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Índice
desenhos
Plano geral e vistas ilustrativas 2209 – 01
Tipologias de rega, plantação de árvores,
colocação de terra vegetal e Revestimentos 2209 – 02
Plantação de arbustos e herbáceas 2209 – 03
Pormenores de Plantação e pormenores e equipamentos de rega 2209– 04
memória descritiva
introdução
A presente memória descritiva corresponde ao Projecto de Integração Paisagística do Continente / Bom Dia
de Ramalde, situado no concelho do Porto, na fase de Projecto de Execução.
princípios conceptuais
O espaço situa-se numa região temperada com influência atlântica pelo que as espécies a aplicar terão que
apresentar resistência ao deficit hídrico durante a época estival que se apresenta seca durante os meses de
Julho e Agosto e também resistência aos ventos que sendo permanentes ao longo de quase todo o ano são
mais fortes durante os meses de Verão (Nortada). A questão do deficit hídrico é acentuada pelo facto de os
canteiros serem de reduzidas dimensões e se encontrarem inseridos entre elementos impermeáveis e
sujeitos a grandes sobreaquecimentos.
Mesmo pequenas, as faixas ajardinadas neste tipo de empreendimento funcionam como elementos
organizadores da circulação de peões e veículos, asseguram concordâncias entre cotas e oferecem,
sempre que possível, a sensação de grande arborização ajudando a definir um desenho urbano em áreas
de difícil estruturação.
As zonas verdes envolventes ao edifício e estacionamento são exíguas como referido, pelo que na
concepção geral do projecto de Integração Paisagística se deu grande importância aos elementos arbóreos
pois, considera-se que são os únicos elementos naturais capazes de assegurar a relação entre o Homem e
elementos construídos de tão grande escala.
No caso especial desta Loja deu-se especial ênfase à utilização de espécies de folha persistente e
marcescente pelas seguintes razões:
- excessiva presença do vento. A Via de Cintura Interna (VCI) é um desfiladeiro urbano que
canaliza o ar entre o edificado e a topografia natural permitindo o aumento da velocidade da circulação do
ar. Nesse sentido a presença de árvores com mais folhagem e ramagem são necessárias como elementos
dissipadores de energia melhorando as condições de conforto ao nível dos peões.
- havendo um piso -1 tem-se grelhas de ventilação, rampas, escadas e portas que são
naturalmente pontos de acumulação de lixo. Se associarmos o factor vento torna-se difícil manter em
condições de higiene o piso -1. Nesse sentido todas as plantas que são aplicadas são “limpas” ou seja,
apresentam pouca queda de folhagem ou de florações evitando problemas excessivos com acções de
manutenção.
- sendo os espaços de tão reduzidas dimensões e havendo tantos elementos intrusivos e
desagradáveis na envolvente imediata (PT, Via de Cintura Interna: Ruído e Visibilidade, Prédios numa
escala excessiva que criam efeito de esmagamento associados à presença de rampas que dão sensação
de insegurança), torna-se necessária a implantação de estruturas verdes permanentes que se oponham
pela positiva, criando harmonia, estabilidade, tranquilidade. Estes aspectos são implementados por:
- verde permanente ao longo do ano – calma, serenidade;
- modelação do terreno plana ou declives suaves – tranquilidade, quietude;
- espécies cujos volumes alternam sem serem abruptos – harmonia; tranquilidade;
Na proposta que se apresenta mais do que dar-se atenção aos efeitos a criar com as formas das copas ou
ás tonalidades das folhas, pretendeu-se criar um maciço de verde que se contraponha ao construído e ao
vazio da VCI, pelo que a composição se estrutura essencialmente em espécies perenifólias.
A marcar o cruzamento e a rua e como árvore referencial ir-se-á plantar um Pinheiro manso (Pinus pinea),
por ser uma árvore que apresenta uma copa larga e alta, elevada resistência ao vento e a solos pobres e
esqueléticos respondendo positivamente a todas as condicionantes existentes no local. Por outro lado, é
uma espécie que apresenta belos tons de folhagem de verde-escuro, constituindo-se como um elemento
natural muito atractivo durante vários meses do ano.Também é uma árvore culturalmente muito apreciada
pela população do Porto. Esta árvore oferece amplas sombras sobre os arruamentos contribuindo para o
conforto bioclimático do espaço. Do ponto de vista do enquadramento visual sendo uma espécie de grande
porte e de médio crescimento garante a mitigação dos impactos visuais provocados pelo edifício. Alguns
cuidados terão que se ter no que diz respeito à limpeza e poda dos ramos mais baixos para garantir a
passagem de veículos e peões.
Nas restantes áreas dos canteiros a solução preconizada passou pela utilização dos Ligustros (Ligustrum
japonicum) e Carvalho alvarinho Fastigiado (Quercus robur “Fastigiata”), o que se prende com o facto de
ser um canteiro de reduzidas dimensões e fazer a ligação directa entre a Loja e o arruamento. Com o
conjunto destas árvores garante-se a implantação de um volume de verde representativo que permanece
ao longo do ano dado serem perenifólias ou marcescentes.
Estas árvores apresentam também grande afinidade com a população e não sendo de copas largas
conseguem enquadrar-se sem dificuldade no espaço que lhes é disponibilizado. As folhas sendo de formas
e dimensões distintas criam texturas de grande interesse.
Um Teixo Fastigiado (Taxus baccata “Fastigiata”) será colocado na entrada da garagem como elemento de
marcação e de pontuação formando uma coluna.
Quanto aos critérios de ordem técnica para a selecção do material vegetal correspondem a elevadas-
médias taxas de crescimento, boa adaptação às condições de clima e solos, resistência ao deficit hídrico
presente num elevado número de meses e boas taxas de implantação de material vegetal registando-se,
regra geral, um pequeno índice de quebras nos primeiros anos de vida. Os elementos arbóreos são
estrategicamente colocados de modo a constituírem maciços de grande volumetria garantindo-se a
implementação da estrutura verde principal ao fim de cinco-dez anos.
No que diz respeito aos estratos arbustivos e herbáceos a composição assentou no princípio de que as
faixas a ajardinar deveriam ser marcadas pela presença de arbustos e herbáceas de forma a impedirem a
circulação caótica de pessoas e acumulação de lixos, mas assegurando a visibilidade, segurança de peões
e de condutores e elevado efeito estético.
Ao longo dos canteiros é definido um ritmo entre Juniperus horizontalis, Ophiopogon planiscapus
nigrescens e Carex hachijoensis “Evergold” que têm por cenário posterior o Juniperus cinzento azulado de
maior volumetria. Esta combinação de arbustos/herbáceas forma conjuntamente com as árvores leituras
claras de composição nos espaços verdes.
Também todos estes elementos são perenes e vivazes o que garante que os espaços se vão manter em
boas condições e a cumprir os objectivos pretendidos ao longo de todo o ano.
Seria importante de reforçar relativamente aos arbustos e herbáceas que todas as espécies apresentam
elevadas taxas de crescimento e, apesar de exóticas (não autóctones), se encontram perfeitamente
adaptadas às condições de clima e solo do local e são tradicionalmente utilizadas nos jardins da região.
Para que os espaços verdes propostos possam funcionar em correctas condições ter-se-á que implantar
um sistema de rega.
Esta rede é fundamental pois garante a perenidade do material vegetal em boas condições, diminui os
custos com a manutenção (ex.: menores necessidades de mão de obra, aferição correcta das quantidades
de água a fornecer por rega evitando desperdício).
No entanto, sendo a água um recurso natural escasso a sua utilização tem que ser feita com grande
racionalidade pelo que o sistema preconizado considera as situações especificas do local:
a) canteiros de reduzidas dimensões e apenas revestidos com árvores, arbustos e herbáceas de
grande resistência;
b) grande parte das superfícies apresentam-se ensombradas pelo edifício durante um elevado
número de horas recebendo sol durante as primeiras horas da manhã e as últimas horas da tarde não
sofrendo excessivamente com a exposição solar;
c) a localização geográfica em que se está a trabalhar corresponde a um dos locais do país onde
ocorre uma elevada pluviosidade anual pelo que as maiores deficiências serão sentidas essencialmente
durante o período de Verão.
Tendo em consideração os aspectos expostos optou-se por uma rega ao pé, ou seja por mangueira sendo
instaladas bocas de rega de acordo com o prescrito no regulamento do Município do Porto nº 180/2011.
A rega será implantada com sistema autónomo, circuito independente ficando o sistema ligado à rede de
Abastecimento de Água. As bocas de rega não se encontram afastadas mais de 50 metros e também se
atendeu aos desníveis e atravessamentos de modo a que as regas possam ser realizadas apenas por um
único homem.
Para além da rega do material vegetal as bocas de rega também permitem a lavagem de pavimentos,
aspecto este importante para uma zona comercial.
No levantamento da vegetação existente, regra geral, dá-se maior relevância ao coberto arbóreo por ser o
mais representativo e o que tem mais interesse devido aos portes e às funções que desempenha no espaço
e no contexto geral da paisagem.
No entanto, constatamos que no terreno em estudo não se verifica a presença de qualquer elemento
arbóreo que se destaque.
Apenas aparecem alguns elementos de pequeno porte (Populus sp.), sem qualquer representatividade,
implantados no terreno de forma pontual e aleatória e que resultam da germinação de sementes
provenientes dos Choupos que se encontram junto ao muro de separação da Escola Secundária.
O coberto vegetal existente no terreno é herbáceo, e de origem ruderal resultado de movimentos de terras e
ocupação recente do solo devida às construções que se encontram na envolvente.
Dado o espaço se encontrar abandonado há já algum tempo, apresenta-se em mau estado de conservação
e infestado. No entanto, recomenda-se a limpeza e desmatagem seguindo-se a decapagem e
armazenamento de terras vegetais para posterior utilização em espaços verdes na zona comercial e nas
áreas verdes a construir na envolvente.
caderno de encargos
1. OBJECTO DA EMPREITADA
Os materiais a empregar nos trabalhos que constituem objecto da empreitada deverão ser de boa
qualidade e apresentar as características designadas no projecto, salvo alterações devidamente aprovadas
pela fiscalização e obedecer às tolerâncias regulamentares, às normas oficiais em vigor e aos documentos
de homologação de laboratórios oficiais.
Sempre que o empreiteiro julgue que as características dos materiais fixados no projecto não
sejam os mais aconselháveis deverá apresentar por escrito uma proposta alternativa devidamente
fundamentada e orçamentada.
Areia
A areia a utilizar terá que ser limpa, rija, isenta de substâncias impróprias, peneirada quando
necessário e preferencialmente de natureza siliciosa ou quartzosa (natureza não calcária). A areia a utilizar
terá que ser proveniente de rio ou areeiro e ser lavada para poder ser misturada com terra vegetal tendo
90% da sua granulometria compreendida entre 0,5 e 1,5 mm.
Brita
A brita deve ser rija, bem lavada, não margosa nem geladiça, isenta de substâncias impróprias e
não conter elementos alongados ou achatados. Deve apresentar a granulometria prescrita pelos
regulamentos oficiais para a sua classe.
Gravilha
A gravilha deve ser granítica, rija, bem lavada, não margosa nem geladiça, isenta de substâncias
impróprias, constituída por material homogéneo. Deve apresentar a granulometria prescrita pelos
regulamentos oficiais para a sua classe.
Betões
Os betões deverão respeitar as condições estabelecidas em “REBAP” e “NP - ENV 206”, devendo
assim ser respeitadas todas as dosagens de cimento mínimas e os valores característicos de tensão de
rotura.
Rede de rega
- Acessórios de rega
Os acessórios serão de 1ª qualidade, em estado completamente novo, sem qualquer imperfeição
na continuidade e homogeneidade do material. Os acessórios também poderão ser em PVC rígido de
roscagem ou acoplagem.
Os tubos de polietileno de alta densidade serão fornecidos de acordo com as Normas DIN 8075 e
DIN 8074.
Os tubos terão as superfícies exteriores e interiores lisas e sem bolhas, fissuras, cavidades ou
outras irregularidades e de cor preta.
Os tubos deverão ter inscrito de forma bem visível:
- marca do fabricante;
- as letras PEAD (indicativas de polietileno de massa volúmica alta);
- o diâmetro exterior nominal;
- a classe de pressão.
A matéria-prima usada na fabricação dos tubos bem como os tubos prontos deverão atender ao
especificado nas normas DIN, ISO e/ou ASTM.
- Válvulas de corte
As válvulas de corte serão de esfera com os diâmetros de 1 ¼” e 1” e devem suportar pressões
superiores a 10Kg/cm2. Não podem apresentar qualquer imperfeição.
- Bocas de rega
As Bocas de Rega serão tipo "Rain Bird" modelo 3 RC em bronze com entrada a 3/4” e tampa
amarela.
- Tutores e Atilhos
A tutoragem das árvores será formada com varolas de pinho ou de eucalipto e terão que ser
direitas, secas, limpas de nós e sãs, com altura, grossura e resistência proporcionais às plantas a que se
destinam e tratadas por imersão em solução de sulfato de cobre a 5% durante pelo menos duas horas.
Os tutores deverão ter secção hexagonal e serem tipo “Carmo” com perímetro e altura indicados
em tabelas de desenhos de pormenor e será aplicada uma efusão tipo “Cin” para madeiras de cor a definir
em obra. Os tutores serão aplicados de acordo com os pormenores de construção e tabelas de árvores e
arbustos.
Poderão excepcionalmente ser aplicadas tutoragens simples em ângulo de 45º nos taludes de
grande inclinação.
Os atilhos são de borracha com resistência e elasticidade suficientes para a função pretendida
sem prejudicar as plantas. Os atilhos ou cintas de borracha para amarração da árvore ao tutor serão tipo
"Toltex “, de borracha com resistência e elasticidade suficientes para a função pretendida e de dimensão de
58 cm.
Será colocada uma borracha protectora entre o tutor e a planta para evitar ferimentos. As réguas
de madeira serão entalhadas e fixadas aos tutores verticais por cavilhas “cabeça de tremoço” e porcas e
anilhas em aço galvanizado.
Os arbustos de maior porte podem ser sujeitos a tutoragem sendo nesse caso aplicado um tutor
por arbusto.
- Fertilizantes e Correctivos
Preparação do Terreno (adubo de fundo e de libertação lenta)
Adubo químico Adubo composto ------------------------------------------------------------ NPK 10- 15- 15 (Eco-Ornamental)
Correctivo orgânico------------------------------------------------------------------------------------------ Ferthumus ou equivalente
Cobertura (adubo de libertação lenta e com elevado número de micronutrientes - manutenção)
Adubo químico ---------------------------------------------------------------------------------------------- 18:5:16 + Fe + Mn + MgO
- Terra Viva
A terra viva, sobre a qual se irá proceder às sementeiras e plantações e a utilizar nas covas de
árvores e arbustos, será proveniente da camada superficial de terreno de mata ou da camada arável de
terrenos agrícolas.
A camada a colocar sobre o terreno deverá possuir uma espessura mínima de 30cm. A terra será
isenta de materiais estranhos, pedras ou elementos provenientes da incorporação de lixos.
A mistura de terra a aplicar numa espessura de 30 cm será constituída por (ver peça desenhada):
100% de terra viva
A terra a fornecer deverá apresentar as seguintes características:
Classe de textura: terra franca com boa estrutura
Conteúdo máximo de pedra: > 2 mm, 30%
> 20 mm, 10%
> 25 mm, 0% para as áreas a semear com prado
> 50 mm, 0% para as restantes áreas.
Valor do PH: 5,5 – 7,5
Teores de nutrientes. índice de P mínimo 2
Índice de K mínimo 2
Índice de Mg mínimo 1
N % (m/m) mínimo 0,2
Mulch
Designa-se por Mulch a camada de matéria orgânica para cobertura do solo, constituída pelo
produto resultante da trituração do material lenhoso (casca e lenha de árvores e arbustos) com
granulometria entre 7 e 22 mm. O mulch deve ser empregue nos canteiros de arbustos e herbáceas de
acordo com o definido em peças desenhadas. O mulch deverá ser aplicado com o mínimo de 5 cm de
espessura.
(4) - características que a planta terá que apresentar. Tutoragem dupla corresponde à aplicação de
dois tutores unidos por duas réguas de madeira com atilhos protectores de borracha; Tutoragem simples
corresponde à aplicação de um tutor com atilho protector de borracha
N - planta a fornecer de raiz nua; T planta a fornecer em torrão; V - planta a fornecer em vaso.
(1) - altura da planta em cm medida desde o colo, o diâmetro é medido a ½ altura do arbusto em cm
(2) – plantas revestidas desde o colo e compaços de plantação
fornecimento - em vaso (V), raiz nua (N) ou raiz nua ou torrão (V/N)
Os arbustos deverão ser bem conformados e ramificados, com um mínimo de três lançamentos
basais robustos. Devem ter um sistema radicular com cabelame bem desenvolvido, que conduza a
transplantes com êxito. As plantas enxertadas devem estar razoavelmente direitas na zona de união.
Esta zona não pode constituir um ponto de fraqueza. O porta-enxerto não deve apresentar
crescimento de ramos ladrões.
As herbáceas devem apresentar um sistema radicular bem desenvolvido com raízes
profundamente bem desenvolvidas e fasciculadas.
Todos os materiais necessários à Obra, salvo disposição em contrário das Condições Técnicas
Especiais (CTE) ou decisão nesse sentido, devidamente fundamentada pelo Dono da Obra, serão
directamente adquiridos pelo empreiteiro, sob sua responsabilidade e encargo, ficando sujeitos à aprovação
do Dono da Obra/Fiscalização. Quanto ás condições de recepção dos materiais compete à fiscalização.
O empreiteiro fará prova de que todos os materiais possuem as características exigidas pelos
regulamentos e normas oficiais portuguesas em vigor à data da execução, mesmo que não expressamente
citados e justificará que a composição, o fabrico e os processos de aplicação são compatíveis com a
respectiva finalidade.
Toda a movimentação e armazenamento de materiais serão por conta do empreiteiro, devendo ser
realizados de forma a evitar a sua mistura.
O Dono da Obra/Fiscalização, exercerá fiscalização nos armazéns, silos, parques de depósito,
oficinas, viveiros e locais de aplicação para verificar a qualidade, quantidade e a arrumação dos materiais,
bem como o seu acondicionamento.
Cabe ao empreiteiro fornecer, sem direito a retribuição, todas as amostras de materiais que o
Dono da Obra/Fiscalização pretenda efectuar.
Quando os ensaios de recepção ou verificação obrigarem à rejeição de materiais, o empreiteiro
não terá direito a qualquer indemnização por esse facto, sendo ainda de sua conta as perdas no transporte,
armazenamento e aplicação dos materiais, bem como a remoção destes para fora do estaleiro.
Antes do início dos trabalhos o empreiteiro deverá apresentar um plano para a circulação de
veículos, materiais, operários e colocação de estaleiro para que se possa averiguar sobre os eventuais
danos que possam ocorrer no local e se possam minorar os impactes negativos provocados com a
execução da obra.
O empreiteiro só poderá colocar o estaleiro depois de aprovado pela fiscalização do local a utilizar.
O estaleiro a montar terá que estar em conformidade com o tipo de obra a executar e deverá obedecer às
normas estabelecidas em vigor.
Todas as canalizações antes de entrarem em serviço serão sujeitas a uma prova de ensaio, na
presença da fiscalização, para detectar quaisquer fugas porventura existentes.
Essa prova consistirá no enchimento da tubagem com expurgo completo do ar e na elevação da
pressão de serviço até 15 Kg/cm2 e na observação de todos os acessórios de ligação para verificação da
sua estanquicidade à pressão. O enchimento deverá ser feito lenta e cuidadosamente de modo a que todo
o ar se escape.
Todas as fugas de água porventura existentes serão corrigidas de imediato só podendo ser feito o
tapamento das valas depois de novo ensaio.
As provas deverão ser feitas com as juntas descobertas, travando-se suficientemente as
canalizações e os acessórios para evitar o seu deslocamento sob o efeito da pressão interna.
Após a realização do ensaio as valas não poderão permanecer abertas por um prazo superior a
quatro dias, sendo da responsabilidade do empreiteiro qualquer trabalho de readaptação da tubagem por
alteração das suas dimensões por dilatação.
Até à recepção provisória o empreiteiro deverá refazer as deficiências nos canteiros e plantações
efectuadas e reparar as zonas que porventura foram erosionadas.
As árvores e arbustos que morram por incorrecta manutenção durante este período,
nomeadamente falta de água, adubos, etc. ou que morram por não se encontrarem em boas condições
fitossanitárias serão repostas de acordo com o projecto.
Encontram-se também inseridas neste período a execução de regas, reposição de tutores, atilhos,
monda, etc.
Até à recepção provisória da obra todos os roubos, falhas, danos, etc. devidos a actos de
vandalismo serão repostos sem qualquer encargo para o dono da obra.
Fica também o empreiteiro responsável pela recolha de lixo orgânico e inorgânico nas áreas
pavimentadas e de revestimento vegetal, mantendo o local totalmente limpo. Todos os detritos resultantes
da limpeza e operações de manutenção serão transportados a vazadouro.
Até à recepção provisória da obra o empreiteiro tem que assegurar a rega de todo o material
vegetal. Para isso torna-se necessário confirmar a disponibilidade de água e a localização dos pontos de
abastecimento.
Sempre que se pretenda utilizar água para a rega que não seja proveniente da rede pública torna-se
necessária a aprovação da fiscalização para o poder fazer.
Poderá haver a necessidade de realizar a rega por regadores de ralo fino, pulverizadores ou
aspersores oscilantes para não se danificar as áreas recentemente semeadas.
No caso de locais sem abastecimento de água o empreiteiro terá que garantir a rega através de
auto-tanque ou de outros modos acordados.
Considera-se que a água é necessária até à recepção provisória e ao longo de todo o período de
manutenção, de forma a assegurar o estabelecimento e o desenvolvimento das áreas plantadas e
semeadas.
Com excepção dos períodos em que o abastecimento de água for restrito por lei, todas as despesas
inerentes a deslocações extra ao local, são consideradas condições de risco admitidas no preço do
empreiteiro.
Caso o fornecimento de água seja restringido ou seja previsível que venha a sê-lo por legislação de
emergência, deverá de imediato avaliar soluções alternativas para águas de menor qualidade e as mais
valias inerentes.
Inclui-se nesta empreitada todo o tipo de trabalhos de construção civil nomeadamente pequenos
maciços, caixas, abertura e tapamento de valas, atravessamentos, assentamento, nivelamentos e abertura
e fecho de roços, etc.
O adjudicatário deverá estudar o preço em função da sua experiência em trabalhos de natureza
semelhante.
Em caso algum deixará o adjudicatário de executar o projecto de rega ou de revestimento vegetal
por causa de trabalho ligados à construção civil, pois se daí advirem prejuízos ao Dono da obra estes
poder-lhe-ão ser imputados.
Os materiais e técnicas de execução a utilizar na obra, devem respeitar tudo aquilo que a seu
respeito se refere neste Caderno de Encargos, designadamente nas suas Condições Técnicas Gerais e
Especiais.
Em caso de dúvida ou contradição, deverá o Adjudicatário chamar a atenção dos Autores do
Projecto e da Fiscalização, antes de iniciar os respectivos trabalhos.
4.2.1. Piquetagem
Consiste na colocação de estacas nos locais de implantação das bocas de rega e nos extremos
dos percursos das tubagens, antes da abertura das valas.
As tubagens serão colocadas sempre que possível nas zonas verdes, evitando-se a colocação de
tubagens sob pavimentos. Deverá ser colocado o maior número de tubagens numa mesma vala para maior
facilidade em posteriores trabalhos de manutenção e reparação.
As tubagens a colocar em pavimentos devem corresponder apenas a situações de
atravessamentos.
Quando na abertura da vala se encontrarem zonas rochosas ou lodosas a vala terá uma
profundidade acrescida de 20cm sendo esta camada excedente preenchida com areia.
Quando da colocação dos tubos nas valas pode-se recorrer ao uso de estacas ou cunhas
provisórias de madeira. Nunca poderão ser usadas cunhas de pedra.
Colocada a canalização, o tapamento das valas deverá ser feito de modo a que a terra que
contacta directamente com os tubos seja isenta de pedras, recorrendo-se à sua crivagem sempre que isso
seja determinado pela fiscalização. Para evitar o abatimento posterior, o tapamento deverá ser feito por
duas camadas iguais, bem calcadas a pé ou a maço sendo a camada inferior formada pela terra tirada do
fundo da vala, isenta de pedras, e a superior pela terra de superfície, de acordo com o desenho
apresentado e com a aprovação da fiscalização.
Os tês, cotovelos e cruzetas devem ser escorados cuidadosamente, no sentido oposto ao da
deslocação da água nas tubagens, com massame de betão.
Considera-se a abertura da vala em qualquer tipo de solos.
4.2.5. Caixas
A válvula de corte da tubagem de rega fica inserida numa caixas enterrada em polypro.
A caixa fica situada no interior dos canteiros e junto a lancis de forma a facilitar as operações de
manutenção. Não será colocada nenhuma caixa em zonas pavimentadas.
O fundo da caixa será revestido com brita ou gravilha, de forma a constituir uma camada drenante
com espessura mínima de 10 cm.
As tampas das caixas situadas nas zonas verdes deverá ficar sempre à superfície do terreno, mas
ligeiramente rebaixadas tornando-se menos visíveis (- 3 cm em relação à cota final do terreno) e cobertas
com mulch.
As válvulas não poderão ficar a uma profundidade superior a 50 cm, de forma a facilitarem a
manutenção.
Antes de iniciar os trabalhos de preparação do terreno, propriamente ditos, deverá este ser
colocado ás cotas definitivas do projecto ou, na falta destas, fazer a concordância das superfícies do
terreno com as obras de cota fixa do projecto, tais como lancis, pavimentos, muretes, etc..
Todas as superfícies planas devem ser modeladas de modo a ficarem com uma inclinação entre
1,5 % e 2,0 % para permitir o escorrimento superficial das águas pluviais no sentido do edifício para os
arruamentos/passeios. Em caso algum se devem verificar empoçamentos nos canteiros porque podem
ocorrer encharcamentos e posterior asfixia radicular das plantas, ou haver drenagens no sentido do edifício.
Antes da aplicação da terra viva o solo existente terá que ser descompactado em profundidade
garantindo-se a correcta drenagem das águas pluviais e da rega tendo que se processar a uma ripagem em
todo o terreno/canteiros. Os trabalhos relativos à modelação serão acompanhados pelos projectistas até
aprovação.
Só depois de se considerar este trabalho aprovado se poderá dar início aos trabalhos de
colocação da terra vegetal. O espalhamento da Terra Vegetal deverá ser feito manual ou mecanicamente
com o auxílio de maquinaria dotada de pá frontal.
A terra a colocar terá localização, espessura e composição indicadas em peça desenhada e
Natureza e Qualidade dos Materiais.
O espalhamento da mistura terá que atender às espessuras mínimas indicadas para cada situação
e para que as sementes e fertilizantes encontrem boas condições de fixação é indispensável que a
superfície da terra não fique demasiado lisa.
O empreiteiro só poderá colocar as terras após aprovação da fiscalização das amostras das
misturas a fornecer. Conjuntamente com as amostras deverão ser fornecidas analises ao solo onde se
indique o PH, percentagem de matéria orgânica e macronutrientes.
Inclui-se neste trabalho todas as cargas e descargas, transportes e execução dos trabalhos
mecânicos e/ou manuais.
A - Transporte e Descarga
As árvores terão que apresentar torrões firmes, intactos e simétricos devendo ser rejeitadas todas
as que tenham perdido parte ou apresentem danos no sistema radicular. Os exemplares com torrão ou
vaso terão sempre que ser manipulados pelo torrão/vaso e não pela parte aérea.
Sempre que se verifique danos na parte aérea das árvores (feridas nos troncos, ramos partidos)
estas serão automaticamente rejeitadas.
O transporte deverá ser sempre feito em veículo fechado ou coberto, estando as plantas
protegidas das condições climatéricas mas sempre em condições de ventilação adequadas para evitar
transpirações excessivas.
As descargas das árvores deverão realizar-se tanto quanto possível na proximidade do local da
plantação.
Após a descarga o material será inspeccionado para verificação das especificações prescritas para
cada espécie.
Se existiram deficiências no sistema radicular e/ou parte aérea as plantas serão rejeitadas
podendo ser rejeitado todo o lote dessa espécie desde que não haja garantia que as plantas substitutas
apresentem as características gerais do lote fornecido (exemplos: forma da copa e/ou altura e/ou fuste).
D - Fertilização
A fertilização das covas das árvores far-se-á à razão de 0,1 m³ de estrume ou adubo orgânico
acrescido de 0,2 Kg do adubo composto indicado. Os fertilizantes deverão ser espalhados sobre a terra das
covas e bem misturados com esta quando do enchimento das mesmas.
O enchimento das covas deverá ter lugar com a terra encharcada ou muito húmida e far-se-á o seu
calcamento a pé à medida do seu enchimento.
Se o solo apresentar um valor de acidez elevado, o que poderá comprometer o crescimento das
plantas e o seu sucesso, deverá adicionar-se 1 Kg de cal por cova, à terra de enchimento.
F - Podas
Sempre que se verifique a necessidade de se proceder a algumas podas no sentido de equilibrar a
parte aérea (desrame ligeiro) ou corte de ramos que se partiram durante a operação de plantação que não
justifiquem a substituição do exemplar, essas podas terão que ser executadas por técnico qualificado.
As podas serão feitas por cortes sobrelaterais não havendo eliminação dos ápices terminais de
cada ramo. Nunca se poderá alterar a forma natural da planta. Os cortes só poderão ter inicio depois de
aprovadas pela fiscalização as acções que se pretendem aplicar em cada caso.
4.4 REVESTIMENTOS
4.5 MANUTENÇÃO
A tipologia de espaços apresentada neste Projecto assentou fundamentalmente em soluções que
buscam um elevado efeito sensorial mas de baixa exigência em manutenção.
Toda a vegetação arbórea e arbustiva é projectada em crescimento livre não requerendo por isso
cuidados de manutenção intensos e permanentes.
Considera-se fundamental a inserção na empreitada de construção também a manutenção dos
espaços verdes por um período mínimo de um ano no sentido de garantir a implantação e consolidação do
material vegetal, estando o empreiteiro obrigado a substituir todas as árvores, arbustos e herbáceas, tal
como a fazer ressementeiras.
Herbáceas
Em caso de morte ou de graves danos na parte aérea ou subterrânea a planta terá que ser substituída de
acordo com o projecto de Espaços Exteriores - Arquitectura Paisagista.
Todas as herbáceas terão crescimento livre formando maciços com os volumes/silhuetas naturais da
planta.
Mondas e Repicagens – As necessárias para manter os maciços densos; Limpeza de ramos secos,
doentes e mal formados; Corte das flores secas;
- Retanchas- Sempre que necessário;
- Analises a realizar ao solo - Setembro e Fevereiro
- Fertilizações - Com adubos compostos em Setembro e Março; Com adubo azotado em Novembro, Maio,
Junho, Julho, Agosto e Setembro.
- Correcções de PH e MO - Sempre que as analises o determinem;
Arbustos
Em caso de morte ou de graves danos na parte aérea ou subterrânea a planta terá que ser substituída de
acordo com o projecto de Espaços Exteriores - Arquitectura Paisagista.
Todos os arbustos terão crescimento livre formando maciços com os volumes/silhuetas naturais da planta.
As podas a efectuar serão apenas de arejamento e remoção de partes mortas ou doentes da planta, nunca
sendo permitido cortar os ramos mais baixos que devem chegar até ao solo. As podas têm por objectivo
manter as volumetrias existentes e os maciços densos.
Podas - É obrigatória a comunicação à fiscalização com a devida antecedência da data em que pretende
efectuar as podas; Limpeza apenas e exclusivamente dos ramos secos, doentes e mal formados; De
preferência durante o período de Outono e Inverno podendo ocorrer se necessário noutros meses.
- Retanchas - Apenas quando necessário e de forma muito pontual
- Analises a realizar ao solo - Setembro e Fevereiro
- Fertilizações - Com adubos compostos em Setembro e Março; Com adubo azotado em Novembro, Maio,
Junho, Julho, Agosto e Setembro.
- Correcções de PH e MO - Sempre que as analises o determinem;
Árvores
Em caso de morte ou de graves danos na parte aérea ou subterrânea a planta terá que ser substituída de
acordo com o projecto de Espaços Exteriores - Arquitectura Paisagista.
Relativamente à poda das árvores seguem-se as mesmas especificações dadas para os arbustos.
Sempre que o adjudicatário execute uma poda drástica numa árvore sem a aprovação da Fiscalização
ficará obrigado a replantar nova árvore com características semelhantes (espécie, porte e calibre) num
prazo máximo de 15 dias a partir da notificação.
O tutoramento e vistoria às árvores deverão ser realizados ao longo de todo o ano e sempre que
necessário.
Quanto a fertilizações e tratamentos fitossanitários deverão ser realizados ao longo de todo o ano e sempre
que necessário.
A conservação das árvores engloba um diagnóstico permanente ao seu estado fitossanitário, recorrendo-se
à análise visual e à avaliação biomecânica tendo que ser apresentado à fiscalização o respectivo relatório.
Caso se verifique pelo relatório que a árvore se encontra em risco e depois de devidamente aprovado pela
fiscalização fica o empreiteiro obrigado a proceder ao abate retirando a parte aérea e subterrânea.
Considera-se que durante os dois primeiros anos de instalação das árvores se torna necessário fazer a
rega das árvores por mangueira e ao pé de modo a se fornecer a quantidade de água necessária para o
seu enraizamento e desenvolvimento. Considera-se que este trabalho se aplica a todas as árvores situadas
em jardim/canteiros. A periodicidade mínima de rega nos meses de Primavera Verão é semanal.
Aspectos gerais
- Detritos
Todos os materiais resultantes de limpezas, podas, mondas e abates serão recolhidos de imediato em
recipientes de forma a não permanecer em cima de passeios, canteiros, etc.
- Rega
As regas são da exclusiva responsabilidade do empreiteiro pelo que em caso de falta de água e/ou
diminuição da pressão e/ou água insuficiente para a rega o empreiteiro terá que fazer a rega com recurso a
cisternas.
O horário das regas deverá ter em atenção o horário de utilização da Loja.
- Equipamentos
Constitui encargo do prestador de serviços, o fornecimento e utilização de máquinas, aparelhos, utensílios,
ferramentas, andaimes e todo o material indispensável à boa execução dos trabalhos. O equipamento
deverá satisfazer, quer quanto às suas características, quer quanto ao seu funcionamento, o estabelecido
nas leis e regulamentos de segurança aplicáveis.
O adjudicatário obriga-se a executar todos os trabalhos objecto do presente concurso, de acordo com as
boas regras de arte, garantindo a sua qualidade técnica.
O adjudicatário é obrigado a ter um Livro de Registo Diário onde registará todas as ocorrências diárias e
respectivas tarefas executadas que poderá ser consultado pelo Dono da Obra, sempre que seja solicitado.
O adjudicatário deverá garantir que todos os elementos andem sempre devidamente identificados,
nomeadamente com um cartão identificativo em que conste o nome do funcionário, nome da empresa e
fotografia.
A atitude de desleixo com a apresentação, deverá ser objecto de comunicação ao adjudicatário, obrigando-
se o adjudicatário a corrigir a situação comunicada.
Relativamente ao seu pessoal, o adjudicatário obriga-se a:
Respeitar toda a legislação aplicável à nacionalidade do pessoal que tiver ao seu serviço, para a execução
do contrato;
Assumir todas as responsabilidades relativas ao cumprimento da legislação e outras determinações oficiais
referentes aos horários e ao CCT;
Assumir a assistência aos seus colaboradores, vítimas de qualquer acidente ou outro incidente ocorrido
durante a prestação de serviços objecto do presente processo de concurso.
O adjudicatário obriga-se a cumprir com a legislação em vigor em matéria de Ambiente, Saúde e Segurança
no trabalho, bem como às regras de segurança apresentadas em anexo (quando estas são aplicáveis).
Plano de mão-de-obra, indicando o pessoal que intervirá nos diversos tipos de manutenção e suas
qualificações.
Plano de equipamento, indicando os equipamentos, máquinas e viaturas a utilizar pelo adjudicatário nesta
prestação de serviços.
A duração do período de garantia para o material vegetal é de 365 dias. Para os demais materiais o
período de garantia cumpre o estabelecido pela legislação em vigor.
Propõe-se um período de garantia para o material vegetal de um ano dada a fragilidade e especificidade
dos materiais e das acções a desenvolver ao longo do ano.