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EXAME ANDROLÓGICO E MANEJO DO GARANHÃO MANEJO DE

REPRODUTORES, E ALTERAÇÕES CLÍNICAS DO MACHO

PROF MSC ANA KATHARINA DE ARAÚJO LIMA SOARES

anakatharina.als@gmail.com
EXAME ANDROLÓGICO GARANHÃO
• O exame andrológico em equinos tem como objetivo determinar a
qualidade reprodutiva desses animais, analisando a fertilidade destes
por meio de índices como as características do sêmen, as condições
físicas e o histórico do garanhão, identificando, ainda, animais
inférteis ou subférteis.
• Esse exame deve ser feito toda vez que há uma estação de monta,
que, no Brasil, começa no mês de setembro e pode se estender até
fevereiro. Nestes casos, é indicado que o exame andrológico em
equinos seja feito até o mês de agosto. Caso haja o interesse na
comercialização do sêmen equino, recomenda-se que essa avaliação
seja feita a cada 90 dias
• Dentre as vantagens desse processo, pode-se destacar o aumento do
desempenho reprodutivo do rebanho, a prevenção de doenças ou
problemas ligados à fertilidade e à avaliação da qualidade do sêmen.
A análise correta dos resultados obtidos com o exame
andrológico em equinos traz benefícios ao índice reprodutivo da
fazenda, aumentando a taxa de potros nascidos e,
consequentemente, possibilitando um maior retorno financeiro ao
produtor.
• Primeiramente, é feito um exame geral do animal, procurando por
possíveis enfermidades, monitorando a frequência cardíaca e
observando o funcionamento do sistema reprodutor
• histórico desse animal
• desempenho reprodutivo, tratamentos prévios, alimentação, rotina e
procedência do animal.
• Em seguida, é realizado um exame específico nos órgãos genitais e
internos do aparelho reprodutor do animal. Esse exame é de extrema
importância para avaliar a saúde e o bom funcionamento desse
sistema, buscando por possíveis doenças ou alterações que possam
ser prejudiciais, verificando, também, a raça e a idade do garanhão. A
inspeção externa é realizada por meio de palpação, e a interna,
requer, por muitas vezes, o auxílio da ultrassonografia.
• comportamento sexual dos garanhões, observando sua conduta
quando estão próximos das fêmeas do plantel
• após a observação dos outros aspectos citados, é feita a análise do
sêmen do animal.
• são avaliadas características como o pH, o volume e concentração, o
vigor dos espermatozoides e aspectos físicos do sêmen, além de
testar sua capacidade de congelamento e resfriamento
• o sangue do garanhão submetido ao exame também é avaliado.
Quando esse exame é feito, procura-se por vírus transmissores de
AIE, Anemia Infecciosa Equin
• Exame físico;
• Exame do sistema reprodutor;
• Observação do comportamento sexual;
• Análise do sêmen e do sangue do garanhão.
ASPECTOS DO MANEJO REPRODUTIVO DE
EQUINOS

• https://www.youtube.com/watch?v=sLESHIbny9o
ALTERÇÕES CLÍNICAS

• CRIPTORQUIDISMO
• BALANOPOSTITE
• ORQUITE E EPIDIDIMITE
• FIMOSE
• NEOPLASIA DO TESTÍCULO E BOLSA ESCROTAL
INTRODUÇÃO ÀS BIOTÉCNICAS DA REPRODUÇÃO; BIOTÉCNICAS DA
REPRODUÇÃO EM PEQUENOS RUMINANTES, BIOTÉCNICAS DA
REPRODUÇÃO EM SUÍNOS; BIOTÉCNICAS DA REP. EM PEIXE

PROF MSC ANA KATHARINA DE ARAÚJO LIMA SOARES

anakatharina.als@gmail.com
• O princípio básico que rege a aplicação das biotécnicas de reprodução
assistida em animais consiste em facilitar ou potencializar encontro
entre gametas masculino e feminino para que ocorra a fertilização,
que pode ocorrer no animal – in vivo, como em laboratório – in vitro
• São técnicas que melhoram e viabilizam a fertilidade animal ou
potencializam sua eficiência reprodutiva. Entretanto, para animais de
interesse zootécnico, em que se busca cada vez mais a eficiência do
processo reprodutivo e produtivo, essas biotecnologias são mais que
um suporte para resolução de problemas com animais inférteis ou
subférteis
• elas são praticamente o único caminho viável para multiplicar o avanço
do melhoramento genético de raças e espécies, viabilizar novas técnicas
de manejo reprodutivo, além de promover novos modelos de produção
pecuária mais sustentável, dentre inúmeros outros benefícios
• Conhecimento científico sobre os índices de sucesso da biotecnologia
para aquela espécie, raça e rebanho;
• Objetivos desejados com o procedimento de reprodução assistida;
• Habilidade e experiência da equipe que vai realizar a técnica;
• Condições e equipamentos laboratoriais para realização do serviço;
• Custo-benefício da aplicação da biotecnologia e o potencial de
retorno financeiro futuro com a aplicação da tecnologia
• A tendência é sempre a escolha da técnica com melhor custo-
benefício, o que nem sempre é a mais barata em termos de
investimento, pois os procedimentos para algumas dessas técnicas
são bastante caros e envolvem mão de obra altamente especializada
PRIMEIRA GERAÇÃO: INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

• Considerada uma biotecnologia de reprodução animal de primeira


geração, a inseminação artificial (IA) é o processo de fecundação
natural, porém no qual os espermatozoides são coletados e
processados em laboratório para depois serem depositados em
concentrações adequadas no útero da fêmea no momento o mais
próximo possível da sua ovulação.
• Existe ainda a possibilidade de o sêmen ser congelado em nitrogênio
liquido (-197º C), fazendo com que o material genético do macho
possa ser preservado por anos ou décadas, mesmo depois de sua
morte.
• A finalidade da IA é facilitar a chegada dos espermatozoides às
trompas num número adequado para a fertilização dos ovócitos.
Visando achar o melhor momento para inseminação artificial, o ciclo
estral (animais) ou menstrual (mulher) precisa ser controlado e
monitorado para uma correta sincronização do momento da IA, o que
pode ocorrer por meio de exames ginecológicos com ou sem
utilização da ultrassonografia ou com uso de terapias hormonais de
controle do ciclo reprodutivo.
• Sua utilização foi imprescindível para a evolução genética e o
melhoramento das raças bovinas de produção de leite e corte na
atividade pecuária. Em diversas outras espécies, como suínos, ovinos,
caprinos e equinos, essa técnica é também bastante utilizada nas
práticas de manejo reprodutivo.
• A inseminação artificial é a biotecnologia de maior utilização na
grande maioria das espécies de interesse zootécnico, gerando
impactos econômicos importantes.
• O Brasil possui várias centrais de inseminação artificial, em que os
melhores reprodutores, do ponto de vista das provas genéticas, são
levados para produzir milhares de doses de sêmen que serão
utilizadas nas mais diversas fazendas e regiões do pais.
• Em animais silvestres, a técnica pode ajudar na sobrevivência de
animais em extinção e na realização de acasalamentos entre animais
de diferentes regiões geográficas.
• Dependendo da espécie, as biotecnologias associadas ao processo de
criopreservação dos gametas, manejo e manipulação hormonal estão
mais dominadas e conhecidas ou ainda em estudo. Normalmente,
espécies com menor pressão de seleção reprodutiva possuem mais
problemas reprodutivos, havendo menos chances de sucesso
também no uso da inseminação artificial para essas espécies
• Outro desenvolvimento tecnológico importante foi a capacidade de
identificar e separar em laboratório os espermatozoides de
cromossomo X e Y de um determinado ejaculado, técnica já
padronizada e realizada com sucesso para a espécie bovina
Segunda geração: transferência de embriões in
vivo (TE)

• A biotecnologia de transferência de embriões consiste na produção in


vivo do embrião, ou seja, a fecundação ocorre dentro do próprio
sistema genital da fêmea, porém na sequência esse embrião será
coletado ainda em estágio inicial de desenvolvimento para ser
transferido para outra fêmea da mesma espécie, onde ocorrerá a
gestação.
• Por exemplo, uma fêmea bovina em situações normais poderia ter no
máximo entre 12 a 15 crias em toda sua vida reprodutiva; com o uso
da transferência de embriões, poderá ter dezenas ou até centenas de
crias por ano.
• A transferência de embriões in vivo foi, dessa forma, considerada uma
biotecnologia de segunda geração, sendo bastante utilizada em
diversas espécies (principalmente bovinos
• Os motivos para que a transferência de embriões produzidos em
laboratório tivesse mais apelo comercial foi pelo fato de elas
tornarem-se mais eficazes, produtivas, baratas, menos invasivas para
o animal e de manejo mais prático para as fazendas do que a
transferência de embriões in vivo.
Terceira geração: fertilização in vitro (FIV)

• A fertilização in vitro é um procedimento no qual se promove o


encontro do espermatozoide com o ovócito em laboratório, ou seja,
fora do ambiente uterino da fêmea.
• Basicamente consiste na punção dos folículos ovarianos, a fim de
obter ovócitos para realizar fertilização no laboratório. Após 48 horas
(em estágio de mórula inicial) é realizada a transferência intrauterina
dos embriões.
• Apesar de a aspiração folicular também acontecer em ovários de
matadouros, para o uso comercial a técnica de coleta de oócitos em
animais vivos, sem a necessidade da extração dos ovários, só
aconteceu com o advento das técnicas de ultrassonografia para
inspeção do trato reprodutivo de diversas espécies.
• Também dentro das técnicas de FIV podemos citar a injeção
intracitoplasmática de espermatozoides – ICSI, que oferece um
tratamento viável mesmo para os mais difíceis casos de infertilidade
masculina; já é bastante utilizada na espécie humana. Ela também é
uma técnica de fertilização in vitro, porém de uso mais limitado e
ainda experimental. A ICSI possibilitou a fertilização de óvulos com
espermatozoides que podem ser aspirados do epidídimo ou
diretamente dos testículos, mediante uma minúscula biópsia.
Quarta geração: clonagem e transgênicos

• Consideradas biotecnologia de 4ª geração, as técnicas de clonagem e


transgênicos em animais domésticos ainda estão etapa experimental;
sua possível aplicação em seres humanos também é questionada do
ponto de vista ético.
• Em animais de interesse zootécnico, essas técnicas já foram realizadas
de forma experimental com sucesso em várias espécies, mas ainda
não viabilizadas para uso comercial, em função de seu custo-benefício
e de resultados variáveis em termos de índice de sucesso

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