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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO

COMPARAÇÃO DE GENOTOXICIDADE ENTRE FORMULAÇÕES


COMERCIAIS DE DEFENSIVOS AGRICOLAS EM Lithobates
catesbeianus.

FRANCIELY ALVES DE SÁ

ANÁPOLIS - GO
2018
FRANCIELY ALVES DE SÁ

COMPARAÇÃO DE GENOTOXICIDADE ENTRE FORMULAÇÕES


COMERCIAIS DE DEFENSIVOS AGRICOLAS EM Lithobates
catesbeianus.

Projeto de iniciação cientifica do curso


Ciências biológicas do Centro
Universitário de Anápolis GO –
UniEvangelica.

Orientador: Allan Valle Toledo da


Silveira

ANÁPOLIS - GO
2018

ii
SÁ, Francielly Alves. Comparação de genotoxicidade entre formulações
comerciais de defensivos agrícolas em lithobates catesbeianus. Francielly Alves
de Sá - Anápolis: Centro Universitário de Anápolis – UniEvangélica, 2018. 0 p.

Orientador:Allan Valle Toledo da Silveira.


Trabalho de Conclusão de Curso – Ciências Biológicas – Centro Universitário de
Anápolis – UniEvangélica, 2018.

1. 2. 3. 4.
I. Francielly Alves de Sá. II. Comparação de genotoxicidade entre formulações
comerciais de defensivos agrícolas em lithobates catesbeianus

iii
RESUMO

iv
ABSTRAT

v
LISTA DE FIGURAS

vi
LISTA DE TABELA

vii
SUMARIO

1. INTROCUÇÃO..........................................................................................................1
2. OBJETIVOS...............................................................................................................4
2.1. OBJETIVO GERAL....................................................................................................4
2.2. OBJETIVO ESPECIFICOS.........................................................................................4
3. REFERENCIAL TEORICO.....................................................................................5
3.1. DENFENSIVOS AGRICOLAS...................................................................................5
3.2. HERBICIDAS ASSOCIADOS A FORMULAÇOES COM GLIFOSATO..............10
3.4. USO DE BIOIDICADORES EM ANALISE DA QUALIDADE AMBIENTAL....12
4. METODOLOGIA....................................................................................................14
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...................................................................24
1. INTROCUÇÃO

No Brasil como em outros países, a expansão das fronteiras agrícolas nas últimas
décadas associados a intenso uso de fertilizantes e defensivos agrícolas vem acarretando
riscos a estabilidade do patrimônio natural e ecológico, tal como a perda da biodiversidade
e da qualidade dos recursos hídricos (DELLAMATRICE; MONTEIRO, 2014).
Segundo levantamento sistemático da produção agrícola, as áreas ocupadas no
Brasil com produção agrícola no ano de 2016 chegou ao total de 72 milhões de hectares, e
em 2017 79 milhões (IBGE, 2017), levando em consideração que a comercialização de
defensivos agrícolas e afins no ano de 2014 chegou a 508.556,8 tonelada por área plantada,
em média 6,7 Kg/há, podendo-se apontar o Brasil como um dos maiores consumidores de
defensivos agrícolas do mundo (IBAMA/IBGE, 2017).
Os agrotóxicos são utilizados no mundo todo para minimizar perdas da
produtividade das lavouras e aumentar assim o rendimento econômico das atividades,
podendo apresentar ações inseticida, herbicida, fungicidas, desinfetantes, e também
reguladores de crescimento (SIMONIELLO et al., 2008). Embora cumpram o papel de
proteger as culturas os defensivos agrícolas apresentam vários efeitos negativos em
organismos terrestres e aquáticos, incluindo, efeitos toxicos, letais e sub letais como a
genotoxicidade, onde determinadas substancias podem alterar a estrutura molecular do
DNA, e sua replicação e transmissão genica, causando principalmente mutações e
aberrações cromossômicas (KNAPIK; ANDREATTA, 2012).
Os defensivos agrícolas também podem gerar resistência indesejada as pragas,
elevando progressivamente as dosagens normais recomendadas (SPADOTTO et al., 2004)
gerando um desequilíbrio vicioso, com maior necessidade de uso de defensivos, doses mais
intensas, misturas irregulares e formulações cada vez mais tóxicas. Essa resistência ocorre
por seleção natural, onde características genéticas se insere numa população em função de
uma pressão, (defensivos), onde os insetos com capacidade de tolerar concentrações
inicialmente letais, seja por mecanismos fisiológicos ou por sua morfologia permanecem e
multiplicam-se, promovendo uma redução gradual na eficácia dos inseticidas, até a sua
completa ineficiência (SILVA, 2017).
Nas comunidades de bactérias, os defensivos agrícolas podem ocasionando
alterações na degradação da matéria orgânica, e em espécies de minhocas podem causar
danos na reprodução, levando perda de diversidade das mesmas e da fertilidade do solo,
ao qual estão envolvidas diretamente, assim como a ventilação das raízes das plantas e
também penetração de água das chuvas no solo (GAUPP-BERGHAUSEN et al., 2015).
Além do impacto letal facilmente perceptível, os defensivos agrícolas causam
efeitos sub-letais não facilmente observáveis, principalmente em insetos polinizadores
como as abelhas, ocasionando ruptura na divisão de trabalho e a exclusão social dentro da
colônia contaminada, traduzindo severos danos para a colônia, devido à redução do vigor e
produtividade, assim como em outras espécies não alvo (FREITAS; PINHEIRO, 2010).
Além dos prejuízos causados na biota terrestre, é notado na literatura uma queda
acentuada da biodiversidade aquática, em áreas agrícolas em função da utilização de
defensivos , podendo ter efeitos profundos nas comunidades aquáticas, afetando
diretamente espécies sensíveis, tendo forte efeito negativo na comunidade de macro
invertebrados aquáticos, onde grande parte das espécies comuns desaparecem e as restantes
são significativamente reduzidas em densidade populacional (SCHULZ, LIESS, 1999).
Estudos por vários países como Europa (Alemanha e França) e Austrália demostram que os
efeitos dos pesticidas são estatisticamente significativos sobre a riqueza de espécies e
familiares em ambas as regiões (BEKETOV et al., 2013). Tendo também efeito indireto
sobre outras espécies através das cascatas tróficas, podendo alterar a função do
ecossistema, assim como relata Stehle e Schulz (2015); Bendis e Relyea (2016).
Dessa forma, torna-se pertinente a avaliação da exposição dos organismos a
toxicidade de defensivos agrícolas nos ambientes (PRESTON, 2003). A utilização de
espécies sensíveis poderia indicar a magnitude de impactos ambientais causados por tais
substâncias (LAJMANOVICH, 2013), contribuindo para realização de ações de prevenção
e conservação da biodiversidade e dos recursos naturais (ATTADEMO et. al., 2011).
Dentre os organismos aquáticos, os anfíbios constituem um dos grupos mais
ameaçados devido sua sensibilidade a poluentes e destruição do seu habitat. Vários efeitos
tais como alteração no comportamento, anormalidade no crescimento e desenvolvimento,
suscetibilidade a doenças e aumento da letalidade são observados em anfíbios em
ambientes poluídos com defensivos agrícolas muitos deles ligados a genotoxidade do
herbicida glifosato (EGEA-SERRANO et.al., 2012). Moutinho (2013) cita consequências
comportamentais, Almeida et al (2014) cita consequências morfológicas assim como
Herek (2018) que cita consequências morfológicas e eritrocitárias nas espécies.
Uma das formas de se avaliar a toxidade de substâncias em organismos consiste na
exposição controlada de organismos não alvos a concentrações controladas de
2
determinados pesticidas, levando em conta a resposta do organismo sob diferentes
concentrações de poluente e duração da exposição. Sendo uma combinação de dois ou
mais fatores mais eficientes a obtenção de uma resposta evidente de risco (SPADOTTO et
al., 2004; ATTADEMO et al., 2011; LAJMANOVICH, 2013).

2. OBJETIVOS
3
2.1. OBJETIVO GERAL

O projeto tem como objetivo geral realizar análise cienciométrica da produção científica
sobre ecotoxicidade dos defensivos agrícolas entre os anos 2008 a 2018.

2.2. OBJETIVO ESPECIFICOS

 Descrição geral dos efeitos genotóxicos de formulações dos herbicidas glifosato


(GLY), e do inseticida Paraquat (PRQ) e das formulações associados aos mesmos.
 Analisar quantitativamente das publicações de periódicos científicos que tratam da
temática de ecotoxicidade dos defensivos agrícolas entre os anos 2008 a 2018.
 Realizar análise espaço-temporal das publicações
 Avaliar a qualidade dos periódicos científicos que tratam da temática de ecotoxicidade
dos defensivos agrícolas a partir do extrato QUALIS e do fator de impacto do Journal
Citation Reports (JCR).

3. REFERENCIAL TEORICO
3.1. DENFENSIVOS AGRICOLAS

4
Os defensivos agrícolas (agrotóxicos) são moléculas sintetizadas, comumente
utilizada no mundo para potencialização dos cultivares, controlando ou eliminando
potenciais pragas, entretanto, os impactos negativos do uso dos diversos defensivos
agrícolas no meio ambiente são vastos, incluindo seleção de pragas mas adaptadas, a
acumulação na cadeia tróficas dos organismos terrestres e aquáticos (SPADOTTO et al.,
2004; LA FARRÉ et al., 2008; RODRIGUES et al., 2016), efeito tóxico e genotoxicos
tanto na molécula originário como também de subprodutos advindo da sua degradação
(físico, química ou biológica) como citado no trabalho de Battaglin et al (2014).
No Brasil como em outros países há grandes áreas ocupadas em produção agrícola,
segundo dados do IBGE (2017) o Brasil possuía o equivalente a 79.387.668 hectares de
área plantada na safra de 2017, sendo 27.565.046 hectares para o centro oeste e 6.487.177
hectares para Goiás. Sedo que o estado de Goiás e o sexto, em produção agrícola conforme
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, se destacando como
principal produtor de cana-de-açúcar, feijão, algodão, soja e milho (IBGE, 2016).
Acompanhando o número da produção agrícola o volume de ingredientes ativo de
defensivos agrícolas vendidos internamente no Brasil em (2016) chegaram a 167.799,93
toneladas de produtos técnicos e 551.313,25 toneladas de produtos formulados, sendo
185.530,03 toneladas no centro oeste e 46.729,90 toneladas em Goiás (IBAMA, 2017).
Tendo o maior volume de venda os produtos classificados em classe III de produto
perigoso ao meio ambiente. Sendo os mais vendidos a classe dos herbicidas, seguido por
fungicidas e inseticidas. E os ingredientes ativos no ranking dos mais vendidos tendo o
glifosato e seus sais em primeiro com 185.602,22 toneladas, e o 2,4-d com 53.374,41
toneladas logo atrás (IBAMA, 2017).
A quantidade de usos e de efeitos dos impactos da agricultura no meio ambiente
reforçam a preocupação com a degradação da qualidade da água subterrâneas e superficiais
e da fauna aquática (ROSS, 2008), devido ao elevado potencial poluentes a mananciais
hídricos que abastecem cidades e abrigam várias espécies (DE OLIVEIRA; TELES;
SOARES FILHO, 2016).
Embora haja grande quantidade de água, sua maioria se encontra em decadência em
qualidade pela grande variedade de usos e de resíduos agrícolas e industrias lançados nos
mesmos (ROBARTS; WETZEL, 2000; RODRIGUES et al., 2016). Sendo os herbicidas
um ponto de difícil discussão, sendo essencial no número total de produtividade, mas
5
também digno de preocupações em relação ao acréscimo e intensidade de uso nos
últimos anos, assim como os prejuízos relacionados aos mesmos (KNISS, 2017).
Assim a preocupação e a necessidade de estudo sobre cada defensivo agrícola, se
torna cada vez mais necessário, na busca da classificação dos mesmos de acordo com a sua
sortividade e persistência no solo que condicionam seu comportamento e efeito sobre o
ambiente (SPADOTTO et.al, 2004). Alguns compostos não são degradados com facilidade
podendo persistir no ambiente, mais especificamente no solo (LA FARRÉ et al., 2008;
RODRIGUES et al., 2016). Podendo também ser lixiviados para águas subterrâneas ou
ainda, transportadas para águas superficiais através de escoamento, sendo assim
continuamente encontrado em uma grande variedade de ambientes aquáticos advindos de
terras agrícolas (SPADOTTO et al, 2004; DELLAMATRICE; MONTEIRO, 2014).
Um dos herbicidas mais conhecido e utilizados no Brasil e no mundo é o Glifosato,
de largo espectro e não seletivo pertencente ao grupo químico das glicinas, que é
amplamente utilizado no combate e controle de plantas daninhas considerado um dos
melhores em relação custo benefício aos produtores em relação aos outros métodos (BAI,
S; OGBOURNE, 2016; RODRIGUES et al., 2016), tendo acentuado o seu uso desde a
criação de culturas geneticamente modificadas, tolerantes ao seu uso, e provavelmente
permanecerá o herbicida mais utilizado durante os próximos anos (BENBROOK, 2016).
Representando no Brasil, o ingrediente ativo com maior volume de vendas (MORAES, P.
V. D.; ROSSI, P, 2010, IBAMA, 2017). vendidos nas seguintes formulações, glifosato,
glifosato sal de dimetilamina, glifosato-sal de amônio, glifosato-sal de isopropilamina,
glifosato-sal de potássil o e glifosato-sal de di-amônio (MMA, 2017).
A expansão progressiva do número de culturas tolerantes ao uso do glifosato, o
preço baixo, novos métodos de aplicação e padrões de uso agrícola, como dessecante na
aceleração das colheitas, fazem com que seja gradativo a dependência ao glifosato.
Desencadeando tolerância e resistência, e consequentemente aumento das aplicações
(BENBROOK, 2016), levando a detecção cada vez mais frequente do glifosato e seu
metabólito primário (AMPA) tanto no solo (BORGGAARD; GIMSING, 2008), água
(BATTAGLIN et al., 2014) quanto no ar (CHANG; SIMCIK; CAPEL, 2011).
O glifosato se apresenta em várias formulações diferentes, usada amplamente sobre
a formula conhecida como Roundup® constituído de ácido equivalente e de sal de
isopropilamina, além de ingredientes inertes, apresentando a mesmo mecanismo de ação
que os demais formulações, independente dos sais utilizados (MORAES; ROSSI, 2010;
6
RODRIGUES et al., 2016). Sendo empregado em culturas de cana-de-açúcar, algodão,
ameixa, arroz, cacau, café, pastagens, soja, trigo e outras. O glifosato é popularmente
conhecido devido à sua facilidade de uso em plantações de soja, algodão e milho que são
geneticamente modificadas para tolerá-lo (BATTAGLIN, W.A. et al., 2014).  
Sua atuação baseia na inibição de uma enzima EPSPS (5- enolpiruvato-chiquimato-
3-fosfato síntese) que sintetiza aminoácidos aromáticos importantes e essências como a
fenilalanina, tirosina, triptofano, percursores de outros produtos, como compostos
fenólicos importantes na defesa da planta, atuando também na inibição de brotamento de
novas raízes (MORAES; ROSSI, 2010; RODRIGUES et al., 2016; BAI; OGBOURNE,
2016), tento como efeito visível, amarelamento das células do meristema, necrose e morte
da planta em dias ou semanas (VARGAS et al, 1999).
Esse herbicida apresenta forte ligação ao solo apresentando uma adsorção nas
primeiras quatro horas após a aplicação, retirando parte do seu potencial de ação, pouca
mobilidade, e alta solubilidade, tendo uma grande variação na persistência no ambiente
principalmente devido a variedades de solo e condições ambientais, tendo meia-vida no
solo de menos de uma semana até alguns meses, havendo divergências na duração em
diversas literaturas (MORAES; ROSSI, 2010; RODRIGUES et al., 2016; BAI, S. H;
OGBOURNE, 2016). Dentre os processos que determinam o destino do glifosato no meio
ambiente se destaca a absorção pela planta, degradação por microrganismos, sorção em
água e solo, e formação de complexos com íon metálicos (MORAES; ROSSI, 2010;
RODRIGUES et al., 2016).
A decomposição e feita principalmente por ação de microrganismos heterótrofos,
responsáveis pela sua biodegradação em sistemas naturais e por produzir o AMPA como o
principal metabólito (MORAES; ROSSI, 2010). Quando absorvido pelo solo o glifosato
pode permanecer no ambiente até sua completa mineralização (MORAES; ROSSI, 2010;
RODRIGUES et al., 2016), podendo sofrer no solo ações de lixiviação onde o glifosato e
seus subprodutos pode persistir em água superficiais até 60 dias, mesmo sendo
completamente solúvel (QUEIROZ et al., 2011; RODRIGUES et al., 2016)
A toxicidade do glifosato pode variar de não-tóxico a ligeiramente tóxico, tendo
como classificação toxicológica IV (MAPA 2017). Dependendo da formulação, dos
ingredientes inertes, e de seus subprodutos advindos da sua biodegradação, pode se
apresentar mais toxico a organismos não-alvo do que o ingrediente ativo sozinho
(MORAES e ROSSI, 2010; RODRIGUES et al., 2016).
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Estudos que analisam prováveis riscos para vertebrados e seres humanos,
demostram acréscimo nos níveis de resíduos do glifosato em culturas de soja, risco
carcinogênicos e impactos adversos nos processos hepáticos, renais ou metabólico.
Sendo classificado em 2015 como "cancerígeno humano provável" pela Agência
Internacional de Pesquisa sobre o Câncer com base em estudos no aumento da prevalência
de tumores raros de fígado e rim, e forte evidência mecanicista de genotoxicidade e
capacidade de desencadear o estresse oxidativo (IARC, 2015; BENBROOK, 2016; KNISS,
2017).
Atualmente a discussão sobre a suspensão de registro de produtos à base de
glifosato está em andamento no tribunal regional federal (TRF – 1) que proíbe que
registros de produtos que contenham como ingredientes ativos glifosato sejam emitido até
que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária conclua os procedimentos de reavaliação
toxicológica do mesmo ao qual deve ser concluído até 31 de dezembro de 2018 segundo
descrito no documento do tribunal regional federal da primeira região (TRF – 1, 2018).
Outro herbicida bastante conhecido é o Paraquat, um herbicida pertencente ao
grupo químico dos bipiridílio (1,1'-dimethyl-4,4'-bipyridinium) não seletivo de aplicação
em pós-emergência com função de combater ervas daninhas, que atua na induzindo
estresse oxidativo pela formação aumentada de radicais livres filiado à depressão dos
sistemas antioxidantes do organismo, utilizado em culturas de abacaxi, algodão, arroz,
aspargo, banana, batata, beterraba, cacau, café, cana-de açúcar, chá, citros, coco, couve,
feijão, maçã, milho, pastagens, pêra, pêssego, seringueira, soja, sorgo, trigo e uva. de
classificação três de perigoso ao meio ambiente, e altamente persistente no meio ambiente
(MAPA, 2017; MARTINS, 2014), sendo comercializados em quatro diferentes
formulações Flak 200 SL, Orbit, Paramaster e Tocha (MAPA, 2017).
O paraquat se apresenta em forma de um sal solúvel em água que atua na presença
de luz, desidratando e dessecando rapidamente todo o tecido verde que entra em contato.
De rápida penetração no tecido, sua molécula aceptora de elétrons, quando reage com os
elétrons livres do Fotossistema I, localizado no cloroplasto seu local de ação, resulta na
forma de radical livre, que é convertido pelo oxigênio produzindo o superóxido,
intensamente reativo, que ataca os ácidos graxos insaturados das membranas, abrindo e
desidratando as membranas e tecidos das células (MARTINS, 2014).
No solo o Paraquat é considerado persistente, quando lançado apresenta rápida
absorção e forte ligação a terra e à matéria orgânica tendo boa absorção a praticamente
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todos os solos agrícolas se tornando biologicamente inerte, mais podendo acarretar várias
consequências ao meio ambiente e a fertilidade do solo, contaminando o meio e os
organismos entre eles a minhoca que proporciona a mistura do solo e equivale a base da
alimentação de muitos animais, podendo contribuir com a transferência do mesmo ao
longo da cadeia alimentar (MARTINS, 2014).
Segundo Saraiva (2016), em avaliação de toxidade conduzidos como paraquat
sobre dois invertebrados de água doce, C. riparius e D. tigrina indica diminuição do
tamanho dos adultos de C. riparius, bem como redução na atividade locomotora, atividade
alimentar e capacidade de regeneração de D. tigrina, sugerindo que em logo prazo o
herbicida pode potencializar a perturbação da cadeia alimentar e estrutura da comunidade
nos ecossistemas de água doce, em invertebrados.
Segundo Campos (2014), em estudo de toxicidade crônica dos herbicidas
paraquat e glifosato em sete espécies de macrófitas aquáticas amazônicas, paraquat se
mostrou o mais tóxico, mostrando ataque as folhas com manchas na cor marrom e com
necrose após administração com o mesmo.
Segundo De Oliveira (2014), em estudos com herbicida na utilização no cultivo de
cana de açúcar, mostrou prejuízos na comunidade da bactéria e sua capacidade de fixação
biológica de nitrogênio, indica inibição do crescimento da bactéria H. seropedicaein para
os herbicidas paraquat e glifosato, ocasionaram pequena redução e maduração da fase lag
da bactéria, e redução drástica na fixação biológica de nitrogênio in vitro para o glifosato,
o único herbicida a afetar o crescimento , como também, reduzir significativamente a
fixação biológica de nitrogênio, além de ser tóxico à bactéria, também reduz a capacidade
de fixação de nitrogênio. O paraquat também se apresentou como agente neurotóxico
demonstrando ser capaz de induzir a perda significativa de neurônios dopaminérgicos do
sistema nervoso central segundo (SAUR et al., 2009; MARTINS, 2013).
Segundo sua persistência e toxidade o ingrediente ativo de paraquat segundo
Anvisa (2017) tem data prevista de proibido no Brasil a partir de 22 de setembro de 2020,
conforme Resolução RDC nº 177, de 21 de setembro de 2017, publicada no Diário Oficial
da União de 22 de setembro de 2017. restringindo produção, a importação, a
comercialização e a utilização e sua total proibição no país após três anos da publicação da
resolução.

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3.2. HERBICIDAS ASSOCIADOS A FORMULAÇOES COM GLIFOSATO

O Brasil é um dos maiores consumidores mundiais de defensivos agrícolas, cenário


esse que vem contribuído no cenário de intensificação da exposição da população e do
meio ambiente a essas perigosas substâncias, de vasta diversidade e ações, constituindo
uma família muito diversificada de produtos químicos e de diferentes classes (BARBOZA
et al., 2018)
Dentre os produtos utilizados como defensivos, os mais vendidos no Brasil se
destacam a classe dos herbicidas (IBAMA, 2017) se destacando entre os mais utilizados
junto com o glifosato e o paraquat os herbicidas picloram, Metsulforuron-methil e
bispyribac-sodium, que comumente são envolvidos em misturas a fim de potencializar o
controle das espécies de ervas daninhas já tolerantes a formulações individuais de glifosato
(LAJMANOVICH et al., 2013).
O picloram (ácido 4amino 3, 5, 6 tricloro-2-piridinocarboxílico) é um herbicida
sistêmico pertencente ao grupo químico dos ácidos piridinocarboxílicos, seja em mistura
com o 2,4-D para pastagens ou isoladamente em culturas como arroz, cana-de-açúcar e
trigo. Tendo destaque para manejo de pastagens. Recomendados para o controle de plantas
daninhas herbáceas e perenes, sobretudo plantas dicotiledôneas indesejáveis de porte
arbóreo, arbustivo e subarbustivo em pastagens brasileiras (MAPA, 2017).
Seu método de ação se baseia em distúrbios no metabolismo dos ácidos nucleicos, e
proteínas interferindo na ação das enzimas RNA polimerase aumentando assim, a atividade
enzimática e a destruição do floema, bem como causando alongamento celular,
turgescência e rompimento das células (CARMO et al., 2008; PASSOS, et al., 2015).
Possui longo período residual, aumentando os riscos de contaminação do solo e água, além
de outras culturas cultivadas em sucessão ao seu uso (PASSOS, et al., 2015).
Segundo Brandão et al. (2012), sua meia vida no solo e de 324,7 dias e solubilidade
em água 4, 30.102 (mg l-1), sendo de classificação II, altamente toxico. Analisando o
tempo de meia-vida em solo e o coeficiente de adsorção, verificou-se que o picloram,
apresentaram tendência para lixiviação tendo maior índice entre outros herbicidas,
apresentando alto potencial de transporte dissolvido.

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Como os valores de meia vida e de solubilidade como os outros várias dependendo
condições ambientais e propriedades do solo a várias divergências quanto a meia vida do
picloram, mesmo todos considerando como longa, segundo D'Antonino et al., (2009) a
meia vida do herbicida e de 20 a 300 dias. Segundo Rodrigues & Almeida (2005), e
Santos, M. V. et al. (2006) a meia-vida seria de 90 dias.
O bispyribac-sodium é uma herbicidas pós emergente não residual utilizados no
controle de plantas daninhas, principalmente recomendado para o controle nas culturas de
arroz, pertencente ao grupo químico do ácido Pirimidiniltio-benzoato, tem como modo de
ação inibição da síntese de aminoácidos de cadeia ramificada (EFSA, 2010), inibindo o
crescimento, seguido por necrose e morte da planta. O produto é absorvido pelas raízes e
folhas e translocado principalmente pelo floema (SILVA, 2017), indicado para o controle
das ervas daninhas.
Por ser altamente catiônico; as cargas presentes nas moléculas do herbicida fazem
com que ele fique fortemente aderido às partículas de argila e matéria orgânica do solo,
(LEITE et al., 1998; KOBAYASHI, 2004; CONCENÇO et al., 2007), tendo uma meia
vida de 60 dias e de solubilidade em água de 73,3 gl-1 (RODRIGUES E ALMEIDA, 1998;
LAJMANOVICH, 2013). E classificado como produto de classe II, altamente toxico, e de
classe III, em relação ao potencial de periculosidade ambiental, (ANVISA, 2018).
Apresentando grande potencial toxico a organismos aquáticos (EFSA. 2010).
O Metsulforuron-methil herbicida seletivo e sintético da classe sulfonilureia, que
funciona como inibidor da enzima acetolactato síntese, que sintetiza aminoácidos como
valina, leucina e isoleucina (DOS SANTOS et al., 2010; DALAZEN; DIEHL KRUSE; DE
OLIVEIRA, 2015), caracterizado pela alta atividade biológica em doces relativamente
baixas e grande potencial de ação e de custo baixo (ALBRECHT et al., 2010) e muito
utilizado em campos de arroz e sua meia meia-vida no solo é aproximadamente de 30 a
120 dias (DOS SANTOS et al., 2010). Segundo Lajmanovich (2013), a meia-vida do
MET no solo é de 30 dias, e sua solubilidade em água é de 9,5 mgl-1.
Metsulforuron-methil quando aplicado apresentando uma rápida absorção pelas
folhas e completa translocação sistêmica, atinge todas as partes da planta, sendo absorvido
inicialmente pelas folhas e raízes (CONTIERO, 2008), sua classificação de periculosidade
ambiental é III, e toxidade IV (ZARTAN, 2018). Quando utilizado em altas doses e de
maneira irregular, pode levar efeitos negativos na cultura que esteja sendo tratado
indicando fitotoxidade em cultura não alvo (ALBRECHT et al., 2010).
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A ação dos herbicidas sobre o ambiente e a diversidade de espécies que a compõe
são vastos tanto individualmente quanto em misturas, tendo destino influenciado por
processos físico-químicos e biológicos do meio que causam a degradação e o movimento
do produto. A análise desse comportamento, juntamente com analise das influências sobre
as espécies é que definirá se um determinado herbicida provocará dano ao ambiente em
que atua, dano este que pode ser medido e avaliando, durante e após a utilização do
produto. (GUIMARÃES, 1987)

3.3. USO DE BIOIDICADORES EM ANALISE DA QUALIDADE AMBIENTAL

Bioindicadores são seres de natureza diversa que podem ser utilizados para
avaliação da qualidade ambiental, indicando a proporção e magnitude dos impactos
ocasionados ao ambiente, devido sua quantidade, distribuição, ausência e presença em
relação as quantidades de poluentes. Apresentando vantagens enquanto aos outros métodos
em custo, em avaliações cumulativas, apresentando uma grande variabilidade em detecção
de elementos químicos presentes em baixa concentração no ambiente, apresentando
eficiência em monitoramento em áreas amplas, permitindo em geral ausência de
aparelhagem sofisticadas. (MAKI et al., 2013)
O uso de organismos como bioindicadores é utilizado por órgãos de monitoramento
ambiental em diferentes países na identificação de substancia não seguras a serem lançadas
no ambiente (VASCONCELOS, 2014), os estudos de uso de anfíbios como indicadores
tem se ampliado mundialmente apresentando como acumuladores intermitentes de
poluentes, e de fácil detecção tanto dos diversos efeitos subletais como mudanças no
comportamento, desenvolvimento, tamanho e morfologia, quanto usando técnicas de
estudos de tecidos. (VASCONCELOS, 2014; SUÁREZ GONZÁLEZ et al., 2017)
Os anfíbios são vertebrados, ectodérmicos, que apresentam ampla distribuição
geográfica no Brasil, como também em outros países, tendo como principal grupo os
anuros, conhecidas como sapos, rãs e pererecas (GONÇALVES et al., 2015), tendo
características que lhe confere maior sensibilidade do que outros vertebrados como, pele
permeável, ovos sem casca, ciclo bifásico, e sedentarismo, características essas que torna
mais suscetível e efeitos mais intensos do poder acumulativos dos agrotóxicos, e demais
poluentes, sendo assim um bom indicador de poluição ambiental. (GONÇALVES et al.,
2015; SUÁREZ GONZÁLEZ et al., 2017).
12
A rã-touro (Lithobates catesbeianus) considerada uma espécie invasora originada
da américa do Norte, trazida para Brasil para fim comercias, atualmente está presente em
vários ecossistemas naturais brasileiros, ocupando geralmente corpos d'água permanentes
tendo alta habilidade a aclimatação a uma variedade de regimes climáticos (DA SILVA,
2016; PREUSS, 2017). E uma espécie de grande porte, de abito fortemente aquáticos,
principalmente quando girinos em ambiente nativo, requerendo no mínimo um ano para
metamorfose, permanecendo assim em meio aquático por longo período de tempo (DA
SILVA, 2016). Sendo sua utilização como bioindicadora corroborada pela facilidade
aclimatização em laboratório, baixo custo de aquisição e manutenção e sua sensibilidade
(VASCONCELOS, 2014).
A classe dos crustáceos e microcrustaceos também são bastante utilizados
mundialmente principalmente organismos do gênero Daphinia, que e corroborado por
apresentar características significativas como sua abundância em meio aquático de água
doce, apresentando um elo entre os níveis tróficos inferiores e superiores da cadeia
alimentar de um ecossistema e sua sensibilidade a substâncias tóxicas sendo indicado pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas para análise da toxicidade aguda de efluentes
líquidos, utilizada internacionalmente pelos órgãos e institutos ambientais de diversos
países pelo fato da padronização (KNAPIK, 2018). Sem contar várias outras classes
comumente utilizadas em analises ambientais como os bivalves os peixes, macro
invertebrados, algas e outros.
Com aumento da poluição e contaminação dos recursos hídricos por diversa fontes
de contaminação principalmente grande variedades de pesticidas a analise toxicológica
para quantificação e definição de limites para a emissão destas substancias e um
importante instrumento para definição de parâmetros de qualidade da água
(VASCONCELOS, 2014). A exposição de organismos a substancias potencialmente
toxicas tem como objetivos a análise da resposta dos organismos a substancia em
quantidades de tempo e concentração, que podem gerar danos subletais, carcinogênicos,
mutagênicos e outros indo até a letalidade.
Geralmente nos mananciais são encontrados vários tipos de herbicidas em misturas,
essas que podem potencializar o efeito toxico já encontrado em moléculas individuais de
defensivos agrícolas, mesmo a toxidade de alguns herbicidas seja baixa individualmente a
mistura pode potencializar a ação toxicológica em organismos não alvo.
(LAJMANOVICH, 2013). Tais sustâncias trazem riscos potenciais ao ambiente afetando a
13
funcionalidade e sustentabilidade dos ecossistemas, e também aos seres humanos, tanto no
uso de água contaminada, quanto no risco na alimentação de produtos advindos de uso
excessivo de agrotóxico e de irrigação por essas águas (DE ALMEIDA NETO; REIS,
2017).
Sendo a avaliação frequente do uso de herbicidas de grande importância levando
em conta, o modo como o uso de herbicidas se modifica ao longo do tempo e como
afetam de forma positiva ou negativa o ambiente e organismos viventes (KNISS, 2017).

4. METODOLOGIA

A pesquisa foi conduzida na biblioteca do Centro Universitário de Anápolis - GO,


entre os meses de agosto a novembro de 2018. Por meio de dados obtidos em pesquisa
descritiva que, de acordo com Kauark; Manhães; Medeiros (2010) consiste na criação de
relações entre variáveis, utilizando técnicas padronizadas de coleta de dados, elaborando
um conjunto de dados através da plataforma Science Direct, um site operado pela editora
Elservier, com cerca de 2500 periódicos de divulgação científica.
Para este estudo foi realizada a busca, no idioma inglês do termo pesticida,
incluindo obrigatoriamente o termo, ecotoxicológico (“pesticide” AND ecotoxicological”).
Tais termos deveriam constar nos títulos, abstracts ou palavras-chaves de artigos de
periódicos cadastrados na plataforma do Science Direct publicados entre os anos de 2008 a
2018.
Após a obtenção da listagem das publicações, foi feita uma triagem para identificar
publicações sem interesse, como capítulos de livro, revisões de livros, erratas, editoriais
etc. de forma a obter as publicações totais na base utilizada, considerando somente as áreas
de pesquisa que abrangessem a temática e os tipos de trabalhos desejados, que foram
Reseach Articles e Review Articles.
A análise foi realizada para obter diferentes informações tais como: o número de
artigos produzidos ao longo dos anos; distribuição geográfica da produção, a qualidade das
publicações caracterizadas pelo extrato Qualis e fator de impacto da JCR (Journal Citation
Reports), os principais defensivos agrícolas avaliados, e quais bioindicadores mais
utilizados na avaliação. Após o levantamento dos dados, foram confeccionados gráficos de
dispersão e de barras pelo editor de planilhas Excel da Microsoft ®.

14
5. RESULTADOS E DISCUÇAO

A avaliação da evolução espaço-temporal dos trabalhos científicos, encontrados nos


137 artigos publicados entre os anos de 2008 a 2018 presentes no banco de dados do
Science Direct, mostram uma evolução temporal de publicações, dando um salto a partir
do ano de 2014, indo de (7) publicações para (17) em 2015, (22) em 2016 variando para
(18) em 2017, se mantendo em alta em 2018 com (22) artigos publicados, sendo que o
maior número de publicações se deu nos anos de 2016 e 2018. (FIGURA 1)

25

20
numero de publicaçoes

15

10

0
2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020
anos

Figura 1. Variações temporal da produção científica publicada em língua inglesa na


plataforma Science Direct, entre os anos de 2008 e 2018. Fonte: Microsoft Word Excel.

Esse aumento de pesquisas se dá principalmente pela importância do tema


envolvendo a água, e sua alta demanda nas últimas décadas, principalmente na sociedade
atual, e a necessidade de se observar não apenas a disponibilidade da mesma, mas,
também, os meios de distribuição e controle de qualidade, além do alto nível de uso de
pesticidas utilizados atualmente na produção em grande escala na produção de alimentos, e
sua frequente relação de toxidade em humanos. (DE OLIVEIRA, 2018).
Quanto a distribuição espacial das publicações a Espanha com (14) publicações foi
o países que mais realizou pesquisa em relação a ecotoxicidade dos pesticidas, e
15
subsequentemente a China (11), Portugal (10), Brasil (8), França (8), Itália (8), Grécia (7),
Alemanha (7), Dinamarca (6), EUA (6), África do sul (5), Índia (4), Suécia (4), Japão (3),
Costa Rica (3), Argentina (3), Bélgica (3), Suíça (2), Reino Unido (2), Egito (2), Austrália
(2), e África ocidental (2), sendo que o Canada, Etiópia, Filipinas, Finlândia, Holanda,
Húngara, Israel, Jordânia, México, Península Malaia, também foram citados mais apenas
uma única vez dentro dos 137 artigos analisados, (Figura, 2).

Figura 2. Distribuição espacial da produção científica publicada em língua inglesa


na plataforma Science Direct, entre os anos de 2008 e 2018. Fonte: Fonte: Microsoft Word
Excel.

O Brasil aparece como um dos países que mais produziu artigos de pesquisas
envolvendo ecotoxicidade, em quarta posição com oito publicações junto com a Itália e
França, número considerável já que o mesmo apresenta a terceira posição entre os
principais exportadores de produtos agropecuários no mundo (SILVA, O. R, 2018), e é
apontado como um dos maiores consumidores de defensivos agrícolas (IBAMA/IBGE,
2017), o que demostrar não só um crescimento do uso indiscriminado de alguns pesticidas,
mais também da preocupação envolvendo os riscos dessa pratica ao meio ambiente.
Os periódicos que apresentaram o maior número de publicações foram o Science of
The Total Environment com (33) artigos, Chemosphere (23), Ecotoxicology and
Environmental Safety (19), Aquatic Toxicology (15) e Environmental Pollution com (9)
artigos, ambas com classificação Qualis A1 no triênio 2013-2016, nas áreas de ciências
ambientais ou interdisciplinar, corroborando com a ideia que a temática envolvendo

16
ecotoxicologia de pesticidas em ambientes aquáticos em nível internacional, e publicada
em periódicos de prestigio na comunidade cientifica. Sendo que os periódicos classificados
no extrato Qualis A1 contribuíram com cerca de 83% das publicações da temática
abordada, com apenas 4 jornais classificados como A2, Comparative Biochemistry and
Physiology Part C: Toxicology & Pharmacology, Jornal of Environmental Sciences,
Journal of Sea Research, Pesticide Biochemistry and Physiology e 1 classificado em B1,
Regional Studies in Marine Science. Na avaliação de fator de impacto, que e um indicador
bibliométrico publicado anualmente no Journal Citation Reports (JCR) pelo ISI-Thomson
Scientific (ISI) que avalia a razão entre o número de citações feitas no corrente ano a itens
publicados nesse periódico nos últimos dois anos, e o número de artigos publicados nos
mesmos dois anos pelo mesmo periódico, com base em citações internacionais
predominantemente (JCR, 2006), e possível observar que as revistas Water Research e
Environment International apresentaram os maiores FI.
Tabela 1. Ranking dos periódicos em relação a classificação Qualis-Capes, FI, E número
de publicações, pesquisados na plataforma Science Direct
N0depublicaçoe CLASSIFICAÇA FI
Periódicos s O
A1 3,18
Agricultural Water Management 2 2
A1 3,54
Agriculture, Ecosystems & Environment 1 1
A1 3,88
Aquatic Toxicology 15 4
A1 6,73
Chemical Engineering Journal 1 5
A1 3,29
Chemico-Biological Interactions 1 6
A1 4,42
Chemosphere 23 7
Comparative Biochemistry and A2 2,42
Physiology Part C: Toxicology & 6
Pharmacology 1
A1 3,98
Ecological Indicators 3 3
Ecotoxicology and Environmental A1 3,97
Safety 19 4
A1 7,29
Environment International 2 7
A1 4,35
Environmental Pollution 9 8
Environmental Research 1 A1 4,73

17
2
A1 3,18
Fish & Shellfish Immunology 1 5
A1 5,65
Journal of Cleaner Production 1 1
A1 4,00
Journal of Environmental Management 1 5
A2 3,12
Journal of Environmental Sciences 1 0
A1 6,43
Journal of Hazardous Materials 4 4
A1 3,72
Journal of Hydrology 1 7
Journal of Pharmaceutical and A1 2,83
Biomedical Analysis 1 1
A1 2,83
Journal of Plant Physiology 1 3
A2 1,72
Journal of Sea Research 1 9
A1 3,19
Land Use Policy 1 4
A1 3,15
Marine Environmental Research 2 9
A1 3,24
Marine Pollution Bulletin 6 1
A2 3,34
Pesticide Biochemistry and Physiology 1 0
B1 1,15
Regional Studies in Marine Science 1 2
A1 4,61
Science of The Total Environment 33 0
A1 4,24
Talanta 1 4
A1 7,05
Water Research 2 1
Total Geral 137
Fonte. Microsoft Word Excel.

Entre os organismos mais citados como bioindicadores na avaliação de eco


toxicidade dentre os 137 artigos, a classe dos crustáceos foram que foram mais utilizados
nas pesquisas com (34) citações, subsequentemente os peixes (29), algas e microalgas (16),
bivalves (15), macro invertebrados bentônicos (12) e as aves (11), dentre outros menos
citados em um total de 153 citações.

18
Figura 3. Organismos mais citados nas publicações entre os anos de 2000 e 2018. Fonte:
Fonte: Microsoft Word Excel

O maior número da escolha pelos organismos Daphinia, e corroborado por


apresentar características significativas como sua abundância em meio aquático de água
doce, apresentando um elo entre os níveis tróficos inferiores e superiores da cadeia
alimentar de um ecossistema e sua sensibilidade a substâncias tóxicas sendo indicado pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas para análise da toxicidade aguda de efluentes
líquidos, utilizada internacionalmente pelos órgãos e institutos ambientais de diversos
países pelo fato da padronização (KNAPIK, 2018).
Dentre os 135 artigos pesquisados foram citados o total de 301 pesticidas, entre
inseticidas fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento e outros, sendo os mais
citados pesticidas do grupo químico dos organoclorados, organofosforados, triazinas, ureia,
cloroacetailidas, piretroides, carbamatos, Cloroacetailidas os pesticidas em mistura,
inorgânicos, neonicotinoide, metilcarbamato, triazol, ciclodienoclorado, dinitroanilina,
sendo também citados os pesticidas do grupo químico em menor número como os etileno-
bis-ditiocarbamatos, fenilpirrol, pirimidina, morfolina, éter piridiloxipropílico,
Oxadiazolona, éter difenílico, oxima ciclohexanodiona, Acetanilida, Pirazol,
fenilpiridinilamina, Avermectina, pirimidinil carbinol, organobromados, Feniluréias,
Benzotiadiazinona, isoftalonitrila, dicarboximida, Anilida, pesticidas quirais,
metilcarbamato de fenila/ naftila, ácido benzoico, anilinopirimidina, Acilalaninato,

19
imidazolilcarboxamida, glisina, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, benzimidazóis,
ácido ariloxialcanóico, tiocarbamatos (FIGURA, 3).

Figura 4. Pesticidas mais citados na produção científica publicada em língua inglesa na


plataforma Science Direct, entre os anos de 2000 e 2018. Fonte: Fonte: Microsoft Word
Excel.

Os organoclorados e organofosforados formam os grupos de pesticidas mais


utilizados nas avaliações sendo um grande grupo de agentes químicos utilizados como
pesticidas, sendo que os organoclorados em sua maior parte possuem comercialização
controlada ou proibida a décadas, por oferecerem perigo dada pela toxicidade crónica,
persistência nos produtos agrícolas, nos animais e no ambiente, e por terem efeitos
cumulativo no tecido adiposo seres humanos e animais, no entanto são encontrados em
todo planeta (STREMEL, 2018) Os Inseticidas organofosforados apresentam um tempo de
meia vida bastante curto, que surgiram em virtude da toxicidade dos organoclorados
(BARBOZA, 2018) Sendo que os dois são apontados por podem ser responsáveis por
problemas neurológicos (STREMEL, 2018).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da busca ciênciométrica realizada na plataforma Science Direct no período


de 2008 a 2018 resultou em 137 artigos relacionados ao tema ecotoxicologia envolvendo
pesticidas, sendo que os periódicos pesquisados apresentam em sua maioria classificados
20
no extrato A1 do Qualis – CAPES, cerca de 83%, sendo apenas 4 periódicos classificados
em A2 e um em B1, apresentando uma tendência crescente de publicações durante esse
período, indicando que a temática se tornou um assunto relevante e de interesse na
comunidade científica internacional, principalmente por estar envolvido diretamente com a
escassez e qualidade da agua. Os países com maior produção de artigo foram a Espanha,
seguidos por china, Portugal e Brasil que ocupou a quarta posição, com 8 artigos
publicados, indicando que a temática está sendo explorada de forma razoável no país,
devido suas características, que vem em contrapartida, sendo que o mesmo e um dos
maiores produtores agropecuário, e apresentam um elevado consumo de pesticidas.
Os organismos mais utilizados nos ensaios eco toxicológicos foram os crustáceos,
tendo como destaque do grupo o gênero Daphnia, considerado um microcustaceo de água
doce muito utilizado em todos os países em questão de padronização.
Dentre os pesticidas pesquisados, os grupos dos organoclorados e dos
organofosforados apresentaram o maior número de registros, mesmo os organoclorados
terem em sua maioria comercialização controlada ou proibida.

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ANEXOS
ANOS Year
2008 9
2009 6
2010 10
2011 5
2012 9
2013 12
2014 7
2015 17
2016 22 28
2017 18
2018 22
Total Geral 137
PAISES N0
África do Sul 5
África Ocidental 2
Alemanha 7
América do Sul 1
Argentina 3
Austrália 2
Bélgica 3
Brasil 8
Canada 1
China 11
Costa rica 3
Dinamarca 6
Egito 2
Espanha. 14
Etiópia 1
EUA 6
Filipinas 1
Finlândia 1
França 8
Grécia 7
Holanda 1
Húngara 1
Índia 4
Israel 1
Itália 8
Japão 3
Jordânia 1
México 1
Península malaia 1
Polônia 1
Portugal 10
Reino Unido 2
República da Coreia 1
Suécia 4
Suíça 2
Tanzânia 1
Turquia 1
13
Total Geral 7

CLASSES GRUPO QUIMICO DOS PESTICIDAS CITADOS N0


inseticidas Carbamatos 11
organofosforados 47
organoclorados 49
29
éter piridiloxipropílico 1
ciclodienoclorado 6
Piretróides 16
metilcarbamato de benzofuranila 6
Avermectina 2
Pirazol 1,
metilcarbamato de fenila/ naftila 2
Neonicotinóide 8
herbicidas glisina 3
Cloroacetailidas 14
Oxadiazolona 1
tiocarbamatos 4
Ureias 16
triazinas 31
Acetanilida 1
oxima ciclohexanodiona 1
éter difenílico 1
Benzotiadiazinona 2
acido benzoico 2
ácido ariloxialcanóico 4
regulador Dinitroanilina 5
fungicida Feniluréias 2
Anilida 2
Acilalaninato 2
Triazol 6
pirimidinil carbinol 2
pirimidina 1
benzimidazóis 3
morfolina 1
fenilpiridinilamina 2
organobromados 2
dicarboximida 2
anilinopirimidina 2
 fenilpirrol 1
isoftalonitrila 2
imidazolilcarboxamida 3
etileno-bis-ditiocarbamatos 1
outros misturas 20
hidrocarbonetos aromáticos policíclicos 3
inorgânico 8
pesticidas quirais 2
Total geral 301

INDICADORES N0
Anfíbios 4
Repteis 1
mamíferos 2
Aves 11
plantas 7
Algas e microalgas 16
fungos 2
30
ameboide 2
Anthozoa 2
inseto 4
Peixes 29
bivalves 15
Porífera Demospongiae 1
gastrópodes 4
Crustáceo 34
Macro invertebrados 12
bentônicos
Zooplanton/fitoplâncton 1/2
Bactéria marinha 4
sedimento 9
Estatística coeficiente de risco 8
água 13
Total geral 183

31
Contagem de ns1:Year
201 201 201 201 classificaçao
Rótulos de Linha 2008 2009 0 2011 2012 3 2014 5 2016 2017 8 Total
Agricultural Water Management 2 2 A1
Agriculture, Ecosystems & A1
Environment 1 1
Aquatic Toxicology 2 1 2 1 1 3 1 2 2 15 A1
Chemical Engineering Journal 1 1 A1
Chemico-Biological Interactions 1 1 A1
Chemosphere 2 1 2 2 5 2 4 3 2 23 A1
Comparative Biochemistry and
Physiology Part C: Toxicology &
Pharmacology 1 1 A2
Ecological Indicators 1 1 1 3 A1
Ecotoxicology and Environmental A1
Safety 3 3 2 2 3 4 2 19
Environment International 1 1 2 A1
Environmental Pollution 1 2 3 2 1 9 A1
Environmental Research 1 1 A1
Fish & Shellfish Immunology 1 1 A1
Journal of Cleaner Production 1 1 A1
Journal of Environmental Management 1 1 A1
Journal of Environmental Sciences 1 1 A2
Journal of Hazardous Materials 1 1 2 4 A1
Journal of Hydrology 1 1 A1
Journal of Pharmaceutical and A1
Biomedical Analysis 1 1
Journal of Plant Physiology 1 1 A1
Journal of Sea Research 1 1 A2
Land Use Policy 1 1 A1
Marine Environmental Research 1 1 2 A1
Marine Pollution Bulletin 1 1 2 1 1 6 A1
Pesticide Biochemistry and Physiology 1 1 A2
Regional Studies in Marine Science 1 1 B1
Science of The Total Environment 2 1 2 2 3 4 4 6 9 33 A1
Talanta 1 1 A1
Water Research 2 2 A1
Total Geral 9 6 10 5 9 12 7 17 22 18 22 137

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