Você está na página 1de 17

UNIVAG - CENTRO UNIVERSITÁRIO

GPA – GRUPO DE PRODUÇÃO ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E


BIOLÓGICAS
CURSO DE AGRONOMIA
DISCIPLINA FRUTICULTURA

PRODUÇÃO DE BANANA

Docente: LUCIANO GOMES FERREIRA

Acadêmico: DOUGLAS ONGHERO RIBEIRO


EDUARDO DOS SANTOS SILVEIRA
ELOIZA CRISTINA CASTELAN

VÁRZEA GRANDE
2008
UNIVAG - CENTRO UNIVERSITÁRIO
GPA – GRUPO DE PRODUÇÃO ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E
BIOLÓGICAS
CURSO DE AGRONOMIA
DISCIPLINA FRUTICULTURA

PRODUÇÃO DE BANANA

Docente: LUCIANO GOMES FERREIRA

Acadêmico: DOUGLAS ONGHERO RIBEIRO


EDUARDO DOS SANTOS SILVEIRA
ELOIZA CRISTINA CASTELAN

Trabalho apresentado para avaliação da


disciplina de Fruticultura do curso de
Agronomia ministrado pelo Docente
Luciano Gomes Ferreira.

VÁRZEA GRANDE
2008
Sumario

Introdução......................................................................................................................4
Principais problemas.....................................................................................................6
Agrotóxicos....................................................................................................................9
Estatísticas....................................................................................................................9
Mercado Nacional de Banana.....................................................................................11
Mercado internacional.................................................................................................13
Anexos.........................................................................................................................16
Bibliografia...................................................................................................................17
Introdução
A bananeira (Musa spp.) pertence à família botânica Musaceae, originária do
Extremo Oriente, é uma planta tipicamente tropical, exige calor constante,
precipitações bem distribuídas e elevada umidade para o seu bom desenvolvimento
e produção.
Fruta mais consumida no Mundo e no Brasil, sendo um alimento energético, rico em
carboidratos, sais minerais, como sódio, magnésio, fósforo e, especialmente,
potássio.
Cultivada em uma centena de países onde é fonte de alimento e renda para
milhões de pessoas, no Brasil, o 2º maior produtor mundial, o setor produtor gera
mais de 500.000 empregos diretos. Segundo dados do IBGE, economicamente, a
banana destaca-se como a segunda fruta mais importante em área colhida,
quantidade produzida, valor da produção e consumo. É cultivada por grandes,
médios e pequenos produtores, sendo 60% da produção proveniente da agricultura
familiar. Apresentou uma área colhida de 510.313 ha, com uma produção de
6.177.293 toneladas de frutos, o que correspondeu a um volume de negócios
superior a um bilhão e oitocentos milhões de reais.
Em Cáceres, Mato Grosso, no ano de 2008, o engenheiro agrônomo e
pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Luadir
Gasparotto afirmou durante o lançamento da variedade de banana BRS Conquista,
no Centro Regional de Pesquisa e Difusão de Tecnologia da Empresa Mato-
grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), que a produção
brasileira de banana, algo em torno de seis milhões de toneladas, não atende
sequer a demanda interna, num país de 180 milhões de brasileiros. “Embora a
banana represente uma perspectiva positiva para os mercados interno e externo
seria necessário primeiro aumentar a sua produção”.
Desta forma, um Sistema de Produção, que possa contribuir,
significativamente, como instrumento para a melhoria da produtividade e da
qualidade da fruta produzida, trazendo todas as informações técnicas necessárias
ao cultivo da banana nas fases de estabelecimento do plantio, tratos culturais,
controle de pragas e doenças, manejo na colheita e pós-colheita, além de
informações sobre o processamento da fruta que não atinge os padrões comerciais
como fruta fresca, que procure disponibilizar avanços tecnológicos, que facilite a
inserção da produção no mercado internacional de frutas frescas, uma vez que há
uma expectativa positiva neste sentido, e tem como conseqüência, a melhoria da
renda e da qualidade de vida do produtor rural, faz toda a diferença.
Principais problemas
Entre as doenças bacterianas, viroses e nematóides, as doenças fúngicas são
os principais problemas da cultura. Destacando a Sigatoka-amarela, Sigatoka-negra
e o mal-do-Panamá como as mais importantes.
Sigatoka-amarela
Uma das mais importantes doenças da bananeira, sendo também conhecida
como cercosporiose ou mal-de-Sigatoka, é causada por Mycosphaerella musicola,
Leach (forma perfeita ou sexuada)/Pseudocercospora musae (Zimm) Deighton
(forma imperfeita ou assexuada). A infecção ocorre nas folhas mais novas da vela
até a três. Os sintomas iniciais da doença aparecem como uma leve descoloração
em forma de ponto entre as nervuras secundárias da segunda à quarta folha, a partir
da vela. A contagem das folhas é feita de cima para baixo, onde a folha da vela é a
zero e as subseqüentes recebem os números 1, 2, 3, 4, e assim por diante. Essa
descoloração aumenta, formando uma estria de tonalidade amarela. Com o tempo
as pequenas estrias amarelas passam para marrom e posteriormente para manchas
pretas, necróticas, circundadas por um halo amarelo, adquirindo a forma elíptica-
alongada, apresentando de 12-15 mm de comprimento por 2-5 mm de largura,
dispondo-se paralelamente às nervuras secundárias da folha. Em alta freqüência de
lesões, dá-se a junção das mesmas e a conseqüente necrose do tecido foliar
Os prejuízos causados pela Sigatoka–amarela são da ordem de 50% da
produção, mas em microclimas muito favoráveis, esses prejuízos podem atingir os
100%, uma vez que os frutos quando produzidos sem nenhum controle da doença,
não apresentam valor comercial. Os prejuízos são resultantes da morte precoce das
folhas e do conseqüente enfraquecimento da planta, com reflexos imediatos na
produção. Entre os distúrbios observados em plantações afetadas podem ser
listados: diminuição do número de pencas por cacho; redução do tamanho dos
frutos; maturação precoce dos frutos no campo e/ou durante o transporte, podendo
provocar a perda total da carga; enfraquecimento do rizoma e por conseqüência
perfilhamento lento.
Sigatoka negra
Foi constatada no Brasil em fevereiro de 1998, no Estado do Amazonas
estando presente no Acre, Rondônia, Pará, Roraima, Amapá e Mato Grosso. O
desenvolvimento de lesões de Sigatoka e a sua disseminação são fortemente
influenciados por fatores ambientais como umidade, temperatura e vento.
O fungo causador da Sigatoka-negra é um ascomiceto conhecido como
Mycosphaerella fijiensis Morelet (fase sexuada)/Paracercospora fijiensis (Morelet)
Deighton (fase anamórfica).
Os sintomas causados pela evolução das lesões produzidas pela Sigatoka-
negra se assemelham aos decorrentes do ataque da Sigatoka-amarela, também
ocorrendo à infecção nas folhas mais novas. Já os primeiros sintomas aparecem na
face inferior da folha como estrias de cor marrom, evoluindo para estrias negras. Os
reflexos da doença são sentidos pela rápida destruição da área foliar, reduzindo-se a
capacidade fotossintética da planta e, conseqüentemente, a sua capacidade
produtiva.
A Sigatoka-negra é a mais grave e temida doença da bananeira no mundo,
implicando em aumento significativo de perdas, que podem chegar a 100% da
produção, onde o controle não é realizado. Devido à sua agressividade, nas regiões
onde a Sigatoka-negra é introduzida, a amarela desaparece em cerca de três anos.
Ataca severamente as variedades tipo Prata e Cavendish.
A resistência a sigatoka é influenciada pelo genótipo e pelo ambiente.
Cultivares resistentes em uma determinada região podem, dependendo do clima e
manejo, tornarem-se mais suscetíveis em outro local. A reação de algumas
cultivares a Sigatoka amarela e negra é apresentada na Tabela 1.
Tabela 1. Suscetibilidade as Sigatokas amarela e negra de algumas cultivares de bananeira.

BS- Baixa suscetibilidade; MS- Medianamente suscetível; S- Suscetível; AS- Altamente suscetível.
Devido as duas doenças serem de difícil controle, o manejo integrado é uma
alternativa importante, devendo-se utilizar todas as estratégias disponíveis. Algumas
práticas culturais merecem destaque: a drenagem do solo e o combate às plantas
daninhas; a eliminação de folhas atacadas ou parte delas; deve-se atentar, também,
em relação à densidade populacional das plantas na área de cultivo e adubação
balanceada. No controle químico, recomenda-se o uso de fungicidas de contato à
base de mancozeb, em dosagens que variam de 0,75 a 1,5 Kg de ingrediente ativo
por hectare, em mistura com 10 – 15 L de óleo mineral; o clorotalonil, em doses que
variam de 875 a 1.625g de ingrediente ativo por hectare. O benzimidazol mais
conhecido e bastante utilizado é o benomil e deve ser usado na dosagem de 140
g/ha. Variedades resistentes a uma ou as duas Sigatokas estão disponíveis no
mercado: ‘Mysore’ e ‘Figo’ são resistentes as duas doenças. Genótipos resistentes a
Sigatoka negra são a Caipira, PV03-44, FHIA-01, FHIA-18 e a Nanicão IAC 2001.
O controle da Sigatoka por meio de resistência genética deve ganhar
importância, pois a iminente chegada da forma mais virulenta dessa doença , a
Sigatoka negra, deverá aumentar o interesse por cultivares resistentes. Além disso,
o mercado busca, cada vez mais, frutos produzidos com menor aplicação de
defensivos químicos.
Mal do Panamá
Uma doença endêmica por todas as regiões produtoras de banana do mundo.
No Brasil, o problema é ainda mais grave em função das variedades cultivadas, que
na maioria dos casos são suscetíveis.
Causado por Fusarium oxysporum f. sp. cubense (E.F. Smith) Sn e Hansen.
As principais formas de disseminação da doença são o contato dos sistemas
radiculares de plantas sadias com esporos liberados por plantas doentes e, em
muitas áreas, o uso de material de plantio contaminado. O fungo também é
disseminado por água de irrigação, de drenagem, de inundação, assim como pelo
homem, por animais e equipamentos.
Plantas infectadas exibem um amarelecimento progressivo das folhas mais velhas
para as mais novas, começando pelos bordos do limbo foliar e evoluindo no sentido
da nervura principal. Posteriormente, as folhas murcham, secam e se quebram junto
ao pseudocaule dando-as a aparência de um guarda-chuva fechado. É comum
constatar-se que as folhas centrais das bananeiras permanecem eretas mesmo
após a morte das mais velhas. É possível notar, próximo ao solo, rachaduras do
feixe de bainhas, cuja extensão varia com a área afetada no rizoma.
Internamente, observa-se uma descoloração pardo-avermelhada na parte
mais externa do pseudocaule provocada pela presença do patógeno nos vasos.
O Mal-do-Panamá, quando ocorre em variedades altamente suscetíveis como a
banana ‘Maçã’, provoca perdas de 100% na produção. Já nas variedades tipo Prata,
que apresentam um grau de suscetibilidade bem menor do que a ‘Maçã’, a
incidência do mal-do-Panamá, geralmente, situa-se num patamar dos 20% de
perdas. Por outro lado, o nível de perdas é também influenciado por características
de solo, que em alguns casos comporta-se como supressivo ao patógeno.

Agrotóxicos
Agrotóxicos são os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou
biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e
beneficiamento dos produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas,
nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos,
hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna,
a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos (Lei
Federal 7.802 de 11.07.89).
Os agrotóxicos são importantes para a bananicultura, todavia, exigem
precaução no seu uso, visando à proteção dos operários que os manipulam e
aplicam, dos consumidores de banana, dos animais de criação, de abelhas, peixes,
de organismos predadores e parasitas, enfim, do meio ambiente.
Lista de agrotóxicos em anexo, assim como custo de produção.

Estatísticas
 A produção nacional de banana 2007 aumentou 2% em relação a 2006, de
6,88 milhões de toneladas para 7,02 milhões de toneladas, segundo o Grupo de
Coordenação das Estatísticas Agropecuárias, divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Pelo relatório, a área plantada cresceu 2,3%, e o
rendimento médio dos bananais, 0,2%.
Entre os Estados com maior expressão na produção da fruta a estimativa
indica que Bahia e Pernambuco tiveram as maiores reduções em área cultivada,
com 1,5% e 1,4%, respectivamente. Já o Amazonas ampliou a área plantada em
97,2%, comparado a 2006. Em conseqüência, o técnico Admir Tadeu de Souza, do
Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola, ligado à Empresa de Pesquisa
Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), diz que a produção
amazonense deve crescer 129% em relação a 2006. São Paulo, com -3,5%, e
Bahia, com -2,5%, devem ter as maiores quedas na produção.
Os destaques em produtividade em 2007 foram: Amazonas, com 21,6%
acima de 2006; Santa Catarina, com 9,4% e Paraíba, com 5,5%. Os bananais de
São Paulo, Rio Grande do Norte e Pernambuco deverão apresentar queda no
rendimento de 3,6%, 3,2% e 2,8%, respectivamente.
Em participação na produção nacional em 2007, os destaques foram: Bahia,
com 16,1%; São Paulo, com 15,5%; Santa Catarina, com 9,4% e Pará, com 8%. A
Bahia tem a maior área plantada com banana (82.211 hectares) e o Rio Grande do
Norte, a maior produtividade: 29.809 quilos por hectare.
A produção mundial de banana em 2003 foi de, aproximadamente, 68,2
milhões de toneladas, com a seguinte distribuição percentual entre os principais
países produtores (tabela 2) e relacionados os principais estados produtores de
banana no Brasil (tabela 3).

Tabela 2. Área, produção e produtividade de bananas por continentes e países de maior produção.

Fonte: FAO (2004). www.fao.org


Tabela 3. Principais estados produtores de banana no Brasil.

Mercado Nacional de Banana


As principais regiões produtoras de banana no Brasil são o Vale do Açu RN,
Petrolina PE, Norte de Minas Gerais, Vale do Ribeira SP e Norte de Santa Catarina
onde 99% da produção é praticamente consumida aqui mesmo no Brasil as vezes
tendo que importa de outros países como o Equador para atender o mercado

interno, participando apenas com 1% da produção para exportação. Mas existem no


Nordeste, São Paulo e Santa Catarina, alguns nichos de produção específica para
exportação, atendendo às exigências da Europa (Gráfico 1).

Gráfico 1. Área plantada nas principais regiões produtoras.

O valor da produção da banicultura nacional, em 2002, em torno de R$2


bilhões, revela a importância da cultura frente à fruticultura nacional. Embora
grandiosa em produção, a bananicultura brasileira ainda apresenta uma série de
problemas na fase de comercialização, em especial, destacam-se os seguintes:
 Falta de transparência na formação de preços: Os preços das frutas no Brasil são
levantados ou informados com pouco critério e incipiente indicativo de qualidade e,
basicamente, refletem a situação do atacado, representado pelas centrais de
abastecimento. Assim levantados, as referências de preços de frutas no Brasil
tornam-se, do ponto de vista do produtor, pouco confiáveis e, portanto, de pouca
utilidade no planejamento da produção. Ademais, por se tratar de produto altamente
perecível, os preços refletem apenas a situação de curtíssimo prazo, o que torna o
problema ainda mais grave.
 Critério de classificação pouco utilizado: A não-utilização de critérios de
classificação causa prejuízos aos produtores, tornado-os dependentes dos
compradores imediatos (atravessadores), que geralmente escolhem as melhores
frutas e não pagam mais por essa diferença. Quando a comercialização é realizada
a longas distâncias, a situação é ainda pior, porque o produtor, não possuindo um
critério objetivo de classificação nacionalmente aceito, tem pouco poder de
negociação. Os consumidores também podem ser prejudicados, na medida em que
pagam o mesmo preço por frutas de diferentes padrões de qualidade.
 Embalagem imprópria ou mesmo inexistente em algumas regiões: A falta de
embalagens ou a sua inadequação ainda constitui um dos principais problemas da
bananicultura brasileira, responsável, em grande parte, pelas elevadas perdas pós-
colheita. Embalagens inadequadas, como a caixa de madeira, causam sérios
problemas de contaminação dos frutos, além de serem pouco econômicas.
 Falta de estrutura adequada de armazenamento: O uso de caminhões com
sistema de refrigeração no transporte de banana ainda é muito pequeno, assim
como o uso de refrigeração nos supermercados, segmento mais exigente em
qualidade de fruto. O custo da refrigeração e o baixo nível de renda per capita do
brasileiro justificam, em grande parte, a pouca utilização de sistemas de refrigeração
na comercialização de frutas no mercado interno.
 Elevadas perdas pós-colheita: A perdas pós-colheita podem chegar a 40% da
produção, e são causadas, na maior parte, pelo manuseio excessivo, pela
inadequação no transporte e pelo uso de embalagens não adequadas.
Distribuição
Os principais agentes de distribuição no mercado interno são as Ceasas, as
feiras livres, os supermercados, os intermediários e os varejões. A importância
relativa de cada um pode variar de acordo com o grau de organização dos
produtores, a região produtora e o centro de consumo.
Sazonalidade de oferta
A Tabela 4 traz a sazonalidade da oferta nos principais pólos produtores de
banana no Brasil. Como pode ser observado, a banana é produzida durante todo o
ano, mas é concentrada em determinados meses, dependendo da variedade e da
região produtora. Na Região de Petrolina, em Pernambuco, a produção pode ser
considerada relativamente estável, em função do uso da irrigação e das condições
climáticas. No período de maior oferta, os preços geralmente são menores e a
qualidade melhor. No período de entressafra os preços tendem a subir. Quando a
oferta é regular, os preços geralmente são mais estáveis.

Tabela 4. Sazonalidade da oferta de banana nas principais regiões produtoras do Brasil.

Mercado internacional
O Brasil, embora ocupe um dos primeiros lugares na produção mundial,
exporta menos de 5% de sua produção. O Equador, que em 2003 ocupou a quarta
posição na produção, vem assumindo o posto de maior exportador mundial. O
mercado internacional de banana, além de ser dominado por um pequeno número
de grandes empresas internacionais, é guiado por variedade (consideram-se apenas
as variedades do subgrupo Cavendish), licença prévia, barreiras tarifárias e, no caso
europeu, também por cotas de exportação. Trata-se, portanto, de um mercado de
difícil acesso.
No ano de 2003, o agronegócio da banana no Brasil exportou mais de US$
30 milhões. As exportações brasileiras de bananas frescas e secas estão
concentradas em poucos Estados, e também estão igualmente concentradas quanto
aos países de destino e às empresas exportadoras (Tabelas 5 e 6).

Tabela 5. Exportação brasileira de bananas frescas ou secas, por Estado, em 2003.

Fonte: Dados básicos MDIC, 2004.

Tabela 6. Exportação brasileira de bananas frescas ou secas, por país de destino, em 2003.

Fonte: Dados básicos MDIC, 2004.

Apesar de a banana ter mantido a liderança no ranking das frutas mais


exportadas pelo Brasil em 2004, a fruta amargou quedas de 15% no volume
embarcado e de 10% na receita obtida, frente a 2003, segundo informações da
Secex. Essa queda é reflexo da diminuição das compras dos argentinos, que vêm
importando menos banana do Brasil desde 2003. De acordo com a Secex, entre
2003 e 2004, as vendas para o Mercosul, principalmente para a Argentina, caíram
34% e, caso essa tendência continue, a liderança da banana pode estar
comprometida.

A diminuição das vendas para o país vizinho indica que o norte de Santa
Catarina, maior pólo nacional exportador da fruta, vem perdendo mercado para
países como o Equador, que produz bananas de qualidade superior à catarinense.
Com a demanda internacional, na União Européia ou no Mercosul, voltada para
frutas superiores, a saída é investir em qualidade e apostar em uma logística
eficiente de distribuição, permitindo a oferta de um produto competitivo frente ao
padrão equatoriano. No último ano, a balança comercial da bananicultura brasileira
só não foi pior, devido ao aumento nas exportações do Rio Grande do Norte para a
União Européia. A maior demanda dos países europeus estimulou novos plantios na
região, resultando no crescimento de 42% nas vendas para o bloco entre 2002 e
2004. O interessante é que, apesar de o Mercosul ainda ser o maior importador da
fruta, em volume, a receita obtida com as vendas à União Européia - US$ 15
milhões - superou os ganhos provenientes das exportações ao bloco sul-americano -
US$ 12 milhões (Secex) (Gráficos 2 e 3).
Gráfico 2. Exportação brasileira de banana.

Gráfico 3. Quantidade de banana brasileira produzida e exportada.


Anexos
Bibliografia

Disponível em <http://www.mt.gov.br/wps/portal/!ut/p/kcxml/04_>. Acesso em:


30/08/2008.

Disponível em <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia40/AG01/Abertura
.html>. Acessado em 12/09/2008.

CORDEIRO, Zilton José Maciel. Sistema de produção de banana para o Estado do


Pará. Embrapa. Janeiro de 2003. Disponível em
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/
FontesHTML/Banana/BananaPara/importancia.htm>. Acesso em 30/08/2008.

VICENTINI, Cinthia Antoniali. A saída para recuperar o volume exportado é investir


em qualidade. Disponível em
<http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?
conteudo=10627>. Acesso em 06/09/2008.

LIMA, Marcelo Bezerra; VILARINHOS, Alberto Duarte. Estatística de Produção.


Embrapa. Disponível em
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia40/AG01/arvore/AG01_29_
41020068055.html>. Acesso em 06/09/2008.

ALMEIDA, Clovis Oliveira. Comercialização. Embrapa. <http://www.agencia.cnptia.


embrapa.br/recursos/Livro_Banana_Cap_14ID-QWEjUgsAUH.pdf>. Acesso em
06/09/2008.

SANTANA, Marcelo do Amaral; ALMEIDA, Clovis Oliveira; SOUSA José da Silva.


Custo e Rentabilidade. Embrapa. Disponível em
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/recursos/
Livro_Banana_Cap_15ID-V59LHiAgs1.pdf>. Acesso em 06/09/2008.

Você também pode gostar