. O principal androgênio é a testosterona, produzida
para aumentar a glicemia é a gliconeogênese (formação
majoritariamente pelos testículos (gônadas masculinas).
A ”, de glicose a partir, por exemplo, de aminoácidos e glicerol).
sa.
NTASIA | | FORA DE
—— | PROPORÇÃO
Aumento da
Células beta absorção de glicose
pelas células
E Formação de
glicogênio
no fígado
Aumento da glicemia
Redução da glicemia
(p. ex.: ingestão
de carboidratos)
Na Glicemia normal
/ :
Degradação do º
glicogênio estocado
no fígado Células alfa
A ação antagônica da insulina e do glucagon atua na homeostase da glicose, mantendo os valores da glicemia compa-
tíveis com as exigências energéticas do organismo. Contudo, existem distúrbios que afetam essa regulação, como ocorre
no diabetes melito. Esse quadro é caracterizado por hiperglicemia crônica — a concentração de glicose no sangue tende
a permanecer mais alta que os valores de referência porque as células não são capazes de absorver a glicose sanguínea
de maneira suficiente. Nessa situação, a gordura se torna o principal substrato energético degradado na respiração celular.
Existem dois tipos principais de diabetes melito. Em ambos é observada a manutenção de altos níveis sanguíneos de
glicose, porém por causas distintas.
O diabetes melito tipo 1 é caracterizado pela deficiência na síntese e na secreção de insulina. A causa desse tipo
de diabetes melito é geralmente autoimune: o sistema imunitário, por meio da ação de anticorpos, destrói as células
pancreáticas produtoras de insulina. Assim, a regulação da glicemia acontece mediante a administração de insulina,
por exemplo, por meio de injeções. Por esse motivo, essa condição também é conhecida como diabetes dependente
de insulina. O diabetes melito tipo 1 pode ser designado como diabetes juvenil, uma vez que geralmente se manifesta
na infância.
O diabetes melito tipo 2, também conhecido como diabetes não dependente da insulina, é causado pela redução
da capacidade das células-alvo em responder à presença da insulina, caracterizando um quadro de resistência insulínica.
Nessa situação, apesar de a insulina ser produzida, as células-alvo não são sensibilizadas, e a glicose não é absorvida
eficientemente, permanecendo no sangue. Trata-se de um quadro que, em geral, tem início na idade adulta, sobretudo
ES)
a partir dos 60 anos, e corresponde a cerca de 90% dos casos de diabetes melito. Fatores hereditários, sedentarismo e
obesidade influenciam o desenvolvimento do diabetes melito tipo 2. O controle é feito com a prática regular de atividades
físicas, uma dieta saudável e, a depender da situação, o auxílio de medicamentos.
Ambos os tipos de diabetes melito apresentam sintomas e sinais bastante característicos, como a presença de gli-
cose na urina (glicosúria). Quando a glicemia está elevada, muita glicose passa do sangue para o filtrado glomerular no
interior dos néfrons, excedendo a capacidade de reabsorção da glicose de volta para o sangue. Em decorrência disso,
maior quantidade de água é eliminada, resultando em aumento do volume urinário (poliúria) e, consequentemente, sede
intensa. Também pode ser observado aumento de apetite, mas, mesmo assim, é comum a pessoa exibir perda de peso.
O diabetes melito pode causar uma série de complicações, como problemas circulatórios, renais e visuais (podendo levar
à cegueira), além da dificuldade para cicatrização de lesões.
171
1. Explique como o sistema endócrino atua no controle das atividades básicas ligadas ao funcionamento do organismo.
Cite os hormônios secretados pela neuroipófise e os que são sintetizados e liberados pela adenoipófise.
w
Explique como os hormônios PTH e calcitonina atuam na regulação do nível sanguíneo de cálcio.
Indique os hormônios secretados pelo córtex e pela medula das glândulas suprarrenais.
Exercícios propostos
1. Uece 2018 Atente ao que se diz a seguir sobre hor- 3. UFRGS 2022 Em relação aos diferentes hormônios
mônios animais e assinale com V o que for verdadeiro produzidos pelos seres humanos, é correto afirmar que
e com Fo que for falso. a) a melatonina é produzida predominantemente
São mensageiros químicos produzidos em pe- na adeno-hipófise e atua na regulação do ciclo
quenas quantidades e distribuídos pelo sistema cicardiano.
circulatório. b) os hormônios T3 e T4 produzidos pela tireoide
Controlam respostas fisiológicas a curto prazo, estimulam os osteoclastos a produzirem tecido
tais como secreção de enzimas digestivas e ciclo Ósseo.
reprodutivo. c) a liberação de insulina pelas células alfa do pân-
São sinais químicos produzidos por células de um creas resulta em aumento agudo da glicemia.
organismo unicelular conhecidas como células d) o hormônio do crescimento produzido pelas célu-
endócrinas. las da neuro-hipófise é um exemplo de hormônio
São usados para controlar ações a longo prazo, esteroide.
porque a secreção, a difusão e a circulação são e) a ocitocina é produzida pelo hipotálamo e está
mais lentas do que a transmissão. envolvida na secreção do leite materno.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
FCMSCSP 2023 “A ocitocina é responsável por pro-
a VEEV. co) EVVF
mover contrações uterinas, atuando no trabalho de
b) VV FEV. d) FEV F.
parto e no pós-parto, diminuindo o sangramento após o
Unisinos-RS 2022 Hormônios são substâncias qui- nascimento do bebê e estimulando a liberação de leite
micas produzidas por glândulas endócrinas e libera- materno”, afirma a médica Karla Giusti. Além disso, esse
dos na corrente sanguínea. Considere as seguintes hormônio também auxilia no metabolismo ósseo, partici-
afirmações: pa do mecanismo do orgasmo, atua nas relações sociais e
Il. A insulina e o glucagon são hormônios produzi- diminui o medo. Por essas ações, a ocitocina é chamado
dos no pâncreas. de “hormônio do amor”, juntamente com outros com-
H. O hormônio ocitocina, produzido nos ovários, es- postos, como a serotonina e a dopamina.
timula a contração das musculaturas do útero e Maria Tereza Santos. Spray de ocitocina é usado para promover
bem-estar e prazer sexual. Folha de S.Paulo, 8 jun. 2022. Adaptado.
das glândulas mamárias.
HH. A glândula pineal produz a melatonina, hormônio De acordo com o excerto e conhecimento sobre as
envolvido no ritmo circadiano. substâncias citadas, afirma-se que:
Sobre as proposições acima, pode-se afirmar que a) a ocitocina é liberada nas sinapses e faz conexão
a) apenas | está correta. química com os músculos do útero.
b) apenas Il está correta. b) a dopamina e a ocitocina são produzidas pelas
c) apenas Ill está correta. glândulas suprarrenais e atuam no útero.
d) apenasle ll estão corretas. c) a serotonina é um hormônio que estimula a pro-
e) apenasle Ill estão corretas. dução de leite materno.
o
—
Consumo celular de O, (nmol/min/mg)
d) no controle das excretas nitrogenadas.
d) hipófise. 2.35 LT
e) adrenal. 2,304
173
11. Udesc Os hormônios agem como mensageiros quími- que os eventos podem ter nas pessoas. Os voluntários
cos e atuam em receptores específicos nas membranas tiveram sua saliva testada antes e depois da apresentação
celulares. Associe as colunas a seguir: do compositor Eric Whitacre, em que puderam cantar,
1. Paratormônio dançar e pular. Houve, no geral, uma diminuição nos
2. Somatrotófico hormônios cortisol e seus precursores nos participantes.
3. Cortisol — glicocorticoide Os pesquisadores apontaram que não houve diferença
4. Calcitonina nos resultados de quem tinha costume em ir a shows e de
5. Ocitocina quem não tinha: todos aproveitaram o show da mesma
Promove a conversão de aminoácidos e lipídeos forma e apresentaram uma diminuição na produção dos
em glicose pelo fígado. hormônios mencionados acima.
Modificado de: http:/'revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/04/
Estimula a liberação de leite e a contração do útero. assistir-shows-ao-vivo-pode-reduzir-niveis-de-estresse-sugere-estudo.html.
Controla a concentração de cálcio no sangue. Acesso em 03/05/2016.
Diminui a liberação de cálcio no sangue.
Estimula o crescimento corporal, a síntese proteica MPDF denuncia médica que receitou
e é hiperglicemiante. 'superdose” de medicamento a menina
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
de cima para baixo. ofereceu denúncia contra a médica pediatra suspeita de
a) 4-1-2-5-3 d) 3-5-1-4-2 prescrever uma dosagem excessiva de adrenalina para a
b) 3-2-4-1-5 e) 1-4-5-3-2 menina Rafaela, de 1 ano e 7 meses, que morreu dias de-
c) 1-5-4-2-3 pois de receber a substância, em janeiro deste ano. O G1
procurou a médica Fernanda, mas não conseguiu contato
12. Uece 2018 Hormônios são substâncias produzidas até a publicação desta reportagem.
e liberadas por determinadas células para atuarem Modificado de: http://g1 .globo.com/distrito-federal/noticia/2013/05/
sobre células-alvo modificando seu funcionamento. mpdf-denuncia-medica-que-receitou-superdose-de-adrenalina-
menina.html. Acesso em: 03/05/2016.
Relacione corretamente os hormônios às descrições
apresentadas a seguir, numerando a coluna Il de acor- Sobre os hormônios presentes nos dois textos acima,
do com a coluna |. é possível afirmar que:
Coluna | a) ambos são produzidos pela região cortical da
1. Insulina mesma glândula.
2. Adrenalina b) ambos são produzidos pela mesma glândula, o pri-
3. Prolactina meiro no córtex e o segundo na região medular.
4. Glicocorticoide c) ambos são produzidos pela região medular da
Coluna Il mesma glândula.
Aumenta a taxa cardíaca, a pressão sanguínea e d) ambos são produzidos pela região cortical de
desvia o fluxo sanguíneo do intestino para os mús- glândulas diferentes.
culos esqueléticos.
e) ambos são produzidos por regiões medulares de
Estimula a síntese de proteínas e o armazenamen-
glândulas diferentes.
to de glicose pelas células, reduzindo a concen-
tração de glicose no sangue. 14. UEMG 2014 Esta passagem foi retirada de A mão e a
Influencia a concentração de glicose no sangue e luva, de Machado de Assis:
outros aspectos do metabolismo de gorduras, pro- ... Guiomar curvou a cabeça e esteve alguns instantes
teínas e carboidratos. a perpassar os dedos pelas teclas, enquanto Luís Alves,
Estimula o desenvolvimento das mamas e a produ- tirando de cima do piano outra música, dizia-lhe:
ção e secreção de leite nas fêmeas de mamíferos. — Podia dar-nos este pedaço de Bellini, se quisesse.
A sequência correta, de cima para baixo, é: Guiomar pegou maquinalmente na música e abriu-a
a) 2,1,4,3. c) 1,4,2,3. na estante.
b) 4,3,2,1. d) 3,2,1,4. — Era então vontade sua? perguntou ela continuando
o assunto interrompido do diálogo.
13. FPP-PR 2016 Leia ambos os textos para responder à — Vontade certamente, porque era necessidade.
questão. — Necessidade — tornou ela começando a tocar,
menos por tocar que por encobrir a voz; mas necessidade
Assistir a shows ao vivo pode reduzir níveis por quê?
de estresse, sugere estudo — Por uma razão muito simples, porque a amo. [...]
Um estudo realizado por pesquisadores britânicos Guiomar sentou-se outra vez muda, despeitada, a
com 117 voluntários sugere que assistir a shows de músi- bater-lhe o coração como nunca lhe batera em nenhuma
ca ao vivo reduz os níveis de estresse das pessoas. Estudos outra ocasião da vida, nem de susto, nem de cólera, nem...
prévios já mostraram que ouvir música pode ajudar tan- de amor, ia eu a dizer, sem que ela o houvesse sentido
to para o relaxamento quanto para a concentração. Mas jamais. Não se demorou muito tempo ali; com a mão
essa nova pesquisa publicada no periódico Public Health trêmula folheou a música que estava aberta na estante,
foca especialmente nas apresentações ao vivo e os efeitos deixou-a logo e levantou-se.
175
A alternativa que completa corretamente as lacunas é:
a) Insulina; pâncreas; diabetes; tiroxina; tireoide; bócio c) Insulina; fígado; diabetes; tiroxina; hipófise; bócio
b) Tiroxina; fígado; bócio; insulina; tireoide; diabetes d) Tiroxina; pâncreas; bócio; insulina; hipófise; diabetes
ORR RR
Tireoide T3eT4 A
21. Uepa Ele surge do nada. Tem os músculos enrijecidos e uma arma na mão. Está tão assustado quanto você, mas a voz sai
forte: “É um assalto!”. Diante dessa situação de perigo ou assim considerada pelo organismo, a medula é estimulada pelo
sistema nervoso simpático e libera substâncias que aumentam a capacidade do organismo de enfrentar a situação de alarme.
(Adaptado de Linhares e Gewandsznajder: Biologia - volume único, 2008).
I
ETGlucagon Aumenta a disponibilidade de glicose lançando-a no sangue.
As corretas são:
a) UllleV co) ILMVedVl e AI IVevl
b) LIILIVeV d) IILIVVeMVl
2 Leia a tirinha a seguir e responda à questão 22.
VOCÊ ESTA
22. UEL-PR 2017 Garfield, um dos personagens da charge, construiu sua fama devido ao fato de apresentar algumas
características, como, por exemplo, a deposição excessiva de gordura corporal. Essa condição, na qual se incluem os
humanos, pode ser explicada pela ingestão de alimentos em quantidades maiores do que aquelas que podem ser
utilizadas pelo organismo para a obtenção de energia.
Com base nos conhecimentos sobre metabolismo, assinale a alternativa correta.
a) Afunção do metabolismo é transformar moléculas grandes e complexas em pequenas, simples e solúveis, assim,
o é convertido em ácidos graxos, as proteínas, em aminoácidos, e os lipídios, em moléculas de glicose.
b) As tâncias reguladoras, por possuírem a função de suprir as necessidades energéticas, garantem um meta-
bolismo normal e devem ser ingeridas em todas as refeições.
Um dispositivo portátil mostrou-se eficaz em controlar o diabetes tipo 1 em adultos e jovens com a doença. Segundo
os pesquisadores que desenvolveram a tecnologia, a técnica é mais prática e segura do que as disponíveis atualmente para
tratar o problema. O equipamento é formado por um pequeno sensor inserido sob a pele de um lado do abdome do paciente.
Esse sensor mede os níveis de glicose no sangue e envia essa informação a um smartphone adaptado. O smartphone, a partir
desses dados, calcula a quantidade de insulina e glucagon que deve ser secretada. Os hormônios são administrados por duas
pequenas bombas ligadas a tubos finos que são inseridos sob a pele do outro lado do abdome do paciente.
(http:/tinyurl.com/veja-cientistas. Acesso em: 28.08.14. Adaptado)
23. Fatec-SP 2015 O conjunto de equipamentos descrito no texto reproduz o mecanismo fisiológico do organismo para
controlar a glicemia (concentração de glicose no sangue). Em um indivíduo saudável, esse controle ocorre pela via
ilustrada na figura apresentada.
Alimentos cf Absorção
( Secreção ) de glicose
G deinsulina +
r .
Com base nas informações contidas no texto e na figura, é possível dizer que o novo equipamento auxilia o tratamen-
to do diabetes tipo 1, ao cumprir as funções do
a) fígado e do pâncreas, liberando insulina para diminuir a glicemia e glucagon para aumentá-la.
b) fígado, liberando insulina para diminuir a glicemia e glucagon para aumentá-la.
c) fígado, liberando insulina para aumentar a glicemia e glucagon para diminuí-la.
d) pâncreas, liberando insulina para diminuir a glicemia e glucagon para aumentá-la.
e) pâncreas, liberando insulina para aumentar a glicemia e glucagon para diminuí-la.
24. VEL-PR 2014 Nas grandes cidades, encontramos indivíduos submetidos a jornadas de trabalho com longos períodos
em jejum, como também indivíduos que se alimentam excessivamente de carboidratos em refeições rápidas.
Com base nessas considerações e nos conhecimentos sobre as ações dos hormônios insulina e glucagon, assinale
a alternativa correta.
a) Com a redução da taxa de glicose no sangue, as células do fígado liberam insulina que age no pâncreas, que-
brando o glicogênio em glicose.
b) Coma redução da taxa de glicose no sangue, as células do pâncreas liberam glicogênio na forma de insulina que
estimula o fígado a armazenar glucagon na forma de glicogênio.
c) Coma redução da taxa de glicose no sangue, as células do pâncreas liberam glucagon que age no fígado, que-
brando o glicogênio em glicose.
d) Com o aumento da taxa de glicose no sangue, as células do fígado liberam glucagon que estimula o pâncreas a
armazenar glicose na forma de insulina.
e) Como aumento da taxa de glicose no sangue, as células do pâncreas liberam glucagon que estimula o fígado a
armazenar insulina na forma de glicogênio.
25. PUC-PR 2021 Pesquisas científicas indicam que é possível tumores produzirem hormônios. O sistema endócrino
apresenta hormônios que são substâncias químicas de caráter regulador. Juntamente com o sistema nervoso, o
sistema endócrino controla, de forma direta e indireta, todas as funções do organismo humano.
Imagine que um desses tumores passe a produzir e liberar, na corrente sanguínea, uma grande quantidade de insu-
lina. Espera-se que ocorra, nesse organismo,
a) hipoglicemia. c) hiperglicemia. e) aumento da glicogenólise.
b) quebra de gorduras. d) redução da glicogênese.
177
26. PUC-SP 2017 A pancreatite crônica é uma doença glucagon atuam regulando a glicemia (taxa de glicose
que leva à destruição gradativa do pâncreas, o que no sangue). Os hormônios agem através de recepto-
pode fazer com que ele perca suas funções exócri- res específicos de alta afinidade. Um dos distúrbios
na e endócrina. No caso de insuficiência exócrina, a típicos de glicemia é a diabetes mellitus, tipo | (diabe-
pessoa recebe por via oral as enzimas que ela não tes mellitus insulinodependente) e tipo Il (as células
produz, como À e B. Havendo comprometimento da são resistentes à ação da insulina). O controle da gli-
função endócrina, é necessário receber injeção de € cemia ocorre da seguinte maneira:
após as refeições. Célula!
beta
O texto acima fica correto se as letras A, Be C forem
Pâncreas
substituídas, respectivamente, por Alimento
a) pepsina, tripsina e insulina.
b) maltase, quimotripsina e glucagon.
c) insulina, glucagon e lipase. Fígado quebra o Fígado absorve a
glicogênio e libera glicose e armazena na
d) amilase, lipase e insulina. glicose forma de glicogênio
À c nível baixo Suponha que uma pessoa seja diabética tipo | e não
esteja fazendo o controle da doença. Ela ingeriu car-
Após sua análise, é possível afirmar que, nos momen- boidratos como amido, sacarose e lactose. Após a
tos indicados por digestão e absorção dos carboidratos, espera-se que:
a) AecC, há aumento da secreção de insulina. a) ocorra o bloqueio das células alfa e a estimulação
b) Be D, há aumento da secreção de insulina. das células beta, provocando a glicogenólise e a
c) Aec, há diminuição da secreção de glucagon. hipoglicemia.
d) Be D, há diminuição da secreção de insulina e de b) seja liberado glucagon na corrente sanguínea,
glucagon. ocorrendo a glicogenólise e a hipoglicemia.
c) aconteça a ligação entre insulina e os receptores
28. PUC-PR 2016 O pâncreas é uma glândula mista que específicos de membrana que facilitam a entrada
apresenta regiões de função endócrina denomina- de glicogênio nos hepatócitos do fígado.
das de ilhotas de Langerhans; nessas ilhotas existem d) não ocorra a liberação de insulina (pelas células
células alfa produtoras de glucagon, células beta beta do pâncreas), promovendo hiperglicemia e
produtoras de insulina, células delta que produzem gliconeogênese.
somatostatina e células PP, que produzem um poli- e) aconteça uma redução da sensibilidade dos teci-
peptídeo pancreático. É conhecido que a insulina e o dos à insulina, promovendo a hipoglicemia.
Texto complementar
a
aferente (vaso sanguíneo que conduz sangue ao glomérulo renal do néfron), acontece a libe- Enzima
-— conversora da
ração de uma enzima denominada renina. Essa enzima atua sobre uma proteína plasmática angiotensina
produzida pelo fígado, o angiotensinogênio, resultando na formação da angiotensina |, que,
Angiotensina |
em seguida, é convertida em angiotensina II. Atuando como um hormônio, a angiotensina |
promove vasoconstrição de arteríolas, contribuindo para o aumento da pressão arterial, e es- -— Renina
timula as suprarrenais a liberar aldosterona — hormônio que aumenta a reabsorção de Na” e, [Angiotensinogênio
consequentemente, a reabsorção de água, elevando o volume sanguíneo e a pressão arterial.
Sendo a angiotensina Il uma substância que atua no aumento da pressão arterial, medica- Queda da
pressão
mentos que inibem sua produção são amplamente usados no tratamento da hipertensão arterial arterial
crônica. São exemplos desse tipo de substância os inibidores da enzima conversora de angio-
Representação esquemática do controle do volume
tensina (ECA), responsável por catalisar a formação de angiotensina Il a partir da angiotensina |. sanguíneo e da pressão arterial pelo sistema renina-
Texto elaborado para fins didáticos. -angiotensina-aldosterona (SRAA).
Introdução
* Osistema endócrino é constituído pelo conjunto de glândulas endócrinas do organismo.
* O controle endócrino é feito por meio da ação dos hormônios sobre suas células-alvo.
179
Regiões das
«* Elevam a glicemia.
Glicocorticoides (ex.: cortisol)
* Em doses altas, têm efeito anti-inflamatório.
Pâncreas ELEMENTOS
FORA DE
* Glândula mista (ou anfícrina): possui uma por- PROPORÇÃO
ção exócrina e uma endócrina. CORES beta SD E da
a absorção de glicose
- Porção exócrina: produz o suco pancreático.
ES pelas células
- Porção endócrina: constituída pelas ilhotas Formação de
pancreáticas, sintetiza e secreta os principais Í glicogênio
hormônios que atuam no controle da glicemia — no fígado
insulina (produzida pelas células beta) e glu- Aumento da glicemia Redução da glicemia
cagon (produzido pelas células alfa). (p. ex.: ingestão
de carboidratos) A
* Diabetes melito: caracterizada por hipergli-
cemia crônica.
Glicemia normal
” "
— Tipo 1: deficiência na síntese e na secreção
de insulina. A regulação da glicemia aconte-
ce mediante a administração de insulina, por
exemplo, por meio de injeções. Aumento da glicemia Redução aa glicemia
(p. ex.: jejum)
— Tipo 2: redução da capacidade das células-
-alvo em responder à presença da insulina.
Degradação do =
Representação esquemática da atuação da glicogênio estocado Células alfa
no fígado
insulina e do glucagon na homeostase da glicose.
PTE A ur
Texto
= FIORAVANTI, Carlos. A descoberta da insulina. Pesquisa Fapesp, abr. 2021. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/
a-descoberta-da-insulina/. Acesso em: 5 mar. 2023.
Reportagem da Revista Pesquisa Fapesp sobre a revolucionária descoberta da insulina.
Exercícios complementares
1. FICSAE-SP 2017 (Adapt.)
Doping Esportivo
Os jogos olímpicos Rio 2016 foram marcados pelo impedimento da par-
ticipação de boa parte da delegação russa em virtude de um escândalo
de doping. A pedido da Agência Mundial Antidoping, foi divulgado um
relatório que denunciava um “sistema de doping de estado” envolvendo
30 esportes na Rússia e que contava com o auxílio dos serviços secre-
tos russos.
A lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping inclui
compostos cuja presença nas amostras de urina em qualquer concentra-
ção é passível de punição e compostos que apenas são considerados
proibidos a partir de determinada concentração na urina, como apresen-
tado na tabela a seguir.
ase
Metilefedrina Estimulante 10 pg * mL”!
Sidi O termostato no
Salbutamol Agonista beta-2 1pg emb! hipotálamo ativa
os mecanismos de
aquecimento
Epitestosterona a 200 ng mL”!
anabolizante Vasos sanguíneos
(Jane B. Reece et al. Biologia de Campbell, 2015. Adaptado.)
urina produzido?
Muitas das substâncias proibidas são produzidas na- 3. CUSC-SP 2019 A figura ilustra três tipos de controle
turalmente no organismo. Como exemplos, podem ser que ocorrem no corpo humano: o controle endócrino,
citados hormônios como a epitestosterona (isômero o controle nervoso e o controle neuroendócrino.
da testosterona), a eritropoietina (EPO) e o hormônio 3 — Controle
1 — Controle endócrino 2 — Controle nerv E
de crescimento (GH). A testosterona também é usada onto nadoso neuroendócrino
181
5. PUC-PR 2018 (Adapt.) Considere o texto a seguir. 7. FMP-RJ 2016 Grande parte dos pacientes com hiper-
paratiroidismo brando exibe poucos sinais de doença
Você deveria saber o que são os óssea e raras anormalidades inespecíficas, em conse-
desreguladores endócrinos quência da elevação do nível do cálcio, mas apresenta
Compostos químicos sintéticos, os desreguladores tendência extrema à formação de cálculos renais. Isso
se espalham pelo meio ambiente e são causadores se deve ao fato de que o excesso de cálcio e fosfato
de doenças. absorvidos pelos intestinos ou mobilizados dos ossos
Apesar de serem ilustres desconhecidos da maior no hiperparatiroidismo será finalmente excretado pelos
parte da população, eles estão por todos os lados: no ar, rins, ocasionando aumento proporcional nas concen-
na água, nos cosméticos, nas garrafas de plástico... Com- trações dessas substâncias na urina. Em decorrência
postos químicos sintéticos, os desreguladores endócrinos disso, os cristais de oxalato tendem a se precipitar nos
se espalham pelo meio ambiente e afetam o funcionamen- rins, dando origem a cálculos com essa composição.
to dos hormônios de humanos e animais, alterando ou
O aumento na concentração plasmática de íons Cálcio
anulando diferentes reações químicas responsáveis pelo estimula a produção de um hormônio peptídico que
funcionamento do organismo. O contato com os desre-
tem efeitos opostos aos do Paratormônio (PTH).
guladores endócrinos acontece de várias maneiras: alguns
a) Nomeie o hormônio que diminui a concentração
deles são inalados, como os presentes em pesticidas ou
de Cálcio no sangue e indique a glândula endó-
emitidos na combustão do diesel; outros são absorvidos
crina responsável pela sua produção.
pela pele, caso daqueles que fazem parte da composi-
b) O PTH é inicialmente sintetizado nos ribossomos,
ção de cosméticos; e há ainda aqueles que são ingeridos
junto com água ou com alimentos contaminados. A con- sob a forma de pré-pró-hormônio, uma cadeia po-
sequência são problemas de saúde que vão desde o mal lipeptídica com 110 aminoácidos. Essa cadeia é
desenvolvimento dos órgãos sexuais até a incidência de clivada a um pró-hormônio com 90 aminoácidos e,
doenças como câncer e diabetes. a seguir, ao próprio hormônio com 84 aminoácidos.
BEER.R. Disponível em:http:/revistagalileu.globo.com/Revista/ Qual é o número de nucleotídeos presentes no
noticia/2017/06/voce-deveria-saber-o-que-sao-os-desreguladores- RNA mensageiro que irá codificar o pré-pró-hor-
endocrinos.html. Acesso: 19 de jun. 2017.
mônio com 110 aminoácidos? Justifique a resposta,
Uma pesquisa revela que determinado desregulador explicando como esse número foi obtido.
endócrino afetou o hipotálamo impedindo a produção
PUC-Rio 2020 A Tireoidite de Hashimoto é uma
dos hormônios ADH e oxitocina, uma pessoa que foi
doença autoimune caracterizada por uma inflamação
afetada por esse desregulador
da tireoide causada por um erro do sistema imunológi-
a) passará a ter pressão arterial elevada e muita có-
co. Indivíduos portadores de Tireoidite de Hashimoto
lica menstrual.
apresentam níveis elevados de anticorpos contra a
b) aumentará a reabsorção de água nos túbulos
enzima tireoperoxidase (TPO), responsável pela pro-
contorcidos distais e nos ductos coletores, pro-
duzindo menor volume de urina e apresentará
dução dos hormônios T3 e T4.
dificuldades na ejeção de leite.
c) passará a ter pressão arterial baixa e terá dificul- Sistema nervoso central
dades na produção de leite.
Produz Inibe
d) produzirá um menor volume de urina e passará a pro- Hipotálamo
duzir uma maior quantidade de leite.
e) produzirá um volume maior de urina e terá dificul- Estimu
dades na ejeção de leite.
Hipófise
6. Famerp-SP 2017 O esquema representa um me- Inibe
canismo fisiológico de ajuste do corpo humano ao
Estimula
ambiente frio.
Tireoide
exposição & S O
do corpo bp hipotálamo |! hipófise || tireóidea
ao frio
Sistema endócrino :
Células-alvo
ES
183
Nomeie o hormônio cuja concentração está represen- H. Em indivíduos sadios, o controle da glicemia (con-
tada no gráfico e, também, a glândula responsável por centração de glicose no sangue) é realizado por
sua secreção. dois hormônios antagônicos. Cite o local da pro-
Sabe-se que a manutenção prolongada de níveis al- dução desses hormônios e explique como eles
tos desse hormônio no sangue leva à perda de massa atuam sobre o metabolismo da glicose.
muscular. Nomeie e descreva o processo pelo qual se
17. Famerp-SP 2017 O fluxograma ilustra a participação
estabelece essa relação.
de alguns órgãos e substâncias (angiotensinogênio,
14. UFRGS 2020 Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) angiotensina, renina e aldosterona) no controle da
as afirmações a seguir, sobre a função renal e a manu- pressão arterial humana.
tenção do equilíbrio hídrico nos seres humanos. redução de sódio e água
O sangue chega no glomérulo para ser filtrado no sangue ou diminuição
através da arteríola aferente. fígado da pressão sanguínea
A taxa de filtração glomerular é mantida por um
mecanismo autorregulatório que contrai as arterío-
las aferentes quando a pressão sanguínea diminui.
angiotensinogênio
I jo
A reabsorção de sódio nos rins é controlada pelos
hormônios aldosterona e angiotensina.
O hormônio antidiurético (ADH) é liberado pelas
glândulas suprarrenais e aumenta a permeabilidade
à água da membrana das células dos glomérulos.
A sequência correta, de cima para baixo, é : : . (3) aumento da
a) V-V-F-MV. | angiotensina || suprarrenais | aldosterona | reabsorção
b) V O de sódio nos
túbulos renais
c) F-
' e aumento
d) F capilares
e) F renais arterial
(Sídio Machado. Biologia para o Ensino Médio, 2003. Adaptado.)
15. UPF-RS 2017 Em relação ao sistema endócrino, são
N
Qual é o hormônio responsável pela redução da glicemia durante o GTT e qual dos três indivíduos apresentou maior
liberação desse hormônio durante o teste? Como as células do corpo reagem sob a ação desse hormônio? Que me-
canismo de controle da glicemia foi afetado no fígado do doente e que causa lenta redução da glicose sanguínea ao
longo do tempo?
19. Uerj 2019 O diabetes mellitus é uma síndrome metabólica que interfere na produção do hormônio insulina, alterando
os níveis de glicose no sangue. Admita que os gráficos a seguir apresentam as taxas de glicose e de insulina presen-
tes no sangue de três indivíduos.
5 = 400 = 400
o D D
Ê É 300 É 300
o o o
“mo “o “o
o o 200 o 200
E E E
8
e $e 100 8e 100
S S S insulina
0 1 2 3 4 0 0 1 2 3 4
Tempo (horas) Tempo (horas) Tempo (horas)
Identifique o gráfico que corresponde ao indivíduo com diabetes mellitus, justificando sua resposta com base nas
taxas de glicose e insulina.
Em seguida, nomeie o órgão responsável pela produção da insulina e aponte a função exercida por sua porção
exócrina.
20. Uerj 2015 Para a realização de um exame, os indivíduos A e B ingeriram uma solução contendo glicose.
Após a ingestão, foram registradas as alterações da concentração plasmática da glicose e dos hormônios X e Y em
ambos os indivíduos. Observe os resultados das medições nos gráficos:
0 Ea e9] AS
A 2 2
º 8 | BS
B o mm o
E|B E
o LA [ ê Co
-60 O 60 120 180 240 : 300 6Õ -60 O 60 120 180 240 300
,
6Õ -60 O 60 120 180 240 300
.
Hm[mm
. o tempo (minutos) Ao tempo (minutos) + tempo (minutos) bs
ingestão ingestão ingestão u
de glicose de glicose de glicose uu
Com base na análise dos gráficos, é possível identificar que um dos indivíduos apresenta diabetes tipo Il e que um
dos hormônios testados é o glucagon.
O indivíduo diabético e o hormônio glucagon estão representados, respectivamente, pelas seguintes letras:
a) A-X
b)
vm >
< x <
e)
d)
185
21. UEL-PR 2014 Leia a tirinha a seguir.
O QUE É ISSO? É COMIDA VEGETARIANA. | VEGETARIANA?? YECCHH! Eu sou
PARECE É BOM PRA VOCÊS [EU NÃO SOU VEGETARIANO! E À SOBREMESARIANO
HORRÍVEL, “A
Com base na tirinha e considerando que a maioria das sobremesas conhecidas leva em sua composição principal-
mente carboidratos, responda aos itens a seguir.
a) Em quais órgãos do sistema digestório ocorre a digestão dos carboidratos?
b) Caso o personagem da tirinha mantivesse sua dieta “sobremesariana”, esse hábito aumentaria a chance de
desenvolver diabetes melito. Nessa situação, qual dos dois tipos de diabetes melito o personagem poderia de-
senvolver? Explique a diferença entre os dois tipos de diabetes melito.
22. UEM-PR 2016 A insulina, produzida e secretada pelo pâncreas, estimula a absorção de glicose pelas células muscu-
lares esqueléticas, pelos hepatócitos e pelas células do tecido adiposo.
Considerando o exposto e assuntos correlatos, assinale o que for correto.
01 O glucagon tem efeito contrário à insulina, estimulando a liberação de glicose nas células musculares esqueléti-
cas, nos hepatócitos e nas células do tecido adiposo.
02 A glicose absorvida após o estímulo gerado pela insulina será igualmente utilizada pelas células musculares es-
queléticas, pelos hepatócitos e pelas células do tecido adiposo.
04 O pâncreas é uma glândula endócrina e exócrina.
08 As células citadas no comando da questão são estimuladas pela insulina por possuírem receptores de membrana
para insulina, proteínas integrais de membrana sintetizadas pelo retículo endoplasmático rugoso.
16 A insulina é sintetizada pelo retículo endoplasmático rugoso, transportada em vesículas ao complexo golgiense
e à membrana plasmática, sendo secretada por exocitose.
Soma:
Aumento da
pressão
arterial
Retenção de sal
Angiotensina Il
(3) Enzima f
é conversora da f
angiotensina f
Angiotensina |
«=— Renina
O sistema renina-angiotensina-aldosterona trata-se de
Angiotensinogênio uma série de reações concebidas para ajudar a regular a
pressão arterial.
Considerando o sistema renina-angiotensina-aldosterona em uma pessoa normal quando ocorre uma queda de pres-
são arterial, por exemplo, pressão sistólica 100 mmHg ou inferior, isso provoca
a) inibição da liberação de renina, seguida da redução de angiotensina Il, além do aumento da reabsorção de sódio
e a retenção de água provocando aumento da pressão arterial.
b) aumento da reabsorção de potássio e da eliminação de sódio, desencadeando retenção de água, vaso dilatação
e aumento da pressão arterial.
25. Mackenzie-SP A respeito dos hormônios sintetizados 28. FCMSCSP 2018 Pesquisadores italianos desenvolve-
na tireoide, considere |, Il, Ill e IV abaixo. ram um mecanismo capaz de bloquear a destruição de
Il. São produzidos a partir de um aminoácido. células beta do pâncreas pelo sistema imunológico. O
tratamento consiste no uso da terapia gênica em que há
IH. Têm como função acelerar o metabolismo basal.
injeção de vírus modificados geneticamente em células
HI. Apresentam iodo na sua molécula.
do fígado. Estas células passam a produzir uma molécu-
IV. Sua produção é controlada por nervos cranianos.
la que impede que as células beta sejam destruídas por
Assinale
linfócitos T do sistema imune. Com isso, a tolerância do
a) se todas as afirmativas forem corretas.
sistema imunológico é restaurada. Esse mecanismo inter-
b) se somente as afirmativas Il e Ill forem corretas.
ES)
187
1. UFMG 2013 A importância do iodo na síntese de hor- 2. FGV-SP 2016 O gráfico a seguir ilustra o tempo de
mônios tireoidianos é representada na experiência ação para seis tipos de insulinas clinicamente dis-
abaixo (figura |), em que dois grupos de animais foram poníveis (| a Vl), em um período de 24 horas após a
submetidos a dietas diferentes: um grupo alimentado aplicação no organismo humano.
com uma dieta sem iodo (DSI), e o outro com a mesma
dieta suplementada com iodeto de potássio (DSI + KI).
A figura Il ilustra a regulação da produção dos hormô-
nios Ts e T, pela tireoide.
Insulina Plasmática
20 +
40 |
ng/100 mL T, Plasmático
60 +
80 +
T T T T T T T ]
0 L J 8 10 12 14 1.6 18 20 22 24
Hã DSI
+ Ki Horas
4 1 + (www.scielo.br/abem/v52n2/14. pdf. Adaptado)
1.9/100 mL - bj T, Plasmático
2+ “E. DSI A análise do gráfico permite concluir que os níveis
ok : , ; y 5 mais reduzidos de glicemia no organismo humano se-
rão obtidos após a aplicação dos tipos
2000 | Dad a) lell, no período entre 15 minutos e 1 hora.
ng/mL - Wo
V% TSH
e
Plasmático b) lell,no período entre 5 e 7 horas.
1000 + , c) Ile IV, no período entre 3 e 5 horas.
o Ap , 1 DSI +KI d) Ve/Vl,no período entre 2 e 19 horas.
0 1 1 1 1 1 1
e) Vel, no período entre 22 e 24 horas.
0 10 20 30
Tempo de dieta (dias)
Figura | 3. Unifesp 2019 (Adapt.)
Fonte: Endocrinology, 1972. (modificado)
Amamentação de bebê por mulher
Inibe
transgênero é registrada pela primeira
vez em jornal científico
Técnica foi a mesma utilizada em mães que tiveram filho
gestado por barriga de aluguel
Cientistas dos Estados Unidos conseguiram fazer com
que uma mulher transgênero produzisse leite e amamen-
JJ
tasse o filho, que foi gestado no útero de outra mulher.
A mulher transgênero, que nasceu com corpo de homem,
mas se identifica como mulher, não fez qualquer cirurgia
“>
para remoção de órgãos ou troca de sexo, mas passou
Estimula
Tireoide
por um tratamento hormonal que lhe permitiu a lactação.
A equipe médica disse que a mulher amamentou in-
Figura Il cessantemente durante seis semanas e que o bebê estava
Com base nos dados das figuras e em outros conhe-
com níveis normais de desenvolvimento.
O caso é o primeiro a ser registrado em um jornal
cimentos sobre o assunto,
científico.
a) Cite o hormônio que depende da presença de
(https://emais.estadao.com.br, 15.02.2018. Adaptado.)
iodo na dieta para sua produção. Justifique.
b) Explique por que a concentração plasmática de Cite o hormônio que estimula a produção e a secre-
TSH é aumentada na ausência de iodo na dieta. ção de leite e responda, com justificativa, se a mulher
c) Cite duas consequências da carência de iodo na transgênero teria a glândula que, no corpo feminino,
dieta para o organismo. normalmente o produz.
O .
ELEMENTOS
FORA DE
PROPORÇÃO
; Bexiga S/c -
Bexiga CORES
Reto FANTASIA
Ducto
E
deferente
Glândula ê
seminal ê
2qa
i
E a
$ Pênis Próstata ã
25 3
o
£L
q Canal
ê deferente
o
E sa:
5 Epidídimo
o
Epidídimo
Testículo Testículo
Bolsa escrotal Uretra Pênis
Representação esquemática da anatomia do sistema genital masculino em vista lateral (A) e em vista frontal, parcialmente em corte (B). Embora estejam
presentes na representação, a bexiga urinária, o reto e o ânus não fazem parte do sistema genital.
Os testículos correspondem às gônadas masculinas e são as estruturas em que ocorre a espermatogênese (produção
de espermatozoides) e a síntese de testosterona, o hormônio sexual masculino. Os testículos ficam abrigados na bolsa
escrotal, que confere proteção e garante a manutenção da temperatura testicular em torno de 2 ºC abaixo da temperatura
corporal, condição importante para a ocorrência da espermatogênese. Durante o desenvolvimento fetal, a testosterona
é importante na formação das estruturas genitais masculinas. Na puberdade, esse hormônio é o principal responsável
pelo desenvolvimento das características sexuais masculinas secundárias, como o engrossamento da voz e o aumento
da quantidade de pelos e da massa muscular.
? Atenção
Puberdade é uma fase da adolescência, que ocorre em ambos os sexos, marcada pelo aumento da produção de hormô-
nios sexuais, resultando em uma série de modificações no corpo do indivíduo. Em indivíduos do sexo biológico feminino, a
puberdade ocorre entre 8 e 13 anos e o primeiro sinal é o surgimento das mamas (broto mamário). Em indivíduos do sexo
biológico masculino, ocorre entre 9 e 14 anos e o primeiro sinal é o aumento do tamanho dos testículos. Nessa fase também
é comum o surgimento dos pelos pubianos e dos pelos axilares, assim como o aumento da oleosidade da pele, que pode
levar à ocorrência da acne.
Saúde da próstata
O aumento de tamanho da próstata (hiperplasia prostá- Sistema genital feminino
tica) é muito comum nos indivíduos do sexo biológico
Assim como o sistema genital masculino, o sistema
masculino com mais de 40 anos de idade e ocorre em
praticamente todos aqueles com mais de 70 anos. Essa
genital feminino também apresenta órgãos externos e in-
condição é benigna, porém está relacionada com a dificul- ternos. As estruturas externas constituem a vulva, formada
dade para urinar, podendo levar à formação de cálculos pelo clitóris, pelos lábios maiores e menores e a abertura
na bexiga e problemas nos rins. Em algumas situações, o da vagina; as estruturas internas são as gônadas (ovários),
aumento do tamanho da glândula pode estar relacionado as tubas uterinas, o útero e a vagina.
ao câncer de próstata, o segundo tipo de câncer mais
comum na população masculina brasileira. Idade, excesso
BlueRingMedia/Shutterstock.com
CORES ELEMENTOS
de peso e predisposição genética são fatores de risco N FANTASIA || FORA DE
NM y, PROPORÇÃO
para o desenvolvimento desse tipo de câncer.
Clitóris
menores
FRENTE 3
Corpo
esponjoso A vagina é um canal muscular e elástico, com cerca
de 10 cm de comprimento. No início do canal vaginal, são
4 - Uretra encontradas as glândulas de Bartholin. Essas glândulas li-
Glande
CORES
FANTASIA
ELEMENTOS
FORA DE o
beram uma secreção lubrificante, facilitando a entrada do
PROPORÇÃO
pênis na vagina durante a relação sexual. O canal vaginal
Representação esquemática da distribuição do tecido erétil presente no pênis. estende-se até o colo do útero.
191
O Ovários
Tuba uterina
Tuba uterina
Ovário
Útero
Bexiga
urinária
Blue RingMedia/Shutterstock.com
E Útero Miométrio
Reto
CORES | ELEMENTOS
Lábios Abertura | FANTASIA | FORADE —
fe PROPORÇÃO
maiores vaginal
Representação esquemática da anatomia do sistema genital feminino em vista lateral (A) e em vista frontal (B). Embora estejam presentes na representação, a
bexiga urinária, o reto e o ânus não fazem parte do sistema genital.
O útero é um órgão muscular com até 9 cm de com- término do fluxo menstrual, o ciclo continua e, no 14º dia,
primento e apresenta cavidade interna revestida pelo geralmente ocorre a ovulação, evento que consiste na libera-
endométrio, tecido rico em vasos sanguíneos. A parede ção de um ovócito Il (secundário) em uma das tubas uterinas.
uterina é constituída pelo miométrio, músculo de contração O óvulo é formado apenas caso ocorra a fecundação.
involuntária que atua na eliminação do endométrio descamado Diversos fatores podem influenciar na ovulação. Dessa
na menstruação e na expulsão do feto durante o parto natural. forma, a liberação do ovócito Il pode não ocorrer precisa-
As tubas uterinas estendem-se do útero até uma aber- mente no 14º dia do ciclo, podendo ocorrer alguns dias antes
tura próxima aos ovários. Na extremidade dessa abertura, ou alguns dias depois. Por isso, em cada ciclo menstrual, é
existem prolongamentos, denominados fímbrias, que en- determinado um período, chamado período fértil, no qual há
volvem os ovários. A parede das tubas uterinas é revestida maiores chances de haver fecundação. Para se determinar o
internamente por um epitélio dotado de células ciliadas; período fértil, é colocada uma margem de três dias antes e
o batimento dos cílios contribui com o deslocamento do três dias depois a partir do dia esperado da ovulação. Assim,
ovócito Il, liberado pelo ovário na ovulação, em direção o período fértil vai do 11º dia até o 17º dia do ciclo menstrual.
ao útero. Geralmente, a fecundação ocorre no interior de Caso não ocorra fecundação, o ciclo prossegue até a mens-
uma das tubas uterinas; nesse caso, o batimento dos cílios truação, evento que marca o início do próximo ciclo.
promove o deslocamento do embrião em direção ao útero,
órgão no qual deve ocorrer a implantação do embrião. Controle hormonal do ciclo menstrual
Os dois ovários correspondem às gônadas femininas. No início do ciclo menstrual, o FSH (hormônio foliculoes-
Neles, ocorre a maior parte da ovogênese (formação do timulante) é liberado no sangue pela adenoipófise; esse
óvulo), além da produção e da liberação dos principais hor- hormônio age sobre os ovários, estimulando o crescimento e
mônios sexuais femininos, o estradiol (um tipo de estrógeno) o amadurecimento dos folículos ováricos (folículos ovarianos
e a progesterona. Os estrógenos estão ligados ao desenvol- ou de Graaf). Geralmente, apenas um folículo completa o de-
vimento das características sexuais secundárias femininas, a senvolvimento e libera o ovócito Il. Certas células do folículo
exemplo do desenvolvimento das mamas. em crescimento começam a secretar estradiol (estrógeno),
hormônio que atua sobre o útero, estimulando a prolifera-
Ciclo menstrual ção das células do endométrio. O aumento da concentração
O ciclo menstrual, cuja duração média é de 28 dias, de estrógeno resulta na inibição da secreção de FSH por
prepara o sistema genital feminino para uma possível gra- feedback negativo. Em seguida, a adenoipófise retoma a
videz. Durante sua ocorrência, eventos marcantes são secreção de gonadotrofinas (FSH e LH) e, entre um e dois
observados nos ovários (ciclo ovariano) e no útero (ciclo dias antes da ovulação, é observado um pico de secreção
uterino). O ciclo menstrual ocorre periodicamente desde a de LH (hormônio luteinizante). Esse aumento abrupto da
puberdade, a partir da menarca (primeira menstruação), até concentração de LH causa o rompimento do folículo ovárico
a menopausa (última menstruação), por volta dos 50 anos cujo desenvolvimento avançou, resultando na liberação do
de idade. Entre a primeira menstruação e a menopausa ovócito Il em uma das tubas uterinas. O ovócito Il liberado
estima-se que ocorram cerca de 500 ciclos. permanece viável por cerca de 24 horas.
O primeiro dia do ciclo menstrual corresponde ao início Após a liberação do ovócito Il (ovulação), as células do
da menstruação, que consiste na descamação e na elimi- folículo remanescentes no ovário formam o corpo lúteo
nação do endométrio e de sangue pela abertura vaginal. A (corpo amarelo). O LH estimula o corpo lúteo a secretar
duração média da menstruação varia de 3 a 7 dias. Após o estrógeno e progesterona — a progesterona age sobre o
2 L CORES ELEMENTOS
2 FANTASIA FORA DE .
5 o (6) 7) PROPORÇÃO
3Ú
oê I
; 0 ] :
I
Crescimento do folículo Ovulação Corpo lúteo Corpo albicante
| Hormônio luteinizante (LH) |
RN)
oo I I
= | a I|
e = | Hormônio
58 | foliculoestimulante (FSH) |
LE |
Progesterona
Hormônios
ovarianos
193
Métodos contraceptivos Diafragma
Os seres humanos desenvolveram métodos de contra- O diafragma é uma peça, geralmente feita de látex, que
cepção, isto é, que previnem a gravidez indesejada. Esses deve ser inserida pelo canal vaginal até o colo do útero,
métodos variam com relação à eficiência e podem ser com- antes do ato sexual.
portamentais, de barreira, fisiológicos ou cirúrgicos. Também
podem variar com relação à reversibilidade, isto é, se são
Andrey. Popov/Shutterstock.com
métodos que podem ser desfeitos ou se são irreversíveis.
Abstinência sexual
Esse método corresponde à não realização da prática
sexual; dessa forma, impede-se o encontro dos gametas
e não há fecundação.
Coito interrompido
O coito interrompido consiste na retirada do pênis
de dentro da vagina antes da ejaculação. Trata-se de um
método pouco confiável e com altas taxas de falha, pois
espermatozoides podem ser transferidos por meio do lí-
quido pré-ejaculatório.
Tabelinha
A tabelinha baseia-se na abstinência sexual apenas
TefyShutterstock.com
durante o período fértil do ciclo menstrual. É um método
que requer atenção a alterações fisiológicas relacionadas
à ovulação, como aumento da temperatura corporal e al-
terações no muco cervical, que se torna mais espesso.
A tabelinha corresponde a um método contraceptivo com
grandes taxas de falha (cerca de 20%), pois diversos fato-
res podem atrasar ou adiantar a ocorrência da ovulação. “Colo do -
útero
Além disso, deve-se considerar que a viabilidade do gameta
feminino na tuba uterina é de cerca de 24 horas, e a dos
espermatozoides, de cerca de 72 horas.
Vagina
medicalstocks/Shutterstock.com
FANTASIA
ELEMENTOS
FORA DE
PROPORÇÃO
Ovário
interrupção do
Colo do útero:
ducto deferente
Epidídimo
CORES ELEMENTOS Vagina
FANTASIA FORA DE Testículo
PROPORÇÃO
Épa
A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo Tuba
hormonal que deve ser utilizado apenas em situações de uterina | Cavidade
emergência, por exemplo, quando o preservativo se rompe. uterina
Essa pílula apresenta altas concentrações de progesterona
sintética, que atuam no deslocamento dos gametas e inibem
a fecundação ou a nidação; também pode inibir ou atrasar
a ovulação. A pílula do dia seguinte deve ser ingerida até
72 horas após a relação sexual desprotegida. O uso desse
)
método hormonal pode resultar em reações adversas, como E rio N
alterações no padrão do ciclo menstrual, sangramentos, dor Representação esquemática da laqueadura tubária (à direita). Na tuba uterina
abdominal, tontura, cefaleia etc. à esquerda, foi representada a estrutura íntegra para fins de comparação.
Revisando
1. A partir dos testículos, descreva o caminho realizado pelos espermatozoides até que sejam eliminados na ejaculação.
SAI:
2. Indique a importância da ação dos hormônios LH e FSH no funcionamento do sistema genital masculino.
3. Próstata, glândulas seminais e glândulas bulbouretrais são glândulas acessórias do sistema genital masculino. Expli-
que a função de cada uma delas.
4. Indique o local de ocorrência da espermatogênese nos testículos e descreva as funções desempenhadas pelas
células intersticiais (células de Leydig) e pelas células de Sertoli.
6. Explique a atuação dos hormônios ovarianos e dos hormônios gonadotróficos hipofisários no ciclo menstrual.
195
Considerando um ciclo menstrual regular de 28 dias, indique o evento que marca o seu início e qual é o provável dia
da ovulação. Explique em que consiste o período fértil.
Explique em que consiste a nidação e o porquê de o exame de hCG (gonadotrofina coriônica humana) ser capaz de indicar
que uma gestação encontra-se em curso.
Explique o que são métodos contraceptivos e indique aqueles que previnem infecções sexualmente transmissíveis (IS Ts).
Exercícios propostos
1. PUC-GO 2022 A puberdade é caracterizada como “Não me surpreende que muitos homens não saibam o
sendo uma fase de transformações advindas do pe- que sua próstata faz — é uma glândula fácil de ignorar. Até
ríodo de maturação biológica, marcada pela transição o câncer de próstata afetar minha família, meu conheci-
da infância para a fase adulta. Várias mudanças morfo- mento era bem pequeno.” A sociedade Americana Contra
lógicas e fisiológicas podem ser observadas durante o Câncer estima que, nos Estados Unidos, em 2016, foram
esse período, incluindo alterações hormonais. diagnosticados cerca de 181 mil casos novos de câncer
de próstata e foram registrados mais de 26 mil mortos por
Na puberdade masculina, o hormônio luteinizante (LH) essa causa. No Brasil, os dados mais recentes do Inca
influencia diretamente na (marque a única alternativa (Instituto Nacional do Câncer) apontam que são registrados
correta) mais de 61 mil novos casos da doença por ano, com mais
a) inibição da produção de espermatozoides. 13,7 mil mortes.
b) síntese e crescimento de cabelos e barba. Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/
2016/05/01/0-que-e-e-para-que-serve-a-prostata-principalfoco-
c) produção do hormônio testosterona.
de-cancer-masculino.htm. Acesso: em 04 maio 2016.
d) aceleração do crescimento.
UAM-SP 2017 1
Anticoncepcional masculino pode chegar ao
mercado em 2017
O tratamento consiste em um gel injetado nos ductos
deferentes. O gel forma uma camada semipermeável, que
funciona como uma barreira para os espermatozoides
que são reabsorvidos pelo organismo masculino.
(https://saude.terra.com.br. Adaptado.)
c) os epidídimos e as vesículas seminais, na bolsa Sobre o texto e analisando a imagem, está CORRETO
escrotal. afirmar que
d) as vesículas seminais e a uretra, na bolsa escrotal. Il. a glândula descrita no texto está representada
e) a glândula prostática e a uretra, na porção inferior pelo número 3.
da cavidade abdominal. H. o sêmen é formado também pelo que é produzido
nas estruturas 4 e 2.
PUC-PR 2017 Leia o texto a seguir.
Il. a hiperplasia da estrutura 1 é descrita no texto.
A próstata, principal foco de câncer masculino IV. a maior causa de morte entre homens é o câncer
na estrutura 1.
Segundo uma pesquisa da Prostate Cancer UK, ins-
tituição de caridade dedicada à pesquisa do câncer de V. oavô de Les Ferdinand teve câncer na estrutura 4.
próstata, um em cada cinco britânicos não sabem nem que Das afirmativas anteriores, estão CORRETAS
têm esta glândula. É algo alarmante, levando em conta a) apenas ll e IIl.
que o câncer de próstata é a causa mais comum de mor- b) apenaslelV.
te por câncer em homens. O ex-jogador de futebol da c) apenaslile IV.
Inglaterra e do Newcastle United, Les Ferdinand, que d) apenaslleV.
viu seu avô sofrer da doença no final da vida, disse: e) apenaslell.
ovariano
ciclo
tas 4467 consultas, em comparação a 3388 em 2015. A
terapia hormonal no processo transexualizador cresceu crescimento do folículo ovulação corpo lúteo corpo albicans
hipofisários
hormônios
Em 2016, 149. A expansão, de acordo com o Ministério
da Saúde, é resultado do maior número de centros habi-
litados para fazer esse atendimento.
(Texto adaptado. O Estado de São Paulo. Terapia hormonal
para mudança de sexo quase triplica no país, 25 jan. 2017.)
hormônios
ovarianos
Caso uma pessoa do sexo masculino se reconheça
como do gênero feminino e deseje fazer terapia hor-
monal assistida para o processo transexualizador, qual
é o principal hormônio que deverá ser utilizado para
o desenvolvimento das características sexuais secun-
uterino
ciclo
dárias femininas? Marque a alternativa CORRETA:
a) Testosterona.
b) Estrógeno. menstruação: menstruação
197
(ovário), a hipófise e o útero, sendo que este último prepa-
ra-se para a possível implantação de um embrião. Sobre
o ciclo hormonal referido, analise as afirmativas abaixo.
l. A menstruação ocorre quando a taxa de todos
concentração hormonal
os hormônios sexuais se torna baixa no sangue
da mulher.
H. Durante o período da menstruação, a hipófise rei-
nicia a produção de FSH.
Wl. A presença do FSH no sangue induz o desen-
volvimento dos folículos ovarianos que passam a
produzir progesterona.
o ovulação 28 dias
IV. O LH induz as células do folículo ovariano rompi-
do a se transformarem no corpo lúteo, que produz
estrógeno e progesterona.
V. A produção de hormônios sexuais femininos di-
minui progressivamente a partir dos 50 anos até
o
cessarem a produção. o
o
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: Eo
a) Ile o
!
|
b) Il lleV 0SA |1
ce) LlLIVev E
E5 |)
d) ILIILVEV QU
E
'
|
9 |
e) LIILIVeV U Je
I Í T
0 ovulação 28 dias
Enem 2014 Em média, a cada 28 dias ocorrem
mudanças no corpo da mulher devido ao seu ciclo re-
produtivo. Em cada ciclo, observam-se modificações ”
morfológicas nas glândulas mamárias, ovários e útero, Z|
AJ
em função da liberação de inúmeros hormônios. No
o
início do ciclo, observa-se que o hormônio liberador
ê |
= '
199
15. UPF-RS 2016 Os processos reprodutivos na espécie humana, desde a formação da genitália até o desenvolvimento
das características sexuais secundárias e a produção dos gametas, estão sob controle de vários hormônios. Em rela-
ção a esse tema, analise as afirmativas abaixo.
|. O hormônio FSH estimula os folículos ovarianos na mulher e a espermatogênese nos homens.
IH. A progesterona estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e atua na preparação do endométrio para
receber o embrião.
HI. O alto nível do LH e da somatotrofina são os fatores determinantes da maturação do óvulo.
IV. O hormônio dosado pelos testes de gravidez mais comuns é o HCG, o qual mantém o corpo lúteo no ovário du-
rante o primeiro trimestre da gestação.
V. Atestosterona, produzida nostestículos e na adenoipófise, estimula a maturação dos espermatozoides, garantindo-
“lhes a mobilidade necessária à fecundação.
Está correto o que se afirma em:
a) | llelllapenas.
b) Il, III, IV e V apenas.
c) leVapenas.
d) LILIILIVev.
e) | le IV apenas.
16. PUC-PR 2017 A duração de um ciclo menstrual é, em média, de 28 dias. Convencionou-se designar o primeiro dia da
menstruação como o primeiro dia do ciclo. A regulação do ciclo depende de hormônios gonadotróficos (FSH e LH) e
de hormônios esteroides (estrógeno e progesterona). É possível identificar nos gráficos a seguir dois ciclos femininos
integrados: o ovariano e o uterino.
00 00TDO O
So
o o
o =
sl í
£ 6 Folículo maturação Ovulação Corpo C. lúteo
do folículo lúteo degenerado
37ºC
Temperatura corporal
36ºC
Estradiol Hormônio luteinizante (LH)
»| | Hormônio
2 | foliculoestimulante
E (FSH)
o
I
o yo
ô
oU
25
“o
TÕ
1357911 13/15/1719 21 23 25 27
24 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28
Dia do ciclo menstrual
(Valores médios. As durações e valores podem variar entre
mulheres e ciclos diferentes.)
Considerando que os gráficos representados referem-se a uma mulher adulta com ciclo menstrual regular de 28 dias,
infere-se que
a) ela não está grávida, pois houve uma queda de progesterona e estrógeno no final do ciclo.
b) ela está grávida, pois, na fase lútea, há um aumento dos hormônios gonadotróficos.
c) ela está utilizando regularmente pílula contraceptiva composta por derivados de estrógeno e progesterona.
d) não está grávida, pois, na fase folicular, há diminuição de hormônios gonadotróficos.
e) na fase folicular, por ação da progesterona, houve uma retração do endométrio sugerindo gravidez.
Í T T T T T T T T 1
20. Uefs-BA 2018 Os métodos contraceptivos são clas-
o 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 sificados em naturais ou tecnológicos. Uma mulher
Duração da gravidez (semanas após a ovulação) consultou seu médico e optou por usar um contra-
ceptivo tecnológico não hormonal que dificulta a
(John E. Hall. Guyton and Hall textbook of medical physiology, 2006. Adaptado.)
fecundação do óvulo e a implantação do embrião no
Uma mulher grávida teve que retirar os dois ovários endométrio. O método escolhido pela mulher foi o
na vigésima oitava semana após a ovulação. A ges- a) preservativo feminino.
tação da criança foi mantida naturalmente após o b) DIU de cobre.
procedimento porque c) diafragma.
a) a concentração de HCG no sangue materno já es- d) anel vaginal.
tava constante. e) espermicida.
b) o estrógeno e a progesterona continuaram sendo
produzidos pela placenta. 21. Cefet-MG 2018 O Vasalgel é um gel polimérico utiliza-
c) a ausência do corpo lúteo ovariano foi compensa- do como contraceptivo em fase de testes clínicos. Sua
da pela ação do HCG. vantagem em relação ao outro método contraceptivo
d) a hipófise manteve a produção dos dois hormô- disponível de mesmo princípio é sua reversibilidade
nios que mantêm o endométrio. que já foi comprovada em animais nos quais a fertilida-
e) as tubas uterinas mantiveram a produção de pro- de dos machos foi readquirida. O modo de utilização
gesterona e HCG. desse novo contraceptivo está demonstrado no dese-
nho abaixo.
15. Col. Naval-RJ 2020 Contracepção é a prevenção
deliberada da gravidez por meio de procedimentos
denominados métodos contraceptivos ou “métodos
anticoncepcionais”. Sobre esses métodos, é correto
afirmar que:
a) a tabelinha consiste na suspensão das relações
sexuais durante o período menstrual.
b) o coito interrompido consiste na retirada do pênis
da vagina antes que a ejaculação ocorra.
c) a pílula anticoncepcional consiste em uma mistura
de hormônios que impede a menstruação.
d) a vasectomia impede o homem de produzir es-
permatozoides e ejacular.
e) a camisinha retém o esperma ejaculado e libera
enzimas que matam os óvulos. (Disponível em: https:/Awww.parsemus.org/projects/vasalgel/vasalgel-fags/.
4)
Acesso em: 30 jun. 2017) (Adapt,).
oo
12. Ufla/PAS-MG 2017 Observe as figuras e analise as -
4
afirmativas referentes a métodos anticoncepcionais: Em,
O local de aplicação e o mecanismo de ação do Va- [eq
o
salgel são semelhantes à(ao)
a) utilização da camisinha.
b) realização da vasectomia.
c) colocação do implante hormonal.
d) introdução do dispositivo intrauterino.
201
a) camisinha masculina / DIU / pílula do dia seguinte. 26. Uece 2014 Dentre os métodos contraceptivos, a va-
b) camisinha masculina / pílula anticoncepcional / DIU. sectomia é um processo que consiste em
c) camisinha feminina / DIU / adesivo anticoncepcional. a) eliminar os tubos seminíferos para que os esper-
d) adesivo anticoncepcional / pílula do dia seguinte / matozoides não possam se locomover até o óvulo.
implante. b) cortar os canais deferentes para que não seja
e) diafragma / implante / DIU. mais possível a eliminação dos espermatozoides
no sêmen.
23. Uece 2023 Sobre os métodos contraceptivos, mar- c) retiraravesícula
seminal para diminuir a quantidade
que a alternativa correta. de sêmen produzido.
a) O dispositivo intrauterino (DIU), a pílula do dia seguin- d) isolar a próstata, cessando a produção de esper-
te e a tabelinha atuam como inibidores da nidação. matozoides.
b) Camisinha e coito interrompido são reversíveis,
pois surtem efeito somente quando estão em uso. 27. UEMG 2014 Os métodos contraceptivos atuam de
c) A pílula anticoncepcional é um método hormonal modo a evitar uma gravidez em período não adequa-
irreversível, pois evita a fecundação de forma de- do à vida de um casal. O esquema a seguir apresenta
finitiva, e não somente quando em uso. um desses métodos.
d) Os métodos químicos denominados espermicidas
são irreversíveis e eliminam os espermatozoides
e os óvulos de forma definitiva, e não somente
quando em uso.
b) 5 Ovulação º
2 — FSH S
L
o
5 ” — Ê VU
QU
E
20 5 P
E
º 2 Tempo
»
v
Ú
c
81 14 dias do ciclo E
d) A p
c) T Ovulação 8
5 —— FSH 3
w
=
5 — LH n
5
o o
“mo “mo
E E
8
€ li
==>».
— ê5
81 14 dias do ciclo O >
Tempo
d) Ovulação
— FSH
concentração hormonal
Y — LH e)
Y
>
Concentraç ão sanguínea
um
——e
1 14 dias do ciclo
203
O trecho citado alerta para o grande número de gestações não desejadas em adolescentes até 15 anos de idade.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta de maneira gratuita nove métodos contraceptivos que ajudam no
planejamento familiar, sendo todos disponíveis a adolescentes.
Com base nessas informações, assinale a alternativa CORRETA que se refere exclusivamente aos métodos anticon-
cepcionais hormonais:
a) Anticoncepcional injetável, diafragma e pílula combinada.
b) Anticoncepcional injetável, Dispositivo Intrauterino (DIU) e minipílula.
c) Dispositivo Intrauterino (DIU), pílula combinada e preservativo feminino.
d) Diafragma, minipílula e preservativo masculino.
DD CT TIE)
xima menstruação.
Glândulas bulbouretrais
e Período fértil: período do ciclo menstrual no qual há
* Liberam o líquido pré-ejaculatório, que lubrifica a uretra e
maiores chances de ocorrer fecundação. Determina-se o
neutraliza resíduos ácidos presentes nesse canal.
provável dia da ovulação e, em relação a ele, é adicionada
Pênis uma margem de três dias para mais e três dias para menos.
Dessa forma, o período fértil vai do 11º dia até o 17º dia, em
* Órgão copulador masculino.
um ciclo de 28 dias.
* Apresenta tecido erétil: dois corpos cavernosos e um corpo
esponjoso. Controle hormonal do ciclo menstrual
e Durante a excitação sexual, o tecido erétil enche-se com * No início do ciclo menstrual, há liberação de FSH (hor-
sangue, resultando na ereção. mônio foliculoestimulante) pela hipófise; esse hormônio
205
age sobre os ovários, estimulando o crescimento e o amadurecimento dos folículos ováricos. Certas células do folículo em
crescimento começam a secretar estradiol (estrógeno).
O estrógeno atua sobre o útero, estimulando a proliferação das células do endométrio.
O aumento da concentração de estrógeno resulta na inibição da secreção de FSH por feedback negativo.
Um ou dois dias antes da ovulação, é observado um pico de secreção de LH (hormônio luteinizante); esse hormônio promove a
ovulação e a formação do corpo-lúteo no ovário. O LH estimula o corpo-lúteo a secretar estrógeno e progesterona.
A progesterona age sobre o endométrio, promovendo sua vascularização e sua manutenção.
A liberação de hormônios ovarianos pelo corpo lúteo inibe, por feedback negativo, a liberação de LH e FSH pela adenoipófise.
Caso não ocorra fecundação e nidação, as baixas concentrações de LH e FSH levam à regressão do corpo-lúteo, originando
o corpo albicante (corpo albicans ou corpo branco) e resultando na diminuição da concentração de estrógeno e progesterona.
Nessa condição, o endométrio descama, resultando na menstruação.
E
Métodos contraceptivos
Abstinência sexual Corresponde à não realização da prática sexual; dessa forma, não há fecundação.
Preservativos Popularmente conhecidos como camisinhas, esses métodos impedem o encontro dos gametas e a fecundação.
masculino e feminino Os preservativos são eficientes na prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Peça, geralmente feita de látex, inserida pelo canal vaginal até o colo do útero, antes do ato sexual.
Diafragma Impede que espermatozoides cheguem ao útero e às tubas uterinas. A utilização do diafragma não
previne contra a transmissão de ISTs.
DIU — dispositivo Peça em formato de T instalada no útero que tem como finalidade interferir na fecundação e na nidação.
intrauterino Não previne contra ISTs.
As pílulas anticoncepcionais contêm hormônios sintéticos similares aos estrógenos e/ou progesterona.
A utilização correta das pílulas inibe, por feedback negativo, a secreção dos hormônios gonadotróficos
Contracepção (FSH e LH). Por conta disso, não ocorre maturação dos folículos ovarianos nem ovulação.
hormonal A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo hormonal que deve ser utilizado apenas em situações
de emergência; seu uso afeta o deslocamento dos gametas no sistema genital feminino e impede
a ovulação ou a nidação.
A vasectomia consiste na interrupção dos canais deferentes, com o objetivo de impedir que os
espermatozoides cheguem à uretra; dessa forma, o sêmen não contém gametas masculinos.
Métodos cirúrgicos
A laqueadura tubária consiste em cortar e amarrar ou cauterizar as tubas uterinas, a fim de impedir
que o ovócito Il e os espermatozoides se encontrem.
Vídeos
Q DW Brasil. Um jeito divertido de entender a fecundação. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mhmcTP. rz2M.
Acesso em: 6 mar. 2023.
Animação que ilustra como ocorre a liberação dos espermatozoides e seu encontro com o ovócito Il no sistema genital feminino.
BabyCenter Brasil. A gravidez por dentro — o parto normal. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0j
d6wLpeRw.
Acesso em: 6 mar. 2023.
Animação que mostra as diferentes fases do parto natural.
1. Famerp-SP 2020 A imagem ilustra um corte transversal da membrana plasmática de uma célula da traqueia humana,
na qual se observam cílios com estruturas circulares agrupadas duas a duas em seu interior.
a) Quais organelas celulares são importantes para que as estruturas observadas realizem os movimentos ciliares?
Justifique sua resposta.
b) Justifique por que um homem que não forme as proteínas que integram essas estruturas pode apresentar proble-
mas respiratórios e também infertilidade.
2. Famema-SP 2020 Em 1990, pesquisadores ingleses identificaram um gene no cromossomo Y necessário para o desen-
volvimento dos testículos. Eles denominaram o gene de SRY (do inglês, sex-determining region of Y), região determinadora
de sexo do Y. As características bioquímicas, fisiológicas e anatômicas que distinguem machos e fêmeas são complexas, e
vários genes estão envolvidos no seu desenvolvimento. Na verdade, o SRY codifica uma proteína que regula outros genes
de diversos cromossomos.
(Neil Campbell et al. Biologia, 2010. Adaptado.)
a) Quais gônadas formará uma criança portadora da deleção do gene SRY? Qual será o fenótipo dessa criança em
relação aos órgãos genitais?
b) Uma criança XY é portadora da deleção do SRY apenas em parte de suas células somáticas. Para que isso seja
possível, a mutação deve ter ocorrido no espermatozoide produzido pelo pai, no núcleo do zigoto ou durante o
FRENTE 3
3. Uerj 2018 Ao contrário da espermatogênese, a ovogênese humana é interrompida após a primeira divisão da meio-
se, resultando em um ovócito secundário.
Nomeie o hormônio que promove a liberação do ovócito secundário do ovário para a tuba uterina e aponte o evento
biológico que permite a continuidade da divisão meiótica para formação do óvulo.
Em seguida, indique a característica do gameta feminino que contribui para o desenvolvimento inicial do zigoto.
207
Com base nessas informações,
a) no calendário, assinale com X os dias que correspondem ao período fértil de uma mulher que tenha ovulado no
dia 15 do mês;
Dias do mês
1[2/3/[4[5[6|7]8/]9/10/[1/12/13/14/15[16/17/18/19/20]21]22]23/24]25]26)27/28|29]30
Ovulação
b) considerando as taxas dos hormônios luteinizante (LH), foliculoestimulante (FSH) e progesterona no sangue, indi-
que aquele(s) hormônio(s) que atinge(m) seu nível mais alto no período fértil da mulher.
a) Na gametogênese masculina, das células localizadas na periferia dos túbulos seminíferos à produção de esper-
matozoides, a divisão celular envolvida no processo é a mitose, a meiose ou ambas? Justifique sua resposta.
b) A administração dessa pílula anticoncepcional provoca a elevação anormal do nível de testosterona no sangue, o
que, por sua vez, inibe a produção dos hormônios hipofisários pelo organismo do homem. Cite o principal hormônio
hipofisário que deve ser inibido e explique como essa pílula masculina tem ação anticoncepcional.
Unesp 2014 Leia a letra da canção O xote das meninas, composta por Luiz Gonzaga e Zé Dantas.
Mandacaru, quando fulora na seca, A filha adoentada,
É o sinal que a chuva chega no sertão, Não come nem estuda
Toda menina que enjoa da boneca Não dorme, não quer nada
É sinal que o amor Ela só quer, só pensa em namorar
Já chegou no coração Ela só quer, só pensa em namorar
Meia comprida, não quer mais sapato baixo, Mas o doutô nem examina
Vestido bem cintado Chamando o pai do lado
Não quer mais vestir timão Lhe diz logo em surdina
Ela só quer, só pensa em namorar Que o mal é da idade
Ela só quer, só pensa em namorar Que pra tal menina
De manhã cedo, já tá pintada, Não tem um só remédio
Só vive suspirando Em toda medicina
Sonhando acordada, Ela só quer, só pensa em namorar
O pai leva ao doutô Ela só quer, só pensa em namorar
Um dos versos da canção diz que não há remédio para o mal da menina, pois é um mal da idade. A que mal o verso
se refere, ou seja, considerando a fisiologia da reprodução, como é conhecida a fase na qual a menina se encontra?
Que alterações hormonais dão início a essa fase, promovendo a transformação anatomofisiológica implícita na letra
da canção?
Unicamp-SP A maior parte dos copinhos de café, copos de água e mamadeiras é feita de policarbonato com bisfenol
A, substância que é liberada quando algum líquido quente é colocado nesses recipientes. O bisfenol A é um com-
posto químico cuja estrutura molecular é muito semelhante à do hormônio estrógeno. A ingestão do bisfenol A pode
resultar em alterações do ciclo menstrual e também causar alterações no amadurecimento sexual principalmente em
adolescentes do sexo feminino.
a) Considerando a semelhança do bisfenol A com o estrógeno e a sua presença em adolescentes, explique como o
bisfenol A poderia influenciar no amadurecimento sexual desses adolescentes e no espessamento do endométrio
no início do ciclo menstrual.
b) Embora o amadurecimento sexual ocorra para meninos e meninas em torno dos 12 anos, no sexo feminino a
divisão celular meiótica começa muito antes e pode durar décadas. Quando esse processo de divisão começa
no sexo feminino e por que essa divisão pode ser tão longa?
UEPG-PR 2015 Com relação aos sistemas genitais dos humanos, sua gametogênese e fecundação, assinale o que
for correto.
01 No sistema genital masculino, os dois testículos produzem os espermatozoides e também o hormônio sexual
masculino testosterona. Os testículos ficam alojados na bolsa escrotal.
FCMSCSP 2023 Os órgãos sexuais externos do homem são o escroto, que contém os testículos, e o pênis. Já os
órgãos internos são os ductos (epidídimo, deferentes e ejaculatórios) e as glândulas acessórias, importantes para
produzir o sêmen.
a) Em um homem saudável, quais glândulas contribuem em maior parte para a produção do sêmen? Qual a importân-
cia de o sêmen ter pH acima de 7?
b) Por que os testículos devem ficar alojados no interior do escroto e fora da cavidade abdominal? Quais células dos
testículos produzem a testosterona?
10. UFJF/Pism-MG 2016 Existem dois ciclos reprodutivos nas mulheres: o ciclo menstrual e o ciclo ovariano. É essencial
que ambos funcionem de maneira sincronizada e coordenada para que ocorra a reprodução. Tal sincronismo fica a
cargo do sistema endócrino que liga os dois ciclos através de hormônios.
a) Cite os dois hormônios produzidos pela adeno-hipófise que atuam no ciclo ovariano e descreva suas respectivas
funções nesse ciclo.
b) Onde são produzidos os hormônios estrógeno e progesterona? O que ocorre quando o nível desses hormônios diminui?
c) Quando os exames de gravidez detectam no sangue e/ou urina uma elevação do hormônio gonadotrófico coriôni-
co humano (hCG), sabe-se que a mulher está grávida. Qual é a ação desse hormônio para manutenção da gravidez?
11. Famema-SP 2019 O gráfico ilustra a variação dos níveis de três hormônios durante uma gravidez. As setas verticais
mais largas representam maior quantidade relativa do hormônio liberado.
Placenta
Embrião
Útero Corpo-lúteo
30 dias
120 dias
a
o
5 Final da gestação
Eo
Lc
s o
> Estrogênio
Z
Progesterona
I 1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Concepção Meses de gravidez > Parto
a) Qual desses hormônios é detectado no exame de gravidez? Qual líquido biológico normalmente é utilizado para
se detectar esse hormônio?
FRENTE 3
b) Por que os hormônios esteroides não se mantêm elevados após o parto? Por que a redução brusca e precoce
desses hormônios pode causar um aborto espontâneo?
12. Unifesp 2021 A síndrome de Kartagener é um distúrbio genético que impede a síntese da proteína dineína, neces-
sária à função dos microtúbulos. Sem a dineína, algumas estruturas celulares não se movimentam, como aquelas
presentes nas vias respiratórias, nas paredes da tuba uterina e nos espermatozoides, causando prejuízos à elimina-
ção de muco pelos brônquios e à fertilidade masculina e feminina.
a) Cite as duas estruturas celulares, uma presente nas vias respiratórias e outra nos espermatozoides, que têm o
movimento prejudicado pela falta da dineína.
b) Por que uma mulher portadora da síndrome de Kartagener tem maior chance de desenvolver uma gravidez na
tuba uterina? Explique como a medicina reprodutiva pode fazer com que um homem com essa síndrome seja pai.
209
13. FMP-RJ 2023 Os agrotóxicos são compostos quí- b) O câncer de próstata pode levar a uma dificuldade
micos utilizados extensivamente na agricultura. O de urinar ou uma micção dolorida. Justifique
Malathion é um inseticida organofosforado, com ação esse fato.
de contato e ingestão, apresentado sob a forma de
14. Fuvest-SP
concentrado emulsionável e que requer assesso-
ria profissional para uso em explorações agrícolas.
À. Ciclo ovariano
O Malathion é indicado para o controle de diversos
Maturação Desenvolvimento Corpo lúteo Desenvolvimento
tipos de pulgões na cultura de algodão, maçã, pês- do ovócito do folículo do ovócito
sego, repolho e tomate. Também é eficaz contra
mosca-das-frutas e cigarrinhas em citrus, bem como .00 006% ETR
a lagarta-da-soja, entre outros. A Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos classificou o Malathion
como responsável pelo câncer de próstata (USEPA, B. Ciclo uterino: desenvolvimento do endométrio
2019). A produção e a aplicação do inseticida Mala-
ul
thion está presente entre as atividades de trabalho
listadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) que
mais registram casos de homens afetados por esse
tipo de câncer. O controle biológico é uma alternativa FÊ Lui
à aplicação de agrotóxicos que representam riscos
potenciais para a saúde humana bem como para o C. Hormônios hipofisários
ambiente. Pulgões e cigarrinhas são insetos que per-
Hormônio
furam os vasos condutores para se alimentarem de luteinizante (LH)
(valores arbitrários)
(valores arbitrários)
x
FSH
LH
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
Tempo (semanas) Tempo (semanas) Tempo (semanas)
16. UFSC 2019 Ao longo da história, até em livros de medicina, o clitóris — do grego kleitoris, “pequeno monte” — é pouco men-
cionado. Porém, na França, onde a educação sexual é obrigatória nas escolas desde a primeira infância, estudantes de todas
as faixas etárias têm a oportunidade de conhecer de perto o órgão erétil, o principal órgão do prazer feminino e de anatomia
similar à do pênis, através de um modelo tridimensional. O mapeamento recente de suas estruturas através de ressonância
magnética foi o que permitiu descobrir que o órgão mede de 9 a 11cm e que é constituído pela glande, bulbos, cruras e corpo,
sendo a primeira estrutura a única parte externa do clitóris.
Disponível em: https://wwwi .folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/10/1821721-clitoris-3d-ensina-anatomia-em-escolas-
e-desmistificapra zer-feminino.shtml. [Adaptado]. Acesso em: 17 mar. 2019.
Bulbos
Ostio da uretra "4 . Representação do sistema
Abertura da vagina Ê º, genital feminino. Em destaque,
Pequenos lábios as estruturas do clitóris.
Com base no texto, na imagem e nos conhecimentos sobre sistema genital feminino, é correto afirmar que:
01 o clitóris é um órgão erétil feminino, com anatomia similar à do pênis, e assim como este é responsável pela eli-
minação da urina.
02 a ocorrência da cistite (infecção da bexiga) é mais comum em mulheres do que em homens devido à localização
FRENTE 3
do clitóris, que possui a maior extensão situada internamente ao sistema urogenital, diferentemente do pênis.
04 o clitóris é densamente vascularizado e possui muitos receptores sensoriais.
08 o hormônio gonadotrofina coriônica é responsável por estimular a ereção do clitóris.
16 assim como o clitóris, a abertura externa da uretra se localiza no interior da vagina.
Soma:
17. FMJ-SP 2019 O ciclo menstrual é regulado pelos hormônios LH, estrógeno, FSH e progesterona, não necessaria-
mente nessa ordem.
a) Qual hormônio tem sua taxa aumentada durante o início do ciclo menstrual? Por que esse hormônio é importante?
b) No início da gravidez, a placenta produz um hormônio que atua sobre uma estrutura ovariana. Que estrutura é
essa e qual a sua importância para garantir uma gravidez?
211
18. Uninove-SP 2016 O sistema genital masculino é 21. USCS-SP 2016
formado por glândulas (próstata, vesiculares e bulbou-
retrais), testículos no interior do escroto, epidídimos,
Em um ano, foram realizadas mais de 60 mil
ductos deferentes, pênis e uretra. laqueaduras pelo SUS
a) Qual destes órgãos produz a testosterona? Qual Segundo o Ministério da Saúde, o procedimento é in-
é o papel da testosterona na puberdade? dicado para mulheres acima de 25 anos ou para mulheres
b) A vasectomia é um método contraceptivo cirúrgi- que tenham mais de dois filhos.
co, não reversível naturalmente. Como fica o nível (www.blog.saude.gov.br, 09.12.2014. Adaptado.)
de testosterona em um homem submetido à va-
a) Em que consiste a laqueadura? Por que tal proce-
sectomia? Justifique sua resposta.
dimento promove a contracepção?
19. Unifesp 2013 Leia os trechos extraídos do romance b) Além de ser um método contraceptivo, a laqueadu-
O cortiço, de Aluísio Azevedo (1857-1913). ra também protege a mulher contra a transmissão
de doenças sexualmente transmissíveis? Justifique
Trecho 1
sua resposta.
A filha era a flor do cortiço. Chamavam-lhe Pom-
binha. [...] Tinha o seu noivo, o João da Costa, [...] mas 22. Fasm-SP 2016 Marta, de 20 anos e com vida sexual
Dona Isabel não queria que o casamento se fizesse já. ativa, aconselhou-se com seu médico sobre o uso de
É que Pombinha, orçando aliás pelos dezoito anos, não contraceptivos. O dispositivo do qual fazia uso até então
tinha ainda pago à natureza o cruento tributo da puber-
não interferia em seu ciclo menstrual mas também não a
dade [...], por coisa nenhuma desta vida consentiria que
protegia de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
a sua pequena casasse antes de “ser mulher”, como dizia
a) Que método contraceptivo previne, ao mesmo
ela. [...] entendia que não era decente, nem tinha jeito,
tempo, a gravidez e a transmissão de DSTs? Ex-
dar homem a uma moça que ainda não fora visitada
plique como esse método previne a gravidez e a
pelas regras!
transmissão de DSTs.
Trecho 2 b) Cite um método contraceptivo que Marta poderia
— Veio?! perguntou a velha com um grito arrancado estar fazendo uso até então. Explique como esse
do fundo da alma. método previne a gravidez, mas não DSTs.
A rapariga meneou a cabeça afirmativamente, sorrin-
do feliz e enrubescida. 23. UFJF/Pism-MG 2015 O governo sancionou, no dia
[...] 2/8/13, a lei que determina o atendimento obrigatório e
— Milha filha é mulher! Minha filha é mulher! imediato no Sistema Único de Saúde (SUS) a vítimas de
O fato abalou o coração do cortiço, as duas recebe- violência sexual. Segundo a lei, todos os hospitais da
ram parabéns e felicitações. rede pública serão obrigados a oferecer, de forma
a) Considerando a fisiologia da reprodução humana, imediata, entre outros serviços, a “profilaxia da gravi-
o que vem a ser “as regras”, as quais o autor se re- dez”, termo que, de acordo com o Ministério da Saúde,
fere? Qual alteração hormonal finaliza o processo refere-se ao uso da chamada “pílula do dia seguinte”,
que resulta na “vinda das regras”, como explicita- também conhecida como método de anticoncepção
do no trecho 2? oral de emergência. Essa pílula é composta dos mes-
b) Suponha que Pombinha, já casada, e com “re- mos hormônios da pílula anticoncepcional comum, só
gras” regulares, quisesse evitar filhos, e para isso que em doses mais altas.
adotasse o método contraceptivo conhecido por a) Por que a pílula do dia seguinte evita a gravidez?
“tabelinha”. Como Pombinha poderia determinar b) Quando essa pílula não é eficaz?
o período no qual deveria se abster de relações c) Por que não se deve fazer uso indiscriminado em
sexuais? Explique por que essa abstenção sexual ocasiões recorrentes dessa pílula?
deve se dar ao longo de um período de dias, e
24. UFU-MG O conhecimento científico acerca da sexua-
não apenas em um dia.
lidade humana tem possibilitado às pessoas controlar
20. Uerj 2017 Novos métodos contraceptivos vêm sendo conscientemente a reprodução, seja por meio de
testados a fim de reduzir os problemas associados ao métodos contraceptivos permanentes (esterilização),
uso contínuo de hormônios pelas mulheres. Um deles seja por meio de métodos temporários.
consiste na aplicação de um gel nos vasos deferentes, a) Apresente e explique o funcionamento de um
provocando uma obstrução reversível, sem necessidade método contraceptivo permanente e de um mé-
de uso diário. Entretanto, a utilização inadequada des- todo contraceptivo temporário.
ses contraceptivos pode resultar em gravidez. Indique b) Comente sobre os métodos contraceptivos que,
de que maneira a pílula anticoncepcional feminina e além de evitarem a gravidez, também são eficientes
o gel citado impedem a gravidez. Em seguida, indique o na prevenção a doenças sexualmente transmissíveis.
local ideal no qual os embriões se implantam no caso c) Explique por que o coito interrompido e o método
de gravidez, apresentando uma característica desse do ritmo ovulatório (tabelinha) são considerados
órgão que justifique sua resposta. de baixa eficácia.
Infância/Ilnocência roubada
O Brasil é o 5º país no mundo em casamentos de crianças e adolescentes
Décima terceira maior economia do mundo, com PIB nominal de 1,5 trilhões de dólares, segundo a agência classificadora
de risco Austin Rating, o Brasil atualmente figura no quinto lugar no ranking internacional de casamentos infantis, revelam
dados do Fundo Nacional para a Infância. Nesse quesito, o País só perde para a Índia, Bangladesh, Nigéria e Etiópia.
TEXTO 02 — Extraído do artigo Gravidez na adolescência — determinante para prematuridade e baixo peso. (COSTA.
Evandro Lima. et al. Revista Com. Ciência e Saúde. N. 22, supl. 01/2011).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a gravidez na adolescência como uma gestação de alto risco devido
a repercussões sobre a mãe e ao RN, além de acarretar problemas sociais e biológicos. A gravidez na adolescência pode
levar a consequências emocionais, sociais e econômicas para a saúde da mãe e seu filho e ocorre no extremo inferior da
vida reprodutiva que é dos 10 aos 19 anos de idade.
(www.saude.gov.br gravidez adolescencia.pdf. Acesso em: 30/11/2021.)
Com base nas informações acima e em seus conhecimentos, CITE um problema acarretado pela gravidez na adoles-
cência nas esferas:
a) Social: b) Biológica: c) Psicológica:
26. Unesp
27. UEPG/PSS-PR 2019 A contracepção é a prevenção da gravidez, sendo que os métodos contraceptivos podem atuar
em diferentes etapas do processo reprodutivo. Assinale o que for correto sobre alguns dos métodos contraceptivos.
01 A pílula anticoncepcional consiste geralmente de uma mistura de progesterona e estrógeno sintéticos, os quais
são responsáveis por inibir o aumento da secreção de LH e FSH pela hipófise, inibindo a ovulação.
02 A esterilização feminina é denominada de laquea-dura tubária e consiste no seccionamento das tubas uterinas.
Desta forma, os óvulos não podem atingir o útero e entrar em contato com os espermatozoides.
04 O preservativo, ou camisinha, é considerado um método contraceptivo ineficiente. Considerado apenas como
uma barreira física, retendo o esperma ejaculado pelo homem, não é considerado efetivo na prevenção de gra-
videz e doenças sexualmente transmissíveis.
08 No homem, o processo utilizado na esterilização é a vasectomia, a qual consiste no seccionamento dos ductos
deferentes de modo que os espermatozoides não possam chegar à uretra.
Soma:
28. UEM-PR 2015 Sobre reprodução humana e doenças sexualmente transmissíveis, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01 O hormônio folículo estimulante (FSH) é produzido no ovário e induz a atividade das gônadas e o desenvolvimento
do endométrio.
AS
02 O impulso sexual e o desenvolvimento das características sexuais secundárias são promovidos, na mulher, pelo
estrógeno e, no homem, pela testosterona.
04 A pílula anticoncepcional contém certos hormônios hipofisários que inibem a produção normal de hormônios
ovarianos.
08 A utilização da camisa de vênus não pode ser considerada como método anticoncepcional, e sim como preven-
tivo contra doenças sexualmente transmissíveis.
16 Tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível que não é causada por vírus e nem por bactérias.
Soma:
213
1. Unesp 2015 Márcia, Juliana e Ana Cristina são três enzima nas gônadas são dependentes da temperatu-
amigas. Uma delas está amamentando, outra está en- ra, conforme indicado na figura.
err
trando em seu período fértil e a terceira está no final
de seu ciclo menstrual.
ta
luteinizante (LH) e ocitocina no sangue dessas mulheres.
80 Aromatase
A GRÁFICO1 60
so 40
Cc ESa 28ºC
o
s
20
o
[e
24 26 28 30
o
Cc temperatura (ºC)
o
Eo
L
Fonte: doi: 10.3389/fphys.2020.00035
o
z
c Sobre a determinação do sexo em tartarugas-de-
Márcia Juliana Ana Cristina -couro, é correto afirmar:
a) A atividade máxima da aromatase determina dife-
A GRÁFICO 2 renciação sexual masculina
2
» b) O maior nível de transcrição do gene da aroma-
Cc
o
“ tase coincide com a menor atividade da enzima.
o c) Em temperaturas entre 28 e 30 ºC, a maioria dos
Cc
o
Cc embriões diferenciam-se em fêmeas.
o
Eo d) Há equilíbrio no nascimento de machos e fêmeas
L a26ºC.
$ Cc
e) A atividade da aromatase depende da quantidade
de estradiol disponível.
Márcia Juliana Ana Cristina
[EM13CNT303,
Se o gráfico 1 referir-se aos níveis de 3. Leia o texto a seguir.
a) ocitocina e o gráfico 2 aos níveis de LH, Márcia
está entrando em período fértil, Juliana está no Vacina contra HIV será testada no Brasil
final de seu ciclo menstrual e Ana Cristina está Estudo vai recrutar cerca de 3,8 mil voluntários em
amamentando. diversos países
b) ocitocina e o gráfico 2 aos níveis de LH, Ana Cris- Em conjunto com centros de pesquisa de diversos
tina está entrando em período fértil, Márcia está países, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
no final de seu ciclo menstrual e Juliana está ama- aderiu ao estudo para testar a eficácia de vacina contra o
mentando. vírus HIV, que interfere na capacidade do organismo de
combater infecções. Trata-se do estudo Mosaico, que vai
c) LHeo gráfico 2 aos níveis de ocitocina, Ana Cris-
avaliar dois imunizantes projetados para fornecer proteção
tina está entrando em período fértil, Márcia está
contra diferentes variedades do vírus em todo o mundo.
no final de seu ciclo menstrual e Juliana está ama-
SOUZA, L. Vacina contra HIV será testada no Brasil. Agência Brasil,
mentando. 5 fev. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/
d) LHeo gráfico 2 aos níveis de ocitocina, Márcia noticia/2021-02/vacina-contra-hiv-sera-testada-no-brasil.
Acesso em: 15 fev. 2023.
está entrando em período fértil, Juliana está no
final de seu ciclo menstrual e Ana Cristina está Os estudos indicam que, desde o início da epidemia de
amamentando. aids no começo da década de 1980 até o ano de 2019,
e) LHeo gráfico 2 aos níveis de ocitocina, Juliana o vírus HIV já infectou em torno de 75,7 milhões de
está entrando em período fértil, Ana Cristina está pessoas e perto de 32,7 milhões morreram de doen-
no final de seu ciclo menstrual e Márcia está ama- ças relacionadas à aids.
mentando. a) Baseando-se nas possíveis formas de transmissão
do HIV, explique como a aids afetou o compor-
2. Fuvest-SP 2021 determinação do sexo em embriões tamento sexual das pessoas desde a década de
de tartaruga-de-couro depende da temperatura a 1980 até os dias de hoje.
que o ovo foi exposto. Isso está relacionado à ação b) Em relação ao número mencionado de infectados
da enzima aromatase, que converte a testosterona pelo HIV, determine o percentual de pessoas que
em estradiol. A expressão gênica e a atividade dessa morreram de doenças relacionadas à aids.
Tecido epitelial
Os tecidos epiteliais, ou epitélios, têm células jus-
ELEMENTOS
FORA DE
PROPORÇÃO
Epitélio
Membrana basal
Tecido conjuntivo
Epitélios de secreção
Simples cúbico Os epitélios de secreção, ou epitélios glandulares,
são derivados de diferenciações que ocorrem em epitélios
Epitélio dos
de revestimento, originando as glândulas. As glândulas
túbulos renais e de possuem células especializadas em produzir e liberar
certas glândulas, substâncias importantes ao funcionamento do organismo,
como as glândulas a exemplo dos hormônios.
salivares.
Quanto ao número de células, as glândulas podem ser
unicelulares, isto é, formadas por apenas uma célula, como
as células caliciformes produtoras de muco, presentes na
traqueia e no intestino; ou multicelulares, ou seja, com-
Revestimento postas de agrupamentos de células, como as glândulas
dos alvéolos salivares, sudoríferas e suprarrenais.
pulmonares e dos Também é possível classificar as glândulas de acor-
vasos sanguíneos.
do com o local onde é lançada a secreção. As glândulas
exócrinas, como as sudoríferas, as mamárias, as sebáceas
e as lacrimais, são aquelas que mantêm ligação com o
epitélio do qual foram originadas. Essa conexão corres-
ponde a ductos por meio dos quais as secreções seguem
Revestimento da até a superfície do corpo ou uma cavidade. As glândulas
parede interna dos endócrinas, a exemplo da hipófise, da tireoide e das pa-
intestinos.
ratireoides, são desprovidas de ductos e suas secreções
são lançadas no sangue. Há, ainda, as glândulas anfícrinas
ou mistas, a exemplo do pâncreas, nas quais são observa-
das uma porção endócrina e uma porção exócrina. A parte
endócrina do pâncreas secreta no sangue os hormônios
insulina e glucagon, enquanto a porção exócrina secreta
Presente em suco pancreático no ducto pancreático.
regiões do trato
CORES ELEMENTOS
respiratório, como FANTASIA FORA DE
brônquios e PROPORÇÃO
Encontrado na
epiderme (epitélio
queratinizado
Tecido
que previne a
conjuntivo
perda de água
pela superfície
corporal), na
boca, no esôfago,
na vagina e no
canal anal.
ajole/ololol
atol ducto secretor
das glândulas
sudoríferas.
Porção Tsf=E/=EEE
Aa
secretora =.=
Ducto
Revestimento da
bexiga urinária,
Capilares
dos ureteres e dos
cálices renais.
217
9 Saiba mais
Estrutura da pele humana
A pele, o maior órgão do corpo humano, é constituída pela epiderme (tecido epitelial de origem ectodérmica) e pela derme
(tecido conjuntivo de origem mesodérmica). Sob a pele, é encontrado o tecido subcutâneo (hipoderme), rico em adipócitos,
células especializadas no armazenamento de gordura. A epiderme possui cinco camadas celulares, sendo a mais externa
denominada camada córnea. Essa camada apresenta células mortas com citoplasma repleto de queratina, resultando em uma
estrutura resistente ao atrito e impermeável à água. ,
Na epiderme são encontrados, ainda, os melanócitos, aiinsia | CORA
DE O
células que produzem o pigmento melanina. Esse proporção
pigmento confere cor à pele e a protege de danos :
que podem ser causados pela radiação ultravioleta. Epiderme | Camada córnea :
A pele possui anexos epidérmicos, como pelos e as &
glândulas sebáceas e sudoríferas. Os pelos são es- ã
truturas queratinizadas originadas a partir do folículo dinovíneos 5
piloso e contribuem para a proteção e o isolamento Derme $
térmico. As glândulas sebáceas estão situadas na Glândula 3
, . sebácea
derme e seus ductos se abrem no folículo piloso
ou, menos frequentemente, diretamente na superfí- Tecido Folículo piloso
cie da pele. Essas glândulas liberam uma secreção subcutâneo
de natureza lipídica que atua na proteção, imper- Adipócitos
meabilização e lubrificação da pele e dos pelos.
As glândulas sudoríferas são encontradas em pra-
ticamente toda a pele e seus ductos se abrem em Q
poros na superfície corporal. Essas glândulas são as Glândula sudorífera
responsáveis pela produção do suor, secreção que Representação esquemática de um corte de pele humana indicando seus principais
atua principalmente na termorregulação. componentes.
A A
Tecido conjuntivo
O tecido conjuntivo é constituído por um conjunto de células dispersas em grande quantidade de matriz extracelular.
A matriz extracelular é formada por fibras proteicas mergulhadas na substância fundamental constituída, basica-
mente, de água e compostos orgânicos, como glicoproteínas. As fibras proteicas encontradas no tecido conjuntivo são
de três tipos básicos: as fibras colágenas, resistentes, porém flexíveis; as fibras reticulares, que formam redes de apoio
para outras estruturas e unem o tecido conjuntivo a tecidos adjacentes; e as fibras elásticas, constituídas pela proteína
elastina, conferem elasticidade aos tecidos. As fibras colágenas e as reticulares são formadas por colágeno, que é o tipo
mais abundante de proteína do organismo.
Diversos tipos celulares podem ser encontrados nos diferentes tecidos conjuntivos do corpo:
e Fibroblastos: células relativamente grandes e dotadas de prolongamentos que lhes conferem aspecto estrelado.
Apresentam núcleo grande e seu citoplasma é rico em retículo endoplasmático granuloso e complexo golgiense. Cor-
respondem às células mais comuns do tecido conjuntivo, sendo responsáveis pela produção das fibras proteicas e da
substância fundamental. Quando os fibroblastos diminuem sua atividade de síntese, passam a ser chamados de fibrócitos.
e Plasmócitos: células de defesa responsáveis pela produção de anticorpos. Os plasmócitos são formados pela dife-
renciação de linfócitos B.
* Macrófagos: provenientes de células sanguíneas denominadas monócitos. Atuam na defesa do organismo por meio
da fagocitose de substâncias estranhas e microrganismos invasores, a exemplo de bactérias.
« Mastócitos: células ligadas a processos alérgicos e respostas inflamatórias. Apresentam grânulos citoplasmáticos
contendo heparina e histamina.
« Células mesenquimais: formadas a partir da mesoderme embrionária, correspondem a células-tronco multipotentes;
dessa forma, podem se diferenciar em outras células do tecido conjuntivo.
Fibra reticular a [cores | ELEMENTOS
E “AE à | FANTASIA || | FORA DE
.
E
Representação esquemática da matriz
O, Célula mesenquimal extracelular e da distribuição das células no
) tecido conjuntivo. As células adiposas são
. especializadas no armazenamento de gorduras,
q A. sendo encontradas em grande quantidade no
es tecido conjuntivo adiposo, que será analisado
em detalhes mais adiante neste capítulo.
Achiichiii/Shutterstock.com
camente vascularizado e tem ampla distribuição no corpo
Sistema A
dos vertebrados, conferindo suporte a estruturas como os
golgiense
tecidos epiteliais e preenchendo os espaços entre células
e tecidos. Esse tecido apresenta todos os elementos típicos
do tecido conjuntivo propriamente dito, sendo os fibroblas-
tos e os macrófagos as células mais numerosas. As fibras
proteicas (colágenas e elásticas) estão dispostas em todas
as direções e estão presentes em quantidade relativamente Representação esquemática de um adipócito.
219
Os nervos, os vasos linfáticos e os vasos sanguíneos que Tecido ósseo
nutrem e oxigenam as células da maioria dos tecidos car- O tecido conjuntivo ósseo é o principal componente
tilaginosos estão em uma camada de tecido conjuntivo dos ossos do esqueleto da maioria dos vertebrados, inclu-
denominada pericôndrio, que envolve as cartilagens. sive a espécie humana. A matriz desse tecido, denominada
As cartilagens exercem a função de sustentação de matriz óssea, tem uma parte orgânica, constituída principal-
outros tecidos, atuam no revestimento das articulações e mente por colágeno, e uma porção mineral, rica em fosfato
participam do crescimento dos ossos longos. e cálcio. A presença de colágeno confere certa flexibilidade
A matriz extracelular do tecido cartilaginoso contém aos ossos, enquanto o fosfato e o cálcio fornecem grande
colágeno, proteína flexível e resistente, e também pode resistência. Esse tecido atua na sustentação do corpo, na
apresentar elastina, proteína que confere elasticidade. No proteção de estruturas internas, no apoio aos músculos
tecido cartilaginoso há três tipos celulares: condroblastos, esqueléticos e na reserva de cálcio e fosfato.
condrócitos e condroclastos. Os condroblastos são célu- No tecido ósseo são observados três tipos de células:
las jovens, com intensa atividade secretora, que atuam na osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Os osteoblastos
produção da substância fundamental e das fibras protei- são células jovens que produzem a parte orgânica da ma-
cas encontradas na matriz extracelular. Condroblastos que triz óssea; além disso, são capazes de concentrar fosfato
diminuem sua atividade formam os condrócitos, células de cálcio, contribuindo para a mineralização da matriz. Os
maduras encontradas em regiões do tecido cartilaginoso osteoblastos são aprisionados pela matriz recém-sinteti-
com maior rigidez. Os condroclastos são células que de- zada e diminuem sua atividade de síntese, passando a ser
gradam os componentes do tecido cartilaginoso, sendo chamados de osteócitos. Apesar da baixa da atividade, os
importantes à modelação das cartilagens. osteócitos são fundamentais à manutenção da matriz óssea.
Os osteoclastos são células grandes, móveis, multinuclea-
JOSE CALVO SCIENCE PHOTO LIBRARY/Fotoarena
Epífise
A cartilagem hialina é a mais abundante no organismo
humano. Essa cartilagem constitui o primeiro esqueleto
do embrião, e é progressivamente substituída por tecido Disco
epifisário
ósseo. Na estrutura dos ossos longos em crescimento, ob-
serva-se o disco epifisário, constituído de cartilagem hialina,
que é o responsável pelo crescimento do osso em compri- Osso
mento. Nos indivíduos adultos, é encontrada, por exemplo,
Diáfise GRINPAçIO
na parede das fossas nasais, da traqueia e dos brônquios
A cartilagem elástica é semelhante à hialina, mas, além de
colágeno, apresenta uma vasta rede de fibras elásticas. É Medula
encontrada na orelha externa (pavilhão auditivo e conduto óssea
auditivo externo), na tuba auditiva, na epiglote e na laringe.
A cartilagem fibrosa possui pouca substância fundamen- CORES ELEMENTOS
tal e numerosas fibras colágenas, que conferem grande FANTASIA FORA DE
PROPORÇÃO
resistência ao tecido. É encontrada principalmente nos Epífise
discos intervertebrais, estruturas localizadas entre as vér-
tebras que previnem o desgaste dos ossos durante os Representação esquemática da estrutura de um osso, em corte parcial. No
movimentos da coluna vertebral. detalhe, radiografia da perna de uma criança. Note que é possível observar
linhas antes das epífises dos ossos, onde estão localizados os discos epifisários.
O Lamela
Sistema de e az
Havers a Canais de Havers ELEMENTOS
Alexander. P/Shutterstock.com; Amadeu Blasco/Shuttrestock.com
FORA DE
PROPORÇÃO
CORES
FANTASIA
Vasos
sanguíneos: Osteócitos
Canal de Volkmann
Osso esponjoso
Representações esquemáticas de um osso longo parcialmente em corte (A) e da estrutura interna do osso (B), indicando o sistema de Havers e a organização
dos canais de Havers e de Volkmann na região de osso compacto.
Tecidos musculares
Os tecidos musculares, principais componentes dos músculos, são constituídos de células especializadas em contrair
e distender. Esses tecidos estão ligados a uma série de funções, como a execução de movimentos e a sustentação do
corpo. São encontrados em estruturas como o coração e os vasos sanguíneos, contribuindo para o impulsionamento
do sangue pelo corpo, e no tubo digestório, possibilitando os movimentos peristálticos. Os tecidos musculares também
armazenam substâncias, como proteínas, cálcio e glicogênio, e a atividade muscular libera energia sob a forma de calor;
com isso, contribuem para o controle da temperatura corporal.
As células dos tecidos musculares, denominadas fibras musculares, ou miócitos, são alongadas e ricas em filamentos
proteicos, que participam da contração muscular. Há filamentos finos, constituídos de actina, e filamentos grossos, forma-
dos por miosina, sendo a contração muscular resultado do deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina.
A organização desses filamentos na fibra e o tipo de contração realizado determinam os diferentes tipos de tecido muscular.
Z | CORES ELEMENTOS
Núcleos FANTASIA || FORADE —
PROPORÇÃO
BlueRingMedia/Shutterstock.com
Fibra muscular
Estrias
Representação esquemática de fibras musculares esqueléticas mostrando seus núcleos e as estrias transversais.
221
Na maioria das situações, a musculatura esquelética apresenta contração voluntária, isto é, o estímulo à sua ocorrência é
desencadeado de forma consciente pelo indivíduo, e seus grupos musculares têm ação antagônica, ou seja, executam simul-
taneamente ações contrárias. A flexão e a distensão do braço configuram-se como um exemplo desse antagonismo: quando o
braço dobra (flexão), o bíceps contrai e o tríceps relaxa; quando o braço estica (extensão), o bíceps relaxa e o tríceps contrai.
Flexão Extensão
ELEMENTOS
FORA DE
PROPORÇÃO
Bíceps contraído
P Bíceps relaxado
Tríceps
contraído
Aldona Griskeviciene/Shutterstock.com
Tríceps
relaxado
Representação esquemática do antagonismo entre diferentes grupos musculares na flexão e na extensão do braço.
Feixe de
fibras musculares
Fibra muscular
Membrana
plasmática
Miofibrila
Representação esquemática da hierarquia das unidades que compõem a musculatura estriada esquelética.
CORES | ELEMENTOS
| A FORADE
Banda ” Banda i Banda | IA À | PROPORÇÃO
Banda H
Emre TerimyShutterstock.com
Filamentos
de actina “p= <<s
Filamentos
de miosina
9 Saiba mais
Tipos de fibras e desempenho físico
A maior parte da musculatura humana contém fibras tipo | e tipo Il. As proporções relativas dessas fibras nos músculos
esqueléticos são geneticamente determinadas; dessa forma, há indivíduos que são naturalmente mais eficientes na prática
de determinadas modalidades esportivas. Entretanto, o treinamento direcionado à realização de certa atividade estimula
modificações nas proporções entre os tipos de fibra, fazendo com que o indivíduo aumente seu rendimento na execução
do exercício. Por exemplo, certas atividades físicas podem levar ao aumento da quantidade de mitocôndrias nas fibras mus-
culares, tornando a musculatura menos suscetível à fadiga.
Axônio do
CORES ELEMENTOS “ Ani
FORA DE ) neurônio motor
Ca
PROPORÇÃO
Aldona Griskeviciane/Shutterstock.com
Fenda sináptica
Sarcolema
ES)
Receptor de acetilcolina
Liberação de acetilcolina
Fibra muscular
Representação esquemática da interação entre neurônios motores e fibras musculares, detalhando a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular que
desencadeia a contração.
As células musculares não são capazes de controlar a intensidade da contração. Por isso, estão sujeitas à lei do tudo
ou nada, isto é, ou a contração ocorre em intensidade máxima ou ela não ocorre. Assim, o controle da força de contração
depende de certos fatores, como a quantidade de fibras musculares que é estimulada. Em linhas gerais, quanto maior o
número de fibras que se contraem em um músculo, maior é a força gerada pelo movimento.
223
Tecido muscular estriado cardíaco
Também designado como miocárdio, esse tipo de te-
Toxina botulínica
Existem substâncias que afetam a comunicação entre cido muscular é encontrado apenas no coração. Suas fibras
neurônios motores e células musculares. Um exemplo apresentam estrias transversais, à semelhança da muscula-
é a toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium tura esquelética, mas não são multinucleadas, tendo apenas
botulinum; essa toxina inibe a liberação de acetilcolina um ou dois núcleos. Sua contração é involuntária e o ritmo
na junção neuromuscular, causando paralisia do músculo. dessas contrações, como foi analisado no Livro 3 desta co-
O envenenamento por essa toxina, quadro denominado leção, é determinado pelo próprio coração, sob a influência
botulismo, pode ser fatal, principalmente por causa da do sistema nervoso autônomo.
paralisia dos músculos que atuam na execução dos mo- As células musculares cardíacas adjacentes estão li-
vimentos respiratórios, a exemplo do diafragma, levando gadas por meio de especializações denominadas discos
à morte por asfixia.
intercalares. Essas estruturas apresentam desmossomos,
A toxina botulínica (conhecida comercialmente como
especializações da membrana plasmática que aumentam a
botox) pode ser empregada em procedimentos médicos,
como tratamento de rugas faciais, controle de espasmos
adesão entre as células musculares cardíacas; e junções co-
musculares, amenização da enxaqueca etc. municantes, que permitem a rápida propagação dos impulsos
para a contração, fazendo com que todo o coração contraia.
Núcleo
Fontes de energia para a contração
CORES | ELEMENTOS
FANTASIA FORA DE
BlueRingMedia/Shutterstock.com
PROPORÇÃO
A contração muscular é uma atividade de alto custo Discos
energético, isto é, o consumo de moléculas de ATP durante intercalares
a contração é bastante elevado. Entre as fontes de energia
disponíveis para as células musculares, a primeira a ser
usada é uma pequena reserva de ATP, capaz de fornecer
energia à manutenção de atividades musculares mais in- Estrias
Representação esquemática da musculatura cardíaca, mostrando suas fibras
tensas por, no máximo, dois segundos. A continuação da
estriadas, ramificadas e unidas pelos discos intercalares.
atividade muscular mobiliza a reserva de fosfocreatina,
substância altamente energética que fornece fosfato à
síntese do ATP que será aplicado na contração muscular. Tecido muscular liso
A fosfocreatina é sintetizada quando o músculo se encontra Possui células com um núcleo central e extremida-
em repouso, e sua concentração pode ser até dez vezes des afiladas (células fusiformes), sem estrias transversais;
maior que a concentração de ATP. Somadas, as reservas por isso, esse tecido muscular é denominado liso, ou não
de ATP e de fosfocreatina podem manter uma atividade estriado. A ausência de estrias decorre do fato de os fila-
muscular intensa por cerca de oito segundos. mentos de actina e miosina não terem organização regular
Para a manutenção do trabalho muscular em ativi- ao longo da célula.
dades mais prolongadas, é necessária a utilização da
ELEMENTOS
reserva de glicogênio, armazenado no sarcoplasma (ci- FORA DE
BlueRingMedia/Shutterstock.com
PROPORÇÃO
toplasma da célula muscular). O glicogênio é degradado
em moléculas de glicose, que podem ser usadas em dois
processos: respiração celular aeróbica (ocorre quando há
suprimento suficiente de O») e fermentação lática (proces-
so anaeróbico que ocorre quando o suprimento de O, é
baixo). Por meio da respiração celular aeróbica, a glicose
é degradada, resultando em saldo energético positivo Representação esquemática das células que compõem a musculatura lisa.
de 30 ATPs ou 32 ATPs por molécula de glicose, e per-
mitindo a manutenção da atividade muscular por horas.
A degradação da glicose por meio da fermentação lática
resulta em um saldo energético de 2 ATPs por molécula de Todos os tecidos musculares compartilham o mesmo
glicose, capaz de manter a atividade muscular por cerca mecanismo básico de contração — o deslizamento dos
filamentos de actina sobre os filamentos de miosina.
de 1 a 2 minutos. A fermentação lática também gera ácido
lático, substância que passa para o sangue e é levada
para o fígado, onde é convertida em glicose. A glicose Trata-se de um tecido muscular com contração invo-
usada como fonte de energia para a contração muscular luntária, controlada pelo sistema nervoso, que participa de
também pode ser fornecida, ao longo das atividades, pela movimentos realizados por órgãos internos. Esse tipo de mus-
circulação sanguínea. culatura é encontrado, por exemplo, em paredes de veias e
Em atividades prolongadas, as células musculares po- artérias; órgãos do sistema digestório, como esôfago, estôma-
dem liberar energia para a síntese de ATP por meio da go e intestinos, nos quais ocorrem movimentos peristálticos;
degradação aeróbica dos ácidos graxos, que são prove- brônquios; útero; ureteres; músculos intrínsecos dos olhos,
nientes das gorduras armazenadas no tecido adiposo. entre outros.
Caracterize o tecido conjuntivo e mencione as funções desempenhadas pelas seguintes células: fibroblastos, macró-
fagos e mesenquimais.
Apresente as funções desempenhadas pelos tecidos adiposo e cartilaginoso.
Mencione as funções realizadas pelo tecido ósseo e descreva os papéis das seguintes células: osteoblastos, osteó-
citos e osteoclastos.
Compare os tipos de tecidos musculares quanto à presença ou à ausência de estrias transversais e ao tipo de con-
tração (voluntária ou involuntária).
Por meio da elaboração de um esquema, descreva a estrutura de um sarcômero e explique em que consiste a con-
tração muscular na musculatura estriada esquelética.
- Explique como ocorre o estímulo à contração muscular esquelética por meio da junção neuromuscular.
Exercícios propostos
1. Udesc 2015 Tecidos epiteliais, também denominados Uern 2015 Analise as afirmativas.
de epitélios, desempenham diversas funções no nos- Il. O tecido de revestimento dos rins é constituído
so organismo. por células cúbicas simples.
Em relação a estes tecidos, analise as proposições. IH. Os alvéolos pulmonares apresentam um epitélio
Il. Tecidos epiteliais são pluriestratificados em fun- pseudoestratificado pavimentoso.
ção de seu papel de proteção. IH. O epitélio estratificado pavimentoso ocorre reves-
IH. Alguns epitélios possuem especializações que tindo a cavidade nasal, a traqueia e os brônquios.
aumentam a sua capacidade de absorção. IV. O tipo de epitélio da epiderme é o estratificado
Il. Especializações epiteliais do tipo desmossomos pavimentoso.
e junções adesivas aumentam sua capacidade de V. O epitélio estratificado de transição ocorre reves-
absorção. tindo a bexiga urinária.
IV. A pele é um exemplo de tecido epitelial de reves- Estão corretas apenas as afirmativas
timento. a) |llelll. co) LIVev.
V. As glândulas mamárias, assim como as sudorípa- b) | lle IV. d) ILlllev.
ras, são exemplos de tecido epitelial de secreção.
CPS-SP 2017 Durante o verão, devido às férias, fica-
Assinale a alternativa correta. mos mais tempo ao ar livre e expostos à radiação solar,
a) Somente as afirmativas Ile V são verdadeiras. aumentando o risco de queimaduras. Nesta época, os
b) Somente as afirmativas |, Ill e IV são verdadeiras. raios ultravioletas apresentam maior intensidade e,
c) Somente as afirmativas Il, Ille V são verdadeiras. por isso, todos os cuidados com a pele devem ser to-
dj) Somente as afirmativas Ill, IV e V são verdadeiras. mados para evitar os efeitos prejudiciais.
e) Somente as afirmativas |, Ile V são verdadeiras. A pele é o maior órgão do corpo humano. Reveste,
atua na defesa e colabora com outros órgãos para o
IFSul-RS 2015 O tecido epitelial está dividido em
bom funcionamento do organismo como, por exem-
ES)
225
a) A derme atua na absorção total da luz, garantindo 7. PUC-PR 2019 Uma nova pele não consegue se regenerar
que o organismo adquira resistência a esse tipo se uma lesão destruiu uma grande área da camada basal
de radiação. e suas células-tronco. Feridas dessa magnitude requerem
b) As glândulas sebáceas produzem lipídios (o cha- enxertos de pele para cicatrizar. Um enxerto de pele é a
mado sebo), que aumenta o ressecamento da transferência de um pedaço de pele saudável retirada de
um local doador para a cobertura de uma ferida. Um en-
pele e dos pelos.
xerto de pele é realizado para proteger contra perda de
c) A presença de uma camada de gordura sob a
líquido e infecção, para promover a cura tecidual, para re-
derme é importante na produção de sangue e na duzir a formação de cicatriz, para evitar a perda de função
pigmentação da pele. e por motivos estéticos. Para evitar a rejeição tecidual, a
d) A epiderme constitui a camada mais externa de pele transportada em geral é retirada do mesmo indivíduo
defesa do corpo, protegendo o organismo contra (autoenxerto) ou de um gêmeo idêntico (isoenxerto).
a penetração de agentes externos. Gerard ). Tortora; Bryan Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia,
e) As glândulas sudoríparas são responsáveis por 14º edição, p.149, 2016.
eliminar o suor, solução salina diluída que, ao eva- Baseando-se no texto acima, na possibilidade de
porar, aumenta a temperatura do corpo. ocorrência de lesões profundas na pele humana, e
nos conhecimentos sobre histologia, assinale a alter-
UPF-RS 2015 A pele é um órgão bastante complexo de nativa CORRETA.
nosso organismo e é responsável por diversas funções a) As células-tronco localizadas na base são deriva-
essenciais à vida. Assinale a alternativa que apresenta das da endoderme do embrião.
somente informações corretas sobre a pele. b) O tecido cicatricial é um tipo de tecido epitelial,
a) Na epiderme, camada externa da pele, encon- cuja substância extracelular é abundante, rica em
tram-se numerosas fibras colágenas e elásticas fibras colágenas e com muito líquido intersticial.
que conferem tonicidade e elasticidade à pele. A resposta inflamatória na área lesionada envolve
b) Na derme, camada localizada imediatamente sob vasoconstrição e diminuição da permeabilidade
a epiderme, estão os melanócitos, células que dos vasos sanguíneos.
produzem melanina, pigmento que determina a
c) Alesão na pele que necessita do enxerto destruiu
exclusivamente o tecido epitelial de revestimento,
coloração da pele.
o qual é conhecido como epiderme.
c) A epiderme e a derme são formadas por células
d) A pele apresenta pelos, glândulas sebáceas e su-
que estão em constante processo de renovação e
doríparas, unhas e receptores sensitivos.
que podem apresentar formas achatadas, cúbicas
ou cilíndricas, organizando-se de maneira justa- Unicamp-SP 2023 Estudos revelaram como a dis-
posta em uma ou mais camadas. biose — desequilíbrio da microbiota intestinal — pode
d) Na camada externa da pele, denominada epider- influenciar no desenvolvimento de distúrbios neurode-
me, encontram-se células que fabricam queratina generativos como a doença de Parkinson. As pessoas
e a acumulam internamente. Quando repletas de acometidas por essa doença apresentam alterações
queratina, essas células morrem e passam a significativas nos centros motores do cérebro.
constituir um revestimento resistente ao atrito e Assinale a alternativa que preenche corretamente as
altamente impermeável à água. lacunas no excerto a seguir.
e) Tanto na epiderme quanto na derme são encon- A agregação da proteína a-sinucleína nos (i)
trados numerosos fibroblastos, responsáveis pela está relacionada com a doença de Parkinson. Foi demons-
produção de fibras colágenas que conferem elas- trado que células específicas do tecido (ii) da
ticidade e tonicidade à pele. mucosa intestinal podem expressar essa proteína. A dis-
biose pode levar ao aumento de espécies de (iii)
UCS-RS 2018 “A pele é considerada o maior órgão do que, eventualmente, contribuem para agregação da a-si-
corpo humano”, sobre o qual é correto afirmar que nucleína no intestino, e essa proteína pode migrar para o
a) tem origem ectodérmica, formando a epiderme e (iv) , configurando um possível mecanismo de
a derme. surgimento da doença de Parkinson esporádica.
(Adaptado de: https://agencia.fapesp.br/estudo-revela-como-o-
b) tem origem ectodérmica, mesodérmica e endo- desequilibrio-da-microbiota-intestinal-pode-levar-a-doenca-de-
dérmica, formando, respectivamente, a epiderme, parkinson/38159. Acesso em: 20 fev. 2023.)
a derme e a hipoderme. a) (i) neurônios; (ii) epitelial; (iii) bactérias; (iv) sistema
c) tem origem ectodérmica e mesodérmica, geran- nervoso central.
do a epiderme e a derme, respectivamente. b) (i) linfonodos; (ii) conjuntivo; (iii) bactérias; (iv) siste-
d) é considerada um órgão, pois tem como principais ma nervoso autônomo.
funções a proteção, o controle de temperatura, a c) (i) linfonodos; (ii) epitelial; (iii) vírus; (iv) sistema ner-
locomoção e a sustentação. voso central.
e) é um conjunto de células idênticas que ocupa uma d) (i) neurônios; (ii) conjuntivo; (iii) vírus; (iv) sistema
certa região e realiza uma determinada função. nervoso autônomo.
227
Coluna Il Assinale a alternativa que completa corretamente o
Produção da região orgânica da matriz óssea. quadro.
Reabsorção óssea. a) 1 — Macrófagos; 2 — Produzem imunoglobulinas
Manutenção da matriz óssea. que combatem agentes invasores; 3 — Diferencia-
A sequência correta, de cima para baixo, é: ção de células-tronco; 4 — Osteoblastos.
a) 3,1,2. c) 1,2,3. b) 1 — Plasmócitos; 2 — Produzem as fibras e a
b) 2,3,1. d) 1,3,2. substância amorfa da matriz do tecido adiposo;
3 — Diferenciação de linfócitos; 4 — Osteócitos.
15. Unisc-RS 2015 Os aparelhos ortodônticos exercem c) 1 — Osteoblastos; 2 — Armazenam substâncias
forças diferentes daquelas a que os dentes estão energéticas; 3 — Diferenciação de células mesen-
naturalmente submetidos. Nos pontos em que há quimatosas; 4 — Condroblastos.
pressão ocorre reabsorção óssea, enquanto no d) 1 — Mastócitos; 2 — Armazenam substâncias
lado oposto há deposição. Desse modo, o dente é energéticas; 3 — Diferenciação de células mesen-
deslocado na arcada dentária, à medida que o osso quimatosas; 4 — Osteoclastos.
alveolar é remodelado. Este é um exemplo da plasti-
cidade do tecido ósseo, apesar das características de 18. PUC-RS 2020 Complete as afirmativas abaixo com as
rigidez deste tecido. células do tecido conjuntivo.
O processo de reabsorção acima descrito ocorre Il Os possuem forma estrelada e pro-
através da atividade dos duzem fibras e substância extracelular amorfa.
a) fibroblastos. d) osteócitos. H. são células ovoides com grânulos
b) condroblastos. e) osteoclastos. citoplasmáticos de heparina e histamina que par-
c) osteoblastos. ticipam de reações alérgicas.
Hi. Presentes nas cartilagens, os são
16. UFJF/Pism-MG 2015 Mamíferos aquáticos, como os responsáveis pela produção de fibras e da subs-
cetáceos, possuem um revestimento de tecido adiposo tância da matriz amorfa cartilaginosa.
que serve, principalmente, para evitar a perda de calor. IV. Os promovem a reciclagem da ma-
Em humanos, o corpo é mais ou menos envolvido por triz Óssea.
uma camada de gordura que se localiza abaixo da pele.
Completam corretamente as lacunas das afirmativas
Marque a afirmativa CORRETA, a qual mostra o nome
as palavras contidas em
das células desse tecido em |, a(s) substância(s) que ar-
mazena(m) em Il e um exemplo de suas funções em III.
a) |-—adiposas; Il - hemoglobina; Ill — isolante térmico.
b) |—- condroblastos; |l — triglicerídeos; Ill — evita cho- a) fibroblastos mastócitos ' condrócitos | osteoclastos
ques mecânicos. b) fibroblastos linfócitos | condroblastos osteoblastos
c) |— fibroblastos; Il — colágeno; Ill — preenchimento
c) linfócitos | mastócitos condroblastos osteoblastos
de espaços.
d) |— adiposas; Il - gorduras ou lipídeos; Ill — reserva d) mastócitos | linfócitos fibroblastos | osteoclastos
de energia.
e) | — osteoblastos; Il — minerais; Ill — formação dos 19. Udesc 2017 Após assistir a diferentes modalidades
OSSOS. desportivas na Olimpíada do Rio 2016, um jovem
resolve abandonar sua vida sedentária e se pro-
17. UFU-MG 2020 O quadro abaixo apresenta os prin-
põe iniciar a prática de exercícios físicos intensos e
cipais tipos de células dos tecidos conjuntivos, bem
regulares.
como suas características e origem celular.
Analise as proposições em relação às células muscu-
lares esqueléticas deste jovem.
LIDER Características
Il. O número de mitocôndrias nestas células deve
aumentar com o passar do tempo.
Presentes nos tecidos
frouxos; ricos em
Diferenciação de H. O número de mitocôndrias aumentará indefinida-
células-tronco
1 heparina e histamina. mente à medida que os exercícios físicos forem
multipotentes da
Participam das aumentando gradativamente.
medula óssea vermelha.
reações alérgicas.
HI. O nível do consumo de oxigênio nestas células
Diferenciação de células deve aumentar com o passar do tempo.
Adipócitos 2
mesenquimatosas. IV. O número de mitocôndrias não se alterará nestas
Produzem as fibras e a células.
Condroblastos substância amorfa da 3 V. O único aumento notável nestas células será a
matriz cartilaginosa.
produção de ATP.
Degradam a matriz
óssea, promovendo a Fusão e diferenciação Assinale a alternativa correta:
reciclagem do de monócitos. a) Somente as afirmativas Il e Ill são verdadeiras.
tecido ósseo. b) Somente as afirmativas Ill e IV são verdadeiras.
que o tecido adiposo marrom. Em relação ao tecido ósseo, é correto afirmar que
b) O tecido adiposo marrom não produz ATP, mas a) a rigidez observada deve-se à presença de uma
produz calor. matriz mineral intracelular.
c) O tecido adiposo branco não produz ATP, mas b) os osteoblastos são células importantes no processo
produz calor. de produção da matriz óssea, enquanto os osteo-
d) O tecido adiposo branco produz ATP e calor. clastos são responsáveis pela degradação da matriz.
c) os ossos são o principal reservatório de íon Na+
23. Enem PPL 2015 A toxina botulínica (produzida pelo
EU)
229
26. UFPR 2023 Sobre a contração muscular esquelética, Essa via de sinalização comanda a
é correto afirmar: a) manutenção do metabolismo celular.
a) O sistema contrátil depende da concentração de b) liberação do óvulo pelo ovário.
íons Ca'* no mioplasma, que altera as células acti- c) concentração de açúcar no sangue.
na e miosina, promovendo a contração. d) contração da musculatura esquelética.
b) Estímulos nervosos promovem a liberação de e) reabsorção de água nos rins.
acetilcolina na fenda sináptica, o que leva à des-
polarização da membrana da célula muscular. 28. FMJ-SP 2017 A figura é uma representação esque-
c) Actina e miosina são liberadas na fenda sináptica, mática do corte de uma fibra muscular esquelética.
o que gera um potencial de ação e promove a
sarcolema
contração muscular esquelética.
d) O deslizamento das células de actina sobre as de
miosina é iniciado pela liberação de ATP no sar-
cômero.
e) A despolarização da miosina promove a liberação
passiva de íons Ca” até a membrana da actina,
promovendo a contração muscular.
Texto complementar
Ocitocina pode prevenir surgimento de fase, pois o período após a menopausa representa cerca de um terço
da vida e deve ser vivido com qualidade” diz.
osteoporose No estudo, os pesquisadores aplicaram apenas duas doses do
A ocitocina, produzida pelo hipotálamo — também conhecida como hormônio ocitocina — com 12 horas de diferença entre uma injeção e
“hormônio do amor” porque liberada em presença de parceiros —, outra — em um grupo de 10 ratas Wistar. Os animais tinham 18 meses
pode ser também uma forte aliada no controle e na prevenção da de vida, algo incomum para estudos de laboratório, pois as pesquisas
osteoporose. Estudo realizado em ratas no fim do período fértil, na Uni- geralmente são realizadas com animais jovens submetidas a ovariec-
versidade Estadual Paulista (Unesp), mostrou que o hormônio reverteu tomia. Em média, ratos de laboratório vivem cerca de três anos. As
fatores que antecedem a osteoporose, como a diminuição da densidade fêmeas do estudo estavam no período da periestropausa, equivalente
e da resistência óssea e também de substâncias que favorecem a for- à perimenopausa humana, e em processo natural do envelhecimento.
mação do osso. Após 35 dias de tratamento com ocitocina, foram analisadas
“Nosso estudo tem como enfoque a prevenção da osteoporose amostras de sangue e do colo do fêmur dos animais. Houve também
primária; por isso investigamos mecanismos fisiológicos que ocorrem comparação desses dados com os de outras 10 ratas, também com 18
no período pré-menopausa. Nessa etapa da vida da mulher, medidas de meses de vida, que não receberam o hormônio.
prevenção podem evitar que os ossos se tornem frágeis e que ocorram Na comparação, os animais que receberam as doses de ocitocina
fraturas, o que poderia reduzir a qualidade e a expectativa de vida”, apresentaram estrutura óssea sem sinais de osteopenia (perda de den-
diz Rita Menegati Dornelles, coordenadora do Laboratório de Fisiologia sidade óssea). O quadro foi diferente no grupo controle. “A ocitocina
Endócrina e Envelhecimento do Departamento de Ciências Básicas da ajuda a modular o ciclo de remodelação óssea das ratas senescentes.
Unesp em Araçatuba. Os animais que receberam o hormônio tiveram aumento dos marcado-
[..] res bioquímicos associados à renovação do osso, como a expressão
Dornelles ressalta que existem dois marcos hormonais importantes de proteínas que favorecem a formação e a mineralização óssea”, diz
na vida da mulher: a puberdade e a perimenopausa (transição para a Dornelles.
menopausa, que pode durar vários anos). Esses eventos marcam, respec- Na análise das amostras de sangue, foi possível observar maior
tivamente, o início e o término do período de fertilidade. “Estuda-se muito presença de biomarcadores ósseos sistêmicos importantes, como a
a pós-menopausa, quando a mulher deixa de menstruar. No entanto, as atividade da fosfatase alcalina. “Produzida por células osteogênicas,
oscilações hormonais que ocorrem antes, na perimenopausa, já são bas- a substância está associada ao processo de mineralização. Observa-
tante fortes e estão relacionadas com a diminuição gradual da densidade mos também redução de outra enzima (TRAP) associada à reabsorção
óssea. É preciso haver estudos visando a prevenção da osteoporose nessa óssea”, diz.
Tecidos são conjuntos de células que desempenham deter- Epitélios de secreção (ou glandulares)
minadas funções. * São derivados de diferenciações que ocorrem em epité-
lios de revestimento, originando as glândulas. (estruturas
Tecidos epiteliais especializadas em produzir e liberar substâncias, como
e Células justapostas. hormônios.)
231
A matriz extracelular é formada por: constituída principalmente por colágeno, que confere
- substância fundamental; certa flexibilidade aos ossos; e com porção mineral rica
em fosfato e cálcio, resultando em alta resistência.
— fibras proteicas: colágenas, resistentes, porém flexíveis;
reticulares, que formam redes de apoio para outras estru- — Funções: sustentação; proteção de estruturas internas;
turas; e elásticas, que conferem elasticidade aos tecidos. apoio aos músculos esqueléticos; reserva de cálcio e
fosfato.
Células do tecido conjuntivo:
— Osteoblastos: atuam na produção da parte orgânica da
— fibroblastos: responsáveis pela produção das fibras
matriz óssea e na mineralização da matriz óssea.
proteicas e da substância fundamental. Quando os fi-
broblastos diminuem sua atividade de síntese, passam — Osteócitos: correspondem aos osteoblastos que di-
a ser chamados de fibrócitos; minuíram sua atividade. São células fundamentais à
manutenção da matriz óssea.
- plasmócitos: células de defesa responsáveis pela pro-
dução de anticorpos; — Osteoclastos: células que realizam a reabsorção da
matriz óssea. São importantes nos processos de remo-
- macrófagos: atuam na defesa do organismo por meio da
delação dos ossos, por exemplo, em casos de fratura.
fagocitose de substâncias estranhas e microrganismos
invasores; - Os ossos longos são compostos de epífises (extremi-
dades do osso) e diáfise (porção alongada e cilíndrica).
- mastócitos: ligadas a processos alérgicos e respostas
inflamatórias; — A estrutura interna de um osso é formada de osso com-
pacto (desprovido de cavidades), osso esponjoso (com
- mesenquimais: correspondem a células-tronco multi-
cavidades intercomunicantes ocupadas pela medula
potentes; dessa forma, podem se diferenciar em outras
óssea) e medula óssea. Há dois tipos de medula óssea:
células do tecido conjuntivo.
vermelha, rica em tecido hematopoiético, responsável pela
Tecido conjuntivo propriamente dito produção de elementos sanguíneos (nos recém-nascidos,
toda a medula óssea é vermelha; nos adultos, está restrita
Frouxo:
ao interior de certos ossos, como vértebras, esterno, cos-
- Atua no suporte e no preenchimento de espaços entre telas e ossos do crânio); e amarela, com tecido adiposo,
células e tecidos. que não produz elementos do sangue (está presente no
Denso: interior da maioria dos ossos esponjosos de adultos).
= Tecido com predominância de fibras colágenas.
Tecidos musculares
- Confere maior resistência à tração e oferece proteção
Funções:
aos demais tecidos.
- execução de movimentos;
Tecidos conjuntivos de propriedades especiais = sustentação do corpo;
Tecido adiposo: — impulsionamento do sangue pelo sistema cardiovascular;
- Predominância de adipócitos, células especializadas no = condução do alimento pelo tubo digestório;
armazenamento de gordura. — armazenamento de substâncias, como proteínas, cálcio
e glicogênio;
- Pequena quantidade de matriz extracelular.
- controle da temperatura corporal.
- Encontrado principalmente sob a pele, formando o tecido
subcutâneo, e ao redor de órgãos. Células (miócitos, ou fibras musculares) alongadas, ricas
em filamentos de actina e miosina.
— Principais funções: reserva energética nos animais; iso-
lamento térmico; proteção mecânica. Contração muscular: resultado do deslizamento dos fila-
mentos de actina sobre os de miosina.
Tecido cartilaginoso:
Tecido muscular estriado esquelético
- Rígido e avascular.
Musculatura ligada aos ossos.
- Funções: sustentação; revestimento das articulações;
Fibras alongadas, multinucleadas e com estrias transversais.
crescimento dos ossos longos.
Contração, em geral, voluntária.
— Matriz extracelular com colágeno; também pode apre-
sentar elastina, proteína que confere elasticidade. Grupos musculares com ação antagônica.
— Condroblastos: células jovens, com intensa atividade Organizado em feixes de fibras musculares paralelas.
secretora, que atuam na produção da substância fun- Cada fibra muscular apresenta as miofibrilas, que são
damental e das fibras proteicas. sequências de sarcômeros (miômeros). Os sarcômeros cor-
- Condrócitos: correspondem a condroblastos que dimi- respondem às unidades contráteis básicas da musculatura.
nuíram sua atividade. São encontrados em regiões de Na contração muscular, o deslizamento dos filamentos de
maior rigidez das cartilagens. actina sobre os filamentos de miosina causam o encurta-
— Condroclastos: células que degradam os componen- mento do sarcômero.
tes do tecido cartilaginoso. Atuam na remodelação das Tipos de fibras musculares esqueléticas
cartilagens.
Fibras tipo | (fibras vermelhas):
Tecido ósseo
— Possuem grande quantidade de mioglobina.
= Principal componente dos ossos. - Apresentam metabolismo aeróbico predominante, sendo
— Matriz óssea (matriz extracelular) com parte orgânica suscetíveis à fadiga muscular.
TT ETA ES
Exercícios complementares
1. Unicamp-SP 2021 Muitas células do corpo humano interagem entre si e com os componentes da matriz extracelular
para estabelecerem uma organização tridimensional (3D). O processo de agregação celular permite a realização de
experimentos em um modelo 3D de esferoides. A figura | representa, em plano 2D, a agregação celular 3D no esferoi-
de. Conforme crescem, os esferoides exibem geometria esférica com organização concêntrica de células nas zonas
de proliferação, de transição, e de células mortas. As concentrações de gases e outras moléculas diferem entre essas
zonas, como representado na figura Il em plano 2D.
de crescimento
Zona de proliferação - 4
Zona de transição --Ac Ac concentração
(Adaptado de R-Z. Lin e HY. Chang. Biotechnology Journal, Weinheim, v. 3, p. 1172-84, out. 2008.)
a) Explique a razão da organização dos esferoides com células proliferativas na região externa e células mortas na
região interna, como mostra a figura Il. Como o corpo humano, em situações fisiológicas, evita o surgimento de
zona de células mortas representadas na figura II?
b) Os enteroides são esferoides originados das células de revestimento do intestino humano e apresentam si-
milaridade com as células epiteliais que os originaram. Cite duas características morfológicas das células de
revestimento interno do intestino humano e suas respectivas funções.
2. UFPR 2017 O tecido epitelial do esôfago de animais é, geralmente, estratificado (possui várias camadas de células).
Em alguns casos, ele pode ser queratinizado. Que diferença existe entre os hábitos alimentares de animais com e
sem epitélio do esôfago queratinizado?
3. UEPG/PSS-PR 2019 Os tecidos epiteliais desempenham diversas funções no organismo, dependendo do órgão
onde se localizam. Assinale o que for correto sobre os epitélios e suas características.
01 As microvilosidades são projeções móveis da membrana celular do epitélio do sistema respiratório. Possuem
função de lubrificar os tecidos e aumentar a capacidade de absorção de nutrientes do epitélio.
02 As glândulas sebáceas são pequenas bolsas constituídas por células epiteliais glandulares. Sua função é lubrifi-
car a pele e os pelos, evitando seu ressecamento.
04 Visto a ausência de glândulas, terminações nervosas, vasos sanguíneos e receptores, o tecido epitelial possui
como característica exclusiva a proteção, funcionando como uma barreira protetora contra agentes externos.
08 Nos tecidos epiteliais, não há vasos sanguíneos. Os epitélios estão sempre associados a tecidos conjuntivos, nos
quais há vasos sanguíneos que nutrem e oxigenam as células epiteliais próximas.
Soma:
4. UEPG-PR 2014 Na figura abaixo são mostrados quatro tipos diferentes de epitélios. Associe o tipo de epitélio à sua
estrutura e localização em humanos. Assinale o que for correto.
Adaptado de: Lopes, S; Rosso, S. Bio. Volume 2. 2º ed. Editora Saraiva: São Paulo, 2010.
01 Em Item-se o epitélio simples cúbico. Esse epitélio é formado por uma só camada de células cúbicas. Entre ou-
tros locais, ocorre nos túbulos renais, tendo a função básica de absorção de substâncias úteis presentes na urina,
devolvendo-as para o sangue.
02 Na imagem Il tem-se o epitélio simples pavimentoso. Formado por células achatadas e dispostas em uma única
camada. É um epitélio que permite passagem de substâncias, sendo encontrado nos alvéolos pulmonares, reves-
tindo vasos sanguíneos e linfáticos.
04 Em Ill é mostrado o epitélio pseudoestratificado. Esse epitélio é formado por mais de uma camada de células,
com núcleos de tamanhos diferentes. Ocorre na cavidade nasal, na traqueia e nos brônquios, onde possui cílios
e glândulas mucosas. Auxilia na remoção de partículas estranhas das vias aéreas.
08 Na imagem IV é mostrado o epitélio simples prismático. É formado por uma camada de células altas, prismáticas.
Ocorre revestindo o estômago e os intestinos.
Soma:
5. UEPG-PR 2014 Os tecidos epiteliais, especialmente os de revestimento, são altamente resistentes à tração e suas
células dificilmente se separam umas das outras. Nesses, existem estruturas especializadas que participam do pro-
cesso de adesão. Com relação a essas estruturas e suas funções, assinale o que for correto.
01 A zônula de oclusão é a região onde há junção da membrana plasmática de células adjacentes nas áreas mais pró-
ximas do polo apical, estabelecendo uma barreira à entrada de macromoléculas no espaço entre células vizinhas.
02 As células epiteliais, além de unidas entre si, aderem à lâmina basal por meio de hemidesmossomos, cuja morfo-
logia é semelhante à de meio desmossomo.
04 Nas junções comunicantes tipo gap, as membranas plasmáticas de células adjacentes apresentam grupos
de proteínas específicas, que se dispõem formando canais que atravessam a bicamada de fosfolipídios das
membranas.
235
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, 02 As células mesenquimatosas surgem diretamente
de cima para baixo. de células mesenquimatosas embrionárias. Es-
a) V>V>V-V-F tão presentes nos tecidos frouxos e nas cápsulas
b) V-F-V-V-v envoltórias de cartilagens, ossos e órgãos hemo-
c) V-F-V-V-F citopoéticos. São capazes de originar diversas
d) F>-V-V-V-v células do tecido conjuntivo.
e) V-V-V-F-F 04 Os condroblastos estão presentes nos tecidos
Z frouxos, têm forma estrelada e núcleo periféri-
12. Udesc A gordura em excesso é um fator de alerta
co. Produzem as fibras e a substância amorfa da
em relação às condições de saúde dos indivíduos.
matriz extracelular. Surgem de células mesenqui-
Profissionais que atuam na área de Fisioterapia
matosas embrionárias.
Dermato-funcional têm demonstrado a eficácia no
08 Os adipócitos presentes no tecido adiposo têm,
tratamento de gordura localizada pela aplicação de
quando adultos, forma arredondada e armazenam
ultrassom em células adiposas do tecido subcutâneo.
substâncias energéticas para momentos de neces-
Essa técnica permite o rompimento das membranas
sidade. Estas células surgem pela diferenciação de
das células de gordura.
células mesenquimatosas indiferenciadas.
Em relação ao contexto acima, cite:
16 Os osteoclastos presentes nas cartilagens e os-
a) duas funções do tecido adiposo em nosso corpo;
sos têm núcleo central e longos prolongamentos
b) dois tipos de lipídios contidos no organismo
citoplasmáticos. Produzem as fibras e a substân-
humano.
cia amorfa da matriz óssea.
13. UEPG-PR 2018 Os tecidos conjuntivos unem e susten- Soma:
tam outros tecidos. Suas células podem ser de vários
tipos e estão geralmente separadas umas das outras 15. UEPG-PR 2014 Os tecidos conjuntivos formam-se
pela matriz intercelular. Quanto às características deste do mesênquima, um tecido embrionário originado da
tecido e suas células, assinale o que for correto. mesoderme. Com relação às características desse te-
01 O tecido conjuntivo denso modelado (ou tecido cido, assinale o que for correto.
conjuntivo denso tendinoso) possui fibras grossas 01 Esses tipos de tecidos apresentam grande quanti-
orientadas paralelamente, tornando-o bastante dade de substância intercelular (matriz extracelular)
resistente e pouco elástico. Esse tecido constitui formada por proteínas fibrosas (fibras), que ficam
os tendões e ligamentos. imersas na substância fundamental, também cha-
02 Os fibroblastos são as células mais abundan- mada de substância fundamental amorfa.
tes nos tecidos conjuntivos. Possuem forma 02 Os tecidos conjuntivos são divididos em: propria-
estrelada e núcleo grande, além de retículo en- mente dito frouxo e denso; adiposo; cartilaginoso;
doplasmático granuloso e complexo golgiense ósseo e hematopoiético.
bem desenvolvidos, indicando intensa atividade 04 O tecido conjuntivo propriamente dito frouxo
na produção de proteínas. possui poucas fibras; é delicado e flexível e está
04 Os plasmócitos são células globosas do tecido espalhado por todo o corpo, preenchendo espa-
conjuntivo denso, responsáveis pela atividade fa- ços e servindo de apoio aos epitélios, sustentando
gocitária. São particularmente bem desenvolvidos os órgãos.
em alguns tecidos, como o endoméftrio. 08 O tecido conjuntivo cartilaginoso possui glicídios
08 O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo e glicoproteínas, além de fibras colágenas e elás-
denso, o qual possui células alongadas com gran- ticas, que lhe dão consistência firme e flexível,
de núcleo central e que armazenam gotículas de tornando-o capaz de sustentar diversas partes do
gordura, localizadas na periferia da membrana. corpo e permitindo flexibilidade de movimento.
Tem como função principal a proteção mecânica 16 O excesso de tecido adiposo, principalmente no
de órgãos vitais, tais como coração, pulmões e abdome, com a obesidade, predispõe a um ris-
intestino. co maior de doenças cardiovasculares e diabete
16 O tecido cartilaginoso apresenta matriz extrace- tipo 2.
lular rígida. A alta vascularização desse tecido Soma:
permite que o mesmo promova a nutrição dos te-
cidos adjacentes. 16. UEM-PR Sobre os tecidos conjuntivos que atuam
unindo outros tecidos e conferindo-lhes sustentação
Soma:
e nutrição, é correto afirmar que
14. UEPG-PR 2016 Com relação aos tipos de células dos 01 a histamina, liberada pelos mastócitos, é o prin-
tecidos conjuntivos, suas características principais e cipal agente nos processos alérgicos e inflamató-
origem celular, assinale o que for correto. rios dos tecidos.
01 Os osteoblastos presentes nos ossos são gran- 02 as fibras elásticas e colágenas, presentes no te-
des e multinucleados. Degradam a matriz óssea, cido conjuntivo dérmico, são responsáveis pela
promovendo a reciclagem do tecido. elasticidade e pela resistência da pele humana.
17. Unesp 2021 Para mimetizar um tecido e obter uma 20. Unesp 2016 As Olimpíadas de 2016 no Brasil contarão
estrutura para enxertos em humanos, um grupo de pes- com 42 esportes diferentes. Dentre as modalidades
quisadores utilizou a espongina, composta por colágeno, de atletismo, teremos a corrida dos 100 metros rasos
e a biossílica das espículas provenientes de um inver- e a maratona, com percurso de pouco mais de 42 km.
tebrado. A associação da parte orgânica com a parte A musculatura esquelética dos atletas que competirão
inorgânica resultou em um compósito com propriedades nessas duas modalidades apresenta uma composição
muito similares às do tecido humano. distinta de fibras. As fibras musculares do tipo | são
(Karina Ninni. https://agencia.fapesp.br, 10.09.2020. de contração lenta, possuem muita irrigação sanguí-
Adaptado.)
nea e muitas mitocôndrias. Ao contrário, as fibras do
O filo a que pertence o invertebrado mencionado e tipo Il são de contração rápida, pouco irrigadas e com
um órgão humano que poderá receber o enxerto são poucas mitocôndrias. As fibras do tipo I têm muita mio-
a) porífera e fêmur. globina, uma proteína transportadora de moléculas de
b) cnidária e dente. gás oxigênio que confere a estas fibras coloração ver-
c) porífera e disco intervertebral. melha escura, ao passo que as do tipo Il têm pouca
d) cnidária e pele. mioglobina, sendo mais claras. A imagem ilustra a dis-
e) cnidária e bíceps. posição das fibras musculares de cortes histológicos
transversais, vistas ao microscópio, da musculatura
18. UFJF/Pism-MG 2017 Em relação ao tecido conjuntivo,
dos atletas Carlos e João. Cada atleta compete em
leia as afirmativas a seguir:
uma dessas duas modalidades.
l É o mais diversificado de todos, com ampla distri-
buição pelo corpo dos animais; apresenta-se com
Carlos
diversos aspectos e funções.
Il. Sendo uma estrutura complexa, pode ser forma-
do por vários tipos de fibras como colágenas,
elásticas e reticulares.
A doença escorbuto ocasiona uma degeneração
dos tecidos conjuntivos.
IV. O sangue é considerado um tecido conjuntivo
cujas células estão imersas no plasma sanguíneo.
V. Otecido conjuntivo que resiste a forças da tração
é o tipo de tecido denso não modelado.
Assinale a alternativa com as afirmativas CORRETAS:
a) LILILIV ev.
b) somente | lle IV.
c) somente |, llle IV.
d) somente |, Il, Ille IV.
e) somente |, Ill, IV e V.
ES)
Il. Apresenta como funções a proteção, absorção e Por que é possível afirmar que Carlos é o atleta que
secreção de substâncias e a percepção de sen- compete na maratona? Que metabolismo energético
sações. Os fibroblastos e os condroblastos são predomina em suas fibras musculares?
exemplos de células presentes neste tecido. Determine o metabolismo energético que predomina
l. Contém células especializadas no armazena- nas fibras musculares de João e explique por que ele
mento de gordura (os adipócitos), as quais reser- é mais suscetível à fadiga muscular quando submeti-
vam energia. do ao exercício físico intenso e prolongado.
237
21. UEPG-PR 2016 Existem três tipos de tecido muscular, os quais diferem entre si pelas características de suas células
e pela localização no organismo. Considerando o tecido muscular, assinale o que for correto.
01 O tecido muscular estriado cardíaco é encontrado apenas no coração. Suas células são longas, ramificadas, com
estrias transversais e contraem-se de forma involuntária e ritmada.
02 Entre as funções do tecido muscular liso estão: empurrar o alimento ao longo do tubo digestório e regular o fluxo
de sangue por meio do controle do diâmetro dos vasos, contraindo-se involuntariamente.
04 As miofibrilas dos músculos estriados são constituídas pelas proteínas miosina e actina, as quais organizam-se
em filamentos. A contração ocorre quando os filamentos de actina deslizam sobre os filamentos de miosina, di-
minuindo, assim, o comprimento do miômero (ou sarcômero).
08 O processo de contração de um tecido muscular estriado esquelético é voluntário (por exemplo, movimento das
pernas ao caminhar), processo, então, que não depende do sistema nervoso.
Soma:
22. UEPG-PR 2016 A contração muscular é um processo fisiológico de alto custo energético. Com relação aos processos
que fornecem energia para a contração muscular, assinale o que for correto.
01 As fibras musculares possuem moléculas de fosfato de creatina, ou fosfocreatina, uma substância altamente
energética presente nas fibras musculares em uma concentração cerca de 10 vezes maior que o ATP.
02 Durante um exercício, à medida que o estoque de ATP vai sendo utilizado, a célula muscular transfere fosfatos ener-
géticos das moléculas de fosfocreatina para moléculas ADP, gerando mais ATP.
04 As células musculares armazenam grande quantidade de glicogênio, um polissacarídeo formado por centenas de
moléculas de glicose unidas entre si.
08 O ácido lático produzido nos músculos é transportado pelo sangue até os rins, onde é totalmente excretado com
a urina.
16 A fermentação lática ocorre nas fibras musculares durante um exercício muscular muito intenso. Nesse caso,
após esgotarem-se as reservas de gás oxigênio ligado à mioglobina, as fibras musculares passam a produzir
ATP por meio da fermentação lática.
Soma:
23. UEPG-PR 2021 O tecido conjuntivo tem como uma de suas funções a sustentação, sendo o osso e a cartilagem
exemplos de tipos de tecido conjuntivo. Sobre os tecidos ósseo e cartilaginoso, assinale o que for correto.
01 Há uma grande quantidade de matriz extracelular formada por proteínas fibrosas e substância amorfa.
02 O tecido cartilaginoso pode ser encontrado nas articulações, cobrindo a superfície dos ossos.
04 O tecido ósseo apresenta rigidez, característica conferida pela associação das fibras colágenas com cristais de
fosfato de cálcio.
08 Muitos ossos apresentam uma organização em sistemas haversianos, sendo que no canal central desse siste-
ma passam vasos sanguíneos e nervos.
16 O tecido cartilaginoso, assim como o tecido ósseo, possui vasos sanguíneos.
Soma:
24. Uerj 2023 A prática contínua de exercícios físicos aeróbicos de longa duração resulta no aumento de determinados
parâmetros dos músculos estriados esqueléticos, envolvidos nessa atividade.
Um desses parâmetros é:
a) o número de fibroblastos. c) proporção de fibras vermelhas.
b) densidade de colágeno. d) concentração de hemoglobina.
25. UEPG-PR Por ocasião das Olimpíadas sempre vem à tona a importância da prática de exercícios físicos. Assim, assinale o
que for correto com relação aos tecidos musculares e processos de contração muscular.
01 As células musculares são chamadas de fibras musculares (ou miócitos) e seus constituintes recebem denomi-
nações especiais. O seu citoplasma recebe o nome de sarcoplasma, o retículo endoplasmático é cnamado de
retículo sarcoplasmático e a membrana plasmática é o sarcolema.
02 Quando se move contrai-se um tipo de músculo que se prende aos nossos ossos: músculo estriado esquelético
— formado por longas células cilíndricas e plurinucleadas.
04 O processo de contração muscular deve-se ao encurtamento de miofibrilas compostas de dois tipos de açúcares:
miosina e actina. O deslizamento dessas estruturas, umas sobre as outras, libera energia suficiente para o processo
de contração.
08 O tecido muscular estriado cardíaco possui células longas e mononucleadas, que se contraem voluntariamente e
de maneira lenta, fazendo com que o coração bata de uma maneira constante e ritmada.
Soma:
Com base nos conhecimentos sobre o íon cálcio no organismo, é correto afirmar que
a) ele é responsável pela contração do músculo cardíaco porque promove os deslizamentos dos miofilamentos
delgados de miosina sobre os miofilamentos espessos de actina.
b) a ocorrência do relaxamento da célula muscular cardíaca depende do gasto energético para a remoção do cálcio
e devolução ao interior do retículo endoplasmático rugoso.
c) ele atua na contração dos miócitos, na coagulação sanguínea e na transmissão do impulso nervoso.
d) se houver uma redução da concentração de paratormônio, também ocorrerá um aumento na concentração do
cálcio na circulação sanguínea, e doenças que levam à insuficiência cardíaca tornam-se menos prováveis.
e) otransporte dele em miócitos ventriculares de ratos, durante o desenvolvimento pós-natal, envolve a sua passa-
gem pelo tonoplasto.
27. FMJ-SP 2021 Os músculos estriados esqueléticos estão relacionados ao andar dos seres humanos e de outros
animais terrestres, bem como ao nadar dos peixes e ao voar das aves e morcegos. Por causa dos movimentos do
coração, o músculo estriado cardíaco bombeia o sangue, que atinge várias regiões do corpo. Outro grupo principal
de músculos é o dos lisos, presentes nos intestinos, no útero, nos vasos sanguíneos e nos olhos, onde desempe-
nham diferentes funções.
a) Cite duas funções dos músculos intrínsecos (internos), presentes nos olhos, que possibilitam a visão.
b) Os músculos estriados possuem fibras musculares com muitas moléculas de mioglobina e com retículo sarco-
plasmático desenvolvido (ou retículo endoplasmático agranular). Explique a importância dessas características
encontradas no sarcoplasma das fibras musculares.
28. CUSC-SP 2017 Existe um tipo de músculo que atua principalmente no movimento e na sustentação do corpo humano,
outro tipo que auxilia no transporte de sangue e um terceiro tipo de músculo, de controle involuntário, que participa, por
exemplo, do peristaltismo.
a) Cite o tipo de músculo que participa do peristaltismo. Cite uma característica morfológica da célula que forma
esse músculo.
b) O coração é formado por um tipo de músculo que, ao contrair-se, permite impulsionar o sangue para o corpo.
Quando corremos ou andamos, outros músculos também auxiliam no deslocamento sanguíneo. Explique como o
movimento dos músculos da perna sobre as veias auxilia no retorno do sangue ao coração.
1. Enem 2016 A perda de massa muscular é comum com a idade, porém, é na faixa dos 60 anos que ela se torna clinicamente
perceptível e suas consequências começam a incomodar no dia a dia, quando simples atos de subir escadas ou ir à padaria
se tomam sacrifícios. Esse processo tem nome: sarcopenia. Essa condição ocasiona a perda da força e qualidade dos mús-
culos e tem um impacto significante na saúde.
Disponível em: www.infoescola.com. Acesso em: 15 fev. 2023 (adaptado).
A sarcopenia é inerente ao envelhecimento, mas seu quadro e consequentes danos podem ser retardados com a
prática de exercícios físicos, cujos resultados mais rápidos são alcançados com o(a)
a) hidroginástica.
b) alongamento.
c) musculação.
d) corrida.
e) dança.
239
2. CPS-SP 2019 A pele é o maior órgão do corpo humano, revestindo toda a superfície corporal. Funciona como uma
barreira protetora contra as radiações solares, particularmente os raios ultravioletas, lembrando que a exposição ex-
cessiva ao sol aumenta drasticamente o risco de câncer de pele.
A pele atua também na proteção contra agentes mecânicos (atrito e pressões), químicos (substâncias prejudiciais)
e biológicos (microrganismos patogênicos). Além disso, evita a excessiva perda de água, desempenha importante
papel na manutenção de nossa temperatura corporal e na elaboração de metabólitos.
241
243
245
247
249
251
253
255