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SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

IPIRANGA DE GOIAS

VIRADA AMBIENTAL: REFLORESTANDO NASCENTES

IPIRANGA DE GOIAS
2021

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RELATÓRIO AMBIENTAL.

1. APRESENTAÇÃO

A Virada Ambiental é um projeto de iniciativa de mobilização social para incentivar o


plantio de espécies nativas com o objetivo de resgatar a biodiversidade e recuperar serviços
ambientais dos ecossistemas, ao qual o município de Ipiranga de Goiás se compromete com o
plantio orientado de mudas de árvores nativas durante os meses chuvosos. Contribuído para
restauração das nascentes do município por meio o acompanhamento e subsidio de mudas
para reflorestamento de área localizadas dentro do município, realizados pela solicitação dos
próprios proprietários rurais do município, que desejam reflorestar áreas de nascentes e olho
d’água e promover a preservação e recuperação dos recursos hídricos que compõe a bacia
voluntariamente, visando a sustentabilidade de pequenas propriedades por meio de uma
inclusão da população local atuando como protagonista tanto na recuperação como na
manutenção.
A água é um recurso natural indispensável, apresentando influência direta na
manutenção da vida, que muitas vezes são negligenciados com mal-uso, poluição, sobretudo
nas áreas de nascentes, alterando a sua qualidade e quantidade (PINTO et al., 2004).
As nascentes são um afloramento do lençol freático, dando origem a um acumulo de
água como represas ou cursos de água, sendo considerada nascente ideal aquela que apresenta
uma boa qualidade de água e abundancia (CALHEIROS et al., 2004).
Considerando a urgência de recuperar as nascentes que exercem um papel
fundamental na formação e manutenção dos recursos hídricos não só como ponto de partida
estratégico para recuperação dos recursos hídricos, mas também para preservar a estabilidade
geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo, gerar trabalho,
manter e ampliar a beleza cênica de uma paisagem, e assegurar o bem-estar das populações
humanas.
A recuperação de nascentes de rios e córregos, além de contribuir para melhorar a
qualidade da água, funciona como instrumento de aproximação entre o curso d’água e a
comunidade que vive em suas proximidades. É também um mecanismo que exige menos
recursos e apresenta resultados em curto prazo (LACZYNSKI e OLIVEIRA, 2002).

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A maioria da população da localidade movimenta uma atividade econômica, como
plantio de cana de açúcar, soja, criação de gado leiteiro, além de manterem represas de
produção de peixe para o próprio consumo. Apresentando várias nascentes, que na sua
maioria não ocorre uma proteção da área em torno da mesma como área de preservação
permanente, apresentando em risco, tanto pelo uso excessivo sem cuidado como pela
compactação dos animais na área.
Para uma manutenção desse recurso indispensável e necessário cuidar do seu entorno,
que é considerado legalmente como uma Área de Preservação Permanente (APP), essas
garantem integridade a mesma, tendo a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, quanto mais arvores, mais substrato no
solo mais diversidade de microrganismos, mais fertilidade mais arvores mais agua disponível
para uso, além, de maiores área para vários outros animais como aves e mamíferos e maior
qualidade do ar e agua. Segundo o código florestal no art. 3 define nascente como:
XVII - nascente: afloramento natural do lençol freático que apresenta
perenidade e dá início a um curso d’água; 
E no art. 4 define área de preservação permanente como:
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes,
qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50
(cinquenta) metros;
A partir da recuperação da nascente, que abastece as famílias da localidade não haveria
falta de abastecimento nas represas, que subsidiam a criação de gado, e cultivo de hortas,
além da preservação de várias espécies de peixes que são criadas para o consumo e das aves,
movimentando a economia da localidade além da preservação.

2. OBJETIVOS

Efetivar o compromisso de plantio de mudas do projeto virada ambiental.

Dar subsidio em forma de plantio de mudas, reflorestando as nascentes aos quais os


proprietários rurais do município de Ipiranga de Goiás, fizerem solicitação.

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Propiciar o aumento da vazão de água, assim como transporte reduzindo o risco de
escassez nas áreas que faz uso da mesma para produção econômica local.
Recuperar a vegetação e as funções ecológicas das APPs de nascentes, por meio do
plantio.

Assegurar o incremento na qualidade ambiental das propriedades rurais através do


incentivo ao reflorestamento

3. MATÉRIAS E MÉTODOS

A partir do projeto virada ambiental, foi se idealizado no município as áreas focos de


relevante interesse de plantio de mudas e reflorestamento no município ao qual são as
nascentes, assim foi aberto espaço para o proprietário fazer a solicitação a secretaria do meio
ambiente no município, e realizadas vistorias in locu, após solicitação dos proprietários ao
qual buscavam subsidio de mudas e para recuperação voluntaria das nascentes. A visita foi
conduzida utilizando câmera surveycam instalado no telefone celular, para obter fotos locais
das nascentes, para analise métricas foram utilizadas imagens de satélite utilizando Google
Earth, após calculo de metragem as mudas foram levadas e plantadas, ficando a cargo do
proprietário apenas a posteriores manutenções das mudas na área.

4. VISTORIA E ANÁLISE

Foi realizada no dia 17 de agosto 2021, as 10:30 da manhã, a vistoria em duas


propriedades, com único objetivo de reconhecimento do local a ser reflorestado, coleta de
fotos e coordenadas geográficas para análise de satélite posterior. A primeira pertencente ao
Sr. Glayrston Antônio Gomes da Silva na fazenda córrego do cedro, com coordenadas
geográficas do centroide do imóvel 150 13’11,9” S; 49041’11,99” O, com total em (há)
21,0455. A segunda pertence ao Sr. Joaquim Pires De Santana na fazenda Córrego Da Bica,
com coordenadas geográficas do centroide do imóvel de latitude 150 12’31,68” S;
49038’08,2”O, com total em (há) 94,7028.
A vistoria contou com a presença do Secretário do Meio Ambiente Márcio Moacir
Bessa, Analista Ambiental Francielly Alves de Sa o Analista Ambiental Luciano Oliveira da
Silva e o Servidor Público Reinaldo Luíz Bueno

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4.1. Propriedade 10

A nascente em foco ao qual vai ser alvo de reflorestamento não se trata de nascente
perene apenas intermitente aflorando no período das chuvas e secando no período seco, se
encontrado ao lado de outra nascente que é perene já fechada e reflorestada. A partir disso
buscou cercamento da área de 105 metros mais 40 metros, em um espaçamento de 4 em 4
metros.
Para o plantio das mudas no local foi se calculado a área da seguinte forma:
105:4 = 26,3
40 : 4 = 10

AREA = bxh
2 40m
cerca
A = 10 x 26,3
2 105m

A = 263
2

A = 132 mudas.

Sendo arredondado a quantidade para 140 mudas em razão de algum erro de medidas
na execução do plantio. A área informada se caracteriza como bioma cerrado com terreno
com várias elevações e declividades, com áreas já preservadas e áreas utilizadas para
pastagem. No local foram coletadas fotos retiradas pelo telefone celular no aplicativo
surveycam na localidade a qual se situa a área informada, e imagem de satélite pelo google
Earth para retirada da metragem.

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Figura 1. 10 propriedade, demarcação de nascente pelo google Earth

Figura 2. 10 propriedade, local da nascente (antes)

Figura 3. 10 propriedade, enfoque do local pisoteado ainda com vestígios de água, (agua).

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Figura 4. Dia do plantio de mudas com equipe da secretaria do meio ambiente e escolares.

Figura 5. Plantio realizado em área de nascente com equipe da escola espaço do saber.

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4.2. Segunda propriedade

A segunda propriedade pertencente ao senho Joaquim Pires de Santana trata se de


nascente uma nascente intermitente que se encontra em um local utilizado por muito tempo
por pastagem sendo fechada recentemente onde será realizado plantio de espécies nativas,
para preservar tantos os recursos hídricos, da fazenda quanto as paisagens, estabilidade
geológica e a biodiversidade do local.

Figura 4. 20 propriedade, demarcação da área por satélite Google Earth.

Para o cálculo da área e quantidade de mudas será necessário foi feito a seguinte
equação:

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50m 50m 50m

65m 87m 65m 22m

52m

Area do quadrado - A = b.h

Figura A(ab) = 50:4 =12,5 mudas


Figura A(bc) = 65:4 = 16,3 mudas

área total figura a= b.h =12,5 x 16,3 = 203,8 mudas

Area do triangulo retângulo A= b.h


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Figura B(ef)= 50:4 =12,5 mudas
Figura B(fg)=22:4=5,5 mudas

área total figura b – a= 12,5 x 5,5 = 34,4 mudas


total de mudas = 203,8 + 34,4 = 238,2 mudas

A partir do cálculo se obteve o total de 239 mudas necessárias para reflorestar a área,
sendo plantadas com espaçamento mínimo de 4 por 4 metros de distância, sendo que foi
acrescentado ao numero de mudas um total de 61 para plantio ao redor do represamento
baixo, sendo doadas e plantadas um total de 300 mudas ao senhor Joaquim pires de Santana o
solicitante, ficando a cargo somente da manutenção das mudas no local.

Figura 5. 20 propriedades, terreno onde nasce a nascente, (antes).

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Figura 6. 20 propriedades, local abaixo da nascente onde se encontra represamento (antes).

Figura 7. Dia de Plantio na área de nascente.

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Na mesma propriedade em outra nascente também intermitente onde foi realizado
plantio de mais 400 mudas nativas após vistoria do local e cálculos de área realizado como na
área anterior no dia 02 de dezembro.

Figura 8. Dia do segundo plantio na propriedade do senhor Joaquim Pires.

Figura 9. Parte ao longe já plantada e plantio sendo realizado do outro lado da nascente.

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4.3. Propriedade 3

Na terceira propriedade pertencentes ao senhor Wenderlei Pereira Alves foram doadas


e plantadas 100 mudas de espécies nativas, a ser plantadas em volta da nascente nas
localidades do córrego Barreirinho no dia 19 de novembro

Figura 10. Entrega das mudas.

Figura 11. plantio com ajuda das crianças moradores do local.

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4.4. Propriedade 4

Na quarta propriedade do senhor José Firmino foi solicitado um total de 100 mudas de
arvores nativas ao qual foi plantado no dia 25 de novembro de 2021, junto com os
proprietários, e as crianças na proximidade do córrego do céu, em área de preservação
permanente do tipo nascente.
Figura 12: secretario do meio ambiente e proprietário no plantio de mudas

5. CONCLUSÃO

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Ao todo foram plantadas 1040 mudas nativas e frutíferas em quatro propriedades
rurais do município de Ipiranga de goiás, correspondendo a contribuição nos córregos do
cedro, córrego da bica, barreirinho e córrego do céu.

Considerando a urgência de recuperar as nascentes que exercem um papel


fundamental na formação e manutenção dos recursos hídricos não só como ponto de partida
estratégico para recuperação dos recursos hídricos, mas também para preservar a estabilidade
geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo, gerar trabalho,
manter e ampliar a beleza cênica de uma paisagem, e assegurar o bem-estar das populações
humanas. A recuperação de nascentes de rios e córregos, além de contribuir para melhorar a
qualidade da água, funciona como instrumento de aproximação entre o curso d’água e a
comunidade que vive em suas proximidades.

6. REFERENCIAS

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BRASIL. Lei n0 12.151, de 25 demaio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera
as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de
dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de
1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Disponível em:<
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm >.Acesso em:20-08-2021.

CALHEIROS, Rinaldo de Oliveira; Tabai, Fernando César Vitti; Bosquilia, Sebastião Vainer;
Calamari, Márcia. Preservação e Recuperação das Nascentes. Piracicaba: Comitê das Bacias
Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivarí e Jundiaí. 2004.

CHAVEIRO, Eguimar Felício; CASTILHO, Denis. Cerrado: patrimônio genético, cultural e


simbólico. In: Revista Mirante, vol. 2, n.1. Pires do Rio - GO: UEG, 2007.

LACZYNSKI, Patrícia; Oliveira, Fernanda. Recuperar as nascentes. Desenvolvimento


urbano. Nº 192. 2002

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Francielly Alves de Sá Luciano Oliveira da Silva
Analista Ambiental Analista Ambiental
Decreto n0106/2021 Decreto n 0107/2021

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Marcio Moacir Bessa
Sec. Mun. de Meio Ambiente
Decreto nº002/2021

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