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2 - CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
3 - IDENTIFICAÇÃO DO INTERESSADO
4 - IDENTIFICAÇÃO
5 - ORIGEM DA DEGRADAÇÃO
A área degradada faz parte de uma propriedade privada que tem como maior
finalidade do terreno, como um todo, a atividade da agricultura, com plantações de algumas
culturas em locais propícios e em épocas de chuvas, e pecuária, com a disposição de alguns
animais no local para que eles possam se alimentar e se hidratar, como criação de bovinos
e equinos.
Além dessas atividades, a área sofre com algumas queimadas controladas realizadas
pelo proprietário com a finalidade de diminuir o volume do mato seco que resta depois do
período chuvoso, além da retirada de algumas árvores de maior porte para a plantação de
outras culturas no espaço de tempo mais propício.
Com relação ao açude, o mesmo, por ser de pequeno porte e pela crise hídrica
recente, não passa todo o período do ano com água em seu interior. Dessa forma, acarreta
a degradação do solo e da parede do mesmo, estando mais propício para rachaduras,
afetando a estrutura, aumentando a erosão e deixando o mesmo menos impermeável.
Outra atitude bastante frequente e que acarreta problemas não só ao açude em
questão, mas também à outras partes do terreno, no geral, são as retiradas de materiais
para construção civil e para aterramentos de estradas ou outros locais. Sendo assim, retira
a camada superior da terra e com ela irá nutrientes, plantas de pequeno porte, que
sustentavam aquele espaço e dava saúde ao mesmo.
Bioma Caatinga
Geologia Província da Borborema
Clima Muito quente, semiárido
Período chuvoso Fevereiro à junho
Bacia hidrográfica Apodi-Mossoró
Recursos hídricos
banhado, a NE, pelo Rio Apodi
Solos Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico
Vegetação Caatinga hiperxerófila
Máxima: 36,0 ºC
Temperatura média
Média: 28,1 ºC
anual
Mínima: 21,0 ºC
Precipitação média
470 mm
anual
O açude está localizado em uma pequena depressão, com altos e baixos no terreno.
O solo é fértil, com pedregosidade e predominantemente composto por Latossolo vermelho
Amarelo, chamado popularmente por barro vermelho. Há a existência de córregos que, em
época de chuvas, transportam águas.
Possui, também, ao redor muita vegetação característica da caatinga, que ficam sem
folhas no período de seca. A maioria, atualmente, são plantas de pequeno porte, pois foi
feita retirada de algumas de maior porte para “limpeza” do terreno para plantação de outras
culturas.
8 - OBJETIVO GERAL
9 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
10 - DA IMPLANTAÇÃO
Na região do Alto Oeste Potiguar, na qual o açude do Sítio Varzinha está localizado,
numa região de clima Semi-Árido, assim seus períodos de chuvas são irregulares, tendo
maior incidência nos meses entre fevereiro à junho. Com isso, o uso de uma bioengenharia
com base de parede verde pode ser descartado. Pois, com a chegada da seca toda a
cobertura vegetal acabará sedo morta pela falta de chuvas. Tendo em vista que, para
paredes de mananciais são utilizadas vegetação gramínea que tem uma capacidade de
cobertura muito densa e se adequa facilmente nas deformidades do terreno.
Deve-se fazer então um reparo em diversos pontos da parede onde há rachaduras e
pequenas aberturas, para que não acabe comprometendo a resistência da mesma. Assim,
poderíamos compactar o solo para não ocorrer a erosão da parede.
É recomendado plantar vegetação rasa no coroamento e nos taludes do açude, de
maneira a preservá-lo da erosão provocada pelas chuvas e, a montante, pelas pequenas
ondas (marola). Esse cuidado raramente é cumprido porque o açude sendo geralmente
construído no período seco, a terra dos taludes fica dura e ressecada, não permitindo o
plantio de vegetação. As primeiras chuvas costumam causar importantes danos ao açude
recentemente acabado.
11 - DA MANUTENÇÃO
A erosão pode estar ligada à ação de diferentes agentes: vento, gravidade, gelo,
água. Sendo que a ocorrência desta última pode se dar por meio dos rios, mares, lagos e
chuva. Com o início das chuvas, as gotas de água logo chegam à superfície terrestre com
energia suficiente para desprender os agregados. É a fase inicial da erosão, as partículas
de solo são desagregadas ou fragmentadas em partes menores, de forma que possam ser
transportadas (GUERRA et al, 1999). Com o impacto das gotas de chuvas certas partículas
são também projetadas, ocasionando dessa maneira um fenômeno de transporte do solo,
conhecido como spash, ou erosão por salpicamento. A cobertura vegetal tem grande
influência nessa fase inicial, capaz de interceptar e amortecer o impacto da chuva, reduzir o
volume de água que chega à superfície e alterar o tamanho das gotas de água, modificando
sua energia cinética e potencial. Além da vegetação, tal processo está intimamente ligado à
energia cinética da chuva e à resistência do solo em sofrer a desagregação.
Toda ação que se empreende que tem o objetivo de modificar alguma coisa ou
alguma situação pode, por princípio, ser bem ou malsucedida. Para se saber qual foi o
resultado da ação, é preciso avaliar o que se conseguiu mediante o que se esperava. A
comparação com o que era esperado, se realizada ao longo do processo, pode servir para
corrigir o rumo das coisas, caso a trajetória esteja levando a uma situação indesejada. A
essa avaliação, que se faz em diferentes momentos entre o início e o final de um projeto,
denominamos monitoramento.
Para esta comparação, são necessárias ferramentas que denominamos tecnicamente
indicadores. Indicadores devem ser variáveis perfeitamente identificáveis, fáceis de medir,
de fácil compreensão e que representem, de fato, o que se quer avaliar, de modo que
mostrem claramente a situação em cada momento.
12 – DO MONITORAMENTO DA RECUPERAÇÃO
A área deve ser monitorada, a fim de fazer com que o processo de recuperação
tenha êxito. Nesse momento deve ser observado se a vegetação está desenvolvendo-se
bem, se as espécies animais estão adaptando-se ao novo ambiente, se não há espécies em
competição. Além disso, devem ser feitas análises laboratoriais periódicas para monitorar a
qualidade do solo e da água, principalmente para verificar se os contaminantes
diagnosticados estão em níveis toleráveis. O monitoramento deve acontecer até que a
recuperação esteja bem consolidada e que se perceba que o agente degradador deixou de
atuar. Devem haver visitas periódicas para analisar como o solo do açude está reagindo ao
tratamento, podendo até ser realizada uma coleta para um estudo mais aprofundado sobre
a composição atual do solo. Devem ser analisadas também como a população que utiliza o
açude está desenvolvendo suas atividades, se está havendo uma conscientização quanto
ao uso da água. Ou seja, sejam necessárias ser feitas visitas in loco, bem como coletas de
amostras para analisar o comportamento do açude ao tratamento, bem como a adaptação
da vegetação e dos animais pertencentes aquele ambiente para que então possamos saber
se o PRAD obteve um resultado positivo ou negativo.
13 – CRONOGRAMA FÍSICO
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
(Implantação / Manutenção / Monitoramento)
Ano
1º 2º 3º Demais
Atividades
Semestre
1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º
Elaboração do PRAD X
Isolamento da área X
Encerramento de atividades
X
existentes no local
Realização de análise das
X
técnicas adequadas
Reparos na parede X
Montagem do talude X X
Aplicação do talude de
X X
pedra
Manutenção X X
Monitoramento da
X X
recuperação
REFERÊNCIAS