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RESUMO
O estudo, tem como objetivo realizar uma estimativa de quantidades de nascentes improprias
para o consumo humano no Município de Faxinal-Pr. Por tanto realizou-se um estudo
bibliográfico sobre a técnica solo cimento para recuperação e tratamento das nascentes, e
foram realizadas diversas visitas em propriedades rurais onde foram analisadas 5 nascentes.
De acordo com a análise microbiológica realizada nas amostras de água coletada antes e após
o tratamento das nascentes, foi possível constatar que apesar da técnica de solo cimento obter
bons resultados, é necessário, outras medidas como recuperação da mata ciliar, proteção de
encostas com vegetação, restrição de animais domésticos próximo as nascentes.
ABSTRACT
The study aims to estimate the quantities of springs unfit for human consumption in the
municipality of Faxinal-Pr. Therefore, a bibliographic study was carried out on the soil
cement technique for the recovery and treatment of springs, and several visits were made to
rural properties where 5 springs were analyzed. According to the microbiological analysis
performed on the water samples collected before and after the treatment of the springs, it was
possible to verify that despite the technique of soil cement obtaining good results, it is
necessary, other measures such as recovery of riparian forest, protection of slopes with
vegetation , restriction of domestic animals near the springs.
1
Autor_Claudio Jedneralski claudiojedneralski@adapar.pr.gov.br
2
Autor_Michael Rodolfo Bento jmt-bento@hotmail.com
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Autor_Oliveira Machado de Oliveira oliveiramachadooliver@hotmail.com
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1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A água é um recurso essencial, tanto para a realização das atividades básicas que
garantem a sobrevivência e a saúde dos seres vivos, quanto para as práticas das atividades
socioeconômicas responsáveis pelo desenvolvimento de uma região, Crispin, Ciboto e Ribeiro
(2017). Diante desta problemática é de extrema importância a preservação da água desde sua
nascente, para que haja a garantia da sua qualidade para o consumo. O acesso à água é um
direito humano fundamental (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2008, p. 11).
Para que possamos realizar a proteção de nascentes com técnicas adequadas,
primeiramente é necessário compreender o que é uma nascente. Para (CASTRO, Lopes 2001)
As nascentes são fontes de água que surgem em determinados locais da superfície do solo e
são facilmente encontradas no meio rural, sendo sambem conhecidas por olho d'água, mina,
cabeceira e fio d'água. As águas que decorrem das nascentes são responsáveis pela formação
de pequenos cursos d'água que abastecerão os rios de maior vazão a jusante, até sua chegada
ao mar. Partindo deste princípio para complementar (CALHEIROS, 2004 P.13) Entende-se
por nascente o afloramento do lençol freático que vai dar origem a uma fonte de água de
acúmulo (represa), ou cursos d'água (regatos, ribeirões e rios) tendo valor vital dentro de uma
propriedade agrícola; estão localizadas em encostas ou depressões do terreno ou ainda no
nível de base representado pelo curso d’água, podendo ser: perenes – de fluxo contínuo;
temporárias – de fluxo apenas na estação chuvosa; e efêmeras – surgem durante a chuva,
permanecendo por alguns dias ou horas.
De acordo com IEPEC (2016) – Portal DBO “Definidas na lei como ‘afloramentos
naturais do lençol freático que apresentam perenidade e dão início a um curso d’água’, as
nascentes são de vital importância para qualquer propriedade. No meio rural, abastecem
açudes e represas, saciam a sede dos animais e podem dar suporte à irrigação das lavouras”.
Para CASTRO, et.al, 2007 entre os vários tipos de nascentes existentes numa propriedade
rural, as nascentes são de fundamental importância, uma vez que a maioria delas pode
fornecer água o ano todo, mesmo em período de estiagem, além disso elas são responsáveis
pela origem de todos os cursos d'água, independente de ser pequeno ou grande. Segundo
Valente (2005), os rios precisam das nascentes, as nascentes precisam dos lençóis
subterrâneos e os lençóis dependem da infiltração de parte das águas de chuvas. E para que
tudo funcione da forma correta, é necessário a colaboração do homem para a estruturação das
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nascentes. Pois de acordo com estudo de Barroso e Silva (1992). Um sério problema para a
saúde de comunidades na zona rural está relacionado aos dejetos domésticos, principalmente
fezes e urina por conterem grande número de agentes patogênicos, os quais na falta de
sistemas de esgotos sanitários permanecem no meio ambiente, podendo constituir fontes de
transmissão de doenças. Visando melhorar a qualidade da água consumida (EPAGRI, 2007).
Afirma que a proteção de fontes é uma alternativa de baixo custo e tem sido utilizada em
muitas propriedades rurais para impedir o assoreamento da nascente e a queda de materiais
orgânicos no seu interior. Proteger o afloramento natural é uma medida que pode ajudar a
preservar a qualidade e a disponibilidade de água para consumo. No meio rural, deve-se ter
especial atenção, pois é preciso considerar a necessidade de reduzir a contaminação por lixo,
agrotóxico, dejetos humanos e animais. É importante, também reduzir o desmatamento,
principalmente das encostas e da mata ciliar, além de proteger o solo.
De acordo com o site da Prefeitura Municipal de Faxinal (2017). No Município de
Faxinal, localizado no Estado do Paraná, uma boa parte da população reside em áreas rurais, e
grande parte da água potável utilizada para consumo humano e nas atividades econômicas das
propriedades é obtida através da captação de poços rasos, artesianos e nascentes, neste caso o
risco de água contaminada é muito grande, tendo em vista que água quando captada das
nascentes é apenas canalizada e direcionada aos principais pontos de uso, estando suscetível a
contaminação. Segundo o site da Prefeitura Municipal de Faxinal (2019). Observando a
necessidade de garantir a qualidade da água consumida pela população nas áreas rurais do
município, e a partir de pesquisas e análises de experiências regionais, o município de Faxinal
resolveu implantar um projeto, de proteção de nascentes e tratamento das suas águas através
da aplicação da técnica de solo-cimento. Para Barroso e Silva (1992), a degradação da água
das nascentes pode ter causas naturais (chuvas, erupções vulcânicas) ou antrópicas.
De acordo com Castro e Gomes (2001) é difícil estabelecer um único método para a
conservação de nascentes entre tantos existentes, porém podem-se fazer algumas
recomendações básicas, como protegê-las contra qualquer agente externo que venha a romper
o equilíbrio, diminuindo a quantidade e a qualidade da água. Entre as técnicas existentes para
a conservação e proteção de nascentes, a de solo-cimento tem sido bastante utilizada, por
apresentar baixo custo, fácil execução e manutenção sendo muito eficiente. Segundo (PINTO,
2003), os principais fatores que causam a degradação das nascentes e nos cursos d’água são
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causados pelo desmatamento, atividades agrícolas (agricultura e pecuária), erosão dos solos,
florestamentos mal manejados e contaminação dos mananciais. Para (RODRIGUES, 2006)
As nascentes podem perder a capacidade quantitativa e qualitativa da água aflorante quando
alteradas, por ações antrópicas, os usos e ocupações em seu entorno e na área de recarga do
lençol freático, comprometendo seu reabastecimento e a qualidade da água.
Essas nascentes devem fornecer água de boa qualidade de forma abundante e contínua,
no entanto, na maioria das propriedades rurais são empregadas como bebedouros para animais
e geralmente apresentam no seu entorno pastagens para a criação de gado, se encontrando
degradadas pela ação do homem (CALHEIRO Set al, 2004). De acordo com Castilhos e Egler
(2010), apontam sobre a água poluída ser um dos fatores que causa a morte de mais 1,8
milhões de pessoas, pois é através da água para consumos humano que ocorrem as
enfermidades relacionadas à água contaminada. O risco de infecção microbiológica por meio
da ingestão dessas águas torna-se ainda mais preocupante quando se analisam os resultados
apresentados nas demais características microbiológicas exigidas pela Portaria MS 2.914/11
(coliformes totais e Escherichia coli).
De acordo com Paula Gargiulo publicado no SES-MG, (2019) a vigilância da
qualidade da água para consumo humano é o conjunto de ações adotadas continuamente pelas
autoridades de saúde pública para garantir que a água consumida pela população atenda ao
padrão e às normas na legislação vigente, com o propósito de avaliar os riscos que a água
consumida representa para a saúde humana. Segundo Mormul et al, (2006), a presença de
coliformes na água consumida em áreas rurais representa um risco possível para a saúde dos
agricultores, tendo em vista o grande número de doenças de veiculação hídricas causadas por
bactérias do grupo coliformes. Confirmando essa teoria de acordo com D’AGUILA, 2000. O
consumo de água contaminada por material de origem fecal pode ser responsável por
numerosos casos de enterites, diarreias infantis, doenças epidêmicas, pneumonias, meningites
e infecções intestinais, podendo levar o indivíduo à morte quando o tratamento não é eficaz.
A água utilizada para consumo humano é um bem essencial que garante saúde e
qualidade de vida à população, quando distribuída em quantidade suficiente e com qualidade
que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido na legislação vigente.
O programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano
(Vigiagua), estruturado a partir dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), desempenha
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um papel importante para garantir a qualidade e segurança da água para consumo humano no
Brasil. Instrumento de implementação das ações de vigilância da qualidade da água para
consumo humano, o Vigiagua consiste no conjunto de ações adotadas continuamente pelas
autoridades de saúde pública para garantir à população o acesso à água em quantidade
suficiente e qualidade compatível com o padrão de potabilidade, estabelecido na legislação
vigente, como parte integrante das ações de promoção da saúde e prevenção dos agravos
transmitidos pela água. Alessandra Bernardes (2017) Ministério da Saúde. De acordo com
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde – Brasília, (2018) O Sisagua é um
instrumento do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo
Humano (Vigiagua), que visa promover a saúde e prevenir doenças e agravos de transmissão
hídrica, por meio das ações previstas no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil.
Para Cruz (1999) a educação ambiental ou a reeducação ambiental são ferramentas
imprescindíveis aos cidadãos, pois com isso dispõe para proteger os recursos hídricos, bem
como os ecossistemas.
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3. METODOLOGIA
procedimento desta técnica é a mão de obra, caso o proprietário não realize por si só, ou em
outra situação, caso seja necessário a utilização de algum maquinário específico para o
escoamento da água ou não sendo possível o escoamento manual como realizado
normalmente.
De acordo com o Projeto de recuperação de nascentes no Município de Faxinal,
disponível no site oficial, o mesmo foi desenvolvido, com o intuito de propiciar o aumento da
vazão de água disponível para captação nas nascentes, reduzindo o risco de escassez nas áreas
rurais, conscientizar a população rural quanto aos benefícios da implementação de processos
de proteção de nascentes e tratamento contínuo da água captada além de possibilitar a redução
do risco de contaminação e melhoria da qualidade da água disponibilizada para uso na
propriedade rural.
de animais domésticos e também silvestres, que utilizam da nascente para beber água e se
banhar. As famílias locais são compostas de 5 pessoas em média.
3.3 Análise de Água e Tratamento de Dados
Fonte: A pesquisa.
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Fonte: A pesquisa.
Fonte: A pesquisa.
Fonte: A pesquisa.
Fonte: A pesquisa.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
________________. Métodos e técnicas de pesquisa social. -6. ed. -São Paulo: Atlas, 2008.
IEPEC – Portal DBO. Como preservar, proteger e recuperar nascentes, disponível em:
https://iepec.com/como-preservar-proteger-e-recuperar-nascentes/ - Acesso em: 24 de outubro
de 2019;