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AMANDA STUNITZ

ELIABE SABINO
GUSTAVO BANKS
KARINA VERGILIO
VICTÓRIA SOUZA

MISSÃO TERRA: EXPLORANDO CIÊNCIA, NATUREZA E CONSERVAÇÃO


Agrotóxico Natural.

Telêmaco Borba - PR
2023
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AMANDA STUNITZ
ELIABE SABINO
GUSTAVO BANKS
KARINA VERGILIO
VICTÓRIA SOUZA

MISSÃO TERRA: EXPLORANDO CIÊNCIA, NATUREZA E CONSERVAÇÃO


Agrotóxico Natural.

Trabalho apresentado ao Colégio


Estadual Wolff Klabin de Telêmaco
Borba, como requisito obrigatório
para avaliação do Projeto Missão
Terra conduzido pelo Prof.º.
Klebson Adriel Harcatrin.

Telêmaco Borba - PR
2023
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Índice de figuras
Figura 1 - Uso regional de pesticidas por área de cultivo e quantidades absolutas, 1990-
2018 ...................................................................................................................................... 8
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Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4
1.1. OBJETIVOS ............................................................................................................ 6
1.1.1. Objetivo geral ................................................................................................... 6
1.1.2. Objetivos específicos ........................................................................................ 6
1.2. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 7
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................ 7
3. METODOLOGIA............................................................................................................. 9
3.1. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 12
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1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho pretende apresentar o projeto de uma fazenda sustentável que


tem como propósito a realização de testes. A fazenda é separada em setores e
subsetores, onde temos um setor com foco em água, tanto a irrigação quanto o
próprio consumo da fazenda. Outro setor cuida da pecuária de corte e da prolactina.
Outra área cuida da agricultura, onde foi implementada uma estufa controlada por
arduíno com subdivisões focadas na realização de testes específicos como
temperatura ideal para a estufa, luminosidade necessária, pH e umidade da terra
presente na fazenda e a realização de testes para a produção de um agrotóxico
natural. A revitalização de áreas descampadas também é um dos objetivos
propostos pela fazenda. Também haverá um setor específico responsável pelo
empreendedorismo dos produtos cultivados e fabricados. Além disso, este setor irá
cuidar de visitas públicas e venda de cursos para agricultores interessados.
O aumento do uso de agrotóxicos na produção de alimentos tem causado
danos ao ambiente, como a contaminação de seres vivos e a acumulação dessas
substâncias no solo e na água. Por estes motivos, é de suma importância adotar
práticas agrícolas mais sustentáveis para minimizar esses impactos. (Peres e
Moreira, 2003)
A utilização inadequada de agrotóxicos é uma grande ameaça à saúde
humana. No Brasil, entre os anos de 2007 e 2017, houve quase 40 mil casos
registrados de intoxicação aguda relacionada a esses produtos químicos. Esse
quadro é particularmente preocupante porque quase 1.900 pessoas morreram como
resultado dessas intoxicações. Por isso torna-se cada vez mais necessário adotar
práticas sustentáveis e seguras no uso de agrotóxicos, que minimizem os riscos
para a saúde humana e também para o meio ambiente. Dentro dessa perspectiva de
minimizar os impactos dos agrotóxicos na produção de alimentos, este trabalho
propõe a utilização de um novo agrotóxico natural como uma solução mais
sustentável e segura.
Segundo a FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura – em 1998, o Brasil consumiu mais de 2 bilhões de dólares em
pesticidas. Na safra de 97/98, apenas no Estado do Paraná foram aplicadas 55.770

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toneladas de agrotóxicos. De acordo com o Instituto


Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em 2018
foram utilizados aproximadamente 539 mil toneladas de pesticidas no Brasil.
De acordo com o relatório "Uso de pesticidas. Tendências globais, regionais e
nacionais 1990-2018" publicado pela FAO em 2020, a China é o maior consumidor
de pesticidas no mundo. A América Latina também é uma região com alto uso de
pesticidas, com países como Brasil e Argentina entre os maiores consumidores do
mundo.
Os inseticidas naturais oferecem uma alternativa aos inseticidas químicos,
uma vez que podem ser utilizados com o mesmo propósito. São facilmente
biodegradados, por sua natureza orgânica, o que contribui para a diminuição da
contaminação ambiental. Por conterem mais de um princípio ativo e pouca
persistência, são menos propensos a promover resistência ou tolerância em pragas
e patógenos. (Escalona et al., 1998) Porém por terem uma menor persistência,
acaba tendo a necessidade de aplicações com maior frequência.
O trabalho será desenvolvido por meio de pesquisas sobre o uso e eficiência
de agrotóxicos naturais. Após a fase de pesquisas, serão realizados ensaios com o
intuito de testara eficácia, segurança e a persistência do novo repelente.

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1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo geral


Realizar pesquisas sobre o uso de agrotóxicos e com base nisso, desenvolver
um novo repelente utilizando produtos naturais.

1.1.2. Objetivos específicos


 Pesquisar diferentes alternativas de agrotóxicos naturais, levando em
consideração sua eficácia, segurança e sustentabilidade;
 Realizar testes de campo para avaliar a eficácia do produto produzido;
 Promover a conscientização dos benefícios dos agrotóxicos naturais para
a saúde humana e o meio ambiente.

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1.2. JUSTIFICATIVA

A produção de agrotóxicos naturais representa uma alternativa mais segura e


sustentável para a agricultura, reduzindo os impactos negativos dos agrotóxicos
químicos na saúde humana e ao meio ambiente. Em vista disso, este projeto tem como
objetivo principal a elaboração de um agrotóxico/repelente natural. Essa iniciativa busca
contribuir para a redução do uso de agrotóxicos químicos.
Com a produção deste repelente/agrotóxico natural, este projeto busca trazer uma
solução mais sustentável, contribuindo para a melhoria da qualidade dos alimentos
produzidos e, consequentemente, a qualidade de vida das pessoas. Assim, este projeto
pretende promover uma abordagem sustentável na produção agrícola, protegendo a
saúde dos agricultores e dos consumidores, também preservando a biodiversidade e o
equilíbrio dos ecossistemas.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O uso intensivo de agrotóxicos químicos, embora aumente a produtividade


agrícola, tem sido amplamente documentado na literatura especializada como
gerador de diversas externalidades negativas. Essas externalidades incluem
impactos negativos na saúde humana, como náuseas, dores de cabeça, irritações
na pele e até doenças crônicas como diabetes, malformações congênitas e câncer.
Além disso, há impactos ambientais, como contaminação da água, plantas e solo,
diminuição da biodiversidade e aumento da resistência de pragas.
Os herbicidas são substâncias que interferem com os constituintes
morfológicos ou sistemas bioquímicos de plantas, provocando efeitos morfológicos
ou fisiológicos, podendo levá-las à morte parcial ou total (Camargo, 1986).
De acordo com o relatório "Uso de pesticidas. Tendências globais, regionais e
nacionais 1990-2018" publicado pela FAO em 2020, a Oceania e as Américas
tiveram os maiores aumentos no uso de pesticidas nas últimas décadas. A Oceania
tem o menor nível de aplicação, contribuindo com menos de 2% do total global. As
Américas aplicam altos níveis de pesticidas, contribuindo com cerca de um terço do

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total global. Ambas as regiões aumentaram o uso de herbicidas, fungicidas e


inseticidas ao longo do tempo.

Figura 1 - Uso regional de pesticidas por área de cultivo e quantidades absolutas, 1990-2018

Fonte: FAOSTAT Pesticides Use and Pesticides Indicators, 2020.

Visto tantas questões a respeito do uso de agrotóxicos químicos, este


trabalho pretende trazer uma alternativa sustentável para o controle de pragas. Para
isso será usada urina de vaca, uma substância pouco utilizada com a finalidade de
obter este controle.
A urina das vacas contém várias substâncias que, quando combinadas,
podem melhorar a saúde das plantas. Plantas saudáveis são mais resistentes a
pragas e doenças. De acordo com estudos realizados até o momento, as principais
substâncias encontradas na urina de vaca e seus efeitos nas plantas são:
 Potássio: é o elemento presente em maior quantidade. Aumenta o
aproveitamento de água, fortalece os tecidos das plantas, melhora a
resistência à armazenagem e transporte, realça a coloração interna dos
frutos, produzindo frutos mais doces.
 Nitrogênio: promove o desenvolvimento das plantas e as torna mais
verdes.

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 Cloro: aumenta a retenção de água


pela planta e melhora o aproveitamento de nitrogênio, reduzindo a
incidência de algumas doenças.
 Enxofre: aumenta a produção de proteínas nas plantas, tornando os
produtos mais nutritivos.
 Sódio: aumenta o teor de coroteno nas plantas, tornando-as mais
atrativas para o comércio.
 Fenóis (como o catecol): aumentam a resposta das plantas ao ataque
de doenças.
 Ácido indolacético: hormônio de crescimento das plantas e favorece a
formação de raízes, resultando em colheitas mais precoces.
Além das ações dos elementos químicos da urina, essa substância traz
diversas outras vantagens, como:
 Não é tóxico;
 Praticamente não tem custo;
 Substitui o adubo químico;
 Aproveita um produto que normalmente é descartado;
 Aumenta a produção;
 Melhora a qualidade e o padrão dos frutos;
 O efeito é rápido
 Pode ser utilizado em praticamente todas as culturas.

3. METODOLOGIA

Após serem realizadas pesquisas em documentos e pesquisas de campo com


agricultores, foi decidida a receita para a fabricação desse repelente natural.

3.1. MATERIAIS E MÉTODOS

 Água;
 Babosa;
 Citronela;
 Urina de vaca.

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Para fazer o repelente, a urina de vaca deve ser coletada na hora da retirada
do leite, quando, normalmente, a vaca urina. Deve ser coletada em um balde e
colocada em um recipiente plástico com tampa, onde deve ficar por três dias para a
formação de amônia, que permite uma maior facilidade de penetração do produto.
A babosa foi utilizada com o objetivo de obter uma maior fixação do produto
nas plantas. Já a citronela, foi usada para a amenização do cheiro da urina e
também por ser uma planta que já é utilizada como repelente.
Para a confecção do produto, foram aquecidas água e citronela até que
alcançasse fervura, após isso a substância foi coada para a remoção da parte sólida
da mistura. Em sequência, das folhas de babosa foi retirado o gel presente em seu
interior e adicionado à mistura.
Com o intuito de realizar testes em plantas, foram plantadas mudas de
cebolinha e tomate. Em algumas foi aplicado o repelente e em outras não, assim
permitindo a visualização da eficácia do produto.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho nos permitiu visualizar de forma clara os malefícios do uso de


agrotóxicos químicos, como alguns casos de intoxicação por causa desses produtos
e a contaminação do solo e da água. E mostrou a possibilidade da substituição de
agrotóxicos químicos por repelentes naturais.
A fabricação do produto nos proporcionou explorar a criatividade na escolha
dos materiais e nos deu a oportunidade de praticar a tiragem mudas e plantar
algumas espécies vegetais. Possibilitou o fortalecimento do trabalho em equipe e
também agregou ao conhecimento e a prática da formatação dentro das normas
ABNT de documentos escritos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL REGISTRA 40 MIL CASOS DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS EM


UMA DÉCADA. São Paulo, 31 mar. 2019. Disponível em:
https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/economia/agronegocios/globo-
rural/noticia/2019/03/31/brasil-tem-40-mil-casos-de-intoxicacao-por-agrotoxicos-em-uma-
decada.ghtml. Acesso em: 14 out. 2023.

PERES, F e MOREIRA, J. C. É veneno ou é remédio? Agrotóxicos, saúde e ambiente.


Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. Disponível em:
https://static.scielo.org/scielobooks/sg3mt/pdf/peres-9788575413173.pdf. Acesso em: 06
out. 2023.

Uso de inseticidas alternativos no controle de pragas agrícolas / Flávia Rabelo


Barbosa, Cherre Sade Bezerra da Silva, Germana Karla de Lima Carvalho. ---
Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2006. Disponível em:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/133909/1/SDC191.pdf. Acesso
em: 11 out. 2023

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