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BIOLOGIA E GEOLOGIA

FICHA DE TRABALHO
Sismologia

Nome …..................................................................................... Nº ............

Grupo I
Sismo do Haiti de 2010
O Haiti, que, juntamente com a República Dominicana se localiza na ilha Hispaniola, foi afetado por um sismo
de magnitude 7 no dia 12 de janeiro de 2010. Vitimou mais de 230000 pessoas e deixou pelo menos 1,3 milhões
de haitianos sem abrigo.
O sismo teve origem a 10 Km de profundidade e epicentro na localidade de Leogane, a 15 Km de Port-au-
Prince, a capital do Haiti. O sismo atingiu uma intensidade IX na capital Port-au-Prince, tendo sido sentido em
vários países vizinhos, incluindo em Cuba e na Venezuela.
A região afetada é muito ativa em termos sísmicos. Já anteriormente a capital tinha sido destruída por sismos
muito fortes em 1751 e 1770. Estes sismos resultaram de movimentos ao longo do sistema de falhas Enriquillo-
Plantain Garden (EPGT) – Figura 1.

PLACA NORTE-AMERICANA
Cuba

Haiti
MICROPLACA GONAVE Rep Dominicana

Jamaica Hispaniola
PLACA DAS CARAÍBAS

Epicentro Fossa oceânica EPGT – Falha Enriquillo-Plantain


Garden

Figura 1 (Adaptada de https://www.researchgate.net/figure/Regional-geology-A-Plate-tectonic-


setting-of-Jamaica-The-vectors-DeMets-and_fig1_321480047)

1. A escala de _______, que permitiu determinar a magnitude de 7 do sismo do Haiti, baseia-se _______.
(A) Mercalli … na energia libertada no foco.
(B) Richter … nos danos causados pelo sismo.
(C) Richter … na energia libertada no foco.
(D) Mercalli … nos danos causados pelo sismo.

2. O sismo do Haiti, que resultou do movimento ao longo do sistema de falhas EPGT, localizou-se numa zona
_______ e o seu foco foi _______.
(A) intraplaca … superficial
(B) interplaca … superficial
(C) intraplaca … intermédio
(D) interplaca … intermédio
3. No contexto tectónico evidenciado na Figura 1 ocorre, predominantemente,
(A) desligamento entre a placa das Caraíbas e a microplaca Gonave.
(B) convergência entre a placa das Caraíbas e a microplaca Gonave.
(C) convergência entre a placa das Caraíbas e a placa Norte-americana.
(D) desligamento entre a placa das Caraíbas e a placa Norte-americana.

4. Uma estação sismográfica localizada na cidade de S. Petersburgo (na Rússia), situada a cerca de 12000Km do
epicentro, não recebeu qualquer tipo de ondas sísmicas.
Indique como se designa uma área onde não são registadas ondas sísmicas.

zona de sombra
5. Ordene as letras de A a E de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos relacionados com
o sismo do Haiti em 2010.

D-E-A-C-B
A. Chegada das ondas S ao epicentro.
B. Ocorrência de réplicas.
C. Propagação das ondas superficiais.
D. Acumulação de tensões na falha EPGT.
E. Chegada das ondas P ao epicentro.

6. As afirmações seguintes dizem respeito à estrutura interna da Terra.


I. As ondas P geradas no sismo de 2010 atravessaram o interior da Terra e foram registadas em todos os
sismógrafos do globo.
II. As ondas S geradas deixaram de se propagar ao atravessar a descontinuidade de Gutenberg.
III. A zona de sombra sísmica para as ondas S apoia a natureza sólida do núcleo interno.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas
(B) II é verdadeira; I e III são falsas
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa

7. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, o conceito de sismologia indicado na coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A A-2 Coluna B

(a) As partículas do meio vibram perpendicularmente à direção de


propagação da onda. B-1 (1) Epicentro
(2) Hipocentro
(3) Intervalo S-P
(b) Zona, à superfície, mais próxima do foco sísmico.
(c) Permite calcular a distância epicentral para cada estação. C-3 (4) Ondas P
(5) Ondas S

8. Explique a formação do sismo de 12 de janeiro de 2010 no Haiti, tendo em conta o enquadramento tectónico
do mesmo e a teoria do ressalto elástico.
GRUPO II

No dia 12 de Maio de 2008, na região de Sichuan, na China, ocorreu um sismo de 7,9 de magnitude, que
teve a sua origem a uma profundidade de 19 km e o epicentro a 80 km da cidade de Chengdu, capital de
Sichuan. O sismo foi sentido em várias cidades da China, como Pequim e Xangai, bem como em Banguecoque,
capital da Tailândia, a 3300 km de distância do epicentro.
Numa escala continental, a sismicidade que ocorre na parte central e oriental da Ásia é resultado da colisão
das placas Indiana e Euroasiática. A placa Indiana move-se para norte, relativamente à placa Euroasiática, cerca
de 50 mm/ano (Figura 1 A).
O sismo ocorreu sob algumas das montanhas mais íngremes e escarpadas da Terra, Longmen Shan, as
Montanhas do Portão do Dragão. Esta cordilheira, mais íngreme do que os Himalaias, é o limite oriental do
planalto tibetano e resultou da colisão das duas placas. Os dados indicam que o sismo se originou devido ao
movimento que ocorreu ao longo da falha de Longmen Shan (Figura 1 B). O sismo reflectiu as tensões
tectónicas resultantes da convergência do planalto tibetano com a bacia de Sichuan.
Em Dezembro de 2002, uma publicação periódica, de nível mundial, referia que em Sichuan poderia haver
um sismo com magnitude superior a 7 nos anos seguintes. Também um investigador chinês, Chen Xuezhong,
publicou um relatório em que referia que Sichuan tinha uma grande probabilidade de ser atingida por um sismo
forte, devido à sua localização geográfica e de acordo com registos históricos.
Nos dias anteriores ao sismo, várias pessoas alertaram para a ocorrência de comportamentos fora do
normal em alguns animais. Por exemplo, centenas de milhares de sapos apareceram nas ruas, em várias
cidades.

Figura 1 A – Localização do epicentro Figura 1 B – Falha de Longmen Shan

Tabela 1 – Aplicação da Escala de Mercalli Modificada ao sismo de Sichuan


1. O sismo de Sichuan teve a sua origem no e foi consequência de os materiais terem ultrapassado o seu
limite de .
(A) epicentro (…) elasticidade.
(B) hipocentro (…) elasticidade.
(C) epicentro (…) fragilidade.
(D) hipocentro (…) fragilidade.

2. Nos dias que se seguiram ao sismo de Sichuan ocorreram que atingiram magnitude do que o sismo
principal.
(A) abalos premonitórios (…) menor
(B) abalos premonitórios (…) maior
(C) réplicas (…) menor
(D) réplicas (…) maior

3. Na cidade de Chengdu, capital de Sichuan, o sismo de magnitude 7,9 foi considerado na escala de .
(A) muito forte (…) Richter.
(B) forte (…) Richter.
(C) muito forte (…) Mercalli Modificada.
(D) forte (…) Mercalli Modificada.

4. O sismo de Sichuan, que resultou do movimento ao longo da falha de Longmen Shan, localizou-se numa zona
e foi consequência do movimento entre duas placas cujo limite é .
(A) intraplaca (…) convergente.
(B) interplaca (…) divergente.
(C) interplaca (…) convergente.
(D) intraplaca (…) divergente.

-
5. Faça corresponder a cada uma das afirmações de A a E o conceito de sismologia respectivo, indicado na
chave:
Afirmações
A – Influencia a intensidade sísmica.
B – As partículas do meio vibram perpendicularmente à direcção de propagação da onda.
C – É a zona, à superfície, mais próxima do foco sísmico.
D – As partículas do meio vibram longitudinalmente à direcção de propagação da onda.
A-
E – Permite calcular a distância epicentral para cada estação.

Chave
I – Onda P
B-
II – Onda S
III – Sismograma C-4
IV – Epicentro
V – Frente de onda
VI – Hipocentro
D-
E-8
VII – Intervalo S-P
VIII – Distância epicentral

6. Os sismos de elevada magnitude provocam frequentemente grande destruição e um elevado número de


vítimas. Explique por que razão entidades como os Serviços de Protecção Civil utilizam preferencialmente a
Escala de Mercalli Modificada, apesar de esta ser menos objectiva do que a determinação de magnitudes.
Grupo III
México, um país com muitos sismos grandes
Em setembro de 2017, o México foi atingido por dois tremores de terra fortes. O primeiro, a 7 de setembro,
com magnitude 8,1 graus e epicentro na costa do Pacífico, provocou a morte a quase 100 pessoas. A 19 de
setembro houve outro, de 7,1 graus de magnitude e epicentro na região de Puebla, a cerca de 120 Km da Cidade
do México, a capital do país. Matou mais de 400 pessoas, a maioria na Cidade do México, e houve milhares de
desalojados e edifícios destruídos.
Também em 1985, precisamente a 19 de setembro, houve um sismo de magnitude 8, com epicentro em
Chiapas, a cerca de 400 Km da capital, cujos efeitos foram ainda maiores. Provocou mais de dez mil mortos e
muitos estragos.
O geólogo Rui Dias, da Universidade de Évora, do Instituto de Ciências da Terra e diretor-executivo do Centro
Ciência Viva de Estremoz afirma que “o México é um país que muito facilmente tem sismos grandes”.
Além da situação geológica do país, Rui Dias destaca a “situação muito especial” da Cidade do México. Quando
os espanhóis chegaram há uns séculos a Tenochtitlan, a capital dos astecas, esta estava numa ilha no meio de um
lago. A cidade começou a expandir-se e, ao longo do tempo, foi-se drenando a água e secando o lago. “A Cidade
do México não está em cima de uma rocha consolidada com muitos milhões de anos, não é como as rochas
sedimentares normais.”
Na atualidade, a Cidade do México, com quase 9 milhões de habitantes, expande-se desde a zona dos lagos,
no lado este, onde se encontram depósitos de solos macios, e a zona das montanhas, do lado oeste, onde há
predominância de materiais firmes.
A Figura 2 evidencia o contexto tectónico do México e dos sismos referidos.

19 set. 1985
Magnitude: 8,0 Golfo do México
Profundidade: 15 Km
19 set. 2017
Magnitude: 7,1
Profundidade: 51 Km

7 set. 2017
Magnitude: 8,1
Profundidade: 69 Km

Rifte Zona de subducção Epicentro

Figura 2

Adaptado de https://www.publico.pt/2017/10/09/ciencia/noticia/por-que-e-que-o-mexico-tem-tantos-sismos-e-tao-fortes-1787998

Foram recolhidos, em diferentes localidades mexicanas, relatos das populações onde o sismo de 19 de
setembro de 2017 foi sentido. A Tabela I evidencia a aplicação da Escala de Mercalli Modificada (EMM) em alguns
desses locais.

EMM I II - III IV V VI VII VIII IX X


Perceção Não Muito Fraco Moderad Forte Muito Severo Violent Extrem
sentido fraco o forte o o

EMM VIII VII - VIII VI V IV IV II - III


Localidad Puebla Cidade do Tehuacan Oaxaca Acapulco Vera Cruz Santa Cruz
e México
Tabela I (Baseado em https://earthquake.usgs.gov/earthquakes/eventpage/us2000ar20/dyfi/zip)
1. O sismo de setembro de 2017 com _______ magnitude foi o mais destrutivo, porque o epicentro se localizou
mais _______ da cidade do México.
(A) menor … longe
(B) maior … próximo
(C) maior … longe
(D) menor … próximo

2. O sismo de Chiapas, de 19 de setembro de 1985, teve origem numa zona


(A) intraplaca oceânica.
(B) intraplaca continental.
(C) interplaca oceânica -continental.
(D) interplaca continental-continental.

3. Considere as seguintes afirmações relativas ao modo como o sismo de Puebla, de 19 de setembro de 2017, foi
sentido pelas populações.
I. Regiões localizadas a diferente distância epicentral registaram a mesma intensidade sísmica.
II. Em Tehuacan a magnitude do sismo foi mais elevada do que em Acapulco.
III. Na cidade do México o sismo foi sentido com diferentes intensidades.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.

4. A elevada intensidade sísmica verificada na capital do México poderá ser explicada pela
(A) proximidade relativamente ao mar.
(B) natureza geológica do substrato rochoso.
(C) edificação em materiais de elevada rigidez.
(D) elevada mobilidade da placa de Cocos.

5. A velocidade das ondas sísmicas _______ ao propagarem-se do sistema lacustre para a região montanhosa da
cidade do México, devido _______ da rigidez dos materiais.
(A) diminui … à diminuição
(B) diminui … ao aumento
(C) aumenta … à diminuição
(D) aumenta … ao aumento

6. Mencione uma razão que, de acordo com os dados fornecidos, poderá explicar o elevado grau de destruição
registado no sismo de 1985 comparativamente aos sismos de 2017.

7. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a estabelecer a sequência dos


acontecimentos relacionados com a origem e propagação de um sismo.
A. Rotura dos materiais numa zona de falha.
B. Propagação de ondas L a partir do epicentro.
C. Acumulação de energia em profundidade, ao longo do tempo.
D. Propagação de ondas sísmicas a partir do foco.
E. Chegada de ondas S ao epicentro.
8. Os investigadores defendem que os sismos silenciosos podem ter origem numa camada fina de material
rochoso que existe entre a placa subductada e a placa continental sobrejacente. Esta camada possui muitos
fluidos circulantes a elevadas temperaturas que lubrificam as rochas.
Explique em que medida esta camada pode ser detetada pela análise das ondas sísmicas e de que forma pode
ser responsável pela geração de sismos silenciosos nesta região.

GRUPO IV

O Sismo de Hyogo-Ken Nambu


O Japão constitui um arco insular resultante de actividade vulcânica que ocorre quando a Placa do Pacífico e
a Placa das Filipinas subductam o bordo Este da Placa Euroasiática. Originariamente, o Japão era um bordo
continental da Ásia, tendo-se separado do continente há cerca de 15 milhões de anos, com a abertura do mar
do Japão.
Neste arquipélago, devido à instabilidade tectónica, as actividades vulcânica e sísmica são bastante intensas.
Existem perto de oitenta vulcões activos e são sentidos, em média, mil sismos por ano.
Em 1995, o sismo de Hyogo-Ken Nambu, perto da cidade de Kobe, teve uma magnitude de 7,2 na escala de
Richter e resultou da rotura de uma falha do tipo desligamento, numa extensão de
40 km.
Algumas estruturas da cidade de Kobe, nomeadamente o porto marítimo, foram edificadas em ilhas
artificiais construídas com materiais graníticos, não consolidados e saturados de água. Foi exactamente nestas
ilhas que se registaram os maiores prejuízos, quer como consequência directa do sismo, quer como resultado
do deslizamento dos terrenos que se verificou na sequência do mesmo.
A Figura 2 representa o contexto tectónico do Japão e a localização do epicentro do sismo de
Hyogo-Ken Nambu (1995).
Os sismogramas A e B, representados na Figura 3, foram obtidos em dois locais com diferentes
características rochosas, próximos de Kobe.

Figura 2
Baseado em http://earthquake.usgs.gov (consultado em Novembro de 2010)

Figura 3

Texto e Figura 3 baseados em http://mceer.buffalo.edu/research/Reconnaissance/Kobe-17-95/response.pdf


1. O sismo associado à falha de Kobe ocorreu devido ao comportamento

(A) frágil das rochas, por actuação de forças que provocaram o deslocamento relativo dos blocos na
horizontal.
(B) frágil das rochas, por actuação de forças que provocaram o cavalgamento do bloco de tecto sobre o
de muro.
(C) dúctil das rochas, por actuação de forças que provocaram a rotura do material rochoso.
(D) dúctil das rochas, por actuação de forças que provocaram o estiramento do material rochoso.

2. As primeiras ondas registadas num sismograma são


(A) transversais, provocando a vibração das partículas paralelamente à direcção de propagação da onda.
(B) transversais, provocando a vibração das partículas numa direcção perpendicular ao raio sísmico.
(C) longitudinais, provocando a vibração das partículas paralelamente à direcção de propagação da onda.
(D) longitudinais, provocando a vibração das partículas numa direcção perpendicular ao raio sísmico.

3. O sismograma B, representado na Figura 3, corresponde a uma zona de terreno


(A) aluvial onde, devido a fenómenos de reflexão e de refracção das ondas sísmicas, a vibração foi mais
prolongada.
(B) aluvial onde, devido à menor rigidez dos materiais, as ondas sísmicas apresentaram maior frequência.
(C) consolidado onde, devido à maior rigidez dos materiais, as ondas sísmicas apresentaram maior
frequência.
(D) consolidado onde, devido à ausência de fenómenos de reflexão e de refracção das ondas sísmicas, a
vibração foi mais prolongada.

4. A análise de alterações na velocidade de propagação das ondas profundas constitui um método de estudo
(A) indirecto do interior da Terra, permitindo verificar que a rigidez dos materiais aumenta continuamente
com a profundidade.
(B) indirecto do interior da Terra, permitindo estabelecer uma diferença de rigidez entre a litosfera e a
astenosfera.
(C) directo do interior da Terra, permitindo determinar diferenças na composição dos materiais que
constituem a crusta e o manto.
(D) directo do interior da Terra, permitindo determinar diferenças na composição dos materiais que
constituem o núcleo externo e o núcleo interno.

5. As ilhas do Japão constituem um arco insular onde ocorre


(A) divergência entre limites litosféricos oceânicos.
(B) divergência entre limites litosféricos continentais e oceânicos.
(C) convergência entre limites litosféricos continentais e oceânicos.
(D) convergência entre limites litosféricos oceânicos.

7. Explique, com base nos dados, por que razão o sismo de Hyogo-Ken Nambu provocou o deslizamento de
terrenos na ilha do porto de Kobe

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