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Universidade Rovuma
Nampula, 2023
Universidade Rovuma
Nampula, 2023
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
3. Processos metodológicos................................................................................................... 14
4. Cronograma ....................................................................................................................... 15
Bibliografia ............................................................................................................................... 16
1. Introdução
Os resíduos perigosos tóxicos têm-se tornado um dos maiores problemas ambientais em
muitos países, principalmente na contaminação do meio ambiente de sob superfície. Apenas
nos Estados Unidos, desde o início da década de 80, foram identificados mais de 30.000
locais com potencial de introdução de contaminantes no ambiente subterrâneo. Na natureza
existem várias fontes que podem liberar no ambiente determinadas concentrações de metais
pesados, um exemplo disso é o intemperismo de rochas, porém as atividades antrópicas
atualmente vêm aumentando os níveis destes poluentes no solo, águas e atmosfera.
Os metais pesados que são incorporados nos solos podem seguir diferentes vias de
retenção ou transporte. Podem ficar retidos no solo, dissolvidos na solução do solo ou fixados
por processos de adsorção, complexação e precipitação (Kabata-Pendias & Pendias, 2001).
Também podem ser absorvidos pelas plantas e, assim, ser incorporados na cadeia trófica ou
podem passar para o ar por volatização ou mover-se para águas superficiais ou subterrâneas
(Accioly & Siqueira, 2000).
Os metais pesados que são incorporados nos solos podem seguir diferentes vias de
retenção ou transporte. Podem ficar retidos no solo, dissolvidos na solução do solo ou fixados
por processos de adsorção, complexação e precipitação (Kabata-Pendias & Pendias, 2001).
Também podem ser absorvidos pelas plantas e, assim, ser incorporados na cadeia trófica ou
podem passar para o ar por volatização ou mover-se para águas superficiais ou subterrâneas
(Accioly & Siqueira, 2000).
O presente estudo tem como objectivo de mostrar o nível de contaminação do meio ambiente
por metais pesados usando diferentes índices de contaminação e de riscos ecológicos e a
saúde humana associada a metais pesados.
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1.1. Problematização
A preocupação resultante dos problemas ambientais e especificamente os que têm a ver com
os modelos gestão dos metais pesados, que constituem objecto deste trabalho, tem crescido,
significativamente, entre a população mundial, visto que a produção é cada vez maior e as
alternativas para uma gestão correcta constituem um desafio para os governantes e gestores
municipais.
Como preocupação dos munícipes, na maioria das vezes os serviços municipais limitam-se na
recolha dos resíduos sólidos deixando de lado outros como o caso dos industriais, sem
garantir os cuidados necessários à preservação do ambiente. Frequentemente, esta atitude
resulta de uma falta de consciência das autoridades em relação aos problemas ambientais que
resultam da má gestão dos resíduos/metais pesados, associada à falta de meios humanos,
financeiros e materiais, para além do delineamento de estratégias inadequadas para fazer
frente ao problema. As consequências desses procedimentos podem ser graves como por
exemplo, a poluição visual devida ao despejo de resíduos nas ruas, a procriação de insectos,
roedores e vectores causadores de doenças, que utilizam o lixo como refúgio, a poluição
atmosférica com libertação de gases e exalação de maus cheiros, a contaminação dos recursos
hídricos tanto subterrâneos como superficiais, para além dos problemas sociais associados à
actividade das pessoas que vivem do lixo.
O meio ambiente no seu todo apresenta na atualidade vários indícios de que existe uma
concentração de compostos de materiais pesados. Os resíduos perigosos tóxicos têm-se
tornado um dos maiores problemas ambientais em muitos países, principalmente na
contaminação do meio ambiente de sub superfície. As contínuas emissões das partículas de
metais pesados produzidos pelo homem podem ser absorvidas por vegetais e animais,
causando intoxicações em todos os níveis da cadeia alimentar, caracterizando como poluentes
ambientais significativos, devido a sua toxicidade, sendo um problema de importância
crescente.
O país é rico em recursos naturais renováveis, de grande importância econômica tais como
águas, fauna, florestas e pescas. A pressão sobre os recursos naturais dada a elevada
dependência das populações à utilização dos recursos naturais é um fenômeno que acontece
em Moçambique bem como em países vizinhos. Os problemas ambientais chave incluem a
migração de populações observada durante a guerra para zonas onde o principal recurso, isto
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é, terra segura fosse escassa, e também durante o período da guerra o abate indiscriminado da
fauna, tráfico de marfim e exploração de outros bens de alto valor comercial.
1.2. Justificativa
A contaminação por metais pesados em vários ambientes é um evento que ganhou
importância ao ser estudado em razão dos riscos gerados em geral, aos seres vivos. E para
remediar ou minimizar esses riscos são necessários conhecimentos precisos desses poluentes e
seus efeitos nesses ambientes e organismos que podem ser usados como indicadores dessa
degradação ambiental. Neste trabalho, propôs-se uma analise com vista a mostrar as
implicações que a poluição do meio ambiente por metais pesados pode causar, em diferentes
tipos de ambientes, os factores que influenciaram a absorção desses elementos tóxicos, seus
efeitos sobre as plantas e as consequências devido aos efeitos causados nas plantas.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Mostrar as implicações da poluição do ambiente por metais pesados no município de
Nampula;
1.3.2. Específicos
Identificar os pontos de potenciação de proliferação de metais pesados dentro do
município de Nampula;
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Explicar o processo de poluição do ambiente por metais pesados
Apresentar mecanismos para minimizar a poluição do ambiente por metais pesados
1.4. Hipóteses
A partir da formulação do problema, foram elaboradas as seguintes hipóteses:
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2. Fundamentação teórica
2.1. Conceitos
2.1.1. Poluição
Poluição é a degradação do meio ambiente que ocorre por meio de alterações químicas ou
físicas, devido, por exemplo, ao lançamento de substâncias. Esse processo de degradação
pode desencadear prejuízos a todos os seres vivos, à saúde humana, ao bem-estar e também à
economia. A poluição pode ocorrer devido às ações do homem, mas também pode ter causas
naturais.
Existem diversas formas de poluição, como a atmosférica, que é a poluição do ar, a poluição
hídrica, que afeta os corpos d'água, a poluição sonora, causada por excesso de ruídos, entre
outras. As formas de poluição devem ser combatidas pelas atitudes diárias de cada indivíduo
bem como por meio da elaboração de políticas de prevenção e fiscalização.
2.1.2. Ambiente
O meio ambiente é percebido de diferentes formas pelos indivíduos, essa heterogeneidade
depercepção é resultado do modo como nos interagimos com ele. Por isso, apresentamos
alguns subsídios para entendermos as diferentes concepções ambientais.
De acordo com Oliveira (2002), o meio ambiente, seja ele qual for, é definido conforme
apercepção que cada sujeito faz da realidade que o cerca. Então, se há uma diversidade de
conceitos demeio ambiente – partindo-se da ideia de que este é construído culturalmente por
diferentes “visões” no plano cultural e histórico – da mesma forma, também há uma
multiplicidade de conceitos dePercepção Ambiental.
Com base nessa compreensão holística, Silva (2000, p.20) conceitua o meio ambientecomo a
“interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem
odesenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas”.
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Para Migliari (2001, p.40), o meio ambiente é a “integração e a interação do conjunto
deelementos naturais, artificiais, culturais e do trabalho que propiciem o desenvolvimento
equilibrado detodas as formas, sem exceções. Logo, não haverá um ambiente sadio quando
não se elevar, ao maisalto grau de excelência, a qualidade da integração e da interação desse
conjunto”.
2.1.3. Metais
Metais são todos os elementos químicos cujos átomos apresentam como principal
característica a capacidade de perder elétrons e formar, consequentemente, cátions. Isso
acontece em virtude de sua baixa energia de ionização.
Nível de toxicidade alto para o ser vivo, principalmente se estiver na forma catiônica e
associado a cadeias carbônicas
Assim, de acordo com alguns autores, qualquer metal pode ser considerado pesado, seja de
transição interna e externa, seja semimetal. Porém, um metal pesado não pode ser sintetizado
e nem destruído pela ação do homem. Os metais pesados mais comuns são: sódio, potássio,
bário, cálcio, ferro, zinco, cobre, níquel, magnésio, arsênio, chumbo, cádmio, mercúrio,
alumínio, titânio, estanho, tungstênio, cromo, cobalto e manganês.
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A localização geográfica ou oferta dos metais pesados é muito relativa. Eles podem ser
encontrados na água, no solo e em minérios. Eles contaminam o meio ambiente
principalmente em virtude da ação do homem em buscar esses metais para diversas
atividades.
Indústrias mineradoras;
Indústria de galvanoplastia;
Produtos como tintas, pilhas, fertilizantes, pesticidas, canos para água, termômetros e
lâmpadas.
Os efeitos tóxicos que o acúmulo de metais pesados pode gerar no organismo são:
Diarreia sanguinolenta;
Aborto;
Problemas de visão;
Problemas de memória;
Cólica;
Fraqueza muscular.
Devemos preocupar-nos, e muito, com a forma como os materiais que apresentam metais
pesados estão sendo descartados no meio ambiente, uma vez eles podem acumular-se em
nosso organismo de forma indireta, principalmente em razão da alimentação e ingestão de
água.
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Segundo Tadeu (2014), alguns metais como chumbo, mercúrio e cádmio contaminam os seres
vivos em decorrência de seu poder bio acumulativo, por meio da poluição do solo, água e do
ar promovendo a magnificação trófica, contaminando toda cadeia alimentar. A presença
desses metais está associada, além dos centros urbanos pelo acumulo dos resíduos industriais,
também, às áreas rurais, pelo fato de muitos agro-tóxicos conterem metais pesados em sua
composição química.
Nos centros urbanos a contaminação ocorre em virtude dos despejos industriais em efluentes
líquidos e solo, e o destino incorrecto do lixo em geral. Segundo Rattner (2009) a poluição de
rios, lagos, zonas costeiras e baías tem causado degradação ambiental contínua por despejo de
volumes crescentes de resíduos e dejectos industriais e orgânicos.
O lançamento de esgotos não tratados aumentou dramaticamente nas últimas décadas, com
impactos estróficos severos sobre a fauna, a flora e os próprios seres humanos. A indústria de
mineração e de beneficiamento de minérios e as indústrias petroquímicas, entre outras, são
responsáveis pelo despejo ou descarga de resíduos químicos letais (mercúrio, benzeno,
enxofre, etc.) nos solos e rios, causando impactos muitas vezes irreversíveis na saúde das
populações residentes na região (Rattner, 2009).
De acordo com Lima et al presença de um metal em um corpo d’água pode afectar os seres
que ali habitam de duas formas básicas: pode ser tóxico ao organismo ou pode ser bio
acumulado, tendo seu efeito potencializado ao longo da cadeia alimentar. Os metais estão
distribuídos nos mais diversos compartimentos, tais como solo, água, ar, sedimentos,
organismos vivos e nas mais variadas formas químicas e propriedades (Quináglia, 2012)
Segundo Kawai et al (2012), existem três classes de metais, os conhecidos como elementos
essenciais, ou seja, a manutenção da vida depende deles, representados por sódio, potássio,
cálcio, ferro, zinco, cobre, níquel e magnésio, os micro contaminantes, possuem um grau de
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necessidade em nossa sociedade mas como sugere a nomenclatura, contaminam,
representados por arsênico, chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio, titânio, estanho e tungstênio
e os essenciais e simultaneamente micro contaminantes, possui as duas características, logo, é
necessário a utilização consciente, representados pelos elementos crômio, zinco, ferro,
cobalto, manganês e níquel.
Algumas vezes a escolha é difícil e requer experiência, assim como intuição. Uma das
primeiras questões a ser considerada no processo de seleção é o nível de exactidão
requerido. Infelizmente, a alta confiabilidade quase sempre requer grande
investimento de tempo. (West; Skoog; Holler, 2006).
A remoção dos metais pesados de efluentes hídricos é feita através de processos como
adsorção com carvão activado, trocas iônicas, utilização de microrganismos, entre outros.
Para Lee (1999) os tetraedros podem polimerizar-se gerando cadeias, ciclos e estruturas
tridimensionais. Essas estruturas são mais estáveis e permanecem inalteradas mesmo em
solução. A troca iônica com metais pesados ocorre desequilibrando as cargas elétricas da
estrutura cristalina, fato decorrente da quebra das interações nas arestas das partículas e a
interação dos íons positivos provenientes da água com as ligações quebradas, neutralizando as
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cargas formadas com cátions propícios à troca, que estão fixos entre as camadas
estruturais. (Aguiar; Novaes; Guarino, 2002).
Este método é muito utilizado para diminuir a quantidade de metais pesados em águas de
reuso, já que a legislação determina que a concentração máxima de chumbo é de 0,01mg/L
(0,01 ppm) em águas doces e águas salobras, 0,21mg/L (0,21 ppm) em águas salinas (Lee,
(1999).
A utilização da adsorção por carvão ativado para remoção de metais pesados, também, é
muito eficaz. Quando utilizada, a adsorção do chumbo pelo carvão ativado, a quantidade de
chumbo removida é elevada, indicando uma interessante atração entre o metal e a superfície
do carvão. Algumas adsorções ocorrem em superfícies com propriedades ácidas como é o
caso do carvão “Clarimex” e outras em pH elevado, à exemplo do carvão “CarboActiv V-
plus”.
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3. Processos metodológicos
A metodologia de pesquisa que será utilizada neste trabalho está fundamentada em uma
abordagem qualitativa de natureza teórico-empírica.
“A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares, pois trabalha com o universo
dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes”.
(Deslandes e Minayo, 2011, p.21)
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Deslandes e Gomes (2004) observam que a abordagem qualitativa funda-se em diferentes
bases disciplinares, metodológicas e paradigmáticas, formando um conjunto de actividades
interpretativas que podem ser atravessadas por conflitos e tensões.
4. Cronograma
Elaboração do
projecto
Recolha de dados
Categorização e
Codificação dos
dados
Análise e
interpretação dos
resultados
Apresentação dos
resultados
obtidos
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Bibliografia
Achotegui-Castells, A., Sardans, J., Ribas, A., & Penuelas, J. (2013). Identifying the origens
of atmospheric inputs of trace elements in the prades mountains. California: Assess.
Adriano, D. C. (1986). Trace elements in the terrestrial environment . New York: Springer.
Aguiar, M. R., Noveas, A. C., & Guarino, A. W. (2002). Remocao de metais pesados de
efluentes industriais por aluminossilicatos. Sao Paulo: Vozes.
Deslandes, M., & Gomes, R. (2014). A pesquisa qualitativa nos servicos de saude: nota
teorica. In Bosi, M. L. M; Mercado, F. J. Petropolis: Vozes.
Deslandes, M., & Maria, C. S. (2011). Pesquisa social: teoria, pratica, criatividade.
Petropolis: Vozes.
Lee, J. D. (1999). Quimica inorganica nao tao concisa. Rio de Janeiro: Pandooras.
West, D. M., Skoog, D. A., & Holler, F. J. (2006). Fundamentos de quimica analitica. New
York: DC.
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