Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SEROPÉDICA-RJ
2023
HEMYLSON PORTO DE SOUZA
SEROPÉDICA-RJ
2023
SUMÁRIO
ABSTRACT...............................................................................................................03
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................04
2. DAMPING-OFF.......................................................................................................05
4.MURCHAS VASCULARES.....................................................................................08
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................11
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................12
ABSTRACT
Soil is a highly dynamic environment. Soil fauna and natural microbiota play a
fundamental role in the sustainability of terrestrial ecosystems. This occurs in several
ways, such as the decomposition of soil organic matter, which contributes to an
improvement in its physical structure and fertility. However, some microorganisms that
inhabit cultivated and non-cultivated soils behave as plant pathogens. In agrosystems,
phytopathogenic fungi and bacteria cause important diseases, which generate
significant economic impacts on different cultures. In this sense, the present review
aims to provide an overview of the most recent studies on soil fungi and bacteria that
cause plant diseases.
3
1. INTRODUÇÃO
Amorim et. al. (2018, p. 313) definem um sistema muito didático de classificação
das doenças de plantas. Nestes sistema, as doenças são enquadradas em diferentes
grupos, de acordo com o órgão vegetal atacado, ou o grau de especialização da
doença. Sendo assim, alguns destes grupos de doenças podem ser citados como
exemplos: (1) damping-off; (2) podridão de raiz e colo; (3) murchas vasculares; (4)
podridão de órgãos de reserva; (5) manchas foliares; (6) míldios; (7) oídios; (8)
ferrugens; (9) carvões; etc. Dentre estes grupos, os quatro primeiros constituem
doenças que muitas vezes são causadas por microorganismos habitantes de solo.
Não obstante, outros tipos de doenças disseminadas essencialmente pela parte aérea
da planta, a exemplo das ferrugens, podem ter a fase de sobrevivência do patógeno
ocorrendo em restos culturais incorporados ao solo. Entretanto, no presente trabalho,
buscou-se enfatizar as doenças que são disseminadas pelo solo, sendo causadas por
fungos e bactérias capazes de habitar o solo de forma ativa, e não apenas na fase de
sobrevivência, quando o metabolismo fica reduzido, na forma de estruturas de
resistência (e.g. os teliósporos de algumas ferrugens).
Sendo assim, serão aqui tratadas as doenças causadas por fungos e bactérias,
disseminadas pelo solo, podendo ser enquadradas como (1) damping-off, (2) podridão
de raiz e colo, (3) murchas vasculares ou (4) podridão de órgãos de reserva.
1
Oomycetos consiste em um grupo de organismos que tradicionalmente eram tratados como fungos, mas que,
atualmente, são considerados como membros do Reino Cromista.
4
2. DAMPING-OFF
5
inoculação da bactéria nas raízes; (2) Bacillus licheniformis, com 81,18% de eficácia
no controle de P. aphanidermatum, após inoculação em sementes; (3) Trichoderma
harzianum, com redução de 83,16% da ocorrência de doença causada por P.
aphanidermatum, após tratamento das sementes; (4) e uma combinação
fungo/bactéria (Trichoderma viride + Pseudomonas fluorescen), apresentando 84 e
71,5% de eficácia no controle de P. aphanidermatum, após inoculação de sementes
e aplicação no solo, respectivamente. Interessante notar que os métodos de controle
podem variar no modo de aplicação/inoculação do produto.
6
Outra característica marcante deste grupo de doença é que, quando se trata de
podridão de raiz, o impedimento do funcionamento deste órgão costuma gerar
sintomas reflexos na parte aérea da planta, como murcha, amarelecimento, seca e
queima. No caso, a fisiologia da planta fica conmprometida, sobretudo no que se
refere à transpiração e à absorção de nutrientes. Em relação ao sintoma de murcha,
este difere das murchas vasculares, que serão tratadas a seguir, já que a infecção se
restringe ao sistema radicular, enquanto que no outro caso há também a colonização
dos vasos condutores, o que exige especialização do patógeno, conforme será
discutido mais adiante.
As podridões de colo e raiz tem nos fungos e oomicetos seus principais agentes
etiológicos. Destacam-se Pythium sp. e Phytophthora sp, como oomicetos; e fungos
dos gêneros Sclerotium, Rhizoctonia, Fusarium, dentre outros. No caso de Fusarium,
as podridões de raízes são causadas sobretudo pela espécie Fusarium solani, o que
difere das murchas vasculares, que são causadas por Fusarium oxysporum.
4. MURCHAS VASCULARES
8
Uma recente revisão elaborada por Yuliar e colaboradores (2015) abordou
diferentes médotodos de controle de Ralstonia solanacearum, considerando diversos
hospodeiros, a exmeplo do tomate, da batata inglesa, do tabaco, e da banana. Neste
sentido, os autores consideram diversos agentes de controle biológico, como: cepas
avirulentas de R. solanacearum, Pseudomonas spp., Bacillus spp., e Streptomyces
spp.. Outros menos comuns, porém promissores, são: Acinetobacter sp., Burkholderia
sp., e Paenibacillus sp.. Além da aplicação destes produtos de controle biológico,
também é apontado que o incremento da comunidade microbiana do solo também
tem contribuído muito para a diminuição da doença, sobretudo em tomate. Além do
controle biológico, os autores também indicam técnicas de desinfecção do solo, a
exemplo da aplicação de compostos voláteis.
Sendo assim, tanto fungos como bactérias podem causar este tipo de doença no
campo. Destaca-se a bactéria Erwinia carotovora, causadora da podridão mole da
batata inglesa. O efeito de toxinas e enzimas pectolíticas, liberadas pelo patógenos,
degradam as paredes celulares e desorganizam o tecido vegetal destes órgãos, o que
causa o amolecimento evidenciado nas podridões moles. Como a maioria dos fungos
causadores são disseminados pelo ar (esporos), especialmente na fase pós-colheita,
para os objetivos deste trabalho, a podridão mole da batata é um exemplo mais
adequado a ser tratado.
9
carotovora. Os autores verificaram a correlação, por exemplo, da quantidade de
pectina e cálcio em diferentes cultivares de batata e a resistência à doença. Sendo
assim, apontaram que as cultivares Alpha e Santa, menos susceptíveis, apresentaram
maiores níveis destes compostos, quando comparadas com outras cultivares mais
susceptíveis (Mirkal, Diamant, Askort, Geganite e Nicola). Outro constituintes testados
foram a glicose e a frutose. Neste caso, porém, a correlação foi inversa, de modo que
as cultivares com maiores níveis destes açúcares foram as mais suceptíveis à doença.
10
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
11
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5. ed. Academic Press Inc. New York. 2004.
AMORIM, L., REZENDE, J. A. M., BERGAMIN FILHO, A. Manual de
Fitopatologia – Princípios e Conceitos. 5. ed. v. 1. São Paulo: Editora Ceres, 2018.
ARORA, H.; SHARMA, A.; SHARMA, S.; HARON, F.F.; GAFUR, A.; SAYYED,
R.Z.; DATTA, R. Pythium Damping-Off and Root Rot of Capsicum annuum L.: Impacts,
Diagnosis, and Management. Microorganisms. Vol. 9, p. 823, 2021.
DAVIDSON, R. W. A Ceratocystis Associated with an Ambrosia Beetle in
Dendroctonus-Killed Pines. Mycologia. V. 71, n. 5, p. 1085-1089, 1979.
KAMAL, A.M.; ABO-ELYOUSR, A.D.A.; ALLAM, M. A.; SALLAM, M.H.A. Role of
certain potato tubers constituents in their resistance to bacterial soft rot caused by
Erwinia carotovora pv. carotovora. Archives of Phytopathology and Plant
Protection. Vol. 43:12, p. 1190-1197, 2010.
KARIMA; H.E.H. and NADIA, G.E.G. In vitro Study on Fusarium solani and
Rhizoctonia solani Isolates Causing the Damping Off and Root Rot Diseases in
Tomatoes. Nature and Science. Vol. 10 (11), p. 16-25, 2012.
KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; REZENDE, J. A. M.; & L.E.A.,
CAMARGO. Manual de Fitopatologia - Volume 2: Doenças das Plantas
Cultivadas. Quarta Edição. Editora Ceres, São Paulo, 1997.
MADHAVI, G.B. & BHATTIPROLU, S.L. integrated disease management of dry
root rot of chilli incited by Sclerotium rolfsii (sacc.). International Journal of Plant,
Animal and Environmental Sciences. Vol. 1(2), p. 33-37, 2011.
MILUS, E.A. & ROTHROCK, C.S.. Efficacy of Bacterial Seed Treatments for
Controlling Pythium Root Rot of Winter Wheat. Plant Disease.Vol. 81 (2), p. 180-184,
1997.
MONTEIRO, L.; MARIANO, R.L.R.; SOUTO-MAIOR, A.M. Antagonism of
Bacillus spp. Against Xanthomonas campestris pv. campestris. Brazilian Archives of
Biology and Technology. Vol.48 (1), p. 23-29, 2005.
YULIAR; NION, Y.A. & Koki TOYOTA, K. Recent Trends in Control Methods for
Bacterial Wilt Diseases Caused by Ralstonia solanacearum. Microbes Environ. Vol. 30
(1) p. 1-11, 2015.
12