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Condições Técnicas

SONAERP - Retail Properties, S.A.

Projecto de Integração Paisagística


Fase – Projecto de Execução
RAMALDE – CONTINENTE / BOM DIA

Laura Roldão Costa – arquitectura paisagista 1


Condições Técnicas

Índice

Capítulo 1 – Memória Descritiva 3


Introdução 4
Princípios conceptuais 4
Caracterização da situação actual e compatibilização com o projecto 7
Capítulo 2 – Caderno de Encargos 8
Objecto da Empreitada 9
Natureza e Qualidade dos Materiais 9
Condições Técnicas Gerais 15
Condições Técnicas Especiais 18
Capítulo 3 – Mapas de Quantidades de Trabalhos 29

desenhos
Plano geral e vistas ilustrativas 2209 – 01
Tipologias de rega, plantação de árvores,
colocação de terra vegetal e Revestimentos 2209 – 02
Plantação de arbustos e herbáceas 2209 – 03
Pormenores de Plantação e pormenores e equipamentos de rega 2209– 04

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memória descritiva

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introdução

A presente memória descritiva corresponde ao Projecto de Integração Paisagística do Continente / Bom Dia
de Ramalde, situado no concelho do Porto, na fase de Projecto de Execução.

Os principais objectivos a alcançar no desenvolvimento do projecto de Integração Paisagística para as


zonas permeáveis deste estabelecimento comercial são:
a) - definição de espaços de estadia, circulação pedonal e rodoviária e implantação de zonas
permeáveis para espaços verdes;
b) – garantir a continuidade de conceitos e materiais entre os diferentes espaços desta unidade
comercial;
c) - contribuição para a implementação da Estrutura Ecológica Urbana no sentido da promoção do
verde contínuo, com objectivos de continuidade de corredores verdes e reorganização de áreas
pavimentadas e eixos visuais;
d) – interligação e cumprimento da legislação em vigor nomeadamente PDM, Regulamentos
Municipais e Informações Técnicas. Destaca-se no cumprimento da Legislação a aplicação do prescrito nos
regulamentos municipais aplicáveis nomeadamente no que diz respeito ao Regulamento nº 180 / 2011
publicado no Diário da República 2ª Série – Nº 50 de 11 de Março de 2011, Cap. II – Espaços Verdes.

princípios conceptuais

O espaço situa-se numa região temperada com influência atlântica pelo que as espécies a aplicar terão que
apresentar resistência ao deficit hídrico durante a época estival que se apresenta seca durante os meses de
Julho e Agosto e também resistência aos ventos que sendo permanentes ao longo de quase todo o ano são
mais fortes durante os meses de Verão (Nortada). A questão do deficit hídrico é acentuada pelo facto de os
canteiros serem de reduzidas dimensões e se encontrarem inseridos entre elementos impermeáveis e
sujeitos a grandes sobreaquecimentos.

Mesmo pequenas, as faixas ajardinadas neste tipo de empreendimento funcionam como elementos
organizadores da circulação de peões e veículos, asseguram concordâncias entre cotas e oferecem,
sempre que possível, a sensação de grande arborização ajudando a definir um desenho urbano em áreas
de difícil estruturação.

As zonas verdes envolventes ao edifício e estacionamento são exíguas como referido, pelo que na
concepção geral do projecto de Integração Paisagística se deu grande importância aos elementos arbóreos
pois, considera-se que são os únicos elementos naturais capazes de assegurar a relação entre o Homem e
elementos construídos de tão grande escala.

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No caso especial desta Loja deu-se especial ênfase à utilização de espécies de folha persistente e
marcescente pelas seguintes razões:
- excessiva presença do vento. A Via de Cintura Interna (VCI) é um desfiladeiro urbano que
canaliza o ar entre o edificado e a topografia natural permitindo o aumento da velocidade da circulação do
ar. Nesse sentido a presença de árvores com mais folhagem e ramagem são necessárias como elementos
dissipadores de energia melhorando as condições de conforto ao nível dos peões.
- havendo um piso -1 tem-se grelhas de ventilação, rampas, escadas e portas que são
naturalmente pontos de acumulação de lixo. Se associarmos o factor vento torna-se difícil manter em
condições de higiene o piso -1. Nesse sentido todas as plantas que são aplicadas são “limpas” ou seja,
apresentam pouca queda de folhagem ou de florações evitando problemas excessivos com acções de
manutenção.
- sendo os espaços de tão reduzidas dimensões e havendo tantos elementos intrusivos e
desagradáveis na envolvente imediata (PT, Via de Cintura Interna: Ruído e Visibilidade, Prédios numa
escala excessiva que criam efeito de esmagamento associados à presença de rampas que dão sensação
de insegurança), torna-se necessária a implantação de estruturas verdes permanentes que se oponham
pela positiva, criando harmonia, estabilidade, tranquilidade. Estes aspectos são implementados por:
- verde permanente ao longo do ano – calma, serenidade;
- modelação do terreno plana ou declives suaves – tranquilidade, quietude;
- espécies cujos volumes alternam sem serem abruptos – harmonia; tranquilidade;
Na proposta que se apresenta mais do que dar-se atenção aos efeitos a criar com as formas das copas ou
ás tonalidades das folhas, pretendeu-se criar um maciço de verde que se contraponha ao construído e ao
vazio da VCI, pelo que a composição se estrutura essencialmente em espécies perenifólias.
A marcar o cruzamento e a rua e como árvore referencial ir-se-á plantar um Pinheiro manso (Pinus pinea),
por ser uma árvore que apresenta uma copa larga e alta, elevada resistência ao vento e a solos pobres e
esqueléticos respondendo positivamente a todas as condicionantes existentes no local. Por outro lado, é
uma espécie que apresenta belos tons de folhagem de verde-escuro, constituindo-se como um elemento
natural muito atractivo durante vários meses do ano.Também é uma árvore culturalmente muito apreciada
pela população do Porto. Esta árvore oferece amplas sombras sobre os arruamentos contribuindo para o
conforto bioclimático do espaço. Do ponto de vista do enquadramento visual sendo uma espécie de grande
porte e de médio crescimento garante a mitigação dos impactos visuais provocados pelo edifício. Alguns
cuidados terão que se ter no que diz respeito à limpeza e poda dos ramos mais baixos para garantir a
passagem de veículos e peões.
Nas restantes áreas dos canteiros a solução preconizada passou pela utilização dos Ligustros (Ligustrum
japonicum) e Carvalho alvarinho Fastigiado (Quercus robur “Fastigiata”), o que se prende com o facto de
ser um canteiro de reduzidas dimensões e fazer a ligação directa entre a Loja e o arruamento. Com o
conjunto destas árvores garante-se a implantação de um volume de verde representativo que permanece
ao longo do ano dado serem perenifólias ou marcescentes.
Estas árvores apresentam também grande afinidade com a população e não sendo de copas largas
conseguem enquadrar-se sem dificuldade no espaço que lhes é disponibilizado. As folhas sendo de formas
e dimensões distintas criam texturas de grande interesse.

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Um Teixo Fastigiado (Taxus baccata “Fastigiata”) será colocado na entrada da garagem como elemento de
marcação e de pontuação formando uma coluna.
Quanto aos critérios de ordem técnica para a selecção do material vegetal correspondem a elevadas-
médias taxas de crescimento, boa adaptação às condições de clima e solos, resistência ao deficit hídrico
presente num elevado número de meses e boas taxas de implantação de material vegetal registando-se,
regra geral, um pequeno índice de quebras nos primeiros anos de vida. Os elementos arbóreos são
estrategicamente colocados de modo a constituírem maciços de grande volumetria garantindo-se a
implementação da estrutura verde principal ao fim de cinco-dez anos.
No que diz respeito aos estratos arbustivos e herbáceos a composição assentou no princípio de que as
faixas a ajardinar deveriam ser marcadas pela presença de arbustos e herbáceas de forma a impedirem a
circulação caótica de pessoas e acumulação de lixos, mas assegurando a visibilidade, segurança de peões
e de condutores e elevado efeito estético.
Ao longo dos canteiros é definido um ritmo entre Juniperus horizontalis, Ophiopogon planiscapus
nigrescens e Carex hachijoensis “Evergold” que têm por cenário posterior o Juniperus cinzento azulado de
maior volumetria. Esta combinação de arbustos/herbáceas forma conjuntamente com as árvores leituras
claras de composição nos espaços verdes.
Também todos estes elementos são perenes e vivazes o que garante que os espaços se vão manter em
boas condições e a cumprir os objectivos pretendidos ao longo de todo o ano.
Seria importante de reforçar relativamente aos arbustos e herbáceas que todas as espécies apresentam
elevadas taxas de crescimento e, apesar de exóticas (não autóctones), se encontram perfeitamente
adaptadas às condições de clima e solo do local e são tradicionalmente utilizadas nos jardins da região.
Para que os espaços verdes propostos possam funcionar em correctas condições ter-se-á que implantar
um sistema de rega.
Esta rede é fundamental pois garante a perenidade do material vegetal em boas condições, diminui os
custos com a manutenção (ex.: menores necessidades de mão de obra, aferição correcta das quantidades
de água a fornecer por rega evitando desperdício).
No entanto, sendo a água um recurso natural escasso a sua utilização tem que ser feita com grande
racionalidade pelo que o sistema preconizado considera as situações especificas do local:
a) canteiros de reduzidas dimensões e apenas revestidos com árvores, arbustos e herbáceas de
grande resistência;
b) grande parte das superfícies apresentam-se ensombradas pelo edifício durante um elevado
número de horas recebendo sol durante as primeiras horas da manhã e as últimas horas da tarde não
sofrendo excessivamente com a exposição solar;
c) a localização geográfica em que se está a trabalhar corresponde a um dos locais do país onde
ocorre uma elevada pluviosidade anual pelo que as maiores deficiências serão sentidas essencialmente
durante o período de Verão.
Tendo em consideração os aspectos expostos optou-se por uma rega ao pé, ou seja por mangueira sendo
instaladas bocas de rega de acordo com o prescrito no regulamento do Município do Porto nº 180/2011.

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A rega será implantada com sistema autónomo, circuito independente ficando o sistema ligado à rede de
Abastecimento de Água. As bocas de rega não se encontram afastadas mais de 50 metros e também se
atendeu aos desníveis e atravessamentos de modo a que as regas possam ser realizadas apenas por um
único homem.
Para além da rega do material vegetal as bocas de rega também permitem a lavagem de pavimentos,
aspecto este importante para uma zona comercial.

Caracterização da situação actual e compatibilização com o projecto

No levantamento da vegetação existente, regra geral, dá-se maior relevância ao coberto arbóreo por ser o
mais representativo e o que tem mais interesse devido aos portes e às funções que desempenha no espaço
e no contexto geral da paisagem.
No entanto, constatamos que no terreno em estudo não se verifica a presença de qualquer elemento
arbóreo que se destaque.
Apenas aparecem alguns elementos de pequeno porte (Populus sp.), sem qualquer representatividade,
implantados no terreno de forma pontual e aleatória e que resultam da germinação de sementes
provenientes dos Choupos que se encontram junto ao muro de separação da Escola Secundária.
O coberto vegetal existente no terreno é herbáceo, e de origem ruderal resultado de movimentos de terras e
ocupação recente do solo devida às construções que se encontram na envolvente.
Dado o espaço se encontrar abandonado há já algum tempo, apresenta-se em mau estado de conservação
e infestado. No entanto, recomenda-se a limpeza e desmatagem seguindo-se a decapagem e
armazenamento de terras vegetais para posterior utilização em espaços verdes na zona comercial e nas
áreas verdes a construir na envolvente.

Matosinhos, 3 de Agosto de 2011

(Laura Roldão Costa)

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caderno de encargos

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1. OBJECTO DA EMPREITADA

A presente empreitada compreende:

- Implantação da rede de rega;


- Fornecimento e colocação de terra vegetal;
- Mobilização e regularização superficial do terreno;
- Modelação do terreno e fertilização;
- Plantação de árvores, arbustos, sub-arbustos e herbáceas;
- Fornecimento e colocação de materiais de revestimento;
- Período de Garantia / Manutenção

2. NATUREZA E QUALIDADE DOS MATERIAIS

Os materiais a empregar nos trabalhos que constituem objecto da empreitada deverão ser de boa
qualidade e apresentar as características designadas no projecto, salvo alterações devidamente aprovadas
pela fiscalização e obedecer às tolerâncias regulamentares, às normas oficiais em vigor e aos documentos
de homologação de laboratórios oficiais.
Sempre que o empreiteiro julgue que as características dos materiais fixados no projecto não
sejam os mais aconselháveis deverá apresentar por escrito uma proposta alternativa devidamente
fundamentada e orçamentada.

Água para plantações e rega


Deve ser limpa, arejada e isenta de produtos tóxicos tanto para as plantas como para os animais.

Água para betões e argamassas


A água a empregar na confecção das argamassas deverá ser doce, limpa e isenta de substâncias
orgânicas, ácidos, sais deliquescentes, óleos ou quaisquer outras impurezas.
Se se utilizar água, não proveniente de redes de água potável serão colhidas amostras de acordo
com a NP 409 e realizados os ensaios necessários.
Os ensaios para determinação das características da água respeitarão as NP. 413, NP 421 e NP
423 e serão realizadas antes do início da fabricação das argamassas e betões, durante a sua fabricação e
com a frequência que a Fiscalização entender.

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Areia
A areia a utilizar terá que ser limpa, rija, isenta de substâncias impróprias, peneirada quando
necessário e preferencialmente de natureza siliciosa ou quartzosa (natureza não calcária). A areia a utilizar
terá que ser proveniente de rio ou areeiro e ser lavada para poder ser misturada com terra vegetal tendo
90% da sua granulometria compreendida entre 0,5 e 1,5 mm.

Brita
A brita deve ser rija, bem lavada, não margosa nem geladiça, isenta de substâncias impróprias e
não conter elementos alongados ou achatados. Deve apresentar a granulometria prescrita pelos
regulamentos oficiais para a sua classe.

Gravilha
A gravilha deve ser granítica, rija, bem lavada, não margosa nem geladiça, isenta de substâncias
impróprias, constituída por material homogéneo. Deve apresentar a granulometria prescrita pelos
regulamentos oficiais para a sua classe.

Cimento para massames de betão


Os cimentos a utilizar devem ser do tipo "Portland normal" e obedecer ao R.B.L.H., fornecidos a
granel, em sacos de papel, ou em contentores metálicos, não devendo apresentar vestígios de humidade
nem grânulos.

Betões
Os betões deverão respeitar as condições estabelecidas em “REBAP” e “NP - ENV 206”, devendo
assim ser respeitadas todas as dosagens de cimento mínimas e os valores característicos de tensão de
rotura.

Rede de rega

- Acessórios de rega
Os acessórios serão de 1ª qualidade, em estado completamente novo, sem qualquer imperfeição
na continuidade e homogeneidade do material. Os acessórios também poderão ser em PVC rígido de
roscagem ou acoplagem.

- Tubos em polietileno de alta densidade


Os tubos a empregar na rede de rega serão em polietileno de alta densidade (PEAD) para 8
Kg/cm2 e com os diâmetros indicados em peças desenhadas.
Os atravessamentos (arruamentos e passeios pedonais) são realizados em tubo de polietileno
sendo este encamisado em tubo galvanizado de diâmetro superior.

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Os tubos de polietileno de alta densidade serão fornecidos de acordo com as Normas DIN 8075 e
DIN 8074.
Os tubos terão as superfícies exteriores e interiores lisas e sem bolhas, fissuras, cavidades ou
outras irregularidades e de cor preta.
Os tubos deverão ter inscrito de forma bem visível:
- marca do fabricante;
- as letras PEAD (indicativas de polietileno de massa volúmica alta);
- o diâmetro exterior nominal;
- a classe de pressão.
A matéria-prima usada na fabricação dos tubos bem como os tubos prontos deverão atender ao
especificado nas normas DIN, ISO e/ou ASTM.

- Válvulas de corte
As válvulas de corte serão de esfera com os diâmetros de 1 ¼” e 1” e devem suportar pressões
superiores a 10Kg/cm2. Não podem apresentar qualquer imperfeição.

- Bocas de rega
As Bocas de Rega serão tipo "Rain Bird" modelo 3 RC em bronze com entrada a 3/4” e tampa
amarela.

- Caixas para electroválvulas


As caixas a colocar são tipo “Rain Bird” série económica - polypro VBA 02672 – preta com tampa
verde.

- Tutores e Atilhos
A tutoragem das árvores será formada com varolas de pinho ou de eucalipto e terão que ser
direitas, secas, limpas de nós e sãs, com altura, grossura e resistência proporcionais às plantas a que se
destinam e tratadas por imersão em solução de sulfato de cobre a 5% durante pelo menos duas horas.
Os tutores deverão ter secção hexagonal e serem tipo “Carmo” com perímetro e altura indicados
em tabelas de desenhos de pormenor e será aplicada uma efusão tipo “Cin” para madeiras de cor a definir
em obra. Os tutores serão aplicados de acordo com os pormenores de construção e tabelas de árvores e
arbustos.
Poderão excepcionalmente ser aplicadas tutoragens simples em ângulo de 45º nos taludes de
grande inclinação.
Os atilhos são de borracha com resistência e elasticidade suficientes para a função pretendida
sem prejudicar as plantas. Os atilhos ou cintas de borracha para amarração da árvore ao tutor serão tipo
"Toltex “, de borracha com resistência e elasticidade suficientes para a função pretendida e de dimensão de
58 cm.

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Será colocada uma borracha protectora entre o tutor e a planta para evitar ferimentos. As réguas
de madeira serão entalhadas e fixadas aos tutores verticais por cavilhas “cabeça de tremoço” e porcas e
anilhas em aço galvanizado.
Os arbustos de maior porte podem ser sujeitos a tutoragem sendo nesse caso aplicado um tutor
por arbusto.

- Fertilizantes e Correctivos
Preparação do Terreno (adubo de fundo e de libertação lenta)
Adubo químico Adubo composto ------------------------------------------------------------ NPK 10- 15- 15 (Eco-Ornamental)
Correctivo orgânico------------------------------------------------------------------------------------------ Ferthumus ou equivalente
Cobertura (adubo de libertação lenta e com elevado número de micronutrientes - manutenção)
Adubo químico ---------------------------------------------------------------------------------------------- 18:5:16 + Fe + Mn + MgO

- Terra Viva
A terra viva, sobre a qual se irá proceder às sementeiras e plantações e a utilizar nas covas de
árvores e arbustos, será proveniente da camada superficial de terreno de mata ou da camada arável de
terrenos agrícolas.
A camada a colocar sobre o terreno deverá possuir uma espessura mínima de 30cm. A terra será
isenta de materiais estranhos, pedras ou elementos provenientes da incorporação de lixos.
A mistura de terra a aplicar numa espessura de 30 cm será constituída por (ver peça desenhada):
100% de terra viva
A terra a fornecer deverá apresentar as seguintes características:
Classe de textura: terra franca com boa estrutura
Conteúdo máximo de pedra: > 2 mm, 30%
> 20 mm, 10%
> 25 mm, 0% para as áreas a semear com prado
> 50 mm, 0% para as restantes áreas.
Valor do PH: 5,5 – 7,5
Teores de nutrientes. índice de P mínimo 2
Índice de K mínimo 2
Índice de Mg mínimo 1
N % (m/m) mínimo 0,2

Mulch
Designa-se por Mulch a camada de matéria orgânica para cobertura do solo, constituída pelo
produto resultante da trituração do material lenhoso (casca e lenha de árvores e arbustos) com
granulometria entre 7 e 22 mm. O mulch deve ser empregue nos canteiros de arbustos e herbáceas de
acordo com o definido em peças desenhadas. O mulch deverá ser aplicado com o mínimo de 5 cm de
espessura.

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- Material Vegetal
Todas as plantas a utilizar devem ser exemplares bem conformados, ramificados e possuir
desenvolvimento compatível com a espécie a que pertencem e de acordo com as dimensões indicadas, em
boas condições fitossanitárias, livre de defeitos, deformações, abrasões na casca, queimaduras, doenças,
insectos, pragas ou outras formas de infecção.
As plantas deverão ser fornecidas com torrão, suficientemente consistente para não se desfazer
facilmente durante as operações de transporte e plantação ou em vaso.
Caso o fornecimento de plantas seja realizado entre os meses de Março a Setembro só serão
aceites plantas que se encontrem devidamente envasadas.
Sempre que possível as plantas devem ser adquiridas na região em viveiros credenciados desde
que obedeçam às características indicadas neste caderno de encargos pois garantem à partida um bom
pegamento. Todas as árvores (com excepção do Pinus pinea) terão que apresentar flecha.
O material vegetal é designado pelo seu nome botânico com referência ao Género, Espécie,
Variedade ou Cultivar e terá que obedecer às espécies que seguidamente se listam, não podendo ser
alterado sem aprovação prévia do projectista. Caso se verifiquem substituições não autorizadas, a sua
remoção e replantação será imediata e de acordo com o projecto sendo os custos da total responsabilidade
do empreiteiro.
Todos os exemplares provenientes de viveiro terão que estar identificados através de etiqueta
legível com o seu nome botânico.
Os exemplares de alinhamento (a colocar ao longo dos canteiros) devem apresentar para além
das características já mencionadas, estrutura de copa simétrica e bem equilibrada e fuste (tronco
desprovido de ramos e folhas) definidor de um eixo vertical direito (com excepção do Quercus robur
“Fastigiata”).
No Quadro apresentado os valores de calibre são os mínimos pelo que poderão ser fornecidas
plantas de maiores dimensões. Por exemplo para cumprimento do calibre exigido poderão as árvores
apresentar alturas superiores ás indicadas.

Quadro Resumo – Árvores


Espécie
calibre torrão especificações
altura (1)
(2) (3) (4)

Ligustrum japonicum 30 - 40 Com fuste formado a 1,2m.


2,5 – 3,0 12 - 14
V/T Tutoragem simples
Sem fuste formado. Com
Quercus robur “Fastigiata” 50 - 70
3,5 – 4,0 14 - 16 ramos e folhas desde o
V/T
colo.Tutoragem dupla
Taxus baccata Sem fuste formado. Com
30 - 40
2,5 – 3,0 12 - 14 ramos e folhas desde o
“Fastigiata” V/T
colo. Tutoragem dupla.
Pinus pinea 60 - 80 Com fuste formado a 1,5m.
3,5 – 4,0 14 - 16
V/T Tutoragem simples

(1) - altura em metros medida desde o colo da planta à guia terminal;


(2) - perímetro em cm do tronco, medido a 1,2 m do colo;
(3) - diâmetro do torrão em centímetros;

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(4) - características que a planta terá que apresentar. Tutoragem dupla corresponde à aplicação de
dois tutores unidos por duas réguas de madeira com atilhos protectores de borracha; Tutoragem simples
corresponde à aplicação de um tutor com atilho protector de borracha
N - planta a fornecer de raiz nua; T planta a fornecer em torrão; V - planta a fornecer em vaso.

Quadro Resumo – Arbustos, Sub-arbustos e Herbáceas


altura (1)/
Espécie Forn. torrão especificações(2)
diâm. copa
Comp. Plantação 11 un/m2;
Carex hachijoensis “Evergold” 20 / 20 V 10 cm
esp. 0,30 m
(folha verde e amarela)
Juniperus horizontalis Comp. Plantação 3 un/m2;
20 / 30 V 20 cm
(folha verde escura) esp. 0,5 m
Juniperus chinensis “Pfitzeriana
Comp. Plantação 1 un/m2;
Glauca” 50 / 50 V 30 cm
esp. 1,0 m
(folha verde acinzentada)
Ophiopogon planiscapus
Comp. Plantação 16 un/m2;
“Nigrescens” godé V -
esp. 0,25 m
(folha preta)

(1) - altura da planta em cm medida desde o colo, o diâmetro é medido a ½ altura do arbusto em cm
(2) – plantas revestidas desde o colo e compaços de plantação

fornecimento - em vaso (V), raiz nua (N) ou raiz nua ou torrão (V/N)

Os arbustos deverão ser bem conformados e ramificados, com um mínimo de três lançamentos
basais robustos. Devem ter um sistema radicular com cabelame bem desenvolvido, que conduza a
transplantes com êxito. As plantas enxertadas devem estar razoavelmente direitas na zona de união.
Esta zona não pode constituir um ponto de fraqueza. O porta-enxerto não deve apresentar
crescimento de ramos ladrões.
As herbáceas devem apresentar um sistema radicular bem desenvolvido com raízes
profundamente bem desenvolvidas e fasciculadas.

- Lajetas de betão pré-fabricadas


As lajetas de betão a aplicar são em betão aparente tipo “Cimenteira do Louro” Ref. 50206004000100
Tam. 600 x 400 x 42 (mm) e com peso de Peso 90 Kg/m2

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3. CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS

3.1. Prescrição Geral dos Materiais

Todos os materiais necessários à Obra, salvo disposição em contrário das Condições Técnicas
Especiais (CTE) ou decisão nesse sentido, devidamente fundamentada pelo Dono da Obra, serão
directamente adquiridos pelo empreiteiro, sob sua responsabilidade e encargo, ficando sujeitos à aprovação
do Dono da Obra/Fiscalização. Quanto ás condições de recepção dos materiais compete à fiscalização.
O empreiteiro fará prova de que todos os materiais possuem as características exigidas pelos
regulamentos e normas oficiais portuguesas em vigor à data da execução, mesmo que não expressamente
citados e justificará que a composição, o fabrico e os processos de aplicação são compatíveis com a
respectiva finalidade.
Toda a movimentação e armazenamento de materiais serão por conta do empreiteiro, devendo ser
realizados de forma a evitar a sua mistura.
O Dono da Obra/Fiscalização, exercerá fiscalização nos armazéns, silos, parques de depósito,
oficinas, viveiros e locais de aplicação para verificar a qualidade, quantidade e a arrumação dos materiais,
bem como o seu acondicionamento.
Cabe ao empreiteiro fornecer, sem direito a retribuição, todas as amostras de materiais que o
Dono da Obra/Fiscalização pretenda efectuar.
Quando os ensaios de recepção ou verificação obrigarem à rejeição de materiais, o empreiteiro
não terá direito a qualquer indemnização por esse facto, sendo ainda de sua conta as perdas no transporte,
armazenamento e aplicação dos materiais, bem como a remoção destes para fora do estaleiro.

3.2. Circulação e Estaleiro

Antes do início dos trabalhos o empreiteiro deverá apresentar um plano para a circulação de
veículos, materiais, operários e colocação de estaleiro para que se possa averiguar sobre os eventuais
danos que possam ocorrer no local e se possam minorar os impactes negativos provocados com a
execução da obra.
O empreiteiro só poderá colocar o estaleiro depois de aprovado pela fiscalização do local a utilizar.
O estaleiro a montar terá que estar em conformidade com o tipo de obra a executar e deverá obedecer às
normas estabelecidas em vigor.

3.3. Piquetagem e Implantação Topográfica

Antes de iniciar qualquer fase de um trabalho, o empreiteiro deve proceder à implantação e


piquetagem, com base em alinhamentos e cotas de referência aprovados pela fiscalização.
O plano de implantação e de piquetagem será submetido, pelo empreiteiro, à aprovação da
fiscalização, que o aprovará ou modificará.

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Condições Técnicas

O empreiteiro terá um prazo idêntico para verificação no local e apresentação de eventuais


observações assinalando as deficiências detectadas, as quais serão objecto de uma verificação por parte
da fiscalização.
Na piquetagem dos trabalhos serão utilizadas mestras de alvenaria ou estacas de madeira com 8 a
10 cm de diâmetro na cabeça, cravadas pelo menos 50cm. Estas mestras serão niveladas e numeradas,
sendo as cotas das suas cabeças ligadas a marcações de referência fixas.
O empreiteiro obriga-se a conservar as estacas e referências de base, bem como a recolocá-las à
sua custa em condições idênticas, quer em posição definitiva, quer numa outra, se as necessidades do
trabalho o exigirem.

3.4. Prova de Ensaio da Rega

Todas as canalizações antes de entrarem em serviço serão sujeitas a uma prova de ensaio, na
presença da fiscalização, para detectar quaisquer fugas porventura existentes.
Essa prova consistirá no enchimento da tubagem com expurgo completo do ar e na elevação da
pressão de serviço até 15 Kg/cm2 e na observação de todos os acessórios de ligação para verificação da
sua estanquicidade à pressão. O enchimento deverá ser feito lenta e cuidadosamente de modo a que todo
o ar se escape.
Todas as fugas de água porventura existentes serão corrigidas de imediato só podendo ser feito o
tapamento das valas depois de novo ensaio.
As provas deverão ser feitas com as juntas descobertas, travando-se suficientemente as
canalizações e os acessórios para evitar o seu deslocamento sob o efeito da pressão interna.
Após a realização do ensaio as valas não poderão permanecer abertas por um prazo superior a
quatro dias, sendo da responsabilidade do empreiteiro qualquer trabalho de readaptação da tubagem por
alteração das suas dimensões por dilatação.

3.5 Condições de Recepção dos Material Vegetal/ Recepção Provisória

Até à recepção provisória o empreiteiro deverá refazer as deficiências nos canteiros e plantações
efectuadas e reparar as zonas que porventura foram erosionadas.
As árvores e arbustos que morram por incorrecta manutenção durante este período,
nomeadamente falta de água, adubos, etc. ou que morram por não se encontrarem em boas condições
fitossanitárias serão repostas de acordo com o projecto.
Encontram-se também inseridas neste período a execução de regas, reposição de tutores, atilhos,
monda, etc.
Até à recepção provisória da obra todos os roubos, falhas, danos, etc. devidos a actos de
vandalismo serão repostos sem qualquer encargo para o dono da obra.
Fica também o empreiteiro responsável pela recolha de lixo orgânico e inorgânico nas áreas
pavimentadas e de revestimento vegetal, mantendo o local totalmente limpo. Todos os detritos resultantes
da limpeza e operações de manutenção serão transportados a vazadouro.

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Condições Técnicas

3.6 Água e responsabilidade pela rega

Até à recepção provisória da obra o empreiteiro tem que assegurar a rega de todo o material
vegetal. Para isso torna-se necessário confirmar a disponibilidade de água e a localização dos pontos de
abastecimento.
Sempre que se pretenda utilizar água para a rega que não seja proveniente da rede pública torna-se
necessária a aprovação da fiscalização para o poder fazer.
Poderá haver a necessidade de realizar a rega por regadores de ralo fino, pulverizadores ou
aspersores oscilantes para não se danificar as áreas recentemente semeadas.
No caso de locais sem abastecimento de água o empreiteiro terá que garantir a rega através de
auto-tanque ou de outros modos acordados.
Considera-se que a água é necessária até à recepção provisória e ao longo de todo o período de
manutenção, de forma a assegurar o estabelecimento e o desenvolvimento das áreas plantadas e
semeadas.
Com excepção dos períodos em que o abastecimento de água for restrito por lei, todas as despesas
inerentes a deslocações extra ao local, são consideradas condições de risco admitidas no preço do
empreiteiro.
Caso o fornecimento de água seja restringido ou seja previsível que venha a sê-lo por legislação de
emergência, deverá de imediato avaliar soluções alternativas para águas de menor qualidade e as mais
valias inerentes.

3.7 Apoio de Construção Civil

Inclui-se nesta empreitada todo o tipo de trabalhos de construção civil nomeadamente pequenos
maciços, caixas, abertura e tapamento de valas, atravessamentos, assentamento, nivelamentos e abertura
e fecho de roços, etc.
O adjudicatário deverá estudar o preço em função da sua experiência em trabalhos de natureza
semelhante.
Em caso algum deixará o adjudicatário de executar o projecto de rega ou de revestimento vegetal
por causa de trabalho ligados à construção civil, pois se daí advirem prejuízos ao Dono da obra estes
poder-lhe-ão ser imputados.

3.8 Materiais e Técnicas de Execução

Os materiais e técnicas de execução a utilizar na obra, devem respeitar tudo aquilo que a seu
respeito se refere neste Caderno de Encargos, designadamente nas suas Condições Técnicas Gerais e
Especiais.
Em caso de dúvida ou contradição, deverá o Adjudicatário chamar a atenção dos Autores do
Projecto e da Fiscalização, antes de iniciar os respectivos trabalhos.

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Condições Técnicas

No caso de simples omissão, respeitar-se-ão as técnicas de execução recomendadas pelas boas


práticas de construção e plantação.
Todos os materiais que tiverem que ser empregues na obra e não se encontrem referidos no
presente Caderno de Encargos, deverão apresentar as características definidas pelas normas que lhes for
aplicável, devendo os mesmos materiais serem sujeitos à aprovação pela Fiscalização.

4. CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

4.1 TRABALHOS PREPARATÓRIOS

4.1.1 Limpeza e Desmatagem


Consiste na remoção de lixos, de entulhos e de todo o material vegetal presente no espaço (parte
aérea e subterrânea).
Não será permitida a incorporação no terreno de resíduos tóxicos (entulhos, tintas, colas, etc.) e de
material vegetal, no primeiro caso por ir comprometer o sucesso das plantações e sementeiras a realizar e,
no segundo, por não ser possível fazer aterros e modelação do terreno de forma estável.
Todos os materiais resultantes da limpeza serão carregados/descarregados e transportados a
vazadouro licenciado.
Fica o empreiteiro obrigado a apresentar o recibo do depósito dos materiais em vazadouro
específico à fiscalização por cada camião de carga.

4.2 REDE DE REGA

4.2.1. Piquetagem
Consiste na colocação de estacas nos locais de implantação das bocas de rega e nos extremos
dos percursos das tubagens, antes da abertura das valas.
As tubagens serão colocadas sempre que possível nas zonas verdes, evitando-se a colocação de
tubagens sob pavimentos. Deverá ser colocado o maior número de tubagens numa mesma vala para maior
facilidade em posteriores trabalhos de manutenção e reparação.
As tubagens a colocar em pavimentos devem corresponder apenas a situações de
atravessamentos.

4.2.2 Valas para Implantação das Tubagens


Todas as linhas de tubo deverão ser instaladas em valas com largura mínima de 0,40m e
profundidade mínima de 0,60m em relação ao terreno modelado, com excepção das linhas de tubo que se
encontram em valas comuns a outras tubagens. Nos atravessamentos de pavimentos (passeios e
arruamentos) as tubagens deverão ficar a 80cm de profundidade no mínimo e o tubo ficará encamisado em
tubo galvanizado.

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Condições Técnicas

Quando na abertura da vala se encontrarem zonas rochosas ou lodosas a vala terá uma
profundidade acrescida de 20cm sendo esta camada excedente preenchida com areia.
Quando da colocação dos tubos nas valas pode-se recorrer ao uso de estacas ou cunhas
provisórias de madeira. Nunca poderão ser usadas cunhas de pedra.
Colocada a canalização, o tapamento das valas deverá ser feito de modo a que a terra que
contacta directamente com os tubos seja isenta de pedras, recorrendo-se à sua crivagem sempre que isso
seja determinado pela fiscalização. Para evitar o abatimento posterior, o tapamento deverá ser feito por
duas camadas iguais, bem calcadas a pé ou a maço sendo a camada inferior formada pela terra tirada do
fundo da vala, isenta de pedras, e a superior pela terra de superfície, de acordo com o desenho
apresentado e com a aprovação da fiscalização.
Os tês, cotovelos e cruzetas devem ser escorados cuidadosamente, no sentido oposto ao da
deslocação da água nas tubagens, com massame de betão.
Considera-se a abertura da vala em qualquer tipo de solos.

4.2.3. Colocação da Tubagem


As tubagens serão as indicadas no capítulo das características dos materiais e nas peças
desenhadas.
O interior dos tubos deve ser conservado limpo de quaisquer detritos e, quando na colocação das
tubagens existirem paragens, as pontas abertas dos tubos devem ser tapadas com meios apropriados.
- Na rede de rega será utilizada tubagem PEAD para 8 kg/cm2 com os diâmetros
compreendidos entre 3/4” e 1 1/4” garantindo o funcionamento de todos os sectores.
Os tubos podem ser fornecidos enrolados ou não, mas com as extremidades tapadas e guardados
em locais onde se encontrem protegidos das acções que possam levar ao seu esmagamento ou furação.
No caso do armazenamento ser prolongado devem ser colocados em recinto coberto e fora da
exposição directa da luz solar. Devem também ser tomadas precauções quanto ao calor excessivo e
agentes atmosféricos.

4.2.4. Bocas de Rega


As bocas de rega serão do tipo indicado no plano de rega e na natureza e qualidade dos materiais.
As superfícies superiores das tampas destes elementos devem ficar ao nível do terreno. Em volta de cada
boca de rega enterrada deve ser colocada brita para drenagem da água da caixa de protecção.
As bocas de rega adjacentes a lancis deverão ser colocadas no máximo a 0,05m desses limites.
As bocas de rega ficam inseridas no interior dos jardins ou no interior dos canteiros, nunca em zonas
pavimentadas.

4.2.5. Caixas
A válvula de corte da tubagem de rega fica inserida numa caixas enterrada em polypro.
A caixa fica situada no interior dos canteiros e junto a lancis de forma a facilitar as operações de
manutenção. Não será colocada nenhuma caixa em zonas pavimentadas.

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Condições Técnicas

O fundo da caixa será revestido com brita ou gravilha, de forma a constituir uma camada drenante
com espessura mínima de 10 cm.
As tampas das caixas situadas nas zonas verdes deverá ficar sempre à superfície do terreno, mas
ligeiramente rebaixadas tornando-se menos visíveis (- 3 cm em relação à cota final do terreno) e cobertas
com mulch.
As válvulas não poderão ficar a uma profundidade superior a 50 cm, de forma a facilitarem a
manutenção.

4.2.6. Válvulas de seccionamento


Será instalada uma válvula de seccionamento no interior da caixa de electroválvulas para garantir
a estanquicidade da rede em caso de avaria, de acordo com o desenho apresentado e com diâmetros
indicados em desenho.
Esta válvula fica inserida na caixa localizada junto aos maciços de arbustos.

4.2.7 Ligação à Rede Geral de Abastecimento de Água


A picagem à Rede de Abastecimento de Água é realizada na área definida em desenho e de
acordo com as especificações da fiscalização. Caso a pressão da rede seja superior a 4,5 bar deverá ser
instalada uma válvula redutora de pressão com diâmetro de 1 1/4”.
Será instalada uma válvula de corte com diâmetro de 1 1/4” na saída geral de água para a rega e
uma válvula anti-retorno com diâmetro de 1 ¼”.
A ligação à rede de Abastecimento de Água segue o indicado em projecto especifico (ver projecto
de Abastecimento de Águas).

4.3 REVESTIMENTO VEGETAL

4.3.1 Regularização manual das superfícies do terreno destinadas a plantações ou sementeiras e


fornecimento e colocação de terra vegetal

Antes de iniciar os trabalhos de preparação do terreno, propriamente ditos, deverá este ser
colocado ás cotas definitivas do projecto ou, na falta destas, fazer a concordância das superfícies do
terreno com as obras de cota fixa do projecto, tais como lancis, pavimentos, muretes, etc..
Todas as superfícies planas devem ser modeladas de modo a ficarem com uma inclinação entre
1,5 % e 2,0 % para permitir o escorrimento superficial das águas pluviais no sentido do edifício para os
arruamentos/passeios. Em caso algum se devem verificar empoçamentos nos canteiros porque podem
ocorrer encharcamentos e posterior asfixia radicular das plantas, ou haver drenagens no sentido do edifício.
Antes da aplicação da terra viva o solo existente terá que ser descompactado em profundidade
garantindo-se a correcta drenagem das águas pluviais e da rega tendo que se processar a uma ripagem em
todo o terreno/canteiros. Os trabalhos relativos à modelação serão acompanhados pelos projectistas até
aprovação.

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Condições Técnicas

Só depois de se considerar este trabalho aprovado se poderá dar início aos trabalhos de
colocação da terra vegetal. O espalhamento da Terra Vegetal deverá ser feito manual ou mecanicamente
com o auxílio de maquinaria dotada de pá frontal.
A terra a colocar terá localização, espessura e composição indicadas em peça desenhada e
Natureza e Qualidade dos Materiais.
O espalhamento da mistura terá que atender às espessuras mínimas indicadas para cada situação
e para que as sementes e fertilizantes encontrem boas condições de fixação é indispensável que a
superfície da terra não fique demasiado lisa.
O empreiteiro só poderá colocar as terras após aprovação da fiscalização das amostras das
misturas a fornecer. Conjuntamente com as amostras deverão ser fornecidas analises ao solo onde se
indique o PH, percentagem de matéria orgânica e macronutrientes.
Inclui-se neste trabalho todas as cargas e descargas, transportes e execução dos trabalhos
mecânicos e/ou manuais.

4.3.2 Mobilização, Despedrega, Regularização do Terreno às Cotas Definitivas e Fertilização.


Após a modelação final do terreno este será sujeito a mobilização até 0.30m de profundidade por
meio de surriba, lavoura ou cava de acordo com as máquinas disponíveis e áreas a mobilizar (deve evitar-
se, quanto possível, o recurso à fresa pelos efeitos negativos que provoca quer na estrutura do solo quer na
propagação de infestantes).
Sempre que possível, deve recorrer-se ao trabalho mecânico reservando-se apenas para a cava
manual as superfícies inacessíveis às máquinas.
Em seguida terá lugar uma escarificação, gradagem ou recava até 0.10m de profundidade para
destorroamento e melhor preparação do terreno para as operações seguintes.
A despedrega deve ocorrer sempre que esta operação se torne necessária. Ela atingirá os 0.15 m
superficiais e consistirá numa recava manual com escolha e retirada de todas as pedras e materiais
estranhos ao trabalho com dimensões superiores a 0,05m.
Por fim far-se-á a regularização do terreno às cotas definitivas seguindo-se o espalhamento de
fertilizantes e correctivos. A fertilização será feita com um adubo ternário N.P.K. 7- 21 - 21 à razão de 0,9
Kg/m2 e o correctivo orgânico será ferthumus ou equivalente na quantidade de 1,0 Kg/m2. O espalhamento
dos fertilizantes poderá ser manual ou mecânico após o que será incorporado através de gradagem.
Os trabalhos de preparação do terreno tais como ancinhagem e despedrega são também
aplicados nos taludes de modo a ficarem limpos e regulares.

4.3.3 Plantação de árvores

A - Transporte e Descarga
As árvores terão que apresentar torrões firmes, intactos e simétricos devendo ser rejeitadas todas
as que tenham perdido parte ou apresentem danos no sistema radicular. Os exemplares com torrão ou
vaso terão sempre que ser manipulados pelo torrão/vaso e não pela parte aérea.

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Condições Técnicas

Sempre que se verifique danos na parte aérea das árvores (feridas nos troncos, ramos partidos)
estas serão automaticamente rejeitadas.
O transporte deverá ser sempre feito em veículo fechado ou coberto, estando as plantas
protegidas das condições climatéricas mas sempre em condições de ventilação adequadas para evitar
transpirações excessivas.
As descargas das árvores deverão realizar-se tanto quanto possível na proximidade do local da
plantação.
Após a descarga o material será inspeccionado para verificação das especificações prescritas para
cada espécie.
Se existiram deficiências no sistema radicular e/ou parte aérea as plantas serão rejeitadas
podendo ser rejeitado todo o lote dessa espécie desde que não haja garantia que as plantas substitutas
apresentem as características gerais do lote fornecido (exemplos: forma da copa e/ou altura e/ou fuste).

B - Abacelamento ou acondicionamento em estaleiro


Caso a plantação não seja efectuada imediatamente a seguir à descarga, o material vegetal
deverá ser abacelado ou acondicionado até à plantação, sendo todos os custos desta operação da
responsabilidade do empreiteiro.
O material vegetal deverá ser mantido até à altura da plantação em valas com areia e terra, tendo
a vala profundidade suficiente para cobrir todo o torrão ou vaso.
O local para a instalação da vala terá de garantir boa drenagem e fornecimento de água para
regas.
Durante este período o empreiteiro terá que efectuar todas as operações de manutenção
necessárias para garantir a perenidade do material vegetal em boas condições.

C - Abertura das covas para árvores


Depois da marcação correcta dos locais de plantação das árvores, de acordo com o respectivo
plano de plantação e da aprovação pela fiscalização, proceder-se-á à abertura mecânica ou manual das
covas que terão 1,0m de diâmetro ou de lado e 1,20m de profundidade. O fundo e os lados das covas
deverão ser picados até 0,10m para permitir uma melhor aderência da terra de enchimento.

D - Fertilização
A fertilização das covas das árvores far-se-á à razão de 0,1 m³ de estrume ou adubo orgânico
acrescido de 0,2 Kg do adubo composto indicado. Os fertilizantes deverão ser espalhados sobre a terra das
covas e bem misturados com esta quando do enchimento das mesmas.
O enchimento das covas deverá ter lugar com a terra encharcada ou muito húmida e far-se-á o seu
calcamento a pé à medida do seu enchimento.
Se o solo apresentar um valor de acidez elevado, o que poderá comprometer o crescimento das
plantas e o seu sucesso, deverá adicionar-se 1 Kg de cal por cova, à terra de enchimento.

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Condições Técnicas

E - Plantação das árvores (ver pormenores e tabelas)


Depois das covas cheias com terra fertilizada e devidamente compactada, abrem-se pequenas
covas de plantação, à medida do torrão.
Seguir-se-á a plantação propriamente dita havendo o cuidado de deixar a parte superior do torrão,
no caso de plantas envasadas, ou o colo das plantas, quando estas são de raiz nua, à superfície do terreno
para evitar problemas de asfixia radicular.
Após a plantação deverá abrir-se uma pequena caldeira para se realizar a primeira rega que
deverá ocorrer de imediato à plantação para melhor compactação e aderência da terra à raiz da planta.
Depois da rega segue-se a amarração da árvore ao tutor. As duas primeiras regas deverão ser copiosas
garantindo-se o encharcamento da mistura.
Depois da primeira rega, deverão aplicar-se tutores com atilhos de borracha tendo o cuidado de
proteger o sítio da ligadura com borracha, serapilheira, ou qualquer outro material apropriado, para evitar
ferimentos.

F - Podas
Sempre que se verifique a necessidade de se proceder a algumas podas no sentido de equilibrar a
parte aérea (desrame ligeiro) ou corte de ramos que se partiram durante a operação de plantação que não
justifiquem a substituição do exemplar, essas podas terão que ser executadas por técnico qualificado.
As podas serão feitas por cortes sobrelaterais não havendo eliminação dos ápices terminais de
cada ramo. Nunca se poderá alterar a forma natural da planta. Os cortes só poderão ter inicio depois de
aprovadas pela fiscalização as acções que se pretendem aplicar em cada caso.

4.3.4 Plantação de arbustos, sub-arbustos e herbáceas


Depois da marcação correcta dos locais de plantação dos arbustos de acordo com o respectivo
plano de plantação e depois de aprovada a piquetagem pela fiscalização, proceder-se-á à abertura das
covas de plantação que deverão ser proporcionais ao torrão da planta.
O enchimento das covas deverá ter lugar com a terra encharcada ou muito húmida, devendo
depois proceder-se ao seu calcamento. Segue-se uma rega abundante.
Os arbustos serão colocados a profundidades que garantam que o colo fique à superfície do solo e
que não haja o perigo de asfixia. Caso se verifique que as plantas se encontram excessivamente
enterradas devem ser de imediato reposicionadas.
Depois de aplicados os arbustos segue-se a plantação das herbáceas.
As plantas a fornecer terão que apresentar torrões firmes e intactos, devendo ser rejeitadas as
plantas que tenham perdido o torrão ou apresentem danos no sistema radicular.
As plantas a fornecer deverão apresentar a parte aérea bem formada, sem ramos partidos ou
quaisquer outros danos e copas simétricas sendo rejeitadas as que não se apresentem em condições.
Quanto ao transporte e acondicionamento aplicam-se as mesmas especificações descritas nas
plantações de árvores.

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Condições Técnicas

4.4 REVESTIMENTOS

4.4.1 Colocação de Mulch


O mulch tipo “Carmo” ref. Ornamental será colocado sobre a terra vegetal de acordo com as cotas
altimétricas e planimétricas e depois de realizadas todas as plantações e sementeiras nos locais definidos
em peças desenhadas.
O mulch será aplicado sob as manchas de arbustos em zonas planas ou áreas cuja inclinação do
terreno seja inferior a 5 % e numa espessura de 5 cm. Será levantado e recolocado todo o mulch que não
cumpra as manchas de arbustos ou herbáceas previstas.

4.4.2 Colocação de Lajetas de Betão


Depois de a piquetagem se encontrar aprovada pela segue-se a compactação do terreno nos
locais onde se vai proceder à colocação das lajetas de betão.
Segue-se à aplicação de maciços de betão sobre os quais se aplicam as lajes de betão de acordo
com o indicado em pormenores de construção deixando-se espaços entre as lajes de cerca de 5 a 10 cm
que será preenchido com terra vegetal para posterior plantação.
Por fim aplicam-se as lajetas de betão que terão que ficar completamente desempenadas.
regulares e com aestereotomia apresentada em desenho.
Este material só poderá ser aplicado depois de aprovadas as amostras apresentadas.
Serão levantadas todas as lajetas que não cumpram as cotas altimetricas ou planimetricas ou
estereotomia, apresentem depressões ou saliências ou apresentem tonalidades distintas entre si e/ou
diferentes da amostra aprovada.

4.5 MANUTENÇÃO
A tipologia de espaços apresentada neste Projecto assentou fundamentalmente em soluções que
buscam um elevado efeito sensorial mas de baixa exigência em manutenção.
Toda a vegetação arbórea e arbustiva é projectada em crescimento livre não requerendo por isso
cuidados de manutenção intensos e permanentes.
Considera-se fundamental a inserção na empreitada de construção também a manutenção dos
espaços verdes por um período mínimo de um ano no sentido de garantir a implantação e consolidação do
material vegetal, estando o empreiteiro obrigado a substituir todas as árvores, arbustos e herbáceas, tal
como a fazer ressementeiras.

Consideram-se como principais operações culturais a desenvolver ao longo do período de manutenção:

Herbáceas
Em caso de morte ou de graves danos na parte aérea ou subterrânea a planta terá que ser substituída de
acordo com o projecto de Espaços Exteriores - Arquitectura Paisagista.

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Condições Técnicas

Todas as herbáceas terão crescimento livre formando maciços com os volumes/silhuetas naturais da
planta.
Mondas e Repicagens – As necessárias para manter os maciços densos; Limpeza de ramos secos,
doentes e mal formados; Corte das flores secas;
- Retanchas- Sempre que necessário;
- Analises a realizar ao solo - Setembro e Fevereiro
- Fertilizações - Com adubos compostos em Setembro e Março; Com adubo azotado em Novembro, Maio,
Junho, Julho, Agosto e Setembro.
- Correcções de PH e MO - Sempre que as analises o determinem;

Arbustos
Em caso de morte ou de graves danos na parte aérea ou subterrânea a planta terá que ser substituída de
acordo com o projecto de Espaços Exteriores - Arquitectura Paisagista.
Todos os arbustos terão crescimento livre formando maciços com os volumes/silhuetas naturais da planta.
As podas a efectuar serão apenas de arejamento e remoção de partes mortas ou doentes da planta, nunca
sendo permitido cortar os ramos mais baixos que devem chegar até ao solo. As podas têm por objectivo
manter as volumetrias existentes e os maciços densos.
Podas - É obrigatória a comunicação à fiscalização com a devida antecedência da data em que pretende
efectuar as podas; Limpeza apenas e exclusivamente dos ramos secos, doentes e mal formados; De
preferência durante o período de Outono e Inverno podendo ocorrer se necessário noutros meses.
- Retanchas - Apenas quando necessário e de forma muito pontual
- Analises a realizar ao solo - Setembro e Fevereiro
- Fertilizações - Com adubos compostos em Setembro e Março; Com adubo azotado em Novembro, Maio,
Junho, Julho, Agosto e Setembro.
- Correcções de PH e MO - Sempre que as analises o determinem;

Árvores
Em caso de morte ou de graves danos na parte aérea ou subterrânea a planta terá que ser substituída de
acordo com o projecto de Espaços Exteriores - Arquitectura Paisagista.
Relativamente à poda das árvores seguem-se as mesmas especificações dadas para os arbustos.
Sempre que o adjudicatário execute uma poda drástica numa árvore sem a aprovação da Fiscalização
ficará obrigado a replantar nova árvore com características semelhantes (espécie, porte e calibre) num
prazo máximo de 15 dias a partir da notificação.
O tutoramento e vistoria às árvores deverão ser realizados ao longo de todo o ano e sempre que
necessário.
Quanto a fertilizações e tratamentos fitossanitários deverão ser realizados ao longo de todo o ano e sempre
que necessário.
A conservação das árvores engloba um diagnóstico permanente ao seu estado fitossanitário, recorrendo-se
à análise visual e à avaliação biomecânica tendo que ser apresentado à fiscalização o respectivo relatório.

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Condições Técnicas

Caso se verifique pelo relatório que a árvore se encontra em risco e depois de devidamente aprovado pela
fiscalização fica o empreiteiro obrigado a proceder ao abate retirando a parte aérea e subterrânea.
Considera-se que durante os dois primeiros anos de instalação das árvores se torna necessário fazer a
rega das árvores por mangueira e ao pé de modo a se fornecer a quantidade de água necessária para o
seu enraizamento e desenvolvimento. Considera-se que este trabalho se aplica a todas as árvores situadas
em jardim/canteiros. A periodicidade mínima de rega nos meses de Primavera Verão é semanal.

Outras operações de manutenção


- Limpezas
Limpeza das zonas verdes/canteiro ao longo de todo o ano incluindo transporte dos materiais a vazadouro
licenciado com especial incidência durante os meses de Outono.
Limpeza da rede de rega e de drenagem, ao longo de todo o ano e sempre que necessário;
Limpeza de passeios e estacionamentos adjacentes às zonas verdes;
- Reposição de espaços deteriorados
Sempre que os espaços se apresentem deteriorados terão que ser reparados de acordo com as indicações
do projecto de Espaços Exteriores - Arquitectura Paisagista.
- Aplicação de Herbicidas
Devem ser utilizados produtos com baixo nível de toxicidade previlegiando-se a aplicação de luta biológica.
Sempre que se pretenda utilizar herbicidas ter-se-á previamente que obter autorização pela entidade
fiscalizadora. Sempre que aplicados herbicidas, terão que ser colocadas placas de aviso com a informação
“aplicação de produto irritante em contacto com a pele”.

Aspectos gerais
- Detritos
Todos os materiais resultantes de limpezas, podas, mondas e abates serão recolhidos de imediato em
recipientes de forma a não permanecer em cima de passeios, canteiros, etc.
- Rega
As regas são da exclusiva responsabilidade do empreiteiro pelo que em caso de falta de água e/ou
diminuição da pressão e/ou água insuficiente para a rega o empreiteiro terá que fazer a rega com recurso a
cisternas.
O horário das regas deverá ter em atenção o horário de utilização da Loja.
- Equipamentos
Constitui encargo do prestador de serviços, o fornecimento e utilização de máquinas, aparelhos, utensílios,
ferramentas, andaimes e todo o material indispensável à boa execução dos trabalhos. O equipamento
deverá satisfazer, quer quanto às suas características, quer quanto ao seu funcionamento, o estabelecido
nas leis e regulamentos de segurança aplicáveis.
O adjudicatário obriga-se a executar todos os trabalhos objecto do presente concurso, de acordo com as
boas regras de arte, garantindo a sua qualidade técnica.
O adjudicatário é obrigado a ter um Livro de Registo Diário onde registará todas as ocorrências diárias e
respectivas tarefas executadas que poderá ser consultado pelo Dono da Obra, sempre que seja solicitado.

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Condições Técnicas

Sinalização e cuidados com pessoal


A sinalização de área de trabalho é obrigatória sendo o empreiteiro responsável por acidentes ocorridos na
zona de trabalho ou provocados pelos mesmos caso não se encontrem devidamente sinalizados.
O empreiteiro terá que cumprir o Plano de Sistema de Segurança definido pelas Normas em vigor.
O adjudicatário deverá garantir que todos os elementos das equipas andem sempre devidamente fardados,
devendo ter em conta o cumprimento da legislação em vigor relativamente à percentagem de material
reflector.

O adjudicatário deverá garantir que todos os elementos andem sempre devidamente identificados,
nomeadamente com um cartão identificativo em que conste o nome do funcionário, nome da empresa e
fotografia.
A atitude de desleixo com a apresentação, deverá ser objecto de comunicação ao adjudicatário, obrigando-
se o adjudicatário a corrigir a situação comunicada.
Relativamente ao seu pessoal, o adjudicatário obriga-se a:
Respeitar toda a legislação aplicável à nacionalidade do pessoal que tiver ao seu serviço, para a execução
do contrato;
Assumir todas as responsabilidades relativas ao cumprimento da legislação e outras determinações oficiais
referentes aos horários e ao CCT;
Assumir a assistência aos seus colaboradores, vítimas de qualquer acidente ou outro incidente ocorrido
durante a prestação de serviços objecto do presente processo de concurso.
O adjudicatário obriga-se a cumprir com a legislação em vigor em matéria de Ambiente, Saúde e Segurança
no trabalho, bem como às regras de segurança apresentadas em anexo (quando estas são aplicáveis).

Reparações e aspectos Gerais


O empreiteiro será responsabilizado pela degradação de pavimentos não só na zona de trabalho, mas
também, na parte restante do pavimento, incluindo passeios que sofram deterioração, devido à deslocação
de máquinas e viaturas e outros equipamentos do adjudicatário ou do desvio do tráfego devido à execução
da prestação de serviços.
O adjudicatário deverá ser responsável por todos os prejuízos e danos provocados ao Dono de Obra ou a
terceiros que, por qualquer motivo, resultem da sua actividade, da actuação do seu pessoal ou da deficiente
execução dos serviços objecto do presente contrato.
Estão incluídos no preço unitário do fornecedor todos os trabalhos, materiais e equipamentos necessários
para prestação de serviços.
O empreiteiro deverá possuir em depósito as quantidades de materiais e elementos de construção
suficientes para garantir o normal desenvolvimento dos trabalhos, de acordo com o respectivo plano, sem
prejuízo da oportuna realização das diligências de aprovação necessárias.

Faz ainda parte desta garantia – manutenção:


- reparação de equipamentos de rega e de drenagem (inclui substituições de material sempre que
necessário;

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Condições Técnicas

- manutenção dos sistemas de captação e fornecimento de água;


- limpeza de pavimentos e zonas ajardinadas/canteiros;
- reposicionamento de mulch;

Elementos a fornecer em fase de concurso


Os programas de trabalho a apresentar devem incluir:
Os planos de trabalhos com descrição mensal das tarefas a que se propõem executar na prestação de
serviços.

Plano de mão-de-obra, indicando o pessoal que intervirá nos diversos tipos de manutenção e suas
qualificações.
Plano de equipamento, indicando os equipamentos, máquinas e viaturas a utilizar pelo adjudicatário nesta
prestação de serviços.
A duração do período de garantia para o material vegetal é de 365 dias. Para os demais materiais o
período de garantia cumpre o estabelecido pela legislação em vigor.
Propõe-se um período de garantia para o material vegetal de um ano dada a fragilidade e especificidade
dos materiais e das acções a desenvolver ao longo do ano.

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Condições Técnicas

mapas de quantidades de trabalhos

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Condições Técnicas

Laura Roldão Costa - arquitectura paisagista


viela da barranha, 159 1º esq | 4460-258 Matosinhos - Portugal |  00 351 9515072 |
|  00 3519515072 | lauracosta.ap@sapo.pt |

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