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2. OBJETIVOS
Realizar a perícia ao ambiente da REQUERENTE a fim de analisar os impactos
ambientais decorrentes da exploração antrópica do Parque.
3. CRITÉRIOS
4. METODOLOGIA
Para a adequada avaliação dos impactos foi utilizada a revisão bibliográfica das
Resoluções Conama 01 de 23 de janeiro de 1986 e Conama 306 de 05 de julho de
2002; e os Relatórios disponibilizados pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (IEMA), visita em campo para a averiguação do local e
informações obtidas pelo monitor do Parque.
A perícia in loco foi realizada no dia 16 de março do ano de 2016, com início às 09h
15min e término às 13h, acompanhada pela turma de Engenharia Ambiental do 8º e
5. INSTRUMENTOS UTILIZADOS
Para obter registros das visuais observadas no local foi utilizado o aparelho
fotográfico da marca Samsung, modelo ES55, 10.2 mega pixels de resolução.
Para melhor compreensão das informações relatadas pelo monitor do parque foi
gravado um áudio utilizando o aparelho Mp4/Mp5 da marca Mixlaser, modelo MP-
525, nº de fabricação Z112020100041297.
6. LOCAL:
O Parque estadual Paulo Cesar Vinha criado pelo Decreto Estadual N° 2.993/90
situa-se na região Metropolitana do Estado do Espírito Santo na Rodovia ES-060,
Km 37,5, s/n - Praia de Setiba, Guarapari – ES entre as coordenadas geográficas
(UTM) 355852,83 W e 7728481,02 S e 351261,64 W e 7718374, com uma pequena
parcela de sua zona de amortecimento (APA de Setiba) inserida no município de
Vila Velha.
7. DADOS OBTIDOS:
7.1. ACOMPANHANTES
PRAIA DE SETIBÃO
7.3. FAUNA
7.4. FLORA
É um ambiente muito importante, pois é onde grande parte das espécies da restinga
se alimentam e reproduzem. Possui algumas áreas alagadas permanentemente,
outras apenas no período de chuvas, quando os canais de drenagem cobrem a
trilha. Atualmente o brejo encontra-se um pouco seco, mas as águas destes locais e
canais abastecem a Lagoa de Caraís. O ambiente brejoso possui bastante vento
devido à sua vegetação do tamanho de ervas. Registra-se a ocorrência da briófita
Sphagnum sp., considerada importante na formação de turfeiras que em conjunto
com a vegetação graminóide constituem material orgânico altamente susceptível a
incêndios.
Nas proximidades do brejo há um pé de Jamelão que é exótico, porém como ele não
dá frutos e serve de sombra e habitação para os animais é considerado benéfico
para o local.
BREJO ARBUSTIVO
Estabelece-se sobre solo arenoso em locais onde o lençol freático encontra-se bem
mais afastado da superfície, em alguns pontos mais de cinco metros abaixo. Esta
vegetação é constituída por arbustos, lianas e herbáceas, organizadas em moitas e
entre-moitas. As moitas, apresentando formas geométricas variadas, variando de
arredondadas a elípticas e com bordas irregulares e atingindo altura de 4-6 m.
MATA SECA
FORMAÇÃO PÓS-PRAIA
Estabelece-se sobre solo arenoso em locais onde o lençol freático encontra-se nas
proximidades das camadas superiores do solo, e que em certos trechos e em
determinadas épocas do ano a superfície do solo chega a ficar úmida e até mesmo
com uma fina lâmina de água aflorada. Possui vegetação constituída por arbustos,
lianas e herbáceas. Organizada em moitas e entre-moitas. As moitas, apresentando
formas geométricas variadas, variando de arredondadas a elípticas e com bordas
irregulares e atingindo altura de 3-4 m.
PALMAE (PA)
MACRÓFITAS AQUÁTICAS
7.5. SOLO
Um dos impactos que o parque enfrenta é com a extração de areia para fins
comerciais. Nas áreas onde foram realizadas atividades de extração mineral de
areia, houve um rebaixamento da superfície do solo, possibilitando inundações
periódicas com lâmina de água acima da superfície do solo maior que o normal. Este
impacto é irreversível e não se recomenda a reposição do solo devido à
indisponibilidade do mesmo. A vegetação pode sofrer mudanças quanto à
composição florística e até mesmo quanto à estrutura, uma vez que as espécies que
vêm se estabelecendo possuem desvio quanto àquelas de ambientes conservados
da formação, com presença inclusive de invasoras. Nessas áreas a recuperação
poderá ser acelerada realizando o controle das invasoras, plantio de espécies
nucleadoras e outros tratos culturais que se fizerem necessários.
As áreas que foram impactadas com aterro por deposição argila podem ser
recuperadas a partir do desaterro das mesmas, deixando novamente aparente o
solo arenoso da restinga. Os locais que sofreram retiradas da vegetação com parte
do solo através de máquinas pesadas e sofreram plantio ou transplante de solo com
vegetação, devem sofrer manutenção e plantio de espécies nucleadoras e outros
tratos culturais que se fizerem necessários.
Ainda, nas áreas que sofreram incêndio não se faz necessária nenhuma ação no
momento, deixando que a regeneração e a competição natural recuperem a
vegetação da área. Na figura abaixo observa-se um dos pontos que mais foram
queimados durante o incêndio acidental ocorrido no ano de 2014, ainda pode-se
verificar traços do incêndio com árvores altas secas e vegetação baixa.