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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA

E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO

Campus - Uberaba MG

Curso: Mestrado Profissional em Produção Vegetal


Professor: Daniel Rufino Amaral
Disciplina: Manejo Integrado de doenças em cultivos do cerrado
Data: 22-10-2022
Estudante: Giovanne De Oliveira Camargo

1 – Pensando no manejo integrado de doenças de plantas (MID), responda: o que é MID? Quando ele
deve ser utilizado? Quais são seus benefícios? Quais são as dificuldades para implantação?

O manejo integrado de plantas é uma forma de combinar diferentes condutas para o controle e redução
das doenças da plantas na lavoura.
Ele deve ser utilizado desde o início do planejamento da lavoura antes da semeadura, fazendo o controle
do solo, compras de boas sementes e uso de controles  biológico, o químico, o genético, o cultural e
o físico.
Os benefícios são diversos, dentre eles podemos citar o incremento na produção, o custo pode abaixar
devidos as diversas práticas usadas, melhoria do solo.
As dificuldas relacionam principalmente com a resistências dos patógenos, falta de novas moléculas,
escassez de insumos e fatores ambientais.

2 – O que é Indução de Resistência (IR)? Qual a sua opinião sobre custo energético associado a IR? Quais as
vantagens e desvantagens da IR?

A indução e resistência nas plantas é a combinação de agentes bióticos ou abióticos capazes de ativar
mecanismos de defesa localizada ou sistêmica as plantas, estimulando assim os mecanismos de defesa
das plantas.
O custo energético pode afetar nas produtividade das plantas, mas na minha opinião, ter plantas sadias
com a indução de restência poderá melhorar as colheitas futuras, exemplos das culturas perenes.
Podemos citar como vantagens da indução de resistência a efetividade contra vírus, bactérias, fungos e
nematóides. Por outro lado, a indução de resistência pode demostrar desvantagens como: resistência
parcial ou incompleta e que pode requerer reativações temporárias. Devido isto a indução de resistência
não impõe pressão de seleção sobre o patógeno.
3 – Sobre diagnose de doenças de plantas, responda: qual a importância do diagnóstico precoce e correto?
Quais são as ferramentas utilizadas para o diagnóstico de doenças de plantas? Descreva a sintomatologia
de uma doença que acha importante.

A diagnóse precoce fornece uma uma chance maior controle da evolução das doenças, uma vez que
possibilita a intervenção antes do desenvolvimento da doença.
Estas doenças podem ser quantificadas por métodos diretos de avaliação dos sintomas e também sinais,
como: incidência, severidade, intensidade.
Outras ferramentas importantes são a determinação da população do patógeno, sua distribuição e seus
efeitos na produção e também a a quantificação da desfolha causada pelo patógeno.
Uma das doenças mais importantes é a ferrugem da soja, onde os sintomas iniciais são:
Observados inicialmente no terço inferior da planta, surgindo pequenas pontuações com até 1 mm de
diâmetro, mais escuras nas folhas e quando o fungo produz esporos na planta que o tecido sadio da folha
e com coloração esverdeada a cinza-esverdeada, tornando a cor da folha amarelada, como uma ferrugem.

4 – Sobre controle químico, responda: o que é controle químico? Qual sua importância no manejo de
doenças de plantas? Especialmente sobre fungicidas, como ele são classificados e como eles devem
utilizados? Porque acontecem eventos de resistência de fungos a fungicidas? Na sua opinião como deve ser
a utilização de fungicidas para manejo de ferrugem da soja?

O controle químico de doenças consiste no uso e aplicação de substâncias químicas que levem a redução ou


extinção dos patógenos.
Este controle é muito importante porque os fungos são responsáveis por 65% das doenças das plantas, por
isso é indispensável o uso dos fungicidas, e devido nosso país ter principalmentes condições climáticas
tropicais a severidade das doenças é maior.
A classificação dos fungicidas se dá pelo atuação no controle do fungo na planta.
Erradicante, Protetor e Curativo/imunizante.
Além disso eles também são classificados pelo grupo químico a que pertencem, os fungicidas podem ser
classificados em inorgânicos ou orgânicos. 
A resistência de fungos a fungicidas é causada por um conjunto de fatores, que contemplam o uso
indiscriminado de fungicidas aplicados em doses baixas ou muito altas e também a aplicação repetida de
um mesmo fungicida sem intercalar fungicidas com mecanismo de ação diferentes.
Na minha opinião, o uso de fungicidas na soja tem que ser no mínimo de quatro aplicações de fungicidas,
intercalando com o uso de sistemico e protetores, além disto, deve-se Intercalar o uso dos fungicidas
devido a classificação do grupo do fungicida com distintos modos de ação e misturas fungicidas.
5 – Descreva como os métodos de manejo, químico, físico, genético, cultural e biológico são aplicados no
campo. Que táticas são utilizadas? Correlacione uma doença/grupo de doenças com apenas um dos
métodos.

O manejo químico consiste na aplicação de fungicidas visando a eliminação das doenças da lavoura.

O manejo físico pode ser realizado de cinco maneiras diferentes, e são elas: Tratamento térmico do
substrato/recipiente ou dos órgãos de propagação: solarização, termoterapia, coletor solar; Refrigeração:
retarda/inibe o crescimento e atividade dos fitopatógenos; Secagem; Barreiras físicas

O manejo genético pode ser definido como a defesa da planta contra fitopatógenos, ou seja, são
características genéticas do hospedeiro que impedem e/ou reduzem a ação e danos causados por
fitopatógenos.

O manejo cultural é um ótimo método de controle de doenças e, muitas vezes, muito fácil de aplicar na sua
lavoura. Temos 14 diferentes ideias para um manejo cultural: Rotação de culturas;Vazio fitossanitário;Uso
de material de propagação sadio; “Roguing” (eliminação de plantas vivas doentes);Eliminação de restos de
cultura; Inundação; Incorporação de matéria orgânica no solo; Sistema de cultivo/preparo de solo;
Fertilização/adubação; Irrigação; Densidade de semeadura/plantio; Época de semeadura/ plantio e
colheita; Poda/desbrota; Barreiras físicas/ mecânicas.

O manejo biológico, é aquele que se usa a ação de microrganismos antagonistas seja sobre o patógeno ou
sobre a resistência do hospedeiro. 

Uma doença relacionada ao manejo químico é a ferrugem da soja, onde é utilizado o uso de fungicidas,
além disto a ferrugem da soja também usa o manejo cultural onde utiliza no brasil o vazio fitossánitário.

6 – O que são sistemas de aviso? Em que circunstancias devem ser utilizados? Descreva um sistema
utilizado atualmente, comparando seus resultados com métodos tradicionais.

Um sistema de aviso de doença de planta são modelos que prevê quando uma doença pode


aparecer ou ameaçar a cultura ou um aumento na intensidade de uma doença baseado em
informação sobre o ambiente, a cultura e/ou o patógeno, mostrando assim por exemplo, quando a
aplicação de fungicidas será necessária.

Um sistema que posso descrever é o SAD criado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA)

O Sistema de Aviso de Doenças (SAD) é programado para identificar a possível ocorrência, em um


futuro próximo, da ferrugem e da mancha de phoma. A tecnologia funciona com base em variáveis
ambientais, como chuva e temperatura, e possui um nível de controle para prever se pulverizações
deverão ocorrer.  

O SAD utiliza sistemas de cores para informar ao agrônomo, engenheiro agrícola ou produtor, com uma
antecedência de 15 dias, sobre a provável ocorrência das doenças: 
VERMELHO: pulverizar;

AMARELO: fique em alerta;

VERDE: a doença não vai ocorrer.

“O sistema não vai falar para pulverizar ou não. Ele vai avisar se a doença pode ou não pode ocorrer
naquela região. É claro que depende de outros fatores, como a nutrição da planta, a condução de
podas, a produtividade, entre outros. Por isso, recebendo o aviso, ainda é importante que o produtor
vá ao campo com o agrônomo ou com o técnico agrícola para, juntos, decidirem se a pulverização
será feita”, completa Edson.

O SAD já foi implantado em 5 municípios (Carmo do Rio Claro, Nova Resende, Monte Santo de Minas,
Rio Paranaíba e Serra do Salitre), que vão desde o Triângulo Mineiro até o Sul de Minas. A
Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé LTDA (Cooxupé) e a Ihara são parceiras para que
a pesquisa seja colocada em prática no campo. De acordo com o professor Edson Pozza, os testes
foram eficazes, atingindo 90% de acerto do momento correto de controle. “Estamos no segundo ano
de parceria entre UFLA, Cooxupé e Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc), e a
ihara apoiando a Cooperativa.

A expectativa é que, até o fim de 2020, o SAD seja disponibilizado gratuitamente na página do
Sistema para o Monitoramento Agro-energético da cultura do Café (Sismet) da Cooxupé.”

Estudos com o SAD também estão sendo feitos para, em breve, identificar valores dos teores ideais
dos nutrientes no solo e na planta e possibilitar a previsão da ocorrência da cercosporiose.

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