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Sumário

A EMPRESA ................................................................................................................ 2

Autor ............................................................................................................................ 3

Doenças ........................................................................................................................ 4

Principais doenças ......................................................................................................... 7

ENFEZAMENTO PÁLIDO DO MILHO .................................................................. 7

HELMINTOSPORIOSE NO MILHO ....................................................................... 9

COMPLEXO MANCHA BRANCA DO MILHO ..................................................... 9

MANCHA DE DIPLODIA DO MILHO ................................................................. 11

TOMBAMENTO DE MUDAS ............................................................................... 12

CARVÃO COMUM DO MILHO ........................................................................... 14

FERRUGEM POLISSORA DO MILHO................................................................. 15

FERRUGEM COMUM DO MILHO....................................................................... 16

FERRUGEM TROPICAL DO MILHO ................................................................... 17

RAIADO FINO DO MILHO MOSAICO COMUM DO TRIGO ............................. 19

Nematóides ................................................................................................................. 20

Importância e manejo .............................................................................................. 20

Milho no manejo de nematóides .............................................................................. 21

Rotação ou sucessão com soja ................................................................................. 21

Sucessão com feijoeiro ............................................................................................ 23

Rotação ou sucessão com algodoeiro ....................................................................... 23

Sucessão com batata................................................................................................ 23

Sucessão com alface, beterraba e cenoura ................................................................ 24

Sucessão com alho e cebola..................................................................................... 24

Cultura intercalar em cafezais ................................................................................. 24

Referências ................................................................................................................. 25

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A EMPRESA

Startup fundada com o objetivo extensionista, promovendo


conhecimento e capacitação a todo e qualquer público que tenha
interesse na área.

Missão: Disseminar, semear conhecimento e capacitar pessoas.

Valores: 1º - Pessoas em primeiro lugar; 2º - Integridade; 3º -


Amor ao que fazemos; 4º - Comprometimento; 5º - Ética e
transparência; 6º - Agregar valor.

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Autor

Luís Guilherme Monteiro Ramalho, graduando


em agronomia na Universidade Federal de
Uberlândia, membro da empresa júnior
CONTEAGRO.

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Doenças
As doenças do milho podem ser agrupadas em quatro tipos:
a) as podridões de sementes e plântulas,
b) as podridões do colmo,
c) as doenças foliares e
d) as podridões da espiga.
Elas afetam a implantação da cultura, o movimento de água e nutrientes, a fotossíntese,
a produtividade e a qualidade dos grãos, inclusive com formação de micotoxinas. As
doenças resultam da interação de três fatores: a planta hospedeira, o patógeno e o
ambiente.
Estes mudaram significativamente na cultura do milho nas últimas décadas. Em relação
ao hospedeiro, houve o desenvolvimento de genótipos com altíssimos potenciais de
rendimento de grãos, porém, às vezes, mais suscetíveis às doenças. Também o ambiente
na lavoura mudou com o aumento da população de plantas, a diminuição do
espaçamento entre linhas de 90 cm para 45 cm e com a migração do cultivo de
primavera-verão (primeira safra) para o de verão-outono (segunda safra).
Quanto ao patógeno, sua variabilidade genética encarrega-se do desenvolvimento de
estirpes mais agressivas e/ou mais resistentes aos fungicidas. O cultivo de milho em
segunda safra, ou safrinha, iniciou-se nos anos 1980 e teve um crescimento exponencial
desde então. Essa dualidade de cultivos implica em cenários diferentes para as doenças.
O cultivo de primeira safra ocorre a partir de agosto e setembro, em solo ainda frio, que
atrasa o desenvolvimento inicial da cultura e favorece os patógenos presentes no solo
(por exemplo, Pythium spp.) e na semente (por exemplo, Fusarium spp., Aspergillus
spp., Penicillium spp.).
Os problemas com a implantação da cultura são mais acentuados e o tratamento de
sementes tem importância maior, devendo incluir ativos como o metalaxil (mefenoxam)
e benzimidazóis.
Na primeira safra, dois fatores resultam em menor ocorrência de doenças na parte aérea
da planta. Primeiro, uma maior área é cultivada em rotação com soja ou outras espécies,
favorecendo a redução do inóculo de fungos necrotróficos no solo (por exemplo,
Fusarium, Diplodia, Colletotrichum, Cercospora, Bipolaris, Exserohilum). Segundo, a
combinação de temperaturas ascendentes e umidade relativa do ar decrescente reduz o
molhamento necessário à infecção das folhas e espigas.

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Em resumo, o cultivo de primavera-verão representa mais problemas para a implantação
da cultura, porém, tem menor ocorrência de doenças na parte aérea. A necessidade e a
resposta à aplicação de fungicidas é, geralmente, menor.
A segunda safra de milho ocorre no verão-outono, geralmente após um primeiro cultivo
de soja. A implantação se dá em solo com temperatura mais alta, com germinação e
emergência mais rápidas, diminuindo os problemas de implantação. O desenvolvimento
da cultura se dá sob temperaturas decrescentes, aumento da umidade do ar e diminuição
da insolação.
Esses fatores combinados promovem maior molhamento dos órgãos aéreos da planta,
com aumento das doenças foliares e podridões da espiga. A maior parte da área de
milho em segunda safra é, também, cultivada em monocultura, resultando em maior
ocorrência de doenças por fungos necrotróficos, como podridões de colmo, manchas
foliares e podridões da espiga.
As características dos agentes causais das doenças devem ser consideradas no manejo.
As ferrugens têm, como patógenos, fungos biotróficos (Puccinia sorghi e P. polysora)
que aumentam a epidemia pela formação de novas lesões, as quais requerem a produção
e disseminação de grande quantidade de esporos, sendo isto um dos principais
componentes da epidemia.
Entre os fungicidas, as estrobilurinas agem predominantemente sobre a germinação dos
esporos e a entrada do patógeno na planta, tendo maior eficácia sobre as ferrugens. O
lançamento de novos compostos do grupo químico carboxamida (subgrupo pirazol) vem
reforçar a ação dos fungicidas sobre os esporos e a infecção.
Os patógenos necrotróficos (Bipolaris, Cercospora, Diplodia, Exserohilum,
Phaeosphaeria etc.) também aumentam a epidemia por originar novas infecções a partir
dos esporos. Contudo, seu componente mais importante é a expansão da lesão, mediada
pela colonização pelo fungo e a produção de toxinas no interior dos tecidos.
Helmintosporiose e cercosporiose do milho exemplificam bem esta ação. Em híbridos
mais suscetíveis, a expansão da lesão logo após a inoculação é exponencial.
Nestes casos, o manejo das manchas foliares depende mais da ação sistêmica de
fungicidas triazóis, os quais inibem a síntese de esteróis necessários à formação das
membranas e crescimento do fungo no interior da planta. Diferentemente da soja, na
qual há predominância da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), cujo controle
requer maior quantidade de estrobilurina nas formulações dos fungicidas, no milho e no
trigo existe um balanço entre ferrugens e manchas foliares, ou até a predominância

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destas, especialmente em monocultura e segunda safra. A simples adoção dos
fungicidas desenvolvidos para a soja não é, tecnicamente, a melhor opção para o
controle.
O manejo de doenças em milho necessita de formulações mais equilibradas em
estrobilurina e triazol. Misturas de tanques também podem ser efetuadas com
benzimidazóis ou ditiocarbamatos, para melhorar o controle da mancha de Diplodia e
mancha branca, respectivamente.
O manejo de doenças em milho deve considerar a sequência de infecção. Patógenos
necrotróficos que sobreviverem nas sementes e restos culturais geralmente são os
primeiros a se estabelecer nas plantas. Eles atacam as sementes e plântulas; depois,
evoluem para o colmo, folhas e espigas. No cultivo de segunda safra,
predominantemente em monocultura de milho, as manchas foliares têm precedência
sobre as ferrugens, o que requer aplicações mais cedo e, também, fungicidas com maior
quantidade de triazóis eficazes.
O manejo integrado de doenças em milho envolve:
a) diminuição do inóculo inicial pelo uso de sementes tratadas com fungicida, a rotação
de culturas e a eliminação de plantas voluntárias de milho (problema crescente a partir
da adoção de híbridos transgênicos com resistência ao herbicida glisofato);
b) redução do tempo de exposição do hospedeiro através de híbridos precoces,
semeadura em época adequada à rápida germinação e aplicações preventivas de
fungicidas (que atrasam o início da epidemia);
c) redução da taxa de progresso da epidemia via híbridos menos suscetíveis, arranjo de
plantas adequado, manejo da irrigação e aplicação de fungicidas.
A resposta em rendimento de grãos é variável, especialmente em função da pressão de
doença e do híbrido utilizado. Em média, situa-se entre 5% e 11%, com uma aplicação,
chegando a 20% com duas aplicações.
A aplicação de fungicidas é, normalmente, atrelada ao estádio de crescimento da planta,
principalmente sua altura, em função do tamanho dos equipamentos de pulverização.
Para pulverizadores tratorizados ou de arrasto, a aplicação é possível até os estádios V8
a V10. Equipamentos autopropelidos e a aviação agrícola permitem um segundo
tratamento na fase de pré-pendoamento.
Contudo, o correto é atentar para a dinâmica das doenças. Híbridos suscetíveis,
semeaduras tardias, ambiente favorável às doenças e áreas de monocultura requerem
antecipação das aplicações, cujo momento pode ser identificado através do

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monitoramento da lavoura e do ambiente. O intervalo entre as aplicações deve
considerar que, uma vez cessado o efeito do tratamento anterior, a epidemia tende a um
ritmo de crescimento intenso. Assim ocorre pela disponibilidade de sítios sadios para
infecção nas plantas anteriormente protegidas e pela quantidade crescente de esporos
disseminados ao longo do ciclo da cultura.
Em geral, os tratamentos são efetivos por um período de 17 a 20 dias. A importância
das doenças em milho é crescente, assim como a necessidade do seu controle. O
desenvolvimento de genótipos resistentes, o conhecimento da epidemiologia das
doenças e o aprimoramento dos fungicidas e da tecnologia de aplicação são fatores
extremamente importantes à manutenção da sustentabilidade do milho no atual sistema
de cultivo.

Principais doenças

ENFEZAMENTO PÁLIDO DO MILHO

Grupo de cultura: Cereais


Espécie hospedeira: Milho (Zea mays)
Etiologia: Bactéria. Biotrófico.
Agente causal: Spiroplasma kunkelii

Sintomas e sinais
A doença caracteriza-se por apresentar distribuição em reboleiras. As lesões podem
variar de pequenos pontos, a longas estrias paralelas às nervuras. Inicialmente, as lesões
apresentam-se com uma cor verde-clara, conferindo ao tecido um aspecto encharcado.
Com o decorrer do tempo, o tecido passa a ter aspecto seco, com coloração marrom-
palha. As lesões provocadas pela doença podem coalescer, afetando uma boa parte da
largura das folhas. Tecidos necrosados, em condições de ventos e chuvas fortes, podem
fendilhar e rasgar.O patógeno também pode causar podridão em internódios próximos à
espiga, chegando, em certos casos, a causar a morte da planta.

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Ciclo da doença
A doença é transmitida por cigarrinhas vetoras, entre as quais a espécie principal
é Dalbulus maidis. Essa cigarrinha transmite o patógeno de forma propagativa
persistente, ou seja, uma vez adquirido o espiroplasma pode transmiti-lo por toda a
vida. Tem um período de latência de 2 a 3 semanas para ser infeccioso. A bactéria é
transmitida por secreções salivares durante a alimentação do vetor em novas plantas
hospedeiras. A infecção das plantas de milho ocorre nos estágios iniciais de
desenvolvimento, por ser o cartucho da planta o habitat preferencial da cigarrinha. As
cigarrinhas infectantes migram de lavouras adultas doentes para as lavouras recém-
implantadas e infectam essas plântulas. Os locais de distribuição e replicação de S.
kunkelii em seu vetor D. maidis sugerem que os espiroplasmas helicoidais invadem
camadas de células epiteliais.O período de incubação do espiroplasma em Daubulus
maidis varia de 16 a 30 dias e os sintomas das plantas infectadas aparecem após 4 a 7
semanas. A coincidência entre o final de ciclo de lavouras infectadas com início de
ciclo de novas lavouras faz com que os insetos vetores migrem para as plantas jovens,
disseminando a doença.

Controle
Uso de sementes sadias e tratadas, evitar plantios tardios, uso de cultivares resistentes,
eliminar restos culturais, rotação de cultura, uso de inseticidas contra o vetor, eliminar
plantas voluntárias e daninhas hospedeiras e abrigos para as cigarrinhas

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HELMINTOSPORIOSE NO MILHO

Grupo de cultura: Cereais


Espécie hospedeira: Milho (Zea mays)
Etiologia: Fungo.
Agente causal: Exserohilum turcicum

Sintomas e sinais
Os sintomas típicos da doença são lesões necróticas, elípticas, medindo de 2,5 a 15 cm
de comprimento. A coloração do tecido necrosado varia de verde-cinza a marrom. As
primeiras lesões aparecem nas folhas mais velhas e em condições de ataque severo pode
ocorrer a queima completa dos tecidos foliares.

Ciclo da doença
O patógeno sobrevive em restos culturais de milho na forma de conídios e micélios.
Assim que as condições ambientais se tornam favoráveis (temperaturas amenas e alta
umidade), os esporos são produzidos. Essas estruturas são disseminadas pelo vento e
respingos de chuva dão início a um novo ciclo de infecção.

Controle
O manejo eficaz da doença passa pela integração de diferentes ferramentas, dentre as
quais devemos considerar: escolha de híbridos resistentes (genes Ht e cultivares
FERGUSON e CARSON), redução do inóculo inicial (eliminação de restos culturais),
época de plantio e o uso de fungicidas foliares (triazois e estrubirulinas).

COMPLEXO MANCHA BRANCA DO MILHO

Grupo de cultura: Cereais

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Espécie hospedeira: Milho (Zea mays)
Etiologia: Bactéria e fungos.
Agente causal: A bactériaPantoea ananatis,e fungos como,Epicoccum nigrum,
Leptosphaeria sacchari, Cochliobolus geniculatus, Pithomyces chartarum, Alternaria
alternata, A. ricini, Gibberella intricans, G. fujikuroi, Phaeosphaeria sp., P. avenaria,
Phoma sp., Phyllosticta sp., Sarocladium strictum, Glomerella
graminicola e Cochliobolus heterostrophus

Sintomas e sinais
As manchas se desenvolvem na folha em 4 fases. Na fase 1 o sintoma inicial é o
aparecimento de manchas aquosas de aspecto encharcado e bem escuras. Essa primeira
fase é a mais difícil de identificar. Na fase 2, estas típicas lesões bacterianas tornam-se
necróticas de coloração grafite evoluindo para cinza (fase 3) e finalmente pardas claras
(fase 4) em maior número espalhadas pela superfície foliar. Nos momentos mais tardios
da doença, depois de avançado o período nas folhas, pequenos pontos escuros chamados
de estruturas reprodutivas fúngicas (peritécios e picnídios), podem se desenvolver
dentro das lesões necróticas.

Ciclo da doença

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Controle
Rotação de culturas, plantio em épocas adequadas e eliminação de plantas hospedeiras
(capim-braquiária, capim-colchão e capim-colonião), uso de sementes sadias e tratadas,
controle químico (Estrobiliruna, triazóis, carboxamida e mancozeb) e a resistência
genética.

MANCHA DE DIPLODIA DO MILHO

Grupo de cultura: Cereais


Espécie hospedeira: Milho (Zea mays)
Etiologia: Fungo. Necotróficos
Agente causal: Stenocarpella macrospora

Sintomas e sinais
Nas folhas, inicialmente ocorrem lesões pequenas e ovaladas, onde pode ser observado
o ponto de infecção de cor clara no centro, com anéis concêntricos mais escuros.
Conforme há evolução, tais lesões assumem forma alongada e irregular, podendo
alcançar até 15 cm.

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Ciclo da doença
A: O inóculo da Stenocarpella macrospora sobrevive em resíduos de plantas e no solo;
B: A chuva forte pulveriza os conídios que podem colonizar primeiramente a folha e
depois a espiga, ou também, diretamente a espiga quando esta está em polinização;
C: A palha da espiga ou a folha pode morrer precocemente; D: Uma densa massa de
mofo de coloração branca começa a se desenvolver da base para o topo da espiga (em
casos de alta pressão, essa massa pode colonizar toda a espiga); E: Picnídios densos e
pequenos podem se formar nos grãos no final do ciclo da planta.

Controle
Uso de sementes sadias e tratadas, cultivares resistentes, evitar alta densidade de
semeadura, rotação de culturas (milho é o único hospedeiro), evitar desequilíbrio
nutricional e controle químico com fungicidas.

TOMBAMENTO DE MUDAS

Grupo de cultura: Indefinido


Espécie hospedeira: Milho (Zea mays), Feijão (Phaseolus vulgaris) e outras 20
culturas.
Etiologia: Fungo
Agente causal: Pythium spp.

Sintomas e sinais

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O tombamento pode ocorrerdurante a pré-emergência ou pós-emergência. Na fase pré-
emergência, é possível observar a podridão das sementes dificultando a germinação. Na
fase de pós-emergência, as mudas crescem pouco e a base do caule começa a apodrecer,
sendo visível com caules moles e viscosos, com lesões encharcadas de água, cinzentas,
castanhas ou pretas. As plantas ou árvores jovens se tornam cloróticas e começam a
murchar, acabando por cair, aparecendo como se tivessem sido cortadas na base. O
crescimento de mofo branco ou cinzento aparece em plantas mortas ou na superfície do
solo.

Ciclo da doença e epidemiologia


Os Pythiumspp. podem sobreviver por vários anos no solo ou resíduos de plantas. Eles
prosperam quando o clima é quente e chuvoso, os solos são excessivamente úmidos. Os
esporos são disseminados através de ferramentas ou equipamentos contaminados e lama
em roupas ou sapatos. Embora possam atacar as culturas durante todo o seu ciclo de
vida, as sementes germinantes ou mudas jovens são mais suscetíveis.

Controle
Uso de biofungicidas (Trichoderma viride, Beauveria bassiana), controle biológico
(bactérias Pseudomonas fluorescens e Bacillus subtilis), evitar alto adensamento de
plantas e alta aplicação de nitrogênio, uso de irrigação controlada, plantio de sementes
sadias e tratadas (fungicidas cúpricos, como oxicloreto de cobre ou a mistura bordalesa),
aplicação de fungicidas (captan a 31,8% ou metalaxil-M a 75%), uso de cultivares
resistentes, evitar locais mal drenados, eliminar restos culturais e desinfete ferramentas,
equipamentos e maquinários (hipoclorito de sódio).

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CARVÃO COMUM DO MILHO

Grupo de cultura: Cereais


Espécie hospedeira: Milho (Zea mays)
Etiologia: Fungo. Biotrófico
Agente causal: Ustilago maydis

Sintomas e sinais
Os sintomas, na forma de galhas, podem ocorrer em qualquer parte aérea da planta,
sendo mais comum nas espigas. No início, as galhas apresentam-se recobertas por uma
membrana de cor branca e aspecto brilhante. Com o desenvolvimento das galhas, dá-se
a formação dos teliósporos, que são liberados após o rompimento da membrana
envolvente. A formação da galha é resultante do estímulo que o micélio do fungo, na
fase parasítica, exerce sobre as células do hospedeiro, induzindo-as a aumentarem tanto
em número como em tamanho. Os tecidos embrionários são, de modo geral, suscetíveis
ao patógeno.

Ciclo da doença e epidemiologia


Durante seu ciclo de vida, U. maydis mostra três tipos de células diferentes: (i) uma
forma saprofítica, unicelular, haplóide, semelhante à levedura que se divide por
brotamento, (ii) uma forma filamentosa (hifa), dicariótica, patogênica , o produto de
acasalamento de células haplóides sexualmente compatíveis que invadem a planta
hospedeira e induzem a formação de tumor (sori), e (iii) um esporo diplóide,
o teliosporo , formado dentro de tumores que germina fora do hospedeiro e sofre
meiose para produzem basídios septados (fragmobasídios) dos quais nascem
os basidiósporos haploides. Os teliosporos diplóides se formam em galhas ou tumores

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(nas pontas, quando o fungo substitui os grãos por massas de teliosporos) em
hospedeiros infectados e são os propágulos em hibernação (sobrevivência) do fungo. Ou
seja, ele sobrevive ao inverno como teliosporos diplóides no restolho ou no solo (os
teliosporos podem sobreviver por vários anos). Quando um teliosporo germina, ele
forma um promicélio septado, ele sofre meiose e forma basidiósporos (também
chamados de esporídios) que geralmente possuem um único núcleo (haplóide). Os
esporídios haplóides são facilmente mantidos em culturas consideradas por muitos
como o estágio saprofítico do fungo. Sob condições ambientais apropriadas, esporídios
geneticamente compatíveis (basidiósporos) se acasalam e formam hifas de infecção
dicariótica. As células neste terceiro estágio são patogênicas e podem infectar o
milho. Qualquer tecido meristemático em crescimento ativo pode ser infectado no solo.

Controle
Uso de cultivares resistentes, rotação de cultura e durante eliminar plantas voluntárias
de milho, eliminar plantas daninhas, uso de sementes sadias e tratadas, evitar doses
excessivas de nitrogênio, controlar lagartas que afetam as espigas,eliminação de restos
culturais, evitar alto adensamento entre plantas, previna os danos causados por insetos e
outras pragas, evite uma fertilização excessiva com nitrogênio e limpar ferramentas e
equipamentos.

FERRUGEM POLISSORA DO MILHO

Grupo de cultura: Cereais


Espécie hospedeira: Milho (Zea mays)
Etiologia: Fungo
Agente causal: Puccinia polysora

Sintomas e sinais
As pústulas da ferrugem polisora são pequenas, circulares a elípticas. Os uredósporos e
as pústulas têm coloração variável de amarelo a dourado. Em fases mais avançadas
surgem pústulas marrom-escuras, devido à formação dos teliósporos. As pústulas
podem ocorrer na face superior do limbo e da bainha foliar, nas brácteas das espigas e,

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em condições de alta severidade, no pendão. Em cultivares suscetíveis, é comum a
ocorrência de morte prematura em virtude da destruição foliar.

Ciclo da doença
O fungo se desenvolve em regiões de clima quente e úmido e é disseminado para outras
lavouras através do vento e da chuva, a partir de lavouras já infectadas. Com isso, os
esporos vão se hospedar em outras plantas, desenvolver fungos primários e, através do
vento e das chuvas, serão levados a outras plantas, seguindo seu ciclo. As pústulas se
instalam principalmente na parte superior da folha e também na bainha, no
baixeiro. Em casos mais extremos, em híbridos suscetíveis, as pústulas também podem
se instalar no pendão e, com isso, antecipar o ciclo do híbrido.

Controle
Utilização de cultivares resistentes, rotação de culturas, uso de sementes sadias e
tratadas,evitar plantios nos meses de dezembro e janeiro, eliminação de restos culturais,
evitar alto adensamento de semeadura e aplicação de fungicidas (azoxistrobina,
mancozeb e tebuconazol).

FERRUGEM COMUM DO MILHO

Grupo de cultura: Cereais


Espécie hospedeira: Milho (Zea mays)
Etiologia: Fungo
Agente causal: Puccinia sorghi

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Sintomas e sinais
A doença caracteriza-se pela presença de pústulas elípticas e alongadas, em ambas faces
da folha, com produção de uredósporos de coloração marrom-canela. Com o passar do
tempo, as pústulas tornam-se mais escuras, em consequência do desenvolvimento de
teliósporos. Com o acúmulo de lesões, é comum observar, nas folhas, faixas
transversais, que correspondem à posição do cartucho no momento da infecção. Clorose
e morte das folhas podem ocorrer em condições de severidade elevada.

Ciclo da doença
Os uredósporos germinam através de poros germinativos equatoriais. O patógeno possui
como hospedeiros intermediários, espécies de trevo, do gênero Oxalis, na qual
desenvolve écios e eciósporos, que servem de inóculo para a cultura do milho.

Controle
Eliminar plantas daninhas e o hospedeiro intermediário (trevo), uso de sementes sadias
e tratadas, plantio de cultivares resistentes, aplicação de fungicidas, plantio em épocas
desfavoráveis ao desenvolvimento da doença, rotação de cultura, evitar alto
adensamento de semeadura e ter uma irrigação controlada.

FERRUGEM TROPICAL DO MILHO

Grupo de cultura: Cereais


Espécie hospedeira: Milho (Zea mays)
Etiologia: Fungo

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Agente causal: Physopella zeae

Sintomas e sinais
Os sintomas da ferrugem tropical ocorrem em ambas as faces da folha, na forma de
pústulas dispostas em pequenos grupos, paralelos às nervuras. As pústulas têm formato
arredondado ou oval, com comprimento entre 0,3 e 1,0 mm, de coloração amarelada a
castanha, e são recobertas pela epiderme da folha, apresentando uma abertura na região
central. Num estádio mais avançado, desenvolvem-se, ao redor das pústulas, halos
circulares a oblongos, com bordos escuros, que correspondem à formação de télios
subepidérmicos, distribuídos em grupos ao redor dos urédios. Em condições de alta
incidência, comuns nos últimos anos em algumas regiões, pode ocorrer coalescência de
grupos de pústulas, com a consequente morte prematura das folhas.

Ciclo da doença
Os inóculos primário e secundário consistem de uredósporos provenientes de plantas de
milho ou teosinto (Euchlaena spp.). A disseminação dos uredósporos dá-se,
principalmente, pelo vento. A presença de água livre na superfície da folha é fator
importante para ocorrer a germinação dos esporos. A temperatura e a luminosidade são
também fatores importantes. A ferrugem tropical caracteriza-se por ocorrer em plantios
tardios, a partir de outubro, e em regiões de baixa altitude.

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Controle
A rotação de culturas, o uso de cultivares resistentes, a utilização de agentes biológicos
de controle, a semeadura em época adequada, manejo de plantas daninhas, plantio em
época adequada, eliminação de restos culturais e aplicação foliar de fungicidas.

RAIADO FINO DO MILHO MOSAICO COMUM DO TRIGO

Grupo de cultura: Cereais


Espécie hospedeira: Milho (Zea mays)
Etiologia: Vírus
Agente causal: Maize Rayado Fino Virus –MRFV)

Sintomas e sinais
Os sintomas característicos são riscas formadas por numerosos pontos cloróticos
coalescentes ao longo das nervuras, que são facilmente observados quando as folhas são
colocadas contra a luz

Ciclo da doença
O vírus ocorre sistemicamente na planta de milho e é transmitido de forma persistente
propagativa pela cigarrinha Dalbullus maidis que, ao se alimentar em plantas doentes,
adquire o vírus que é transmitido para plantas sadias.

Controle

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Rotação de culturas, utilização de cultivares resistentes, aplicação de inseticidas contra a
mosca branca, eliminação de restos culturais, uso de barreiras vivas, eliminar plantas
daninhas e controle biológico com predadores naturais (Coleomegilla maculata, Eriopis
conexa, Chrysoperla spp. E Ceraeochrysa spp).

Nematóides
Do ponto de vista agronômico, a relação do milho com os fitonematóides precisa ser
analisada sob dois pontos de vista:
1) as perdas causadas pelos nematóides à cultura;
2) a influência da cultura sobre a densidade dos fitonematóides no solo.
No primeiro caso, as perdas devem ser avaliadas e, quando necessário, controladas. O
segundo está relacionado às sequências de cultivos nas quais o milho atua,
frequentemente, como agente redutor da densidade dos nematóides, beneficiando a
cultura subsequente.
Como reverso da moeda, para alguns nematóides ocorre o contrário, com consequências
negativas à cultura implantada após o milho. Este artigo será desenvolvido em duas
partes. Inicialmente, serão discutidas a importância e o manejo dos fitonematóides na
cultura do milho no Brasil. Depois, serão destacadas as possibilidades oferecidas pelo
milho no controle dos nematóides, por meio de seu uso como cultura de rotação, de
sucessão ou intercalar.

Importância e manejo
No Brasil, são escassos os relatos de perdas causadas por fitonematóides, o que é um
indício de que o milho é muito tolerante a esses parasitas, quiçá em razão do seu
exuberante sistema radicular. Ao longo do tempo, porém, um preocupante comodismo
ou excesso de segurança têm ocorrido entre nossos agricultores.
De fato, os nematóides não figuram entre as preocupações durante o planejamento e a
implantação da cultura. Como consequência, perdas perfeitamente evitáveis, provocadas
principalmente por Pratylenchus zeae, têm sido relatadas. Esta espécie de nematoide
das lesões tem sido responsável, no país, pelas perdas mais intensas e frequentes na
cultura do milho. Causa morte de raízes e redução do tamanho das plantas em reboleiras
de tamanho variável.

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Os primeiros relatos desses sintomas no Brasil datam de 1963 e têm se repetido
esporadicamente desde então. Com as precauções devidas, tais eventos seriam
perfeitamente evitáveis, pois P. zeae é capaz de infectar e colonizar somente poáceas.
Portanto, seu manejo pode ser executado com sucesso, desde que se tenha, como
principal ferramenta, a rotação ou sucessão com feijoeiro, soja, amendoim, girassol etc.,
a partir do momento que a densidade populacional do plantio ultrapasse 200 indivíduos
por 200 cm3 de solo.
Outra espécie de nematóide das lesões, P. brachyurus, tem apresentado importância
crescente, provocando sintomas semelhantes, porém, seu manejo é muito mais difícil,
porque é capaz de se reproduzir e, mesmo, causar danos em várias espécies de plantas
não-poáceas, como algodoeiro, amendoim, feijoeiro e soja.
Experimentalmente, tem sido possível seu controle por meio da aplicação de
nematicidas químicos. Uma terceira espécie, Meloidogyne incognita, tem sido relatada
como causa de perdas, porém, com frequência muito pequena.

Milho no manejo de nematóides


Por ser resistente a algumas das principais espécies de fitonematóides que ocorrem no
Brasil, o milho é extremamente valioso como cultura de rotação ou de sucessão, visando
ao controle de pelo menos quatro importantes espécies: Heterodera glycines,
Rotylenchulus reniformis, Meloidogyne hapla e Ditylenchus dipsaci.
No entanto, é suscetível a quatro outras espécies de grande importância: Pratylenchus
brachyurus, P. zeae, P. jaehni e M. incognita. Portanto, o milho terá papel positivo ou
negativo no manejo dos nematóides mais relevantes no Brasil, dependendo da espécie
de nematóide envolvida no quadro.

Rotação ou sucessão com soja


Os nematóides que causam mais perdas à soja, no Brasil, são H. glycines, P.
brachyurus, M. javanica, M. incognita e R. reniformis. Do ponto de vista meramente
nematológico, o milho pode ser utilizado sem restrições para o controle do nematoide
de cisto da soja (H. glycines), pois todas as cultivares e híbridos são resistentes,
causando sua redução populacional.
A mesma recomendação é válida para o nematóide reniforme (R. reniformis), cuja
importância ainda é pequena, mas crescente para a soja. A base do controle de H.

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glycines e R. reniformis tem sido, em soja, o uso de cultivares resistentes. No entanto, a
rotação ou a sucessão com milho são, também, medidas de grande valor como
alternativas ou complementos às cultivares resistentes. No primeiro caso, quando as
cultivares resistentes disponíveis não são adequadas ao local; no segundo, quando se
deseja um efeito aditivo.
Antes da detecção do nematóide de cisto no Brasil, em 1992, a espécie que causava
mais preocupação entre os sojicultores era M. javanica, o nematóide das galhas mais
comum em soja. Atualmente, a importância de M. javanica é consideravelmente menor
que há 20 anos, em grande parte, devido ao estabelecimento do nematóide de cisto e do
nematóide das lesões como espécies mais daninhas à soja no país.
Além disso, o controle do nematóide foi muito aperfeiçoado, com o desenvolvimento e
a disponibilização comercial de muitas cultivares de soja resistentes ou moderadamente
resistentes. Por fim, uma ação involuntária do agricultor teve, provavelmente, grande
contribuição para o controle de M. javanica: o uso do milho como “safrinha”, após a
soja.
O papel do milho está relacionado ao fato de que entre 20% e 30% dos híbridos
atualmente comercializados no Brasil são resistentes a M. javanica. Os demais híbridos
são, em maioria, moderadamente resistentes; poucos são suscetíveis. Neste artigo, são
chamadas de plantas resistentes aquelas com fator de reprodução (fr = relação entre a
população final e a população inicial) menor que um, ou seja, que causam a redução
populacional do nematóide.
Plantas moderadamente resistentes têm fr entre um e cinco, e plantas suscetíveis
apresentam fr maior que cinco. Porém, é necessário se assegurar da identidade da
espécie de Meloidogyne.
Com menor frequência, outra espécie de nematóide das galhas ocorre em soja: M.
incognita. No Brasil, não existem híbridos de milho resistentes nem moderadamente
resistentes a M. incognita. Portanto, se a espécie de Meloidogyne presente for M.
incognita, o milho causará grande aumento da sua densidade e, como consequência, das
perdas em soja.
Não há híbridos de milho resistentes a P. brachyurus, porém, existem alguns com
moderada resistência (fr entre um e cinco). Vários agricultores fazem a sucessão soja–
milho em locais infestados com P. brachyurus, mas devem estar cientes do risco de
perdas em soja, que somente deve ser aceito se a perspectiva de renda proporcionada
pelo milho for realmente muito positiva.

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Também, é preciso levar em conta a densidade de P. brachyurus (o risco é maior a
partir de valores superiores a 200 espécimes por 200 cm3 de solo) e o grau de
resistência do milho ao nematóide (suscetível ou moderadamente resistente).

Sucessão com feijoeiro


Os nematóides que ocorrem na cultura do feijão são os mesmos da soja. Portanto, as
recomendações ao uso do milho como cultura de sucessão são as mesmas listadas para a
soja, porém, há diferenças na importância das espécies de nematóides. Em feijoeiro, as
espécies que causam as maiores perdas são M. javanica e M. incognita.

Rotação ou sucessão com algodoeiro


No Brasil, os nematóides que causam mais perdas ao algodoeiro são M. incognita e R.
reniformis. Tendo em vista que o milho é suscetível à primeira espécie e resistente à
segunda, não deve ser utilizado em rotação ou sucessão com algodoeiro em locais
infestados por M. incógnita, porém, é altamente recomendável no controle de R.
reniformis.
Nos casos de infestações mistas, a decisão pelo uso do milho deve ser tomada com base
na densidade de M. incognita, pois é a espécie com maior potencial de causar perdas ao
algodoeiro. Se a densidade de M. incognita for maior que 100 espécimes por 200 cm³ de
solo, esta regra é sagrada: não utilizar milho em hipótese alguma. Perdas na faixa de
30% a 50% podem ser esperadas se tal regra não for respeitada.
Outra espécie que merece destaque é P. brachyurus, muito comum nos algodoais do
país. Felizmente, são raros os casos em que causa perdas em algodão.

Sucessão com batata


Os principais nematóides da batata no Brasil são, em ordem decrescente de importância,
M. javanica, M. incognita e P. brachyurus. Vale, por conseguinte, a regra de, em áreas
infestadas por M. javanica, utilizar híbridos ou cultivares resistentes, em áreas
infestadas por M. incognita ou P. brachyurus, não utilizar milho em qualquer hipótese.
Outro quadro é a infestação mista pelas duas ou três espécies de nematóides, situação na
qual, por segurança, não se deve utilizar milho.

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Sucessão com alface, beterraba e cenoura
Os nematóides mais daninhos à alface, à beterraba e à cenoura, no Brasil, são M.
javanica e M. incognita. O uso do milho constitui grande risco de perdas para as três
olerícolas em locais infestados por M. incognita e de risco moderado em locais
infestados por M. javanica.
Ambas as espécies causam perdas de igual monta para as três olerícolas, porém, a
sucessão com milho é menos perigosa em locais com M. javanica, pois os híbridos de
milho são, em sua grande maioria, resistentes (cerca de 20% a 30% deles) ou
moderadamente resistentes.
Porém, se o híbrido de milho foi suscetível, elevadas perdas podem ser causadas por M.
javanica nessas culturas. Em algumas regiões, como em Mogi das Cruzes, a
identificação tem valor ainda mais significativo. Nesta importante área produtora de
olerícolas, além de M. javanica e M. incognita, outra espécie muito comum é M. hapla.
Todos os híbridos de milho são resistentes a esta espécie; portanto, o papel dessa
gramínea é completamente diverso do cenário com M. incognita ou M. javanica. É
altamente recomendado o plantio em sucessão com alface, beterraba e cenoura para o
controle de M. hapla.

Sucessão com alho e cebola


O nematóide mais importante para o alho e a cebola é Ditylenchus dipsaci (nematóide
dos caules e bulbos) em todas as principais regiões produtoras do Brasil (planalto
catarinense, vale do alto Paranaíba, entre outras). O milho é suscetível a algumas
espécies de D. dipsaci, mas é resistente àquelas que atualmente ocorrem no Brasil.
Portanto, pelo menos por ora, o milho é uma cultura válida para sucessão com alho e
cebola em locais infestados por D. dipsaci, porém, os nematóides M. javanica e M.
incognita também causam perdas à cebola.

Cultura intercalar em cafezais


Em cafezais, as culturas intercalares trazem vários benefícios, destacando-se a proteção
do solo contra erosão, a dessecação e o aumento da disponibilidade de nutrientes. Caso
a cultura intercalar tenha valor econômico, acrescenta-se à lista de vantagens a renda
propiciada ao agricultor.

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No entanto, para a finalidade desta publicação, interessa saber o efeito do milho sobre
os nematóides que ocorrem em cafezais. Dentre os nematóides daninhos aos cafeeiros, o
milho é resistente a Meloidogyne exigua, M. paranaensis e M. coffeicola. Porém, é
suscetível a M. incognita, Pratylenchus jaehni e P. brachyurus.

Referências
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