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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

GESSICA NATALIA SANCHES ZMORZYNSKI


JULIA TAKASAKI COSTA
VALÉRIA APARECIDA DA SILVA REIS

ARBORIZAÇÃO URBANA

CURITIBA
2017
GESSICA NATALIA SANCHES ZMORZYNSKI
JULIA TAKASAKI COSTA
VALÉRIA APARECIDA DA SILVA REIS

ARBORIZAÇÃO URBANA

Trabalho elaborado na disciplina de


Introdução a engenharia florestal requerido pela
Professora Doutora Daniela Biondi com o objetivo da
obtenção de nota.

CURITIBA
2017
RESUMO

O presente trabalho consiste em uma demonstração sobre os espaços


públicos vegetados na organização dos aglomerados urbanos. Serão abordados
aspectos da arborização urbana através de seus conceitos, principais condições
para a arborização, principais problemas relacionados a arborização, atuação do
Engenheiro Florestal na área e como consequência a arborização urbana presente
no Brasil, Paraná e por fim em Curitiba.
Utiliza-se como fundamentação teórica os aspectos conceituais que definem e
caracterizam as principais funções da arborização urbana. As diferentes concepções
construídas que vieram a gerar algum problema e que necessitam de atenção. E a
importância do Engenheiro Florestal e seu conhecimento para a implantação da
arborização, para ser realizada de forma mais adequada. Observa-se também
algumas principais cidades do Brasil e do estado do Paraná com altos índices de
arborização e cidades que devem ser melhoradas para benefício mutuo da
população.
SUMÁRIO

1. Introdução...............................................................................................................4
2. Arborização conceitos...........................................................................................5
2.1. Condições..............................................................................................................6
2.2. Principais problemas.............................................................................................7
3. Atuação do engenheiro florestal...........................................................................8
4. Arborização no Brasil e Paraná............................................................................9
5. Arborização em Curitiba......................................................................................11
6. Conclusão.............................................................................................................12
7. Referências...........................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO

O uso do verde urbano, especialmente no que diz respeito aos jardins,


constituem-se em um dos espelhos do modo de viver dos povos que o criaram nas
diferentes épocas e culturas. A princípio estes tinham uma função de dar prazer à
vista e ao olfato (LOBODA, C. R. e DE ANGELIS, B. L. D. 2005).

Assim como a  vegetação em ambiente urbano além do aspecto


paisagístico facilmente percebido tem também a função de garantir uma melhora na
qualidade de vida dos habitantes uma vez que garante proteção contra ventos,
sombreamento, diminuição da poluição sonora, absorção da poluição atmosférica e
diminuição das ilhas de calor. Além de favorecer a recarga hídrica e garantir locais
para reprodução de alguns insetos e pássaros que podem ajudar no controle de
vetores (fonte: www.infoescola.com).
No Brasil, o percentual de arborização nas cidades possui uma grande
variação. As cinco capitais mais arborizadas são: Goiânia; Campinas; Belo
Horizonte; Porto Alegre e Curitiba. Tendo Goiânia 89,5% de arborização e Curitiba
com 76,4%.
O Paraná é um dos estados exemplares quando se trata desse assunto
tendo 146 municípios com 95% ou mais de arborização e apenas 68 municípios que
têm taxa de arborização de 0% a 60%.
Lobota e De Angelis (2005), afirmam que “de forma mais intensa,
sobretudo nas últimas décadas, a discussão dos problemas ambientais vem se
tornando uma temática obrigatória no cotidiano. Assim sendo, as áreas verdes
tornaram-se os principais ícones de defesa do meio ambiente pela sua degradação,
e pelo exíguo espaço que lhes é destinado nos centros urbanos”.

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2. Arborização conceitos

A diversidade de espécies plantadas nas cidades é enorme e para que tudo


ocorra da maneira correta existem diversos passos que devem ser seguidos, caso o
contrário os danos podem ser gigantescos tanto para a cidade quanto para a
natureza.
Por trás da básica definição de simples plantio de árvores no meio
urbano, Coelho (2017) “existe uma grande área de estudo que ainda é pouco
conhecida pela maioria. Área esta que possui princípios bem consolidados, e que
vem trazendo muitas vantagens para nossas vidas”. Pois, continua a redatora, “nas
cidades as árvores desempenham um papel muito importante na melhoria da
qualidade de vida da população e do meio ambiente”.
Entre os benefícios podemos citar: bem-estar psicológico, efeito estético,
sombra para os pedestres e veículos, proteção contra o vento, diminuição da
poluição sonora, redução do impacto da água de chuva, auxílio na diminuição da
temperatura e preservação da fauna silvestre e muitos outros.
Os responsáveis por esse feito de tamanha importância para o ser
humano é principalmente a gestão pública (prefeituras, municípios, ...) junto com
especialistas, desde o planejamento do plantio até a manutenção e podas.
As análises e planejamentos devem visar a estrutura das cidades e os
tipos de árvores ideais para cada região e também observar os lugares adequados
para o plantio preservando monumentos históricos e tomando cuidados com
construções e fiações elétricas.

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2.1. Condições para Arborização

Por mais que as vantagens de se possuir as espécies arbóreas no meio


urbano sejam enormes, existem muitos cuidados a serem tomados para que as
mesmas não causem transtorno no meio onde estão inseridas.
Segundo Pivetta e Silva Filho (2002), esses cuidados são:
 Analisar a resistência dessas plantas a pragas e doenças;
 Observar se a árvore não é do tipo que produz frutos grandes para evitar que
um desses frutos machuque alguém ou danifique estruturas e até pertences
como automóveis;
 Verificar se os troncos e ramos das árvores tenham lenho resistente, para
evitar a queda na via pública, bem como, serem livres de espinhos;
Observar que:
 As árvores não podem conter princípios tóxicos ou de reações alérgicas;
 A árvore deve apresentar bom efeito estético;
 As flores devem ser de preferência de tamanho pequeno, não devem exalar
odores fortes e nem servirem para vasos ornamentais;
 A planta deve ser nativa, se exótica deve ser adaptada;
 A folhagem dever ser de renovação e tamanho favoráveis, já que podem
causar entupimento de calhas e canalizações, quando não, danificar
coberturas e telhados;
 As copas das árvores devem ter forma e tamanho adequados ao ambiente;
 Quanto às raízes, estas devem ser profundas, para evitar que a árvore venha
a prejudicar as calçadas e as fundações dos prédios e muros.

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2.2. Principais problemas

Caso os responsáveis pela produção e pelos reparos da arborização não


tomem o devido cuidado necessário, podem ocorrer muitos estragos, má formação e
diversos fatores prejudiciais ao meio urbano e seus habitantes.
Um desses fatores prejudiciais se dá pelas condições do solo. Os
materiais e elementos que criam as calçadas muitas vezes podem afetar o meio
onde as árvores estão plantadas. Elevação e fissuras do solo/calçada: é um indicio
de pouco espaço para a planta, onde seu desenvolvimento acaba afetando a
estrutura urbana. As mesmas podem ter má formação da raiz, além de diminuir a
qualidade de absorção de água pela planta. Veículos pesados também podem
desestruturar o local onde estão as árvores causando esses mesmos fatores.
Assim, é necessário maior espaço do que profundidade para o
desenvolvimento ideal das plantas (Prefeitura municipal de Piracicaba, 2007),
permitindo maior absorção de água e nutrientes e buscando evitar a compactação
do solo.
Problemas também relacionados ao tamanho das covas das árvores
podem ocorrer. Quando muito pequenas causam o pouco espaço para o
desenvolvimento da planta, e quando muito grandes não dão a fixação necessária
para o desenvolvimento da árvore.
Outro fator que pode causar problemas caso não seja cuidado, é a poda
malfeita. Administrada de forma incorreta pode causar à planta problemas para
sobreviver, porque ao realizar a podagem a árvore é cortada além do necessário.
Porém a falta de poda também pode apresentar problemas principalmente
para a população, o excesso de galhos e folhas pode se romper e acabar gerando
diversos tipos de acidentes.

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3. Atuação do Engenheiro Florestal

Apesar da área da arborização não ser destinada apenas para a atuação do


engenheiro florestal, que se demonstra o mais apto para essa função. De acordo
com a grade curricular do curso de engenharia florestal da Universidade Federal do
Paraná, é possível observar a quantidade de matérias voltadas diretamente ou
indiretamente para a área de arborização, dentre elas temos: morfologia vegetal;
anatomia da madeira; sistemática vegetal; conservação da natureza; fisiologia
vegetal; dentre diversas outras (fonte: www.floresta.ufpr.br).

Em sua atuação em campo o engenheiro segue princípios básicos no local


trabalhado, devem ser observados os aspectos como a presença ou não de árvores,
a localização nas calçadas e/ou canteiros centrais, a adequação da espécie
existente e seu porte ao local, a sua posição em relação a possíveis conflitos com a
fiação aérea, tubulações subterrâneas, postes de iluminação, edificações,
visibilidade de placas, formação de sombras e indícios de manutenção, além dos
danos (existentes e potenciais) ao patrimônio e aos cidadãos (UNOESC 2016).

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4. Arborização no Brasil e Paraná

Figura 1: Gráfico tudo verde, fonte IBGE, infográfica, Gazeta do Povo

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O gráfico acima demonstra que a principal cidade com índices altos de
arborização no Brasil é a Capital Goiânia (89,5%), contribuindo para a qualidade de
vida de seus habitantes. Áreas com cobertura de solo exposto, como áreas de
plantio, queimadas e bairros sem cobertura asfáltica registraram altas temperaturas
(maiores que 38 ºC). As temperaturas amenas registradas (< 23 e 30 ºC)
correspondem a áreas de vegetação densa, como as matas de galerias, o Jardim
Botânico e o Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, registrou-se uma
diferença de até 8ºC em relação a áreas antropizadas. (DE SOUZA, B. S. e
FERREIRA, G. L)
A pesquisa foi realizada em quinze cidades brasileiras com mais de 1
milhão de habitantes, que também pode constatar que a capital Manaus apesar de
ser localizada no coração da floresta amazônica, tem apenas 25,1% da área urbana
arborizada. O índice é considerado baixo e o volume insuficiente de árvores pode trazer
consequências para a saúde da população. As pressões urbanas provocadas pelo
descarte incorreto de lixo e as invasões ameaçam as áreas verdes da capital (CASTRO,
M. 2013).
Paraná tem uma média de 77,1% de arborização, um resultado acima da
média nacional que é de 67,4%. Em relação as cidades do estado os números
também são expressivos tendo 146 municípios com 95% ou mais de arborização e
apenas 68 que têm taxa de arborização de 0% a 60%. Esses resultados foram
retirados pelo IBGE que analisava cada rua e quadra com a existência de árvores.

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5. Arborização em Curitiba

Assim como o estado do Paraná, Curitiba se encontra acima da média


nacional quando se trata de arborização urbana (76,4%) um pouco acima da
porcentagem de nosso estado.
As principais áreas verdes neste município são dadas pela enorme
quantidade de bosques e parque públicos, sendo em média mais de vinte deles,
tendo como principais: Bosque Boa Vista; Passeio público; Parque Barigui e Jardim
Botânico.
A existência dessas áreas favorece não só o ser humano, que dispõem
de um local para lazer e a pratica de diversas atividades que favorecem sua saúde,
mas também o meio ambiente em si. Muitas espécies de seres vivos dependem
desses ambientes para a sobrevivência, muitos deles animais de pequeno, médio e
grande porte.

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6. Conclusão

Nas circunstâncias atuais, o planejamento das áreas de arborização urbana


parte do investimento e cuidado de seus municípios, que necessita de investimentos
para fazer com que o benefício de áreas verdes urbanas não se torne um malefício.
Pois é necessário que a poda das árvores seja feita na frequência certa e de
forma correta. Assim os acidentes cometidos por galhos que já deveriam ter sido
cortados, entram em atrito com a fiação elétrica das ruas e a queda de galhos que
destroem patrimônios, porém poderiam ser evitados.
É importante também a observação da importância da profissão do
engenheiro florestal para beneficiar na solução de problemas que foram e já
poderiam ter sido solucionados com o seu conhecimento sobre a implementação de
áreas verdes públicas.
Todavia, na identificação dos municípios que possuem arborização em
quantidade significativa como Goiânia. Acaba nos causando certo espanto na falta
de arborização em Manaus, já que se trata da capital do Amazonas, localização da
Floresta Amazônica. Onde através da constatação do baixo índice de arborização
urbana, mostra a necessidade da obtenção de novas áreas verdes.

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7. Referências

Arborização de vias públicas: ambiente X vegetação. Ítalo Filippi Teixeira

Arborização urbana. Disponível em <http://digicade.com.br/blog/o-que-e-arborizacao-urbana-e-


quais-as-suas-vantagens/>. Acessado em 19/10/2017.
Arborização urbana. Disponível em <https://institutoverdesrumos.com.br/historia-da-arborizacao-
urbana-no-brasil-e-o-uso-de-especies-exoticas-e-nativas/>. Acessado em 19/10/2017.

Arborização urbana. Disponível em <http://www.redetiradentes.com.br/ronaldotiradentes/manaus-e-


belem-sao-as-capitais-menos-arborizadas-indica-ibge/>. Acessado em 19/10/2017.

Arborização urbana. Disponível em <https://hintigo.com.br/cidades-mais-arborizadas-do-brasil/>.


Acessado em 19/10/2017.

Arborização urbana. Disponível em http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/meio-


ambiente/curitiba-e-a-5-grande-cidade-mais-arborizada-do-brasil-2srdxduvgph7wqd2k1taeynv2/>.
Acessado em 19/10/2017.

Arborização urbana. Disponível em <https://hintigo.com.br/cidades-mais-arborizadas-do-brasil/>.


Acessado em 19/10/2017.

Arborização urbana. Disponível em <www.infoescola.com>. Acessado em 03/11/2017.

CASTRO, M. , “ Em plena Amazônia, arborização em Manaus cobre só 22% da área urbana”, v.3 n4.
P. 89 out. 2013, Manaus, AM;

DE SOUZA, B. S. e FERREIRA, G. L, ” RELAÇÃO ENTRE TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE


TERRESTRE, ÍNDICES ESPECTRAIS E CLASSES DE COBERTURA DA TERRA NO MUNICÍPIO
DE GOIÂNIA (GO) “ G. L. RA´E GA 26 (2012), p. 75-99, Curitiba, Departamento de Geografia – UFPR

Grade Curricular. Disponível em < www.floresta.ufpr.br >. Acessado em 03/11/2017.

Imagem de cova. Disponível em <http://darcibergmann.blogspot.com.br/2011/05/arborizacao-urbana-


e-rural-dicas.html>. Acessado em 01/11/2017.

LOBODA, C. R. e DE ANGELIS, B. L. D, “ÁREAS VERDES PÚBLICAS URBANAS: CONCEITOS,


USOS E FUNÇÕES”, v.1 n.1 p. 125-139 jan./jun. 2005, Ambiência Guarapuava, PR;

Parques e bosques. Disponível em <http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/parques-e-bosques-


smma/267>. Acessado em 01/11/2017.

Manual técnico de arborização urbana. Nara Rejane Zamberlan dos Santos

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