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P1015 - ALTERAÇÃO DE EDIFÍCIO

EXISTENTE

RUA FORMOSA 410 / 414 - PORTO

PROJETO DE FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

Julho 2016

P1015 Alteração de Edif. Projeto de Execução /


Existente: Rua Fundações e Estruturas
Formosa, 410 / 414
– Porto
Conteúdo

1 Introdução ........................................................................................................................................ 3

2 Descrição geral da estrutura ............................................................................................................ 3

2.1 Lajes ....................................................................................................................................... 3

2.2 Vigas ....................................................................................................................................... 3

2.3 Pilares ..................................................................................................................................... 3

2.4 Fundações .............................................................................................................................. 4

3 Materiais ........................................................................................................................................... 4

4 Bases de Cálculo e regulamentação ............................................................................................... 4

5 Quantificação das Ações ................................................................................................................. 6

5.1 Ações Permanentes .............................................................................................................. 6

5.2 Ações Variáveis ..................................................................................................................... 6

5.2.1 Sobrecargas ........................................................................................................................ 6

5.2.2 Ação do vento ...................................................................................................................... 6

5.2.3 Ação do sismo ..................................................................................................................... 6

6 Verificação da Segurança ................................................................................................................ 6

6.1 Lajes ....................................................................................................................................... 6

6.2 Vigas ....................................................................................................................................... 6

6.3 Pilares ..................................................................................................................................... 7

6.4 Fundações .............................................................................................................................. 7

7 Generalidades .................................................................................................................................. 7

8 Metodologia de análise e verificação da segurança ........................................................................ 7

9 Análise e dimensionamento ............................................................................................................. 7

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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1 Introdução
O presente estudo refere-se ao dimensionamento das Estruturas e Fundações, efetuado para a obra
de alteração de um edifício de habitação multifamiliar, no Porto.
É feita uma descrição geral da estrutura no capítulo 2.
Os principais materiais previstos na execução da obra são referidos no capítulo 3.
As normas regulamentares em que se baseia o presente estudo e a verificação das condições de
segurança são brevemente descritas no capítulo 4.
No capítulo 5 estão resumidas as ações relevantes consideradas no estudo.
A verificação de segurança é apresentada no capítulo 6.

2 Descrição geral da estrutura


A estrutura existente é constituída por paredes laterais estruturais em alvenaria resistente em granito.
As lajes de pavimento são aligeiradas. A cobertura é constituída por vigas transversais em madeira e
madres em madeira.
A intervenção estrutural é apenas na construção de um mezzanine em estrutura metálica com um
pilar e vigas, ao nível do piso 4.

2.1 Lajes
Não aplicável.

2.2 Vigas
As vigas em betão armado são de geometria retangular, com larguras e alturas variáveis, conforme a
sua localização na conceção estrutural adotada. Foram previstas vigas metálicas na sua generalidade
de alma cheia, para reforço de elementos existentes ou a construir.
A maioria das vigas apresentam dimensões fixadas pela geometria da arquitetura, outras foram
fixadas pelo dimensionamento estrutural.
Poderão existir vigas do tipo embebida, invertida e aparente.

2.3 Pilares
Foram estudadas secções de pilares tendo em conta as condicionantes arquitetónicas, mas
cumprindo sempre as condições de resistência e estabilidade.
Os pilares foram dimensionados de forma a verificarem a segurança ao estado limite último de
resistência à flexão composta e encurvadura.

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2.4 Fundações
Não aplicável.

3 Materiais
Todos os materiais utilizados na obra serão da melhor qualidade, adequados aos fins em vista,
obedecendo às características mínimas exigidas pela regulamentação portuguesa em vigor e
sujeitando-se ainda a sua aplicação a resultados de ensaios obtidos em laboratórios oficiais.
Os materiais utilizados deverão obedecer às seguintes características:
Betão de limpeza (fundações) C12/15
Restantes elementos C30/37
Aço para betão armado A500NR
Aço em estrutura metálica S275JR no interior; S275J0 no exterior
Os recobrimentos previstos para as armaduras ordinárias serão:
5 cm nos elementos enterrados ou em contacto com a água.
3.5 m para pilares e vigas.
3.0 cm para as lajes e paredes.
O betão das zonas em contacto com o terreno ou com água, terá a composição adequada ao meio
agressivo com o qual estará em contacto, mediante a adição dos hidrofugantes apropriados.

4 Bases de Cálculo e regulamentação


Na análise e dimensionamento da estrutura adotaram-se os critérios de verificação de segurança aos
Estados Limites Últimos e de Utilização preconizados na regulamentação portuguesa de estruturas e
outras:
RSA - Regulamento de Segurança e Ações em Estruturas de Edifícios e Pontes.
REBAP- Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado.
Tiveram-se ainda em consideração algumas das disposições constantes dos novos Eurocódigos
nomeadamente:
EN 1992-2: 1995 "Eurocode 2 - Design of Concrete Structures - Part 2
Norma Portuguesa NP EN 206
A segurança em relação aos Estados Limites Últimos foi feita, em geral, em termos de esforços com
base na condição.
Sd ≤ Rd
em que Sd e Rd designam respetivamente os valores de dimensionamento do esforço atuante e do
esforço resistente.
Foram consideradas, para os Estados Limites Últimos, as seguintes combinações fundamentais
i) Em geral

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m  m 
Sd = ∑ γ gi S Gik + γ q  S Qik + ∑ ψoj S Qjk 
i =i  j =2 
em que
SGik - esforços resultantes de ações permanentes consideradas com os seus valores característicos
SQik - esforço resultante da "ação variável base" tomada com o seu valor característico
SQjk - esforços resultantes das restantes ações variáveis tomadas com os seus valores
característicos.
Os coeficientes de segurança γgi e γq, respetivamente para ações permanentes e variáveis serão os
seguintes:
peso próprio da estrutura .......................................γg=1.35 ou 1.0,
(conforme mais desfavorável)
restantes cargas permanentes ...............................γg=1.35 ou 1.0
ações variáveis .........................................................γq=1.5
Os coeficientes de redução ψ foram considerados de acordo com o RSA.
ii) No caso da ação variável base ser a ação sísmica, cujos valores característicos dos esforços são
designados por SEK, tem-se:
m M
Sd = ∑ S Gik + γ q S EK +∑ ψ 2 J S qJK
i =1 J =2

com gq=1.5 e ψ2j são os coeficientes dados RSA associados aos valores quase permanentes (ψ2j
SQjk) das restantes ações variáveis. Os valores ψ2 = 0, dados em alternativa com ψ2 = 0.4, são
aplicados apenas quando a ação variável de base é a ação sísmica.
Em relação aos Estados Limites de Utilização consideraram-se em particular os seguintes estados
estado limite de fendilhação
estado limite de deformação
Em relação aos estados limites de largura de fendas, a verificação da segurança foi feita para a
combinação rara de ações, isto é, considerando os estados limites de muito curta duração. Assim, a
verificação da largura de fendas a curto e longo prazo foi feita para as combinações: ”Ações
Permanentes” + “Valor Raro da Ação Variável Base” + Valores Frequente das Restantes Ações
Variáveis”
As larguras máximas de fendas foram limitadas em geral a 0.3mm, por razões de garantia de
durabilidade da obra.
Em relação aos Estados Limites de Utilização foram efetuadas verificações complementares em
relação à tensão de compressão máxima no betão.
Na verificação da segurança em relação aos estados limites de deformação foram adotadas as
disposições da regulamentação internacional constantes do novo Eurocódigo 2, Parte 2 – ENV 1992.

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5 Quantificação das Ações

5.1 Ações Permanentes


As ações permanentes foram avaliadas tendo em conta as dimensões reais dos diferentes elementos
estruturais e os pesos volúmicos correspondentes.

- Betão armado 25 kN/m3


- A500NR 77 kN/m3

Além do peso próprio resultante das secções das peças que constituem a estrutura principal, foram
consideradas as seguintes cargas permanentes uniformemente distribuídas.

Mezzanine: 1.00 kN/m2

5.2 Ações Variáveis

5.2.1 Sobrecargas

Mezzanine: 2.00 kN/m2 e nas circulações e exterior 3.00 kN/m2

5.2.2 Ação do vento


Não aplicável

5.2.3 Ação do sismo


Para a ação do sismo foi considerada a localização na Zona D em solo tipo II.

6 Verificação da Segurança
A verificação da segurança dos diferentes elementos estruturais foi feita luz do RSA em termos de
Estados Limites.
A verificação da segurança em termos de Estado Limite Último foi feita com recurso a programas de
cálculo automático, para as combinações de acções mais desfavoráveis.

6.1 Lajes
Não aplicável.

6.2 Vigas
O cálculo das vigas foi efetuado recorrendo a um programa de cálculo automático.

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6.3 Pilares
O dimensionamento dos pilares foi efetuado para a totalidade do esforço axial, proporcional à sua
área de influência, e ainda aos momentos fletores que proporcionalmente à sua rigidez, lhe é
transmitido pelas vigas. Resultando assim o dimensionamento das secções dos pilares, à flexão
composta com compressão e considerando a encurvadura.

6.4 Fundações
Não aplicável.

7 Generalidades
Sempre que haja algum assunto que se não veja tratado nesta memória e sobre o qual se levantem
dúvidas, sempre que ocorra qualquer dúvida sobre a forma de interpretar os desenhos ou os
elementos escritos, deve o projetista ser contactado, e na impossibilidade de se dar esse contacto,
deve o empreiteiro proceder da forma mais correta, de acordo com os princípios da boa conduta, nas
decisões que tiver de tomar.

8 Metodologia de análise e verificação da segurança


Em conformidade com a regulamentação atrás citada, os esforços atuantes nas estruturas foram
determinados admitindo comportamento elástico-linear para os materiais, vindo os correspondentes
esforços resistentes definidos de acordo com as teorias de comportamento estabelecidas
regulamentarmente para os materiais, nomeadamente no REBAP, EC2 e MC90 para a estrutura de
betão armado.

9 Análise e dimensionamento
No cálculo das estruturas utilizam-se modelos de cálculo elásticos lineares baseados na geometria da
estrutura, utilizando-se modelos tridimensionais e planos, constituídos por elementos finitos de barra
ou de casca. Estes permitem determinação dos esforços, estados de tensão e de deformação
instalados nos diferentes elementos estruturais. O programa está largamente testado em obras
projetadas e já executadas.
O programa de cálculo desenvolve-se em ambiente gráfico quer na fase de introdução dos dados
quer na saída dos resultados, podendo os mesmos estar igualmente disponíveis sob listagens
numéricas.
Em caso de necessidade pode-se fornecer os respetivos resultados do cálculo

Porto, 21 de Julho de 2016

Carlos César
(Eng. Civil)

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