Você está na página 1de 28

Republica de Angola

Ministério do ensino superior Ciência e Tecnologia


Escola superior politécnica do Uige-UNIKIVI

Trabalho colectivo de Fitopatologia

TEMA: ESTUDO DE UM FUNGO, UMA BACTÉRIA E UM NEMATOIDE


Curso: Agronomia
Classe: IIIº ANO
SALA: Única
Périodo: Manhã
Problema
O Conhecimento de um determinado organismo é essencial para o crescimento do
mundo em que estamos, uma vez conhecer os nossos imigos teremos muitos
mecanismos de defesa contra os mesmo, a ciência nos veio ensinar que arquivar os
documentos dos factos “acontecimentos” passados foi um dos gestos mais inteligente
que o homem já fez, com base neles dominamos o mundo como os seres mais influentes
na face da terra, o mesmo procedimento levaremos em conta no estudo dos patogenos
para área da agricultura.
Objectivos
Objectivos gerais
 Conhecer quais são os agentes patogénicos de maior importância económica.
 Identificar as culturas mais suscetíveis a estes agentes patogénicos.
Objectivos Específicos
 Conhecer como atacam as culturas os agentes fito patogénicos
 Conhecer as principais características de um agente patogénico em qualquer
cultura
 Conhecer quais são as causas influenciadora de um agente patogénico nas
culturas.
Índice
Problema........................................................................................................................2

Objectivos......................................................................................................................3

INTRODUÇÃO.............................................................................................................6

CAPITULO I................................................................................................................... 7

Os fungos.......................................................................................................................8

CAPITULO II....................................................................................................................9

Nematoides..................................................................................................................10

Introdução de pratylenchus..........................................................................................10

Pratylenchus................................................................................................................ 11

Ciclo de vida, relação parasita-hospedeiro e sintomatologia...................................... 11

Quanto ao tipo de migração.........................................................................................12

Causas da espécie de Pratylenchus..............................................................................12

O gênero Pratylenchus no Brasil................................................................................. 13

A identificação de espécies de Pratylenchus...............................................................13

Conclusão.................................................................................................................... 14

Referência Bibliográfica..............................................................................................15

CAPÍTULO III.............................................................................................................. 16

Bactéria........................................................................................................................17

O Genero Xylella.........................................................................................................17

Origem e distribuição geográfica................................................................................ 18

Doenças causadas por X. fastidiosa............................................................................18

Sintomatologia das doenças causadas por X. fastidiosa..............................................18

Como X. fastidiosa causa doença................................................................................19

Termos relacionados à adesão e colonização de bactérias X. fastidiosa.....................20

Meios de protecção......................................................................................................20
Conclusão.................................................................................................................... 21

Referências Bibliográficas...........................................................................................22

CAPITULO IV...............................................................................................................23

Vírus............................................................................................................................ 25

Tospovírus................................................................................................................... 25

Como esse vírus ingressa no seu hospedeiro...............................................................25

REFERÍNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 27
INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais antigos o estudo do microrganismos tem sido muito importante
como fonte de conhecimento dos mesmos, seu ciclo biológico e suas presas, na área da
agricultura não há uma exceção nesta mesma senda, a maior parte das grandes quedas
nas produtividades tem muita ligação com os fitopatogenos que por sua vez causa um
desequilíbrio no desenvolvimento de uma determinada cultura, ao estudarmos esses
agentes causadores de doenças nas culturas percebemos que existe algumas espécies
que se atacam áreas especificas das plantas, algumas atacam as raízes, folhas, caule e
os frutos dependentemente do tipo de fitoptógenos que estamos a nos referir, neste
trabalho foi nos dado 4 tipos de agentes patogenos, fungos, nematoides, vírus e
bactérias, os nematoides são agentes que atacam principalmente no solo tendo como
alvos as raízes e muitas das vezes o caule, tendo em dua classificação os ectoparasitas
e endoparasitas, como nematoides não são como outros agentes patogenos eles
apresentam estiletes para sugar os nutrientes na planta oque significa apresentam
estilete estomatostilio “modificação de toda cavidade bocal” e odontostilio
”modificação de um dente primitivo”,quanto aos restantes no conteúdo está muito bem
detalhado com base ao estudo feto por muitos cientistas desde os anos arcaicos até ao
presente tempo.
CAPITULO I
Os fungos

Os fungos não possuem nenhum pigmento fotossintético, não formam um tecido


verdadeiro, não apresentam celulose na parede celular (com exceção de alguns fungos
aquáticos inferiores) e não armazenam amido como substancia de reserva. Na sua
parede celular, há a presença de uma substância quitinosa. Sua estrutura somática é
representada por hifas, cujo conjunto constitui o denominado micélio. Pode apresentar o
fenômeno denominado dicariofase (fase dicariótica prolongada, em que a fruitificação é
composta de hifas binucleadas com presença simultânea de dois núcleos haplóides
sexualmente opostos. São heterotróficos, eucariotos.

A identificação dos fungos é baseada quase que exclusivamente em sua


morfologia tanto macro como microscopicamente. Como eles habitam os mais variados
substratos, apresentam em decorrência, uma sucessão formidável de tipos morfológicos,
dos mais simples aos mais complexos.

O seu enquadramento taxonômico é regido pelo Código Internacional de


Nomenclatura Botânica e os níveis taxonômicos gerais são:

Reino: Fungi

Divisão: Eumycota

Subdivisão: Mastygomycotina, Zygomycotina, Ascomycotina, Deuteromycotina e


Basidiomycotina

Classe: Sufixo MYCETES

Ordem: Sufixo ALES

Família: Sufixo ACEAE

Macroscopicamente, os fungos podem ser divididos em dois grandes grupos: os


bolores, que apresentam uma colônia filamentosa, e as leveduras, que apresentam em
geral, uma colônia cremosa. São importantes no estudo macroscópico, o tipo de
colônia, verso e reverso, velocidade de crescimento, formação de pigmentos.

Microscopicamente a unidade estrutural dos fungos é representada pela hifa que forma
um conjunto denominado micélio. O micélio pode se apresentar como micélio
vegetativo exercendo as funções de assimilação, fixação e crescimento das espécies, ou
se diferenciar em micélio de fruitificação que serve à reprodução da espécie.
CAPITULO II
Nematoides

Os fitonematoides estão incluídos principalmente na:

Classe Chromadorea

Subclasse Secernentia

Ordens Aphelenchida e Tylenchida

Não obstante na classe Enoplea, subclasses Dorylaimia e Enoplia, membros de


uns poucos gêneros filiados às ordens Dorylaimida e Triplonchida também tenham
ingressado no fitoparasitismo, no geral parasitam raízes e outros órgãos subterrâneos,
mas certas espécies de Aphelenchoides, Bursaphelenchus e Ditylenchus podem causar
danos severos na parte aérea das plantas.

Quanto aos modos de parasitismo são definidos, arbitrariamente, como


ectoparasitas ou endoparasitas e, nessas categorias, podem ser migradores ou
sedentários.

Ectoparasitas (sensustricto) são as formas que introduzem os seus estiletes


bucais, usualmente longos, no interior das raízes infectadas permanecendo o corpo fora
delas, no solo; tal acontece, entre outros, com os representantes dos gêneros
Belonolaimus, Criconemoides, Dolichodorus, Hemicycliophora, Longidorus e
Xiphinema. Espécies de Helicotylenchus e Trichodorus mostram semelhante
comportamento, mas, possuindo estiletes curtos e/ou frágeis, no geral limitam o
parasitismo a pelos radiculares e células das camadas mais superficiais, epidérmicas e
subepidérmicas.

Endoparasitas são os fitonematoides que penetram completamente seus corpos no


interior da raiz ou outro órgão vegetal atacado durante pelo menos uma parte de seus
ciclos de vida. Aqui estão compreendidas as espécies de Radopholus, Pratylenchus,
Meloidogyne, Globodera, Heterodera e outros gêneros importantes. Há, ainda, alguns
casos, como os de Rotylenchulus e Tylenchulus, nos quais os juvenis e/ou as fêmeas
sedentárias ficam apenas com a região anterior (= esofagiana) ou “pescoço” penetrado
nas raízes, permanecendo o restante de seus corpos sempre exposto fora delas, sendo
hoje, por tal condição, chamadas de semi-endoparasitas; este representaria, portanto, um
terceiro tipo de parasitismo.

Introdução de pratylenchus

Tem sido aceita internacionalmente como válida a afirmação de que os


nematoides de galhas e de cistos são os de maior interesse econômico para a Agricultura
ao redor do mundo, ocupando as duas primeiras posições em eventuais rankings criados
nesse aspecto na grande maioria dos países. Contudo, vem se tornando casa vez mais
frequente a ocupação de tais colocações por nematoides de outros grupos,
particularmente os chamados nematoides das lesões radiculares, do gênero
Pratylenchus. Em certas situações, como a de alguns países em que a bananicultura tem
grande expressão econômica, tem sido o gênero Radopholus, dos nematoides
cavernícolas, a desempenhar, eventualmente, tal papel.

Pratylenchus

É um nematoides endoparasitas migradores, caracterizado por causar lesões


radiculares.

O gênero Pratylenchus está filiado à família Pratylenchidae, na qual também se inclui


Radopholus, a ser tratado na sequência. Um terceiro gênero dessa família, Nacobbus,
tem importância para diversos países.

Caminhando paulatinamente para atingir uma centena de espécies descritas


válidas, Pratylenchus foi proposto em 1934 para conter algumas taxa que vinham sendo
incluídos em outros gêneros, principalmente Tylenchus e Aphelenchus. Assim é que a
primeira espécie conhecida, criada na Europa como T. pratensis em 1880, passou a ser
referida como P. pratensis. Na mesma linha, T. coffeae descrita em Java em 1898,
originou P. coffeae e A. neglectus, criada em 1924, se tornou depois P. neglectus

Embora sejam predominantemente parasitas de raízes, podem atacar também


outros órgãos subterrâneos, haja vista seu comportamento migratório característico.
Portanto, em culturas nas quais se sabe que podem parasitar tubérculos (batata) ou
frutos hipógeos (amendoim) além das raízes, há necessidade de se coletar amostras de
solo e desses órgãos vegetais infectados, sob pena de se obter estimativas errôneas dos
níveis populacionais ocorrentes na área.

Ciclo de vida, relação parasita-hospedeiro e sintomatologia

O ciclo de vida dos pratilenquídeos compreende as fases de ovo, juvenil (quatro


estádios, de J1 a J4) e adulto (fêmea ou macho); todos os estádios móveis são
infectantes, podendo penetrar e abandonar repetidamente o órgão vegetal atacado
durante toda a vida. As fêmeas no geral depositam os ovos no interior de raízes
parasitadas, mas podem liberá-los diretamente no solo, o que é menos comum. Nesse
caso, os J2 recém- eclodidos migram à procura de novas raízes para invadi-las e retomar
o parasitismo. O número total de ovos por fêmea varia com a espécie; em média, tem
sido estimado em 70 a 120. A reprodução tanto pode ocorrer por anfimixia como por
partenogênese, sendo as duas modalidades de ocorrência frequente.

A duração média do ciclo é de três a seis semanas sob condições favoráveis,


sendo afetada pela planta hospedeira e temperatura, principalmente; a temperatura ótima
para o desenvolvimento e reprodução em P. brachyurus está na faixa de 29-30ºC,
enquanto para P. loosi se situa entre 18 e 20 ºC. Portanto, as diversas espécies se
encontram individualmente adaptadas às regiões tropical, subtropical ou temperada.
Observa-se, ainda, que a textura do solo influencia tanto a distribuição como a
densidade populacional dos pratilenquídeos, sendo que a maioria das espécies apresenta
clara preferência por solos arenosos. Ilustração esquematizando o ciclo biológico em
Pratylenchus consta a seguir.

Juvenis (J2 a J4) e adultos penetram em raízes e se deslocam ao longo do córtex


em direção ao cilindro central. Em seguida, nas camadas mais profundas do córtex,
iniciam típico movimento migratório, movendo-se paralelamente ao eixo da raiz.

Quanto ao tipo de migração

Migração pode ser inter e intracelular, envolvendo tal processo tanto ação
mecânica quanto enzimática. As células parasitadas usualmente entram em colapso logo
após serem abandonadas pelo nematoide, resultando a presença de largas cavidades no
córtex quando o ataque é intenso. As raízes afetadas mostram lesões necróticas de
extensão variável e coloração pardo-clara a marrom-avermelhada. Eventualmente, caso
ocorra colonização secundária de tais tecidos por organismos do solo (mormente
fungos), oportunistas ou fitopatogênicos, a tonalidade das raízes se torna negra; muitas
raízes apodrecidas acabam se desintegrando.

O confronto entre sistema radicular fortemente atacado por Pratylenchus e outro


livre de nematoides permite perceber a marcante redução causada no volume total e, em
particular, no número de radicelas. Em cultivos anuais, próximo à época da colheita,
quando a maioria das raízes já se tornou senescente e a densidade populacional de
pratilenquídeos costuma ser relativamente alta, é normal a ocorrência de migração em
grande quantidade dos nematoides de volta ao solo, onde permanecem até que haja
condições de início de um novo ciclo de parasitismo.

Sob pratilencose, portanto, os sintomas diretos mais frequentes e evidentes nas raízes
são:

 áreas escurecidas ou enegrecidas, devido a muitas lesões necróticas internas,


em alternância com outras aparentemente sadias, de tonalidade clara;

 forte redução no volume do sistema radicular, expressa pela restrita quantidade


de radicelas. Em outros órgãos subterrâneos, como tubérculos de batata e fruto
hipógeo de amendoim, a presença de manchas escuras superficiais constitui a
causa principal de suspeição de ataque por nematoide pratilenquídeo, nesses
casos, para confirmação da diagnose, a coleta e o processamento de amostras
de solo da área de produção supostamente infestada será necessária, seguindo-
se exame microscópico de espécimes e a identificação específica final.
Em vista da estratégia de alimentação descrita, que acarreta morte de numerosas
células nas raízes e atuação ineficiente destas nas funções de absorção e de transporte de
nutrientes do solo a outros órgãos da planta.

Causas da espécie de Pratylenchus

As espécies de Pratylenchus provocam o aparecimento de diversos sintomas


indiretos na parte aérea. Na verdade, tais sintomas são semelhantes aos já descritos para
nematoides de galhas e de cistos, a saber, presença de “reboleiras” de plantas pouco
crescidas no meio da lavoura, indicativos de deficiências nutricionais em especial,
clorose – ligadas a carências de macro e/ou micronutrientes e murchamento nas horas
mais quentes do dia. Em gramíneas, particularmente cana-de-açúcar e milho, as
plantações costumam exibir aspecto que lembra o de uma “montanha-russa” quando, de
fora da cultura, se olha a linha que delimita o topo das plantas, tal desigualdade na
altura, como um sobe-desce, é decorrente das “reboleiras” estabelecidas no interior dos
canaviais e milharais.

Esses sintomas são inespecíficos, podendo não ser causados por nematoides.
Quedas na produtividade que se acentuam ao longo dos anos podem indicar também a
ocorrência de pratilenquídeos em áreas sob suspeita de ataque. A intensidade dos
danos causados em culturas anuais, e obviamente das perdas decorrentes, costuma
mostrar estreita correlação com o nível populacional inicial (Pi) do nematoide, como já
verificado para várias interações e em diferentes países. Ao redor do mundo, perdas
devidas a pratilenquídeos têm sido estimadas em 10 a 80%, dependendo de diversos
fatores.

O gênero Pratylenchus no Brasil

Na década de 1970, o gênero Pratylenchus foi considerado como o segundo em


importância agronômica no Brasil, atrás apenas dos nematoides de galhas, por um dos
mais eminentes nematologistas de plantas então atuantes no País, o Dr. Luiz G. E.
Lordello. Tal assertiva não foi contestada na época ou posteriormente, mantendo-se até
o presente. Algumas espécies já foram aqui registradas, sendo duas nativas, P.
pseudofallax e P. jaehni; entre elas, constam P. brachyurus, P. coffeae, P. crenatus, P.
jordanensis, P. neglectus, P. penetrans, P. scribneri, P. vulnus e P. zeae. Embora
reconhecida como ameaça a várias culturas de elevado potencial econômico em países
de clima temperado, P. penetrans quase não tem sido causa de danos e perdas no Brasil,
limitando-se a uns poucos relatos de parasitismo, sobre alcachofra, alho, batata,
crisântemo, ervilha, mandioquinha salsa e soja. Essa espécie provavelmente foi
introduzida no País através de material vegetal importado, como também verificado
para P. crenatus e P. neglectus.

A identificação de espécies de Pratylenchus

Ainda segue sendo feita em muitos países apenas com base no exame de dados
anatomorfológicos e morfométricos, embora já estejam disponíveis métodos mais
avançados e precisos, biomoleculares, para tal atividade. P. brachyurus é a espécie que,
historicamente, sempre mereceu maior atenção dos nematologistas brasileiros, tendo
sido pesquisada desde a década de 1940 no estado de São Paulo pelos evidentes danos
que causava à cultura da batata. Sendo polífaga, já foi relatada atacando inúmeras
culturas nos últimos 60 anos, incluindo-se hortaliças, fruteiras, florestais e ornamentais.
Conclusão

Após um estudo relacionado aos nematoides percebemos que o género


Pratylenchus foi considerado como o segundo em importância económica agronómica,
atrás apenas de nematoides de galhas, oque temos que ter em conta neste nematoide
pratylenchus é o seu conhecimento amplo para evitar desastres catastróficos nas nossas
culturas como mencionamos lá em cima, e no mesmo estudo deste nematoide
encontramos diversos nematoides mais nos focamos mais no pratylenchus por escolha
do grupo e depois por ser o segundo de maior importância.
Referência Bibliográfica

Castillo, P. & N. Vovlas, 2007. Pratylenchus (Nemata: Pratylenchidae): Diagnosis,


Biology, Pathogenicity and Management. Leiden, Brill. Ferraz, L.C.C.B., 1999.
Gênero Pratylenchus: os nematóides das lesões radiculares. Revisão Anual de
Patologia de Plantas 7:157-195. Gowen, S.; P. Quénéhervé; R. Fogain, 2005.
Nematode Parasites of Bananas, Plantains and Abaca. In: Plant Parasitic Nematodes in
Tropical and Subtropical Agriculture. (Luc, M., R.A. Sikora & J. Bridge, Eds.) pp.
611-643. Wallingford, CABI. Inomoto, M.M., 2008. Importância e manejo de
Pratylenchus brachyurus. Revista Plantio Direto 108: 4-9.
CAPÍTULO III
Bactéria

Introdução

X. fastidiosa é uma bactéria fitopatogênica limitada ao xilema, que tem afetado


um grande numero de plantas cultivadas, arvores, ornamentais e outras plantas
silvestres, em várias partes do mundo. Em algumas dessas plantas, a bactéria é
considerada agente causal de doença, porem em outras não, devido á ausência de
sintomas e ou danos nos hospedeiros colonizados. Considerada uma bactéria fastidiosa,
em requer meios especiais para seu cultivo in vitro, sendo transmitida por cigarrinhas
“Hemipteras, chidellidae” que se alimentam da seiva bruta do xilema de plantas
infectadas “Hopkins”.

A primeira doença associada a X. fastidiosa foi o mal de Pierce, em videira. Essa


é uma doença conhecida desde 1892 na California, e foi estudada pelo fitopatologista
Newton B. Pierce. Na época, devido as dificuldades de isolamento do agente etiológico
e a outras característica, como a transmissão por enxertia de garfagem, colonização
sistemática e transmissão por vetor, essa doença, bem como outras causadas por essa
bactéria foram atribuídas a causas viróticas. Entranto, como partícula de vírus ou
semelhante a vírus foi encontrada associada aos tecidos doentes, os postulados de Koch
não puderam ser completados “Raju & Well 1986 ”. Em 1973, dois grupos de
fitopatologistas, um na Florida e o outro na Califórnia, trabalhando independentemente
conseguiram encotrar uma bactéria no xilema de plantas de videira afectada pela
doença, mas não em plantas sadias.

Esses autores chamaram-na de bactéria semelhante a requetsia “reckttsialike”, devido á


semelhante a nível ultra-estrutural dessa com as requetsias que causam doenças em
animais. Durante o final da década de 70 e inicio de 80, a bactéria foi então assim
denominada.

O Genero Xylella

O género de Xylella, foi criado por Wells et al. “1987”, é composto por uma única
espécie, X. fastidiosa. Essas são bactérias que apresetam as seguintes características :

Forma de bastonete reto a ligeiramente curvo, com 3-5 µm de comprimento por 0,3 -0,
5 µm de diâmetro, não móvel “atriquio”, coloração gram-negativa, estritamente
aeróbio e que somente cresem em meios especias, pois exigem vários aminoácidos,
macronutrientes e micronutrientes para garantir o desenvolvimento pleno.

As colonias em meios artificiais, a 26- 28º C e Ph entre 6, 5 – 6,9, podem ser lisas ou
rugosas, opalescente e circulares. Estas são capazes de hidrolisar gelatina e utilizar
hipurato, não formentam glicose, apresentam reação negativa para os testes de indol,
H2S, β-galactosidase, lípase, amílase coagulase e fosfatase.

Origem e distribuição geográfica

Os trabalhos com doenças causadas pela bactéria Xylella fastidiosa, incluída


na Organização Europeia e Mediterrânica para a Protecção das Plantas  (EPPO),
Lista A1, tiveram o seu início nos Estados Unidos, devido à presença da doença
conhecida como “Doença de Pierce” na videira.
Por muitos anos, Xylella fastidiosa permaneceu confinada à América. Em 1994, foi
observada na Ásia, em Taiwan, causando queimaduras foliares na pêra asiática (P.
pyrifolia).Na década de 2000, foi relatado também o aparecimento da doença de Pierce
nas vinhas de Taiwan.
Doenças causadas por X. fastidiosa

A bactéria X. fastidiosa possui uma ampla gama de hospedeiro, que inclui espécies de
pelo menos 28 familias de plantas mono e dicotiledóneas, conseguiu a transmissão de
X. fastidiosa, causadora do mal de Pierce em videira, para 75 das 100 espécies
hospedeira testadas. Mais de 22 especies de gramíneas são relatadas como hospediras
dessa estirpe da bactéria. A estirpe que causa a “phony” do pessegueiro também em
extensa gama de hospedeiro, dentro do género prunus, e algumas invasoras perenes,
como a o capim-maçambará “Sorghum halapense” porém, tem sido verificada a
presença de sintomas apenas em algumas espécies do género prunus. Leite et al. U
tilizando a técnica ELISA, conseguiram encontrar a estirpe causadora da escaldadura
de ameixa em 19 especies de plantas daninhas, entre estas essa-peixe “Vernonia sp”,
serralha Sonchus Oleraceus e capim marmelada Brachiaria plantagínea. O género
Citrus é também bastante afetado por essa bactéria, já que laranjas doces, tangerinas,
tangoras e lima ácida, porem apresentar sintomas. Porém, apesar de ampla gama de
hospedeiros, em grande parte desses, os sintomas de doença não se manifestam.
Mesmo com a ausência de sintomas, essas plantas podem se constituir em hospedeiros
alternativos e funcionar como fonte de inoculo para as plantas de importância
económica.

As principais doenças já descritas como sendo causadas por X. fastodiosa e que vem
causando perdas são encontradas entre as ornamentais, frutífera e em algumas outras
plantas de importância económica. Entre estas estão videira, carvalho, amendoeira,
ameixeira japonesa, pessegueiro, pereira, citros, cafeeiro, amoreira, olmo, sicamore,
pecan e espirradeira.
Sintomatologia das doenças causadas por X. fastidiosa

Plantas colonizadas por X. fastidiosa podem, apresentar sintomas variados, sendo que
algumas podem ate se mostrar assintomática, apesar de apresentarem todos os vasos
colonizados, enquanto outras plantas apresentam quadro assintomático grave com
poucos vasos comprometidos com a presença da bactéria.

Os sintomas externos do mal de Pierce, bem como em plantas da família Rosaceae são
necrose marginal das folhas, queda de folhas, secas dos ponteiros, murchas e redução do
crescimento na primavera e perda de vigor, levando a morte da planta. Em amendoeira,
os sintomas são semelhantes, porém em alfafa não são observadas necrose, mas sim
declínio e enfezamento das plantas. Em amendoeiras, pode evoluir em conjunto podem
ocupar 2\3 da folha. O amarelecimento de um ramo inteiro pode evoluir para toda a
planta dentro de quatro a cinco anos. Algumas plantas podem apresentar
superbrotamento, e as mais susceptiveis podem morrer, Em ameixeira, os sintomas de
escaldadura são verificadas inicialmente nas folhas mais vellhas e podem evoluir para
toda planta .

Em arvores ornamentais, como carvalho e olmo, são observadas necroses marginais


com halos cloróticos que evoluem para o interior das folhas. Em sicamor, são
observadas descoloração internevais, seguidas por necrose, e evermelhamento das
folhas, as quais mostram pontos necróticos irregulares com colorose.

Em citros, os sintomas da CVC incluem clorose intereval, semelhante a deficiência de


zinco, redução do tamnho da folha, frutos duros e com menor tamanho. Em folhas
maduras são observados pequenos pontos marrons na face inferior, na região
correspondente á área clorótica na face superior. Essa área clorótica pode se tornar
marrom escura ou necrotica com a evolução das doenças.

Em cafeeiros, a doença é conhecida como requeima ou escaldadura, os sintomas


observados são ramos com tufos de folhas nas pontas. Essas folhas são pequenas, as
vezes deformadas, podendo ou não apresentar deficiência mineiras, principalmente de
zinco.

Em videira (doença de Pierce) os sintomas são a murchidão das folhas, com


distribuição irregular e dieback, “ilhas” verdes de tecido saudável e separação da folha
do pecíolo.
Em oliveira (Olive Quick Decline Syndrome), aparecem queimaduras foliares e um
declínio rápido de oliveiras envelhecidas, com morte progressiva da zona apical para a
raiz.
Como X. fastidiosa causa doença

Há umproja conseravel divergência e ate mesmo falta de conhecimento sobre os


prováveis mecanismos de patogenicidade de X.fastidiosa. O projcto Genoma funcional
da X. fastidiosa\FAPESP vem estimulado pesquisas nessa linha desde 1999, com o final
do sequenciamento do genoma total da X. fastidiosa faz-se necessária a investigação das
causa da patogenicidade desta bactéria. Segundo Hoopkins existem três diferentes
hipóteses sobre os mecanismos de patogenes de X. fastidiosa, as quais inclui disnfuções
do sistema condutor de agua, produção de fitotoxinas e alterações na concentração de
reguladores de crescimento.

Termos relacionados à adesão e colonização de bactérias X. fastidiosa

O termo adesão, sob o ponto de viste físico, define a capacidade de uma partícula ou
mlecula manifestar atracção por outros corpos. Em fitopatologia, analogamente,
estamos falando da trção de propágulos pela superfície da planta alvo ou tecida do
hospedeiro. No caso de X. fastidiosa, a atração é pelas paredes do vaso do xilema.
Outro termo importante, no caso de bactérias, é a agregação celular que se refere a
capacidade de cullas bacterianas de uma mesma espécie formarem massa celular que
possam proporcianar vantagem na luta pela sobrevivência. Segundo Watnick & Kolter
“2000” esse processo ocorre em cinco etapas a saber: aproximação das células, ligação,
formação de microcolonias , formação e biofelme descrito como uma comunidade
bacteriana que vive aderida uma as outras e a uma superfície e desagregação das células
para colonização de outros sítios. Em todo esse processo, também utilizado por X.
fastidiosa estarão envolvidos elementos químicos e as adesinas “macromoléculas de
superfície responsáveis pela adesão célula e a superfície ”, que podem ser de natureza
fimbrilar e não fimbrilar.

Meios de protecção

Não existindo meios de luta directa contra a Xylella fastidiosa, o combate a esta doença
passa essencialmente por medidas de natureza preventiva, actuando sobre o vector e o
material de multiplicação: medidas fitossanitárias são aplicadas para impedir a
introdução e a propagação da doença que incluem o uso de cultivares resistentes,
certificação de material de multiplicação e a remoção e destruição de material infectado;
gestão de insectos vectores e hospedeiros espontâneos, nas zonas envolventes dos
pomares, olivais etc.
Mas, “meios de luta químicos e controlo por meio de antibióticos não são eficazes”, diz
o INIAC, que aconselha também a utilização de enxertos isentos de Xylella fastidiosa
em novas plantações; controlo de vectores em pomares jovens; eliminação de plantas
doentes em pomares de até quatro anos de idade e superiores a essa idade, controle de
infestantes, poda de ramos com sintomatologia, manutenção do pomar em boas
condições nutricionais e estabelecimento de quebra-vento.
Conclusão
É crucial investir em redes de conhecimento com habilidades técnicas e conhecimentos
complementares, que incluem os produtores, as associações de produtores, os institutos
de investigação com competências e autorização para diagnosticar e investigar em
organismos de quarentena, e as direções regionais de agricultura, por forma a facilitar a
transferência de conhecimento e reduzir os impactos negativos resultantes do
desconhecimento da estratégia a seguir, já que não se conhecem as suscetibilidades e
resistências dos hospedeiros autóctones e suas cultivares, à infeção por X. fastidiosa.
Referências Bibliográficas
Anas et al. (2010) www.plantmanagementnetwork.org/pub/php/research/2008/pierces/.
EFSA 2015(1) Scientific Opinion of the EFSA Plant Health Panel on the risks to plant
health posed by Xylella fastidiosa in the EU territory, with the identification and
evaluation of risk reduction options
(http://www.efsa.europa.eu/en/efsajournal/pub/3989.htm)
EFSA 2015(2) Statement of E
CAPITULO IV
Vírus

Introdução

Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios que possuem genomas compactos e


que codificam um reduzido repertório de produtos gênicos (estruturais ou constitutivos)
para completarem, de maneira efetiva, o processo de infecção de uma planta hospedeira
(Van Schie & Takken, 2014). Neste sentido, os vírus são absolutamente dependentes da
maquinaria da célula hospedeira, necessitando recrutar e modular fatores da planta para
os processos cruciais de replicação, tradução, movimento célula-a-célula, movimento
sistêmico e encapsidação Por sua vez, quando infectadas, as plantas respondem com um
elaborado sistema de defesa contra os vírus invasores.

As espécies do gênero Tospovirus recentemente reclassificado para o

Gênero Orthotospovirus

Família Tospoviridae

Ordem Bunyavirales

Estão entre os patógenos de maior importância para a agricultura mundial, provocando


perdas em várias culturas, incluindo o tomateiro (Solanum lycopersicum L.) (Scholthof
et al., 2011). Os tospovírus são transmitidos por tripes

Ordem: Thysanoptera

família: Thripidae

Tospovírus

A relação de transmissão é caracterizada como sendo do tipo circulativa-propagativa.


Os tospovírus possuem partículas esféricas envolvidas por uma membrana lipídica,
denominada envelope, o genoma dos tospovirus consiste de três segmentos de RNA
denominados de RNA L = large (∼8.9 kb), RNA M = medium (∼4.8 kb) e RNA S =
small (∼2.9 kb) e apresenta uma combinação de polaridades negativa e ambisenso. O
RNA L é de polaridade negativa e contem o gene codificador da proteína estrutural
RdRp (RNA polimerase dependente de RNA). O RNA M é ambisenso e codifica (na
orientação senso positivo) a proteína não estrutural NSm (proteína de movimento
responsável pelo transporte célula-a-célula) e, no sentido negativo, codifica os
precursores das glicoproteínas (Gn & Gc). O RNA S é ambisenso e contem os genes
codificadores das proteínas NSs (supressora do silenciamento gênico) e N
(nucleocapsídeo)
Como esse vírus ingressa no seu hospedeiro

Após ingressar nas células hospedeiras, as partículas de tospovírus perdem o envelope


lipídico (possivelmente pela ação de enzimas hospedeiras) desagregando assim o
complexo de ribonucleoproteínas (RNPs) que é composto pelo RNA viral e as proteínas
N e RdRp. A polimerase viral então transcreve os RNAs genômicos, sintetizando os
RNAs mensageiros (mRNA).

Análises ultraestruturais do processo infeccioso e dos distúrbios intracelulares induzidos


pela infecção por tospovírus mostram partículas virais dentro do retículo
endoplasmático (ER) e/ou associadas com as membranas do envelope nuclear.
Posteriormente foi demonstrado que estruturas membranosas derivadas do complexo de
Golgi estariam associadas com a formação das partículas virais. Antes de serem
envelopadas, as glicoproteínas Gn e Gc acumulam-se no complexo de Golgi e induzem
à formação de estruturas membranosas derivadas da modificação do ER e do complexo
de Golgi, demonstraram que membranas paralelas pareadas (PPM) derivadas do
complexo de Golgi são os prováveis sítios da morfogênese das partículas virais
duplamente envelopadas (DEVs – double-enveloped virus particles). Em um estágio
final de maturação, o complexo de ribonucleoproteínas presentes no citoplasma é
envolvido por essas PPMs para dar origem a DEVs.
REFERÍNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALEXOPOULOS, C. J. ; MIMS, C. W. ; BLACKWELL, M. Introductory Mycology.


New York: John Wiley & Sons, Inc., 1996. ALMEIDA-PAES, R. et al.
Immunoglobulins G, M, and A against Sporothrix schenckii exoantigens in patients
with sporotrichosis before and during treatment with itraconazole. Clinical and
Vaccine Immuno.

ABE H, TOMITAKA Y, SHIMODA T, SEO S, SAKURAI T.2012. Antagonistic plant


defense system regulated by phytohormones assists interactions among vector insect,
thrips and a tospovirus. Plant Cell Physiology 53: 204–212. ADHIKARI BN,
SAVORY EA, VAILLANCOURT B, CHILDS KL, HAMILTON JP. 2012.
Expression profiling of Cucumis sativus in response to infection by
Pseudoperonospora cubensis. PLOS One 7: e34954. ALVAREZ ME, PENNEL RI,
MEIJER PJ, ISHIKAWA A, DIXON RA, LAMB C. 1998. Reactive oxygen
intermediates mediate a systemic signal network in the establishment of plant
immunity. Cell 92: 1–20.

Bibliografia: Silva, M. S. Martins, C. R. F., Bezerra, I. C., Nagata, T. de Ávila, A. C.,


Resende, R. O.;. 2001. Sequence diversity of NSM movement protein of tospoviruses.
Archives of Virology . 146: 1267-1281.

Você também pode gostar