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Instituto Médio Politécnico Globo Nzeru Mbawiri

IMPG-CV3

Trabalho em grupo

Modulo Aplicar Principais de Maneios Integrados de Pragas, Doencas e Infestantes.

Tema: Determinar a eficacia das Medidas do Controle.

Chimoio, Junho 2022

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Instituto Médio Politécnico Globo Nzeru Mbawiri

IMPG-CV3

Modulo Aplicar Principais de Maneios Integrados de Pragas, Doencas e Infestantes.

Trabalho em grupo

Tema: Determinar a eficacia das Medidas do Controle.

Discentes:

❖ Alito José
❖ Carma da Ira
❖ Vitorino Jacinto

Docente:
Eng. Daniel Dembele

Chimoio, Junho 2022

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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 4

1.1. Objetivos .............................................................................................................................. 5

1.1.1 Geral: .................................................................................................................................. 5

1.1.2 Específicos: ........................................................................................................................ 5

2. Pesticidas ................................................................................................................................. 6

2.1 Função de pesticida ............................................................................................................... 6

2.2 Tipos de pesticidas ................................................................................................................ 6

2.3 Impactos do pesticida ................................................................................................................ 6

2.3.1 Impactos para a saúde humana ........................................................................................... 6

2.3.2 O Impacto Ambiental ......................................................................................................... 7

2.4 Contaminação dos Recursos Hídricos pelo excesso de água aplicada ..................................... 8

2.5 Controle biológico .................................................................................................................... 9

2.5.1 Impactos do controle biológico .......................................................................................... 9

2.6 Impacto de aplicação de pesticidas em inimigos naturais ...................................................... 10

3. Conclusão .............................................................................................................................. 11

4. Referências Bibliográfica ...................................................................................................... 12

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1. Introdução
Neste presente trabalho que visa explicar sobre pesticidas e inimigos naturais, verifica-se que o
trabalho agrícola pode ser considerado uma prática perigosa na atualidade. Dentre os vários riscos
ocupacionais, destacam-se os agroquímicos que são relacionados a intoxicações dos seres vivos e
diversos outros danos ambientais. Este trabalho procura levar informações sobre a importância do
uso correto de agroquímicos e da consciência ambiental já que, o uso indiscriminado e, muitas
vezes incorreto de agroquímicos, assim como em outros países resulta em níveis severos de
poluição do meio ambiente e intoxicação a vida humana. Partes dos agricultores desconhecem os
riscos impostos por esses produtos, consequentemente, negligenciam algumas normas básicas
indispensáveis para a segurança no trabalho, partindo desse ponto este trabalho tem a finalidade
de mostrar aos leitores a importância do uso correto desses agroquímicos para preservação do meio
ambiente e da saúde humana. A elaboaracao deste trabalho foi usado como metodologia a consulta
bibliográfica.

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1.1.Objetivos
1.1.1 Geral:

• Explicar sobre eficácia de medidas de controle.

1.1.2 Específicos:

• Determinar a eficácia da aplicação de pesticidas sobre a incidência e severidade das pragas


e doenças infestantes.
• Determinar o impacto de aplicação de pesticidas sobre os inimigos naturais.
• Determinar o impacto dos inimigos naturais introduzidos num programa biológico.

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2. Pesticidas
Pesticidas são substâncias desenvolvidas tecnologicamente para serem utilizadas no campo. Eles
são classificados por diferentes tipos, tais como herbicidas, inseticidas e fungicidas. Além disso,
apesar de serem amplamente utilizados, os pesticidas podem ser tóxicos e prejudiciais para a saúde
humana e outros fatores relacionados ao meio ambiente.
2.1 Função de pesticida

Segundo o National Pesticide Information Center, um pesticida é qualquer substância química, ou


agente biológico (bactéria, vírus), que se destina a prevenir, destruir, repelir ou mitigar qualquer
“praga”. Dessa forma, eles servem para matar organismos que se proliferam em um ambiente em
desequilíbrio, como no caso de monoculturas — uma prática que se estabeleceu com a Revolução
Verde.
2.2 Tipos de pesticidas

• Algicidas: usados para matar e retardar o crescimento das algas;


• Antimicrobianos: matam micro-organismos;
• Biopesticidas: feitos a partir de organismos vivos;
• Fungicidas: usados para matar fungos;
• Herbicidas: inibem o crescimento de plantas;
• Inseticidas: usados para matar insetos;
• Moluscidas: usados para matar lesmas, caracóis e outros moluscos;
• Pesticidas: controlam “pragas”, podem ser de origem natural ou não;
• Rodenticidas: usados para matar roedores, como ratos.

2.3 Impactos do pesticida


2.3.1 Impactos para a saúde humana

O uso de pesticidas também pode trazer riscos para a saúde humana. Isso pode acontecer quando
são usados dentro ou ao redor de casas e jardins, quando se trabalha diretamente com os produtos
ou, ainda, quando são utilizados nos alimentos.
O glifosato, por exemplo, é um herbicida que pode causar intoxicação humana. Ele está entre os
dez agrotóxicos mais consumidos é atribuído principalmente às safras transgênicas, como soja,
milho e canola. Estudos mostram que a substância tem contaminado alimentos, atmosfera, solo e

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lençol freático, e também está relacionada ao aparecimento de certos problemas de saúde, como
câncer, diabetes e infertilidade.
Aumentar a ingestão de orgânicos ajuda a diminuir a exposição aos pesticidas. Mas, em alguns
casos, higienizar os vegetais também pode reduzir a quantidade de agrotóxicos.
Em âmbito global, cientistas destacam a necessidade de uma estratégia de transição para um
modelo agrícola que reduza o uso de pesticidas. Isso ajudará a proteger a biodiversidade, que
mantém a saúde e as funções do solo, e também contribuirá para a segurança alimentar.

2.3.2 O Impacto Ambiental

O consumo de agrotóxicos gera um círculo vicioso: quanto mais se usa, maiores são os
desequilíbrios provocado e maior a necessidade de uso, em doses mais intensas, de formulações
cada vez mais tóxicas.

A fauna e a flora também são amplamente afetadas com o uso de insumos químicos
indiscriminados. De acordo com Ferrari (1985, p.112), as terras carregadas pelas águas das chuvas
levam para os rios, lagoas e barragens, os resíduos de agrotóxicos, comprometendo a fauna e a
flora aquática, além de comprometer as águas captadas com a finalidade de abastecimento.

Podem também provocar o aumento das pragas ao invés de combatê-las, pois na medida em que
se usam insumos químicos as pragas tornam-se mais resistentes, necessitando de agrotóxico cada
vez mais forte, desse modo, agredindo ainda mais o ambiente dizimando até os próprios predadores
naturais das pragas.

Agricultura Industrial, rotulada de moderna e avançada, fundamentada na economia e nos


imediatos resultados à proteção das plantas cultivadas contra a ação das pragas, patógenos e ervas
daninhas invasoras, tem falhado constantemente.

Para a Agricultura Industrial, o objetivo é meramente a produtividade, deixando de lado o


equilíbrio ecológico, tais como: a estabilidade dos sistemas agrícolas: a conservação dos recursos
naturais (água, solo e ar) e a qualidade dos alimentos.

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2.4 Contaminação dos Recursos Hídricos pelo excesso de água aplicada
O excesso de água aplicada na irrigação retorna aos rios, por meio do escoamento superficial e
subsuperficial ou vai para os depósitos subterrâneos, por percolação profunda, arrastando consigo
resíduos de fertilizantes, de defensivos, de herbicidas e de outros elementos tóxicos, denominados
de sais solúveis. Os recursos hídricos assim contaminados requerem tratamento apropriado quando
destinados ao suprimento de água potável.

A contaminação das águas superficiais, notadamente de rios e córregos é rápida e acontece


imediatamente após a irrigação. Tem-se verificado sérios problemas decorrentes da aplicação de
herbicidas na irrigação por inundação; na irrigação por sulco, a água aplicada carreia, além de
herbicidas, fertilizantes, defensivos e sedimentos. Também pode ocorrer de forma mais lenta, por
meio do lençol freático subsuperficial, que recebe fertilizantes, defensivos e herbicidas dissolvidos
na água aplicada. Essa contaminação pode ser agravada se houver sais solúveis no solo, pois, ao
se infiltrar, a água já contendo os sais aplicados na lavoura, ainda dissolverá os sais do solo,
tornando-se mais prejudicial.

A contaminação da água subterrânea é bem mais lenta. O tempo necessário à percolação até o
lençol subterrâneo aumenta com o decréscimo da permeabilidade do solo e com a profundidade
do lençol. Para atingir um lençol freático situado a cerca de 30 m de profundidade, dependendo da
permeabilidade do solo, podem ser necessários de 3 a 50 anos. Aí reside um sério problema, pois
só muito tempo após é que se saberá que a água subterrânea vem sendo poluída; esse problema se
agrava os poluentes são sais dissolvidos, nitratos, pesticidas e metais pesados.

Um estudo geológico prévio pode revelar concentração de sais solúveis no perfil do solo e indicar
as áreas mais favoráveis, ou seja, com menor potencial de contaminação dos recursos hídricos.
Quanto maiores às perdas por percolação e por escoamento superficial na irrigação, maiores serão
as chances de contaminação dos mananciais e da água subterrânea. Torna-se necessário, cada vez
mais, dimensionar e manejar os sistemas de irrigação com maior eficiência, bem como dosar
corretamente os fertilizantes, herbicidas e defensivos.

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2.5 Controle biológico
O controle biológico utiliza inimigos naturais de pragas e doenças em plantas e solos para reduzir
seu impacto, o que significa usar três vezes menos substâncias químicas, com o mesmo
desempenho e menor custo. Vantagens e fraquezas giram em torno desta alternativa chave para
garantir a sustentabilidade dos sistemas.

Na sombra dos sistemas simplificados de produção e dependentes dos insumos sintéticos que se
expandem e se intensificam, cresce a convicção de que existem alternativas de manejo mais
sustentáveis e até lucrativas. Os especialistas reconhecem uma virada socialmente estendida para
a consciência que impulsiona uma mudança de paradigma nos sistemas produtivos.

Essa mudança para a sustentabilidade é impulsionada, em grande parte, pela sociedade e seus
consumidores, que, cada vez mais com maior consciência ecológica e social, demandam maior
sustentabilidade nos processos e denotam sua preocupação com o cuidado com o meio ambiente,
recursos naturais e saúde.

Com a sustentabilidade como meta, alternativas – como o controle biológico de pragas – que
reforçam a relação da humanidade com a natureza, a ponto de conhecer as características dos
ambientes, culturas e interações biológicas e compreender os ciclos produtivos, ressurgem.

É um método de controle que, através do uso de controladores naturais, reduz e até anula o impacto
de pragas e doenças em plantas e solos. Embora esta estratégia não seja uma técnica inovadora ou
moderna, os especialistas concordam que é uma alternativa benéfica e em expansão que reduz o
uso de insumos químicos e, assim, reduz a poluição ambiental.

2.5.1 Impactos do controle biológico

O controle de pragas tem, pelo menos, duas maneiras de implementá-lo: para conservação ou
introdução. Por um lado, é possível optar por conservar os agentes de controle biológico
disponíveis na natureza, a fim de obter um benefício ecológico sistêmico. Enquanto, no método de
introdução, inimigos naturais são criados no laboratório ou em biofábricas para depois serem
liberados no campo ou em ambientes controlados.

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2.6 Impacto de aplicação de pesticidas em inimigos naturais
Para compatibilizar o controle com inimigos naturais e o químico, o agricultor deve priorizar o uso
de inseticidas naturais ou mais seletivos. Eles são mais específicos às pragas e causam baixa
toxicidade aos inimigos naturais.

Figura1 Quadro geral de seletividade dos inseticidas a favor dos inimigos naturais

(Fonte: Embrapa Agrobiologia)

• A possível aplicação de agroquímicos pouco seletivos poderá causar o desequilíbrio


biológico, por eliminar os inimigos naturais de pragas agrícolas, comprometendo o maneio.
• Isso ocorre porque praga não possui competidores (predadores, parasitoides,
entomopatógenos) e tem seu crescimento populacional facilitado.
• Assim, o agricultor deve priorizar produtos seletivos, ou seja, tóxicos as pragas
e inofensivos aos inimigos naturais, especialmente na fase inicial de desenvolvimento da
cultura.
• Recomenda-se utilizar inseticidas pouco seletivos, como os piretróides ou
organofosforados, no fim do ciclo da cultura.
• No entanto, há casos emergenciais que não podemos optar por algum produto mais seletivo
em fase inicial de cultivo.
• Nessas situações, busque a seletividade ecológica do produto. Por exemplo, aplique em
faixas ou em momentos em que o inimigo natural estará menos exposto à ação direta do
agroquímico.

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3. Conclusão
Com esta pesquisa pode-se concluir que todos os impactos causados pelo uso incorreto dos
agrotóxicos resultam em danos diretos ou indiretos ao homem. A contaminação dos solos, ar, água,
fauna e flora ocasionada pelo seu uso incorreto traz inúmeros problemas tanto para o meio
ambiente quando para a saúde dos seres vivos. Como base no exposto, fica evidente a necessidade
e importância de uma educação o do público em geral, no sentido do uso correto dos defensivos
têm a sua parcela grande de importância na formação de uma atitude cultural adequada dos
usuários.

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4. Referências Bibliográfica
1. CARVALHO R e PERES F. Neoliberalismo, el Uso de Pesticidas y la Crisis de Soberanía
Alimentaria en el Brasil. In: Breilh J, organizador. Informe Alternativo Sobre La Salud en
America Latina. Quito: CEAS; 2005. p. 223-224.
2. FERRARI, Antenor. Agrotóxico: a praga a dominação. Porto Alegre: Mercado Aberto,
1986. p. 110-112.
3. GARDA, E. C. et al. (1996). Atlas do meio ambiente do Brasil. 2a ed. Brasília, EMBRAPA
p.137-138 .
4. JEYARATNAM, J. Occupational health issues in development countries. In: Organização
Mundial da Saúde. Public Health impact of pesticides used in agriculture, Geneva,207.
2000. Traduzido por OMS, 2000.
5. MATUO, T. Técnicas de aplicação de defensivos agrícolas. Jaboticabal: FUNEP, 1990.
139 p.

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