Você está na página 1de 24

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO SUL – CAMPUS OSÓRIO


CURSO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO

PROJETO DE PESQUISA

AVALIAÇÃO DE EXTRATOS AQUOSOS DE PLANTAS MEDICINAIS E


SUA TERMOSSENSIBILIDADE IN VITRO SOBRE O AGENTE
FITOPATOGÊNICO DA SIGATOKA-AMARELA DA BANANEIRA

AMANDA DE LORENZI BORGES

OSÓRIO
JUNHO /2021
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.........................................................................3

2- OBJETIVOS.............................................................................4

3- JUSTIFICATIVA.......................................................................5

4- REVISÃO TEÓRICA................................................................6

5- METODOLOGIA......................................................................7

6- CRONOGRAMA.......................................................................8

7- BIBLIOGRAFIA.........................................................................9

8- ANEXOS..................................................................................10
3

1-INTRODUÇÃO

A banana é a fruta mais consumida do mundo, e, para países em


desenvolvimento, seu cultivo garante fonte de sustento e exerce importante
papel econômico. Por sua facilidade de consumo, preços acessíveis e nutrientes,
a banana é fonte de alimento primordial para países e famílias em situação de
pobreza (FERREIRA et al., 2016, p. 729). O Brasil é o maior consumidor mundial
de bananas e o quarto maior produtor, sendo sua produção quase inteiramente
destinada ao consumo interno, uma vez que exporta somente 1,5% de sua safra
(LIMA, et al., 2012). De acordo com dados da FAO (2017), aproximadamente 5,6
milhões de hectares de terra no mundo são dedicados à bananicultura.
Agronegócio importantíssimo em escala mundial, o comércio de bananas garante
segurança alimentar a mais de 400 milhões de pessoas nos países produtores.
Porém, a cultura é alvo de dezenas de pragas, o que prejudica a produtividade
do bananal e a qualidade dos frutos gerados, trazendo prejuízos aos
bananicultores. De todas as doenças que acometem o cultivo da bananeira, o
maior problema fitossanitário, a nível nacional, é causado pela sigatoka-amarela
(CORDEIRO et al., 2017. Pg. 5-6). É uma das doenças mais importantes em
regiões climaticamente favoráveis à sua proliferação, como é o caso de boa
parte do Brasil.
“Mycosphaerella musicola” é a forma sexuada do fungo causador da sigatoka-
amarela; seus esporos são os ascósporos, os quais estão presentes nas
plantações atingidas pela praga. Ainda, para germinação dos ascósporos, é
necessária a existência de uma lâmina de orvalho sobre a folha, bem como,
descreve Ferreira et al (2016). “ a ocorrência de temperaturas que variam entre
8°C e 38°C, com faixa ótima entre 25°C e 26°C. Dessa forma, o período chuvoso
e quente é o mais favorável ao desenvolvimento da doença, quando, em épocas
secas e frias, geralmente de maio a setembro, o micro-organismo é inibido pelo
clima (BANZANATTO; KRONKA, 2013).
Sua manifestação sintomática inicia com o desenvolvimento de numerosas e
pequenas estrias, em forma de ponto, e descoloração da folha, visíveis na face
superior da folha (EMBRAPA, 2006). Tal descoloração progride, tornando-se
estrias amareladas, que, com o passar do tempo, tornam-se marrons, e
posteriormente pretas e necróticas, “adquirindo a forma elíptico-alongada com
centro deprimido de cor cinza e bordas pretas, circundadas por um halo
amarelo”, relata Ferreira et al. (2016). A ocorrência da lesão necrótica
geralmente ocorre nos estádios mais avançados da doença. Entretanto, a
depender da severidade e frequência das lesões, a necrose do tecido pode
acontecer ainda nas primeiras fases de estria, observa Cordeiro (2017)
As perdas causadas pela sigatoka-amarela chegam a 50% da produção, quando
ocorrida em microclimas favoráveis ao desenvolvimento do fungo, e sem o
controle adequado para prevenção da proliferação do fitopatógeno, afirma
Martinez (1970). Todavia, podem chegar a 100%, uma vez que quando a doença
é severa, ao ponto de impedir o enchimento do fruto, os mesmos não
apresentam valor comercial (CORDEIRO; MATOS; FILHO, 2017). Entre os
prejuízos fisiológicos, pode-se listar a diminuição dos números de penca por
cacho; redução da qualidade e tamanho dos frutos; maturação precoce dos
frutos no campo, ou durante a fase de transporte; entre outros (FERREIRA et al.,
2016, p. 550).
Para seu controle, o método mais comum e convencional é o uso de fungicidas
químicos, apontados por Cordeiro (2000) como “a principal arma para o controle
da sigatoka-amarela”, principalmente quando se trata de variedades não
resistentes à doença. O autor recomenta a aplicação de diferentes misturas,
contendo produtos como Propiconazol, Benomyl, Thiabendazol e Clorotalonil.
Porém, apesar de livrar as produções de pragas e ofertar frutos "perfeitos" para o
mercado, o uso de agroquímicos perde somente para o esgoto não tratado
quando se trata de contaminação da água, contamina os solos, reduzindo sua
biodiversidade, e pode ter impactos devastadores na saúde dos trabalhadores
por causar diversos danos à sua saúde (RIGOTTO et al., 2014).
O uso exacerbado de agroquímicos, resultado da “visão equivocada do processo
agrícola” por parte dos produtores rurais, resultou no aumento da resistência de
pragas (VENTUROSO, 2009) em todas as culturas, o que acontece, também, no
cultivo da banana visto que o aparecimento de populações da sigatoka-amarela
resistentes aos produtos sintéticos tornou-se comum na bananicultura, em suma
no caso dos benzimidazóis e thiabendazóis, destaca Cordeiro (2000). Junto a
isso, os métodos de produção utilizados são capazes de destruir ecossistemas
inteiros, uma vez que a indústria da banana é a segunda que mais consome
fitossanitários, perdendo somente para a indústria do algodão (Banana link,
[20--?]).
Em contraste aos problemas apresentados, a agricultura sustentável vem
crescendo no mercado agrícola e na literatura científica brasileira, buscando
“obter vantagens das interações de decorrência natural”, adotando o uso de
subprodutos de plantas medicinais, os quais são utilizados pela viabilidade
econômica e ambiental (RODRIGUES et al., 2006), sendo extremamente de fácil
acesso ao produtor rural pela facilidade de acesso às suas matérias primas,
comumente encontradas e cultivadas nas propriedades do campo
(VENTUROSO, 2009) A agroecologia é caracterizada pela ideia central de
pensar além das práticas agrícolas alternativas, visando criar ecossistemas com
“dependência mínima de agroquímicos e energia externa” (MAGDOFF, 2002).
Cresce cerca de 16% por ano ao redor do mundo o mercado de defensivos
agrícolas naturais, setor responsável por 3 a 5% das vendas de pesticidas no
agronegócio brasileiro (HALFELD-VIEIRA et al., 2016). Tal corrente tem posto à
meda o debate a respeito do uso dos defensivos agrícolas naturais, os colocando
como fundamentais para a produção saudável de alimentos e desenvolvimento
da agroecologia brasileira e mundial, onde a “agricultura sustentável” obtém força
e expressão política (ZADOKS, 1992), estimulando a busca por medidas naturais
para a proteção de plantas contra doenças (SCHWAN-ESTRADA et al., 2000).
Desta forma, o uso de plantas medicinais faz-se cada vez mais presente no dia-
O Allium sativum, popularmente conhecido como Alho, por sua vez, possui como
princípio ativo a Alicina, substância de potencial microbiocida (LIMA, 2021) e
responsável pelo aroma característico do vegetal, que é liberada junto ao
rompimento de suas paredes celulares (DA SILVA, 2012). Seu extrato aquoso já
foi utilizado diversas vezes como produto fungitóxico natural, frente a fungos
fitopatogênicos à soja (VENTUROSO, 2009), também em forma in natura sobre a
cepa Bacillus thuringiensis, por Silva (2012), e sobre a sigatoka-negra, espécie
mais agressiva do mal-de-sigatoka, em forma de extrato alcóolico por Adirano-
Anaya (2018).

Os eficientes resultados constatados com a utilização de extratos vegetais no controle de fungos


fitopatogênicos têm enquadrado esta prática como promissora dentre os controles alternativos utilizados.
Porém, para que os extratos vegetais possam agir de forma mais eficiente é necessário conhecer o modo
de ação dos seus princípios ativos. Rodrigues et al. (2006), trabalhando com a planta Ocimum gratissimum,
verificaram que o extrato bruto 34 aquoso quando autoclavado induziu maior inibição do crescimento
micelial em todas as concentrações utilizadas comparado ao extrato bruto esterilizado por filtração, e
afirmaram que o princípio ativo da planta não seria termosensível. Os autores destacam ainda que na
concentração de 50%, o extrato bruto autoclavado proporcionou inibição de 100% do crescimento micelial
de Bipolaris sorokiniana. Já Ribeiro e Bedendo (1999) verificaram que o extrato de alho esterilizado através
de filtragem em filtro bacteriológico apresentou atividade antifúngica, contrariamente ao extrato autoclavado
que perdeu esta característica durante a esterilização, evidenciando que o princípio ativo envolvido
apresenta termosensibilidade. A exposição de extratos vegetais a altas temperaturas têm indicado que a
esterilização por meio de autoclavagem a 120ºC seria a metodologia que tem proporcionado maiores
alterações nos compostos secundários das plantas. Franzener et al. (2003) verificaram que o efeito
antifúngico direto do extrato aquoso de cânfora sobre a germinação de esporos foi grandemente afetado
quando o extrato foi autoclavado, pois o mesmo não inibiu a germinação de esporos de Bipolaris
sorokiniana, indicando, possivelmente, a presença de um composto fungitóxico termolábil. Celoto et al.
(2008) observaram que os extratos submetidos à autoclavagem, independentemente de serem aquosos ou
hidroetanólicos, apresentaram menor atividade antifúngica, indicando que as condições de autoclavagem
alteram a substância antifúngica dos mesmos. A diversidade de substâncias ativas em plantas medicinais
tem motivado o desenvolvimento de pesquisas envolvendo extratos vegetais, tendo em vista o controle in
vitro de fitopatógenos. Entretanto, existe a necessidade da pesquisa detectar essas substâncias e também a
melhor metodologia na obtenção dos extratos, de modo a otimizar o efeito dessas propriedades. Na
literatura existem muitos trabalhos que avaliam o uso de extratos vegetais obtidos por meio de filtragem e
autoclavagem a 120ºC, no entanto, quando se considera os aspectos térmicos há grande amplitude nessas
metodologias, tornando-se de suma importância analisar com mais detalhes o efeito destas metodologias de
esterilização sobre a atividade antifúngica dos extratos vegetais
4

2- OBJETIVOS

2.1- Objetivo geral

Frente ao exposto, objetiva-se avaliar a atividade dos extratos bruto


aquosos de plantas medicinais nativas ou amplamente presentes no estado do
Rio Grande do Sul e a influência de diferentes métodos de esterilização sobre o
desenvolvimento micelial do fungo Mycosphaerella musicola.

2.2- Objetivos específicos

 Propor alternativas econômica, ambiental e socialmente viáveis para o


controle das ocorrências de sigatoka-amarela no estado do Rio Grande do
Sul;
 Expandir o conhecimento científico sobre o potencial fungitóxico ou
fungistático das plantas medicinais presentes no estado do Rio Grande do
Sul;
 Contribuir para o desenvolvimento do Objetivo de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) 2, proposto pela ONU, através da promoção de
práticas agrícolas sustentáveis;
 Conhecer o potencial antifúngico In vitro dos extratos aquosos e
hidroalcóolicos de plantas medicinais, nativas ou amplamente presentes
no Rio Grande do Sul, sobre Mycosphaerella musicola;
 Descrever os efeitos da ação em meio laboratorial dos extratos de plantas
selecionadas sobre M. musicola;
 Analisar estatisticamente a inibição ou incentivo ao crescimento fúngico
dos extratos aquosos analisados sobre M. musicola durante seu ciclo de
cultivo.
 Verificar se diferentes meios de esterilização dos extratos aquosos das
plantas medicinais selecionadas alteram seus compostos, de forma a
alterar sua atividade sobre o desenvolvimento micelial de M. musicola.
5

3- JUSTIFICATIVA

Consiste na apresentação, de forma clara, objetiva e rica em detalhes, das


razões de ordem teórica ou prática que justificam a realização da pesquisa ou o
tema proposto para avaliação inicial. ODS 2 No caso de pesquisa de natureza
científica ou acadêmica, a justificativa deve indicar:
 A relevância social do problema a ser investigado. FALTA DE OPÇÕES
NATURAIS
 As contribuições que a pesquisa pode trazer, no sentido de proporcionar
respostas aos problemas propostos ou ampliaras formulações teóricas a
esse respeito. PROPORCIONAR PRODUTO DE PRODUÇÃO E CUSTO
VIÁVEL
 O estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema.
LITERATURA CARECE DE OPÇÕES NATURAIS P FUNGO, NÃO SE
ENCONTRA
 A possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade proposta
pelo tema. AGROECOLOGIA DIMINUIÇÃO ALTERNATIVA
AGROTÓXICOS SUSTENTABILIDADE
6

4- REVISÃO TEÓRICA

Em produção.
7

5- METODOLOGIA

Os ensaios experimentais serão conduzidos no Laboratório do Instituto


Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) –
Campus Osório, no período de agosto de 2021 a abril de 2022. Os extratos
serão preparados neste mesmo local, a partir de plantas coletadas nas
regiões Norte e Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Os extratos serão produzidos através das plantas listadas na Tabela 1, junto
às suas respectivas partes.
Tabela 1 – Tabela de aplicação das plantas e suas partes para uso
Nome popular Nome científico Parte a ser utilizada
Arruda Ruta graveolens Parte aérea
Carqueja Baccharis trimera Parte aérea
Mastruço Coronopus didymus Parte aérea

Erva-mate Ilex paraguariensis Folhas


Espinheira-santa Maytenus ilicifolia Folhas
Eucalipto Eucalyptus saligna Folhas
Funcho Foeniculum vulgare Folhas
Marcela Achyrocline satureioides Inflorescência
Poejo Cunila microcephala Parte aérea
Quebra-pedra Phyllanthus niruri Parte aérea
Fonte: Própria autoria, 2021

5.1- Coleta de Mycosphaerella musicola


O isolado utilizado neste trabalho será obtido pelo método de Isolamento por
captura de ascósporos, adaptado de Orrozco-Santos (1998) por Cordeiro,
Rocha e Araújo (2011), sob modificações. Em bananais da cultivar do
município de Maquiné/RS, localizado na microrregião do Litoral Norte gaúcho,
folhas de bananeiras apresentando lesões de sigatoka-amarela em estádio 5
ou 6 serão coletadas, conforme a Escala de Meredith (1970), e transportadas
ao Laboratório. As mesmas serão lavadas em água destilada (AD), com
auxílio de esponja macia e detergente neutro, nas duas superfícies, e
deixadas em AD por 5 minutos. Após, sob condições de fluxo laminar, serão
montadas as folhas sobre as Placas de Petri, contendo somente meio batata-
dextrose-ágar (BDA), com sua face superior voltada para cima, e, aderidas a
estas, serão mantidas folhas de papel de filtro umedecido para manter a
umidade relativa. Com a liberação dos ascósporos a partir do entumecimento
dos ascos, que acontece em aproximadamente 2 horas (CORDEIRO;
ROCHA; ARAÚJO, 2011), estes cairão diretamente sobre a superfície do
meio de cultura, iniciando sua germinação. Então, se recortará uma porção
do meio de cultura, com auxílio de estilete esterilizado, a qual será depositada
em lâmina para visualização em microscópio óptico, no aumento de 10x. Ao
visualizar, sobre auxílio do microscópio, um ascósporo isolado no meio de
cultura, este será coletado e transferido para outra placa de Petri contendo
meio BDA.

5.2- Cultivo de Mycosphaerella musicola


O fungo coletado e isolado conforme item 5.1 será cultivado em placas de Petri
contendo meio batata-dextrose-ágar (BDA) vedadas com parafilm® em estufa tipo
BOD, sob temperatura ajustada para 25°C e luz constante.

5.3- Preparação dos extratos


Os extratos aquosos serão preparados a partir das plantas medicinais coletadas,
listadas no item 5.1. Após a coleta, estas serão lavadas em água corrente e
desinfestadas em água clorada a 200ppm por 15 minutos, com o objetivo de eliminar
possíveis microrganismos sobre as plantas. Então, as mesmas serão lavadas em
água corrente, a fim de remover resíduos de hipoclorito, e secas com auxílio de
papel toalha (GARCIA, et al., 2012)
Para a preparação dos extratos vegetais, será adotada a concentração comum de
20%, onde, para cada 20g de material vegetal, se utiliza 100 mL de água destilada
(AD). Estes serão processados através do método de liquidificação (VENTUROSO,
2009), em liquidificador doméstico por 3 minutos. A solução será filtrada em Papel
Wathman® n° 1, e reservada em Erlenmeyer para esterilização em: (i) banho maria a
60°C pelo período de 1h; e autoclavagem nas temperaturas de (ii) 100°C (AT1) e (iii)
120°C (AT2), durante 20 minutos, para verificar se há influência sobre o efeito
antifúngico frente às diferentes formas de desinfestação utilizadas (VENTUROSO,
2009).

5.x- Avaliação dos resultados


A avaliação do crescimento micelial se realizará pela medição diária do
diâmetro das colônias através da média de duas medidas de dois eixos
opostos. Para determinar a Porcentagem de Inibição do Crescimento (PIC),
será utilizada a fórmula descrita na Equação 1.
Equação 1 – Fórmula de PIC (Silva et. al, 2012)

Onde (PIC) = Porcentagem de Inibição do Crescimento micelial; DTE =


Diâmetro da Testemunha; DT = Diâmetro do Tratamento.
A taxa de crescimento será determinada pela fórmula empregada por
Forchezatto (2015), onde, usando os dados anotados, realiza-se uma
equação de regressão linear simples, apresentada em Equação 2.
Equação 2 – Fórmula para determinação da Taxa de Crescimento

5.x- Delineamento experimental e análise estatística


O delineamento experimental referente aos ensaios será o Inteiramente
Casualisado (DIC), com o total de tratamentos, inclusa testemunha, e
repetição em quadruplicada (sujeito a alterações).
As médias dos tratamentos serão comparadas pelo teste Scott-Knott a 5% de
probabilidade de erro, por meio do software estatístico SISVAR v. 5.8
(GARGIA et al., 2012).
8

6- CRONOGRAMA

A programação da execução da pesquisa, sobretudo na parte laboratorial, exige cuidado


com o período de colheita de cada planta. Como algumas das escolhidas são culturas de
inverno, a análise laboratorial deve começar neste período, estendendo-se ao verão, época de
algumas plantas, que não perenes ou invernais. A apresentação do projeto é flexível, podendo
algumas feiras terem sua data reajustada, ou surgir novas propostas de apresentação no
caminho.

MES/ETAPAS Jul/2021 Ago Set Out Nov Dez Jan/2022 Fev Mar Abr Maio

Escolha do X
tema
Levantamento X X X
bibliográfico
Elaboração da X X
metodologia
Apresentação
do projeto
Análise de X X X X X X X X
inibição
Análise de X X X X X X X X X
fungistaticida
de
Coleta de X X X X X X X X X
dados
Análise dos X X X X X X X X X
dados
Revisão e X
redação final
9

7-BIBLIOGRAFIA

ADIRANO-ANAYA, María de Lourdes et al. Efecto de extractos alcohólicos de ajo


(Allium sativum) y clavo (Syzygium aromaticum) en el desarrollo de Mycosphaerella
fijiensis Morelet. Revista mexicana de fitopatología, v. 36, n. 3, p. 379-393, 2018.
Acesso em: 14 jun 2020.

AHONSI, C. O.; EMOGHENE, A. O. Antifungal Effect of Five Tropical Plant Leaf Extract
(Ocimum Gratissimum Azadiracta Indica, Eucalyptus Citrodora, Venonia Amygdalina
and Momordica Charantia) on Mycosphaerella Fijiensis Morelet the.

ALVES, V. C.; ALBUQUERQUE, G. S. C. Agrotóxicos e seus impactos na saúde


humana e ambiental: uma revisão sistemática. Saúde debate, n. 42, v. 117,
AprJun,2018.

AOUDOU, YAOUBA et al. Antifungal Potential of Eucalyptus Saligna and Eucalyptus


Camaldulensis Essential Oils from Cameroon against Phaeoramularia Angolensis.
European Journal of Scientific Research, 2019.

BANZANATTO, David A.; KRONKA, Sérgio do N.. Experimentação Agrícola. 4. ed.


Jaboticabal: Funep, 2013.

BATISTA JUNIOR, Carlos Brasil et al. Efeito fungistático de Bacillus thuringiensis e de


outras bactérias sobre alguns fungos fitopatogênicos. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v. 37, p. 1189-1194, 2002.

BASEGGIO, Ediane Roncaglio et al. ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE EXTRATOS


VEGETAIS NO CONTROLE DE PATÓGENOS E TRATAMENTO DE SEMENTES DE
TRIGO. Revista Científica Rural, v. 21, n. 1, p. 22-33, 2019.

BEHLING, Tailene Kommling et al. Efeito do óleo essencial de funcho (Foeniculum


vulgare) sobre o crescimento micelial in vitro de Monilinia fructicola. In: Embrapa Clima
Temperado-Resumo em anais de congresso (ALICE). In: ENCONTRO DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PÓS GRADUAÇÃO DA EMBRAPA CLIMA TEMPERADO,
3., 2010, Pelotas. resumos e palestras... Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2010.
Anais: Carreira, ética e inovação: o que você está fazendo? Pelotas: Embrapa Clima
Temperado, 2010. Editado por Ivan Rodrigues de Almeida, Leonardo Ferreira Dutra e
Jamir Luis Silva da Silva. 1 CD-ROM., 2010.
BORGES, A. L et al. Coleção Plantar: Banana. 3. ed. Brasília: Embrapa Informação
Tecnológica, 2006. 110 p. (Vermelha Fruteiras). Disponível em:
<https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitsmaitream/item/11902/2/00079160.pdf>.
Acesso em: 30 abr. 2020.
DA SILVA, Adriele Santos et al. Atividade antifúngica de extratos vegetais sobre o
crescimento micelial de Moniliophthora perniciosa. In: Anais do Congresso Brasileiro
de Fitossanidade. 2019.

CORDEIRO, Zilton José Maciel (Bahia). Embrapa Mandioca e Fruticultura (org.).


Banana - Fitossanidade. Cruz das Almas: Embrapa, 2000.

CORDEIRO, Zilton José Maciel. Manual de identificação de doenças, nematoides e


pragas na cultura da bananeira. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura,
2017.

CORDEIRO, Z. J. M.; MATOS, A. P. ; FILHO MEISSNER, P. E. muss. EMBRAPA.


Disponível em:
<https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia40/AG01/arvore/AG01_45_4102006
8055.html>. Acesso em: 01 maio 2020.

CORDEIRO, Zilton José Maciel; ROCHA, Hermínio Souza; ARAÚJO, Aparecida


Gomes. Metodologias para Manuseio de Mycosphaerella musicola em Laboratório.
Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2011

DA SILVA, Adriele Santos et al. Atividade antifúngica de extratos vegetais sobre o


crescimento micelial de Moniliophthora perniciosa. In: Anais do Congresso Brasileiro
de Fitossanidade. 2019.

DA SILVA, Alexsandra Prudêncio et al. Atividade Antibacteriana do Alho (Allium


Sativum Lineu) na Forma de Extrato Aquoso e in Natura Sobre a Cepa Bacillus
Thuringiensis Berliner. Revista Brasileira Multidisciplinar, v. 15, n. 2, p. 59-67, 2012.

DA SILVA FRANÇA, Kevison Romulo et al. Extratos de pimentão vermelho (Capsicum


annuum) sobre Colletotrichum gloeosporioides in vitro. Revista Verde de
Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 14, n. 3, p. 382-388, 2019.

DE ALMEIDA, Taís Ferreira; CAMARGO, Margarete; DE CÁSSIA PANIZZI, Rita. Efeito


de óleos essenciais e extratos vegetais no controle in vitro de Colletotrichum acutatum,
agente causal da flor preta do morangueiro.
DE ARAÚJO, Amanda Cristina; TOLEDO, Eliane Divina; DE OLIVEIRA SOARES,
William Rosa. Produtos alternativos no controle de Colletotrichum spp. isolados de
manga e banana. Científic@-Multidisciplinary Journal, v. 5, n. 3, p. 104-112, 2018.

FERREIRA, Claudia Fortes et al (ed.). O agronegócio da banana. Brasília, Df:


Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2016. 831 p.

FILIP, Rosana; DAVICINO, Roberto; ANESINI, Claudia. Antifungal activity of the


aqueous extract of Ilex paraguariensis against Malassezia furfur. Phytotherapy
Research: An International Journal Devoted to Pharmacological and Toxicological
Evaluation of Natural Product Derivatives, v. 24, n. 5, p. 715-719, 2010.

FORCHEZATTO, Tatiane et al. Utilização de extrato bruto de alho (Allium sativum) e


alecrim (Rosmarinus officinalis) no controle alternativo de antracnose da videira. 2015.

GARCIA, A. Fungicidas I: utilização no controle químico de doenças e sua ação contra


os fitopatógenos. Embrapa Rondônia-Documentos (INFOTECA-E), 1999.

GARCIA, Riccely Ávila et al. Atividade antifúngica de óleo e extratos vegetais sobre
sclerotinia sclerotiorum. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 48-57, jan.
2012.

HADIZADEH, I.; PEIVASTEGAN, B.; KOLAHI, M. Antifungal activity of nettle (Urtica


dioica L.), colocynth (Citrullus colocynthis L. Schrad), oleander (Nerium oleander L.) and
konar (Ziziphus spina-christi L.) extracts on plants pathogenic fungi. Pakistan journal of
biological sciences: PJBS, v. 12, n. 1, p. 58-63, 2009.

KHALID, Sellam et al. Antifungal potential of the Seed and Leaf Foeniculum vulgare Mill
essential Oil in liquid and vapor phase against phytopathogenic fungi. Journal of
Applied Pharmaceutical Science, v. 5, n. 11, p. 050-054, 2015.

KNAAK, Neiva; FIUZA, Lidia Mariana. Potencial dos óleos essenciais de plantas no
controle de insetos e microrganismos. Neotropical Biology & Conservation, v. 5, n. 2,
2010.

LIMA, José Alisson et al. Propriedade antifúngica do extrato aquoso de Allium sativum
frente a fungos isolados do solo. Research, Society and Development, v. 10, n. 2, p.
e1610210830, 2021.
LOPES, Saulo Barbosa; GONÇALVES, Lucas. Elementos para aplicação prática das
árvores nativas do sul do Brasil na conservação da biodiversidade. Porto Alegre:
Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 2006.

HALFELD-VIEIRA et al. Defensivos agrícolas naturais: uso e perspectivas. Embrapa


Meio Ambiente-Livro científico (ALICE), 2016.

LIMA, M. B. et al (ed.). Banana: o produtor pergunta, a Embrapa responde. 2. ed.


Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2012. 240 p.

MACHADO, Monica Junqueira. Avaliação in vitro do extrato hidroalcoólico e aquoso de


gengibre (Zingiber Officinale [WILLD.] Roscoe) sobre o fungo Lasiodiplodia theobromae.
2016.

MAGDOFF, F. In: ALTIERI, M. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura


sustentável. Guaíba: Agropecuária, 2002. 400p.

"Mal-da-sigatoka"; AGROLINK. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/quimica/destilacao-por-arraste-vapor.htm. Acesso em 01
de maio de 2020.

MARTINEZ, J. A. O mal-de-Sigatoka e sua importância econômica para a bananicultura


do estado de São Paulo. O Biológico, v. 36, n. 10, p. 271-279, 1970.

MATEUS, Weder da Silva et al. Avaliação dos efeitos fungistáticos e fungicidas de


óleos essenciais em microrganismos causadores de dermatomicoses. 2016.

MONTARROYOS, Angélica Virgínia Valois et al. Efeitos de meio de cultura, fontes de


carbono e nitrogênio, pH e regime luminoso no crescimento de Mycosphaerella
musicola. Summa Phytopathologica, v. 33, p. 86-89, 2007.

MONTEIRO, Elis Carine Monteiro et al. Uso de plantas medicinais no controle de


antracnose em frutos de morango. 2017.

MOTA, F. M.; CARVALHO, H. H. C.; WIEST, J. M. Atividade antibacteriana in vitro de


inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC.-Asteraceae (" macela","
marcela") sobre agentes bacterianos de interesse em alimentos. Revista Brasileira de
Plantas Medicinais, v. 13, p. 298-304, 2011.
NASCIMENTO, J. M. et al. Inibição do crescimento micelial de Cercospora calendulae
Sacc. por extratos de plantas medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.
15, n. 4, p. 751-756, 2013.

OLANDA, Gabriela et al. EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Erythrina crista-galli L.


FRENTE A MICRORGANISMOS CAUSADORES DA MASTITE
BOVINA. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, v. 13, n. 24, 2016.

PEIXOUTO, Yslai Silva. Estrutura genética de isolados do fungos causador da


Sigatoka-amarela em bananeira. 2014.

PEREIRA, Renata Dias et al. Estudo in vitro da atividade antifúngica do extrato de


guaco (Mikania glomerata) contra Candida albicans. Conexão ci.: r. cient. Formiga, v.
9, n. 1, p. 31-38, 2014.

PRESSI, Cristian et al. Ação antibacteriana e antifúngica do extrato da erva-mate e


avaliação da toxicidade em Artemia Salina. Brazilian Applied Science Review, v. 5, n.
1, p. 241-256, 2021.

RADÜNZ, Lauri Lourenço. Efeito da temperatura do ar de secagem no teor e na


composição dos óleos essenciais de guaco (Mikania glomerata Sprengel) e hortelã-
comum (Mentha x villosa Huds). 2004.

RADÜNZ, Lauri Lourenço et al. Estudo do óleo essencial das folhas de guaco
submetidas a diferentes temperaturas do ar de secagem. Revista Engenharia na
Agricultura-Reveng, v. 18, n. 3, p. 241-247, 2010.

RODRIGUES, Edvirgem et al. Avaliação da atividade antifúngica de extratos de


gengibre e eucalipto in vitro e em fibras de bananeira infectadas com Helminthosporium
sp. Acta Scientiarum. Agronomy, v. 28, n. 1, p. 1-5, 2006.
ROZWALKA, Luciane Cristina et al. Extratos, decoctos e óleos essenciais de plantas
medicinais e aromáticas na inibição de Glomerella cingulata e Colletotrichum
gloeosporioides de frutos de goiaba. Ciência Rural, v. 38, p. 301-307, 2008.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL (Brasília). Banana: a cultura da


banana. 2. ed. Distrito Federal: Senar, 2011.

SCHWAN-ESTRADA, Kátia Regina Freitas; STANGARLIN, JOSÉ RENATO; CRUZ,


MARIA EUGÊNIA DA SILVA. Uso de extratos vegetais no controle de fungos
fitopatogênicos. Floresta, v. 30, n. 1/2, 2000.

SEELIG, A.; GRAZZIOTIN, N. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE


EXTRATOS AQUOSOS DE INFLUORESCÊNCIAS DE Achyroclyne satureioides DE
TRÊS MARCAS COMERCIAIS DIFERENTES. 2014.

SILVA, Jhonata Lemos da et al. Atividade antifúngica de extratos vegetais sobre o
crescimento in vitro de fitopatógenos. Revista Verde de Agroecologia e
Desenvolvimento Sustentável, [s. l], v. 7, n. 1, p. 80-86, jan. 2012.

Souza, S. M. C. D., Pereira, M. C., Angélico, C. L., & Pimenta, C. J. (2004). Avaliação
de óleos essenciais de condimentos sobre o desenvolvimento micelial de fungos
associados a produtos de panificação. Ciência e Agrotecnologia, 28(3), 685-690.

GARLET, Tanea Maria Bisognin. Plantas medicinais nativas de uso popular no Rio
Grande do Sul. Santa Maria: Pró-Reitoria de Extensão, 2019.

VENTUROSO, Luciano dos Reis. Extratos vegetais no controle de fungos


fitopatogênicos à soja. 2009. 99 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de
Pós-graduação em Agronomia – Produção Vegetal, Universidade Federal da Grande
Dourados, Dourados, 2009.

VIEIRA JUNIOR, J. R. et al. Extratos de espécies de capsicum no controle in vitro de


patógenos de importância agrícola. Embrapa Rondônia-Artigo em periódico
indexado (ALICE), 2017.
VIRGINIA VALOIS MONTARROYOS, Angelica. Análise da diversidade genética e
patogênica de Mycosphaerella fijiensis e Mycosphaerelle musicola no Brasil. 2005.

ZADOKS, J. C. The costs of change in plant protection. Journal of Plant Protection,


Poznan, v.9, p.151-159, 1992.

ZANUSSO-JUNIOR, G. et al. Avaliação da atividade antiinflamatória do coentro


(Coriandrum sativum L.) em roedores. Revista Brasileira de plantas medicinais, v.
13, p. 17-23, 2011.

Utilizar papel branco, A4.


 Fonte ARIAL, estilo normal, tamanho 12.
 Citações com mais de três linhas, fonte tamanho 11, espaçamento simples e recuo
de 4cm da margem esquerda.
 Notas de rodapé, fonte tamanho 10.
 Todas as letras dos títulos dos capítulos devem ser escritas no canto esquerdo de
cada página, em negrito e maiúsculas.
 Cada capítulo deve começar em folha nova.
 O espaçamento entre linhas deve ser 1,5.
 O início de cada parágrafo deve ser recuado de 2cm. da margem esquerda.
 As margens das páginas devem ser: superior e esquerda de 3cm; inferior e direita
de 2cm.
 O número da página deve aparecer na borda superior direita, em algarismos
arábicos, inclusive das Referências e Anexos, somente a partir da Introdução,
embora todas sejam contadas a partir da folha de rosto. Não contar a capa para
efeito de numeração.

2cm
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

IV - CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - Resolução 196/96 CONEP


 O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após consentimento livre e
esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais manifestem
a sua anuência à participação na pesquisa.

 IV.1 - Exige-se que o esclarecimento dos sujeitos se faça em linguagem acessível e que inclua
necessariamente os seguintes aspectos:

a) a justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa;


b) os desconfortos e riscos possíveis e os benefícios esperados;
c) os métodos alternativos existentes;
d) a forma de acompanhamento e assistência, assim como seus responsáveis;
e) a garantia de esclarecimento, antes e durante o curso da pesquisa, sobre a metodologia, informando a
possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo;
f) a liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da
pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado;
g) a garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos
na pesquisa;
h) as formas de ressarcimento das despesas decorrentes da participação na pesquisa; e
i) as formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa.

IV.2 - O termo de consentimento livre e esclarecido obedecerá aos seguintes requisitos:


a) ser elaborado pelo pesquisador responsável, expressando o cumprimento de cada uma das exigências
acima;
b) ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa que referenda a investigação;
c) ser assinado ou identificado por impressão dactiloscópica, por todos e cada um dos sujeitos da
pesquisa ou por seus representantes legais; e
d) ser elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo sujeito da pesquisa ou por seu representante legal
e uma arquivada pelo pesquisador.

IV.3 - Nos casos em que haja qualquer restrição à liberdade ou ao esclarecimento necessários para o
adequado consentimento, deve-se ainda observar:
a) em pesquisas envolvendo crianças e adolescentes, portadores de perturbação ou doença mental e
sujeitos em situação de substancial diminuição em suas capacidades de consentimento, deverá haver
justificação clara da escolha dos sujeitos da pesquisa, especificada no protocolo, aprovada pelo Comitê
de Ética em Pesquisa, e cumprir as exigências do consentimento livre e esclarecido, através dos
representantes legais dos referidos sujeitos, sem suspensão do direito de informação do indivíduo, no
limite de sua capacidade;
b) a liberdade do consentimento deverá ser particularmente garantida para aqueles sujeitos que, embora
adultos e capazes, estejam expostos a condicionamentos específicos ou à influência de autoridade,
especialmente estudantes, militares, empregados, presidiários, internos em centros de readaptação,
casas-abrigo, asilos, associações religiosas e semelhantes, assegurando-lhes a inteira liberdade de
participar ou não da pesquisa, sem quaisquer represálias;
c) nos casos em que seja impossível registrar o consentimento livre e esclarecido, tal fato deve ser
devidamente documentado com explicação das causas da impossibilidade e parecer do Comitê de Ética
em Pesquisa;
d) as pesquisas em pessoas com o diagnóstico de morte encefálica só podem ser realizadas desde que
estejam preenchidas as seguintes condições:
- documento comprobatório da morte encefálica (atestado de óbito);
- consentimento explícito dos familiares e/ou do responsável legal, ou manifestação prévia da vontade da
pessoa;
- respeito total à dignidade do ser humano sem mutilação ou violação do corpo;
- sem ônus econômico financeiro adicional à família;
- sem prejuízo para outros pacientes aguardando internação ou tratamento;
- possibilidade de obter conhecimento científico relevante, novo e que não possa ser obtido de outra
maneira;
e) em comunidades culturalmente diferenciadas, inclusive indígenas, deve-se contar com a anuência
antecipada da comunidade através dos seus próprios líderes, não se dispensando, porém, esforços no
sentido de obtenção do consentimento individual;
f) quando o mérito da pesquisa depender de alguma restrição de informações aos sujeitos, tal fato deve
ser devidamente explicitado e justificado pelo pesquisador e submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa.
Os dados obtidos a partir dos sujeitos da pesquisa não poderão ser usados para outros fins que os não
previstos no protocolo e/ou no consentimento.

Você também pode gostar