Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conforto bioclimático
Rodrigo - Mapa 1, 2 e 3:
Dandara – Mapa 4, 5 e 6:
2:
Comportamento da temperatura nos espaços urbanizados (+ prováveis no verão
e no inverno)
podem variam entre 20 a 30º C (o quarteirão apresenta valores entre 2 e 4 – zona
mais alta do quarteirão com temperaturas mais altas que variam entre 3-4 e a zona
mais baixa varia entre 2-3)
temperaturas entre 5 e 15ºC (o quarteirão apresenta valores entre -1 a 0 – zona mais
alta do quarteirão com temperaturas que variam entre 0-1 e a zona mais baixa com
valores entre -1 e 0)
em algumas temporadas, a zona pode experimentar invernos mias amenos, enquanto
em outras temporadas pode haver invernos mais frios ou mais quentes do que o
esperado
3:
Skyview Factory
menos radiação solar nas ruas estreitas (recebem menos luz devido à sua localização
no quarteirão)
mais radiação solar nas ruas que ficam nas extremidades do quarteirão (áreas mais
expostas a radiação solar) – mais radiação, mais aptidão
População e edificado
A população residente é composta maioritariamente por idosos, indicando a
necessidade de haver atividades e espaços que possam servir a essa população
4:
Probabilidade de Ocorrencia de
acelaração e travagem dos fluxos de
ar no verão e no inverno
(Anomalias térmicas de temperaturas
altas muito prováveis no Verão)
A nossa região é das zonas do Porto
com mais anomalias térmicas.
Esta zona já tem poucas zonas verdes,
ou até quase nenhumas com impactos
significativo, a isto acrescenta-se ainda as anomalias
térmicas.
As copas das árvores podem impedir que parte dos raios solares cheguem ao chão,
mas não é só pela sua sombra que ajudam a arrefecer as cidades.
As árvores precisam de água para crescer, mas a maioria da água que absorvem é
devolvida à atmosfera através da transpiração, diminuindo a temperatura do ar.
Este é um contributo insubstituível, principalmente no Verão, e particularmente
importante no contexto das alterações climáticas, com o aumento de fenómenos e
anomalias, como ondas de calor.
A vegetação em meio urbano é também um contributo para atenuar as “ilhas de calor
urbano”, as zonas da cidade onde a temperatura é mais elevada devido aos materiais
que absorvem o calor, como o cimento e o asfalto,
Um estudo realizado na cidade de Lisboa, que poderá servir como paralelo para a
cidade do Porto, concluiu que nas ruas arborizadas, a temperatura era em média 1
grau mais fresca do que em ruas sem vegetação, podendo estas diferenças chegar
aos 3,7 graus. Outro estudo indica que a plantação de árvores em sítios estratégicos
pode ajudar a refrescar o ar entre 2 e 8 graus, além de promover uma poupança de
energia ao reduzir as necessidades de climatização.
Na zona que estamos a estudar entendemos que o aumento de zonas verdes é
necessário e crucial. No entanto, são poucas as zonas verdes e o que vemos é que
mesmo as existentes estão a ser destruídas.
As zonas verdes nesta zona não iriam só ajudar a combater as anomalias térmicas de
temperaturas altas, iriam também melhorar a qualidade do ar e reduzir as inundações.
(Anomalias térmicas de temperaturas baixas muto prováveis no inverno)
No inverno as anomalias térmicas não são tão significativas, como no verão.
As zonas verdes e as árvores também ajudariam a combater as anomalias térmicas de
temperaturas baixas. As árvores podem funcionar como barreiras naturais contra o
vento frio. Quando as zonas verdes estão em zonas estratégicas ajudam a diminuir a
velocidade do vento e reduzem a sua penetração em áreas residências,
proporcionando proteção contra o frio.
As áreas verdes com árvores também ajudam a diminuir a perda de calor das
edificações. Elas atuam como isolantes naturais.
Desempenham um papel crucial na redução de dióxido de carbono na atmosfera.
Quando absorvem CO2 durante a fotossíntese, libertam oxigénio, o que contribui para
melhorar a qualidade do ar.
Um ambiente com ar mais limpo pode, indiretamente, ajudar a regular a temperatura e
a tornar as condições de vida mais confortáveis durante o frio intenso.
As árvores também ajudam a reter calor durante os dias mais frios. Elas absorvem a
luz solar durante o dia e liberam calor à noite, o que pode elevar ligeiramente a
temperatura local.
Outras formas de combater as anomalias térmicas de temperaturas baixas e altas são
a construção de edifícios com matérias com características isolantes para reter o calor
no inverno e manter a temperatura agradável no verão. A construção de praças e
parques, que criaria mais espaços verdes, ou seja, a zona deveria de ter um
planeamento urbano sensível ao clima e o que vemos é uma despreocupação na
construção dos edifícios e nos espaços verdes.
6:
O comportamento da temperatura nos
espaços urbanizados
Forças:
Gestão do património histórico
Preservação da arquitetura e identidade cultural
Algum comercio tradicional
Proximidade ao Rio Douro
Fraquezas:
Prioridade dos alojamentos temporários sobre a qualidade e falta de habitação da
população residente
Gestão inadequada de resíduos
Pressão sobre a infraestrutura histórica devido ao turismo intenso
Poluição sonora
Falta de áreas verdes ou espaços abertos
Mobilidade urbana débil
Forte impacto do tráfego automóvel
Vulnerabilidade da população local
Ameaças:
Poluição do ar e sonora devido ao tráfego intenso
Pressão sobre os recursos hídricos
Falta de espaços verdes, levando à degradação da qualidade ambiental
Falta de planejamento urbano sustentável
Necessidade de um sistema eficiente de gestão de resíduos
Áreas privadas podem ser abertas ao público para aumentar o acesso da comunidade
para infraestrutura verde.
Processos de exclusão e isolamento social e derivados do isolamento e degradação
do edificado
Oportunidades:
Recorrer a fundos comunitários e a programas nacionais de captação de recursos
para empreender obras de isolamento e melhorias estruturais dos edifícios.
Desenvolver espaços e atividades e fazer reconversões que aproveitem as áreas com
maior incidência da luz solar
Apresentação do projeto
A nossa proposta de intervenção no terreno visa sobretudo valorizar a zona, mas
priorizar a comunidade oferecendo-lhe uma melhor qualidade de vida. Propomos a
criação de um centro cívico que impulsione o quarteirão e volte a dar á população uma
vida digna. Ainda que esta intervenção implicasse a supressão do terminal rodoviário
Parque das Camélias, os ganhos do novo Centro cívico superam as perdas do serviço
anterior.
Ao construir cidade é necessário ter consciência do que estamos a retirar de um lugar
para edificar com esses materiais noutro sítio, por isso é de relevância estudar os
próprios materiais a ser utilizados na construção e quais são os que fazem sentido em
cada lugar tendo em conta o clima e a debilidade do próprio terreno e também o que
envolve trazer esses materiais para a zona tanto a nível monetário como social. Para
além da nossa atenção pela maneira como construímos, conseguimos trazer para este
centro cultural uma variedade de espaços inclusivos e que permitem desenvolvimento
económico. O Centro reúne, uma ala de habitação social que idealmente conseguiria
tirar as pessoas em situação de rua para dentro de uma casa com as condições
mínimas e ainda dar-lhes trabalho dentro do próprio centro de modo a organizar a
população para criar uma base forte de comunidade. A incorporação de uma cantina
social para a população em risco de insegurança alimentar e também de salas
polivalentes onde possa haver workshops e atividades diversas que atraíssem todas
as gerações e permitissem a passagem de conhecimento através da prática, são de
extrema importância para unir a comunidade. Prevê-se ainda uma reserva de parte do
edificado para comercio local que possa também explorar atividades de inclusão com
a população através das salas polivalentes. Relativamente á geometria que ocupa
esta parte significativa do quarteirão, foi tido em conta que o próprio terreno precisava
de um espaço de respiro, mas que acolhesse e convidasse as pessoas daí a
preferência por um corpo que tem um funcionamento semelhante ao de um claustro
que distribui pelos vários espaços do Centro e ainda assim pudesse albergar um
parque urbano dando um pouco de verde ao quarteirão. Foi importante também abrir
uma nova passagem entre as ruas Duque de Loulé e Augusto Rosa melhorando a
fluidez da malha urbana.
A ocupação do terreno nas laterais da estação de S.Bento e fazem frente aos
logradouros das casas da rua 31 de Janeiro também é de maior importância para
impedir que os serviços temporários se ocupem destes locais e por isso idealmente
esta zona deveria ser dedicada á reabilitação destas casas e á criação de um espaço
verde mais denso com espaços de estar que encorajassem as pessoas a unir-se e a
fortificar o senso de comunidade.
Para além de desta intervenção de maior escala achamos importante requalificar a
zona, tentando sempre que possível priorizar os espaços verdes uma vez que a falta
deles é um dos maiores problemas e acrescentar mobiliário urbano nessas zonas para
que seja estimulado o anteriormente referido senso de comunidade.
Conclusão