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Operadores Jardinagem

B3
Modulo “Infra estruturas básicas e paisagísticas”

UFCD 3068

Formadora
Engª Margarida Marcelino

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O paisagismo é a atividade ou a técnica que planifica e concebe a
planificação de jardins urbanos ou não. Envolve bom senso, bom gosto, arte
e sobretudo a criatividade. O intuito é de criar espaços agradáveis,
funcionais e bonitos, podem ser usadas plantas, flores e tantos outros
elementos decorativos para os compor. O termo também envolve a
conservação do projeto, isto é, depois de tudo planeado é necessário existir
uma manutenção regular para o espaço não ficar sem sentido, como podar as
plantas, as árvores, cortar a relva, retirar as ervas daninhas, semear ou
plantar flores e plantas de uma nova estação. Se o paisagismo fosse assim
tão fácil, toda a gente teria jardins de cair para o lado… Mas não é o caso.

Requer sabedoria e dedicação. Claro, que se for interessado e procurar


sobre a matéria, conseguirá obter um jardim lindo.

Primeiro deve projetar, isto é, definir a posição do layout da churrasqueira,


da piscina, da zona longe, de refeição… Depois definir o tipo de piso, a
vegetação, os elementos estéticos e plantas que irão embelezar o jardim.

O paisagismo é importante uma vez que planifica um bonito jardim mediante


as características da região (húmida, seca…); do terreno; do tipo de solo; do
estilo/design da habitação; do gosto, da vontade e da disponibilidade do
proprietário. Enfim tudo é tomado em consideração para criar um espaço
bonito, único e atrativo.

Hoje em dia, o paisagismo ou a arquitetura paisagista é altamente


qualificada, ou seja, é desenvolvida por profissionais competentes, como um
arquiteto paisagista, um engenheiro agrónomo ou outro profissional
especializado.

Tem como principais objetivos melhorar a estética, nomeadamente a


funcionalidade, a segurança, o conforto e ainda a privacidade dos ambientes
exteriores.

A implantação começa com a aquisição das mudas junto a um viveirista, ou


que podem também ser fornecidas pelo próprio paisagista”, afirma o
especialista em plantas, “Eduardo Elias Silva”. A participação do jardineiro é
muito importante também nessa fase, ele auxiliará na marcação das covas no
terreno, delimitando os espaços destinados para situar cada conjunto
de plantas.

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Em primeiro lugar, em um projeto, é fundamental conhecer cada passo das
etapas de planeamento, implantação e manutenção da obra. Seja qual for o
tamanho, o modelo ou o lugar escolhido para o jardim, ter bom gosto não
será o suficiente. As decisões deverão ser tomadas considerando aspetos
técnicos. Além disso, tudo deve ser acompanhado por profissionais como
agrónomos, paisagistas e jardineiros.

Planeamento, Implantação e manutenção de jardins, fatores


como a espécie da planta determinam o planeamento logístico, a preparação
do solo e os tratamentos culturais. Mas, antes disso, a escolha da própria
espécie da planta também está subordinada a fatores como as
características climáticas e geográficas.

Sendo assim, o trabalho com jardins não pode ser executado


de forma aleatória, é importante adquirir tanto conhecimentos básicos
quanto especializados, bem como a orientação de profissionais capacitados.

Para o início do processo, são recomendados os seguintes


procedimentos: entrevista com o cliente, levantamento físico, mapa de
sombra, plano de massa e zoneamento, anteprojeto, orçamento e projeto
gráfico. A respeito da entrevista, por exemplo, mesmo que seja você mesmo
o responsável por implantar o jardim, é importante fazer as perguntas,
mesmo que para si mesmo pois ajudam na organização das ideias a respeito
do projeto.

No meio da entrevista, o paisagista obtém informações


fundamentais como as preferências e as necessidades dos clientes. Nessa
etapa, descobre-se as expectativas das pessoas em relação ao jardim e já é
possível traçar algumas soluções, que aliem o bom gosto e a capacidade do
paisagista às demandas do cliente.

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Implantação de um jardim

Fig. 1

1-Proceder à leitura do projeto do jardim

2-Preparação do terreno destinado à instalação do jardim:

a)Regularizar superfícies do terreno e proceder as


movimentações de terra necessárias. Se necessário corrigir desníveis do
terreno;

b) Limpar o terreno de matos, infestantes, pedra, etc.

3- Tirar pontos de referência de modo a proceder á marcação dos pontos


interessantes do jardim;

4- Traçar ruas, placas, fontes, lagos, canteiros, etc,marcando os limites


com estacas;

5- Definir os locais de plantação das sebes, maciços, bordaduras,etc;

6- Fertilizar de acordo com o solo e plantas que vão ser utilizadas. Em


regra procede-se a uma adubação de fundo com adubo composto (N-P-K) e à
incorporação de estrume bem curtido ou outro fertilizante rico em matéria
orgânica.

7- Desinfeção do solo se, se tratar de um terreno que tenha vindo a ser


cultivado com plantas ornamentais ou hortícolas é boa prática proceder à
desinfeção do solo;

8- Proceder à plantação de árvores e arbustos.

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a) Atender à disposição adequada consoante se trate de
árvores ou arbustos de folha persistente e consequentemente a sua época
de plantação;

b) Atender à disposição das árvores e arbustos- isolados, em


sebe, ou cortina, constituindo grupos ou maciços, ou alinhamentos, etc.

9- Proceder à plantação de herbáceas anuais ou vivazes;

10- Proceder à sementeira dos relvados.

Material e ferramenta necessária


1- Parcela de terreno de acordo com o tipo de jardim a
construir:
a) Terreno plano e de dimensão razoável-jardim clássico
b) Terreno plano ou com ligeiros declives sem restrições de
dimensão- jardim não clássico
2- Projeto do jardim com planos de plantação
3- Esquadro e bandeiras
4- Compasso de jardineiro, ferro de esticar, estacas
5- Maço, enxada, pá, sachos
6- Régua de plantação e fita métrica
7- Material vegetativo: árvores, arbustos, herbáceas, sementes de
relvado ou pasta de relva, etc.
8- Fertilizantes: adubos e estrumes
9- Material para a pavimentação: saibro, areia, pedra, madeira,etc
consoante o projeto do jardim

Manutenção de jardins
Quanto à manutenção, ela diz respeito às condições básicas que favorecem a
vitalidade do jardim, ou seja, trata-se da provisão das circunstâncias
essenciais à sobrevivência das espécies de plantas que habitarão esse
espaço. Portanto, o responsável pela manutenção deve estar a par da
classificação dos nutrientes, da importância da água para o desenvolvimento
da planta, da exterminação de pragas e doenças e dos tipos de podas.

Drenagem
Nos espaços verdes com deficiente infiltração e frequentemente
encharcados a instalação de sistemas de drenagem é indispensável para
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favorecer a remoção do excesso de água e assim proporcionar as melhores
condições de arejamento do solo para um adequado crescimento e
desenvolvimento das plantas.

Assim, sempre que necessário, os espaços verdes devem contemplar um


sistema de drenagem que permita remover o excesso de água no solo.

O sistema de drenagem consiste num conjunto de tubos perfurados,


designados por drenos, que são instalados no solo a uma profundidade
mínima de 25 cm. Estes tubos são de PVC, geralmente com parede ondulada
com perfuração na parte côncava, flexíveis e resistentes à pressão e ao
choque.

Para evitar o entupimento dos orifícios os drenos e a mistura da terra


vegetal com a camada drenante, assegurando a correta drenagem das águas
em excesso, os drenos são envolvidos por um tecido (manta) em
polipropileno, permeável e resistente, totalmente imputrescível e insensível
aos agentes de decomposição natural.

Os drenos deverão ficar assentes, ao longo de todo o seu comprimento, num


leito de areia grossa, colocada após a terra se encontrar perfeitamente
regularizada, com o declive homogéneo, não sendo admissível o emprego de
calços ou cunhas de qualquer material

O diâmetro dos drenos e o declive dos mesmos varia em função da


quantidade de água a drenar e das características do terreno.

A areia a utilizar terá que ser limpa, rija, isenta de substâncias impróprias,
peneirada quando necessário e preferencialmente de sílica ou quartzo.

A brita deve ser rija, bem lavada, não margosa, isenta de substâncias
impróprias e não conter elementos alongados ou achatados.

As ligações da rede de drenagem dos espaços verdes à rede de drenagem


principal devem ser efetuadas por meio de caixas cegas construídas em pré-
fabricados de betão. As ligações deverão garantir o declive ade- quado para
o escoamento e correto funcionamento de todo o sistema.

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Fig.2

Redes Rega
Os sistemas de rega devem ser instalados de acordo com um projeto
específico, podendo, contudo, ser sujeitos a correções durante o
desenvolvimento dos trabalhos para melhor adaptação ao terreno e à
disposição da vegetação existente.

Os sistemas de rega a utilizar nos espaços verdes devem ser, sempre que
possível, independentes dos sistemas de distribuição de água às populações
privilegiando sistemas alternativos que utilizem furos, minas e redes de
drenagem.

Antes da instalação de um sistema de rega devem ser avaliados a


disponibilidade de água e o caudal.

Boas práticas a seguir na instalação de um sistema de rega sob pressão e os


equipamentos e tipos de material a utilizar:

 Previamente à abertura das valas deve efetuar-se a piquetagem e


respetiva colocação das estacas nos locais de implantação das
válvulas, aspersores, pulverizadores, bocas de rega e nos extremos
dos percursos das tubagens.

 Nos espaços verdes devem sempre existir bocas de rega para


eventuais limpezas ou como complemento do sistema de rega
automático, distando no máximo 50 metros entre si.

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Tubagem:
• A tubagem é o conjunto dos tubos que constituem o sistema de rega.

• Tem como função a condução da água desde a sua origem até aos
emissores (aspersores, pulverizadores, gotejadores, etc.)

• A tubagem nos sistemas de rega de espaços verdes deve ser fixa e


enterrada.

• As tubagens devem ser instaladas sempre que possível em zonas


ajardinadas, sendo de evitar a sua colocação sob pavimentos e/ou
edifícios

Dispositivos para a aplicação da água


Aspersores

• Os aspersores são a componente mais importante de um sistema de


rega por aspersão uma vez que determinam a eficácia e a eficiência
de todo o sistema de rega.

• Na rega de espaços verdes o tipo de aspersores mais utilizados são


os aspersores rotativos de impacto, em que o jato roda por ação
mecânica devido ao impacto do próprio jato sobre um braço cujo
movimento faz rodar o aspersor e os aspersores rotativos de turbina,
em que a rotação é devida ao acionamento de uma pequena turbina
instalada no próprio aspersor.

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Fig.3

Pulverizadores
 Os pulverizadores funcionam a uma pressão inferior à dos
aspersores;

 Os pulverizadores destinam-se a regar pequenas áreas, pequenos


canteiros e superfícies irregulares de dimensão média.

Rega localizada
 Na rega localizada ou microrrega a água é aplicada apenas nas zonas
do terreno onde se desenvolvem as raízes das plantas que se
pretende regar.

Fig.4

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Sistemas de iluminação
A iluminação do jardim pode seguir os mais diferentes estilos. E faz toda a
diferença para a beleza da casa quando o sol se recolhe para seu descanso
diário, deixando para as lâmpadas e luminárias toda a responsabilidade de
destacar os detalhes do projeto paisagístico.

 Não há regras fixas para o planeamento luminotécnico, mas seguindo


algumas dicas é possível valorizar ainda mais a área externa da casa

Fig.4

Luz traz segurança, movimento, hierarquia, forma… Tudo se pode fazer com
luz hoje em dia, tanto para fins decorativos quanto funcionais, dependendo

do que se quer iluminar, Além disso, para escolher os materiais que serão
utilizados, deve-se conhecer os tipos de plantas que compõem o espaço, suas
características e composições.

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Fig.5

A fibra ótica como alternativa para iluminação "Um condutor de luz que se
ramifica em vários pontos, através de uma única ou mais fontes de luz.
Assim como as lâmpadas de LED, a fibra ótica não transmite altas
temperaturas às plantas, preservando-as.

Além disso, segundo a profissional, esse tipo de sistema tem outra


vantagem: a segurança. Isso porque não há transmissão de energia elétrica,
e os terminais não provocam choques ou queimaduras.

Fig.6

Halógenas também são bastante utilizadas em projetos pelo seu elevado


índice de reprodução de cor, mas possuem uma desvantagem:

 São quentes e transmitem calor à vegetação, cujas folhas podem ser


ressecadas, o que não acontece com o LED;

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 Uma grande vantagem do LED é que não emite radiação infravermelha
nem ultravioleta, logo valoriza a beleza da planta sem prejudicá-la;

Fig.7

O clima que se deseja dar ao espaço pode ser influenciado diretamente pela
temperatura de cor da lâmpada ou sua cor.

 Temperaturas de cor mais baixas, por exemplo, transmitem um ar


mais sofisticado;
 A determinação da cor ou temperatura de cor na iluminação
externa depende da necessidade e objetivos que se pretende
alcançar;
 Caso o objetivo seja dar destaque, a luz branca é muito indicada.

Onde fazer as Instalações?


• A escolha do tipo de luminárias dependerá do efeito desejado;

• Se quisermos o efeito de sombra e vultos, efeito selva, o


recomendado é colocar luminárias entre a vegetação;

• Já para iluminar todo o jardim de forma uniforme, a iluminação geral


pode ser feita com a instalação de postes e refletores;

• Se quiser dar destaque a arbustos, esculturas ou qualquer outro


objeto, a iluminação de destaque é obtida através de luminárias com
facho direcionado ou embutidas no solo;

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• Já a técnica up light é recomendada para valorizar uma árvore e,
através de uma luminária embutida no solo, permite iluminar o tronco
e a copa debaixo para cima.

Fig.8

• Para proporcionar segurança contra acidentes no jardim, a iluminação


de balizamento em passagens e escadas costumam ser feitas através
de minipostes ou embutidas no solo ou nos degraus;

Fig.9

• É fundamental observar o uso das cores, é preciso cuidado para não


gerar saturação e fadiga;

• O importante numa iluminação em jardim é transmitir a cor da


natureza de maneira simples;

• Luzes verdes devem dar destaque à copa de árvores ou à vegetação,


também a cor âmbar, que transmite um efeito alaranjado. Traz maior
harmonia e aconchego.

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• É importante cuidar o tipo de fiação que será utilizada, que precisa
estar adequada às cargas de cada circuito e à soma de potências que
serão empregadas.

• Caso os fios não estejam bem protegidos, acidentes com moradores e


até animais de estimação podem acontecer.

Fig.10

A Plantação
A respeito da plantação direi, simplesmente, que o uso das plantas vivazes
vem reatar igualmente as velhas tradições dos nossos jardins, em que havia
sempre grande número de arbustos e plantas vivazes. As plantas de flor,
quase sempre mais exigentes em termos de água, deverão manter-se num
justo equilíbrio com os arbustos e outras plantas mais resistentes á secura,
questão fundamental em Portugal onde a água custa dinheiro e não pouco.
No Verão, com a intensa luminosidade do nosso céu, devemos procurar
sobretudo as sombras frescas, guardando a abundância de flores para o
Outono, Inverno e Primavera. É a própria natureza que nos dá essa
indicação.

Para as bordaduras vivazes, temos condições ótimas para as manter todo o


ano, porque o problema do Inverno não existe em quase todo o País, e muitas
espécies que lá fora perdem a folha, aqui conservam-na até à rebentação,
desde que no verão recebam um pouco de água.

Vegetação

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A análise do coberto vegetal existente e potencial é espeto fundamental a

ter em conta num projeto de espaços exteriores. Todo o sistema ambiental


se conjuga naturalmente para apontar ao projetista as comunidades
vegetais mais adequadas e resistentes aos extremos do próprio clima. A
observação atenta e inteligente dos tipos de vegetação regional e local,
compreendendo não só as espécies existentes autóctones mas também as
introduzidas que deram provas de uma boa adaptação na paisagem, são
indicações a fundamentar o projeto.

MODELAÇÃO
A modelação proposta deverá ter em conta o relevo (e sistema de
drenagem) dos terrenos contíguos, todas as áreas modeladas devem

garantir o escorrimento superficial das águas pluviais, Evitar a utilização


de grandes muros de suporte, privilegiando-se a ligação entre diferentes
plataformas por taludes estabilizados (com vegetação), muros em gabiões

com enchimento de terra/pedra e plantados e pequenos muretes, Sempre


que o desnível justifique (superior a 0,80m) devem usar-se guarda/muros de
proteção.

PAVIMENTOS
A pavimentação dos espaços, o seu traçado e o seu enquadramento tem no
projeto do espaço exterior um papel de relevo – as especificidades e usos
do espaço e diferentes funções devem refletir-se na escolha dos
pavimentos. A escolha dos materiais tendo em vista a economia e a
sustentabilidade das soluções conduzirão a uma escolha adequada quanto ao
uso a que se destinam.

Características gerais a ter em consideração na escolha do


pavimento:
— Anti-derrapante

— Lavável

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— Durável

— Confortável, agradável e regular

— Fácil manutenção

— Estável

— Flexível

— Seguro

Escadas
As escadas entre plataformas deverão ser seguras, confortáveis e sempre
acompanhadas com uma rampa alternativa, os degraus devem ser
executados com materiais antiderrapantes e apresentar uma ligeira
pendente de modo a promover o escoamento superficial, a instalação de
grelhas e sumidouros no início e no fim das escadas pode também facilitar
a drenagem, evitando a formação de poças.

Mobiliário
Todo o mobiliário a aplicar deverá ser de qualidade, resistente à

agressividade do meio e ao vandalismo, de fácil manutenção ou reparação.


Mobiliário de carácter didático ou elementos de expressão artística, de
natureza permanente ou temporário

— Relógios de sol;

— Cata-ventos;

— Bombas eólicas;

— Bebedouros e comedouros para pássaros;

— Esculturas;

— Murais;

— Objetos comemorativos;

— Fotografias;

— Etc.

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VEGETAÇÃO
Árvores e Arbustos

 Devem ser utilizadas preferencialmente espécies autóctones,


próprias ou já correntes na região;
 Dever-se-á ainda ter em consideração o fator tempo – que conduz a
alterações evidentes no material vivo. As alterações de estrutura,
porte, coloração, etc. obrigam o Arquiteto Paisagista a uma previsão
destas variáveis, independentes da sua vontade;
 Características como o porte, a cor, a folhagem e a densidade de
plantação das espécies propostas, devem ser consideradas e avaliadas
quanto às suas implicações estéticas, de conforto e de segurança – a
composição de maciços mistos, contribui para a diversificação de
cores e aromas, acentuando os ciclos sazonais;
 Devem ser apresentados todos os exemplares que pelo seu interesse,
porte, idade ou raridade o Arquiteto Paisagista pretenda preservar,
sendo também da sua responsabilidade, a avaliação do estado
fitossanitário dos exemplares a preservar;
 Sempre que no terreno se considerem árvores a preservar, o seu
abate ou transplante deve estar dependente de opinião
fundamentada e escrita do Arquiteto Paisagista responsável;

As referidas etiquetas deverão ser materializadas de


acordo com os seguintes parâmetros:
1. Inscrição

– Nome científico da planta (em itálico)

– Nome vulgar

– Origem

2. Material

– Inscrição gravada

– Fácil e clara leitura

– Durável e resistente

3. Forma

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– Preferencialmente retangular / oval de forma a facilitar o ponto

4. Fixação

– Firme, definitivo, permanente

– No solo com fixação adequada

– Na planta sem afetar o seu desenvolvimento;

• Devem definir-se claramente as zonas de sol, sombra e meia


sombra;

• Em zonas pavimentadas, as caldeiras para a plantação de árvores


terão as dimensões mínimas: 1,20m de lado ou diâmetro e
profundidade;

• A localização das espécies arbóreas e arbustivas deve ser


compatibilizada com as infraestruturas subterrâneas, colunas de
iluminação e elementos de mobiliários previstos;

Herbáceas de revestimento
• Ornamentam e complementam as manchas de arbustos e árvores
existentes;

• Podem ser utilizadas em floreiras de menor dimensão;

• Devem ser utilizadas preferencialmente espécies autóctones, que se


agrupam de acordo com as suas necessidades hídricas.

Prados e Relvados
 Os prados ou relvados serão constituídos por espécies que se
adaptem às condições do local (disponibilidade de água, insolação,
ensombramento, etc.), resistentes à secura;
 Os prados permitem a incorporação de uma maior diversidade de
espécies, adquirindo assim “imagens “diferentes ao longo do ano. São
mais resistentes e menos exigentes em manutenção;

Árvores, arbustos e herbáceas


A seleção de espécies deve obedecer a vários princípios que, de uma forma
resumida, se podem agrupar nos itens que se descrevem em seguida:

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Espaço disponível
A opção de plantar árvores, arbustos ou herbáceas num dado espaço
prende-se não só com a concorrência que as plantas instaladas podem fazer
entre si (competição pela luz, pelos nutrientes, pelo espaço para o
desenvolvimento do raizame ou da parte aérea), mas também com a
interferência da vegetação nas atividades humanas, nos equipamentos e
infraestruturas (canalizações, cabos elétricos, escoamento de águas, entre
outros)

Considere-se ainda que o comportamento das árvores e arbustos em meio


urbano é, muitas vezes, bastante diferente daquele que apresentam no seu
meio natural, pelo que se torna necessário um acompanhamento e registo
permanente e atualizado do seu estado, de modo a facilitar futuras
intervenções.

Fig.11

Bibliografia
Planeamento de Jardins – Williams, Robin, Enciclopédia de Práticas
agrícolas, Pub. Europa- América Jun, 1998;

Manual de boas práticas em Espaços verdes Haman, D.Z. & Yeager, T.H.,
2001. Field Evaluation of Container Nursery Irrigation Systems: Uniformity
of Water Application in Sprinkler Systems. FS98-2 Florida Cooperative
Extension Service, Universityof Florida. Pereira, L.S., 2004. Necessidades
de água e métodos de rega. Publicações Europa América. Mem Martins,
Portugal.

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Manual de Projeto: arquitetura paisagístico- A.Viana Barreto, Margarida
Valle, Francisco salvação Barreto, Agosto 2009;

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